Resumo Historia Da Educação 2025
Resumo Historia Da Educação 2025
CLASSE A CLASSE B
• As classes sociais dominantes têm acesso a uma educação • As classes dominadas estão privadas dessas condições, restando
ampla e universal, com condições estruturais e pedagógicas a elas, muitas vezes, uma educação parcial, fragmentada e
mais adequadas. voltada à formação de uma força de trabalho precarizada.
HEGEL (1770-1831)
Afirmou que na
relação entre homem e
natureza quem comanda é
a humanidade, produtora
de sua própria história.
O homem produz sua
própria história mediante o
trabalho, resultante do
espírito, das ideias, ou seja,
a produção de riquezas é
uma ação humana.
MARX (1818-1883) e
ENGELS (1820-1895)
A essência humana
nada mais é do que as
relações sociais entre os
homens, ou seja, não
existe uma essência
humana imutável, ela é
construída historicamente
e, portanto, é mutável.
AS DUAS DIMENSÕES
DO TRABALHO
POSITIVA: Constitui o
ser social;
NEGATIVA: Transforma
o trabalho em um fardo,
em uma alienação, em
um sacrifício diário.
ALIENAÇÃO DO TRABALHO
A alienação do trabalho ocorre quando o trabalho é tão fragmentado em vários momentos que o
trabalhador conhece apenas um destes, fazendo com que ele seja alheio ao que produz.
Marx, em sua obra principal, O Capital, argumenta sobre a construção da humanidade ao longo da
história. Através da história compreende-se que o desenvolvimento do ser humano, desde seu início até os dias
atuais, ocorreu por meio da luta de classes.
Deste modo, o trabalho quando não dedicado ao interesse da humanidade, e sim de um grupo
específico, torna-se trabalho alienado. O indivíduo perde sua liberdade e humanidade, torna-se apenas força de
trabalho e é transformado em coisa.
O conceito de mais-valia é uma das ideias centrais dos trabalhos de Karl Marx que
tratam das formas de organização social sob a perspectiva do “materialismo histórico”, isto
é, diante da noção de que a realidade material do indivíduo é a maior responsável pela
forma como ele se desenvolve.
No materialismo histórico, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos
meios materiais dos sujeitos. Isso quer dizer que diferentes situações materiais, o que, em
uma sociedade capitalista, traduz-se em situação econômica, moldam diferentes sujeitos.
Essa diferença é, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a
realidades materiais diferentes.
O conceito de mais-valia insere-se na relação entre produção de mercadoria, valor de uso,
valor de troca e o valor do trabalho aplicado na produção. Para exemplificar, suponhamos
que um trabalhador trabalhe 10 dias para produzir 10 quilos de tecido. Cada quilo de tecido
custa para o capitalista 10 reais, e cada dia de trabalho do trabalhador é remunerado com 20
reais. Ao final dos 10 dias, os custos de produção de 10 quilos de tecidos somados ao custo
do tempo do trabalho aplicado em sua produção serão de 300 reais, e esse é o valor de troca
justo do produto final. Sendo assim, Marx mostra que os 10 dias de trabalho produzem
riquezas suficientes para pagar pela força de trabalho utilizada no processo de produção. No
entanto, nesse processo, o capitalista, que é dono dos meios de produção (o maquinário),
não consegue transformar seu investimento em capital, uma vez que o custo de
produção é exatamente o mesmo do valor de troca.
GRÉCIA ANTIGA E ROMA: Escravos e senhores nasciam com seus destinos traçados (naturalização
das relações sociais);
IMPORTANTE
Taylorismo, Fordismo e Toyotismo: São três modos de organização da produção industrial utilizadas pelas
indústrias durante a Segunda Revolução Industrial.
Apesar do objetivo ser o mesmo - fabricar ao menor custo - eles têm diferenças quanto ao
processo de produção, ritmo de trabalho, papel do funcionário, objetivos, entre outros.
O Toyotismo, por sua vez, se concentrou no aspecto da cultura organizacional e de sua importância
para a competitividade de uma empresa.
Materiais complementares:
1. Desde o surgimento da vida em sociedade, a humanidade produziu transformações na natureza para sua
própria sobrevivência. Na medida em que transformam a natureza, os homens transformam a si próprios. Esse
processo de transformação é constituinte do ser social, sendo correto afirmar que:
a) O pensamento filosófico é o elemento fundante do ser humano.
b) O pensamento científico é o elemento fundante do ser humano.
c) O trabalho é o elemento fundante do ser humano.
d) O pensamento mitológico é o elemento fundante do ser humano.
e) O instinto é o elemento fundante do ser humano.
2. Desde as sociedades primitivas até o Período Moderno, a humanidade explicava sua existência com base em
elementos anímicos, míticos, religiosos, ou seja, seu destino era traçado por forças que escapavam de seu
controle. Somente no Período Moderno um importante filósofo desnaturalizou a história, afirmando que na
relação entre homem e natureza quem comanda é a humanidade, que produz sua própria história.
Assinale a alternativa que apresenta o autor dessa reflexão:
a) Francis Bacon.
b) Nicolau Maquiavel.
c) Thomas Hobbes.
d) René Descartes.
e) Hegel.
3. Karl Marx também produziu uma ruptura no campo do conhecimento na medida em que questionou a
possibilidade de uma essência humana inalterável, afirmando que cada momento histórico produz um ser
humano com uma determinada consciência social. Nesse sentido, correto afirmar que, para Marx:
a) A forma como os homens produzem, distribuem e consomem o produto da riqueza produzida por eles é que
determina sua consciência ou sua essência. O trabalho é a categoria chave da compreensão do ser social.
b) A forma como os homens pensam e explicam a si próprios é que determina sua consciência social. As ideias
são os elementos fundantes do ser social.
c) A forma como os homens organizam sua vida religiosa é que determina sua consciência social. A moral e os
valores são os elementos fundantes do ser social.
d) A forma como os homens organizam suas regras e leis é que determina sua consciência social. O Estado é
o fundamento do ser social.
e) A forma como os homens organizam sua educação é que determina sua consciência social. A escola é o
fundamento do ser social.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
SOCIEDADE
ESCRAVAGISTA
DUALISMO
EDUCACIONAL
PAIDEIA HUMANITAS
GREGA ROMANA
A Paideia (παιδεία) é um termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na
sociedade grega clássica. Inicialmente, a palavra (derivada de paidos [pedós] - criança) significava
simplesmente "criação dos meninos", ou seja, referia-se à educação familiar, os bons modos e princípios
morais. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de educação com um sentido relativamente semelhante
ao que se utiliza hoje.
Na verdade, os ideais educativos da paideia se baseiam em práticas muito anteriores. Os gregos serão
os primeiros a colocar a educação como problema: na literatura grega surgem sinais de questionamento do
conceito, seja na poesia, tragédia ou na comédia. Os Sofistas e depois Sócrates, Platão, Isócrates e
finalmente Aristóteles elevarão o debate ao estatuto de uma importante questão filosófica.
Assim, em meio à sociedade ateniense, "paideia" passa a se referir a um processo de educação no
qual os estudantes eram submetidos a um programa que procurava atender a todos os aspectos da vida do
homem. Entre as matérias abordadas estavam a geografia, história natural, gramática, matemática, retórica,
filosofia, música e ginástica.
Antes disso, o conceito que originalmente exprimia o ideal de formação social grego estava contido em
outro termo, "aretê" (em grego, adaptação perfeita, excelência, virtude). Formulado e explicitado nos poemas
homéricos, a aretê era entendida como um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais, atributo próprio da
natureza (como por exemplo, a bravura, coragem, força, destreza, eloquência, capacidade de persuasão, enfim a
heroicidade). O alargamento do ideal educativo da aretê surgiu ao fim da época arcaica grega (por volta dos
séculos VIII e VII a.C.), traduzindo-se na expressão "kalos kagathos" (kalos = bom; kagathos = belo, ou o bom e
belo, em grego) da qual deriva o termo kaloskagathia, ou, a grosso modo, o cultivo do bondade ou virtuosismo
e da beleza, onde o homem era estimulado a alcançar a excelência física e moral além da honra e da glória.
A partir do século V a. C., o conceito de aperfeiçoamento do ser humano para o bem da sociedade
como um todo segue em plena evolução. A noção agora vigente é que, para além de formar o homem, a
educação deve ainda formar o cidadão, deixando de ser suficiente a simples e antiga educação baseada na
ginástica, música e gramática.
O conceito acabado da paideia torna-se o ideal educativo da Grécia clássica. Com o tempo, passou
designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além da escola. Até os dias
de hoje seus ideais são imitados em praticamente todo o mundo, como um perfeito entendimento de
formação social do ser humano.
A rotina de um aluno, respeitando os preceitos da paideia era basicamente este:
• Acordar logo ao amanhecer, e com a ajuda do pedagogo, o jovem lavava-se e vestia-se;
• Refeição matinal e logo após, ida à palestra, para as aulas de música e ginástica;
• Banho e regresso à casa para o almoço;
• Retorno à palestra à tarde, para lições de leitura e escrita;
• Ida para casa, sempre na companhia do pedagogo; estudo das lições, trabalhos de casa, jantar e enfim
repouso.
• Não haviam finais de semana ou férias, exceto pelos festivais religiosos ou cívicos;
PERÍODOS HISTÓRICOS DA ROMA ANTIGA
A pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C. com
Cícero, Sêneca e Quintiliano.
Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às
raízes romanas.
Varrão (116-27 a.C.): representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição
grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que
serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas
edificantes.
