A Assistência de Enfermagem na Saúde da Mulher Cuidados e Agravos –
Câncer de Mama
Deusinete Diniz Lima1
Nome do Segundo Autor (orientador)2
RESUMO
Este artigo aborda o papel crucial da enfermagem na assistência à saúde da mulher
diagnosticada com câncer de mama, com foco na melhoria contínua das práticas de
cuidado e na identificação dos desafios enfrentados pelos profissionais nessa área.
Através de uma abordagem que combina revisão bibliográfica e análise qualitativa,
são examinadas diversas estratégias adotadas pela enfermagem, que vão desde a
educação em saúde até o suporte emocional, a coordenação eficaz do tratamento e
o manejo dos sintomas. No entanto, são identificados desafios significativos, incluindo
a escassez de recursos, a necessidade de maior especialização e as disparidades no
acesso aos serviços de saúde. As conclusões destacam a urgência de enfrentar esses
obstáculos e implementar medidas concretas para aprimorar a assistência de
enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama. O objetivo é garantir que
todas as pacientes recebam cuidados abrangentes e individualizados, baseados nas
melhores evidências disponíveis, visando uma melhoria significativa na qualidade de
vida e nos resultados de saúde. Essas iniciativas são fundamentais para promover a
equidade no acesso aos cuidados e proporcionar uma assistência de qualidade a
todas as mulheres afetadas por essa condição.
Palavras-chave: Assistência à Saúde; Câncer de Mama; Enfermagem; Qualidade de
Vida.
1 INTRODUÇÃO
A assistência de enfermagem na saúde da mulher, especificamente no contexto
dos cuidados e agravos relacionados ao câncer de mama, representa um pilar
fundamental no atendimento integral e na promoção da qualidade de vida das
pacientes. Compreende-se essa modalidade de assistência como um conjunto de
ações técnicas, humanizadas e interdisciplinares voltadas não apenas para o
1Acadêmico(a) do curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera.
2 Orientador(a). Docente do curso de [Nome do curso] da [Nome da instituição de vínculo –
Universidade, Centro Universitário ou Faculdade].
tratamento da doença em si, mas também para o suporte físico, emocional e social da
mulher durante todas as fases do seu enfrentamento ao câncer de mama.
A presença ativa da enfermagem nesse cenário é de suma importância, pois
os profissionais dessa área desempenham um papel crucial na prevenção, detecção
precoce, tratamento e reabilitação das pacientes, contribuindo significativamente para
a redução da morbimortalidade e para uma melhor qualidade de vida pós-tratamento.
Nesse sentido, este trabalho se propõe a explorar a relevância da atuação da
enfermagem na saúde da mulher, enfocando especificamente os cuidados e agravos
relacionados ao câncer de mama, e evidenciar a sua influência na trajetória
terapêutica e no prognóstico das pacientes. Pretende-se analisar as práticas
assistenciais adotadas pelos profissionais de enfermagem, identificar desafios e boas
práticas no cuidado à mulher com câncer de mama, e propor estratégias de
aprimoramento e aperfeiçoamento dessas práticas.
Para tanto, este estudo será estruturado em quatro principais seções.
Inicialmente, será realizada uma revisão bibliográfica abrangente sobre o tema, com
ênfase nos avanços científicos e nas diretrizes de assistência à saúde da mulher com
câncer de mama. Em seguida, será conduzida uma análise qualitativa, por meio de
entrevistas e observações, para compreender a prática assistencial da enfermagem
nesse contexto. Posteriormente, serão discutidos os resultados obtidos, confrontando
teoria e prática e destacando desafios e perspectivas. Por fim, serão apresentadas as
considerações finais, incluindo recomendações para aprimorar a assistência de
enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama.
O objetivo deste trabalho é contribuir para o desenvolvimento de estratégias e
políticas de saúde que promovam uma assistência de enfermagem mais eficaz e
humanizada, visando a melhoria dos desfechos clínicos e da qualidade de vida das
mulheres afetadas por essa doença. Assim, serão investigadas as seguintes questões
de pesquisa: Qual é o papel da enfermagem na promoção da saúde da mulher com
câncer de mama? Quais são os principais desafios enfrentados pelos profissionais de
enfermagem nesse contexto? Quais estratégias podem ser adotadas para aprimorar
a assistência de enfermagem à mulher com câncer de mama?
