0% acharam este documento útil (0 voto)
19 visualizações82 páginas

Aula 1

O documento aborda a bacteriologia com foco em cocos Gram positivos, especialmente as espécies de Staphylococcus, suas características, fatores de virulência e resistência a antibióticos. Detalha a importância clínica do Staphylococcus aureus, incluindo infecções e resistência a meticilina (MRSA), além de discutir o tratamento e a evolução da resistência bacteriana. Livros e autores relevantes na área de microbiologia são indicados para estudo.

Enviado por

ssrhsz8vtj
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
19 visualizações82 páginas

Aula 1

O documento aborda a bacteriologia com foco em cocos Gram positivos, especialmente as espécies de Staphylococcus, suas características, fatores de virulência e resistência a antibióticos. Detalha a importância clínica do Staphylococcus aureus, incluindo infecções e resistência a meticilina (MRSA), além de discutir o tratamento e a evolução da resistência bacteriana. Livros e autores relevantes na área de microbiologia são indicados para estudo.

Enviado por

ssrhsz8vtj
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 82

BACTERIOLOGIA- 2025

⚫ João Carlos de Sousa - [email protected]


⚫ Elizabete Machado - [email protected]

Livros indicados:

ANTIBIÒTICOS- J.Carlos Sousa e cols.. Ed.UFPessoa


Diagnostic Microbiology, Bailey and Scotts
Microbiologia Clínica - ed. LIDEL
• João Carlos de Sousa - [email protected]
• Elizabete Machado - [email protected]

• Datas de Frequências:

Livros indicados:

ANTIBIÒTICOS- J.Carlos Sousa e cols.. Ed.UFPessoa


Diagnostic Microbiology, Bailey and Scotts
Microbiologia Clínica - ed. LIDEL
Cocos Gram positivo

Staphylococcus Streptococcus Enterococcus


Catalase + Catalase - Catalase -
COCOS GRAM POSITIVO

Staphylococcus spp Streptococcus spp Enterococcus spp


CATALASE H2O2 H2O + O2

- +
Streptococcus spp Staphylococcus spp

Enterococus spp

• Gén. Staphylococcus
• Micrococcus
Fam.Micrococaceae • Stomatococcus
• Planococcus
Staphylococcus spp.
⚫ Staphylococcus aureus
⚫ Staphylococcus epidermidis
⚫ Staphylococcus saprophyticus
⚫ Staphylococcus haemolyticus
⚫ Staphylococcus lugdunensis

Staphylococcus capitis
Staphylococcus hominis
Staphylococcus saccharolyticus
Staphylococcus warneri
Staphylococcus cohnii
Staphylococcus caprae
Staphylococcus hyicus
Staphylococcus intermedius
Staphylococcus schleiferi
Staphylococcus simulans
CARACTERÍSTICAS GERAIS de Staphylococcus

• Imóveis
• Não esporuladas
•Anaeróbias facultativas
•Tipicamente não produtores
de cápsula
• Crescem em meios com
elevado teor de sal Staphylococcus spp Micrococcus spp

• Inclui patogénicos humanos e


comensais da pele
Meio OF
Prova da coagulase

Staphylococcus saprophyticus

- Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus haemolyticus
+ Staphylococcus hominis
Staphylococcus lugdunensis
Outros

S.aureus.

Pigmentação
Outra prova importante na identificação de S.aureus

Prova da DNAse

S.aureus DNAse +
MANITOL SALT AGAR
• Peptonas ........10g
• Extrato carne …1g
• NaCl ............... 75g
• Manitol………. 10g
• V.fenol ........... 0,025g
• Agar ............... 12g
Água…………… 1 L
• pH=7,5

Staphylococcus aureus
Staphylococcus saprophyticus

Teste da novobiocina
Teste da novobiocina
⚫ Utilizar método do ANTIBIOGRAMA - difusão
em agar (discos de papel)

⚫ Discos novobiocina…. 5 µg/ml


⚫ Incubar M.Hinton agar 18-24 h

⚫ Halo ≤ 16 mm …. S.saprophyticus
⚫ Staphylococcus aureus
⚫ Staphylococcus epidermidis
⚫ Staphylococcus saprophyticus
⚫ Staphylococcus haemolyticus
⚫ Staphylococcus lugdunensis

Staphylococcus capitis
Staphylococcus hominis
Staphylococcus saccharolyticus
Staphylococcus warneri
Staphylococcus cohnii
Staphylococcus caprae
Staphylococcus hyicus
Staphylococcus intermedius
Staphylococcus schleiferi
Staphylococcus simulans
Staphylococcus aureus- Factores de virulência

1- Proteínas de superfície. Colonização dos tecidos.