Cícero (106-43 a.C.): ampliou o vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição.
Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos
mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer
cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de
habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser
um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas.
Sêneca (4 a.C.–65): Vê a filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. A
filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres,
voltada para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranquilidade da alma. Por isso a educação
deve ser prática e vivificada pelo exemplo. Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal de
vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. Ocupa-
se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade.
Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a
formação do caráter.
Quintiliano (35-95): Foi um dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na
escola de retórica, fundada em Roma. Distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação,
sobretudo da formação do orador. Valoriza a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do
aluno. Não se prende a discussões teóricas, mas procura fazer observações técnicas e indicações práticas.
PONTOS IMPORTANTES:
Grécia Antiga: Educação era o instrumento do exercício da participação democrática por parte dos
homens livres;
Roma Antiga: Educação para a formação básica de funcionários da máquina estatal e da elite
governante;
Período-feudal: Escolas monacais para formação de religiosos;
Crise do sistema feudal: O Renascimento, o Humanismo e a Reforma Protestante ampliam o acesso
à escola, mas permanece o dualismo escolar.
IMPORTANTE
ESTOICISMO: Baseado numa ética rigorosa de acordo com a leis da natureza, assegurava que o universo era
governado por uma razão universal divina (Logos Divino). Dessa forma, para os estoicos, a felicidade era encontrada
na dominação do homem ante suas paixões (considerada um vício da alma) em detrimento da razão. O indivíduo
estóico é alguém que demonstra resignação diante de alguma situação trágica ou à frente de um grande sofrimento.
EPICURISMO: O epicurismo é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado
de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do
funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Para ter prazer e ser feliz o homem precisa, em primeiro lugar,
dominar a lógica. Somente ela lhe dá os recursos necessários para fazer a distinção entre verdade e falsidade. Usando
a lógica, qualquer pessoa pode obter o conhecimento verdadeiro sobre o que é a realidade e qual seu papel nela.
SOFISTAS: Os sofistas (sábios) defendiam que a verdade não existia, que o mais importante era o convencimento. Por
isso, especializaram-se na Retórica, a arte de falar bem. Foram os primeiros filósofos a cobrarem por suas aulas, o que
provocou indignação de Sócrates, que defendia uma educação desinteressada.
Material complementar:
1. A Paideia foi concebida como a formação integral do homem, agregando dois aspectos. São eles:
2. Nos Tempos Homéricos, duas importantes obras serviram de referência para a educação dos gregos. São
elas:
3. Na Grécia Antiga, o ócio era considerado uma função digna para as elites, sendo que o significado de “escola”
era “local do ócio”. Indique qual alternativa apresenta as funções que a elite grega desempenhava:
a) Trabalho manual.
b) Trabalhar, rezar e guerrear.
c) Governar, guerrear e pensar.
d) Filosofar, trabalhar e obedecer.
e) Trabalhar, governar e pensar.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Paideia cristianizada → Durante os primeiros séculos, a teologia foi se utilizando das teorias de Platão
e outros filósofos, o que ocasiona a conversão da paideia grega em uma paideia cristã, que tem em Jesus
Cristo o grande mestre e modelo em quem se encarnara o Logus Divino.
Renascimento Carolíngio →No final do século VIII, Carlos Magno conseguira reunir grande parte da
Europa sob seu domínio. Para unificar e fortalecer o seu império, decidiu executar uma reforma na educação. O
monge beneditino Alcuíno de York criou um projeto de desenvolvimento escolar que buscou reviver o saber
clássico estabelecendo os programas de estudo a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário
(gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e
música). A partir do ano 77, foram emanados decretos que recomendavam, em todo o Império, a restauração de
antigas escolas e a fundação de novas. Institucionalmente, essas novas escolas podiam ser monacais, sob a
responsabilidade de mosteiros, catedrais, junto à sede dos bispados e palatinas, junto às cortes.
FÉ E RAZÃO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Substituição do ensino clássico pela escola cristã, baseado na filosofia patrística e com
uma rígida disciplina;
Somente uma parte da elite medieval tinha acesso à educação, sendo que o
analfabetismo predominava em quase todos os setores sociais;
Importantes teóricos buscaram aliar a fé e a razão nesse período como por exemplo,
Agostinho, Boécio, Cassiodoro, Isidoro de Servilha, Beda, Tomás de Aquino entre
outros;
Tomás de Aquino, com a sua educação escolástica, procura aliar fé e razão, adaptando a
Igreja aos novos tempos.
FÉ E RAZÃO
IMPORTANTE
AS CRUZADAS: As cruzadas foram expedições militares organizadas por católicos da Europa Ocidental, com o objetivo
inicial de reconquistar para o mundo cristão lugares sagrados, como o Santo Sepulcro, em Jerusalém, na Palestina. A
região era local de peregrinação para católicos europeus. Entretanto, as peregrinações foram dificultadas após a
conquista da região pelos turcos seljúcidas, que professavam a fé no islamismo. As cruzadas foram também uma luta
de cristãos contra muçulmanos. Foram organizadas doze expedições cruzadistas. O movimento das cruzadas iniciou-se
em 1095, após o Concílio de Clermont, onde o papa Urbano II conclamou os cristãos a aderirem às cruzadas. Havia
outros objetivos além da conquista dos lugares sagrados aos muçulmanos. Os bizantinos há tempos pediam o apoio
dos cristãos do Ocidente para conter o avanço dos muçulmanos turcos seljúcidas sobre seus territórios. Com esse apoio,
a Igreja Católica poderia se reafirmar novamente no Oriente, buscando a unificação das duas igrejas cristãs após o
Grande Cisma do Oriente, de 1054.
Material complementar:
Texto → Consentimento e uso em São Tomás de Aquino: dois preceitos educativos no século XIII
1. No final da Império Romano e início do período feudal, a Filosofia Patrística surgiu e exerceu importante
influência sobre o nascente pensamento medieval, caracterizando-se:
a) Por uma forte função apologética de defesa de dogmas, de conversão dos não cristãos, pela valorização de
uma moral rigorosa e pelo controle das paixões e sensibilidades humanas.
b) Pela defesa da democracia como valor universal.
c) Por uma forte função racional na defesa da Teologia como serva da Filosofia.
d) Pela defesa da mitologia grega, do politeísmo, pela valorização de uma moral mais flexível e pela valorização
das paixões e sensibilidades humanas.
e) Pelas formulações de São Tomás de Aquino, que buscou unir fé e razão para adaptar a Igreja aos novos
tempos.
2. O ensino clássico foi substituído, no início do Período Medieval, por outra escola, que é:
a) A Escola Nova, com base em John Dewey.
b) A escola jesuítica, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava- se
fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os únicos
alfabetizados.
c) A escola cristã, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava-se
fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os
únicos alfabetizados.
d) A escola libertária, sob influência dos anarquistas.
e) A escola pública, gratuita, universal e laica.
3. No período de Carlos Magno (742 – 814), rei dos francos e imperador de uma vasta região (Império
Carolíngio), houve o denominado Renascimento Carolíngio, caracterizado por:
a) Reorganizar as sete artes liberais pela expansão das escolas monacais, pela reintrodução da escrita na
administração do Estado, pela educação voltada para a formação de funcionários do Estado, pela introdução da
minúscula carolíngia e pelo desenvolvimento da arquitetura religiosa.
b) Reorganizar o ensino jesuítico, com base no Ratio Studiorum, plano educacional da Companhia de Jesus.
c) Reorganizar o ensino clássico greco-romano, abolindo a educação cristã e resgatando a Paideia e a
Humanitas das antigas civilizações clássicas.
d) Reorganizar as sete artes liberais pela limitação das escolas monacais, pela proibição da escrita na
administração do Estado, pela educação voltada para a educação popular, pela introdução do pensamento
racional e laico.
e) Introduzir a educação profissional para servos e camponeses.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Reforma
Explorações marítimas 1545: Resposta da Igreja
Protestante
que descobriram novos Católica ao Protestantismo;
“mundos”. Concílio de Trento; Jesuítas.
Grandes Contrarreforma
Navegações
CONTEXTO
HISTÓRICO DO
SURGIMENTO
Poder absoluto do
DO HUMANISMO monarca, sem prestar
contas à sociedade.
Revoluções Absolutismo
burguesas
Expulsão dos
Revolução Inglesa (1642 – 1688); camponeses e
Revolução Francesa (1789 – 1799); cercamento das
Revolução EUA (1776 – 1865). ra
FASE MERCANTIL
Aumento da jornada;
Diminuição do salário;
Intensificação do trabalho.
MAIS VALIA
ABSOLUTA
1ª Revolução
Industrial Iniciou-se por volta de 1760,
marcando a transição de um
sistema feudal para o sistema
capitalista, e durou até meados de
1850, quando, então, iniciou-se a
segunda fase da Revolução
Positivismo: Industrial.
Durkheim e
Comte
O positivismo é uma corrente teórica inspirada
no ideal de progresso contínuo da humanidade. O
pensamento positivista postula a existência de
uma marcha contínua e progressiva e que a
humanidade tende a progredir constantemente.
Comuna de Paris
18 de mar. de A Segunda Revolução Industrial
1871 – 28 de corresponde à continuidade do
processo de revolução na indústria.
mai. de 1871
A Comuna de Paris foi um governo O aprimoramento de técnicas, o
controlado por operários e membros surgimento de máquinas e a
das classes populares que administrou introdução de novos meios de
a capital francesa por 71 dias após a produção deram início a um novo
Guerra Franco-Prussiana. A Comuna 2ª Revolução momento.
de Paris foi considerada a primeira A industrialização que, antes,
experiência histórica de governo Industrial limitava-se à Inglaterra, expandiu-se
popular. para outros países, como Estados
Unidos, França, Rússia, Japão e
Alemanha.