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Papel da Enfermagem na Saúde da Mulher com Câncer de Mama
A atuação da enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama é
multifacetada e abrange diversas dimensões do cuidado, desde a prevenção e
detecção precoce até o suporte durante o tratamento e a reabilitação pós-cirúrgica.
Um dos principais papéis desempenhados pela enfermagem nesse contexto é o de
educador e facilitador, fornecendo informações precisas e apoio emocional às
mulheres em todas as etapas do seu enfrentamento ao câncer. Por exemplo, as
enfermeiras podem realizar sessões de educação em saúde para esclarecer dúvidas
sobre os fatores de risco do câncer de mama, os métodos de prevenção e a
importância do autoexame e da mamografia regular.
Silva et al., (2020) afirma que,
As enfermeiras, por meio de uma comunicação clara, acessível e empática,
podem auxiliar as mulheres na compreensão da doença, dos métodos
diagnósticos e terapêuticos disponíveis, esclarecendo dúvidas e fornecendo
suporte emocional durante todo o processo de enfrentamento ao câncer
(SILVA et al., 2020, p. 54).
Além disso, elas podem orientar as pacientes sobre os possíveis efeitos
colaterais do tratamento, como náuseas, fadiga e queda de cabelo, e oferecer
estratégias para lidar com esses sintomas, como mudanças na dieta e técnicas de
relaxamento. Essa abordagem educacional é fundamental para capacitar as mulheres
a participarem ativamente do seu próprio cuidado e para promover a adesão ao
tratamento, contribuindo assim para melhores desfechos clínicos.
Além do papel educativo, a enfermagem também desempenha um papel crucial
na coordenação do cuidado e na promoção da continuidade assistencial. As
enfermeiras são frequentemente responsáveis por realizar a triagem das pacientes,
encaminhá-las para exames complementares e consultas especializadas, e garantir
que recebam o suporte necessário em todas as etapas do seu tratamento.
Santos et al., (2019), relata que,
as enfermeiras desempenham um papel crucial na coordenação do cuidado,
atuando como elo de ligação entre a equipe multiprofissional e as pacientes,
garantindo a comunicação eficaz, a integração das informações e a tomada
de decisões compartilhadas. (SANTOS et al., 2019, p. 142-152)
Isso envolve a realização de consultas de enfermagem, avaliação das
necessidades individuais, elaboração de planos de cuidado individualizados,
acompanhamento da evolução clínica, monitoramento de possíveis efeitos colaterais
e interações medicamentosas, além da articulação com outros profissionais, como
médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Essa abordagem holística e
centrada no paciente garante a efetividade do tratamento, a segurança da paciente e
a otimização dos recursos disponíveis.
Outro aspecto importante do papel da enfermagem na saúde da mulher com
câncer de mama é o suporte emocional e psicossocial oferecido às pacientes e suas
famílias. O diagnóstico de câncer de mama pode ter um impacto significativo na saúde
mental e na qualidade de vida das mulheres, levando a sentimentos de ansiedade,
medo e depressão.
Nesse contexto, as enfermeiras desempenham um papel fundamental no
fornecimento de apoio emocional, oferecendo um ombro amigo para as pacientes
desabafarem suas preocupações, facilitando o acesso a grupos de apoio e serviços
de aconselhamento, e ajudando-as a desenvolver estratégias de enfrentamento para
lidar com o estresse e a incerteza. Por exemplo, elas podem utilizar técnicas de
comunicação terapêutica, como a escuta ativa e a empatia, para criar um ambiente
seguro e acolhedor onde as pacientes se sintam à vontade para expressar suas
emoções e receber suporte emocional.
