Monografia Da Delfina
Monografia Da Delfina
AGRADECIMENTO...............................................................................................................VI
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................VII
RESUMO..............................................................................................................................VIII
LISTAS DE ABREVIATURAS..............................................................................................IX
ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................................X
ÍNDICE DE GRÁFICOS..........................................................................................................X
1.2 Introdução.....................................................................................................................11
1.5 Problematização........................................................................................................13
3.2.3 Entrevista............................................................................................................28
3.3.1 Entrevista............................................................................................................28
3.3.2 Universo.............................................................................................................29
3.3.3 Amostra..............................................................................................................29
6.1 Conclusão...........................................................................................................................39
Apêndices.................................................................................................................................42
Anexos......................................................................................................................................43
DECLARAÇÃO
Eu, Delfina Magumisse Bonda, declaro por minha honra e dignidade que esta Monografia é
resultado do meu próprio trabalho, empenho, espírito investigativo, baseado na colecta de
dados em bibliografias, entrevistas, no terreno, bem como resulta das orientações do meu
supervisor; cuja finalidade é a sua submissão à Universidade Católica de Moçambique,
Instituto de Educação à Distância, para a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de
História. Declaro ainda que este trabalho nunca foi submetido antes para obtenção de nenhum
grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade ou instituição de ensino.
v
AGRADECIMENTO
vi
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia em especial a minha família, pela educação, esforço, apoio material e
moral ao longo da vida. E também pelo amor incondicional que tanto me encorajou para que
este trabalho se tornasse uma realidade.
vii
RESUMO
Esta Monografia discute a necessidade de repensar as estratégias de ensino de História em especial do Professor
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativas para os
alunos, que frequentemente se mostram desmotivados pela abordagem meramente teórica da disciplina. A
autora destaca a importância de enfrentar os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, considerando as
mudanças tecnológicas e o perfil dos alunos actuais. O estudo parte da hipótese de que a prática docente
multidimensional e a falta de formação continuada contribuem para a perda de interesse dos alunos pela
História. A narrativa como método de ensino é apontada como limitante, sendo necessário incorporar o
dinamismo dos processos históricos para melhorar o ensino-aprendizagem. O trabalho segue os padrões
científicos da Universidade Católica de Moçambique, abordando a introdução, marco teórico, metodologia,
analise e discussão de dados, conclusão e sugestões.
viii
LISTAS DE ABREVIATURAS
ix
ÍNDICE DE TABELAS, GRÁFICOS E FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.2 Introdução
O momento histórico no qual vivemos na educação, exige uma reflexão sobre as estratégias
usadas para o ensino de História em sala de aula. A necessidade de realização de aulas
diferenciadas, para tornar o ensino de História mais dinâmico e atrativo, vêm sendo discutido
há muito tempo entre as propostas de inovação do currículo escolar. No caso de História, por
exemplo, os alunos estão quase sempre desmotivados e reclamando que a referida disciplina é
desestimulante, por ser de cunho meramente teórico, o que exige do docente uma técnica
metodológica de ensino distinta dos métodos tradicionais, mas que também alcance o ensino
e aprendizagem dos alunos.
11
do seu aluno? É aqui que se configura o grande desafio do professor diante da má qualidade
de ensino na 8ª classe.
Adicionalmente, tem-se ainda o facto da mudança do perfil do aluno nas últimas décadas. O
aluno na actual conjuntura não é mais um mero expectador, visto que agora tem acesso aos
mais variados meios de informação e, em especial, das Tecnologias da Informação e
Comunicação – TIC e, nesse contexto, o docente acaba sendo bombardeado por inúmeras
demandas por parte dos discentes, já que agora o conhecimento não é mais restrito ao livro
didático.
