O RETRATO DA

DPOC NA VISÃO
DOS BRASILEIROS
Pacientes, cuidadores e população trazem, em um
levantamento inédito, suas perspectivas sobre a doença
pulmonar obstrutiva crônica e seus principais desafios
Apoio:
 CONHECER
É CUIDAR

A pesquisa que está diante de você exemplifica, de forma ilustrativa, como a falta de
conscientização sobre uma patologia dificulta o cuidado dessa mesma patologia. No
caso, a protagonista da vez é a DPOC – ou melhor, os 274 pacientes e os 55 cuidadores
que responderam a um questionário estruturado online. Junto a outros 1 812 brasileiros
sem contato direto com a doença que também participaram do levantamento, esse
grupo com integrantes de todas as regiões do país ajudou a mapear lacunas de conhe-
cimento que trazem impacto direto na progressão da enfermidade respiratória.

Chama a atenção como 48% da população em geral e 39% dos pacientes desconhecem
o elo entre o tabagismo passivo e a doença pulmonar obstrutiva crônica. E só cerca de
metade de ambos os grupos liga o narguile e o cigarro eletrônico (em suas variadas
formas) ao quadro. Curiosamente e por outro lado, sete em cada dez respondentes
sem proximidade com a DPOC e nove em cada dez pacientes e cuidadores sabem que
o cigarro convencional pode provocar a condição. Em resumo, a noção sobre os danos
promovidos pelo cigarro ainda não se espraiou pelas outras formas de inalar a fumaça
do tabaco, o que representa inclusive um risco à saúde pública.

A falta de informações se estende para os primeiros socorros – apenas 19% do público

geral e 49% dos pacientes e cuidadores sabem o que fazer diante de uma crise. E até
sobre os componentes da própria DPOC: menos de um terço de todos os respondentes
aponta a bronquite crônica como uma situação muito grave. Concepções que, claro,
podem comprometer o diagnóstico no tempo certo e o tratamento adequado. Por sinal,
quase metade das pessoas com sintomas respiratórios, como falta de ar, não vai ao
médico para avaliar o caso e buscar um diagnóstico.

Mas esses são apenas alguns dos achados valiosos que você verá nas próximas pági-
nas. Outras descobertas desta pesquisa – algumas igualmente preocupantes, outras
capazes de gerar otimismo – justificam seu nome. Conheça agora O Retrato da DPOC
na Visão dos Brasileiros.

VEJA SAÚDE

2 3
 UMA PESQUISA PARA
JOGAR LUZ SOBRE A
REALIDADE DA DPOC

pulmonares obstrutivas crônicas, 2017. 2 Gonçalves-Macedo L, et al. Tendências da morbidade e mortalidade da DPOC no Brasil, de 2000 a
A ciência, a pesquisa, a inovação e os tratamentos avançaram significativamente

MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Mortalidade no Brasil - Óbitos por residência segundo região. Categoria CID-10: J-44 Outras doenças
ao longo das últimas décadas. No entanto, ainda há muitas necessidades médicas
não atendidas.

Na Chiesi, grupo biofarmacêutico internacional que pesquisa, desenvolve e comercia-

liza soluções inovadoras, vemos os pacientes, antes de tudo, como pessoas. Nossa
missão é apoiar cada indivíduo para que seja um membro ativo da sociedade. Nosso
compromisso, portanto, vai além de disponibilizar soluções terapêuticas. Queremos
cuidar dos pacientes de forma integral e integrada e, para isso, nos empenhamos em
compreender profundamente suas jornadas, da manifestação dos primeiros sintomas
ao tratamento adequado de suas doenças.

Foi assim que surgiu a ideia de realizar a pesquisa O Retrato da DPOC na Visão dos
Brasileiros, que desvenda a realidade da doença pulmonar obstrutiva crônica no
nosso país. A condição afeta cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil1 e é a quarta
causa de mortalidade no país2.

Realizada em parceria com VEJA SAÚDE, com apoio técnico-científico da Socieda-

de Paulista de Pneumologia e Tisiologia, o levantamento traz achados importantes
sobre os desafios enfrentados, todos os dias, pelos brasileiros que vivem com
DPOC e seus familiares.