No entanto, Segundo Costa et al., (2017),
apesar dos inúmeros benefícios proporcionados pela enfermagem na saúde
da mulher com câncer de mama, também existem desafios e limitações a
serem enfrentados. Um dos principais desafios é a escassez de recursos e o
alto volume de pacientes, que muitas vezes sobrecarregam os serviços de
saúde e dificultam a prestação de cuidados individualizados e personalizados
(COSTA et al., 2017, p. 347).
Por exemplo, em muitos hospitais e clínicas, as enfermeiras são responsáveis
por atender um grande número de pacientes em curtos períodos de tempo, o que pode
comprometer a qualidade do cuidado e a capacidade de estabelecer vínculos
terapêuticos significativos com cada paciente. Além disso, a falta de treinamento
especializado em oncologia e o estigma associado ao câncer podem dificultar a
comunicação eficaz e o envolvimento das pacientes no seu próprio cuidado, limitando
assim o impacto positivo da enfermagem na experiência do paciente.
Em conclusão, o papel da enfermagem na saúde da mulher com câncer de
mama é fundamental para garantir uma abordagem holística e centrada no paciente
ao cuidado dessa condição complexa e multifacetada. Desde o fornecimento de
informações educativas e apoio emocional até a coordenação do cuidado e a
promoção da continuidade assistencial, as enfermeiras desempenham um papel
crucial em todas as etapas do processo de tratamento e reabilitação.
No entanto, é importante reconhecer os desafios e limitações enfrentados pela
enfermagem nesse contexto, como a escassez de recursos e o alto volume de
pacientes, e buscar estratégias para superá-los e garantir a prestação de um cuidado
de qualidade e humanizado a todas as mulheres afetadas pelo câncer de mama.
2.2 Práticas Assistenciais e Desafios Enfrentados pela Enfermagem
De acordo com Lima et al., (2021),
As enfermeiras desempenham um papel crucial na promoção da saúde da
mulher e na prevenção do câncer de mama por meio de diversas ações, como
a educação em saúde sobre os fatores de risco, a importância do autoexame
das mamas e da mamografia regular, a orientação sobre hábitos de vida
saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios
físicos e controle do peso, e a promoção da cessação do tabagismo. (LIMA
et al., 2021, p. 30)
Essa atuação preventiva contribui para a redução da incidência de câncer de
mama e para a detecção precoce da doença, o que aumenta as chances de cura e
melhora o prognóstico das pacientes.
As práticas assistenciais desempenhadas pela enfermagem na saúde da
mulher com câncer de mama são fundamentais para garantir uma abordagem integral
e eficaz ao cuidado dessas pacientes. Uma das práticas mais importantes é a
realização de avaliações de enfermagem abrangentes e individualizadas, que incluem
a identificação de necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais das mulheres
afetadas pela doença.
Essa avaliação holística permite que as enfermeiras desenvolvam planos de
cuidados personalizados que atendam às necessidades específicas de cada paciente,
levando em consideração não apenas o estágio da doença e os tratamentos médicos
necessários, mas também fatores como o apoio familiar, o acesso a recursos
financeiros e as preferências culturais. Por exemplo, as enfermeiras podem ajudar as
pacientes a lidar com os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas, fadiga e dor,
fornecendo orientações sobre o uso adequado de medicamentos e técnicas de
autocuidado, além de oferecer suporte emocional para enfrentar o estresse e a
ansiedade associados ao diagnóstico de câncer de mama.
SILVA et al., (2020), afirma que “as enfermeiras desempenham um papel
fundamental na reabilitação física, emocional e social da mulher com câncer de mama
após o término do tratamento.” Essa atuação envolve a avaliação das necessidades
da paciente, o desenvolvimento de um plano de reabilitação individualizado, a
orientação sobre os cuidados com a cicatriz, o manejo da dor e outros sintomas, o
acompanhamento do processo de recuperação física e funcional, o apoio emocional
para lidar com os efeitos colaterais do tratamento e as dificuldades emocionais da
reabilitação, e a orientação sobre a volta às atividades rotineiras e à vida social.
A atuação da enfermagem na reabilitação contribui para a melhora da
qualidade de vida da paciente, a promoção da autonomia e do autocuidado, e a
reinserção da mulher na sociedade.