CRISE DO CAPITALISMO: 1873
A Grande Depressão foi uma crise econômica que afetou grande parte do mundo a partir do início dos
anos 1870 até meados dos anos 1890. Ela foi mais notável na América do norte e na Europa Ocidental. A causa
mais aceitável para a crise é a da quebra da bolsa de valores de Viena Exchange em 09 de maio de 1873. A
segunda revolução industrial estava causando grandes alterações na economia de muitos estados e os custos de
transição também pode ter desempenhado um papel em causar a depressão.
Desde o renascimento comercial e urbano do final do período feudal, entre os séculos XII e XIV, um
novo processo de mudanças sociais entrou em curso: a gênese da sociedade burguesa. O comércio adquiriu
dimensões globais e as novas formas de produção da riqueza passaram a pressionar as antigas. As classes
dominantes feudais, nos processos das unificações nacionais e com o surgimento das monarquias, procuraram
sua sobrevida nas alianças com os novos comerciantes. A demanda por novos produtos pressionava toda a
estrutura econômica, política e social do feudalismo, promovendo profundas mudanças.
A escolástica foi a expressão filosófica mais desenvolvida nesse processo inicial de transição, uma vez
que, por meio dela a fé e a razão, a partir de uma adaptação aristotélica, construíam a unidade que buscava
explicar os novos tempos. Mas, à medida que a nova dinâmica social burguesa avançava, aprofundando os
conflitos entre os setores e as classes sociais com interesses distintos, novas perspectivas se faziam
necessárias para explicar essa nova realidade em movimento.
Sem romper com a Igreja Católica, que possuía um forte controle sobre a produção teórica europeia,
importantes intelectuais apresentavam, desde o século XVI, questionamentos (abertos ou velados) aos dogmas
religiosos, procurando desvelar e compreender a realidade existente, a partir da ciência e da filosofia. Esse
movimento teórico ia de encontro com os interesses da burguesia de superar a ordem feudal. As armas teóricas
da burguesia foram a defesa da igualdade, da liberdade, da propriedade, do indivíduo e da democracia
representadas no Humanismo, no Liberalismo e no Iluminismo.
No campo educacional, a pedagogia cristã compartilhará, cada vez mais, seu espaço com outras
formas educacionais, produzindo tensões e conflitos próprios num momento de transformações. As novas
classes sociais da sociedade burguesa, na defesa de seus interesses produzirão novas experiências e
propostas pedagógicas, incorporando e superando o que havia sido produzido até então.
IMPORTANTE
LIBERALISMO: O liberalismo surgiu no século XVII como um conjunto de teorias políticas que sustentaram uma luta estrutural e política contra o
Antigo Regime, ou seja, contra a monarquia absolutista. Como teoria econômica, o liberalismo surgiu no século XVIII para conferir uma estrutura
conceitual ao novo movimento econômico que surgiu com a alta industrialização iniciada nesse século e consolidada no século seguinte.
Os principais teóricos do liberalismo clássico são Adam Smith, Alexis de Tocqueville e Benjamin Constant. Já no liberalismo do século XX,
adaptado às novas demandas de mercado, temos teóricos como Ludwig von Mises e Friedrich Hayek, representantes da Escola Austríaca de
Economia, que originaram o neoliberalismo e o libertarianismo.
Material complementar:
1. Entre os séculos XI e XV, fundamentalmente a partir das Cruzadas, iniciou-se um processo que provocou profundas
mudanças econômicas, políticas e sociais na Europa: o ressurgimento do comércio e das cidades. Nesse contexto, os
humanistas defenderam uma nova visão de mundo, produzindo mudanças na educação, sendo correto afirmar que:
a) Os humanistas valorizavam a educação medieval, fundamentalmente os ensinamentos das escolas monacais.
b) Os humanistas defendiam um pensamento voltado para as explicações míticas, valorizando elementos religiosos em detrimento dos
racionais.
c) Os humanistas defendiam uma educação tradicional, valorizando o refúgio espiritual nos internatos.
d) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de novos conteúdos que
atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a burguesia.
e) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de novos conteúdos que
atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a aristocracia.
2. Com a Reforma Protestante, a Igreja Católica reagiu à expansão do protestantismo. Sua principal iniciativa no campo
educacional foi a criação de uma ordem religiosa jesuítica que se dedicou à moralização da Igreja e às construções de
colégios pelo mundo afora, sendo correto afirmar que:
a) A ordem jesuítica foi a principal representante da Contrarreforma Católica no campo educacional, fundando as bases do ensino
tradicional europeu, difundindo-se também por outras partes do mundo.
b) Os jesuítas ficaram conhecidos por sua disciplina flexível.
c) Os jesuítas ficaram conhecidos por defenderem uma metodologia lúdica, em que a busca do conhecimento tinha como ponto de
partida o interesse dos alunos.
d) Os jesuítas, diante da intolerância das crianças, perceberam que seria mais fácil a conquista de almas adultas. Por isso, fundaram as
escolas para essa faixa etária.
e) Santo Agostinho, militar espanhol, fundou a Companhia de Jesus, surgindo daí a denominação de jesuítas aos seus seguidores.
3. Os jesuítas despertaram as mais diversas opiniões sobre os seus métodos educacionais, sendo criticados dentro e
fora da Igreja, principalmente pelos humanistas. As razões dessas críticas estão corretas nas seguintes afirmativas:
I. O isolamento social que os internatos provocavam, ou seja, havia uma separação entre a vida e a escola.
II. Pelas inovações modernas que implantaram nas escolas, com respeito às fases de desenvolvimento das crianças e os
conteúdos adequados para cada momento.
III. Os jesuítas desprezavam o espírito crítico, a pesquisa e a experimentação, não levando em conta as mudanças no
campo científico e filosófico que estavam em curso.
IV. Os jesuítas eram considerados excessivamente dogmáticos, autoritários e comprometidos com a Inquisição.
V. Os jesuítas aboliram a Inquisição, defendendo uma nova cultura humanística no interior da Igreja e a construção de
escolas laicas.
a) Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV.
b) Estão corretas as afirmativas II e V.
c) Está correta a afirmativa I.
d) Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
e) Estão corretas as afirmativas I, III e V.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
JESUÍTAS
Os jesuítas eram padres que pertenciam a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja
Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada em
1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja através do papa Paulo II em 1540.
A Companhia de Jesus foi uma resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante, e um de seus maiores
intuitos era levar adiante a ideia de uma ordem que tivesse como objetivo principal as missões católicas
internacionais.
ENSINO JESUÍTICO NO BRASIL
1ª FASE: Adaptação e construção do trabalho de catequese e conversão do índio aos costumes dos
brancos;
PEDAGOGIA DA RESISTÊNCIA: Pode ser vista como o contrário da pedagogia da escravidão, onde o
seu objetivo era dar poder de voz e ação a classes mais inferiores, bem como, diminuir a diferença entre
classes. Estas foram formas de rebeldia da população escravizada, eu reconstruía sias relações
comunitárias e identitárias nos quilombos e fora deles.
O Período Pombalino corresponde aos anos em que o Marques de Pombal exerceu o cargo de primeiro-
ministro de Portugal (1750-1777), durante o reinado de D. José I. Como tal, buscou empreender reformas em todas
as áreas da sociedade portuguesa, inclusive atingindo a educação no Brasil.
Aulas régias;
Aula do comércio;
O GOVERNO DE POMBAL
Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Conde de
Oeiras (Lisboa, 13 de maio de 1699 – Pombal, 8 de maio de 1782) foi
um nobre, diplomata e estadista português. Foi secretário de Estado do
Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda
hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.
Ganhou notoriedade ao administrar a crise causada pelo grande terremoto de
Lisboa em 1755.
Ele conquistou a confiança do rei D. José I que autorizou seus projetos de
modernização de Portugal. Realizou diversas reformas administrativas em
Portugal e em suas colônias.
AULAS RÉGIAS: Compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao Estado e não
mais restritas à Igreja – foi a primeira forma do sistema de ensino público no Brasil. Cada aula régia
era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. A qualidade do
ensino ministrado pelas aulas régias era comprometida, pois os professores eram mal preparados e
mal pagos. O resultado da reforma foi que as aulas régias pouco alteraram a realidade educacional no
Brasil, tampouco se constituíram numa oferta de educação popular, ficando restrita às elites locais.
IMPORTANTE
RATIO STUDIORUM: O Ratio atque Institutio Studiorum Societatis Iesu (Plano e Organização de Estudos da
Companhia de Jesus), normalmente abreviada como Ratio Studiorum, é uma espécie de coletânea, fundamentada em
experiências vivenciadas no Colégio Romano, a que foram adicionadas observações pedagógicas de diversos outros
colégios, cujo objetivo era instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do
seu cargo. O Ratio surgiu com a necessidade de unificar o procedimento pedagógico dos jesuítas diante da explosão do
número de colégios confiados à Companhia de Jesus como base de uma expansão em sua totalidade missionária.
Constituiu-se numa sistematização da pedagogia jesuítica contendo 467 regras cobrindo todas as atividades dos
agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor nunca se afastasse do estilo filosófico
de Aristóteles, e da teologia de Santo Tomás de Aquino.
