O Pinguim que Queria Voar
Desde que se entendia por gente, Pipo, o pinguim, tinha um grande sonho: voar! Ele
passava horas observando as gaivotas no céu e desejava bater as asas como elas.
Ele tentou de tudo. Pulava do chão batendo as asinhas, corria contra o vento, até
subiu numa pedra e tentou saltar. Mas nada funcionava.
— Mamãe, por que eu não posso voar? — perguntou triste.
— Porque pinguins nasceram para nadar, querido — disse ela.
Mas Pipo não queria nadar, queria voar. Um dia, determinado a tentar mais uma vez,
ele subiu num iceberg alto.
— Dessa vez, vai dar certo! — pensou.
Ele se preparou, bateu as asinhas com força e... escorregou! Mas, em vez de cair,
ele deslizou pelo gelo como um foguete! O vento batia em seu rosto e ele sentiu
algo incrível: liberdade!
— Uhuu! Isso é como voar! — gritou animado.
Ele deslizou até o mar e, sem pensar duas vezes, mergulhou. Lá embaixo, percebeu
que suas asas funcionavam como nadadeiras, permitindo que se movesse rapidamente na
água.
Uma coruja, que observava tudo, sorriu e disse:
— Pipo, você voa sim, mas de outro jeito! Você voa sobre o gelo e dentro do mar!
Pipo nunca mais ficou triste. Agora, ele se orgulhava de ser um pinguim e de poder
"voar" à sua própria maneira.