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Aula 01x14 (Direito Do Trabalho Coletivo)

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PREPARATÓRIO PARA OAB

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO


Professor: Dr. Carlos Zimmermann

Capítulo 1 Aula 14
DIREITO DO TRABALHO

Coordenação: Dr. Carlos Zimmermann


Capítulo 14

Direito do Trabalho Coletivo


Os conflitos de trabalho também são chamados de dissídios. Dissídio quer dizer: dissenso, desentendimento
ou controvérsia. Ocorrem conflitos, ou dissídios de trabalho, em dois graus distintos:

Primeiro, o conflito entre um trabalhador e o empregador, por divergência de interesses ou outra razão. É a
controvérsia resultante de diferente interpretação, relativa às condições individuais de trabalho, entre um
empregado ou mais porém de modo individual e o seu empregador.

No segundo, o conflito se dá no âmbito dos interesses coletivos de todos os trabalhadores em uma ou mais
empresas. Este é o conflito coletivo de trabalho.

Os trabalhadores são representados por seus sindicatos na tentativa de encontrar uma solução negociada
para o conflito junto à empresa, às empresas ou ao sindicato patronal correspondente.

Os conflitos coletivos de trabalho dividem-se em duas classes: os de natureza patrimonial ou econômica, e


de natureza jurídica ou de interpretação.

No campo das relações coletivas de trabalho, os conflitos são solucionados por três modos básicos:

1) Por iniciativa de caráter individual, de ameaça ou intimidação, no sentido de que o outro ceda em suas
pretensões (autotutela ou autodefesa) ;
2) Por um ajuste voluntário e exclusivo entre as partes (autocomposição) ;
3) Por um ajuste imposto por terceiro (investido de autoridade para tal), quando o impasse é de difícil solução
(heterocomposição ou tutela)

A autotutela ou autodefesa tem como exemplos greve e o locaute.

O direito de greve - art. 9º da Constituição Federal:

"Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei".

A greve é a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços ao
empregador, nos termos do art. segundo, da Lei nº 7.783/89.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br

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A greve é um ato de paralisação ostensiva das atividades, com a ausência no local de trabalho e pode ser
total ou parcial. Se a greve atingir todo o estabelecimento será total. Ao contrário, se atingir alguns setores da
empresa será parcial.

Durante a greve, o sindicato deverá cuidar para que a paralisação não resulte em dano irreparável, seja pela
deterioração irremediável de bens, máquinas e equipamentos, seja pela falta de manutenção daqueles
necessários para a retomada das atividades empresariais após o encerramento da greve.

Por atividades essenciais entendem-se as que são necessárias ou indispensáveis à comunidade, e não à
empresa. Tais atividades estão previstas no art. 10 da Lei nº 7.783/89:

I - Tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;


II - Assistência médica e hospitalar;
III - Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - Funerários;
V - Transporte coletivo;
VI - Captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - Telecomunicações;
VIII - Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - Processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - Controle de tráfego aéreo;
XI - Compensação bancária".

A lei não permite a paralisação dos empregadores, que é chamada de locaute.

Locaute significa, literalmente, "trancar a fábrica".

É a supressão temporária da atividade da empresa, deliberadamente, por um ou mais empregadores, para


impedir que os trabalhadores tenham acesso ao local de trabalho e exerçam as suas atividades. A prática do
locaute é proibido no Brasil, nos termos do art. 17, da Lei 7783/89.

O resultado da negociação coletiva é o pacto de disposições, cláusulas e termos, expressos por meio de um
documento formal, chamado Convenção Coletiva, na forma aparente de um contrato de vontades, mas
cujo conteúdo é explicitado pela lei. Elementos obrigatórios para sua validade:

- A identificação dos agentes, legitimamente representados, tanto pelo lado dos trabalhadores, por meio de
seu sindicato, como da empresa ou empresas e/ou sindicatos;
- O prazo de vigência, que não será inferior a um ano e nem superior a 2 anos;
- A discriminação das categorias sobre as quais o ajuste incidirá;
- As condições acordadas, que terão efeito sobre os contratos individuais;
- A predisposição de normas para a conciliação de eventuais divergências surgidas na aplicação da
convenção, podendo ser por meio de comissões mistas escolhidas para controle e acompanhamento;
- A disposição sobre prorrogação, revisão parcial ou revisão total do disposto;

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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- Os direitos e deveres decorrentes do instrumento normativo, para ambas as partes;
- As penalidades previstas para descumprimento.

A convenção coletiva materializa-se, então, num documento escrito, que se constitui numa peça normativa,
a ser entendida, divulgada e aplicada. Uma via é depositada na Delegacia do Trabalho para fim de registro e
documentação, entrando em vigor três dias após ser recebida pelo órgão.

Não será permitido estipular duração de convenção ou acordo superior a dois anos.

O Acordo Coletivo de Trabalho previsto na CLT, em seu art. 611, Parágrafo Primeiro, também é um
instrumento normativo, todavia, de menor abrangência.

É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar acordos coletivos com uma ou
mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho aplicáveis no
âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho.

O Acordo Coletivo visa atender a necessidade de um grupo de empregados de uma ou mais empresas e não
de toda a categoria.

A CLT no art. 620 - determina que as convenções prevalecem sobre os acordos, a menos que este ofereça
condições mais favoráveis ao empregado.

Em síntese, convenção e acordo têm a mesma natureza jurídica, a mesma metodologia e a mesma
finalidade, diferindo apenas quanto as partes e o âmbito de aplicação.

O instrumento do acordo coletivo é semelhante ao das convenções coletivas, entretanto, no acordo,


encontraremos o sindicato dos empregados e a empresa ou as empresas, sem que seja necessária a
presença do sindicato patronal.

Os dois instrumentos de autocomposição estudados, por representarem a vontade estabelecida pelas


partes, tornam-se normas obrigatórias, de cumprimento compulsório.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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