Em 1584, o Padre Aquaviva, novo superior geral da Ordem jesuíta, nomeia uma comissão encarregada de
codificar as observações que foram reunidas em Roma. O anteprojeto motivado, redigido em 1586, depois de haver
sido submetido às críticas dos executores e de haver sido remanejado por nova comissão, torna-se o texto de 1591 e
toma forma definitiva no Ratio Studiorum, promulgado em 8 de janeiro de 1599, ano este em que se publicou o
programa do Ratio. Fica evidente que o objetivo era instruir o silvícola à moda europeia, promovendo a sua civilização.
Além disso a elite colonial seria instruída em valores morais cristãos, bem dentro da lógica da Reforma Católica do
Século XVI. Assim, teríamos a mesma escola, mas com objetivos bem diferentes: para a elite, a instrução moral e
administrativa; para os nativos a catequese. A estrutura pedagógica das escolas do Ratio Studiorum era idêntica à das
nossas escolas do Brasil contemporâneo, já que os alunos aprendiam em salas de aulas, divididos em níveis (classes) e
realizavam provas, geralmente orais. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas do Brasil, houve a paralisação dos trabalhos
que estes desenvolviam na Colônia. Na época da sua expulsão existiam no país vinte colégios, doze seminários, além
de um colégio e um recolhimento feminino.
A REFORMA DAS ESCOLAS DE PRIMEIRAS LETRAS: A Lei de 6 de novembro de 1772 visava ampliar a escolaridade
e as oportunidades, entretanto, enumerava alguns níveis de necessidades: em um extremo estavam aqueles que
seguiriam os estudos maiores e no outro aqueles que precisariam apenas das “instruções dos Párocos”. A outros, ainda,
bastaria ler, escrever, contar ou saber um pouco de Latim. Enfim, explicitava-se um estudo dual, quem podia deveria
estudar para se tornar dirigente. Os demais, ligados aos “serviços rústicos” e às “artes fabris”, deveriam trabalhar e
aprender apenas o necessário. Essa aparente vontade de expandir o ensino limitava-se, nas ideias dos iluministas
portugueses - em especial Antônio Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783) -, ao ensino para alguns. As ideias de Sanches
se aproximavam muito das do inglês Bernard Mandeville (1670-1733).
MANDEVILLE – “Para fazer feliz a sociedade e manter contentes as pessoas, ainda que nas circunstâncias mais
humildes, é indispensável que o maior número delas seja pobre e, ao mesmo tempo, totalmente ignorante. (...) Quanto
mais saiba do mundo e das coisas alheias a seu trabalho ou emprego um pastor, um lavrador ou qualquer outro
camponês, mais difícil lhe será suportar as fadigas e penalidades de seu ofício com alegria e satisfação.”
SANCHES – “O rapaz de doze ou quinze anos, que chegou a saber escrever uma carta, não quererá ganhar a sua vida a
trazer uma ovelha cansada às costas, a roçar desde pela manhã até a noite, nem a cavar.”
Para eles era preciso olhar com ressalvas a iniciativa educadora. Tratava-se, na verdade, de ampliar a chance de
educação para a elite. Por isso, aos trabalhadores “rústicos” e das “artes fabris” bastava a instrução dos párocos. Essa
explicitação dos interesses e da visão burguesa sobre a educação evidencia os limites reais da vontade da classe mais
rica sobre a educação para todos.
Faça valer a pena
a) Era baseado nas ideias renascentistas do século XVI que viabilizaram as grandes navegações.
b) Pretendia a educação dos índios e colonos, de acordo com as ideias iluministas do século XVIII.
c) Era uma ação acessória, já que a catequese era o principal objetivo dos jesuítas.
d) Era contraditório às ideias renascentistas em vigor na época, mas adequadas à mentalidade medieval ainda
predominante em Portugal.
e) Pretendia evitar o avanço protestante defendido por Inácio de Loyola.
a) Os jesuítas apoiavam a luta dos negros contra a escravidão, assim como a liberdade dos índios.
b) Os jesuítas eram contra a escravidão, mas o acordo entre a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus impedia que
eles agissem.
c) Os jesuítas se beneficiavam da escravidão, possuindo, inclusive, fazendas com mão de obra escrava.
d) Os jesuítas, apesar da orientação contrária da Companhia de Jesus, desenvolviam programas de educação da
população escravizada.
e) Após o início do tráfico negreiro, negros e índios passaram a estudar juntos em quilombos.
3. A Lei portuguesa de 6 de novembro de 1772 alterou a educação no país e em suas colônias. Em relação às ideias de
Ribeiro Sanches, autor iluminista, sobre a educação, podemos dizer que:
LINHA DO TEMPO
COLÔNIA METRÓPOLE
➢ Conselho de Estado;
➢ Intendência Geral de Polícia;
➢ Corpo da Guarda Real de Polícia da Corte;
➢ Conselho da Fazenda;
➢ Junta Geral do Comércio;
➢ Banco do Brasil;
➢ Casa da moeda.
INOVAÇÕES DO PERÍODO JOANINO
➢ Imprensa Régia;
➢ Jornal Gazeta do Rio de Janeiro;
➢ Jardim Botânico;
➢ Real Hospital Militar;
➢ Academia Real Militar;
➢ Real Biblioteca;
➢ Teatro Real de São João;
➢ Museu Nacional;
➢ Academia de Artes.
➢ O retorno da corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. João VI passou a sofrer da
burguesia portuguesa a partir de 1820. Nesse momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto;
➢ D. João VI retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho D. Pedro I como regente do Brasil.
2. O IMPÉRIO (1822-1889)
As três correntes de pensamento/partidos políticos no Brasil Império eram:
✓ PARTIDO RADICAL → Defendia reformas mais democráticas, como a reforma agrária, o voto
universal, a abolição da escravatura, a descentralização político-administrativa, entre outros.
Tinha o apoio de pequenos comerciantes, funcionários públicos, padres, advogados e jornalistas;
O Partido Brasileiro se sobressaiu neste momento e impôs a independência do Brasil, que fora
proclamada por D. Pedro I em 7 de setembro de 1.822. Nesta sociedade hierárquica, a independência se
constitui num arranjo político que favorecia os interesses da camada senhorial brasileira e os interesses do
novo capitalismo europeu.
O PRIMEIRO REINADO
➢ 1828 – Lei que cria as Câmaras Municipais e atribui-lhes a função de inspeção sobre as escolas de
primeiras letras, bem como pela educação e destino dos órfãos.
➢ Após a renúncia de D. Pedro I, e com a impossibilidade de D. Pedro II assumir (por não ter a
maioridade), os agentes políticos daquela época disputaram o poder entre si de 1831 a 1840.
➢ REGÊNCIA TRINA: O Período regencial pode ser dividido em duas partes - a Regência Trina, que foi
como o Império foi organizado inicialmente logo após a abdicação do Imperador, e a Regência Una,
estabelecida a partir do Ato Adicional. Durou de 1831 a 1834 e foi dividida em dois momentos –
regência trina provisória e a permanente. Era composta por um representante dos militares, um dos
liberais e outro dos conservadores.
ATO ADICIONAL: O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada
durante a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos
liberais. O Ato Adicional alterava a Constituição de 1824 e foi uma tentativa de
conter os conflitos entre liberais e conservadores nas disputas pelo poder
político central. O Ato Adicional estipulou a extinção da Regência Trina e a
escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial. Com a
formação da chamada Regência Una, vários candidatos se dispuseram a ocupar
o novo cargo do poder executivo. Organizada por meio de eleições diretas e
voto censitário, a escolha do regente, apesar de ser uma manifestação de
tendência liberal, foi marcada por fraudes denunciadas em várias regiões do
território nacional.
O SEGUNDO REINADO
REFORMAS EDUCACIONAIS
REFORMA COUTO FERRAZ (1854): Tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do
município da Corte; Regulou as escolas particulares da Corte; Pretendia estender o ensino público,
além de organizar os magistérios; Obrigatoriedade do ensino elementar aos filhos maiores de sete
anos (filhos dos brancos livres).
REFORMA LEÔNCIO DE CARVALHO (1879): “É completamente livre o ensino primário e
secundário no município da Corte e o superior em todo o Império, salvo a inspeção necessária
para garantir as condições de moralidade e higiene.”
A interpretação de liberdade de ensino trouxe algumas consequências para a educação nessa época:
Qualquer pessoa que se sentisse apta a ensinar poderia expor as suas ideias e adotar os métodos que
lhe conviesse. A frequência nos cursos secundários e superiores tornou-se livre, o aluno poderia aprender com
quem quisesse e deveria depois prestar exames.
IMPORTANTE
LEI SARAIVA: A Lei Saraiva, Decreto nº 3 029, de 9 de janeiro de 1881, foi a lei que instituiu, pela primeira vez, o Título
de Eleitor, proibiu o voto de analfabetos e adotou eleições diretas para todos os cargos eletivos do Império
brasileiro: senadores, deputados à Assembleia Geral, membros das Assembleias Legislativas
Provinciais, vereadores e juízes de paz. A determinação estabeleceu ainda que os imigrantes de outras nações, em
particular comerciantes e pequenos industriais, e também os que não fossem católicos, religião oficial do Império,
poderiam se eleger, desde que possuísse renda não inferior a duzentos mil réis. O redator final da lei foi o deputado-
geral Rui Barbosa. Deveu-se tal denominação à homenagem feita ao Conselheiro José Antônio Saraiva, então
Presidente do Conselho de Ministros, que foi o responsável pela maior reforma eleitoral do país até então.