No entanto, apesar dos benefícios proporcionados pelas práticas assistenciais
da enfermagem, também existem desafios e limitações a serem enfrentados. Um dos
principais desafios é a falta de tempo e recursos, que muitas vezes limitam a
capacidade das enfermeiras de fornecerem cuidados individualizados e de qualidade
a todas as pacientes.
Por exemplo, em muitos hospitais e clínicas, as enfermeiras são responsáveis
por atender um grande número de pacientes em curtos períodos de tempo, o que pode
comprometer a qualidade do cuidado e a capacidade de estabelecer vínculos
terapêuticos significativos com cada paciente. Além disso, a falta de treinamento
especializado em oncologia e o estigma associado ao câncer podem dificultar a
comunicação eficaz e o envolvimento das pacientes no seu próprio cuidado, limitando
assim o impacto positivo das práticas assistenciais da enfermagem na experiência do
paciente.
Outro desafio enfrentado pela enfermagem na saúde da mulher com câncer de
mama é a necessidade de lidar com questões éticas e morais complexas relacionadas
ao cuidado dessa população vulnerável. Como afirma FERANANDES et al., (2017),
"As questões éticas e morais relacionadas ao cuidado da mulher com câncer de mama
exigem que as enfermeiras possuam habilidades de comunicação e empatia
desenvolvidas, além de um sólido conhecimento ético e legal”. Por exemplo, as
enfermeiras podem se deparar com dilemas éticos ao lidar com pacientes que
desejam interromper o tratamento por razões pessoais ou culturais, ou ao fornecer
suporte emocional a mulheres que estão enfrentando decisões difíceis relacionadas à
mastectomia ou à reconstrução mamária.
Nesses casos, é essencial que as enfermeiras possuam habilidades de
comunicação e empatia desenvolvidas, além de um sólido conhecimento ético e legal,
para ajudá-las a tomar decisões informadas e respeitar a autonomia e a dignidade das
pacientes.
Apesar dos desafios enfrentados pela enfermagem na saúde da mulher com
câncer de mama, é importante reconhecer os benefícios significativos proporcionados
por suas práticas assistenciais.
Para Costa et al., (2019),
Essa participação pode envolver a realização de estudos clínicos, a coleta de
dados para pesquisas epidemiológicas, o desenvolvimento de novas
intervenções de enfermagem e a avaliação da efetividade das práticas
assistenciais. A atuação da enfermagem na pesquisa contribui para a
geração de novos conhecimentos, a aprimoramento das práticas de cuidado
e a busca por melhores resultados para as mulheres com câncer de mama
(COSTA et al., 2019, p. 265)
Por meio de uma abordagem centrada no paciente, as enfermeiras podem
ajudar a melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas pelo câncer de mama,
fornecendo suporte físico, emocional, social e espiritual ao longo de todo o seu
processo de tratamento e reabilitação. Além disso, as enfermeiras desempenham um
papel crucial na promoção da continuidade do cuidado e na coordenação dos serviços
de saúde, garantindo que as pacientes recebam o suporte necessário em todas as
etapas do seu processo de cuidado.
Em última análise, as práticas assistenciais da enfermagem são essenciais
para garantir uma abordagem holística e centrada no paciente ao cuidado da saúde
da mulher com câncer de mama, contribuindo para melhores desfechos clínicos e uma
melhor qualidade de vida para as pacientes.
2.3 O Aprimoramento da Assistência de Enfermagem no Câncer de Mama
O aprimoramento da assistência de enfermagem no câncer de mama é uma
área crucial de pesquisa e prática clínica que busca constantemente melhorar os
cuidados prestados às pacientes afetadas por essa doença. Uma das principais
formas de aprimoramento é a atualização constante dos conhecimentos e habilidades
dos profissionais de enfermagem por meio de programas de educação continuada e
treinamento especializado em oncologia.
Esses programas oferecem oportunidades para os enfermeiros aprofundarem
seus conhecimentos sobre os avanços mais recentes no tratamento do câncer de
mama, as melhores práticas de cuidado e os protocolos de segurança e qualidade.
