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Teoria Psicanalítica TOP 4 AOP 2

O documento explora a teoria psicanalítica de Freud, destacando sua biografia, principais obras e conceitos como mecanismos de defesa, inconsciente e desenvolvimento psicossexual. Ele detalha as fases do desenvolvimento, desde a fase oral até a fase genital, e suas implicações na formação da personalidade. Além disso, discute a aplicação da psicanálise e da teoria sócio-interacionista no contexto do desenvolvimento de uma criança com autismo, enfatizando a importância das interações sociais e do suporte emocional.
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Teoria Psicanalítica TOP 4 AOP 2

O documento explora a teoria psicanalítica de Freud, destacando sua biografia, principais obras e conceitos como mecanismos de defesa, inconsciente e desenvolvimento psicossexual. Ele detalha as fases do desenvolvimento, desde a fase oral até a fase genital, e suas implicações na formação da personalidade. Além disso, discute a aplicação da psicanálise e da teoria sócio-interacionista no contexto do desenvolvimento de uma criança com autismo, enfatizando a importância das interações sociais e do suporte emocional.
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Construindo o mapa mental:

Teoria Psicanalítica

Quem foi Freud - Breve biografia e contribuições à psicologia.


Sigmund Freud foi o fundador da psicanálise, uma disciplina que se dedica à
compreensão dos processos psíquicos, principalmente através da exploração do
inconsciente. Ele nasceu em 1856 e suas teorias revolucionaram a compreensão do
comportamento humano.

Obras de Freud - Destaques de suas principais publicações.


As obras de Freud incluem uma vasta quantidade de escritos, entre os quais "A
Interpretação dos Sonhos" é uma das mais influentes. Nela, ele introduziu a ideia de que
os sonhos são uma forma de realização de desejos e uma janela para o inconsciente.

Mecanismos de Defesa e Recalque - Explicação de como funcionam na psicanálise.


Os mecanismos de defesa são estratégias psicológicas inconscientes usadas pelos
indivíduos para lidar com realidades que são difíceis de aceitar ou muito dolorosas. O
recalque é um desses mecanismos, que atua "empurrando" desejos e memórias
inaceitáveis para fora da consciência.

Inconsciente - Definição e relação com o recalque.


O inconsciente é uma parte fundamental da teoria de Freud. É uma parte da mente que
contém desejos, impulsos e memórias reprimidos, os quais influenciam nosso
comportamento sem que tenhamos consciência disso.

Pulsão - Discussão sobre as forças motrizes por trás dos comportamentos humanos.
Pulsão se refere às forças motrizes internas que compõem a psiquê humana, dirigindo
comportamentos e pensamentos. Freud frequentemente discutia pulsões sexuais e
agressivas como forças dominantes no desenvolvimento psicológico.

 Desenvolvimento Psicossexual: Segundo Freud, o desenvolvimento


psicossexual é o processo pelo qual a libido, ou energia sexual, se manifesta em
diferentes fases da vida de uma pessoa, cada uma caracterizada por diferentes
zonas erógenas e conflitos.

Fase Oral - Características e importância.


Fase Anal - Foco no controle dos esfíncteres.
Fase Fálica - Complexo de Édipo e Complexo de Electra.
Período de Latência - Pulsão de saber e a importância da latência na construção do
saber.

 Fase Oral (0-1 anos): O prazer está centrado na boca, com atividades como
morder e chupar.

Na teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud, a fase oral é a primeira etapa e


ocorre aproximadamente entre o nascimento e os 18 meses de vida da criança. Durante
esse período, a boca é o principal centro de prazer e atividade:
Satisfação e Sobrevivência: A atividade oral não é apenas prazerosa; ela é vital para a
sobrevivência. A sucção e a alimentação não só satisfazem a fome, mas também
proporcionam conforto e segurança.
Atividades Orais: As atividades típicas que as crianças exploram incluem morder,
chupar e mastigar, as quais estão relacionadas ao prazer derivado do uso da boca.
Consequências na Adultez: Freud sugeriu que experiências nesta fase podem ter
implicações de longo prazo. Por exemplo, uma fixação na fase oral, talvez devido a uma
gratificação insuficiente ou excessiva durante este período, pode resultar em
comportamentos adultos como fumar, comer compulsivamente, morder unhas ou uma
"personalidade oral" caracterizada por otimismo ou dependência excessiva.