Material Complementar
1. “É preciso considerar, antes de mais nada, o caráter meramente formal da Independência. Ela se constituiu, de fato, num
arranjo político que favorecia os interesses da camada senhorial brasileira, grande empresária da emancipação
política, assim como os interesses do novo capitalismo europeu” (XAVIER, 1994, p. 62).
De acordo com o texto acima, seus conhecimentos sobre a independência e as transformações na educação
brasileira, podemos afirmar que:
a) A independência significou uma mudança política notável que repercutiu em ampla transformação do sistema
de ensino brasileiro.
b) A independência significou pequenas mudanças políticas, mas enorme modificação em nossa estrutura
educacional, fruto das transformações econômicas mundiais.
c) Além dos interesses dos empresários citados no texto, os trabalhadores também foram beneficiados, exceto
os escravos.
d) Segundo a autora, a independência não significou grandes mudanças na estrutura brasileira e, devido a isso,
podemos concluir que a educação também pouco mudou.
e) Interessava ao capitalismo europeu a independência das colônias e a criação de mercados consumidores,
daí a abolição da escravatura logo em seguida da independência.
2. Shigunov Neto (2015) aponta algumas mudanças realizadas no Brasil no Período Joanino, entre elas: a
criação do Conselho de Estado, Conselho da Fazenda, Banco do Brasil e da Casa da Moeda. Essas mudanças
expressam:
3. Em 1854 temos uma nova reforma educacional por meio do Decreto de 17 de fevereiro. Sobre esse Decreto,
podemos dizer:
a) Ampliava a educação nacional, incluindo os negros, já que o tráfico havia sido proibido em 1850.
b) A chamada Reforma Couto Ferraz criou o ensino primário e secundário vigentes até a Lei de Diretrizes e
Bases (LDB) de 1996.
c) Previa o ensino de Gramática e Aritmética, mas não o de história nem de geografia.
d) Estimulava o ensino e criava bolsas de estudo para estudantes carentes.
e) Tornava o ensino primário obrigatório, sujeitando os pais a multas, caso não o oferecessem aos seus filhos,
no entanto, excluía explicitamente a educação aos escravos.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
ILUMINISMO
* Criticismo
Kantiano.
REVOLUÇÃO INGLESA (1642-1651): Movimento político, militar e religioso que destruiu o absolutismo
na Inglaterra instalando naquele país a primeira monarquia parlamentar da história.
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799): Foi um ciclo revolucionário que aconteceu na França e que
teve como resultado prático o fim do absolutismo no país.
João Amós Comênio (1592-1670), nascido na Morávia (atual República Tcheca), foi
considerado o maior pedagogo do século XVII e o Pai da Didática Moderna. Teve como
preocupação a construção de um método pedagógico que pudesse ensinar de forma rápida e
segura. Escreveu a obra Didática Magna e diversos manuais em que ensinavam como os
mestres deveriam proceder no ensino dos alunos, com os graus de dificuldade e com os ritmos
adequados à capacidade de assimilação dos alunos. Sua pedagogia valorizava o ensino
prático e religioso, pretendendo “ensinar tudo a todos”, de forma universal.
IMPORTANTE
KANT e a moral: A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como
elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior. Intenção e dever (em
Kant) dependem do sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do eu psicológico (indivíduo). Para Kant, o sujeito
transcendental trata-se de uma maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessária (presente em todos os homens,
em todos os tempos e em todos os lugares). Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o
entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuição-espaço e tempo).
Em Kant, a razão (faculdade das ideias) é que preserva os princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia
do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser negados sem autocontradição. Daí deriva a ideia de liberdade
kantiana, de um caráter sintético a priori, sendo que sem liberdade não pode haver nenhum ato moral; para sermos livres,
precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres.
Faça valer a pena
I. Ajudar uma idosa a atravessar a rua para impressionar a namorada que observa a situação.
II. Parar o carro na estrada, à noite, para retirar uma pedra da qual desviou e que poderia causar acidentes a outros motoristas.
III. Reduzir a velocidade do veículo em regiões fiscalizadas e sujeitas a atropelamentos.
ILUMINISMO: 1715-1789
AUGUSTO COMTE E O POSITIVISMO: O Positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do
século XIX e que defendia a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento
verdadeiro. A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações sociais
e da ética. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Esta
escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX. A ordem, o rigor e o
empenho pela organização são características fundamentais para a doutrina positivista. Daí deriva o lema
estampado na bandeira brasileira – ORDEM E PROGRESSO -, desenhada durante o início da era
republicana no Brasil.
ÈMILE DURKHEIM, O PAI DA SOCIOLOGIA: O francês Emile Durkheim (1858-1917) produziu sua obra no final
do século XIX e início do século XX. É um dos autores mais importantes na definição da sociologia e da
pedagogia como ciências autônomas – separadas da Filosofia, Moral, Psicologia e Teologia. O autor afirmava que
não se tratava de compreender os indivíduos, mas o comportamento social deles. Para Durkheim, o objeto da
“nova ciência” não seria toda a realidade, mas apenas os fatos sociais, cujas características seriam a
coerção social, que pressionaria o indivíduo a agir de determinada maneira; a exterioridade em relação ao
indivíduo, isto é, as ações não seriam originadas no indivíduo, mas na coletividade; e a generalidade, ou seja, a
ocorrência em todos ou quase todos os indivíduos.
PRAGMATISMO OU INSTRUMENTALISMO: O pragmatismo foi
a primeira escola filosófica genuinamente americana. John
O pragmatismo adota
Dewey é considerado o fundador deste pensamento filosófico,
como critério da verdade a
identificando sua teoria como Instrumentalismo ou utilidade prática,
Funcionalismo. Os estudos de John Dewey influenciaram o identificando o verdadeiro
movimento da escola nova em diversos países, incluindo o Brasil, como útil através do senso
através de Anísio Teixeira. A educação aqui era baseada na prático.
apresentação de problemas para os quais o estudante deveria
buscar soluções, sendo assim mais autônoma. Ainda persistia o
dualismo escolar (aprender a aprender).
ANARQUISMO: Não reconhece autoridade em nenhuma forma de estado, que considera sempre opressiva.
Defende a auto organização descentralizada da sociedade.
IMPORTANTE
1. Para Durkheim:
a) A realidade poderia ser plenamente compreendida se fossem seguidas as regras do seu método.
b) A observação da realidade não garante a compreensão plena do funcionamento da sociedade.
c) Os preconceitos e opiniões impedem que a ciência compreenda os fenômenos sociais do mesmo modo que
compreende os fenômenos físicos.
d) Os métodos das ciências físicas não podem ser modelos para as ciências humanas, por isso, ele criou um novo método.
e) A sociedade não é composta por interesses conflitantes.
2. Considere as afirmações:
I. Segundo John Dewey, a sociedade é como um organismo em que todas as partes buscam o mesmo objetivo.
II. Segundo Karl Marx, a sociedade é composta de classes antagônicas com interesses conflitantes.
III. Segundo Durkheim, a sociedade é harmônica, exceto em períodos de luta de classes, como as greves.
3. O ideal socialista, que almeja uma sociedade mais igualitária e não dividida em classes, deve defender uma educação:
a) Dualista, parte voltada à formação dos dirigentes do partido, parte voltada à formação dos trabalhadores.
b) Integral, sem distinção de classes, que supere a separação entre trabalho manual e intelectual.
c) Positivista, que promova o progresso do capitalismo rumo ao socialismo.
d) Pragmática, já que só a integração entre teoria e prática permitiria melhorar a educação popular.
e) Unitária, que integre trabalhadores e empregados, visando o bem comum e a criação de uma sociedade mais justa.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
República Velha
Também chamada de Primeira República Brasileira, este foi o período da história do Brasil que se
estendeu da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 até a Revolução de 1930, que depôs o 13º
e último presidente da República Velha, Washington Luís. A República Velha se dividiu em duas fases:
A agroexportação do café foi o elemento predominante da economia nesse período. Além disso, uma lenta
industrialização incentivou a imigração e a formação da classe trabalhadora assalariada no país. Diante das
enormes desigualdades sociais, inúmeras revoltas populares, militares e sindicais pressionavam o
governo federal, assim como as oligarquias alijadas do poder.
Em 1929/1930 a crise econômica, política e social colocou abaixo a República Velha pela denominada
Revolução de 1930, dando início a Era Vargas.
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA
As novas ideias pedagógicas que avançam pelo mundo afora incentivaram no Brasil algumas reformas
educacionais nos estados, mas, encontraram obstáculos diante do poder que o ensino tradicional
católico possuía;
Na década de 1920, houve um intenso debate entre os setores reformadores e católicos sobre os rumos
da educação brasileira;
Diante de uma dominação política autoritária e preconceituosa, a educação das mulheres caminha a
passos lentos, enquanto que a população negra ainda permanecia marginalizada. O dualismo
educacional ganhava novas roupagens.
FINAL DO SÉCULO XIX → Com a sociedade capitalista a sociedade escravista não sobrevive;
VOTO DE CABRESTO → Foi uma ferramenta poderosa utilizada pelos coronéis durante a República
Velha (1889-1930), por meio de abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. As
regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais, sendo o povo
coagido a votar nele ou no seu candidato. Eram verdadeiros espaços de mando e desmando, onde a decisão dos
coronéis locais determinava a ação da população, visto que, naquela época, o voto era aberto, de tal modo
que era possível ver em quem o eleitor iria votar.