Assim, o presente estudo parte da hipótese que os maiores desafios do ensino de História na
8ª classe são inerentes à multidimensionalidade da prática docente, bem como da ausência ou
precariedade das formações continuadas realizadas e caracterizadas por encontros
esporádicos. A História ensinada em sala de aula, utilizando somente a narrativa como
método, tende a perder espaço e a afastar cada vez mais os alunos que, ao não se verem
desafiados, perdem o interesse. A História é dinâmica e os processos históricos estão em
constante transformação. Esse dinamismo deve ser levado para a sala de aula para aprimorar
o processo de ensino-aprendizagem, pois só assim a educação deixará de ser estanque.
Este trabalho segue os ditames que norteiam a elaboração de trabalhos científicos, em vigor
na UCM (Universidade Católica de Moçambique) CED (Centro de Ensino à Distância 1;
assim, o Capítulo I é marcado pela Introdução do Trabalho, seguido de todos os pontos
referentes a este. No Capítulo II temos o Marco Teórico, onde apresentamos os pressupostos
epistemológicos que servem de arcabouço científico da nossa pesquisa. A Metodologia do
Trabalho encontra-se seguidamente no Capítulo III; Capítulo IV, denominado
APRESENTAÇÃO DE DADOS oriundos do processo de observação directa participante
(assistência às aulas e análise do processo de ensino-aprendizagem e documentos afins); para
no CAPÍTULO V – DISCUSSÃO DOS DADOS, proceder-se a análise e interpretação dos
resultados dos inquéritos e do processo de observação directa.
O seu referencial para a generalização de resultados tem como epicentro a sala de aulas e o
processo de leccionação (PEA). Quanto a delimitação do objecto de estudo, este tema insere-
se na área dos conteúdos e métodos de ensino-aprendizagem.
1.5 Problematização
Diante deste cenário qual o papel que os estudos históricos exercem na sala de aula? E
quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela
disciplina de História e aumentar a qualidade do ensino?
13
1.6 Justificativa do tema
Assim, esta Monografia justifica-se pela necessidade de auxiliar a observância inerente aos
conteúdos (unidades de conhecimentos ou saberes ordenados) e os métodos (meios e/ou
caminhos para alcançar-se um determinado objectivo) de ensino-aprendizagem para que a
mediação ocorra com sucesso, ou seja, alcance os objectivos planificados, que de uma forma
geral, resume-se à aprendizagem de boa qualidade.
Muitos professores não têm levado em consideração esse aspecto, reservando-se a escolher
aleatoriamente os métodos de ensino-aprendizagem tradicionais, sem relacioná-los com os
conteúdos que pretendem “ensinar”.
Por outro lado, trata-se de uma tentativa de melhorar as condições de aprendizagem dos
alunos com os quais lido no meu dia-a-dia laboral.
Sendo a educação uma realidade sobremaneira social, esta pesquisa irá directamente
influenciar a comunidade, através da mudança de atitude do ser social, neste caso, o aluno e o
professor, que são agentes direitos do binómio ensino-aprendizagem.
Pois, o presente estudo possui um impacto directo na sociedade, na medida em que melhora
as conjunturas de ensino-aprendizagem dos alunos o que, num cômputo geral, irá melhorar
14
também os resultados de todo o processo educativo através da formação de profissionais
capazes de intervir positivamente na sociedade e elevar os índices de progresso da sua
comunidade e da sociedade moçambicana, em geral.
É nossa expectativa que esta labuta tenha um impacto relevante na actividade do professor na
sociedade. Pois apetecemos que o professor esteja mais envolvido com a sociedade que ele
próprio forma e integra. Este comprometimento pode ser medido através do grau de
preocupação e entrega do aluno à aprendizagem e do professor ao ensino sua nobre tarefa de
formar cada vez mais e melhor os cidadãos e membros da sociedade.
Este estudo é relevante porque contribuirá para um melhor entendimento dos desafios
enfrentados pelos professores de História na 8ª classe em Moçambique. Além disso, as
estratégias propostas poderão ser utilizadas para melhorar a qualidade de ensino na disciplina,
despertando o interesse dos alunos e promovendo uma aprendizagem significativa.
