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Modelo 4 - Ação de Despejo

O autor propõe uma ação de despejo por falta de pagamento e cobrança contra a locatária, que não pagou os aluguéis devidos e expressou desinteresse em desocupar o imóvel. O autor solicita a concessão de justiça gratuita, a rescisão do contrato de locação, o pagamento dos débitos em aberto e a expedição de mandado de despejo. A ação é fundamentada na legislação pertinente e na inadimplência da locatária.

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Modelo 4 - Ação de Despejo

O autor propõe uma ação de despejo por falta de pagamento e cobrança contra a locatária, que não pagou os aluguéis devidos e expressou desinteresse em desocupar o imóvel. O autor solicita a concessão de justiça gratuita, a rescisão do contrato de locação, o pagamento dos débitos em aberto e a expedição de mandado de despejo. A ação é fundamentada na legislação pertinente e na inadimplência da locatária.

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MERITÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA____VARA CÍVEL DA

COMARCA DE SÃO CARLOS – SP.

qualificação xxxx, por suas advogadas que esta


subscrevem (mandato incluso), vêm mui respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C AÇÃO DE


COBRANÇA

em face de qualificação xxxx, pelos fatos e fundamentos que passa


a expor:

- PRELIMINARMENTE
- DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, afirma o autor que não possui


condições de arcar com a custa processual e os honorários
advocatícios sem prejuízo do sustento próprio bem como o de sua
família, razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade da justiça,
nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, e artigo 98 e seguintes do
CPC, documento anexo.

- DOS FATOS

As partes, firmaram em 25/05/2019, contrato de


locação de um imóvel residencial situado na Rua XXXXX
O prazo de locação é de 24 (vinte e quatro) meses,
a contar de 25/06/2019 à 25/06/2021. Foi estipulado a título de
locação o valor de R$ XXXXX mensais, com vencimento todo dia 25
de cada mês, bem como, o pagamento das despesas de água e
energia elétrica.

Ocorre Excelência, que a Requerida, não efetuou o


pagamento dos alugueis que venceram em 25/10/2019, 25/12/2019 e
25/01/2020, além das despesas de água, consoante documento
anexo.

Diversos contatos foram mantidos com a parte Ré


no intuito de receber os valores em aberto, inclusive sendo enviado
notificação extrajudicial, documento anexo. No entanto restaram
infrutíferas.

Frisa-se que foi informado pela própria ré, que não


há como pagar os aluguéis vencidos, e que não tem a intenção de
sair do imóvel, razão pela qual, não restou outra alternativa, senão
provocar o Judiciário.

- DOS FUNDAMENTOS

– DAS OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO E DA


RESCISÃO CONTRATUAL

A Requerida/Locatária está em mora com os


alugueis de outubro/2019, dezembro/2019 e janeiro/2020, além de
débitos com água.

Desta forma, a locatária deixa de cumprir com


suas obrigações legais de pagar o aluguel, conforme art. 23, I, da Lei
8.245/91:

Art. 23. O locatário é obrigado a: I - pagar


pontualmente o aluguel e os encargos da locação,
legal ou contratualmente exigíveis, no prazo
estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do
mês seguinte ao vencido, no imóvel locado,
quando outro local não tiver sido indicado no
contrato.

No mesmo sentido, infringiu o contrato de locação


firmado entre as partes, dando assim causa à rescisão contratual, ou
seja, à extinção da locação, conforme preconiza o art. 9º da Lei nº
8.245/91:

Art. 9º - A locação também pode ser desfeita:

III – em decorrência da falta de pagamento do


aluguel e demais encargos; (...)

Nesse sentido, necessário se faz mencionar o


entendimento do ilustre doutrinador Carlos Roberto Gonçalves que
preconiza, ‘in verbis’:

“A falta de pagamento do aluguel e demais


encargos poderá, também, a dar ensejo à rescisão
contratual. A falta de pagamento se caracteriza
pelo atraso no cumprimento das obrigações
financeiras, como mensalidade, seguro, impostos,
contribuição ordinária de condomínio e outros
compromissos legais estabelecidos no contratado,
” – (GONÇALVES, Carlos Roberto – Curso de Direito
Civil – Vol. 5 – pag. 302 e 303 – 2013).

Além disso, os entendimentos jurisprudenciais


confirmam o que vêm previsto na legislação, conforme julgado do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal abaixo:
Ementa: AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO DOS ALUGUÉIS. INADIMPLÊNCIA DO
LOCATÁRIO. RESCISÃO CONTRATUAL.
PROCEDENCIA DO PEDIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1.
Não se provando o pagamento dos aluguéis em
atraso e os demais encargos da locação, há de se
ter por caracterizado o inadimplemento das
obrigações que sustenta o pedido de rescisão do
contrato. 2. Recurso desprovido. (TJ-DF – Apelacão
Civel APC 0120110287643) .

