O que é um sismo?
Sismo (vem do grego seismós = abalo).
É um movimento vibratório brusco da superfície
terrestre, originando uma súbita libertação de
ATIVIDADE SÍSMICA: energia em zonas instáveis do interior da Terra.
Sismologia
RISCOS E PROTEÇÃO DAS POPULAÇÕES
É a ciência que estuda os sismos, as suas causas e os seus efeitos.
Permite: • Conhecer os materiais rochosos que constituem a Terra.
• Modo de propagação das ondas sísmicas.
• Quantidade de energia libertada.
Sismólogo
Cientista que se dedica ao estudo da atividade sísmica (à sismologia)
Diariamente ocorrem cerca de 80 sismos no planeta.
Os sismos podem ser:
Microssismos Macrossismos
• Correspondem à grande maioria • São mais fortes, sendo sentidos
dos sismos. pela população.
• Não causam danos significativos • Causam mais destruição.
ou são mesmo impercetíveis.
• Muitos só são detetados por
aparelhos muito sensíveis.
Sismo Classificação dos sismos de acordo
com a sua origem/causa
Não é um fenómeno isolado
Naturais Artificiais
Frequentemente são precedidos de pequenos abalos
Abalos premonitórios ou preliminares
Constituem um alerta para um possível sismo principal
Após o abalo principal
Sismos de Sismos Sismos
colapso vulcânicos tectónicos Sismos
Abalos de menor intensidade Réplicas artificiais
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Sismos artificiais – Como se propaga a Energia libertada num sismo?
são provocados pela atividade humana
(explosões)
Sismos Naturais
Sismos de colapso –
resultam do abatimento de grutas e
cavernas ou do deslizamento de terras Epicentro
Sismos vulcânicos – Distância
resultam do movimento brusco do Focal
magma no interior da Terra e na
ascensão.
Hipocentro
Sismos tectónicos – Onda
resultam do movimento de duas placas sísmica
tectónicas ou de dois blocos rochosos, um
em relação ao outro, ao longo de uma falha
Classificação dos sismos de acordo com a
Propagação de energia sísmica: ondas sísmicas localização do Epicentro
Terramotos Maremotos
Têm o Epicentro na Têm o Epicentro na
crusta continental crusta oceânica
Podem originar:
tsunami ou ráz de maré
Como se regista um sismo?
Aparelho sensível que permite registar com precisão e nitidez os
Sismógrafo: movimentos do solo provocados por um sismo.
O primeiro sismógrafo português
construído por John Wiechert, geólogo
alemão(1861-1928), encontrando-se,
desde 1917, no instituto Geofísico da
Universidade de Coimbra.
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Os sismógrafos modernos são instrumentos eletrónicos ultrassensíveis que
Tipos de detetam, ampliam, filtram e registam os movimentos da Terra.
sismógrafos
Estão em funcionamento permanente, registando na ausência de sismo, uma
(tendo em conta os linha direita, ou com leves oscilações.
movimentos que
registam)
• fortes ventanias
Sismógrafos numa estação sismográfica • derrocadas
• ondulações marinhas violentas
• circulação de veículos
• exploração mineira
• atividade industrial
Como se designa o registo obtido pelo sismógrafo?
Ondas superficiais
Chegada das Chegada das
ondas P ondas S
Sismograma
Tempo
1 minuto
Retirar informações sobre as Determinação exata do
Tipos de ondas sísmicas:
características das zonas terrestres hipocentro e do epicentro, e da
atravessadas pelas ondas sísmicas. energia libertada pelo sismo.
1º São registadas as ondas P > velocidade e < amplitude.
2º São registadas as ondas S < velocidade e > amplitude.
Quando ocorre um sismo, os registos tornam-se mais complexos e
3º São registadas as ondas L < velocidade e > amplitude.
com oscilações bastante acentuadas, evidenciando um aumento das
amplitudes das diferentes ondas sísmicas.
Exercício de Aplicação:
Como avaliar a dimensão de um sismo?