15
Propor estratégias para superar os desafios e melhorar a qualidade de ensino na
disciplina de História na 8ª classe.
16
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para iniciar a aproximação com nosso objeto de estudo, "O Professor de História e os
desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, na Escola Secundaria Eduardo Mondlane de
Gorongosa"; considero importante resgatar um pouco sobre a importância de conhecer
história e assim compreender como os alunos do ensino 8ª classe compreendem o ensino de
história.
"A história é objecto de uma construção, cujo lugar não é formado pelo tempo homogêneo e
vazio, mas por aquele saturado pelo tempo-de-agora", afirma Benjamin em sua tese XIV.
(1994).
Hoje temos uma Visão de outras épocas. muito diferente de Compreendemos que é
necessário ter consciência do que aconteceu no passado e se desprender de toda opinião. E
importante ter uma reflexão tão explícita sobre as condições que levam a História a ter
significados múltiplos. Isto significa que a História não deve ser entendida como um ensino
lógico, mas como uma tarefa verdadeiramente filosófica, com a perspectiva de reconstrução
da compreensão da História-conhecimento.
17
O dinamismo vivenciado pelo aluno, na disciplina de história, está fora da realidade
transmitida pela maioria dos professores, que tendem a ensinar uma "história estrangeira"
distanciamento entre a vivência do aluno e a forma que o professor tende a passar
determinados conteúdos são problemas ocorridos no contexto escolar.
A História é atraente para o aluno, quando o aluno consegue fazer acontecimentos passados
tornarem-se "chamativo" para seu entendimento. Para isso é necessário que professores
deixem o positivismo latente e empreguem uma postura questionadora diante dos
acontecimentos, nos quais, a realidade do aluno é o ponto em questão. O professor, através da
triagem dos conteúdos recursos adequados, pode apresentar uma "História viva" e não uma
coletânea de fatos passados sem nenhuma relação com o presente.
18
desmistificação dos conteúdos curriculares em sua forma tradicional.
(HORN; GERMINARI, 2006, p. 22).
Sendo assim, os professores devem estar comprometidos com um ensino critico. Entretanto,
os conteúdos de História devem ressaltar o passado o presente que ajude o aluno a
compreender melhor. Desta maneira, a História ganha vida e significado na aprendizagem do
aluno, oferecendo mais do que simples informações.
Durante o surgimento da história, o ser humano formou instituições que têm como dever
apresentar as distintas formas de ensino e do conhecimento.
Outrossim, o professor passa ter uma função primordial, na qual ele tanto terá um
desenvolvimento de seu conhecimento científico quanto abrirá portas para que o aluno
consiga desenvolver as possibilidades de aprendizado e passe a ser um aprendiz em constante
desenvolvimento.
Outra causa é a falta de recursos didáticos e materiais adequados. De acordo com Araújo
(2010), muitas escolas não possuem livros didáticos atualizados e materiais de apoio, o que
dificulta o processo de ensino-aprendizagem da disciplina. Além disso, os professores muitas
19
vezes precisam improvisar materiais e recursos, o que pode comprometer a qualidade do
ensino.
Por fim, a falta de interesse dos alunos pela disciplina de História na 8ª classe também
influencia negativamente a qualidade de ensino. GOMES (2007) destaca que muitos alunos
não veem a História como uma disciplina relevante para a sua vida e, por isso, não se
interessam pelo conteúdo.
Kenski (2018) destaca que a utilização das tecnologias na educação requer uma formação
contínua e atualização constante dos professores, para que sejam capazes de utilizar as
ferramentas digitais de maneira pedagogicamente eficaz. Para a autora, a formação de
professores deve incluir o desenvolvimento de competências digitais, como a habilidade para
avaliar recursos digitais e para lidar com as possíveis limitações e desafios da utilização das
tecnologias em sala de aula.