2016. J Bras Pneumol. 2019;45(6):e20180402.

Os pacientes são a razão pela qual existimos, e somente com um amplo entendimen-
to de suas jornadas poderemos incluir suas perspectivas no processo de tomada de
decisão, criando as condições necessárias para que tenham mais qualidade de vida.
Esperamos que as descobertas da pesquisa ajudem não apenas a Chiesi, mas
também outros parceiros do ecossistema de saúde, a direcionar esforços para uma
abordagem holística, inclusiva e empática dos desafios de conscientização, diagnós-
tico e tratamento que precisamos enfrentar.

CHIESI

1
4 5
 Em que estado você mora?

PERFIL DA AMOSTRA 11% 8%

12% 6%

População Pacientes Cuidadores

Base: 1 812 Base: 274 Base: 55
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
2 141
....................................................................................................
.................................................................................................... Norte+
....................................................................................................
.................................................................................................... Nordeste
....................................................................................................
Centro-Oeste 62% 64%
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
entrevistados
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
.......................................................................................... 15% 22%

Qual é o seu gênero?

Sudeste

1% 58% 1% 54% 11% 69%

Prefiro não Feminino Prefiro não Feminino Prefiro não Feminino
responder responder responder

Sul

41% 45% 20%

Masculino Masculino Masculino
População Pacientes Qual é a renda mensal de sua família?
Cuidadores

População Pacientes
Qual é a sua faixa de idade?
Até R$ 2.426 17% 21%
13%
35% 18 a 31%
45 anos 18 a
De R$ 2.427 a R$ 6.060 30% 28%
18 a
45 anos 45 anos
23% 27% De R$ 6.061 a R$ 12.120 21% 22%
10% 46 a
46 a
55 anos 46 a 55 anos
42% 77% 55 anos
42% Acima de R$ 12.120 23% 18%
56 anos 56 anos 56 anos
ou mais ou mais ou mais
Prefiro não responder 9% 10%
População Pacientes Cuidadores

6 7
Base: 2 141 População Pacientes/cuidadores
Base: 1 812 Base: 329

1 Qual é a primeira palavra que vem à sua cabeça quando 2 Quanto você considera graves as doenças abaixo?
pensa em DPOC?
Muito grave 5 4 3 2 1 Nada grave

2% 92% 7% 1%
Acidente vascular cerebral (AVC)
Dificuldade 90% 8% 1% 1%
16% de respirar
1% 14% 92% 7% 1%
Falta de ar Outros
Dispneia Infarto do coração
1% 87% 9% 2% 2%
76% 19% 3% 1% 1%
Doença
8% Enfisema pulmonar
Não sei/Não
conheço/ 73% 21% 5% 1%
1% Nenhum 3% 72% 24% 3% 1%
4% Morte Insuficiência cardíaca
Ar Asma
71% 23% 4% 1% 1%
4% 70% 23% 6% 1%
1% Pneumonia
6% 4% DPOC

Enfisema 71% 24% 5%

Doença
pulmonar 1% Câncer
pulmonar
41% 37% 17% 4% 1%
Pneumonia
Sofrimento

2% 2% 2% 49% 36% 12% 2% 1%

2% 2% 39% 37% 21% 2% 1%

Covid Respiração 1% Medo
Bronquite Grave Diabetes
40% 36% 21% 2% 1%
Tosse
1% 28% 40% 27% 4% 1%
1% 1% 2% Insuficiência Hipertensão
Cansaço Tuberculose
respiratória 37% 39% 20% 3% 1%

1% 12%
Tabaco/tabagismo
4% Bronquite crônica
25% 42% 28% 4% 1%
Pulmão/

Tratamento
Cigarro
3% problema no
pulmão
33% 44% 19% 3% 1%
Fumo/ 24% 35% 32% 7% 2%
1% fumante
Asma
35% 37% 23% 3% 2%
Doença grave

8 9
 População Pacientes
Base: 1 812 Base: 274

3 Você costuma fazer consultas de rotina (pelo menos 1 vez ao 5 Você fuma ou já fumou? 6 Quantos cigarros aproximada-
ano) para verificar seu estado de saúde geral? mente você fuma por dia?
Base: 1 812 (população); Base: 274 (pacientes) Base: 353 (população); Base: 71 (pacientes)

