INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR
DISCIPLINA – FARMÁCIA CLÍNICA HOSPITALAR
PRM, RNM e METODOLOGIAS DE SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
PROF.ª LARISSA DOS ANJOS MARQUES
Farmacêutica - UFMA
Mestre em Biotecnologia - UFT
PRM; RNM; Seguimento Farmacoterapêutico
FARMACÊUTICO CLÍNICO HOSPITALAR
Na prática, da Farmácia Clínica se propõe que o farmacêutico contribua com os
objetivos da farmacoterapia na identificação, prevenção e resolução de Problemas
Relacionados a Medicamentos (PRMs), impedindo, assim, Resultados Negativos a
Medicamentos (RNM).
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PRM RNM
Situações que, no processo de
Resultado em saúde do
uso de medicamentos, causam
paciente não adequado ao
ou podem causar o
objetivo da farmacoterapia e
aparecimento de um
associados ao uso ou falha no
Resultado Negativo Associado
uso de medicamentos.
ao Medicametno (RNM)
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2 classificações de PRMs:
• Cipole (Minessota – utilizado no método PWDT) e
• 3º Consenso de Granada (utilizado no método Dáder de Seguimento
Farmacoterapêutico).
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A classificação proposta no 3º Consenso de Granada (2006), utilizado no Método Dáder de Seguimento
Farmacoterapêutico, os PRMs compõem uma lista com pelo menos 13 PRM e classifica os RNMs em 6
categorias.
1. Administração errônea do medicamento;
2. Características pessoais;
3. Conservação inadequada;
4. Contraindicação;
5. Dose, pausa, e/ou duração inadequada;
6. Duplicidade;
7. Erros de dispensação;
8. Erros de prescrição;
9. Não adesão;
10. Interações;
11. Outros problemas de saúde que afetam o tratamento;
12. Probabilidade de efeitos adversos;
13. Problemas de saúde insuficientemente tratados;
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METODOLOGIAS DE SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
SOAP PWDT
TOM DÁDER
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Métodos
PWDT (Pharmacist Workup of Drug Therapy) - “Avaliação farmacêutica da terapia
medicamentosa”.
• Foi desenvolvido em Minnesota;
• Muito usado em farmácias comunitárias para qualquer paciente;
• Utiliza a classificação de PRM/RNM de Cipole.
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Métodos
PWDT (Pharmacist Workup of Drug Therapy) - “Avaliação farmacêutica da terapia
medicamentosa”.
Objetivos:
➢ Avaliar a necessidade do paciente referente a medicamentos e instauração de
ações, segundo recursos disponíveis para suprir aquelas necessidades;
➢ Realização de seguimento para determinar os resultados obtidos.
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Métodos
PWDT (Pharmacist Workup of Drug Theray) - “Avaliação farmacêutica da terapia
medicamentosa”.
AVALIAÇÃO
MONITORAMENTO
DESENVOLVIMENTO DE ACOMPANHAMENTO
PLANO DE CUIDADO DA EVOLUÇÃO DO
PACIENTE
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Métodos: PWDT (Pharmacist Workup of Drug Theray) - “Avaliação farmacêutica da terapia
medicamentosa”.
Avaliação:
• Realizada por meio de uma entrevista clínica com um formulário e perguntas
padronizadas, para coletar informações sobre os medicamentos em uso, problemas
de saúde, outros hábitos de vida e revisão de órgãos e sistemas.
• Nessa fase é possível identificar PRMs que interfiram na terapia.
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Métodos
PWDT (Pharmacist Workup of Drug Theray) - “Avaliação farmacêutica da terapia
medicamentosa”.
- Plano de Cuidado – Resolução do PRM + estabelecimento de objetivos;
- Monitorização e Acompanhamento – monitorização do plano de ação.
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Métodos
TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring/Monitorização de Resultados Terapêuticos):
➢ Desenvolvido na Flórida – É voltado para doenças específicas.