Já Moran (2017) ressalta que a utilização das tecnologias na educação pode contribuir para a
personalização do ensino e para a promoção de aprendizagens mais colaborativas e
significativas. No entanto, o autor destaca que é necessário que os professores sejam
formados para utilizar as tecnologias de maneira crítica e reflexiva, de modo a evitar a
simples transposição do modelo de ensino tradicional para o ambiente digital.
20
Pretto e Pinto (2016) destacam que a formação de professores para a utilização das
tecnologias deve estar voltada para a promoção de uma educação mais democrática e
inclusiva. Para os autores, é necessário que os professores sejam formados para lidar com as
desigualdades sociais e para garantir o acesso de todos os alunos às tecnologias, de modo a
evitar a exclusão digital e a perpetuação das desigualdades educacionais.
21
A formação continuidade de professores é o meio encontrado para buscar e formar
professores reflexivos, que estejam comprometidos em seu ofício em uma educação para
além da simples leitura de textos em sala de aula, ou aquela explicação oral, metódica, que
Revista
exige Espacialidades
o máximo [online]. e2022.1,
de silêncio v. 18,
atenção dosn. 1, ISSN 1984-817X
alunos. Não que esses [287]
métodos estejam totalmente
ultrapassados, porém o professor deveria perceber que esses métodos são característicos das
escolas do século XX, originários do século XIX ou antes, mas os alunos hoje estão quase
que por completo imersos no século XXI. Essa situação não deixa de ser contraditória dentro
das escolas no sentido de aliar métodos de séculos passados à nossa realidade atual. E os
alunos percebem essa contradição, sendo um dos motivos de desatenção nas aulas, falta de
compromisso com as atividades propostas, apatia, reclamações que estamos acostumados a
ouvir no ambiente escolar. No entanto, o ônus da situação não deveria ser polarizado entre
alunos e professores, pois existe a percepção de que a problemática está ou no aluno
desinteressado ou no professor que não se atualiza em novas ferramentas de ensino. Uma
solução possível seria aliar os anseios do aluno ao posicionamento do professor reflexivo, que
enxerga o ato de ensinar muito além do simples papel de “empurrar” conteúdos.
Diante das reflexões até o presente momento, chegamos a outro questionamento abordado na
introdução deste estudo: qual o papel que os estudos históricos exercem na sala de aula?
Atrelada a essa indagação surge também o questionamento de o porquê se perceber com mais
facilidade atualmente uma maior dificuldade dos alunos em aprender História. A
pesquisadora Flávia Eloisa Caimi comenta que são muitas as explicações para esse
desinteresse em relação aos estudos históricos por parte do alunado. Por um lado, ela
argumenta que os professores “reclamam de alunos passivos para o conhecimento, sem
curiosidade, sem interesse, desatentos, que desafiam sua autoridade, sendo zombeteiros e
irreverentes” (CAIMI, 2006, p. 2). A pesquisadora analisa, ainda, os argumentos dos alunos,
que esperam um ensino mais significativo, articulado com a experiência cotidiana deles. No
meio desse embate entre as queixas dos professores e os anseios dos alunos percebe-se uma
questão relevante: a formação dos professores, ou a falta dela em muitos casos.
22
Formar bem o profissional de ensino, no caso, o de História, é fundamental na busca por uma
melhoria em relação à qualidade da educação.
Professores que saibam ou procuram saber qual a melhor estratégia para comunicar e dialogar
com os alunos e organizar os conteúdos para um aprendizado contextualizado, passando de
simples reprodutores de conteúdo a sujeitos que fomentem a reflexão e a criticidade de sua
prática (CERQUEIRA, 2014). Essa ação é uma das muitas que ajudariam no processo de
formação do professor.
De acordo com Cunha (2017), as metodologias activas de ensino podem ser uma estratégia
eficaz para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque essas
metodologias permitem que os alunos sejam mais participativos e engajados no processo de
aprendizagem, o que pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e da
capacidade de análise histórica.
23
Para Silva (2018), a utilização de recursos tecnológicos pode ser uma estratégia interessante
para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque esses recursos
podem tornar as aulas mais dinâmicas e interativas, além de permitirem o acesso a um grande
volume de informações e fontes históricas.