MOMENTOS: Revoltas; Primeira Guerra Mundial (1914-1918); Revolução Russa; Movimento Operário
Brasileiro; Fundação do Partido Comunista do Brasil (1922).
SEMANA DE ARTE MODERNA (1922) → A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-
cultural que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922. O evento
reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras - pintura e
escultura - e palestras. Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma
estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias. Foi considerada uma reação à cultura
conservadora.
REVOLUÇÃO DE 1930 → Pela ação militar, Getúlio Vargas se torna Presidente da República.
IMPORTANTE
EXPULSÃO DA FAMÍLIA REAL: Com o golpe liderado pelos militares em 1889 para a Proclamação da
República algumas providências foram tomadas, como, por exemplo, a expulsão da Família Real e a
formação de um governo para o novo regime. Passou-se a aplicar decretos-lei devido à anulação da
Constituição de 1824, até que fosse feita uma nova.
Entre as medidas do governo provisório republicano, temos a escolha da República Federativa como regime
político; a transformação das províncias em estados; dissolução das Assembleias provinciais e municipais,
com nomeação de interventores e intendentes para os municípios; nova bandeira, com um lema positivista
“ordem e progresso”.
Convocou-se uma Assembleia Constituinte (1891); consagrou a separação entre Igreja e Estado, com a
instituição do casamento civil, secularização dos cemitérios e obrigatoriedade das certidões de nascimento,
casamento e óbito civis; e, por fim, a dita “grande naturalização”, pela qual todo estrangeiro que estivesse
no país seria considerado brasileiro automaticamente, caso contrário deveria se manifestar.
ENCILHAMENTO: Foi uma crise que ocorreu no início da Primeira República no governo de Marechal
Deodoro da Fonseca. Um dos efeitos foi a falta de dinheiro circulante no país.
Faça valer a pena
1. Na Constituição de 1891 variados setores sociais disputavam os rumos da educação brasileira, sendo correto afirmar
que:
a) A Constituição de 1891 reforçou a unidade entre o Estado e a Igreja Católica, tendo como consequência uma educação
pública católica.
b) A Constituição de 1891 promoveu a separação entre o Estado e a Igreja Católica, tendo como consequência uma
educação pública libertária.
c) A Constituição de 1891 promoveu a separação entre o Estado e a Igreja Católica, tendo como consequência uma
educação pública com base na Escola Nova.
d) A Constituição de 1891 promoveu a separação entre o Estado e a Igreja Católica, tendo como consequência uma
educação pública laica.
e) A Constituição de 1891 promoveu a separação entre o Estado e a Igreja Católica, tendo como consequência uma
educação pública tecnicista.
2. Na Constituição de 1891 não foi construído um sistema de ensino nacional articulado, sendo correto afirmar que:
a) Na Constituição de 1891 prevaleceram interesses nacionais, sendo que todos os níveis educacionais ficaram sob
responsabilidade do governo federal.
b) Na Constituição de 1891 prevaleceram interesses regionais de cunho federativo, sendo que todos os níveis
educacionais foram transferidos para os estados.
c) Na Constituição de 1891 prevaleceram interesses regionais de cunho federativo, sendo que a educação superior foi
transferida para os estados, enquanto que a educação fundamental ficou sob responsabilidade do governo federal.
d) Na Constituição de 1891 prevaleceram interesses regionais de cunho federativo, sendo que a educação secundária foi
transferida para os estados, que a educação fundamental e superior ficou sob responsabilidade do governo federal.
e) Na Constituição de 1891 prevaleceram interesses regionais de cunho federativo, sendo que a educação fundamental foi
transferida para os estados, enquanto que a educação secundária e superior ficou sob responsabilidade do governo federal.
3. Os positivistas, com base no lema “ordem e progresso”, estavam representados, no início da República, principalmente
pelos militares, sendo correto afirmar que:
Os positivistas, com base no lema “ordem e progresso”, tiveram pouca influência na educação republicana.
Suas ideias circularam apenas pelos clubes e sociedades republicanas, por experiências educacionais
localizadas, como o Colégio Culto à Ciência, em Campinas, fundado em 1873 por maçons. Além disso,
dividiram-se em importantes questões, como o papel do Estado na educação. No início do governo
republicano, sob a ambivalência dos interesses liberais e positivistas, Benjamin Constant, positivista e
professor da Escola Militar, ministro da Instrução, Correios e Telégrafos, promoveu a reforma da educação,
em 1890, conseguindo, por decorrência da separação entre a Igreja e o Estado, abolir o ensino religioso
das escolas públicas, o que acarretou furiosa reação dos católicos.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Contexto Histórico
Momento marcado pela crise política, econômica e social em consequência da Crise de 1929 e da
Crise do café;
Nas eleições de 1930, Júlio Prestes venceu. Porém, mesmo em segundo lugar, Getúlio Vargas assumiu
através da Revolução de 1930;
Na Revolução de 1930, a Aliança Liberal assume o governo, tendo Getúlio Vargas empossado como
presidente.
Constituição de 1934: impasses entre os diversos interesses, Vargas é eleito indiretamente para mais
4 anos de mandato.
Vargas impulsionava via Estado, a construção de um novo padrão de desenvolvimento econômico com
a industrialização e a manutenção da estrutura agrária – a “modernização conservadora”.
Estado Novo (1937): Vargas suspende as eleições, revoga a constituição de 1932 e assume plenos
poderes.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova é um marco na defesa de uma educação única, laica,
gratuita, obrigatória e com a coeducação entre meninos e meninas;
A reação católica e a educação cristã são reafirmadas, abrindo uma disputa entre os educadores
brasileiros;
Fora dos embates entre os setores que realmente influenciavam o governo, ocorreram experiências
alternativas: anarquistas, comunistas e a Frente Negra Brasileira.
IMPORTANTE
EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA: A disciplina previa o culto à pátria, bem como aos seus símbolos, tradições e
instituições a fim de “aprimorar o caráter do aluno por meio de apoio moral e dedicação tanto à família
quanto à comunidade”. Tratava-se de uma maneira de exaltar o nacionalismo presente na época.
“Os centros cívicos deverão, até mesmo, elaborar o ‘código de honra do aluno’ e considerarão o civismo nos
três aspectos fundamentais: caráter, com base na moral, tendo como fonte Deus; amor à Pátria, com
capacidade de renúncia; e ação permanente em benefício do Brasil”, diz uma reportagem da época.
Faça valer a pena
1. No início do Governo Vargas, com a criação do Ministério da Educação e da Saúde, seu primeiro ministro foi:
a) Francisco Campos.
b) Artur Bernardes.
c) Paulo Renato.
d) Anísio Teixeira.
e) Filinto Müller.
3. A reforma universitária de Francisco Campos estabeleceu novas regras para a instituição da universidade,
sendo corretamente indicada na alternativa:
a) As universidades compreenderiam pelo menos três institutos: Biologia, Medicina e Farmácia ou um deles
substituído pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras, que seria voltada para a formação de professores.
b) As universidades compreenderiam pelo menos três institutos: Direito, Mecânica e Física ou um deles
substituído pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras, que seria voltada para a formação de professores.
c) As universidades compreenderiam pelo menos três institutos: Direito, Medicina e Engenharia ou um deles
substituído pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras, que seria voltada para a formação de professores.
d) As universidades compreenderiam pelo menos três institutos: História, Ciências Sociais e Filosofia ou um
deles substituído pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras, que seria voltada para a formação de
professores.
e) As universidades compreenderiam pelo menos três institutos: Arquitetura, Belas Artes e Música ou um deles
substituído pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras, que seria voltada para a formação de professores.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Durante o Estado Novo (1937 – 1945) o Governo Vargas buscou legitimar-se com uma
intensa propagando sobre o seu governo, valorizando o nacionalismo e pela produção
de materiais diversos, inclusive materiais didáticos com sua imagem.
Contexto histórico
Momento de crise internacional: crise de 1929; ascensão do nazismo; eminência da 2ª Guerra Mundial.
O Governo Vargas foi composto por setores que possuíam diferentes projetos políticos (oligarquias,
militares, industriais, liberais).
Um setor da classe economicamente dominante estava aliada ao poder político, a oligarquia paulista, que
reagiu por meio do Movimento Constitucionalista (1932).
Para resolver o impasse, Vargas institui o Estado Novo em 1937, suspendendo as eleições e iniciando
um governo ditatorial.
Para legitimar-se, Vargas atendeu parte das reinvindicações trabalhistas com a CLT, e investiu numa
intensa propaganda, na produção cultural e na educação, visando construir uma imagem de um novo
período da história brasileira;
➢ Para legitimar o Estado Novo é criado o Departamento de Imprensa e Propagando (DIP), órgão
responsável pela censura, pela difusão do patriotismo, dos feitos do Governo Vargas e pela produção
cultural e educacional;
➢ A produção cultural e educacional apresentava o Estado Novo como inovador, moderno, propulsor do
progresso e o passado como algo atrasado, arcaico, regressivo. O novo significava também a busca da
construção de uma identidade coletiva, marcada pela integração dos povos que construíram o Brasil;
➢ A imagem de Vargas foi construída de forma paternalista, como um chefe de família que cuidaria de
seu povo como se fosse seu filho;
➢ Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Lourenço Filho foram responsáveis pelas principais
reformas educacionais no Estado Novo.