87% 19% 26% 22%

2% 1% Até 5 cigarros
4%
74%
Sim, fumo cigarro Sim, fumo charuto
De 6 a 10 cigarros
28%
tradicional e/ou cachimbo
e/ou outros
25%

De 11 a 20 cigarros
37%
42%
26% 1% 1% 3% 1%
De 21 a 30 cigarros
9%
13% 13%
Sim, fumo Sim, fumo cigarro
narguile eletrônico (e-cigarettes,
De 31 a 40 cigarros
2%
e-ciggy, ecigar, vaper)
10%
Sim Não Sim Não

De 41 a 50 cigarros
0%
54% 50% 0%
4 Com quais especialidades médicas você teve consulta de
27% 1%
rotina nos últimos 12 meses? 19% De 51 a 60 cigarros
3%
Clínico geral 47% 43% Já fumei, mas Não, nunca 1%
61 ou mais cigarros
parei fumei 3%
Cardiologista 40% 58%

Ginecologista 38% 25%

7 Durante quanto tempo você fumou ou fuma?
Base: 914 (população); Base: 221 (pacientes)
Endocrinologista 22% 18%

Urologista 19% 21% Até 6 meses 5% 0%

Otorrinolaringologista 14% 12% De 7 a 12 meses 4% 0%

Pneumologista 9% 73% Mais de 1 ano até 2 anos 6% 1%

Oftalmologista 6% 5% Mais de 2 anos até 5 anos 11% 2%

Dermatologista 5% 4% Mais de 5 anos até 10 anos 12% 5%

Outros 23% 27% Mais de 10 anos até 20 anos 22% 10%

Não tive consulta de rotina 11% 5%

Mais de 20 anos 40% 82%
nos últimos 12 meses

10 11
 População Pacientes
Base: 1 812 Base: 274

8 Ao longo da sua vida, você foi exposto: 9 Você pratica atividades físicas?

63%
54% 56% 49% 32% 41% 16% 56%
Sim, pelo menos 3 Não Sim, pelo menos 3 Não
vezes na semana vezes na semana

Poluição do ar Tabagismo passivo (ato de inalar a fumaça

proveniente de um fumante)

55% 48%

20% 22%
27% 28%
Sim, de 1 a 2 vezes Sim, de 1 a 2 vezes
na semana na semana

Poeira Produtos químicos

10 Você considera que tem uma alimentação saudável?

17% 18%
1% 1%

Fumaça de fogão a lenha Atividade de mineração de carvão

16% 13%

32% 68% 37% 63%

Não Sim Não Sim
Nenhum desses

12 13
 População Pacientes
Base: 1 812 Base: 274

11 Como você se sente em relação ao seu peso? 13 Quais vacinas você tomou nos últimos 12 meses?
49%
42% 96% 95%
39%
37%

78%
67%
10% 9% 9%
5%

29%

7%
2% 3% 3% 3%
Estou abaixo Estou dentro Estou Estou muito Covid-19 Influenza Pneumococo Coqueluche Nenhuma
do peso do peso ideal acima do peso acima do peso (gripe) (pneumonia) (DTP) dessas

12 Quais exames de rotina você fez nos últimos 12 meses? 14 Você sente algum dos sintomas abaixo?

Hemograma Dor de cabeça 32% 26%

(exame de sangue)
79% 83%
Falta de ar/cansaço durante esforços 26% 76%
Teste de glicemia 61% 62% Pigarro 23% 45%
Inchaço nos tornozelos, pernas ou pés 20% 29%
Exames cardiovasculares 41% 59%
Catarro de cor clara, branca, amarela ou esverdeada 16% 41%
Cansaço ao realizar atividades
Radiografia do tórax 25% 61% simples como tomar banho, subir escadas 16% 51%

Espirometria Respiração rápida e ofegante 12% 39%

(teste de função pulmonar)
9% 55%
Sensação de ruído ou chiado no peito ao respirar 9% 40%
Outros 26% 27% Tosse constante 9% 28%
Perda de peso 5% 8%
Não fiz exames de rotina 14% 8%
nos últimos 12 meses Nenhum desses 31% 7%

14 15
 População Pacientes

15 Você já investigou esses sintomas com seu médico? 17 Você sabe quais são as causas para o desenvolvimento da DPOC?
Base: 1 235 (população) Base: 1 812 (população); Base: 329 (pacientes)