➢ Prática em nível comunitário (É derivado do PWDT)
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Métodos - TOM (Monitorização de Resultados Terapêuticos):
6 Passos:
1. Coleta, interpretação e registro das informações relevantes, identificando os problemas potenciais.
2. Identificação dos objetivos específicos de cada prescrição (se necessário contatar o prescritor);
3. Avaliação da plausibilidade do plano terapêutico;
4. Desenvolvimento do plano de monitorização;
5. Dispensação do medicamento (verificando o entendimento do paciente);
6. Implantação do plano de monitorização - etapa onde é colocado em prática o plano de monitoração, com
agendamento de novo encontro.
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
• Desenvolvido em Granada;
• Segue as diretrizes do PWDT, procurando tornar mais factível a coleta de dados do paciente e possibilitar
MAIS TEMPO para análise dos dados e aprendizagem.
• Trata-se de um procedimento operacional simples que permite realizar o SFT a qualquer paciente, em
qualquer âmbito assistencial e avaliar os efeitos da farmacoterapia de forma simples e clara.
• Utiliza a classificação de PRM do Terceiro Consenso de Granada (6 tipos de PRM);
• Fundamenta-se na obtenção de informações sobre os problemas de saúde e da farmacoterapia do
paciente;
• Permite elaborar a história farmacoterapêutica.
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
1. Oferta do Serviço ao paciente:
• Consiste em explicar ao paciente, de forma clara e concisa, o atendimento que vai receber, expondo
os objetivos e características.
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
2. Primeira entrevista o Consiste em obter a informação inicial do paciente. o É composta de 3 fases:
A B C
Preocupações e problemas Medicamentos: Revisão Geral por Sistemas
de Saúde: • Faz-se a revisão de • Consiste em realizar uma
• Consiste em uma medicamentos usados série de perguntas sobre
pergunta aberta que realizando uma série de o funcionamento ou
pretende indagar sobre as questionamentos ao estado do organismo, por
preocupações de saúde paciente que permitem aparelhos e sistemas,
do paciente. que o farmacêutico avalie desde a cabeça até os
a adesão, a efetividade e pés.
a segurança da
farmacoterapia.
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
3. Estado de Situação
• Permite visualizar o panorama da saúde e do tratamento em distintos momentos do tempo e avaliar os
resultados da farmacoterapia.
4. Fase de Estudo
• Tem por objetivo buscar as melhores evidências científicas disponíveis sobre os problemas de saúde e os
medicamentos com base na situação clínica do paciente.
5. Fase de avaliação
• Tem como objetivo identificar os resultados negativos associados ao medicamento que o paciente
apresenta e as suspeitas de RNMs.
• Essa identificação ocorre de maneira sistemática: Para cada medicamento ou grupo de medicamento são
avaliados: necessidade, efetividade e segurança.
• O resultado desse processo gera uma lista com as suspeitas de RNMs.
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Métodos - METODOLOGIA DÁDER
6. Fase de intervenção:
• Momento em que o paciente volta para a consulta e o farmacêutico, então, elabora e dá início ao
plano de atuação em acordo com o paciente.
• O plano de ação deve ser elaborado em CONJUNTO com o paciente e não para o paciente,
negociando as intervenções ou atividades que o farmacêutico empreenderá.
7. Entrevistas Farmacêuticas Sucessivas (Resultado da Intervenção):
• Fecham o processo de seguimento do paciente, tornando-o cíclico; o A partir desse momento,
• SFT só finaliza quando o paciente ou o farmacêutico decidem abandoná-lo.
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✓ Otimização do serviço – Evolução no Prontuário
Entre os métodos de registro de evolução em prontuário, o mais conhecido e
amplamente difundindo entre os profissionais de saúde é o SOAP.
(S = subjetivo, O = objetivo, A = avaliação e P = plano)
É uma metodologia de raciocínio clínico para evolução em prontuário que
padroniza o registro, tornando-o claro, completo e conciso.
Cuidado em Saúde – Estratificação Por Score e Evolução no Prontuário.
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(S = subjetivo, O = objetivo, A = avaliação e P = plano)
S
Subjetivo
São dados subjetivos acerca da situação do paciente.