O evento conhecido como “queima das bandeiras estaduais” foi uma cerimônia realizada na Praça
Roosevelt no RJ no dia 27 de novembro de 1937 por Getúlio Vargas, como parte das solenidades cívicas de
comemoração da festa da bandeira. Nesta ocasião, as bandeiras representando os Estados do Brasil foram
cremadas, pois, haviam sido abolidas pela constituição, vigorando a partir de então, exclusivamente a bandeira do
Brasil.
IMPORTANTE
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO: A Consolidação das Leis do Trabalho foi um conjunto de
regras criadas para proteger o trabalhador. A lei que estabelece a CLT data de 1º de maio 1943, mas as
normas em favor do trabalhador começam ainda no início do governo de Getúlio Vargas, nos anos 30. Entre
os direitos garantidos estão o salário mínimo, a carteira de trabalho, a jornada de oito horas, as férias
remuneradas, a previdência social e o descanso semanal. A CLT regulamentou ainda o trabalho da mulher e
do menor de idade e estabeleceu a obrigatoriedade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A
assinatura da lei aconteceu no Estádio São Januário e foi marcada por muitas comemorações.
Faça valer a pena
1. Para legitimar o Estado Novo, o Governo Vargas intensificou seus instrumentos de propaganda, de cultura e de
educação. Em 1939, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), com a responsabilidade de:
a) Promover atividades culturais e educacionais sem nenhum tipo de censura.
b) Patrocinar eventos culturais e esportivos.
c) Promover uma educação com base nas perspectivas tecnicistas.
d) Censurar todas as atividades culturais e educacionais, promover o patriotismo, divulgar as ações de governo e produzir
materiais culturais e educacionais.
e) Captar recursos da Lei Rouanet e difundir a cultura nacional.
2. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) produziu duas grandes revistas, responsáveis pela difusão dos
ideais do Estado Novo.
Assinale a alternativa que traga os nomes corretos:
3. Os materiais produzidos pelo Estado Novo, carregados de símbolos patrióticos e de Vargas, eram utilizados nas
escolas com o objetivo de mostrar:
✓ Lei de Diretrizes e Bases → Apresentada em 1948 como anteprojeto, tramitou até 1961, quando foi
promulgada. Em 1962, a LDB foi aprovada. Durante esse período o debate entre os reformadores e
católicos continuou acirrado. A principal polêmica se deu em torno o papel do Estado e o financiamento
da educação.
✓ LDB → A LDB ampliou para 12% o valor orçamentário federal para a educação, criou o Conselho
Nacional de Educação, que apresentou um Plano Nacional de Educação, sob a responsabilidade de
Anísio Teixeira.
✓ ISEB → Criação do Instituto Superior de Estudos Brasileiros em 1955, que se tornou um importante
centro de difusão do nacional desenvolvimentismo.
✓ Movimentos → Diante das dificuldades encontradas com a LDB, variadas experiências de educação
popular surgiram: o Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, o Movimento de Cultura Popular (MCP), o
Movimento de Educação de Base (MEB), importantes iniciativas de conscientização popular.
✓ Paulo Freire → Com seu método inovador de alfabetização, se destaca assumindo importantes
funções institucionais durante o governo de Jango.
IMPORTANTE
MANIFESTO DOS EDUCADORES: MAIS UMA VEZ CONVOCADOS: Em julho de 1959, intelectuais divulgam manifesto de
educadores intitulado “Mais uma Vez Convocados”, em favor do ensino laico, público, obrigatório, integral e gratuito.
Redigido por Fernando de Azevedo — um dos expoentes do movimento da Escola Nova na década de 1930
—, o texto é assinado por Anísio Teixeira, Caio Prado Júnior, Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso, Florestan
Fernandes e Sérgio Buarque de Holanda, entre outros.
A publicação desse manifesto no jornal “O Estado de S. Paulo” marcaria o início da Campanha em Defesa da
Escola Pública, que se estenderia até a assinatura da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em 1961, pelo ministro da Educação
do governo João Goulart, Darcy Ribeiro. Seu centro articulador seria a Universidade de São Paulo (USP), mas o
movimento se espalharia por todo o país, com a participação de estudantes, operários, professores, jornalistas e pais
de alunos.
A campanha foi uma reação à ofensiva dos deputados udenistas Carlos Lacerda e padre José Trindade da
Fonseca e Silva, que buscavam aprovar um projeto de lei de 1946, já desfavorável ao ensino público, engrossado com
emendas que favoreciam sobremaneira a educação privatista, religiosa e empresarial.
Na imprensa, pouco se falava sobre a LDB. A situação mudou a partir de 1956, quando se cogitou discutir o
projeto na Câmara mais uma vez. Foi quando o Lacerda, a pretexto de garantir a “liberdade de ensino” e o fim da
intervenção estatal na educação, passou a propor alterações que favoreciam claramente os interesses das instituições
particulares e das escolas confessionais da Igreja Católica. Já o padre José Trindade defendia, em seus discursos, o
ensino confessional sob o monopólio da Igreja Católica e a maior abertura para o ensino privado. Lacerda e Trindade
levaram esse discurso privatista para o centro da cruzada ideológica anticomunista que caracterizava a atuação de
ambos.
A reação uniu as esquerdas e os setores que defendiam a escola pública e, em 1º de julho de 1959, lançaram
o manifesto, que defendia um ensino público, laico, obrigatório, integral e gratuito com o objetivo de democratizar a
sociedade brasileira. O manifesto reconhecia os problemas da escola pública, entendidos como frutos de concepções
quantitativas da educação e das dificuldades de financiamento. Ainda assim, os signatários do documento entendiam
que a escola pública era uma “conquista irreversível das sociedades modernas”. A educação democrática era, por fim,
entendida como a base para o desenvolvimento nacional.
Inicialmente publicado no “Estado de S. Paulo”, o manifesto teve ampla repercussão e logo seria republicado
no “Diário do Congresso Nacional” e periódicos como o “Diário de Notícias”, o “Jornal do Commercio” (Rio de Janeiro)
e a “Revista de Estudos Pedagógicos”.
Faça valer a pena
1. A LDB de 1961, que tramitava desde 1948, foi objeto de intensas disputas entre os reformadores da educação nova e os
católicos. O tema do financiamento da educação foi polêmico, sendo correto afirmar que:
a) Os reformadores defendiam que a verba pública fosse direcionada somente para a educação pública.
b) Os reformadores defendiam que a verba pública fosse direcionada somente para a educação privada.
c) Os católicos defendiam que a verba pública fosse direcionada somente para a educação pública.
d) Os católicos defendiam que a verba pública fosse direcionada somente para a educação privada.
e) Os reformadores defendiam que a verba pública não financiasse a educação, que as entidades educacionais captassem
recursos com entidades privadas.
I. O que estava em jogo nesse debate era a possibilidade de construção de um sistema público de ensino, ou seja, de
democratização e de ampliação do ensino público para os setores que foram historicamente excluídos da educação.
II. Havia na educação uma correspondência entre os defensores de um desenvolvimento econômico autônomo e os setores mais
conservadores da sociedade que defendiam um desenvolvimento econômico subordinado aos interesses externos e à velha
dinâmica agrária.
III. Por exemplo, a UDN estava ao lado dos católicos nesse debate educacional, enquanto que os setores progressistas e de
esquerda apoiavam os reformadores.
3. A LDB de 1961, que entrou em vigor em 1962, aprovou a instalação de um importante órgão educacional, que é o:
As reformas do ensino de primeiro e segundo graus, através da Lei nº 5.692/71 e outras leis ou
decretos, eliminaram ou reduziram as disciplinas que ajudam a conhecer e compreender a realidade, como
História, Geografia e Filosofia, e as substituíram por outras, de cunho técnico ou criadas como forma de
doutrinação, como OSPB e Educação Moral e Cívica.
No ensino superior não foi diferente: a Lei nº 5.540/68 e outras leis e decretos tentaram desmontar o
antigo sistema de cátedras, instituíram os departamentos segregados, tentaram impedir o pensamento e a
atividade política dentro das universidades, bem como reduziram despesas com educação, favorecendo assim o
ensino privado.
➢ Milagre econômico → Entre 1968 e 1973, houve um aumento do PIB, da industrialização e baixos
níveis inflacionários;
IMPORTANTE
ENSINO TECNICISTA: O período compreendido entre 1960 e 1968 foi marcado pela crise da
Pedagogia Nova e articulação da tendência tecnicista, assumida pelo grupo militar e tecnocrata. O
pressuposto que embasou esta pedagogia está na neutralidade científica, inspirada nos princípios
de racionalidade, eficiência e produtividade.
Faça valer a pena
1. Analise o gráfico e relacione-o com a educação brasileira nos anos 1970:
a) O crescimento da economia, demonstrado pela variação do PIB, não foi acompanhando na mesma proporção
por investimentos públicos em educação.
b) A redução do PIB nos anos 1980 demonstrou o fracasso da lei 5.692/71 e seu ensino tecnicista e
teoricamente neutro.
c) O gráfico demonstra grande variação no PIB nos anos 1970, ora subindo, ora caindo, o que prejudicava os
investimentos em educação.
d) A falta de investimento no ensino superior, nos anos 1970, acabou causando a redução do PIB nos anos
1980, pois o modelo educacional não se sustentou.
e) Foi o aumento das despesas com educação – na verdade, investimento – que permitiu o milagre econômico
brasileiro nos anos 1970.
a) Os militares não adotaram esse tipo de ensino, pois não acreditavam na neutralidade do conhecimento.
b) Os militares – inspirados no positivismo – incentivaram ideias como “pra frente Brasil” e “ame-o ou deixe-o",
mas isso não se refletiu na educação, que permaneceu plural.
c) As duas afirmações são verdadeiras e expressam a política educacional durante o regime militar, embora
houvesse resistência à sua aplicação prática.
d) Embora as duas afirmações sejam verdadeiras, a resistência dos professores impediu completamente a
implantação do modelo no ensino brasileiro.
e) A não aplicação desse modelo é uma das causas da má qualidade do ensino, que se debruça sobre questões
subjetivas e teóricas, sem aplicação prática.