3% 3% Tabagismo 69% 89%

Já e é uma Já e fui diagnosticado(a)
gripe forte com outras doenças
Tabagismo passivo (ato de inalar
pulmonares 52% 61%
4% 45%
a fumaça proveniente de um fumante)

Já e são efeitos do Não, ainda não procurei Cigarro eletrônico 56% 53%
tabagismo um médico por causa
desses sintomas Narguile 48% 46%
Poluição 48% 57%
7% 15% Fumaça do fogão a lenha 41% 46%
Já e são complicações Já conversei com
pós-Covid meu médico e estou
realizando exames
Inalação de produtos químicos 47% 55%
Trabalho com mineração de carvão 48% 51%
8% 15% Nenhum desses 2% 2%
Já e fui diagnosticado(a) Já e são efeitos do
com bronquite ou asma envelhecimento Nunca ouvi falar de DPOC 26% 4%

16 Você sabe o que fazer se você ou alguém tiver uma crise de 18 Qual é a sua relação com enfisema pulmonar/
enfisema pulmonar/bronquite crônica/DPOC? bronquite crônica/DPOC?
Base: 1 812 (população); Base: 329 (pacientes) Base: 1 812 (população); Base: 329 (pacientes)

19% 49% 29% 71%

Sim Sim
Conheço pessoas com Não tenho nenhuma relação
enfisema pulmonar/ com enfisema pulmonar/
bronquite crônica/DPOC bronquite crônica/DPOC

83% 13% 4%
81% 51%
Não Não
Tenho enfisema Cuido de um familiar Sou cuidador profissional de
pulmonar/bronquite com enfisema pulmonar/ uma pessoa com enfisema pul-
crônica/DPOC bronquite crônica/DPOC monar/bronquite crônica/DPOC

16 17
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

19 Desde os primeiros sintomas, quanto tempo levou para 21 Quais foram os exames feitos para confirmar o diagnóstico?
o diagnóstico da DPOC?
74%
Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210) 71%
66%
12% 38% 11% 48%
Mais de 2 anos Até 3 meses Mais de 2 anos Até 3
meses
19% 16%
Mais de 1 ano Mais de 1 ano
até 2 anos até 2 anos

29%

9%
1% 3%

11% Espirometria Radiografia Tomografia Exames de Outros Nenhum exame Não sei/
De 7 a 12 (exame do do tórax computadori- sangue, como exames foi feito Não lembro
20% meses
sopro) zada gasometria
De 7 a 12 11% 13%
meses arterial
De 4 a 6 meses De 4 a 6 meses

20 Qual especialidade médica fez o diagnóstico? 22 No momento do diagnóstico, o médico esclareceu totalmente
todas as dúvidas sobre a doença e tratamento?
Pneumologista Esclareceu totalmente 5 4 3 2 1 Não esclareceu nada Não sei/Não lembro
72%
Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210)
Clínico geral 10%

Médico do pronto-socorro (emergência)

3% 3% 3%
5% 14% 4%
10%
Médico da família 3%
8%
Alergista 2%
51% 58%
Geriatra 2% 22%
16%
Não sei/Não lembro 2%
8%
Outra especialidade médica 4%

18 19
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

23 Quais foram as dificuldades para chegar ao diagnóstico?

Muito difícil 5 4 3 2 1 Muito fácil Não sei/Não lembro Não se aplica Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210)

5% 3% 3%
3% 9% 3%
7% 12%
4%
29%
10%
33% 17%
9% 13%
41%
32%
37%

18%

21%
16%
17% 15%
20% 54%
61%
50% 49%
14% 9%
11% 18% 49%

8% 9%
10% 9%
5% 5% 9%

16% 16% 16% 16% 13%

Acesso ao Acesso ao Acesso a Acesso Reconhecimento Acesso ao Acesso ao Acesso a Acesso Reconhecimento
exame médico gasometria a tomografia dos sintomas e exame médico gasometria a tomografia dos sintomas e
espirometria especialista busca médica espirometria especialista busca médica

20 21
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

24 Quanto a DPOC impacta seu dia a dia?

Impacta muito 5 4 3 2 1 Não impacta nada Não se aplica

3% 3% 2% 4% 4%
8%
12% 15% 14%
12%
15%
23% 25%
19%
11%
13% 17%
11%
21%

13% 12%
12% 9%
17% 23% 14%
6%

13% 17% 13%

20% 18%
13% 16%
14%
13%
11% 13%
10%
15%

42% 39% 38%

34% 33% 32% 32%
26%

Estado Qualidade Autoestima Atividades sociais com Vida Vida Vida Convivência
emocional do sono amigos (restaurantes, festas, financeira sexual profissional familiar
confraternizações etc.)