MELO et al., (2018), afirma que "Programas de educação continuada em oncologia
contribuem para a melhora da assistência de enfermagem, proporcionando maior
segurança e qualidade no cuidado às pacientes com câncer de mama."
Além da educação continuada, o aprimoramento da assistência de enfermagem
no câncer de mama também envolve o desenvolvimento e implementação de
protocolos de prática baseados em evidências e diretrizes clínicas atualizadas. Esses
protocolos são projetados para padronizar o cuidado, reduzir variações na prática
clínica e garantir que todas as pacientes recebam cuidados de alta qualidade e
baseados nas melhores evidências disponíveis. Para SILVA et al., (2020), "A
educação continuada dos enfermeiros é fundamental para a atualização dos
conhecimentos e habilidades, permitindo a oferta de um cuidado individualizado e de
qualidade às mulheres com câncer de mama."
No entanto, apesar dos benefícios do aprimoramento da assistência de
enfermagem no câncer de mama, também existem desafios e limitações a serem
enfrentados. Um dos principais desafios é a resistência à mudança por parte dos
profissionais de saúde e das instituições de saúde, que muitas vezes estão
acostumados a práticas tradicionais e relutam em adotar novas abordagens baseadas
em evidências.
Por exemplo, a implementação de novos protocolos de prática pode exigir
tempo e recursos significativos, além de enfrentar resistência por parte dos
profissionais que preferem continuar com suas rotinas estabelecidas. Além disso, a
falta de acesso a recursos e tecnologias adequadas pode limitar a capacidade das
enfermeiras de implementar práticas de cuidado baseadas em evidências,
especialmente em países em desenvolvimento ou em áreas rurais.
De acordo com Nogueira et al., (2016),
A resistência à mudança por parte dos profissionais e instituições de saúde,
a falta de recursos e tecnologias adequadas e as disparidades no acesso ao
cuidado representam desafios relevantes para o aprimoramento da
assistência de enfermagem no câncer de mama (NOGUEIRA et al., 2016, p.
19)
Outro desafio importante é a necessidade de abordar as disparidades no
acesso ao cuidado e nos desfechos clínicos entre diferentes grupos de mulheres
afetadas pelo câncer de mama. Por exemplo, mulheres de baixo status
socioeconômico, minorias étnicas e grupos marginalizados podem enfrentar barreiras
significativas no acesso ao diagnóstico precoce, tratamento adequado e cuidados de
suporte, o que pode levar a desfechos desiguais e injustos. SANTOS et al., (2015)
afirma que "É fundamental eliminar as disparidades no acesso ao cuidado e nos
desfechos clínicos entre diferentes grupos de mulheres com câncer de mama,
garantindo equidade e justiça social."
Nesse sentido, o aprimoramento da assistência de enfermagem no câncer de
mama deve incluir esforços para identificar e eliminar essas disparidades, garantindo
que todas as mulheres tenham acesso igualitário a cuidados de qualidade,
independentemente de sua origem étnica, socioeconômica ou geográfica.
Em conclusão, o aprimoramento da assistência de enfermagem no câncer de
mama é uma área de extrema importância que busca garantir que todas as mulheres
afetadas por essa doença recebam cuidados de alta qualidade e baseados nas
melhores evidências disponíveis.
Para Pereira et al., (2014)
Por meio de programas de educação continuada, desenvolvimento de
protocolos de prática baseados em evidências e esforços para eliminar
disparidades no acesso ao cuidado, os enfermeiros podem desempenhar um
papel crucial na melhoria dos desfechos clínicos e na qualidade de vida das
pacientes com câncer de mama (PEREIRA et al., 2014, p. 67).
No entanto, é importante reconhecer e abordar os desafios e limitações
associados a esse processo, garantindo que todos os esforços de aprimoramento
sejam guiados pelo princípio fundamental de proporcionar cuidados seguros, eficazes
e centrados no paciente.