A fase oral estabelece as bases para a formação da confiança e pode ter um grande
impacto no senso de segurança e nas relações interpessoais no futuro. Em termos de
desenvolvimento, é quando a criança começa a aprender sobre o mundo ao seu redor
através da boca, uma forma primária de interação com o ambiente.

 Fase Anal (1-3 anos): O foco é no controle dos esfíncteres, relacionado ao


prazer de reter ou expelir fezes.

Durante a fase anal da teoria psicossexual de Freud, que ocorre entre 1 e 3 anos de
idade, o foco do desenvolvimento e das fontes de prazer se desloca para a região anal.
Nesse estágio, as crianças começam a experimentar o prazer associado ao controle dos
esfíncteres. Os processos de defecar ou reter as fezes tornam-se importantes devido às
demandas sociais de treinamento de toalete e à gratificação individual que acompanha o
sucesso nessa tarefa.
Treinamento do banheiro: É quando as crianças são treinadas para usar o banheiro. A
maneira como os pais abordam o treinamento de ir ao banheiro pode impactar
significativamente a personalidade da criança, de acordo com Freud.
Retenção e Expulsão: Freud acreditava que as crianças encontram prazer na retenção e
na expulsão das fezes. As experiências de controle podem ser fontes de satisfação ou
expressão de autonomia e poder.
Fixação Anal: Problemas nesta fase podem resultar em uma fixação anal. Se uma
criança tiver experiências negativas durante esse período, isso pode resultar em traços
de personalidade que Freud caracterizou como ordem excessiva ou mesquinhez
(analis retentiva) ou desordem e falta de controle (analis expulsiva).
Desenvolvimento da Autonomia: Essa é também uma fase onde a criança desenvolve
uma sensação de autonomia e autocontrole. Sucesso nesse desenvolvimento pode levar
a um senso saudável de independência, enquanto que dificuldades podem resultar em
sentimentos de vergonha e dúvida.

A fase anal é vista como crítica no desenvolvimento de comportamentos futuros


relacionados a autoridade e autocontrole, e suas resoluções podem influenciar atitudes
em relação à ordem e ao caos ao longo da vida do indivíduo.

 Fase Fálica (3-6 anos): Caracteriza-se pela exploração de diferenças sexuais e o


desenvolvimento do Complexo de Édipo e Electra.
É um estágio onde as crianças começam a manifestar maior interesse pelas diferenças
sexuais e pelos próprios órgãos genitais. Durante essa fase, Freud acreditava que as
crianças experimentam o Complexo de Édipo e o Complexo de Electra:
Complexo de Édipo: Refere-se ao conjunto de emoções e ideias que a mente
inconsciente das crianças mantém em relação ao desejo sexual pelo genitor do sexo
oposto e sentimentos de rivalidade com o genitor do mesmo sexo. Para os meninos, isso
geralmente se manifesta como uma afeição especial pela mãe e uma rivalidade com o
pai, acompanhada pelo medo da punição por seus desejos, o que Freud chamou de
"castração".
Complexo de Electra: Termo menos usado por Freud e mais cunhado por Carl Jung,
que seria o equivalente ao Complexo de Édipo para as meninas. Envolvia uma menina
manifestando um desejo inconsciente pelo pai e uma antipatia pela mãe. Freud, contudo,
reconheceu que o desenvolvimento psicossexual feminino era mais complexo do que
sua contraparte masculina e que a dinâmica edipiana nas meninas era menos definida.
Freud acreditava que a resolução adequada do Complexo de Édipo ou Electra era
crucial para o desenvolvimento psicossexual saudável. Não resolver esses complexos
adequadamente poderia resultar em fixações que influenciariam o comportamento e as
relações interpessoais na vida adulta.