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA


DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA DE
ALUGUÉIS. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DOS
PEDIDOS DE COBRANÇA DE ALUGUERES E
DESPEJO, NOS TERMOS DO ART. 62, INC. I, DA LEI
N. 8.245/91. RITO PROCEDIMENTAL
ADEQUADO. Muito embora o contrato de locação
seja considerado título hábil a embasar a ação de
execução, tal não impede o locador de optar pelo
procedimento cognitivo, com a propositura de
ação de cobrança de alugueres cumulada com
pedido de despejo, nos termos do art. 62, inc. I,
da Lei n. 8.245/91. INADIMPLEMENTO DOS
ALUGUÉIS DEMONSTRADO. SENTENÇA QUE NÃO
ADMITIU A CUMULAÇÃO REFORMADA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n.
2010.056047-3, de Chapecó, rel. Des. Eduardo
Mattos Gallo Júnior, j. 27-01-2012).

– DO DESPEJO

A lei especial 8.245/91 que regula as locações de


imóveis, deixa claro em seu art. 5º que a ação para reaver o imóvel é
a de despejo, seja qual for seu fundamento do término da locação.
Desta forma, mesmo com o período sem receber o aluguel, o locador
deseja reaver o imóvel para que possa voltar a alugá-lo, vez que
utiliza da locação para prover com sua própria subsistência, e ainda,
a locatária já demonstrou desinteresse em cumprir com os
pagamentos vencidos e os vincendos.

Da mesma forma se posiciona a Jurisprudência em


suas decisões e seus votos no mesmo sentido:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.127.537 - DF


(2009/0044303-0) RESCISÓRIA. LOCAÇAO. DESPEJO. PROPRIEDADE.
PARTICULARIDADE. O Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO foi o
relator e em seu voto expressou que: “Ademais, é cediço que, para a
extinção do contrato de locação e a retomada do imóvel, a única via
adequada é a ação de despejo, nos termos do que dispõe o art. 5º da
Lei n. 8.425/91.”

Resta cristalino, que a falta de pontualidade no


pagamento dos aluguéis e demais encargos, por caracterizar quebra
da obrigação assumida, dá ensancha à rescisão do contrato e ao
consequente despejo do locatário.

Assim, considerando que o Requerente cumpriu


com suas obrigações contratuais, este não possui mais interesse na
manutenção do negócio perante o inadimplemento da Requerida,
tendo em vista que a Requerida, mesmo diante da tolerância
concebida pelo locador até o momento, não demonstrou qualquer
interesse em desocupar o imóvel pacificamente, tampouco em
quitar a dívida, não restando alternativa senão ao autor ajuizar a
presente demanda para que consiga tutelar sua pretensão que é a
rescisão do contrato de locação, o pagamento do saldo devedor e a
decretação do despejo, como medida de Justiça.
– DOS ALUGUERES ATRASADOS, DA MULTA E
CORREÇÃO

Conforme planilha abaixo devidamente atualizada,


a Requerida possui uma dívida no valor de R$ XXXXXX, referente
aos alugueis atrasados, débitos de água e demais encargos
contratuais.

Sendo assim, a procedência da presente ação é


medida que se impõe.

- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer que Vossa Excelência:

a) A citação da ré, para que querendo apresente


defesa no prazo legal, sob pena de revelia,
conforme art. 344 do CPC;

b) Seja a presente ação julgada totalmente


procedente, condenando as Rés a efetuarem os
pagamentos dos débitos em aberto no montante
de R$ 3.953,58 (três mil novecentos e cinquenta e
três reais e cinquenta e oito centavos);

c) Declarar rescindido o contrato de locação,


nos termos do artigo 62, I da Lei do Inquilinato ,
bem como decretar o despejo;

d) Seja expedido o respectivo mandado de


despejo para desocupação voluntária da locatária;

e) A condenação das rés ao pagamento das


custas processuais e honorários advocatícios, na
proporção de 20% sobre o valor da causa;
f) Condenar as rés aos pagamentos das
prestações locatícias vencidas e as vincendas no
decurso da lide em pauta, acrescidos de multa de
mora e juros legais.

g) Requer a concessão dos benefícios da


Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da Lei
1.060/50 e artigo 98 e seguintes do CPC, por ser o
autor pobre na acepção jurídica do termo.

h) O autor nos termos do art. 334, § 5º


do Código de Processo Civil, manifesta
o, desinteresse na autocomposição.

Protesta provar o alegado, por todos os meios de


provas em Direito admitidos, em especial a oitiva das partes, oitiva
de testemunhas a serem arroladas oportunamente, juntada de
documentos e outras provas indispensáveis a solução da lide.

Dá-se a causa o valor de R$ XXXXXXXXXXXXX

Termos em que, pede e espera deferimento.

São Carlos, 13 de fevereiro de 2020.

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