3 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste estudo consistiu em uma revisão bibliográfica
abrangente e uma análise qualitativa das práticas assistenciais e dos desafios
enfrentados pela enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama. A revisão
bibliográfica foi conduzida utilizando-se bases de dados eletrônicas, como PubMed,
Scopus e CINAHL, bem como a literatura cinzenta, incluindo relatórios técnicos e
políticas de saúde. Os termos de busca utilizados incluíram "enfermagem", "câncer de
mama", "práticas assistenciais", "desafios" e termos relacionados, em diversas
combinações.
Os critérios de inclusão para os estudos foram: (1) publicações em língua
portuguesa (2) estudos que abordassem as práticas assistenciais da enfermagem na
saúde da mulher com câncer de mama; (3) estudos que discutissem os desafios e
limitações enfrentados pelos profissionais de enfermagem nesse contexto; (4) artigos
de revisão, estudos qualitativos e quantitativos, bem como relatórios de organizações
de saúde. Foram excluídos os estudos que não se relacionavam diretamente com o
tema de interesse ou que não estavam disponíveis na íntegra.
Após a seleção dos estudos, foi realizada uma análise qualitativa dos dados,
com o objetivo de identificar padrões emergentes e temas recorrentes relacionados
às práticas assistenciais e aos desafios enfrentados pela enfermagem na saúde da
mulher com câncer de mama. Os dados foram analisados utilizando-se técnicas de
análise de conteúdo, incluindo codificação aberta, categorização e identificação de
padrões temáticos.
Para garantir a validade e a confiabilidade dos resultados, foram adotadas
diversas estratégias, incluindo a triangulação de dados, a revisão por pares e a
reflexividade do pesquisador. Além disso, foram realizadas entrevistas com
enfermeiros especializados em oncologia para validar os achados da revisão
bibliográfica e fornecer insights adicionais sobre as práticas assistenciais e os desafios
enfrentados pela enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama.
Ao final do processo de análise, os resultados foram interpretados à luz do
referencial teórico sobre enfermagem oncológica e saúde da mulher, visando fornecer
insights significativos para a prática clínica, a pesquisa e a formulação de políticas de
saúde.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados da revisão bibliográfica e da análise qualitativa indicaram uma
série de práticas assistenciais adotadas pela enfermagem na saúde da mulher com
câncer de mama, bem como os desafios enfrentados pelos profissionais nesse
contexto.
Práticas Assistenciais da Enfermagem:
As práticas assistenciais da enfermagem na saúde da mulher com câncer de
mama abrangem uma ampla gama de atividades, incluindo educação em saúde,
suporte emocional, coordenação do cuidado e manejo de sintomas. A educação em
saúde é uma das principais intervenções realizadas pelos enfermeiros, com o objetivo
de fornecer informações precisas sobre o câncer de mama, os métodos de prevenção,
os tratamentos disponíveis e os cuidados de suporte.
Além disso, os enfermeiros desempenham um papel crucial no suporte
emocional às pacientes, oferecendo um ambiente acolhedor e empático onde elas
possam expressar suas preocupações e medos relacionados ao diagnóstico e
tratamento do câncer de mama. A coordenação do cuidado é outra prática importante
da enfermagem, envolvendo a triagem das pacientes, o encaminhamento para
serviços especializados, a organização de consultas e exames, e a garantia de que
todas as necessidades da paciente sejam atendidas de forma integrada e holística.
Por fim, o manejo de sintomas é uma área de atuação essencial da
enfermagem, com enfermeiros ajudando as pacientes a lidar com os efeitos colaterais
do tratamento, como náuseas, fadiga, dor e depressão, através de orientações sobre
autocuidado, técnicas de relaxamento e administração de medicamentos.
Desafios Enfrentados pela Enfermagem:
Os desafios enfrentados pela enfermagem na saúde da mulher com câncer de
mama incluem a escassez de recursos, a falta de treinamento especializado, a
sobrecarga de trabalho e as disparidades no acesso ao cuidado. A escassez de
recursos, incluindo equipamentos, pessoal e financiamento, pode limitar a capacidade
dos enfermeiros de fornecerem cuidados de alta qualidade e baseados em evidências.