 Período de Latência (6-12 anos): Uma fase de calma onde o desenvolvimento


psicossexual está em pausa, com foco no desenvolvimento intelectual e social.

O período de latência, de acordo com a teoria do desenvolvimento psicossexual de


Freud, ocorre entre os 6 e 12 anos de idade e é caracterizado por uma espécie de trégua
no desenvolvimento psicossexual da criança. Durante essa fase, a energia libidinal da
criança não está mais concentrada nas atividades sexuais ou em zonas erógenas
específicas. Em vez disso, a libido é sublimada em formas de aprendizado e interações
sociais.
Redirecionamento da Energia: A energia sexual da criança é redirecionada para a
construção de habilidades sociais e cognitivas, como a aquisição de conhecimento e
habilidades motoras e de comunicação.
Desenvolvimento Escolar e Social: As crianças começam a se concentrar mais nas
atividades escolares, nas amizades e em hobbies. A escola e as relações com colegas
assumem uma nova importância e se tornam centrais na vida da criança.
Sublimação: Freud acreditava que a sublimação, um mecanismo de defesa onde os
impulsos sexuais são transformados em atividades socialmente úteis ou aceitáveis, é
particularmente importante nesta fase.
Consolidação da Personalidade: Embora as questões sexuais estejam em segundo
plano, a forma como as crianças interagem com os colegas e respondem às demandas
sociais e acadêmicas pode ser crucial para o desenvolvimento de sua personalidade e
valores.
Pulsão de Saber: Neste período, também é notável a emergência da "pulsão de saber",
um conceito que descreve o desejo intrínseco de adquirir conhecimento e compreender
o ambiente ao redor.

O período de latência é uma fase importante de crescimento e aprendizagem, onde as


bases para a futura adolescência e vida adulta são estabelecidas. As habilidades e
competências desenvolvidas aqui são fundamentais para a maturidade emocional e
intelectual.

Puberdade (Fase Genital) - Características e desafios.


Puberdade (Fase Genital): Marcada pela maturação sexual e o ressurgimento da
libido, orientada para o interesse sexual por outras pessoas.
A fase genital, que se inicia com a puberdade, é a última etapa do desenvolvimento
psicossexual de acordo com a teoria de Freud. Neste estágio, que começa por volta dos
12 anos de idade e continua na adolescência, ocorre uma revitalização da energia
libidinal ou sexual, que havia sido sublimada durante o período de latência. Aqui estão
os principais aspectos dessa fase:
Maturação Sexual: Há o desenvolvimento dos órgãos sexuais secundários e o
surgimento de interesse sexual mais explícito. Os adolescentes começam a experimentar
atração sexual consciente por outros.
Ressurgimento da Libido: A libido, anteriormente focada em atividades, interesses e
amizades, agora também se direciona para a intimidade romântica e a formação de
relações amorosas.
Desenvolvimento de Relacionamentos: A capacidade de estabelecer relacionamentos
íntimos saudáveis e mutuamente satisfatórios é vista como o culminar de um
desenvolvimento psicossexual bem-sucedido.
Independência Emocional: Além da maturação sexual, há também um movimento em
direção à independência emocional dos pais e outros cuidadores.
Consolidação da Identidade: A identidade sexual e a personalidade continuam a se
formar e a consolidar durante este período, influenciadas pelas experiências anteriores
das fases oral, anal e fálica.
Fixações Anteriores: Qualquer fixação não resolvida em estágios anteriores do
desenvolvimento psicossexual pode ser reavivada e pode influenciar comportamentos
na fase genital.

Freud considerava a fase genital como um período de reajuste psicossexual. O sucesso


neste estágio é medido pela capacidade do indivíduo de fundir a sexualidade com afeto,
resultando em relações maduras e a capacidade de amar e trabalhar produtivamente.

Psicanálise, Educação e Aprendizagem - Como a psicanálise se relaciona com a


educação e o processo de aprendizagem.
Freud explorou como os processos inconscientes influenciam a capacidade de aprender
e se relacionar com o conhecimento. Na educação, isso pode envolver entender as
resistências emocionais dos alunos ao aprendizado ou como conflitos psíquicos internos
podem afetar o desempenho escolar.