22 23
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

25 Seu tratamento é feito pelo SUS ou pela rede privada? 27 Os sintomas da DPOC se manifestam com maior rigor em
algum período específico do dia?
Manhã Tarde Noite Mesma intensidade ao longo do dia/noite Não tenho esse sintoma

13% 14% 17% 12%

8%
15%

22%
22% 64% 14% 37% 41%
Pelo SUS Pelo convênio
médico/particular
Ambos
21%
Cansaço Falta de ar
26 Quanto seu médico o(a) orienta a respeito do tratamento e
ajustes no estilo de vida para controle do quadro de DPOC?
Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210)

54% 14% 9%
2%
34% 2% 35%
36%

22%
18%
16%
11% 11%
7%
12% 21% 32%
6%
3% 3%

5 4 3 2 1

Orienta Não orienta Não faço 29% 22%

completamente nada tratamento/
acompanhamento Tosse Sensação de ruído ou
para DPOC chiado no peito ao respirar

24 25
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

28 Quanto você segue as recomendações e tratamentos 30 Você já foi hospitalizado devido à DPOC?
propostos pelo médico para controle da DPOC?
Nunca 57%
51%
1 vez 13%

12%
29%
2 vezes

3 vezes 7%

12%
7% 4 vezes 2%

0% 1% 5 vezes 1%
Sigo todas as Sigo algumas Não sigo as reco- Não sigo as Abandonei o Não faço
recomendações recomendações mendações, mas recomendações tratamento tratamento
6 vezes 1%
e o tratamento e realizo o trata- realizo o trata- nem o tratamen- farmacológico e para DPOC
farmacológico mento farmaco- mento farmaco- to farmacológico as recomenda- 7 vezes ou mais 7%
proposto lógico proposto lógico proposto proposto ções propostas

29 Na sua avaliação, a sua DPOC está controlada? 31 Considerando os últimos 12 meses, você precisou ser
hospitalizado devido à DPOC?
32%
Nunca 77%
26%
24% 1 vez 14%

2 vezes 5%

3 vezes 1%
10%
8%
4 vezes 0%

5 vezes 1%

6 vezes 1%
5 4 3 2 1
Totalmente Nada 7 vezes ou mais 1%
controlada controlada

26 27
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

32 Você faz uso de medicamentos diários para controle da DPOC? 34 Além dos medicamentos, você faz alguma terapia alternativa
Quais? para controle da DPOC?
Bombinhas ou dispositivos inalatórios com um broncodilatador 43%

Bombinhas ou dispositivos inalatórios combinando um broncodilatador e um corticoide inalado 19%

Corticoides orais 16%

Não, uso medicamentos apenas em momentos de crise 14%

Bombinhas ou dispositivos inalatórios combinando dois broncodilatadores e um corticoide inalado 12%

24% 2% 5%
Fisioterapia respiratória Acupuntura Natação/hidroterapia

Bombinhas ou dispositivos inalatórios com dois broncodilatadores 9%

Tomo medicamento todo dia, mas não sei explicar qual 9%

Oxigenoterapia 86% 7%
USAM

63% 8%
MEDICAMENTOS
Mucolíticos
REGULARMENTE
6%
Não faço terapias alternativas Outras
Teofilina 2%

Inibidores da fosfodiesterase 1%
35 Na sua avaliação, a fisioterapia respiratória tem melhorado sua
qualidade de vida?
Base: 80
33 Qual dispositivo inalatório você usa? 50%
Base: 237

9%
Não sei dizer

26%

16%
49% 5%
Spray (pMDI ) 3%
42%
Pó seco (DPI)
5 4 3 2 1

Melhora Não melhora

muito nada

28 29
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

36 Quais são as barreiras para o tratamento da DPOC?

Barreira muito alta 5 4 3 2 1 Não há barreira Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210)