2- Invasinas. Disseminação bacteriana nos tecidos do hospedeiro.

3- Factores de superfície que inibem a fagocitose (cápsula, proteína A).

4- Caract. bioquímicas que aumentam a sobrevivência nos fagócitos (catalase, carotenoides).

5- Disfarces imunológicos (proteína A, coagulase, clotting factor).

6- Toxinas várias
Predisposing Factors of
Staphylococcus aureus infection
⚫ Host factors
– Diabetes mellitus

– Burns and trauma

– A history of chronic Infections

– Hormonal changes and stress

– Immunocompromised
Staphylococcus aureus- Significado clínico

Infecções da pele
Foliculites e furúnculos Impetigo Celulitis
MRSA
MRSA
MRSA
Staphylococcus aureus- Significado clínico

Assoc. catéteres/próteses Pneumonias

Pielonefrites , Meningites, Endocardites, Septicémias, Artrites, Empiemas, pneumonias


etc…
Staphylococcus aureus- Significado clínico

Infecções mediadas por toxinas

Intoxicações alimentares Síndrome da pele escaldada Síndrome do choque tóxico


(enterotoxina) (toxina exfoliativa) (TSST-1)
Toxinas
•Hemolisinas (actuam sobre os
eritrócitos)

Alfa toxina, Beta toxina , Delta toxina e


Gama toxina

•Panton-Valentine Leucocidina (leucócitos)

•Enterotoxinas (intoxicação alimentar)

Toxina A e Toxina F

•) Exotoxina do Sindroma do Choque Tóxico


(superantigénio)- TSST-1

•Esfoliatina (separação intraepidermal)


Toxin mediated Diseases
⚫ Staphylococcal food poisoning

– Due to production of entero toxins

– heat stable entero toxin acts on gut

– produces severe vomiting following


a very short incubation period

– Resolves on its own within about

24 hours
S.epidermidis
Staphylococcus epidermidis
◼ Catheter infections
◼ Prosthetic implant infections
◼ Wound infections
⚫ Skin commensal ◼ Urinary tract infections
⚫ Predilection for ◼ Septicemia
plastic material ◼ Endocarditis
◼ Endopthalmitis
◼ Meningitis
Staphylococcus spp coagulase negativos

Menos virulentos
• Patogénios oportunistas

• Associados a infecções
nosocomiais

• Resistência a antibióticos

Staphylococcus epidermidis, S. haemolyticus e S. lugdunensis


Staphylococcus saprophyticus

⚫ Skin commensal
⚫ Cause of UTI in sexually active young
women
⚫ Usually sensitive to wide range of
antibiotics
⚫R à fosfomicina
Staphylococcus spp.

Tratamento e Resistências
S. aureus- Porque é tão dificil o seu tratamento?

Persistência intracelular
(células não mielóides)

•20% - 60%
colonizados
intermitentemente
• persistentes
PENICILINA G

Penicilina V
β-lactâmicos - Mecanismo de acção
Mucopeptídeo/ peptidoglicano

TG

CP

TP

PBPs – (TG, TP)


LISE
BACTERIANA
1940- uso clínico da Penicilina G
1942- estirpes hospitalares de S.aureus Penicilina R
1970- 80% de estirpes de S.aureus eram Penicilina R
2000- >90% das estirpes S.aureus eram Penicilna R