São as impressões subjetivas que coletamos durante a entrevista com o paciente.
Dificuldades e percepções do paciente sobre sua condição de saúde.
exemplo
(“tenho dificuldade de aceitar a doença”, “tenho dificuldade de aceitar os medicamentos”, “estou me sentido triste”).
Cuidado em Saúde – Estratificação Por Score e Evolução no Prontuário.
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(S = subjetivo, O = objetivo, A = avaliação e P = plano)
O
Objetivo
Dados objetivos, dados clínicos e informações sobre os medicamentos que o
paciente usa.
exemplo
Elaboração de lista de medicamentos que estão sendo utilizados pelo paciente e de resumo dos principais exames
clínicos.
Cuidado em Saúde – Estratificação Por Score e Evolução no Prontuário.
FARMACÊUTICO CLÍNICO HOSPITALAR
(S = subjetivo, O = objetivo, A = avaliação e P = plano)
A
Avaliação / Ação
Analisamos todos os dados subjetivos e objetivos e traçamos um plano de ação para
o paciente.
exemplo
Nesse momento, o farmacêutico avalia se é necessária uma intervenção farmacêutica, que deve ser descrita na evolução
do paciente.
Cuidado em Saúde – Estratificação Por Score e Evolução no Prontuário.
FARMACÊUTICO CLÍNICO HOSPITALAR
(S = subjetivo, O = objetivo, A = avaliação e P = plano)
P
Plano
Planejamento de como a conduta do farmacêutico proposta na avaliação foi aceita ou
não pela equipe; assim ela deverá ser monitorada.
exemplo
Esse é um dos principais indicadores em farmácia clínica, em que são avaliadas quantas intervenções farmacêuticas
foram propostas e quantas dessas foram aceitas.
Cuidado em Saúde – Estratificação Por Score e Evolução no Prontuário.
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Métodos - Vantagens
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Como checar interações medicamentosas?
➢ Sites de busca de interações;
➢ Artigos;
➢ Livros;
➢ Manuais da própria instituição.
Obs: Os sistemas dos próprios hospitais podem sinalizar a presença de
interações.
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Como checar interações medicamentosas?
Link de acesso:
https://www.drugs.com/
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Como checar interações medicamentosas?
Link de acesso:
https://www.drugs.com/
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Identificação de PRM’s e RNM’s - Caso 1
Maria Sousa, sexo feminino, 43 anos, dona de casa. É admitida em um hospital relatando fortes dores na
barriga há pelo menos 6 meses, como tratamento ela usa apenas chá de boldo recomendado por uma
amiga. Ao pedir para a paciente sinalizar onde ela sente a dor, foi apontado a região do estômago.
Ao investigar o histórico de saúde, foi identificado que a paciente tem crises com fortes dores na coluna há
10 anos, mas que essas crises estão mais frequentes nos últimos 3 anos. Sempre que sente essas dores ela
utiliza Diclofenaco comprimido 50mg – 1 cp 8/8h; Dipirona 500mg – 1 cp 6/6h, que foram prescritos na
primeira vez que ela teve esse quadro de dor na coluna, mas que eventualmente ela usa doses maiores dos
medicamentos.
A mesma afirma não ter outros problemas de saúde, apenas leves aumentos de pressão durante as crises.
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Identificação de PRM’s e RNM’s - Caso 2
João Farias, 55 anos. Possui diagnóstico de hipertensão arterial e Dislipidemia. Atualmente utiliza Losartana
50 mg/dia, Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Atorvastatina 20 mg/dia.
Procura a emergência com pressão arterial elevada e se queixa que apesar do uso da medicação, a pressão
arterial de continua elevada, com leituras médias de 160/100 mmHg.
Ao questionar o paciente sobre o período de uso dos medicamentos, ele informa que usa todos há mais de 7
anos, exceto a losartana, que faz uso há 10 anos.
PRM; RNM; Seguimento Farmacoterapêutico
Obrigado!
PRM; RNM; Seguimento Farmacoterapêutico