Pontos Convergentes
Importância das Relações Interpessoais: Ambas as teorias reconhecem a influência
significativa das relações interpessoais no desenvolvimento humano, seja na formação
da personalidade (Psicanálise) ou na aprendizagem e desenvolvimento cognitivo
(Sócio-Interacionista).
Ênfase na Mediação Cultural: Ambas valorizam o papel da cultura no
desenvolvimento humano, seja através da mediação de ferramentas culturais e símbolos
(Sócio-Interacionista) ou como influenciadora da personalidade e comportamento
(Psicanálise).

Pontos Divergentes
Ênfase nas Teorias: A Psicanálise foca em processos inconscientes e conflitos
reprimidos, enquanto o Sócio-Interacionismo destaca a importância das interações
sociais e da cultura.
Origem do Desenvolvimento: A Psicanálise vê o desenvolvimento como influenciado
por impulsos instintivos e experiências da infância, em contraste com a ênfase do Sócio-
Interacionismo nas interações sociais e culturais.
Natureza da Mente e do Inconsciente: Enquanto a Psicanálise foca no inconsciente
como motor de comportamento, o Sócio-Interacionismo vê a mente como um
constructo sociocultural.

Situação:
Ana Gabriela sempre teve dificuldades com o sono desde bebê, o que causava
preocupação e cansaço em seus pais, que não compreendiam a origem de seus
problemas. Com o diagnóstico de autismo, a família passou a entender melhor suas
necessidades e desafios. A mãe de Ana Gabriela, reconhecendo a necessidade de um
apoio mais intensivo, decidiu deixar seu emprego para dedicar-se ao cuidado e à
estimulação de sua filha. Esse novo arranjo familiar trouxe mudanças significativas para
todos, com melhorias notáveis no comportamento e na interação de Ana Gabriela.

Aplicação da Teoria Sócio-Interacionista:


Segundo a teoria de Vygotsky, o desenvolvimento ocorre no contexto das interações
sociais, com grande importância atribuída à mediação cultural e social. No caso de Ana
Gabriela, o ambiente familiar que agora inclui uma participação mais ativa e
direcionada de sua mãe serve como um espaço de desenvolvimento enriquecido. A mãe
pode utilizar estratégias como jogos educativos, diálogos constantes e atividades que
estimulem a interação social, tudo dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
de Ana Gabriela, onde ela pode aprender novas habilidades com o suporte adequado.
Essa abordagem não só apoia o desenvolvimento cognitivo e social de Ana Gabriela,
mas também ajuda a construir sua autoconfiança e independência.

Aplicação da Teoria Psicanalítica:


Do ponto de vista psicanalítico, é possível que as dificuldades iniciais de Ana Gabriela,
especialmente com o sono, reflitam ansiedades mais profundas ou tensões emocionais
inconscientes, possivelmente ampliadas pela desorientação quanto a não compreensão
de seu ambiente e suas próprias sensações. A presença mais constante e compreensiva
de sua mãe pode funcionar como um mecanismo de segurança, ajudando Ana Gabriela a
processar e integrar essas emoções reprimidas ou mal compreendidas. Além disso, o
entendimento de que seu pai também é autista pode trazer insights valiosos sobre as
interações familiares e sobre como certos traços e comportamentos são compartilhados
e influenciados dentro do ambiente familiar.

Integração das Teorias na Prática:


Integrando as duas teorias, a abordagem familiar à condição de Ana Gabriela pode ser
vista como um mix de suporte social e compreensão emocional. Enquanto a mãe
trabalha para proporcionar um ambiente rico em estímulos e interações sociais
(Sócio-Interacionismo), ela também está atenta às necessidades emocionais profundas
de sua filha, proporcionando um ambiente seguro onde Ana Gabriela pode expressar e
integrar suas emoções (Psicanálise). Este ambiente multifacetado ajuda Ana Gabriela a
se desenvolver de maneira mais holística, abordando tanto suas necessidades cognitivas
como emocionais.

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