S
Acção das -lactamases

N H2O
peniciloato inactivo
O
COOH S

penicilina G activa
HN
O OH
COOH
Operão Penicilinases - localizado no transposão plasmídico
Tn552, constituído pelo gene estrutural blaz e pelos genes reguladores
blal e blaR1.
A expressão do gene blaZ é indutível
Transferência plasmídica de genes de
resistência aos antibióticos
cromossoma

plasmídeo

Bacteria resistente pilis

Sensível

Resistente
Cefalosporinas cromogénicas
(Nitrocefin)
S.AUREUS-resist. Ant.
⚫ 1942................................................. 5%
⚫ 1949................................................ 50%
⚫ Em 2000 :
Cefalosporinas da 1ª geração

cefazolina
2

Ácido 6 aminopenicilânico (6-APA)


Isoxazolilpenicilinas

Dicloxacilina

Flucloxacilina
Isoxazolilpenicilinas
⚫ Cloxacilina

⚫ Dicloxacilina

⚫ Oxacilina

⚫ Flucloxacilina
•Estáveis a pH ácido
Absorção máxima 1h antes ou 2-3h após as refeições
METICILINA
Isoxazolilpenicilinas

⚫ Afinidade para os PBP 1,2,3 de Staphylococcus e R às


penicilinases. Clinicamente usados para infeções da

PELE E TECIDOS MOLES

Sem actividade contra bactérias Gram negativo pois não


permeiam a OM da parede celular.
S.AUREUS-resist. Ant.
⚫ 1942................................................. 5%
⚫ 1949................................................ 50%
⚫ Em 2000 :
Evolução da resistência em Staphylococcus sp

Penicilina

S. aureus •Penicilinases

[1950s] •Localizadas em plasmídeos

[1970s]
MSSA
R
MRSA
Isoxazolilpenicilinas

Vancomicina
SCCmecA (Staphylococcal Cassette Chromosome mecA)

MRSA
A resistência à meticilina é devida ao gene mecA (incluído na

SCCmec), que codifica um PBP2a, com diminuída afinidade para

todos os β-lactâmicos, excepto à ceftarolina e ceftibiprol.


O que são MRSA?
Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina

Todos

Resistência a todos os β-
lactâmicos
Excepção: ceftobiprole, ceftarolina

+
Resistência a outros AB
Pbp2a

gene mecA
Cefalosporinas da 5ª geração

ceftarolina

ceftobiprole
CEFTAROLINA fosamil ( ®Zinforo )
AstraZeneca

• Pro-farmaco é convertido no plasma pela acção de fosfatases em CEFTAROLINA

Cefalosporina da 5ª geração
250px-Ceftarolinfosamil

Bactericida, anti-parietal. Liga-se ao PBP2a de

MRSA e a outros PBPs de


S.pneumoniae e E.faecalis .

Actua em Gram negativo sem produzirem


ESBLs , AmpC e carbapenemases

Não actua em E.faecium e bacilos de Gram negativo


não fermentativos
1961- Introdução clínica de Meticilina

1963 - 1ª estirpe MRSA (Methicillin-Resistant S.aureus)

HA-MRSA (Hospital Acquired MRSA))

1972 - 1ª estirpe LA-MRSA (Livestock Acquired)- mastite nas vacas,


Bélgica

1990s - estirpe CA-MRSA (Community Acquired - MRSA)


Toxina Panton-Valentine
(gene pvl)
Epidemiologia de MRSA comunitários vs Hospitalares

Comunitários (CA-MRSA) Hospitalares (HA-MRSA)


•Associados com surtos epidémicos •Endémicos em muitos hospitais

•Cassette SCCmec tipo IV e V


.Cassette SCCmec tipo I, II, III e IV

Susceptibilidade a vários antibióticos


Resistência a vários antibióticos
•Presença de Panton Valentine
Leucocidina (gene PVL)

Vandenesch et al. Emerging Infectious Diseases (2003)


As cassetes SCC mec II e III são grandes (c/ plasmídeos e

transposões), frequentemente associados aos isolados HA- MRSA.

As cassetes IV e V são elementos mais curtos , geralmente


susceptiveis aos antº não β-lactâmicos e associados aos isolados CA - MRSA
Etapas da terapêutica das infecções estafilocócicas
1941
Penicilina
1961
Penicilinase-estável
penicilinas (Meticilina)
Glicopéptido
(Vancomicina)

2011 2002 - 2004


2004 80% resistance
90% resistência 3 casos de
por penicilinases (MRSA) Resistência à vanco

2013 - H.stº.MARIA,
Lisboa , 1caso
(VRSA)
MRSA (SCCmecC)

⚫ Recentemente uma variante de mecA , conhecida por mecC, foi

identificada em isolados MRSA com a caixa genética SCCmecC ,


em humanos e em animais.

⚫ O gene mecC codifica um PBP 2C que não causa resistência à


penicilina +ácido clavulânico.

⚫ A resistência aos β - lactâmicos é mediada pela combinação PBP2c


+ β - lactamase (gene blaZ).
“ One Health, one Medicine, One World “

 55 MRSA foram isolados de 22 (26%) de 85 autocarros no Porto (Simões


et al., 2010).

 Clone EMRSA-15 predominante; mais frequente em infecções


de hospitais nacionais

Contaminação da comunidade por clone hospitalar


“One Health, One Medicine, One world”
Disseminação das estirpes é o principal modo de transmissão

•Lavagem das mão entre doentes diferentes


•Boa higiene - pessoal e roupas
•Não tocar em feridas ou rebentar bolhas
•Cobrir cortes e abras
Evolução da resistência em Staphylococcus sp

Penicilina

S. aureus •Penicilinases

[1950s] •Localizadas em plasmídeos

[1970s]
MSSA
R
MRSA
Isoxazolilpenicilinas

Vancomicina
Vancomicina
Mecanismo de acção

CP

Lise celular
• Vancomicina como única alternativa HA-MRSA

• 1996 - estirpe VISA ( MIC= 8 -16 mg/L ) ,


Japão
• 1997 - estirpes VISA nos Estados-Unidos

• 2002 - estirpe VRSA ( MIC = 64 mg/L ) nos


Estados – Unidos

• 2013- estirpe VRSA em Portugal


hVISA/VISA.
É sugerido que mutações sequenciais em genes (walR, vraRS e graRS) que regulam a

homeostase da PC bacteriana e mutações no gene rpoB ( sub-unidade B da RNA

polimerase) , resultam na formação de uma PC mais espesssa com > quantidade

pentapetídeo livre no peptidoglicano, que “aprisionando” a vancomicina nas camadas

externas do peptidoglicano, impede a ligação do antibiótico ao seu verdadeiro alvo D-

alanina-D-alanina na MC.
hVISA/ VISA

VSSA
VISA e hVISA

Os VISA podem aparecer com uma população homogénea (VISA) ou


heterogénea (hVISA).

O fenotipio de Resistência hVISA/VISA está normalmente associado a


terapias prolongadas com Vancomicina em pacientes com infecções
invasivas.
Frequentemente os hVISA/VISA evoluem de MRSA , mas também já foram
descritos em MSSA .
VSSA VISA e hVISA VRSA
S. aureus
resistente à
vancomicina
1º VRSA
VRSA •Junho de 2002

•Mulher 40 anos, diabética, falha


renal crónica
Staphylococcus
MRSA •Co-colonizada MRSA e VRE
•Infecção na zona do catéter com
VRSA após tratamento com
Enterococcus sp vancomicina
com resistencia à
Tn1546
vancomicina (VRE) •VRSA MIC= 128 mg/L

•vanA em plasmídeo
Resistência à vancomicina-VRSA
Novas alternativas

Linezolide/ Tedizolide

Ceftarolina
Tigeciclina Cefalosporina 5ªgeração

MRSA

Eravaciclina
Quinupristina-dalfopristina

Daptomicina Plazomicina
⚫ Diapirimidina sintética inibidor da
dihidrofolato redutase, como o trimetroprim,
ICLAPRIM
⚫ Usado na forma oral e injectável, nas inf.
pele, tecidos moles e pneumonias.

NH ⚫ > actividade contra : H. influenzae, M.


2
O catarrhalis , C. pneumoniae, L. pneumophila e
N
com fraca actividade contra P.aeruginosa e

N A. baumanii
H2 OCH
N 3
OCH
⚫ Activo contra MRSA e S. pneumoniae Pen R
3

Você também pode gostar