15%
19%

31%
6%
42% 40%
9% 66%
9%

6%
15% 22% 46% 41%
11%
11%
13%
20%
10%

20% 16%
17%
24%
55%
77%
13%
68%
42% 12% 65% 62%

30%
37%
20%
16%

Disponibilidade dos Preço dos Informação Alteração do Acesso a Disponibilidade dos Preço dos Informação Alteração do Acesso a
medicamentos em remédios sobre o uso estilo de vida consulta médica medicamentos em remédios sobre o uso estilo de vida consulta médica
postos de saúde dos remédios postos de saúde dos remédios

30 31
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

37 Você já deixou de fazer o tratamento por conta própria (sem o 39 Você mudou seu estilo de vida após o diagnóstico de DPOC?
consentimento do médico) por algum período? Qual o motivo?
Onde o tratamento é feito: SUS (base: 74) Convênio médico (base: 210) 63%

45%
41% 36%
27%
30%
22% 24%
24% 20%
11% 12%
9% 7% 8%
6% 4%
3% 1% 0%
Sim, devido ao custo Sim, pois Sim, por difi- Sim, por Sim, pois Sim, pois tive Não, nunca Sim, parei Sim, estou Sim, estou Sim, estou rea- Sim, estou cui- Não, não
do tratamento (con- já estava culdade para outros não percebi dificuldade parei o tra- de fumar fazendo cuidando mais lizando minhas dando da minha mudei meu
sultas, medicamen- melhor dos conseguir os motivos melhora com em usar o tamento por atividade física da minha consultas/exames saúde emocional estilo de vida
tos não fornecidos sintomas medicamen- o tratamento produto da conta própria alimentação de rotina com
pelo SUS etc.) tos pelo SUS forma correta mais regularidade

38 Em média, quanto tempo você leva para conseguir uma 40 Quanto você avalia que o Brasil está preparado para atender
consulta com especialista pelo SUS? pessoas com DPOC?
Base: 119

Até 15 dias 7% 29%

3

De 16 dias a 30 dias 7%
9% 4 2 25%
Mais de 30 dias até 60 dias 19%

Mais de 60 dias até 90 dias 14%

Mais de 90 dias 31%

5% 5 1 32%
Não faço consulta
22% Muito Nada
com especialista do SUS
preparado preparado

32 33
 Pacientes/cuidadores
Base: 329

41 Você conhece instituições e associações de apoio a pessoas e 43 Como você se atualiza e se informa sobre DPOC e seu
familiares com DPOC? Participa delas? tratamento hoje?

2%
Conheço e Médico 75%
participo

4% Sites especializados em saúde 26%

Conheço, mas
não participo
Google 25%

94%
Não conheço Outros profissionais de saúde 12%
nem participo

Sites de notícias 12%

Redes sociais (Instagram,

12%
Facebook, Twitter etc.)

Revistas 7%
42 Acredita que há preconceito contra a pessoa com DPOC no Brasil?

Familiares 5%

22% TV 5%
Sim

Rádio 1%

78% 1%
Não Associações de pacientes

Outros 4%

Não costumo buscar 12%

informações sobre DPOC

34 35
APRENDIZADOS

GRAVIDADE DOS POPULAÇÃO NÃO HÁ NEGLIGÊNCIA FUMANTES A DISCRIMINAÇÃO E AS O TRATAMENTO,

COMPONENTES DA DPOC IDENTIFICA TODOS OS COM OS SINTOMAS CUIDAM MENOS CONSEQUÊNCIAS NO QUANDO ACESSÍVEL,
É INCOMPREENDIDA FATORES DE RISCO RESPIRATÓRIOS DA SAÚDE BEM-ESTAR MENTAL TRAZ BENEFÍCIOS