Para Fava (2016), o incentivo à leitura e à pesquisa pode ser uma estratégia valiosa para a
melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque a leitura e a pesquisa
permitem que os alunos ampliem seus conhecimentos e desenvolvam habilidades de análise e
interpretação histórica.
Segundo Santos (2017), a integração de temas locais e regionais pode ser uma estratégia
interessante para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque esses
temas permitem que os alunos se identifiquem mais com a disciplina e compreendam melhor
a história e a cultura de sua região.
De acordo com Ribeiro (2018), a promoção de atividades extracurriculares pode ser uma
estratégia eficaz para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque
essas atividades permitem que os alunos aprofundem seus conhecimentos e desenvolvam
habilidades específicas, além de estimular o interesse pela disciplina.
Ainda conforme CARRAHER e SCHLIEMANN (1989), uma criança quando não entende o
método de ensino trabalhado pelo professor, sente-se frustrada, com problemas de baixa
estima, ficando desinteressado, desatento às aulas e, em certos casos, até agressivos. É
importante que o professor tenha consciência que o aluno apresenta dificuldades de
aprendizagem não por vontade própria. Trabalhar as dificuldades, tentar recuperar a auto-
estima do aluno, analisar os métodos de ensino são de fundamental importância para os
educadores que enfrentam problemas relacionados à metodologia.
24
A metodologia está também intimamente ligada à noção de
aprendizagem. A estimulação e a atividade em si não garantem que a
aprendizagem se opere. Para aprender é necessário estar-se motivado
e interessado. A ocorrência da aprendizagem depende não só do
estímulo apropriado, como também de alguma condição interior
própria do organismo. (Fonseca, 1995, p. 131).
A história transmite o conhecimento de factos passados, por isso nem sempre o aluno está
interessado em saber sobre o que ocorreu em tempos e lugares longínquos. Nesse caso cabe
ao professor conquistar o aluno, desenvolver no mesmo o gosto de aprender sobre os fatos
passados que influenciam de maneira direta ou indiretamente o seu dia a dia.
Pereira (2013): O ensino de história nas classes iniciais devem promover a reflexão e cabe ao
professor fazer com que essa reflexão seja efetivada, ainda que de modo tímido. É essencial
que o professor de história tenha parceria com a escola e que ambos despertem no aluno o
interesse pela disciplina, instigando a curiosidade e o senso critico sobre questões que
envolvam o cotidiano para que o mesmo desenvolva uma consciência critica e cidadã,
conhecedor que é parte importante da história. O método e a prática de como ensinar a
disciplina de história sofreu muitas modificações com o tempo, isto acontece pela
participação do aluno e suas diversidades no decorrer das aulas. As aulas passaram a ter a
participação efetiva do aluno e os professores tentam relacionar fatos históricos com o
cotidiano dos alunos, deixando claro que todos fazem parte da mesma. O professor torna-se
uma ferramenta na construção do saber do aluno, incentivando para que o mesmo forme suas
próprias opiniões e se torne mais participativo nas ações do seu cotidiano e sua localidade.
25
CAPÍTULO IIIː METODOLOGIAS DE PESQUISA
26
Membro do corpo directivo da Escola. E a partir das assistências das aulas por uma
observação directa.
O estudo tem como um suporte documental a análise de diversas obras de carácter científico,
em várias obras de História, e manuais escolares no processo de ensino e aprendizagem. Para
este estudo como alvo os alunos que frequentam a 8ª classe, tendo como abordagem da
identificação “Desafios da má qualidade de ensino”.
Este método foi útil para pesquisa na medida em que permitiu a leitura de diversas obras
científicas entre dissertação, teses, monografias e livros cujos conteúdos se relacionam com a
temática em estudo.
No caso deste estudo da presente Monografia, este tipo de observação incide no facto em que
a pesquisadora tem uma participação no sentido que está envolvido de forma directa nas aulas
da 8ª classe com tema: Identificação dos “O professor de História e os desafios”, na Escola
Secundária Eduardo Mondlane. Com vista a saber como é que ocorre a transmissão e
aquisição dos conhecimentos.
27
3.2.3 Entrevista
3.3.1 Entrevista
De acordo com Gil (2002:90), entrevista pode ser entendida como” técnica que envolve duas
pessoas numa situação face a face em que uma delas formula questões e a outra responde”
Deste modo, utilizei nesta Monografia este tipo de entrevista porque permitiu que o nosso
entrevistado tenha a liberdade profunda de exprimir os seus sentimentos, opiniões relativas ao
facto em estudo, possibilitando, a pesquisadora obter informação detalhada sobre as questões
relacionadas com o assunto em estudo.
Tem relevância o uso deste instrumento porque para além de facultar ao entrevistado
responder livremente as questões que lhe são colocadas, permite ao entrevistado, para além
das questões pré-concebidas, fazer outras questões que achar convenientes no momento a fim
de aprofundar e percepção de caso em estudo.
3.3.2 Universo
Constitui universo desta pesquisa os alunos das 8ª classes em três turmas em particular alunos
da Escola Secundária Eduardo Mondlane.
28
3.3.3 Amostra
- Relativamente a este capítulo importa referir que a pesquisa, em referência como forma de
tornar mais representativa comportou a seguinte amostra.
Referente as turmas que foram observadas na sua totalidade acerca de 175 alunos.
29
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANALISE DE DADOS
Como abordamos na introdução do trabalho, esta é a fase em que iremos apresentar os dados
sobre as nossas actividades no terreno, onde observamos o problema “in loco”. O problema
sobre o Professor de História e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, na Escola
Secundária Eduardo Mondlane, foi primariamente detectado aquando da prática docente;
contudo, durante a formação superior, veio a necessidade de investigar o caso, na referida
escola, como forma de contribuir para um ensino-aprendizagem na disciplina de Historia,
cada vez melhor; em que se privilegia a aprendizagem do aluno e a superação de
dificuldades.
30
Considerando esses aspectos, o processo de colecta de dados privilegiou o contacto da
pesquisadora com o sujeito pesquisado, neste caso, os alunos da 8ª classe e os seus
professores de Historia, através de conversas informais e principalmente um inquérito
dirigido, com perguntas de modo a perceber melhor quais os desafios que essa classe enfrenta
diante da ma qualidade do ensino, no uso dos artigos e diversos métodos, dentro e fora da
sala de aulas.
31
Idade dos entrevistados
45
40
35
30 Corpo docente
25 Professores
20 Alunos
15
10
5
0
13-22 33-51 35-58
Para além da idade dos entrevistados/inqueridos havia necessidade de questionar sobre o nível
de escolaridade, de modo, a ter noções sobre conhecimento científico do tema em destaque,
como ilustram os dados da tabela a seguir:
32
Nº Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os
alunos a se interessarem pela disciplina de História e Amostra Respostas %
aumentar a qualidade do ensino?
33
Estratégias eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela
disciplina de História e aumentar a qualidade do ensino.
120
100
80
60
40
20
Relacionar a história com a realidade actual, mostrar aos alunos como os acontecimentos do passado influenciam o
presente e o futuro, fazendo com que eles se sintam mais conectados com a disciplina.
0 Realizar actividades
Alunospráticas e interactivas propor trabalhos em grupo, visitas a museus, simulações
Professores históricas
Direcção da Escola e outras
actividades que possam envolver os alunos de forma mais activa no processo de aprendizado.
Reconhecer e valorizar o esforço dos alunos: Elogiar e recompensar os alunos pelo empenho e dedicação nos estudos de
história, incentivando-os a manter o interesse e a motivação pela disciplina.
No Que estratégias você acredita que poderiam ser adoptadas Amostra Respostas %
para melhorar a qualidade do ensino de História na 8ª classe?
34
Gráfico 3: Descrição da entrevista dos professores e Membros da Direcção da Escola
100
80
60
40
20
0Promover parcerias com museus, arquivos, bibliotecas e outras instituições para enriquecer o ensino de História,
proporcionando aos alunos experiências enriquecedoras e complementares ao
Professores conteúdodaaprendido
Membros Direccao em sala de aula.
Investir na formação e atualização dos professores de História, proporcionando-lhes ferramentas e recursos para ap -
rimorar suas práticas pedagógicas e tornar o ensino mais eficaz e motivador.
35
Gráfico 4: Visão dos alunos sobre a qualidade de ensino de História
40
30 25.5%
19.5% 22
20
14
10
10
0
Bom Razoavel Mau
Dados em % Nº de Respostas
Os dados acima apresentados dão uma análise de que 19,5 % das dez pessoas demonstraram se
satisfação no que concerte ao actual cenário que se vive nas salas de aulas sobre a lecionação
dos professores de Historia verso a qualidade de ensino na disciplinar; 25,5 % dos catorze
inqueridos apresentavam uma razoabilidade sobre no que diz respeito a qualidade de ensino de
historia; e 55,5 % das cinquenta e cinco pessoas não demostraram insatisfação (mau) em
relação a mesma questão.
36
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Feitas as analises das hipóteses apresentados de forma hipotética indutiva e dedutiva; obteve-
se os resultados encontrados durante a entrevista e inquérito. Na revisão da literatura foram
apresentadas várias citações de autores de pesquisas. Antes, na introdução havia traçados de
forma hipóteses que visa alcançar os objectivos inicialmente definidos. Dados apontam
estratégia para superar os desafios enfrentados pelos professores de história na 8ª classe,
contra a má qualidade de ensino estar relacionado com:
37
O aluno ao concluir o ensino secundário sem domínio da disciplinar de História, apenas
aprendem a teoria sem relacionar com os acontecimentos historicos do passado, presente,
futuro e na sua comunidade em particular. Assim, hipoteticamente e de forma indutiva
referencia-se: alguns professores não conhecem a não tem estratégias adequadas para lhe dar
face aos desafios impostos pela conjuntura actual no ensino de Historia na 8ª classe.
Pretto e Pinto (2016) destacam que a formação de professores para a utilização das
tecnologias deve estar voltada para a promoção de uma educação mais democrática e
inclusiva. Para os autores, é necessário que os professores sejam formados para lidar
com as desigualdades sociais e para garantir o acesso de todos os alunos às
tecnologias, de modo a evitar a exclusão digital e a perpetuação das desigualdades
educacionais.
A falta de interesse dos alunos pela disciplina de História na 8ª classe também influencia
negativamente a qualidade de ensino. Gomes (2007) destaca que muitos alunos não veem a
História como uma disciplina relevante para a sua vida e, por isso, não se interessam pelo
conteúdo. Assim o professor devia fazer triagem dos conteúdos recursos adequados, pode
38
apresentar uma "História viva" e não uma coletânea de fatos passados sem nenhuma relação
com o presente.
6.1 Conclusão
As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas têm imposto á área de Ensino
de História a necessidade de formular constantemente seus pressupostos, redefinindo e
introduzindo na formação dos professores as questões sobre o como e o porquê de se ensinar
História.
A educação não deve ser desenvolvida para que os alunos decorrem nomes complicados e
conceitos para simplesmente passar de ano, mas que eles possam relacionar o que foi
aprendido em sala com o seu quotidiano. A educação é um conceito amplo que se refere ao
processo de desenvolvimento unilateral da personalidade, envolvendo a formação de
qualidades humanas, sendo essas físicas, morais, intelectuais e estéticas.
39
Em última análise, a superação dos desafios da má qualidade de ensino de História na 8ª
classe requer um esforço conjunto de professores, instituições educacionais, governos e
comunidade em geral. Ao reconhecer e enfrentar esses desafios de forma colaborativa e
engajada, é possível promover uma educação histórica mais eficaz, relevante e estimulante
para os alunos, contribuindo assim para a formação de cidadãos críticos, conscientes e
participativos.
40
7. Referências bibliográficas
41
MAGALHÃES, M. C. O ensino de História na educação básica: desafios e
perspectivas. Revista de História, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 27-50, 2008.
Monteiro, M. (2015). Tópicos para observação de aulas. Lisboa, Porto Editora.
Moreira, J. (2001). Ensinar História, Hoje. São Paulo, Brasil.
Neto, F.J. da S. (2002). Ensino individualizado ou personalizado Psicologia
Educacional. Rio de Janeiro.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade, (2003); Fundamento de
Metodologia de Investigação Científica, 5a edição, São Paulo.
42
43
Apêndices
11
APÊNDICE I: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS PROFESSORES e ALUNOS.
O presente questionário foi elaborado no âmbito da pesquisa realizada sobre o Professor de História
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, Estudo do caso Escola Secundária Eduardo
Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a 2022.
Este têm como objetivo, recolher informação para a realização da monografia, no domínio das
Ciências Sociais na Área de Licenciatura em ensino de História, a população "alvo" deste inquérito
por questionário são os Professores, alunos e membros da Direcção da Escola no qual decorre o
estudo de investigação e as questões estão diretamente relacionadas com o que acontece na escola
em questão.
I – Dados Pessoais
1.1. Idade: ______ 1.5. Exerce algum cargo nos órgãos estruturais
hierárquicos da escola?
1.2. Sexo: Masculino Feminino Sim Não
12
II – Questões gerais
2.1. Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela disciplina de
História e aumentar a qualidade do ensino?_______________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2.2. Qual a sua opinião sobre a qualidade do ensino de História actualmente?
Bom
Razoável
Mau
2.3. Na sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelos professores de História para garantir um
ensino de qualidade?___________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
2.4. Quais estratégias você acredita que poderiam ser adoptadas para melhorar a qualidade do ensino de
História?______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
2.5. Você acha que a falta de recursos materiais e tecnológicos impacta na qualidade do ensino de
História? Por quê?
Sim Não
2.5. Será que a falta de interesse dos alunos pela disciplina de História influencia na qualidade do ensino?
Sim Não
Muito Obrigado!
13
APÊNDICE II: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO A DIRECÇÃO DA ESCOLA
O presente questionário foi elaborado no âmbito da pesquisa realizada sobre o Professor de História
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, Estudo do caso Escola Secundária Eduardo
Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a 2022.
Este têm como objetivo, recolher informação para a realização da monografia, no domínio das
Ciências Sociais na Área de Licenciatura em ensino de História, a população "alvo" deste inquérito
por questionário são os Professores, alunos e membros da Direcção da Escola no qual decorre o
estudo de investigação e as questões estão diretamente relacionadas com o que acontece na escola
em questão.
I – Dados Pessoais
1.1. Idade: ______ 1.5. Exerce algum cargo nos órgãos estruturais
hierárquicos da Escola?
1.2. Sexo: Masculino Feminino Sim Não
Outro: ___________________________
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II – Questões gerais
2.1. Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela disciplina de
História e aumentar a qualidade do ensino?_______________________________________________
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2.2. Que estratégias você acredita que poderiam ser adotadas para melhorar a qualidade do ensino
de História na 8ª classe? _____________________________________________________________
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2.3. Você acredita que a falta de atualização dos conteúdos e métodos de ensino por parte dos
professores de História na 8ª classe contribui para a má qualidade do ensino? Por quê? ___________
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2.5. Na sua opinião, qual o papel da família e da sociedade na valorização do ensino de História na 8ª
classe?_____________________________________________________________________________
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2.6. Na sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelos professores de História para
garantir um ensino de qualidade? __________________________________________________________
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2.7. Como você acha que a gestão escolar pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino de
História na 8ª classe?
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Muito Obrigado!
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Anexos
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