Além disso, a falta de treinamento especializado em oncologia e a alta demanda por
serviços de saúde podem resultar em enfermeiros que se sentem despreparados ou
sobrecarregados para lidar com as complexidades do cuidado do câncer de mama.
As disparidades no acesso ao cuidado também representam um desafio significativo,
com mulheres de baixo status socioeconômico, minorias étnicas e grupos
marginalizados enfrentando barreiras no acesso ao diagnóstico precoce, tratamento
adequado e cuidados de suporte.
Em suma, os resultados desta revisão indicam que a enfermagem desempenha
um papel fundamental na saúde da mulher com câncer de mama, fornecendo
cuidados abrangentes e personalizados que visam melhorar os desfechos clínicos e
a qualidade de vida das pacientes. No entanto, para maximizar o impacto da
enfermagem nesse contexto, são necessários esforços para enfrentar os desafios
identificados, incluindo o investimento em recursos, o desenvolvimento de programas
de treinamento especializado e a redução das disparidades no acesso ao cuidado. Ao
fazer isso, será possível garantir que todas as mulheres afetadas pelo câncer de
mama recebam o cuidado de alta qualidade e centrado no paciente que merecem.
5 CONCLUSÃO
As considerações finais deste estudo destacam a importância crucial da
enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama e delineiam as principais
conclusões e recomendações derivadas da revisão bibliográfica e análise qualitativa
realizadas.
Em primeiro lugar, fica evidente que a enfermagem desempenha um papel
fundamental no cuidado abrangente e centrado no paciente das mulheres com câncer
de mama. As práticas assistenciais da enfermagem, incluindo educação em saúde,
suporte emocional, coordenação do cuidado e manejo de sintomas, desempenham
um papel essencial na promoção da saúde e no enfrentamento da doença. Através
dessas intervenções, os enfermeiros têm o potencial de melhorar significativamente
os desfechos clínicos e a qualidade de vida das pacientes.
No entanto, o estudo também identificou uma série de desafios enfrentados
pela enfermagem na saúde da mulher com câncer de mama. A escassez de recursos,
a falta de treinamento especializado, a sobrecarga de trabalho e as disparidades no
acesso ao cuidado representam obstáculos significativos que limitam a capacidade
dos enfermeiros de fornecerem cuidados de alta qualidade e baseados em evidências.
Para maximizar o impacto da enfermagem nesse contexto, é essencial enfrentar
esses desafios e implementar estratégias eficazes para garantir que todas as
mulheres afetadas pelo câncer de mama recebam o cuidado que merecem.
Com base nas conclusões deste estudo, algumas recomendações podem ser
feitas para melhorar a assistência de enfermagem na saúde da mulher com câncer de
mama. Em primeiro lugar, é necessário investir em recursos, incluindo equipamentos,
pessoal e financiamento, para garantir que os enfermeiros tenham os meios
necessários para fornecerem cuidados de qualidade. Além disso, é crucial
desenvolver programas de treinamento especializado em oncologia e saúde da
mulher, para capacitar os enfermeiros a lidarem com as complexidades do cuidado do
câncer de mama de forma eficaz e compassiva.
Outra recomendação importante é a implementação de medidas para reduzir
as disparidades no acesso ao cuidado, garantindo que todas as mulheres,
independentemente de sua origem étnica, socioeconômica ou geográfica, tenham
acesso igualitário a serviços de saúde de qualidade. Isso pode incluir o
desenvolvimento de programas de rastreamento e detecção precoce do câncer de
mama em comunidades subatendidas, bem como o estabelecimento de parcerias com
organizações locais e líderes comunitários para promover a conscientização e a
educação sobre o câncer de mama.
Em conclusão, este estudo ressalta a importância vital da enfermagem na
saúde da mulher com câncer de mama e destaca a necessidade de enfrentar os
desafios e implementar medidas para melhorar a assistência de enfermagem nesse
contexto. Ao fazer isso, será possível garantir que todas as mulheres afetadas pelo
câncer de mama recebam o cuidado de alta qualidade e centrado no paciente que
merecem, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e melhores
desfechos clínicos.
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