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Benefícios e Malefícios Libras

A Lei 10.436/2002 reconheceu a LIBRAS como língua oficial no Brasil, promovendo o ensino bilíngue e a inclusão dos surdos na educação. Apesar dos avanços, ainda existem desafios como a falta de intérpretes e a formação inadequada de professores, que impactam na qualidade do ensino. A lei foi crucial para garantir direitos educacionais, mas é necessário continuar aprimorando a formação docente e a convivência inclusiva para o bem-estar dos surdos.

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Benefícios e Malefícios Libras

A Lei 10.436/2002 reconheceu a LIBRAS como língua oficial no Brasil, promovendo o ensino bilíngue e a inclusão dos surdos na educação. Apesar dos avanços, ainda existem desafios como a falta de intérpretes e a formação inadequada de professores, que impactam na qualidade do ensino. A lei foi crucial para garantir direitos educacionais, mas é necessário continuar aprimorando a formação docente e a convivência inclusiva para o bem-estar dos surdos.

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Benefícios e Malefícios da Lei 10.

436/2002

No início, a educação dos surdos no Brasil focava no modelo oralista,


ou seja, havia a integração escolar dos surdos no ambiente escolar por
meio do ensino da fala oral. A partir da década de 1990, houve grandes
avanços na ciência e nos movimentos políticos a favor dos direitos dos
surdos, o que trouxe mudanças significativas.

A Declaração de Salamanca (1994), documento internacional, marcou a


promoção da educação inclusiva e reconheceu a demanda de integrar
alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino. Essa
declaração influenciou no Brasil a criação de leis, como a “Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/1996)”, que definiu
a educação especial como preferencialmente oferecida na rede regular
de ensino, com suporte especializado conforme necessário.

A Lei 10.436/2002 reconheceu a LIBRAS no Brasil como uma língua


oficial, não como uma “linguagem gestual”. Possibilitando dessa forma o
ensino de duas línguas (bilinguismo) e a inclusão dos surdos nos
ambientes públicos, escolares, de lazer e entre outros. Dessa forma,
garantindo aos estudantes o ensino da LIBRAS como sua primeira
língua, e a língua portuguesa como segunda, promovendo igualdades
entre a sociedade.

Chapecó foi a primeira cidade a reconhecer a LIBRAS e implementar o


ensino bilingue nas escolas, criando salas exclusivas para surdos e
adaptando o ambiente às necessidades linguísticas. Na escola Básica
Municipal São Cristóvão, foram criadas salas bilingues (em Português e
LIBRAS), que incentivava no ambiente escolar a integração cultural e
social por meio da convivência dos alunos surdos e ouvintes, que
trocavam aprendizados entre si, aumentando o entendimento das
diferenças linguísticas que promoveram uma melhoria no ensino dos
alunos surdos, até mesmo daqueles que haviam começado a aprender
LIBRAS. Além disso, houve investimentos na formação dos professores
em LIBRAS, melhorando a qualidade das formações, o que tornou
possível que os alunos tivessem tutores disciplinados e capacitados na
sua educação escolar.
Com a Lei 10.098 (Lei de Acessibilidade), que estabeleceu critérios
básicos para derrubar barreiras e implementar a acessibilidade de
pessoas com deficiência, garantindo que a LIBRAS entrasse em
diversos ambientes, além da escola e da educação, os alunos surdos
que tinham acesso às salas exclusivas, nesse ponto entram em
transição no ano 2000 ao serem inseridos em classes regulares,
promovendo a inclusão, seguindo as diretrizes nacionais de educação
especial.

Entretanto, nas salas regulares, até atualmente é evidenciado as


dificuldades de se ter: intérpretes de LIBRAS para os surdos; formação
continuada adequada dos professores para atender as especificidades
dos alunos; e também, a rotatividade dos professores ao longo dos
anos, impactam na inclusão, na qualidade de ensino e na garantia da
compreensão e comunicação eficazes da educação dos surdos. Com
essa transição, muitos surdos não consideravam essas mudanças como
algo positivo, justamente pela questão da formação profissional dos
professores e a percepção de serem tratados como deficientes.

As políticas públicas que valorizam as LIBRAS quando adotadas


corretamente elevam o ensino dos surdos, o que promove naquela
localidade o poder de fala sobre suas próprias necessidades, que
muitas vezes são silenciadas por conta de não terem uma
representatividade que se impõe a respeito dos seus direitos enquanto
cidadãos surdos.

Com essas mudanças legais, o modelo oralista perdeu força e entrou a


formação do aluno surdo voltada para: Inclusão (com professores e
intérpretes) e o Bilinguismo (com LIBRAS e o português, respeitando a
identidade e cultura de ambas). Apesar da inclusão ser muito praticada,
alguns surdos preferem o bilinguismo, já que nem sempre as pessoas
têm acesso a LIBRAS, o que dificulta o acesso educacional, cultural e
social dos surdos.

A Lei 10.436/2002 foi fundamental para garantir o direito à educação


bilingue por meio do ensino em LIBRAS, além do acesso profissionais
capacitados e nas intervenções na área da educação e governo. A
LIBRAS passou por um grande processo para ser reconhecida e
incluída na rede de ensino para surdos, ainda se tem a necessidade de
aprimorar educacionalmente o aprendizado a eles, e só será possível
por meio da formação docente especializada e na convivência inclusiva,
reconhecendo surdos e as outras pessoas com necessidades especiais
como parte da sociedade. Dessa maneira, promovendo o bem-estar
comum.

Referências:

Textos da disciplina;

PIECZKOWSKI, Tania Mara Zancanaro. Língua brasileira de sinais (LIBRAS): Quinze anos da Lei
10.436/2002 e seus impactos no município de Chapecó (SC). Revista Trama, v. 14, n. 32, p. 53-65, 2018.
( https://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/download/18555/12869/0 )

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