Tempo (min)
5 10 15 20 25 Intensidade sísmica Magnitude
10h 30m
Intensidade de um sismo
ondas P • Determina-se com base nos efeitos provocados
ondas S pelo sismo nas pessoas, construções, terrenos, …
(baseia-se nas consequências do sismo, na
destruição e no modo como a população o sentiu)
ondas L
• Mede-se através de uma escala:
“Escala de Mercalli Modificada em 1956” Giuseppe Mercalli
(1850 – 1914)
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A determinação da intensidade de um sismo, nos vários locais à
Escala Mercalli modificada em 1956 superfície da Terra onde ele foi sentido, e a localização do seu
epicentro permitem traçar num mapa as isossistas.
• Avalia a intensidade pelas consequências que o sismo provocou e pelos
depoimentos da população, logo será: Linhas curvas e irregulares que delimitam áreas à
Qualitativa volta do epicentro, onde a intensidade foi a mesma.
(depende da destruição que o sismo provocou)
Subjectiva e Imprecisa (pouco exata)
(depende do testemunho das populações, o que será relativo)
Carta de isossistas
• Tem 12 graus
(sendo o grau I – sismo imperceptível e grau XII – um sismo catastrófico)
Carta de isossistas do sismo
de Benavente (1909)
Carta de isossistas de um sismo ocorrido nos Açores A intensidade de um sismo depende de:
Profundidade do foco;
Quantidade de energia libertada no foco;
Distância ao epicentro;
Natureza do subsolo; Determinam a
O facto da região ser ou não habitada; irregularidade das
Tipo de construções; isossistas (a sua
Grau de preparação da população; forma)
Em certas zonas (oceanos, desertos,…) onde não existe população,
nem infraestruturas, ou a topografia do terreno está submersa, não é
Por que motivo as isossistas não têm forma de possível determinar os estragos. Assim, não podemos determinar a
circunferências ? intensidade.
Por que motivo em determinados locais as isossistas Nestes locais as isossistas representam-se a tracejado, pois não temos
estão representadas a tracejado? certezas.
Magnitude de um sismo Os Sismos e a tectónica de placas
Distribuição geográfica dos sismos
Escala de magnitude – Escala de Richter (Charles Richter, 1935)
Cintura
Quantificar a energia libertada pelo sismo no hipocentro Mediterrânico-
a partir de dados fornecidos pelos sismogramas. asiática Zona Média
Cintura Atlântica
• Mais exata e precisa (calculada matematicamente)
Circumpacífica
• Quantitativa (valor numérico) – Anel de fogo
•Escala aberta
(não tem limite superior fixo – corresponde ao sismo de
maior magnitude até ao momento -9)
Um determinado sismo possui apenas uma só magnitude, mas
é sentido com intensidades diferentes conforme a distância do
local ao epicentro, entre outros fatores. As áreas de grande atividade sísmica coincidem com zonas instáveis da
Terra, situando-se geralmente nos limites das placas litosféricas.
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De acordo com a carta de intensidades máximas históricas em Portugal foi
Sismicidade em Portugal estabelecida uma zonagem sísmica em Portugal, que divide o continente
em 4 zonas, sendo a zona A a que apresenta maior risco sísmico.
Açores
Carta de intensidades máximas Zonagem sísmica regulamentar
(Localiza-se entre 3 placas tectónicas)
Zonas de
maior risco Península de
Algarve sísmico em Setúbal
Portugal
Área Metropolitana de Lisboa
A madeira, ao contrário dos Açores, apresenta baixo risco sísmico.
Minimização de riscos sísmicos – Modificações na densidade da rocha
Previsão e prevenção
Visam eliminar ou diminuir as consequências, por vezes
devastadoras, dos sismos.
Previsão
É baseada na identificação de alguns acontecimentos geofísicos anormais
que são considerados sinais precursores.
Variação do nível da água em
poços próximos da falha
Ocorrência de microssismos devido às pequenas ruturas
Flutuações no campo magnético Alteração da condutividade elétrica
Anomalias no comportamento
dos animais