✓ Fim do Regime Militar (1985) → Crise econômica; abertura política; dívida externa; inflação; falta de
recursos para investimentos.
✓ Redemocratização → Mobilização social; Constituição de 1988.
SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO
A crise impedia investimentos necessários em todas as áreas, inclusive na Educação. Mesmo assim,
houveram mudanças importantes:
Alteração no ensino profissionalizante obrigatório definido pela Lei nº 5.692/71;
Diversas novas experiências, em especial nos estados governados pelas oposições, como CIEP,
CEFAM e PROFIC;
Redefinição do percentual mínimo do orçamento para investimentos em educação;
Nova Constituição com novos princípios e objetivos para a educação.
IMPORTANTE
LEI DA ANISTIA: A Lei da Anistia faz parte de um conjunto de medidas tomadas no contexto da abertura
política do regime militar que vigorou por 21 anos no Brasil e faz parte de uma estratégia de avanço e recuo
do domínio dos militares utilizada por Geisel e continuada por Figueiredo. Portanto, trouxe benefícios à
sociedade civil, mas também aos militares.
Antes de haver propriamente uma campanha pela anistia, o Movimento Democrático Brasileiro
(MDB) incluiu em seu programa, no ano de 1972, a luta pela paz nacional, que se materializariam pela
demanda de formação de uma nova Assembleia Constituinte, pela concessão da anistia e pelo retorno das
eleições diretas. A abertura iniciada por Geisel também contribuiu para a ampliação dos espaços de discussão
do tema, nesse contexto.
Faça valer a pena
1. Na educação, algumas iniciativas do setor público – em especial pelos governos de oposição ao regime militar, a partir
de 1982 – se desenvolveram nesse período. Sobre essas experiências, podemos dizer:
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, II e III.
c) Apenas II, III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Todas as afirmações.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
LIBERALISMO: É uma filosofia política e moral baseada na liberdade, consentimento dos governados e
igualdade diante da lei. Acredita na intervenção mínima do Estado.
Durante esse período, tivemos a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (em 1996) e do
primeiro Plano Nacional de Educação (em 2001).
Nesse momento, o Brasil não estava isolado do mundo, que também passava por transformações
importantíssimas, sintetizadas pelo fim do socialismo do leste europeu e pela queda do muro de Berlim;
No Brasil, os anos 90 foram marcados por políticas neoliberais que aumentaram o desemprego e
reduziram o papel do Estado e sua intervenção na economia e a prestação de serviços públicos, com
reflexos na política educacional.
O MODELO NEOLIBERAL
Até a Primeira Guerra Mundial, o liberalismo era a doutrina preferida pelos capitalistas. Na política, o
liberalismo defendia uma democracia super restrita, sendo que o direito de voto era, muitas vezes, limitado aos
proprietários. Na economia, o liberalismo defendia o máximo de direitos para o Capital e o mínimo de direitos para
o trabalho.
Após a Segunda Guerra Mundial, depois de 30 anos de catástrofes e diante de um forte movimento
socialista, os capitalistas transitaram para outra doutrina, segundo a qual cabe ao estado adotar políticas que
previnam as causas e remedeiem os efeitos das crises econômicas – evitando que elas se transformem em
catástrofes, guerras e revoluções.
Essa nova doutrina econômica – geralmente chamada de keynesianismo – foi dominante nas décadas de
1950 e 1960. Mas as receitas keynesianas não conseguiram debelar a crise dos anos 70.
Com isso, pouco a pouco, tornou-se hegemônica entre os grandes capitalistas a doutrina chamada de
neoliberal, que recupera as ideias do liberalismo: menos gastos sociais, menos impostos, privatizações,
liberdade de comércio, livre trânsito dos capitais, menos
sindicatos, etc.
A doutrina neoliberal orientou a grande ofensiva
do capital contra os governos socialistas, social-
democratas e nacional-desenvolvimentistas, tudo em
nome de uma sociedade “mais livre e mais rica”.
O resultado está aí: 16% da população mundial
controla 80% da riqueza mundial.
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
XIII – garantia do direito à educação e a aprendizagem ao longo da vida (incluído na Lei nº 13.146, de 2015).
OBSERVAÇÃO: No canal Pedagogia Tira Dúvidas fiz um vídeo sobre cada um destes princípios de forma
resumidamente comentada. Acessem pelo link: https://youtu.be/_JBubz76NqQ
IMPORTANTE
Projeto Político Pedagógico - PPP: O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento que reflete a
proposta educacional da instituição de ensino. Também conhecido apenas como projeto pedagógico, é um
documento que deve ser produzido por todas as escolas, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB).
Faça valer a pena
1. São características de uma visão neoliberal sobre a educação:
a) Políticas públicas de bem-estar social, buscando maior igualdade; educação para a cidadania, com formação ampla e
igualitária.
b) Educação para o desenvolvimento econômico, seguindo exigências do mercado; ampliação do número de vagas em
instituições públicas segundo padrões de qualidade.
c) Educação privada, eventualmente subsidiada pelo governo por meio de vales; formação das elites intelectuais e
seleção dos “melhores”.
d) Desenvolvimento mais igualitário das aptidões e capacidades; livre concorrência e fortalecimento da iniciativa privada.
e) Educação pública e gratuita para todos, paga pelo governo; educação para o desenvolvimento econômico, seguindo
exigências do mercado.
a) Não aceitou o investimento dos 7% do PIB em educação previstos pelo PNE, vetando-os, bem como outras ações.
b) Aceitou o investimento dos 7% do PIB em educação previstos pelo PNE, apesar de ser menos que o necessário.
c) Aceitou o aumento de gastos com educação, permitindo ampliação de programas de pesquisa e do salário dos
professores.
d) O vitorioso programa contra a inflação no primeiro mandato permitiu elevar a arrecadação e o investimento em
educação, conforme previsto no PNE, no segundo mandato.
e) Convocou toda a sociedade e a comunidade acadêmica para a elaboração conjunta do PNE 2001-2010.
3. Um ponto positivo (A) e um negativo (B) da Lei de Diretrizes e Bases da educação, Lei 9.394/96 são:
a) A – definição do que pode ser efetivamente considerado como gasto com educação; B – exigência da formação em
curso superior para professores do ensino fundamental.
b) A – alto percentual do PIB a ser investido em educação; B – pequena participação obrigatória de mestres e doutores
nos cursos superiores.
c) A – separação entre ensino profissional e a formação geral; B – definição do que pode ser efetivamente considerado
como gasto com educação.
d) A – volta da obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia e Filosofia; B – delegação à iniciativa privada de obrigações
que deveriam ser estatais.
e) A – definição do que pode ser efetivamente considerado como gasto com educação. B – pequena participação
obrigatória de mestres e doutores nos cursos superiores.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Continuidade ou mudança?
O Ensino Superior teve um crescimento percentual um pouco maior no ensino privado do que no
público;
O Ensino Superior Público Federal atendia 560 mil alunos em 2002 e passou a atender quase 1.400 mil
alunos em 2014;
As vagas oferecidas por sistemas municipais e estaduais, agrupadas, passaram de 592.541 em 2003
para 780.934 em 2014;
Mas foi na rede privada o grande aumento do acesso à graduação, por meio do Programa Universidade
Para Todos – PROUNI – através da concessão de bolsas a estudantes carentes, e pelo Fundo de
Financiamento Estudantil – FIES – que estimulava por meio do financiamento estudantil;
IMPORTANTE
ÍNDICE DE GENI: O Índice de Gini – também conhecido como Coeficiente de Gini – é um instrumento
matemático utilizado para medir a desigualdade social de um determinado país, unidade federativa ou
município. Sua importância efetiva-se diante das limitações que outros índices – como o PIB e a renda per
capita – possuem para medir a distribuição de riquezas.
Faça valer a pena
1. De acordo com o que estudamos nesta seção – e neste livro em geral – podemos dizer que para compreender a história da
educação:
a) É necessário apenas olhar os dados objetivos, documentos e séries históricas que mostram os resultados reais e concretos da
educação.
b) É necessário estudar profundamente a história geral e a história do Brasil, saber quem eram os governantes e todos os acertos e
erros de cada um deles.
c) É necessário estudar apenas a legislação de cada período, pois é ela que determina o que pode e deve ser feito.
d) É fundamental considerar a interligação entre a educação, as políticas públicas em geral e a situação política e econômica de cada
momento.
e) É fundamental isolar as alterações na educação das demais e dos interesses de cada período, para que haja isenção na análise.
a) A queda do muro de Berlim em 1989 gerou uma onda de desemprego mundial que chegou ao Brasil a partir de 1990.
b) Percebe-se uma mudança na tendência a partir de 2005, quando políticas públicas diferentes começaram a produzir efeito.
c) Não é possível deduzir o que acontece no Brasil apenas a partir dos dados da região metropolitana de São Paulo.
d) Ao longo de todo o período há aumento e redução do desemprego, independentemente do governo ou de políticas públicas.
e) Não há alterações que possam ser relacionadas às políticas econômicas de cada período.
3. Analise a tabela a seguir com uma síntese dos dados do Ideb 2015: