0% acharam este documento útil (0 voto)
81 visualizações51 páginas

Monografia Da Delfina

A monografia analisa os desafios enfrentados pelos professores de História na 8ª classe, focando na Escola Secundária Eduardo Mondlane, entre 2020 e 2022. A autora, Delfina Magumisse Bonda, argumenta que a má qualidade do ensino resulta de práticas docentes inadequadas e da falta de formação continuada, propondo a necessidade de metodologias mais dinâmicas e atrativas para engajar os alunos. O estudo segue os padrões acadêmicos da Universidade Católica de Moçambique e inclui uma análise detalhada dos dados coletados durante a pesquisa.

Enviado por

Tratibo Ussene
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
81 visualizações51 páginas

Monografia Da Delfina

A monografia analisa os desafios enfrentados pelos professores de História na 8ª classe, focando na Escola Secundária Eduardo Mondlane, entre 2020 e 2022. A autora, Delfina Magumisse Bonda, argumenta que a má qualidade do ensino resulta de práticas docentes inadequadas e da falta de formação continuada, propondo a necessidade de metodologias mais dinâmicas e atrativas para engajar os alunos. O estudo segue os padrões acadêmicos da Universidade Católica de Moçambique e inclui uma análise detalhada dos dados coletados durante a pesquisa.

Enviado por

Tratibo Ussene
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 51

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Curso de Licenciatura em Ensino de História

O Professor de História e os desafios da qualidade de ensino na 8ª classe, estudo de caso


na Escola Secundária Eduardo Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a
2022.

A Candidata: Delfina Magumisse Bonda – 708201749

Gorongosa, Janeiro de 2024


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Curso de Licenciatura em Ensino de História

O Professor de História e os desafios da qualidade de ensino na 8ª classe, estudo de caso


na Escola Secundária Eduardo Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a
2022.

A Candidata: Delfina Magumisse Bonda – 708201749

Monografia Submetida ao Instituto de


Educação à Distância - Universidade Católica
de Moçambique, como requisito parcial para a
obtenção de grau de Licenciado em Ensino de
Historia.

Supervisor: dr. Pedro Fernando Sanga

Gorongosa, Fevereiro de 2024


Índice
DECLARAÇÃO......................................................................................................................V

AGRADECIMENTO...............................................................................................................VI

DEDICATÓRIA.....................................................................................................................VII

RESUMO..............................................................................................................................VIII

LISTAS DE ABREVIATURAS..............................................................................................IX

ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................................X

ÍNDICE DE GRÁFICOS..........................................................................................................X

1.2 Introdução.....................................................................................................................11

1.3 Apresentação do tema................................................................................................13

1.4 Delimitação do tema..................................................................................................13

1.5 Problematização........................................................................................................13

1.6 Justificativa do tema..................................................................................................14

1.7 Relevância do tema....................................................................................................14

1.7.1 Relevância pessoal.............................................................................................14

1.7.2 Relevância social................................................................................................14

1.7.3 Relevância científica..........................................................................................15

1.8 Objectivos do estudo.................................................................................................15

1.8.1 Objectivo geral...................................................................................................15

1.8.2 Objectivos específicos........................................................................................15

1.9 Hipóteses do estudo...................................................................................................16

1.9.1 Hipótese primaria...............................................................................................16

1.9.2 Hipóteses secundários........................................................................................16

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................17

2.1 O Professor de História e os desafios da ma qualidade do ensino............................17

2.2 Causas da ma qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe.................19

2.3 Estratégias utilizadas pelos professores de História na 8ª classe para enfrentar


desafios…………………………………………………………………………………….20
2.4 As novas tecnologias e formação de professores para a qualidade de educação no
seculo XXI............................................................................................................................20

2.5 Ensinar História e os desafios da má qualidade........................................................21

2.6 Estratégias para superar os desafios e melhorar a qualidade de ensino na disciplina


de História na 8ª classe.........................................................................................................24

2.7 Metodologias de Ensino............................................................................................25

2.8 A Prática da Docência em História...........................................................................25

CAPÍTULO IIIː METODOLOGIAS DE PESQUISA.............................................................27

3.1 Instrumentos e técnicas de recolha de dados.............................................................27

3.2 Análise de documentos..........................................................................................27

3.2.1 Método de pesquisa bibliográfica......................................................................28

3.2.2 Observação participante.....................................................................................28

3.2.3 Entrevista............................................................................................................28

3.3 Etapas de colectas de dados.......................................................................................28

3.3.1 Entrevista............................................................................................................28

3.3.2 Universo.............................................................................................................29

3.3.3 Amostra..............................................................................................................29

3.3.4 Tipos de pesquisas..............................................................................................30

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANALISE DE DADOS............................................31

4. Análise e interpretação de dados......................................................................................31

4.1 Apresentação do Local de estudo e enquadramento de processo de colecta de dados. 31

4.2 Apresentação e análise de dados...................................................................................31

4.3 Apresentação e Análise dos Resultados do Inquérito...................................................33

4.4 Análise e interpretação do questionário colocado aos alunos.......................................35

5.1 Discussão dos resultados alcançados............................................................................37

CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES......................................................39

6.1 Conclusão...........................................................................................................................39

6.2 Recomendações finais...................................................................................................40


7. Referências bibliográficas.................................................................................................41

Apêndices.................................................................................................................................42

Anexos......................................................................................................................................43
DECLARAÇÃO

Eu, Delfina Magumisse Bonda, declaro por minha honra e dignidade que esta Monografia é
resultado do meu próprio trabalho, empenho, espírito investigativo, baseado na colecta de
dados em bibliografias, entrevistas, no terreno, bem como resulta das orientações do meu
supervisor; cuja finalidade é a sua submissão à Universidade Católica de Moçambique,
Instituto de Educação à Distância, para a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de
História. Declaro ainda que este trabalho nunca foi submetido antes para obtenção de nenhum
grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade ou instituição de ensino.

Gorongosa, Setembro de 2024


___________________________________
(Delfina Magumisse Bonda)
Data: ______/________/_______________

v
AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar agradeço a Deus, pois, em todos os momentos, guiou-me e mostrou-me o


caminho da luz e sempre deu-me forças necessárias para seguir em frente.
O meu esposo, pelo apoio, pela força que me tem dado para continuar com os estudos em
momentos obscuros e, também a agradeço, com todas as minhas forças, por ter-me motivado
em todas as minhas decisões, sempre me mostrando o caminho certo.
Os meus agradecimentos são extensivos a todos os docentes do curso de História, em especial
ao meu orientador/supervisor, o dr. Pedro Fernando Sanga, que, pacientemente, orientou-me
na elaboração deste trabalho, mostrando-se disponível em todas as ocasiões apoiando-me e
criticando-me construtivamente.
Agradeço também aos meus familiares, amigos e colegas, pela força e apoio prestados
durante o decorrer desta Monografia, e a todos aqueles que directa ou indirectamente
contribuíram para a realização deste trabalho.

vi
DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia em especial a minha família, pela educação, esforço, apoio material e
moral ao longo da vida. E também pelo amor incondicional que tanto me encorajou para que
este trabalho se tornasse uma realidade.

vii
RESUMO
Esta Monografia discute a necessidade de repensar as estratégias de ensino de História em especial do Professor
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativas para os
alunos, que frequentemente se mostram desmotivados pela abordagem meramente teórica da disciplina. A
autora destaca a importância de enfrentar os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, considerando as
mudanças tecnológicas e o perfil dos alunos actuais. O estudo parte da hipótese de que a prática docente
multidimensional e a falta de formação continuada contribuem para a perda de interesse dos alunos pela
História. A narrativa como método de ensino é apontada como limitante, sendo necessário incorporar o
dinamismo dos processos históricos para melhorar o ensino-aprendizagem. O trabalho segue os padrões
científicos da Universidade Católica de Moçambique, abordando a introdução, marco teórico, metodologia,
analise e discussão de dados, conclusão e sugestões.

Palavras-chave: Ensino de História; Desafios; ma qualidade de ensino.

viii
LISTAS DE ABREVIATURAS

IED Instituto de Educação a Distância


PEA Processo de Ensino Aprendizagem
UCM Universidade Catolica de Moçambique
MINEDH Ministerio de Educacao e Desenvolvimento Humano

ix
ÍNDICE DE TABELAS, GRÁFICOS E FIGURAS

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Características da população


32
Tabela 2: Nível de escolaridade
33
Tabela 3: Descrição das entrevistas/inqueritos
33
Tabela 4: Respostas de entrevistas professores e Membro da Direcção
34
Tabela 5: Qualidade de ensino disciplina de Historia 8ª Classe
35

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico1: Idade do entrevistado 32


Gráfico 2: Descrição das entrevistas/inqueritos 34
Gráfico 3: Descrição da entrevista dos professores e Membros da Direcção da Escola 35
Gráfico 4: Visão dos alunos sobre a qualidade de ensino de História 36

x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.2 Introdução

O momento histórico no qual vivemos na educação, exige uma reflexão sobre as estratégias
usadas para o ensino de História em sala de aula. A necessidade de realização de aulas
diferenciadas, para tornar o ensino de História mais dinâmico e atrativo, vêm sendo discutido
há muito tempo entre as propostas de inovação do currículo escolar. No caso de História, por
exemplo, os alunos estão quase sempre desmotivados e reclamando que a referida disciplina é
desestimulante, por ser de cunho meramente teórico, o que exige do docente uma técnica
metodológica de ensino distinta dos métodos tradicionais, mas que também alcance o ensino
e aprendizagem dos alunos.

Assim, o interesse em realizar a presente pesquisa intitulada “O Professor de História e os


desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, estudo de caso na Escola Secundária
Eduardo Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a 2022” parte da experiência
vivenciada pela autora frente aos desafios encontrados na práxis do ensino. Ademais, por ter
conhecimento dos mais variados desafios dentre eles a má qualidade do ensino de história na
8ª Classe, de outras instituições de ensino e em particular no campo de estudo escolhido, o
que contribuiu para a pressuposto de que os desafios da má qualidade de ensino de história na
8ª classe tem sido algo recorrente nas escolas públicas na actual conjuntura. A história
enquanto disciplina assistiu mudanças teóricas e metodológicas nas últimas décadas, que
mesmo sendo profundas, não alteram sua função e impactos na formação dos alunos do
ensino básico, como afirmou Marc Bloch, a história é “uma ciência dos homens no tempo”
necessita ser problematizada e questionada; ao historiador cabe o ofício de preservar a
memória e tornar o presente um espaço de debates e reflexões.

O século XXI trouxe consigo transformações tecnológicas e científicas de toda sorte. É


possível observar essas mudanças cotidianamente, seja no avanço da medicina, no
desenvolvimento de pesquisas, ou até mesmo na confecção de equipamentos dotados de
ampla capacidade tecnológica, que cada vez mais primam por eficiência e funcionamento
autônomos. Esses equipamentos, dotados de uma infinidade de recursos, estão presentes em
sala de aula e, em muitas delas, tornaram-se parte integrante do material escolar. Diante de
um cenário desse, onde a atenção do aluno está cada vez mais distante da lápide, será cabível
ao professor de História vencer uma batalha imaginária travada entre ele e o aparelho celular

11
do seu aluno? É aqui que se configura o grande desafio do professor diante da má qualidade
de ensino na 8ª classe.

Adicionalmente, tem-se ainda o facto da mudança do perfil do aluno nas últimas décadas. O
aluno na actual conjuntura não é mais um mero expectador, visto que agora tem acesso aos
mais variados meios de informação e, em especial, das Tecnologias da Informação e
Comunicação – TIC e, nesse contexto, o docente acaba sendo bombardeado por inúmeras
demandas por parte dos discentes, já que agora o conhecimento não é mais restrito ao livro
didático.

Assim, o presente estudo parte da hipótese que os maiores desafios do ensino de História na
8ª classe são inerentes à multidimensionalidade da prática docente, bem como da ausência ou
precariedade das formações continuadas realizadas e caracterizadas por encontros
esporádicos. A História ensinada em sala de aula, utilizando somente a narrativa como
método, tende a perder espaço e a afastar cada vez mais os alunos que, ao não se verem
desafiados, perdem o interesse. A História é dinâmica e os processos históricos estão em
constante transformação. Esse dinamismo deve ser levado para a sala de aula para aprimorar
o processo de ensino-aprendizagem, pois só assim a educação deixará de ser estanque.
Este trabalho segue os ditames que norteiam a elaboração de trabalhos científicos, em vigor
na UCM (Universidade Católica de Moçambique) CED (Centro de Ensino à Distância 1;
assim, o Capítulo I é marcado pela Introdução do Trabalho, seguido de todos os pontos
referentes a este. No Capítulo II temos o Marco Teórico, onde apresentamos os pressupostos
epistemológicos que servem de arcabouço científico da nossa pesquisa. A Metodologia do
Trabalho encontra-se seguidamente no Capítulo III; Capítulo IV, denominado
APRESENTAÇÃO DE DADOS oriundos do processo de observação directa participante
(assistência às aulas e análise do processo de ensino-aprendizagem e documentos afins); para
no CAPÍTULO V – DISCUSSÃO DOS DADOS, proceder-se a análise e interpretação dos
resultados dos inquéritos e do processo de observação directa.

Finalmente, o Capítulo VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS, apresenta as conclusões da


pesquisa, onde iremos confirmar ou refutar as hipóteses e propor sugestões para ultrapassar-
se o problema identificado.

1.2 SAMUEL, L. M. e SIMÃO, H. S. M. (2016), Manual de Elaboração de Trabalhos Científicos: Monografias e 12


Dissertações, 1ª Edição, UCM, Beira
1.3 Apresentação do tema

O presente estudo tem como tema: O Professor de História e os desafios da má qualidade de


ensino na 8ª classe, estudo de caso na Escola Secundária Eduardo Mondlane no Distrito de
Gorongosa, (2020 a 2022).

1.4 Delimitação do tema

Segundo LAKATO e MARCONI (1992:102), o processo de delimitação do tema só é dado


por terminado quando se faz a delimitação o geográfico e espacial do mesmo. Assim, o
presente trabalho tem horizonte do grau estudantil do 1º ciclo no Ensino Secundário, na
Escola Secundaria Eduardo Mondlane de Gorongosa.

A abordagem do tema centra-se em torno do “Professor de História e os desafios da má


qualidade de ensino na 8ª classe”.

O seu referencial para a generalização de resultados tem como epicentro a sala de aulas e o
processo de leccionação (PEA). Quanto a delimitação do objecto de estudo, este tema insere-
se na área dos conteúdos e métodos de ensino-aprendizagem.

1.5 Problematização

Segundo SILVA e MINEZES (2001:126) “a pesquisa é fundamentada e metodologicamente


construída objectivando a resolução ou esclarecimento de um problema. O problema é um
ponto de partida da pesquisa. Da sua formulação dependerá o desenvolvimento da sua
pesquisa”.

A má qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe em Moçambique é um


problema que precisa ser abordado. Os alunos enfrentam dificuldades para compreender os
conteúdos e muitas vezes não se interessam pela disciplina, o que compromete o processo de
ensino-aprendizagem. Nesse contexto, é importante identificar os principais desafios
enfrentados pelos professores de História na 8ª classe para que se possam propor estratégias
eficazes para melhorar a qualidade de ensino.

Diante deste cenário qual o papel que os estudos históricos exercem na sala de aula? E
quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela
disciplina de História e aumentar a qualidade do ensino?

13
1.6 Justificativa do tema

O processo de ensino-aprendizagem é uma realidade bastante complexa, que envolve uma


série de conhecimentos prévios que se foram acumulando com o passar das eras. A escolha
deste tema se justifica pela importância do ensino de História na formação dos alunos e pela
necessidade de melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem na disciplina. Além disso, a 8ª
classe é um momento crucial na vida dos alunos, em que eles começam a se singrarem para o
ensino secundário, e é fundamental que tenham uma base sólida de conhecimento histórico.

Assim, esta Monografia justifica-se pela necessidade de auxiliar a observância inerente aos
conteúdos (unidades de conhecimentos ou saberes ordenados) e os métodos (meios e/ou
caminhos para alcançar-se um determinado objectivo) de ensino-aprendizagem para que a
mediação ocorra com sucesso, ou seja, alcance os objectivos planificados, que de uma forma
geral, resume-se à aprendizagem de boa qualidade.

Muitos professores não têm levado em consideração esse aspecto, reservando-se a escolher
aleatoriamente os métodos de ensino-aprendizagem tradicionais, sem relacioná-los com os
conteúdos que pretendem “ensinar”.

1.7 Relevância do tema

1.7.1 Relevância pessoal

Como professora de História, esta pesquisa é relevante na medida em que representa um


esforço pessoal em contribuir para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem da
História de 8ª Classe, por um lado.

Por outro lado, trata-se de uma tentativa de melhorar as condições de aprendizagem dos
alunos com os quais lido no meu dia-a-dia laboral.

1.7.2 Relevância social

Sendo a educação uma realidade sobremaneira social, esta pesquisa irá directamente
influenciar a comunidade, através da mudança de atitude do ser social, neste caso, o aluno e o
professor, que são agentes direitos do binómio ensino-aprendizagem.

Pois, o presente estudo possui um impacto directo na sociedade, na medida em que melhora
as conjunturas de ensino-aprendizagem dos alunos o que, num cômputo geral, irá melhorar

14
também os resultados de todo o processo educativo através da formação de profissionais
capazes de intervir positivamente na sociedade e elevar os índices de progresso da sua
comunidade e da sociedade moçambicana, em geral.

É nossa expectativa que esta labuta tenha um impacto relevante na actividade do professor na
sociedade. Pois apetecemos que o professor esteja mais envolvido com a sociedade que ele
próprio forma e integra. Este comprometimento pode ser medido através do grau de
preocupação e entrega do aluno à aprendizagem e do professor ao ensino sua nobre tarefa de
formar cada vez mais e melhor os cidadãos e membros da sociedade.

1.7.3 Relevância científica

No âmbito do conhecimento científico, este trabalho é extremamente importante, uma vez


que possui um objectivo transversal que trespassa não só o processo de ensino-aprendizagem
da Língua Portuguesa, mas também o PEA de outros saberes didácticos que se aliam a
metodologias que facultam a sua mediação e assimilação.

Este estudo é relevante porque contribuirá para um melhor entendimento dos desafios
enfrentados pelos professores de História na 8ª classe em Moçambique. Além disso, as
estratégias propostas poderão ser utilizadas para melhorar a qualidade de ensino na disciplina,
despertando o interesse dos alunos e promovendo uma aprendizagem significativa.

1.8 Objectivos do estudo

1.8.1 Objectivo geral

 Analisar os desafios enfrentados pelo professor de História na 8ª classe diante da má


qualidade de ensino e propor estratégias para melhorar o aprendizado dos alunos.

1.8.2 Objectivos específicos

 Identificar os principais obstáculos que os professores de História enfrentam na 8ª


classe em relação à má qualidade de ensino;

 Identificar as causas da má qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe;

 Analisar as estratégias utilizadas pelos professores de História na 8ª classe para


enfrentar os desafios;

15
 Propor estratégias para superar os desafios e melhorar a qualidade de ensino na
disciplina de História na 8ª classe.

1.9 Hipóteses do estudo

A literatura de metodologia de investigação científica sugere-nos que as hipóteses são


afirmações ou proposições que visam colocar uma teoria à prova e, desta forma, serve para
suportar empiricamente uma teoria (Marconi & Lakatos, 1999). Portanto, é uma possível
resposta a dar à nossa pergunta de pesquisa. Deste modo, constituem nossas hipóteses, as
seguintes:

1.9.1 Hipótese primaria

 A formação continua dos professores de História na 8ª classe contribuirá para a


melhoria qualidade de ensino na disciplina.
 Capacitação continua de professores de História na 8ª classe;
 Indução continua de Professores de História na 8ª classe.

1.9.2 Hipóteses secundários

 Se os professores usassem recursos didáticos e materiais adequados contribuiria para


um bom andamento do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História na
8ª classe;

 Acredita-se que os professores de História na sua maioria devem estar adoptados de


métodos e técnica de modo despertar o interesse dos alunos pela disciplina de História
na 8ª classe e influenciara positivamente a qualidade de ensino;

 Uso de técnica metodológica de ensino distinta dos métodos tradicionais e a


realização de aulas diferenciadas, para tornar o ensino de História mais dinâmico e
atrativo podendo melhorar a qualidade de ensino.

16
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No presente capítulo, discutimos em torno das principais abordagens relacionadas com os


desafios enfrentados pelo Professor de História diante da má qualidade de ensino e as
estratégias e metodologias pedagógicas que podem contribuir para a melhoria da qualidade da
educação, como o uso de tecnologias educacionais.

2.1 O Professor de História e os desafios da ma qualidade do ensino.

Para iniciar a aproximação com nosso objeto de estudo, "O Professor de História e os
desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, na Escola Secundaria Eduardo Mondlane de
Gorongosa"; considero importante resgatar um pouco sobre a importância de conhecer
história e assim compreender como os alunos do ensino 8ª classe compreendem o ensino de
história.

"A história é objecto de uma construção, cujo lugar não é formado pelo tempo homogêneo e
vazio, mas por aquele saturado pelo tempo-de-agora", afirma Benjamin em sua tese XIV.
(1994).

O historiador tem a difícil tarefa de articular o passado ao presente, e condicionar a história


de maneira inerte, ou seja, sem partir. de sua visão pessoal. Bloch já colocava que o
historiador deve utilizar uma linguagem finíssima, uma cor adequada ao tom verbal, para
traduzir bem os factos humanos (p.29). Ao longo do tempo 0s historiadores vêm respeitando
o modo de como os fatos deve ser apresentado. Dessa forma, o desenvolvimento da
linguagem passa a ser o progresso do raciocínio. (EVANS, 2000).

Hoje temos uma Visão de outras épocas. muito diferente de Compreendemos que é
necessário ter consciência do que aconteceu no passado e se desprender de toda opinião. E
importante ter uma reflexão tão explícita sobre as condições que levam a História a ter
significados múltiplos. Isto significa que a História não deve ser entendida como um ensino
lógico, mas como uma tarefa verdadeiramente filosófica, com a perspectiva de reconstrução
da compreensão da História-conhecimento.

Assim, compreender a História nos permite reproduzir transformações pelas quais a


sociedade passou, conhecendo a vida delas no passado. Em outras palavras, ver o mundo tal
qual elas viam (JENKINS, 2001).

17
O dinamismo vivenciado pelo aluno, na disciplina de história, está fora da realidade
transmitida pela maioria dos professores, que tendem a ensinar uma "história estrangeira"
distanciamento entre a vivência do aluno e a forma que o professor tende a passar
determinados conteúdos são problemas ocorridos no contexto escolar.

Como ligar o ensino de história à preocupação com o presente e com o futuro


que os adolescentes podem experimentar? Essas questões colocam-se na
realidade porque a história, aquela que historiadores contam e tentam explicar
e interpretar parece estrangeira ao que os homens fazem e experimentam. E
essa estranheza da história que vou questionar inicialmente. Em seguida, Vou
tentar argumentar em favor da disciplina histórica mostrando que esse
distanciamento da história com relação à vida é, na verdade, constituído do
conhecimento histórico. (in: MORIN,2002, p. 369).

Com relação: ao ensino da História, as dificuldades estão no aprendizado, um problema que


está associado às profundas mudanças que permeiam a ciência da História, no que diz
respeito a conceitos como o tempo, a significância, a objetividade em História, entre outros.
Qualquer forma de mudanças na Educação deve considerar o Professor como a base de todo
o Sistema. Segundo Fenelon (1984) o professor ideal para ensinar em tal contexto, deverá ser
submetido a um treinamento generalizante e superficial, o que conduzirá fatalmente a uma
deformação e a um esvaziamento de seu instrumental científico.

A problematização r no ensino da História é fazer com que o aluno "fuja" da tradicional


memorização e decoreba dos facto e acontecimentos. Uma ferramenta a ser utilizada são as
inovações tecnológicas, no entanto, devem utiliza-las não como técnicas para preencher a
ausência do professor ou simplesmente técnica, mas como recursos para tornar as aulas
diferentes.

A História é atraente para o aluno, quando o aluno consegue fazer acontecimentos passados
tornarem-se "chamativo" para seu entendimento. Para isso é necessário que professores
deixem o positivismo latente e empreguem uma postura questionadora diante dos
acontecimentos, nos quais, a realidade do aluno é o ponto em questão. O professor, através da
triagem dos conteúdos recursos adequados, pode apresentar uma "História viva" e não uma
coletânea de fatos passados sem nenhuma relação com o presente.

O currículo deve voltar-se para uma perspectiva política de


transformação social. Deve estar comprometido em auxiliar os alunos
na reflexão crítica dos mecanismos que moldam suas vidas, como os
mitos ou as verdades absolutas, objetivando, portanto, a

18
desmistificação dos conteúdos curriculares em sua forma tradicional.
(HORN; GERMINARI, 2006, p. 22).

Sendo assim, os professores devem estar comprometidos com um ensino critico. Entretanto,
os conteúdos de História devem ressaltar o passado o presente que ajude o aluno a
compreender melhor. Desta maneira, a História ganha vida e significado na aprendizagem do
aluno, oferecendo mais do que simples informações.

Durante o surgimento da história, o ser humano formou instituições que têm como dever
apresentar as distintas formas de ensino e do conhecimento.

Outrossim, o professor passa ter uma função primordial, na qual ele tanto terá um
desenvolvimento de seu conhecimento científico quanto abrirá portas para que o aluno
consiga desenvolver as possibilidades de aprendizado e passe a ser um aprendiz em constante
desenvolvimento.

"A formação do professor factor imprescindível para que a escola


consiga melhorar a capacidade do cidadão comunicante, uma vez que
o professor pode adotar em sua prática cotidiana uma postura que
subsidia e estimula o aluno a refletir o que significa comunicar-se em
nossa sociedade, como também aprender a manipular tecnicamente
as linguagens e a tecnologia" (Chiapinni, 2005, p. 278).

Deste modo, o emprego das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) passam a


serem soluções didáticas que ajudaram no desenvolvimento das actividades disciplinares dos
professores e ajudaram os alunos em uma melhor compreensão do conteúdo da História
repassado pelo professor.

2.2 Causas da ma qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe

A má qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe em Moçambique pode ser


atribuída a diversas causas. Uma delas é a falta de formação adequada dos professores de
História. Segundo Alves (2006), muitos professores não possuem uma formação específica
na área de História e, por isso, têm dificuldades para transmitir o conteúdo de forma clara e
objetiva aos alunos.

Outra causa é a falta de recursos didáticos e materiais adequados. De acordo com Araújo
(2010), muitas escolas não possuem livros didáticos atualizados e materiais de apoio, o que
dificulta o processo de ensino-aprendizagem da disciplina. Além disso, os professores muitas

19
vezes precisam improvisar materiais e recursos, o que pode comprometer a qualidade do
ensino.

Por fim, a falta de interesse dos alunos pela disciplina de História na 8ª classe também
influencia negativamente a qualidade de ensino. GOMES (2007) destaca que muitos alunos
não veem a História como uma disciplina relevante para a sua vida e, por isso, não se
interessam pelo conteúdo.

2.3 Estratégias utilizadas pelos professores de História na 8ª classe para enfrentar


desafios

Apesar dos desafios enfrentados, os professores de História na 8ª classe em Moçambique


utilizam diversas estratégias para enfrentar as dificuldades e melhorar a qualidade de ensino.
Uma delas é a utilização de recursos pedagógicos alternativos, como jogos, atividades lúdicas
e vídeos educativos. Segundo Magalhães (2008), esses recursos podem tornar o conteúdo
mais interessante e acessível aos alunos.

Outra estratégia é a utilização de metodologias ativas de ensino, como a aprendizagem


baseada em projetos e a sala de aula invertida. Essas metodologias incentivam a participação
dos alunos no processo de ensino-aprendizagem e permitem que eles desenvolvam
habilidades e competências importantes para a sua formação.

2.4 As novas tecnologias e formação de professores para a qualidade de educação no


seculo XXI

Kenski (2018) destaca que a utilização das tecnologias na educação requer uma formação
contínua e atualização constante dos professores, para que sejam capazes de utilizar as
ferramentas digitais de maneira pedagogicamente eficaz. Para a autora, a formação de
professores deve incluir o desenvolvimento de competências digitais, como a habilidade para
avaliar recursos digitais e para lidar com as possíveis limitações e desafios da utilização das
tecnologias em sala de aula.

Já Moran (2017) ressalta que a utilização das tecnologias na educação pode contribuir para a
personalização do ensino e para a promoção de aprendizagens mais colaborativas e
significativas. No entanto, o autor destaca que é necessário que os professores sejam
formados para utilizar as tecnologias de maneira crítica e reflexiva, de modo a evitar a
simples transposição do modelo de ensino tradicional para o ambiente digital.
20
Pretto e Pinto (2016) destacam que a formação de professores para a utilização das
tecnologias deve estar voltada para a promoção de uma educação mais democrática e
inclusiva. Para os autores, é necessário que os professores sejam formados para lidar com as
desigualdades sociais e para garantir o acesso de todos os alunos às tecnologias, de modo a
evitar a exclusão digital e a perpetuação das desigualdades educacionais.

2.5 Ensinar História e os desafios da má qualidade.

Em nossas pesquisas e atividades temos defendido que o ensino de história é lugar de


afirmação de princípios democráticos e de liberdade de expressão e no qual é possível
contribuir para a compreensão da historicidade da vida social, a partir de contribuições da
História que, como nos ensinou Marc Bloch, é a “ciência dos homens no tempo.”
(MONTEIRO, 2014, p. 3). Nesse sentido, ensinar História é abrir inúmeras possibilidades de
conhecimento e respeito às nossas diferenças e àquilo que nos identifica como formadores da
sociedade em que vivemos. A sala de aula é e deveria ser o local de afirmação dos tão
estimados e valorizados princípios democráticos, dos quais podem-se destacar: liberdade de
expressão, de pensamento, de respeito às diferenças, ao ambiente saudável de ensino, onde
todos sejam valorizados dentro de suas especificidades. Infelizmente a maioria dos debates
em torno de ensino e aprendizagem de História pouco ou nada falam sobre os meios pelos
quais alunos e professores realizam suas atividades em sala de aula, “como os professores
ensinam e como os alunos aprendem” (BRUNER, 2001, p. 90). Esses debates direcionam
para o conteúdo da disciplina, como ela está sendo ensinada e raramente as discussões se
voltam para o método, o como ensinar, pois muitos estudiosos acreditam que o professor já
saiu do curso de licenciatura apto a lecionar, dominando os métodos, as ferramentas, as
metodologias, uma vez que muitos saem do curso com o conhecimento teórico da disciplina,
o que não é suficiente quando se pensa em ambiente de sala de aula pois “o domínio dos
conhecimentos históricos a ensinar pelo professor não é condição suficiente para garantir a
aprendizagem dos alunos” (CAIMI, 2006, p. 21). Por isso, a importância da formação
continuada de professores deve ser um assunto constante em debates sobre ensino de
História, não apenas no sentido de “atualizar” o professor sobre as novas ferramentas de
ensino, mas também para ouvi-lo em seus anseios, dificuldades, suas propostas para uma
aprendizagem de qualidade, ou seja, colocar o profissional da educação no centro dos
debates, pois o professor tem muito o que dizer, só resta ter quem o ouça.

21
A formação continuidade de professores é o meio encontrado para buscar e formar
professores reflexivos, que estejam comprometidos em seu ofício em uma educação para
além da simples leitura de textos em sala de aula, ou aquela explicação oral, metódica, que
Revista
exige Espacialidades
o máximo [online]. e2022.1,
de silêncio v. 18,
atenção dosn. 1, ISSN 1984-817X
alunos. Não que esses [287]
métodos estejam totalmente
ultrapassados, porém o professor deveria perceber que esses métodos são característicos das
escolas do século XX, originários do século XIX ou antes, mas os alunos hoje estão quase
que por completo imersos no século XXI. Essa situação não deixa de ser contraditória dentro
das escolas no sentido de aliar métodos de séculos passados à nossa realidade atual. E os
alunos percebem essa contradição, sendo um dos motivos de desatenção nas aulas, falta de
compromisso com as atividades propostas, apatia, reclamações que estamos acostumados a
ouvir no ambiente escolar. No entanto, o ônus da situação não deveria ser polarizado entre
alunos e professores, pois existe a percepção de que a problemática está ou no aluno
desinteressado ou no professor que não se atualiza em novas ferramentas de ensino. Uma
solução possível seria aliar os anseios do aluno ao posicionamento do professor reflexivo, que
enxerga o ato de ensinar muito além do simples papel de “empurrar” conteúdos.

Entende-se, [...], que um professor reflexivo seja capaz de investigar


os problemas que se colocam no cotidiano escolar; de mobilizar
conhecimentos, recursos e procedimentos para a sua superação; de
avaliar a adequação das suas escolhas e, finalmente, de reorientar a
ação para intervenções mais qualificadas no processo de
aprendizagem dos alunos. (CAIMI, 2006, p. 28).

Diante das reflexões até o presente momento, chegamos a outro questionamento abordado na
introdução deste estudo: qual o papel que os estudos históricos exercem na sala de aula?
Atrelada a essa indagação surge também o questionamento de o porquê se perceber com mais
facilidade atualmente uma maior dificuldade dos alunos em aprender História. A
pesquisadora Flávia Eloisa Caimi comenta que são muitas as explicações para esse
desinteresse em relação aos estudos históricos por parte do alunado. Por um lado, ela
argumenta que os professores “reclamam de alunos passivos para o conhecimento, sem
curiosidade, sem interesse, desatentos, que desafiam sua autoridade, sendo zombeteiros e
irreverentes” (CAIMI, 2006, p. 2). A pesquisadora analisa, ainda, os argumentos dos alunos,
que esperam um ensino mais significativo, articulado com a experiência cotidiana deles. No
meio desse embate entre as queixas dos professores e os anseios dos alunos percebe-se uma
questão relevante: a formação dos professores, ou a falta dela em muitos casos.

22
Formar bem o profissional de ensino, no caso, o de História, é fundamental na busca por uma
melhoria em relação à qualidade da educação.

Professores que saibam ou procuram saber qual a melhor estratégia para comunicar e dialogar
com os alunos e organizar os conteúdos para um aprendizado contextualizado, passando de
simples reprodutores de conteúdo a sujeitos que fomentem a reflexão e a criticidade de sua
prática (CERQUEIRA, 2014). Essa ação é uma das muitas que ajudariam no processo de
formação do professor.

Retomando ao questionamento sobre o papel que os estudos históricos exercem em sala de


aula, alguns estudiosos afirmam que esse papel seria a reflexão e a crítica da sociedade, em
um sentido em que professores e alunos são protagonistas do processo de ensinar e aprender.
A ideia tradicional de aprendizagem centrada no professor, conteudista, não podendo ser
questionado em seu sacro ofício, em via de regra, está prestes a cair em desuso. Cada vez
mais se percebe a importância da participação efetiva do aluno na produção do conhecimento.
O professor ainda detém o conhecimento acadêmico, porém, a interface desse saber aliada ao
cabedal de possibilidades vindas do alunado deve e pode ser considerada para um melhor
enriquecimento da aula. Ensinar sobre a linha do tempo histórico, por exemplo, através da
linha do tempo de vida do aluno instiga e estimula, pois este passa a se sentir parte do
processo educacional.

2.6 Estratégias para superar os desafios e melhorar a qualidade de ensino na


disciplina de História na 8ª classe

Para superar os desafios e melhorar a qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª


classe, diversos autores sugerem diferentes estratégias. Valorização da formação inicial e
continuada de professores: Segundo Fonseca (2019), a formação de professores é um dos
principais fatores para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Por isso, é
importante que os docentes tenham acesso a cursos de formação e atualização que abordem
as metodologias de ensino mais adequadas para essa disciplina.

De acordo com Cunha (2017), as metodologias activas de ensino podem ser uma estratégia
eficaz para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque essas
metodologias permitem que os alunos sejam mais participativos e engajados no processo de
aprendizagem, o que pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e da
capacidade de análise histórica.

23
Para Silva (2018), a utilização de recursos tecnológicos pode ser uma estratégia interessante
para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque esses recursos
podem tornar as aulas mais dinâmicas e interativas, além de permitirem o acesso a um grande
volume de informações e fontes históricas.

Para Fava (2016), o incentivo à leitura e à pesquisa pode ser uma estratégia valiosa para a
melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque a leitura e a pesquisa
permitem que os alunos ampliem seus conhecimentos e desenvolvam habilidades de análise e
interpretação histórica.

Segundo Santos (2017), a integração de temas locais e regionais pode ser uma estratégia
interessante para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque esses
temas permitem que os alunos se identifiquem mais com a disciplina e compreendam melhor
a história e a cultura de sua região.

De acordo com Ribeiro (2018), a promoção de atividades extracurriculares pode ser uma
estratégia eficaz para a melhoria da qualidade do ensino de História na 8ª classe. Isso porque
essas atividades permitem que os alunos aprofundem seus conhecimentos e desenvolvam
habilidades específicas, além de estimular o interesse pela disciplina.

2.7 Metodologias de Ensino

Na visão de CARRAHER e SCHLIEMANN (1989), em muitos casos as dificuldades em


aprendizagem, não se tratam de um problema onde o aluno não consiga aprender, ou seja,
incapaz de raciocinar, mas trata-se de problemas metodológicos, nesses casos é necessária
uma metodologia de ensino diferenciada, apropriada às reais necessidades do educando,
tendo em vista o aprimoramento de suas habilidades e o desenvolvimento de suas
potencialidades.

Ainda conforme CARRAHER e SCHLIEMANN (1989), uma criança quando não entende o
método de ensino trabalhado pelo professor, sente-se frustrada, com problemas de baixa
estima, ficando desinteressado, desatento às aulas e, em certos casos, até agressivos. É
importante que o professor tenha consciência que o aluno apresenta dificuldades de
aprendizagem não por vontade própria. Trabalhar as dificuldades, tentar recuperar a auto-
estima do aluno, analisar os métodos de ensino são de fundamental importância para os
educadores que enfrentam problemas relacionados à metodologia.

24
A metodologia está também intimamente ligada à noção de
aprendizagem. A estimulação e a atividade em si não garantem que a
aprendizagem se opere. Para aprender é necessário estar-se motivado
e interessado. A ocorrência da aprendizagem depende não só do
estímulo apropriado, como também de alguma condição interior
própria do organismo. (Fonseca, 1995, p. 131).

2.8 A Prática da Docência em História.

A história transmite o conhecimento de factos passados, por isso nem sempre o aluno está
interessado em saber sobre o que ocorreu em tempos e lugares longínquos. Nesse caso cabe
ao professor conquistar o aluno, desenvolver no mesmo o gosto de aprender sobre os fatos
passados que influenciam de maneira direta ou indiretamente o seu dia a dia.

Pereira (2013): O ensino de história nas classes iniciais devem promover a reflexão e cabe ao
professor fazer com que essa reflexão seja efetivada, ainda que de modo tímido. É essencial
que o professor de história tenha parceria com a escola e que ambos despertem no aluno o
interesse pela disciplina, instigando a curiosidade e o senso critico sobre questões que
envolvam o cotidiano para que o mesmo desenvolva uma consciência critica e cidadã,
conhecedor que é parte importante da história. O método e a prática de como ensinar a
disciplina de história sofreu muitas modificações com o tempo, isto acontece pela
participação do aluno e suas diversidades no decorrer das aulas. As aulas passaram a ter a
participação efetiva do aluno e os professores tentam relacionar fatos históricos com o
cotidiano dos alunos, deixando claro que todos fazem parte da mesma. O professor torna-se
uma ferramenta na construção do saber do aluno, incentivando para que o mesmo forme suas
próprias opiniões e se torne mais participativo nas ações do seu cotidiano e sua localidade.

25
CAPÍTULO IIIː METODOLOGIAS DE PESQUISA

Segundo MARCONI e LAKATO (2007:83) Método “É um conjunto das actividades


sistemáticos racionais que, com maior segurança permite alcançar o objectivo, conhecimentos
validos e traçando caminhos a ser seguidos, detectando os erros e auxiliando as decisões do
cientista.

Para a concretização da pesquisa em epígrafe utilizou-se como metodologia, uma pesquisa


acção de natureza quantitativa, por meio da pesquisa bibliográfica. Fez-se uma entrevista e
um questionário com questões abertas e fechadas.

A pesquisa baseou-se em consultas bibliográficas de diferentes obras e artigos da disciplina


de História que apresentam várias abordagens com relação ao tema e como forma de
demonstrar o problema que se levanta nessa pesquisa foi levantada o inquérito que foi
fornecido a 40 alunos indicadas em 3 turmas da 8ª classe, 3 Professores de História e 3

26
Membro do corpo directivo da Escola. E a partir das assistências das aulas por uma
observação directa.

A pesquisa foi descrita, recorrendo a pesquisas bibliográficas, documental de campo para


recolha de dados que analisei no final.

A pesquisa bibliográfica se divide em oito fases distintas: A escolha de plano de tema,


elaboração de plano e trabalho independente, localização; compilação, análise e
interpretação, redacção, tais fases são adoptadas no processo da pesquisa que foram nortear e
tornar o trabalho mais consistente e coerente com os objectivos propostos.

3.1 Instrumentos e técnicas de recolha de dados

3.2 Análise de documentos.

O estudo tem como um suporte documental a análise de diversas obras de carácter científico,
em várias obras de História, e manuais escolares no processo de ensino e aprendizagem. Para
este estudo como alvo os alunos que frequentam a 8ª classe, tendo como abordagem da
identificação “Desafios da má qualidade de ensino”.

3.2.1 Método de pesquisa bibliográfica

Este método foi útil para pesquisa na medida em que permitiu a leitura de diversas obras
científicas entre dissertação, teses, monografias e livros cujos conteúdos se relacionam com a
temática em estudo.

3.2.2 Observação participante

De acordo com Marconi e Lakatos (2004:273) observação participante é aquela em que “o


pesquisador entra em contacto com os alunos, ou a realidade estudada a integrar – se a ela
com participação efectiva do envolvimento.”

No caso deste estudo da presente Monografia, este tipo de observação incide no facto em que
a pesquisadora tem uma participação no sentido que está envolvido de forma directa nas aulas
da 8ª classe com tema: Identificação dos “O professor de História e os desafios”, na Escola
Secundária Eduardo Mondlane. Com vista a saber como é que ocorre a transmissão e
aquisição dos conhecimentos.

27
3.2.3 Entrevista

Segundo Lakatos e Marconi (1999), esta técnica consiste na obtenção de informações


instantâneas realizada face a face ou por telefone, em que o investigador formula perguntas
para conseguir dados para seu problema. Neste sentido, com esta técnica, a pesquisadora
consegue mergulhar nas mais profundas questões, procura detalhes que não conseguiria com
base em um questionário de perguntas fechadas, até mesmo de perguntas abertas, pois com a
entrevista, pode pedir o esclarecimento de quaisquer dúvidas, uma vez que esta técnica exige
maior controlo de tempo. Com esta técnica, permitiu-nos colher informações e opiniões sobre
o Professor de História e os desafios da ma qualidade de ensino.

3.3 Etapas de colectas de dados

3.3.1 Entrevista

De acordo com Gil (2002:90), entrevista pode ser entendida como” técnica que envolve duas
pessoas numa situação face a face em que uma delas formula questões e a outra responde”

Na presente Monografia apliquei a entrevista directiva a qual segundo Richardson


(1999:2010), permite máxima liberdade e aprofundamento ao entrevistado desenvolver as
opiniões e informações da maneira que ele estima convincente e o entrevistador desempenha
funções de orientação e estimulação.

Deste modo, utilizei nesta Monografia este tipo de entrevista porque permitiu que o nosso
entrevistado tenha a liberdade profunda de exprimir os seus sentimentos, opiniões relativas ao
facto em estudo, possibilitando, a pesquisadora obter informação detalhada sobre as questões
relacionadas com o assunto em estudo.

Tem relevância o uso deste instrumento porque para além de facultar ao entrevistado
responder livremente as questões que lhe são colocadas, permite ao entrevistado, para além
das questões pré-concebidas, fazer outras questões que achar convenientes no momento a fim
de aprofundar e percepção de caso em estudo.

3.3.2 Universo

Constitui universo desta pesquisa os alunos das 8ª classes em três turmas em particular alunos
da Escola Secundária Eduardo Mondlane.

28
3.3.3 Amostra

Marconi e Lakatos (2007:165), consideram que amostra é “Uma parcela convenientemente


seleccionada do universo (população) um subconjunto do universo”.

Nesta monografia, para a selecção da amostra realizou – se – a técnica de amostragem


probabilística, por tipicidade ou intencional que “consiste em seleccionar um subgrupo da
população que com base das informações disponíveis, possa a ser considerado representativo
de toda a população.

- Relativamente a este capítulo importa referir que a pesquisa, em referência como forma de
tornar mais representativa comportou a seguinte amostra.

A primeira turma com 45 alunos;

A segunda turma com 60 alunos;

A terceira turma de 70 alunos.

Referente as turmas que foram observadas na sua totalidade acerca de 175 alunos.

3.3.4 Tipos de pesquisas

Optou-se na pesquisa qualitativa, por ela se caracterizarem explicarem com profundidades os


significados dos resultados de pesquisas e por informação geralmente obtidas através de
entrevistas ou questões abertas, o método aplicado será exploratório.

29
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANALISE DE DADOS

4. Análise e interpretação de dados

4.1 Apresentação do Local de estudo e enquadramento de processo de colecta de dados

Como abordamos na introdução do trabalho, esta é a fase em que iremos apresentar os dados
sobre as nossas actividades no terreno, onde observamos o problema “in loco”. O problema
sobre o Professor de História e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, na Escola
Secundária Eduardo Mondlane, foi primariamente detectado aquando da prática docente;
contudo, durante a formação superior, veio a necessidade de investigar o caso, na referida
escola, como forma de contribuir para um ensino-aprendizagem na disciplina de Historia,
cada vez melhor; em que se privilegia a aprendizagem do aluno e a superação de
dificuldades.

A Escola Eduardo Mondlane de Gorongosa é uma escola pública, do Estado e localiza-se á


200 metros da EN1 entre 83CH+697, no Distrito de Gorongosa. e funciona implementando o
Currículo Nacional e os Programas Educativo do Ministério da Educação e Desenvolvimento
Humano. A Escola funciona em dois períodos lectivos (diurno e noturno), compreendendo
três turnos: manhã, tarde e noite São ministrados na Escola, o Ensino Secundário do 1º ciclo e
segundo ciclo; ou seja, da 8ª a 12ª classes.

30
Considerando esses aspectos, o processo de colecta de dados privilegiou o contacto da
pesquisadora com o sujeito pesquisado, neste caso, os alunos da 8ª classe e os seus
professores de Historia, através de conversas informais e principalmente um inquérito
dirigido, com perguntas de modo a perceber melhor quais os desafios que essa classe enfrenta
diante da ma qualidade do ensino, no uso dos artigos e diversos métodos, dentro e fora da
sala de aulas.

4.2 Apresentação e análise de dados

Os alunos e professores com os quais trabalhamos foram escolhidos e entrevistadas


aleatoriamente 46 pessoas na Escola Secundária Eduardo Mondlane, suas idades variam de 13
à 43 anos de idade, sendo alunos, professores e membro do corpo directivo.

Quadro 1: Características da população (amostragem)


Entrevistados/inqueridos Idade Nº Percentagem (%)
Alunos 13 – 22 40 86,95
Professores 33 – 51 3 6,52
Membros da Direcção 35 - 58 3 6,52
Total N = 46 100,0
Como se pode observar na tabela acima, a media de idade da nossa população amostral é de
Fonte: Autora da pesquisa
17 a 22 anos para os alunos e 33-35 para os professores; portanto a média é de 26 anos de
idade para professores e alunos. Tratando de uma população cuja idade e contextos social e
educacional não permitem (no nosso entender) o recurso a técnicas mais sofisticadas de
colecta de dados, preferimos recorrer ao inquérito dirigido que, segundo MARCOS L (2009)
“trata-se de uma espécie de entrevista guiada em que o pesquisador apresenta o instrumento
escrito de colecta de informações (que pode aglutinar perguntas de escolha múltiplas e
tarefas e/ou exercícios) para o sujeito pesquisado; que o responde na presença do
pesquisador e com a orientação deste, caso necessite”.

Gráfico 1: Idade do entrevistado (amostragem)

31
Idade dos entrevistados
45
40
35
30 Corpo docente
25 Professores
20 Alunos
15
10
5
0
13-22 33-51 35-58

Fonte: Autora da pesquisa

Para além da idade dos entrevistados/inqueridos havia necessidade de questionar sobre o nível
de escolaridade, de modo, a ter noções sobre conhecimento científico do tema em destaque,
como ilustram os dados da tabela a seguir:

Tabela 2: Nível de Escolaridade


Entrevistas/inqueridos Nível de escolaridade Nº %
Alunos Básico 40 86,95
Professores Bacharel 1 1.5
Ensino Superior 2 5
Corpo de Direcção Nivel Superior 3 6,52
Total N = 46 100
Fonte: Autora de pesquisa

4.3 Apresentação e Análise dos Resultados do Inquérito

Durante os inquéritos aos professores e alunos; e as entrevistas feitas ao corpo de Direcção,


foi colocada a questão chave como: Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os
alunos a se interessarem pela disciplina de História e aumentar a qualidade do ensino? A
questão surge por falta de aplicação de estratégias adequadas durante a lecionação das aulas
de história. Pois, obtivemos as respostas abaixo apresentados nas tabelas.

Tabela 3: Descrição dos inquéritos

32
Nº Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os
alunos a se interessarem pela disciplina de História e Amostra Respostas %
aumentar a qualidade do ensino?

Dentre várias estratégias, foi apontada como a primeira,


relacionar a história com a realidade actual, mostrar aos alunos
1 como os acontecimentos do passado influenciam o presente e o 40 40 100
futuro, fazendo com que eles se sintam mais conectados com a
disciplina.

Alguns inqueridos indicaram como a segunda utilidade,


realizar actividades práticas e interativas propor trabalhos em
2 grupo, visitas a museus, simulações históricas e outras 3 3 100
actividades que possam envolver os alunos de forma mais ativa
no processo de aprendizado.

Uma parte dos inqueridos aponta como a terceira estratégia,


reconhecer e valorizar o esforço dos alunos: Elogiar e
3 recompensar os alunos pelo empenho e dedicação nos estudos 3 2 66,66
de história, incentivando-os a manter o interesse e a motivação
pela disciplina.

Fonte: autora de pesquisa

Gráfico 2: Descrição dos inquéritos

33
Estratégias eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela
disciplina de História e aumentar a qualidade do ensino.
120

100

80

60

40

20
Relacionar a história com a realidade actual, mostrar aos alunos como os acontecimentos do passado influenciam o
presente e o futuro, fazendo com que eles se sintam mais conectados com a disciplina.
0 Realizar actividades
Alunospráticas e interactivas propor trabalhos em grupo, visitas a museus, simulações
Professores históricas
Direcção da Escola e outras
actividades que possam envolver os alunos de forma mais activa no processo de aprendizado.
Reconhecer e valorizar o esforço dos alunos: Elogiar e recompensar os alunos pelo empenho e dedicação nos estudos de
história, incentivando-os a manter o interesse e a motivação pela disciplina.

Fonte: Autora da pesquisa

Tabela 4: Descrição das respostas de entrevistas dos professores e Membro da Direcção

No Que estratégias você acredita que poderiam ser adoptadas Amostra Respostas %
para melhorar a qualidade do ensino de História na 8ª classe?

Promover parcerias com museus, arquivos, bibliotecas e outras


instituições para enriquecer o ensino de História, proporcionando
1 3 2 66,6
aos alunos experiências enriquecedoras e complementares ao
conteúdo aprendido em sala de aula.

2 Investir na formação e atualização dos professores de História,


3 3 100
proporcionando-lhes ferramentas e recursos para aprimorar suas
práticas pedagógicas e tornar o ensino mais eficaz e motivador.

Fonte: autora da pesquisa

34
Gráfico 3: Descrição da entrevista dos professores e Membros da Direcção da Escola

Que estratégias você acredita que poderiam ser adoptadas para


melhorar a qualidade do ensino de História na 8ª classe?
120

100

80

60

40

20

0Promover parcerias com museus, arquivos, bibliotecas e outras instituições para enriquecer o ensino de História,
proporcionando aos alunos experiências enriquecedoras e complementares ao
Professores conteúdodaaprendido
Membros Direccao em sala de aula.
Investir na formação e atualização dos professores de História, proporcionando-lhes ferramentas e recursos para ap -
rimorar suas práticas pedagógicas e tornar o ensino mais eficaz e motivador.

Fonte: autor da pesquisa/2022

4.4 Análise e interpretação do questionário colocado aos alunos

Foram entregues o questionário e respondido por 40 alunos escolhidos aleatoriamente para a


respectiva análise sobre a qualidade do ensino de História actualmente onde conseguiu-se os
seguintes dados:

Tabela 5: Qualidade de ensino disciplina de Historia 8ª Classe

Dados Nível de uso de mapas genéticos na sala de aula


Bom Razoável Mau
40 19.5% 25.5% 55%
Fonte: Autora da pesquisa

35
Gráfico 4: Visão dos alunos sobre a qualidade de ensino de História

Qual a sua opinião sobre a qualidade do ensino de História


actualmente?
60
55%
50

40

30 25.5%
19.5% 22
20
14
10
10

0
Bom Razoavel Mau

Dados em % Nº de Respostas

Fonte: Autora da pesquisa

Os dados acima apresentados dão uma análise de que 19,5 % das dez pessoas demonstraram se
satisfação no que concerte ao actual cenário que se vive nas salas de aulas sobre a lecionação
dos professores de Historia verso a qualidade de ensino na disciplinar; 25,5 % dos catorze
inqueridos apresentavam uma razoabilidade sobre no que diz respeito a qualidade de ensino de
historia; e 55,5 % das cinquenta e cinco pessoas não demostraram insatisfação (mau) em
relação a mesma questão.

36
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 Discussão dos resultados alcançados

Feitas as analises das hipóteses apresentados de forma hipotética indutiva e dedutiva; obteve-
se os resultados encontrados durante a entrevista e inquérito. Na revisão da literatura foram
apresentadas várias citações de autores de pesquisas. Antes, na introdução havia traçados de
forma hipóteses que visa alcançar os objectivos inicialmente definidos. Dados apontam
estratégia para superar os desafios enfrentados pelos professores de história na 8ª classe,
contra a má qualidade de ensino estar relacionado com:

 Se os professores de História fossem capacitados há usarem recursos visuais e


tecnológicos: Apresentar vídeos, imagens, documentários e outras ferramentas
audiovisuais que possam tornar o aprendizado mais dinâmico e interessante;
 Se a direcção da escola estabelecesse parcerias com instituições culturais e
educacionais: Promover parcerias com museus, arquivos, bibliotecas e outras
instituições para enriquecer o ensino de História, proporcionando aos alunos
experiências enriquecedoras e complementares ao conteúdo aprendido em sala de
aula;
 Se o MINEDH investisse na formação e atualização dos professores de História,
proporcionando-lhes ferramentas e recursos para aprimorar suas práticas pedagógicas
e tornar o ensino mais eficaz e motivador.
 Se professores de História reconhecer e valorizar o esforço dos alunos: Elogiar e
recompensar os alunos pelo empenho e dedicação nos estudos de história,
incentivando-os a manter o interesse e a motivação pela disciplina. envolver os alunos
na elaboração de mapas genéticos como material didácticos para mostrar-nos sobre a
utilidade.
 `A Escola devia proporcionar recursos didáticos e materiais adequados, de acordo
com Araújo (2010), muitas escolas não possuem livros didáticos atualizados e
materiais de apoio, o que dificulta o processo de ensino-aprendizagem da disciplina.
Além disso, os professores muitas vezes precisam improvisar materiais e recursos, o
que pode comprometer a qualidade do ensino.

37
O aluno ao concluir o ensino secundário sem domínio da disciplinar de História, apenas
aprendem a teoria sem relacionar com os acontecimentos historicos do passado, presente,
futuro e na sua comunidade em particular. Assim, hipoteticamente e de forma indutiva
referencia-se: alguns professores não conhecem a não tem estratégias adequadas para lhe dar
face aos desafios impostos pela conjuntura actual no ensino de Historia na 8ª classe.

A fundamentação teórica de muitos autores, confirmaram a necessidade dos professores


adoptarem estratégias mais diversificadas para superar os desafios da má qualidade de ensino
nas classes iniciais particularmente 8ªClasse, essencialmente:

 A má qualidade de ensino na disciplina de História na 8ª classe em Moçambique pode


ser atribuída a diversas causas. Uma delas é a falta de formação adequada dos
professores de História. Segundo Alves (2006), muitos professores não possuem uma
formação específica na área de História e, por isso, têm dificuldades para transmitir o
conteúdo de forma clara e objetiva aos alunos;

 O Historiador tem a difícil tarefa de articular o passado ao presente, e condicionar a


história de maneira inerte, ou seja, sem partir. de sua visão pessoal. Bloch já colocava
que o historiador deve utilizar uma linguagem finíssima, uma cor adequada ao tom
verbal, para traduzir bem os factos humanos (p.29). Ao longo do tempo 0s
historiadores vêm respeitando o modo de como os fatos deve ser apresentado. Dessa
forma, o desenvolvimento da linguagem passa a ser o progresso do raciocínio.
(EVANS, 2000);

 Pretto e Pinto (2016) destacam que a formação de professores para a utilização das
tecnologias deve estar voltada para a promoção de uma educação mais democrática e
inclusiva. Para os autores, é necessário que os professores sejam formados para lidar
com as desigualdades sociais e para garantir o acesso de todos os alunos às
tecnologias, de modo a evitar a exclusão digital e a perpetuação das desigualdades
educacionais.

A falta de interesse dos alunos pela disciplina de História na 8ª classe também influencia
negativamente a qualidade de ensino. Gomes (2007) destaca que muitos alunos não veem a
História como uma disciplina relevante para a sua vida e, por isso, não se interessam pelo
conteúdo. Assim o professor devia fazer triagem dos conteúdos recursos adequados, pode

38
apresentar uma "História viva" e não uma coletânea de fatos passados sem nenhuma relação
com o presente.

CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

6.1 Conclusão

Após o fim da recolha, organização e sistematização das informações, e posterior produção


do presente documento pode-se concluir que o papel do professor de História na 8ª classe é
fundamental para enfrentar os desafios da má qualidade de ensino que podem ser encontrados
nesse nível de ensino. É crucial que os professores estejam conscientes dos obstáculos que
podem impactar a qualidade do ensino de História, tais como a sobrecarga de conteúdos
curriculares, a falta de recursos adequados e a desmotivação dos alunos.

Diante desses desafios, os professores de História devem buscar constantemente aprimorar


suas práticas pedagógicas, promovendo métodos inovadores de ensino, estimulando o
pensamento crítico dos alunos e tornando o conteúdo histórico relevante e significativo para
suas vidas. Além disso, é essencial que os professores recebam apoio e formação adequada
por parte do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), a fim de
capacitá-los a lidar com os desafios específicos da 8ª classe e garantir um ensino de História
de qualidade.

As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas têm imposto á área de Ensino
de História a necessidade de formular constantemente seus pressupostos, redefinindo e
introduzindo na formação dos professores as questões sobre o como e o porquê de se ensinar
História.

A educação não deve ser desenvolvida para que os alunos decorrem nomes complicados e
conceitos para simplesmente passar de ano, mas que eles possam relacionar o que foi
aprendido em sala com o seu quotidiano. A educação é um conceito amplo que se refere ao
processo de desenvolvimento unilateral da personalidade, envolvendo a formação de
qualidades humanas, sendo essas físicas, morais, intelectuais e estéticas.

39
Em última análise, a superação dos desafios da má qualidade de ensino de História na 8ª
classe requer um esforço conjunto de professores, instituições educacionais, governos e
comunidade em geral. Ao reconhecer e enfrentar esses desafios de forma colaborativa e
engajada, é possível promover uma educação histórica mais eficaz, relevante e estimulante
para os alunos, contribuindo assim para a formação de cidadãos críticos, conscientes e
participativos.

6.2 Recomendações finais

Depois da realização da pesquisa, deixa-se as seguintes recomendações:

 Os professores de História na 8ª classe devem buscar oportunidades de formação


contínua, workshops e cursos que os ajudem a aprimorar suas práticas pedagógicas e a
lidar com os desafios específicos do ensino nesse nível;
 Os professores devem explorar diferentes recursos didáticos, como vídeos, imagens,
textos complementares e actividades práticas, para tornar o ensino de História mais
dinâmico e atrativo para os alunos;
 O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) e as instituições
educacionais devem oferecer suporte aos professores, por meio de programas de
capacitação, materiais didáticos atualizados e condições adequadas de trabalho; e
 Os professores podem estabelecer parcerias com a comunidade local, promovendo
atividades extracurriculares, visitas a locais históricos e a participação de especialistas
para enriquecer o ensino de História.

40
7. Referências bibliográficas

 ALVES, N. A. O ensino de História na educação básica: desafios e perspectivas.


Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 26, n. 52, p. 261-278, 2006.
 ARAÚJO, R. C. O ensino de História na educação básica: desafios e possibilidades.
Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 15, n. 1, p. 1-14, 2010.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações
Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília:
MEC/SEB, 2006.
 BRUNER, Jerome. A cultura da Educação. Porto Alegre: Artimed Editora, 2001.
 CARVALHO, A.M. P. (Org.). (2013); Ensino de Ciências por investigação: condições
para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning.
 CERQUEIRA, Patrícia dos Santos. Entre lugares: aprender a ensinar História na
complexidade contemporânea. 2014. Disponível em: Revista Espacialidades [online].
2022.1, v. 18, n. 1, ISSN 1984-817X [294] [Dossiê temático]
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1371299913_ARQUIVO_TextoCo
mpleto.pdf Acesso em: 02 out. 2023.
 FONSECA, Thais Nívia de Lima. História & Ensino de História. 3 ed. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2011.
 GIL, António Carlos (2009); Como elaborar projectos de pesquisa.4ª ed. São Paulo:
Atlas.
 GOMES, A. P. A. O ensino de História na educação básica: desafios e perspectivas.
Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 34, p. 328-343, 2007.
 Libâneo, J. C. (1992). Didáctica Geral. São Paulo. Cortez.

41
 MAGALHÃES, M. C. O ensino de História na educação básica: desafios e
perspectivas. Revista de História, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 27-50, 2008.
 Monteiro, M. (2015). Tópicos para observação de aulas. Lisboa, Porto Editora.
 Moreira, J. (2001). Ensinar História, Hoje. São Paulo, Brasil.
 Neto, F.J. da S. (2002). Ensino individualizado ou personalizado Psicologia
Educacional. Rio de Janeiro.
 LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade, (2003); Fundamento de
Metodologia de Investigação Científica, 5a edição, São Paulo.

 MINAYO, Cecília de Souza et al. (1994) Pesquisa Social: Teoria método e


criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.
 MOREIRA, M. A. e Buchweitz B. Mapas conceituais: instrumentos didáticos, de
avaliação e de análise do currículo. 1ª ed. São Paulo: Moraes; 1987. 83 p.
 MOREIRA, M. A. e MASINI, E. A. S. Aprendizagem significativa: a teoria de
aprendizagem de David Ausubel. 2 ed. São Paulo: Editora Centauro, 2006.
 MONTEIRO, Ana Maria Ferreira da Costa. Pesquisa em Ensino de História: desafios
no tempo presente. 2014. Disponível em <https://hhmagazine.com.br/pesquisa-em-
ensino-de-historia-desafios-no-tempopresente/>. Acesso em: 2 out. 2020.
 RICHARDSON, R. J. et al. (1999). Pesquisa Social: Métodos e Técnicas (3ª ed.). São
Paulo: Editora Atlas S.A.
 Proença, M. C. (1989). Didáctica de História – Textos complementares, Livros
Horizonte.
 Proença, M. C. (1990). Ensinar /Aprender História – Questões de Didáctica Aplicada.
Livros Horizonte.

42
43
Apêndices

11
APÊNDICE I: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS PROFESSORES e ALUNOS.

O presente questionário foi elaborado no âmbito da pesquisa realizada sobre o Professor de História
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, Estudo do caso Escola Secundária Eduardo
Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a 2022.

Este têm como objetivo, recolher informação para a realização da monografia, no domínio das
Ciências Sociais na Área de Licenciatura em ensino de História, a população "alvo" deste inquérito
por questionário são os Professores, alunos e membros da Direcção da Escola no qual decorre o
estudo de investigação e as questões estão diretamente relacionadas com o que acontece na escola
em questão.

Os dados fornecidos são absolutamente confidenciais e anónimos e serão exclusivamente utilizados


para fins de investigação científica. Peço-lhe, assim, que seja o mais rigoroso possível no seu
preenchimento.

Agradece-se, desde já, o seu contributo!

I – Dados Pessoais

1.1. Idade: ______ 1.5. Exerce algum cargo nos órgãos estruturais
hierárquicos da escola?
1.2. Sexo: Masculino Feminino Sim Não

1.3. Nível Académico: 1.6. Se respondeu afirmativamente na questão


Masculino anterior, diga que cargo exerce.
Básico
 Director da Escola
Médio
 Delegado da Disciplina
Técnico Profissional
Superior  Membro Conselho da Escola
 Outro: ___________________________

1.4. Anos de Serviço: ______ 1.7. Classe que Leciona: ________________


Masculino
1.8. Disciplina que Leciona: _____________

12
II – Questões gerais

2.1. Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela disciplina de
História e aumentar a qualidade do ensino?_______________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2.2. Qual a sua opinião sobre a qualidade do ensino de História actualmente?

Bom

Razoável

Mau

2.3. Na sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelos professores de História para garantir um
ensino de qualidade?___________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
2.4. Quais estratégias você acredita que poderiam ser adoptadas para melhorar a qualidade do ensino de
História?______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

2.5. Você acha que a falta de recursos materiais e tecnológicos impacta na qualidade do ensino de
História? Por quê?

Sim Não

2.6. Se respondeu afirmativamente na questão anterior, descreva os por quê?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2.5. Será que a falta de interesse dos alunos pela disciplina de História influencia na qualidade do ensino?

Sim Não

Muito Obrigado!

Objectivo da Entrevista: Auxiliar na recolha de dados e levantamento de requisitos de analises para


elaboração de monografia.

13
APÊNDICE II: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO A DIRECÇÃO DA ESCOLA

O presente questionário foi elaborado no âmbito da pesquisa realizada sobre o Professor de História
e os desafios da má qualidade de ensino na 8ª classe, Estudo do caso Escola Secundária Eduardo
Mondlane no Distrito de Gorongosa, nos anos de 2020 a 2022.

Este têm como objetivo, recolher informação para a realização da monografia, no domínio das
Ciências Sociais na Área de Licenciatura em ensino de História, a população "alvo" deste inquérito
por questionário são os Professores, alunos e membros da Direcção da Escola no qual decorre o
estudo de investigação e as questões estão diretamente relacionadas com o que acontece na escola
em questão.

Os dados fornecidos são absolutamente confidenciais e anónimos e serão exclusivamente utilizados


para fins de investigação científica. Peço-lhe, assim, que seja o mais rigoroso possível no seu
preenchimento.

Agradece-se, desde já, o seu contributo!

I – Dados Pessoais

1.1. Idade: ______ 1.5. Exerce algum cargo nos órgãos estruturais
hierárquicos da Escola?
1.2. Sexo: Masculino Feminino Sim Não

1.3. Nível Académico: 1.6. Se respondeu afirmativamente na questão


Masculino anterior, diga que cargo exerce.
Básico
 Director da Escola
Médio
 DAE
Técnico Profissional
Superior  Membro do Conselho da
Escola

 Outro: ___________________________

1.4. Anos de Serviço: ______ 1.7. Profissão: ________________________


Masculino

14
II – Questões gerais

2.1. Quais são as estratégias mais eficazes para motivar os alunos a se interessarem pela disciplina de
História e aumentar a qualidade do ensino?_______________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

2.2. Que estratégias você acredita que poderiam ser adotadas para melhorar a qualidade do ensino
de História na 8ª classe? _____________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2.3. Você acredita que a falta de atualização dos conteúdos e métodos de ensino por parte dos
professores de História na 8ª classe contribui para a má qualidade do ensino? Por quê? ___________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

2.5. Na sua opinião, qual o papel da família e da sociedade na valorização do ensino de História na 8ª
classe?_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

2.6. Na sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelos professores de História para
garantir um ensino de qualidade? __________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
2.7. Como você acha que a gestão escolar pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino de
História na 8ª classe?
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Muito Obrigado!

15
Anexos

16
17

Você também pode gostar