Tanto o enfisema pulmonar Justiça seja feita, 69% dos Tosse constante, chiado O tabagismo vem acompa- As repercussões da Oito entre cada dez pacientes
como a bronquite crônica respondentes sem contato no peito, cansaço em nhado de outras práticas DPOC não se restrin- alegaram seguir o tratamento
integram a DPOC – mas só direto com a DPOC e 89% atividades leves… Mesmo que sabotam a qualidade de gem aos pulmões. Para farmacológico, o que pode
o primeiro foi visto como dos pacientes identifica- entre os indivíduos sem vida. No quesito atividade 55% das pessoas com a ter influenciado nos dados
um quadro crítico. Questio- ram o cigarro como um o diagnóstico de DPOC, física, 41% dos responden- enfermidade, o estado encontrados sobre hospita-
nados sobre quais doenças dos causadores dela. Daí 69% reclamaram de algum tes da população em geral emocional foi impactado lizações: 57% nunca foram
consideram graves dentro de em diante, entretanto, os sintoma que aflige as vias admitiram ser sedentários. A consideravelmente. Um internados e outros 13% só
uma lista preestabelecida, índices de conhecimento aéreas. No entanto, 45% taxa sobe para 55% entre os número significativo de passaram por isso uma vez. A
73% dos pacientes e cuida- sobre os fatores de risco deles não procuraram o que fumam. Outro exemplo: respondentes afirmou o fisioterapia respiratória, aliás,
dores deram nota máxima ao despencam. Só metade da médico para averiguar o 41% dos usuários de cigarro mesmo sobre a autoesti- é bem avaliada – e utilizada
enfisema pulmonar, número população em geral e 61% que pode estar por trás e afins não costumam fazer ma (52%) e as atividades por três quartos dos entre-
similar ao da própria DPOC dos pacientes enxergaram desses incômodos. Ocorre consultas de rotina (ante sociais com os amigos vistados com DPOC. Cabe
(71%). Por outro lado, apenas o tabagismo passivo como que, sem o contato com 26% dos que não possuem (47%). Para piorar, 22% destacar, entretanto, que 78%
33% desses respondentes um deflagrador da doença profissional, a chance de esse hábito) – míseros 7% defenderam que existe da amostra recorreu a convê-
apontaram a bronquite crôni- pulmonar obstrutiva crô- detectar precocemente se consultaram com um preconceito sobre esse nios ou ao sistema de saúde
ca como muito grave. O fenô- nica. O cigarro eletrônico uma enfermidade qual- pneumologista e 31% com problema de saúde, seja particular em maior ou menor
meno também foi observado (56 e 53%, respectivamen- quer, o que favorece o um cardiologista nos últi- por medo – há quem não grau. E que, entre os usuários
entre os participantes sem te), o narguile (48 e 46%), tratamento e o bem-estar mos 12 meses. Dados queira se aproximar por do SUS, 64% levaram mais de
contato direto com a DPOC: a poluição (48 e 57%), a geral, vai por água abaixo. assim destacam a necessi- associar a tosse a uma 30 dias para conseguir uma
76% acham o enfisema muito fumaça do fogão a lenha A situação é especial- dade de orientar os taba- patologia contagiosa –, consulta com o especialista.
grave, mas só 25% disseram (41 e 46%) e a inalação de mente alarmante entre os gistas sobre a importância seja pela crença de que o Dos obstáculos apontados
o mesmo para a bronquite produtos químicos (47 e fumantes: incríveis 83% de um estilo de vida mais paciente está “pagando para um tratamento adequa-
crônica. Isso sugere que as 55%) seguiram a mesma reportaram ao menos saudável, além de sugerirem por suas atitudes”, uma do, destaca-se o preço dos
pessoas não conhecem a se- toada. Cabe destacar um sintoma, porém 59% que a cessação do fumo vez que muitos fumam medicamentos (55% acredi-
riedade da DPOC em sua tota- também que 26% dos en- não foram atrás de uma pode ajudar os brasileiros a, ou fumaram. Ambos os tam que essa é uma barreira
lidade e, pior, possivelmente trevistados sem diagnós- consulta. Sinal de uma com o tempo, incorporarem pontos, claro, relacionam- muito grande e 16% sus-
não compreendem ao certo a tico nem sequer ouviram normalização indevida práticas que fazem bem -se com desconhecimen- penderam o tratamento por
definição dessa doença. falar da DPOC. das queixas respiratórias. para o corpo e a mente. to e discriminação. questões financeiras).

36 37
REDATOR-CHEFE
Diogo Sponchiato

TEXTO
Theo Ruprecht

PESQUISA
Maísa Sônego Alves

PROJETO GRÁFICO E ILUSTRAÇÕES

André Moscatelli

REVISÃO
Ronaldo Silva

38 39
Apoio: