0% acharam este documento útil (0 voto)
12 visualizações48 páginas

(PT) Relatório Anual de Atividades - G20 Social Na Triha de Finanças

O relatório apresenta as ações do G20 Social na Trilha de Finanças durante a presidência brasileira de 2023-2024, destacando a importância da participação da sociedade civil nas discussões sobre desigualdade, pobreza e sustentabilidade. O G20 Social buscou ampliar a participação de atores não governamentais e organizou a Cúpula Social, que resultou em um documento consensual entregue ao presidente Lula. As atividades visaram criar um legado de diálogo e transparência para futuras presidências do G20.

Enviado por

m229711
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
12 visualizações48 páginas

(PT) Relatório Anual de Atividades - G20 Social Na Triha de Finanças

O relatório apresenta as ações do G20 Social na Trilha de Finanças durante a presidência brasileira de 2023-2024, destacando a importância da participação da sociedade civil nas discussões sobre desigualdade, pobreza e sustentabilidade. O G20 Social buscou ampliar a participação de atores não governamentais e organizou a Cúpula Social, que resultou em um documento consensual entregue ao presidente Lula. As atividades visaram criar um legado de diálogo e transparência para futuras presidências do G20.

Enviado por

m229711
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 48

RELATÓRIO DE

AÇÕES DO G20 SOCIAL


NA TRILHA DE FINANÇAS

PRESIDÊNCIA BRASILEIRA DO G20 (2023-2024)


RELATÓRIO DE AÇÕES DO G20 SOCIAL
NA TRILHA DE FINANÇAS

Ministério da Fazenda
Secretaria de Assuntos Internacionais
Subsecretaria de Cooperação Econômica e Finanças Internacionais

Novembro 2024
FICHA TÉCNICA

Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidente da República
Geraldo Alckmin

Ministro da Fazenda
Fernando Haddad

Secretária de Assuntos Internacionais


Embaixadora Tatiana Rosito

Subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica


Antonio Cottas de Jesus Freitas

Equipe
Tatiana Berringer (Coordenadora-Geral da Relação com a Sociedade Civil);
Mariana Davi (Coordenadora de Projetos); Uolli Briotto (Coordenadora de Parcerias) e
Jéser Abílio (Chefe de Projetos)

Apoio
Gustavo Westmann (Chefe da Assessoria Internacional da Presidência da República);
Fabrício Prado (Assessor de Participação e Diversidade do Ministério das Relações
Exteriores); Juliana Santos (Assessora de Participação e Diversidade do Ministério da
Fazenda); Felipe Antunes (Coordenador-Geral de Finanças Internacionais);
Poliana Ferreira (Gerente de Projetos); José Henriques Junior (Coordenador de Projeto);
Thaise Torres (Assessora de Comunicação); Rafael Tatemoto (Assessor de Comunicação) e
Nátaly Santiago Guilmo (ex-Consultora do PNUD)

Site oficial: https://g20.gov.br/pt-br/g20-social/g20-social-na-trilha-de-financas

TikTok: https://www.tiktok.com/@ministeriodafazenda
APRESENTAÇÃO

O processo sem precedentes de engajamento com organizações da sociedade civil


na Trilha de Finanças este ano destaca a importância da participação comunitária na
abordagem das questões críticas que nosso mundo enfrenta.

Este relatório apresenta as atividades realizadas pelo Ministério da Fazenda em parceria


com a sociedade civil durante a Presidência brasileira do G20.

Espero que a abordagem desenvolvida no Brasil sirva de inspiração para os futuros líderes
do G20, incentivando a implementação de iniciativas similares, adaptadas aos contextos e
às aspirações específicas de seus países.

Fernando Haddad
Ministro da Fazenda do Brasil
6 | G20 BRASIL 2024

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 7

Os Grupos de Engajamento do G20 9

As Sessões do G20 Social nas Reuniões de Vice-Ministros das Trilhas Sherpas e de Finanças 11

Cúpula Social 12

G20 Social na Trilha de Finanças 13

Como Construir Participação Social em Fóruns Internacionais? Aprendizados a partir das


Metodologias Construídas no G20 Social na Trilha de Finanças 15

Metodologias 16

G20 Social na Trilha de Finanças: uma inovação política no Ministério da Fazenda 20

2. ATIVIDADES E PRINCIPAIS ENTREGAS 21

Encontros Organizados pela Equipe do G20 Social na


Trilha de Finanças (Ministério da Fazenda) 21

Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira 21

Desigualdade e Tributação – uma Perspectiva Internacional 24

Economia Global e Desigualdades 25

Presidência Brasileira do G20: Prioridades e Desafios da Trilha de Finanças 28

Presidência Brasileira do G20 e Tributação Internacional 29

Reunião da Sociedade Civil sobre o G20 e a Tributação Internacional 30

Finanças para uma Transição Justa: Reunião do G20 e da Sociedade Civil 33

Sessão do G20 Social na 4ª Reunião de Vice-Ministros de Fazenda e


Vice-Presidentes de Bancos Centrais do G20 (FCBD) 35

Impulsionando esforços Globais para acabar com a Pobreza e a Fome:


AID21 e Aliança Global contra a Fome 36

Trilha de Finanças do G20 e as Mulheres: A busca pela Igualdade e Empoderamento


das Mulheres para a Construção de um Mundo Justo e Sustentável 37

O G20 e a Reforma da Governança Global 38

Reuniões Anuais de 2024 do FMI e do Banco Mundial 39

Legados da Presidência na Trilha de Finanças: G20 Social e África 40

GALERIA DE FOTOS 41

Participação em outros encontros do G20 Social 41

Participação em encontros dos grupos de engajamento e de


organizações da sociedade civil 42
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 7

1. INTRODUÇÃO

Entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024, o Governo do Presidente Lula


esteve na presidência do G20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, com o lema
“Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável.” Essa foi a principal ação de políti-
ca externa brasileira de 2024.

A Presidência Brasileira estabeleceu três grandes prioridades:

1. Combate à fome, à pobreza e à desigualdade.

2. Transição energética e desenvolvimento sustentável.

3. Reforma da governança global.

Mais informações:

Construindo um mundo justo e sustentável com participação da sociedade


https://g20.gov.br/pt-br/noticias/construindo-um-mundo-justo-e-sustentavel-com-
-participacao-da-sociedade

União da sociedade para um futuro sustentável


https://g20.gov.br/pt-br/noticias/uniao-da-sociedade-para-um-futuro-sustentavel

O G20 tem uma estrutura dividida em duas trilhas de atuação: a Trilha de Sherpas e a Trilha
de Finanças. Para buscar resultados concretos e, ao mesmo tempo, criar sinergias entre as
duas trilhas, foram criadas duas forças-tarefa, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
e a Mobilização Global contra a Mudança Climática. Além disso, decidiu-se impulsionar a
participação social nas atividades do Grupo mediante a criação do “G20 Social”.

Este documento apresenta as ações desenvolvidas pelo G20 Social na Trilha de Finanças.
Buscou-se apresentar as escolhas de temas, as metodologias de trabalho, além dos de-
safios e dos limites encontrados. Espera-se que essa experiência se transforme em um
legado para as próximas presidências do G20.

O Ministério da Fazenda (MF) visou construir um canal de diálogo com a sociedade civil.
Para tanto, foi pensada e planejada uma equipe específica na estrutura organizacional
criada para a condução dos trabalhos da presidência do G20, denominada G20 Social na
Trilha de Finanças. Formada no fim de 2023, no início da presidência brasileira, em 2024,
já começaram a ser realizadas conversas regulares com a sociedade civil.

A atuação da equipe seguiu as linhas gerais do programa de governo liderado pelo Pre-
sidente Lula, que tem a participação social como uma prioridade. O G20 Social foi coor-
denado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR) e contou com a partici-
pação ativa do MF, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Cultura
(MinC) e da Secretaria de Comunicação (Secom).
8 | G20 BRASIL 2024

Gabinete da Presidência
Secretaria-Geral da Presidência
COORDENAÇÃO DO
G20 SOCIAL

Trilha de Finanças Trilha de Sherpas

O objetivo do G20 Social foi ampliar a participação de atores não governamentais nas ativida-
des e nos processos decisórios do G20, promovendo transparência e garantindo que as deman-
das da sociedade civil organizada fossem ouvidas durante o processo de negociação do grupo.
Então, foram desenvolvidos novos canais de diálogos institucionais no âmbito do governo fede-
ral, com os grupos de engajamento do G20 e com a sociedade civil brasileira e global.

Organizações da
sociedade civil
internacional

Organizações
Grupos de
da sociedade
Engajamento
civil brasileira
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 9

O G20 Social na presidência brasileira teve como objetivos:

1. Coordenar diálogos entre grupos de engajamento.

2. Expandir a base social do fórum, convidando diversos atores da sociedade civil


global e brasileira para participar dos debates e eventos paralelos do G20 Social.

3. Realizar sessões para ouvir as demandas da sociedade civil, representadas pelos


grupos de engajamento, nas reuniões oficiais das Trilhas de Finanças e de Sherpas.

4. Organizar a Cúpula Social entre os dias 14 e 16 de novembro de 2024, no Rio de


Janeiro, na véspera da Cúpula de Líderes do G20.

Os Grupos de Engajamento do G20

No histórico de participação social do G20, a criação dos grupos de engajamento, a partir de


2009, foi um esforço da sociedade civil de coordenar suas demandas temáticas e setoriais.
Por meio desses grupos, que representam diversos setores sociais, entes privados e atores
não estatais, organizações da sociedade civil passaram a se reunir com suas contrapartes de
todos os países do G20. Durante a presidência brasileira do G20, 13 grupos de engajamento
atuaram em paralelo às Trilhas oficiais.

A dinâmica de trabalho dos grupos de engajamento envolve realização de encontros


ao longo do ano, a fim de construírem documentos e comunicados com propostas a se-
rem entregues às Trilhas oficiais e aos líderes do G20. Essas propostas, geralmente, são
apresentadas em documentos que sistematizam as prioridades e as demandas de cada
grupo. O documento final, elaborado coletivamente e por consenso, chamado Commu-
niqué (em alusão aos comunicados oficiais que são negociados nos diversos grupos
oficiais do G20), é entregue às autoridades e divulgado na impressa e nas mídias sociais.
Em alguns casos, declarações conjuntas sobre determinados temas também podem ser
construídas, como a “Declaração Conjunta do Diálogo de Convergência T20/C20” de
2024 ou como as “Cartas B20 e L20”.
10 | G20 BRASIL 2024

Os Grupos de Engajamento do G20

O B20 conecta a comunidade Ao criar soluções inovadoras, Representa os trabalhadores,


empresarial aos governos do G20, o C20 busca garantir que os abordando questões
promovendo a formulação de líderes mundiais considerem as laborais, defendendo direitos
propostas para políticas públicas. recomendações e demandas da trabalhistas e promovendo
sociedade civil organizadas. condições de trabalho justas.

Estreando sob a presidência Liderado pelos presidentes dos Promove o diálogo aberto
brasileira do G20, a O20 concentra- parlamentos dos países do G20, o entre as diversas partes
se em questões oceânicas, P20 tem como objetivo fortalecer interessadas do ecossistema
promovendo a sustentabilidade a colaboração global e assegurar a de startups, tecnologia e
marinha e o uso responsável de implementação prática de acordos pequenas e médias empresas.
seus recursos. internacionais nos países membros.

Reúne especialistas e acadêmicos O objetivo do J20 é promover Busca promover a transparência


para destacar a importância da a troca de ideias sobre temas e a eficácia na governança global,
ciência, propondo que evidências jurídicos de relevância atual e fortalecendo a cooperação entre
científicas contribuam para estabelecer um fórum global as entidades de fiscalização
soluções eficientes em áreas para entidades e órgãos de superiores dos países do G20.
como saúde, meio ambiente e jurisdição constitucional.
inovação tecnológica.

O principal objetivo do T20 é O U20 é uma iniciativa de


produzir, debater, consolidar e diplomacia urbana cujo objetivo
apresentar ideias inovadoras é fornecer recomendações
sobre como enfrentar os desafios para o G20 sobre as agendas
atuais e emergentes que podem econômicas, climáticas e de
ser abordados pelo G20. desenvolvimento nas cidades.

Representa a voz e as Concentra-se em questões


perspectivas dos jovens, de gênero, representando as
envolvendo líderes e ativistas mulheres nos debates. Promove
na discussão de questões a igualdade de gênero e
globais e promovendo a aborda os desafios específicos
inclusividade intergeracional enfrentados pelas mulheres em
nas políticas públicas. todo o mundo.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 11

As Sessões do G20 Social nas Reuniões de Vice-Ministros das Trilhas Sherpas e


de Finanças

Durante 2024, o G20 Social coordenou encontros e reuniões conjuntas com os treze grupos
de engajamento, com a finalidade de gerar sinergias e encontrar convergências entre eles.
Um dos resultados mais positivos desse processo foi a realização das Sessões do G20 Social
nas Reuniões Oficiais das duas Trilhas, em julho de 2024.

Primeiramente, a presidência brasileira garantiu que os grupos tivessem acesso às Notas


Conceituais da Presidência e dos Grupos de Trabalho logo após a aprovação dos documen-
tos pelas reuniões de Ministros, no início do ano. Esse fato abriu um processo necessário de
transparência e de fortalecimento do acesso à informação para que sociedade civil possa
influenciar o processo de negociação multilateral.

Em seguida, decidiu-se pela realização das sessões de entrega dos Communiqués dos Gru-
pos de Engajamento para os delegados do G20. A ideia foi realizar essas sessões durante
a presidência, para que houvesse tempo de as demandas e as contribuições dos grupos
chegarem, de fato, aos Estados-membros enquanto ainda havia negociações em curso e,
especialmente, porque a Declaração de Líderes não estava pronta (ainda houve pelo menos
mais uma reunião ministerial de cada uma das trilhas).

Antes da realização das sessões, cada grupo enviou uma síntese das suas propostas que
foram distribuídas para os delegados dos países-membros e as organizações internacionais.
Durante as sessões, um representante de cada grupo sentou-se à mesa de negociação e
pôde realizar uma interversão presencial. Após a apresentação dos treze grupos, os delega-
dos puderam responder e comentar as propostas elaboradas pela sociedade civil.

As duas sessões foram bem recebidas pelos delegados dos países-membros e das organiza-
ções internacionais, que ressaltaram o ineditismo da presidência brasileira.

A realização destas sessões deu aos grupos de engajamento a oportunidade de aumentar


sua incidência nas negociações do G20 e mostrou a importância da escuta e da abertura de
diálogo para o fortalecimento da legitimidade do fórum de concertação.
12 | G20 BRASIL 2024

Cúpula Social

O ponto alto do G20 Social foi a realização da O dia 15 de novembro, segundo dia, foi dedi-
Cúpula Social, nos dias 14, 15 e 16 de novem- cado a três plenárias em torno dos três eixos
bro de 2024, no Rio de Janeiro, antecedendo propostos pela presidência brasileira (1. Desi-
a Cúpula dos Líderes. A Cúpula Social teve gualdades, fome e pobreza; 2. Sustentabilida-
como principal conquista a entrega de um de; 3. Reforma da governança global).
documento consensual da sociedade civil
global ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No dia 16 de novembro, último dia, a cerimô-
No total, 49.498 pessoas inscreveram-se para nia de encerramento da Cúpula reuniu cerca
a Cúpula do G20 Social e 19.140 foram cre- de 2.500 pessoas. Na ocasião, foi entregue ao
denciadas para as atividades que ocorreram Presidente Lula a “Declaração Final do G20 So-
durante os três dias de evento. cial: do povo para os líderes”, documento que
reúne a síntese do que foi consenso entre os
A realização da Cúpula foi coordenada por participantes da cúpula. Também participou
um Comitê Organizador, liderado pela Secre- da plenária Ronald Lamola, Ministro Sul-Afri-
taria-Geral da Presidência, com participação cano de Relações Exteriores, firmando o com-
de outros ministérios como convidados (MRE, prometimento da presidência sul-africana do
MF, MinC e Secom) e de lideranças de movi- G20 com a continuidade do G20 Social.
mentos populares e sindicais do Brasil (Asso-
ciação Brasileira de ONGs — Abong, Articu- Em todos os dias, houve feira de produtos
lação dos Povos Indígenas do Brasil — APIB, agroecológicos e da economia solidária,
Coalizão Negra por Direitos, Central Única eventos culturais e atrações musicais no Fes-
dos Trabalhadores — CUT, Marcha Mundial tival Aliança Global contra Fome e a Pobreza.
das Mulheres — MMM, e Movimento dos Tra-
balhadores Rurais Sem-Terra — MST). A Cúpula Social constituiu-se como um es-
paço de debates e de encontros da socieda-
Houve cerca de seis reuniões preparatórias de civil global. Representou, também, uma
do Comitê Organizador que visaram estabe- oportunidade para a troca de experiências
lecer, em conjunto, o formato, os parâmetros entre os grupos de engajamento e movi-
e as dinâmicas da Cúpula Social. mentos sociais, que puderam indicar novos
caminhos para a construção de políticas que
No que tange à programação, o primeiro refletiram valores, como a justiça social, eco-
dia da Cúpula foi voltado para a realização nômica e ambiental, bem como a luta pela
de 271 atividades autogestionadas. A socie- redução de todos os tipos de desigualdade.
dade civil pôde inscrever suas propostas de O evento foi um marco da presidência brasi-
atividades pelo site do governo. Houve uma leira do G20 e contribuiu para ampliar a parti-
seleção feita pelo Comitê Organizador entre cipação social no principal fórum de concer-
mais de mil propostas recebidas. tação internacional do mundo.

O evento foi um marco da presidência


brasileira do G20 e contribuiu para ampliar
a participação social no principal fórum de
concertação internacional do mundo.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 13

G20 Social na Trilha de Finanças

Sob a presidência brasileira, a Trilha de Finanças do G20 foi coordenada pelo MF e


pelo Banco Central do Brasil (Bacen). A Secretária de Assuntos Internacionais do MF,
Embaixadora Tatiana Rosito, ao assumir a coordenação da Trilha de Finanças, designou uma
equipe para coordenar a relação da sociedade civil com a Trilha. Os trabalhos foram desen-
volvidos no âmbito da Subsecretaria de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica
(Sufic), chefiada pelo diplomata Antonio Freitas. A equipe do G20 Social na Trilha de Finan-
ças foi composta por: Tatiana Berringer, Coordenadora-Geral da Relação com a Sociedade
Civil, Mariana Davi, Coordenadora de Projeto, Jéser Abílio, Gerente de Projeto e Uolli Briotto,
Coordenadora de Parcerias.

G20 Social na Trilha de Finanças

A equipe buscou conferir maior transparência aos processos decisórios da Trilha de Finan-
ças. Procurou-se viabilizar espaços para receber as demandas e as sugestões da sociedade
civil organizada e construir mecanismos de escuta com representantes de governos e orga-
nismos internacionais, a fim de fortalecer temas importantes e que enfrentavam dificuldade
de inserção na agenda das negociações oficiais do G20.

A Trilha de Finanças esteve organizada em grupos de trabalho ou iniciativas próprias, tais


como: Assuntos do Setor Financeiro, Arquitetura Financeira Internacional, Economia Global,
Infraestrutura, Finanças Sustentáveis, Inclusão Financeira, Tributação Internacional, além de
Saúde e Finanças.
14 | G20 BRASIL 2024

A partir dos temas debatidos nesses grupos e das iniciativas, o trabalho desenvolvido pelo
G20 Social na Trilha de Finanças refletiu-se em:

• Criar canais de diálogo entre a sociedade civil e a Trilha de Finanças.

• Participar de eventos organizados pelos grupos de engajamento ou por organi-


zações da sociedade civil global sobre temáticas do G20.

• Organizar encontros virtuais e presenciais com a sociedade civil.

• Sistematizar conteúdo dos debates e propostas, buscando formas de divulgação


do material (vídeos, Policy Briefs, etc.).

O planejamento das atividades foi definido por cinco eixos que nortearam a construção das
atividades do G20 Social na Trilha de Finanças. Foram eles:

1. Desigualdades.

2. Tributação internacional.

3. Financiamento para transição justa.

4. Dívida externa e soberana.

5. Reforma da governança global.

Os trabalhos da equipe contaram com apoio fundamental das seguintes pessoas: Gustavo
Westmann, Chefe da Assessoria Internacional da Secretaria-Geral da Presidência da Repú-
blica; Alexandre Pupo e Adriana Abdenur, da Assessoria Especial da Presidência; Juliana
Santos, Assessora de Participação e Diversidade do MF; Fabrício Prado, Assessor de Partici-
pação e Diversidade do MRE; Thaise Torres e Rafael Tatemoto, Assessores de Comunicação
do G20 no MF; Felipe Antunes, Coordenador-Geral de Finanças Internacionais e Poliana Fer-
reira, Gerente de Projetos.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 15

Como Construir Participação Social em Fóruns Internacionais? Aprendizados a


partir das Metodologias Construídas no G20 Social na Trilha de Finanças

Nas últimas décadas, a participação social em organizações multilaterais tem ganhado mais
amplitude, como pode ser visto na Assembleia Geral da ONU (AGNU), na Comissão sobre a
Situação das Mulheres (CSW) e na Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas, eventos
nos quais há forte presença institucionalizada de organizações da sociedade civil. No fim
da década de 1990 e início dos anos 2000, a sociedade civil se fez presente nos fóruns e
encontros multilaterais econômicos, como o G20 e o Fórum Econômico de Davos, por meio
de atos e mobilizações contrárias a esses fóruns, como as Cúpulas dos Povos.

A partir de 2008, com a eclosão da crise financeira internacional, o G20 passa a ser o prin-
cipal fórum de governança econômica e financeira internacional. Nesse novo momento do
grupo, houve uma gradativa abertura para a participação social, que se inicia em 2010, com
os grupos de engajamento. O primeiro deles é o B20 (Bussiness 20), no Canadá, seguido do
T20 (Think Tanks 20) e do C20 (Civil Society 20). Assim, as organizações não governamentais
passaram a buscar espaços e canais de incidência junto a esse fórum por meio da criação
dos grupos de engajamento.

A participação social no âmbito do G20, mediante a atuação dos grupos de engajamento,


foi historicamente desenvolvida por meio de uma maior interação com a Trilha de Sherpas.
A Trilha de Finanças, que reúne ministros e corpo técnico das Finanças e presidentes e corpo
técnico dos Bancos Centrais, tinha uma prática de atuação mais fechada.

O Estado brasileiro e demais países do Mercosul construíram experiências de participação


social no âmbito do bloco, como as reuniões especializadas e a Cúpula Social do Mercosul.
O Mercosul Social funcionou entre 2006 e 2015 e retornou em 2023. Outro exemplo de
participação social em matéria de política externa foram os Diálogos Amazônicos, que ocor-
reram na cidade de Belém do Pará, Brasil, em 2023. No bojo dessas iniciativas e seguindo a
decisão de impulsionar a participação social domesticamente durante o seu novo mandato,
o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação do G20 Social.

Como não havia precedente para a construção desse processo, a equipe do G20 Social na
Trilha de Finanças buscou adotar diferentes metodologias para a construção dos canais de
diálogo com a sociedade civil brasileira e global sobre os temas debatidos pelos seus gru-
pos de trabalho.

A definição das propostas metodológicas teve de considerar que se tratava de participação


social em matéria de política externa e de um fórum multilateral cuja presidência é pro-tem-
pore (duração de um ano). O G20 é fórum de concertação internacional e não um bloco
regional, com arcabouço institucional que permita a institucionalização de mecanismos ou
metodologias de participação social. Assim, muitos dos aprendizados e dos mecanismos
de participação social são levados para as presidências seguintes, a partir de experiências
desenvolvidas pelos grupos de engajamento e pela sociedade civil.

Diante disso, adotaram-se diferentes propostas metodológicas que possibilitaram a partici-


pação da sociedade civil global, levando em consideração: restrições orçamentárias, plurali-
dade das organizações, diferentes níveis de envolvimento dos atores sociais e políticos com
a agenda do G20 e a ampliação e o aprofundamento de espaços de escuta e acolhimento
de demandas e propostas.
16 | G20 BRASIL 2024

Metodologias

Eventos presenciais Eventos virtuais com


com mesa redonda abertura de palestrantes
formada por governo e intervenções da

1 e sociedade civil, com


sessão de perguntas e
respostas.
sociedade civil
(mediante inscrições de
Policy Briefs).
2

Encontro presencial Encontro on-line com

3 com declaração final


da sociedade civil
entregue às
convites endereçados
às organizações
sociais e políticas
4
autoridades. envolvidas
diretamente
no tema.

Sessão dos grupos Participação dos

5 6
de engajamento na representantes da
Reunião de Trilha de Finanças
Deputies da Trilha nas reuniões dos
de Finanças. grupos de
engajamento.

Metodologia 1: Eventos presenciais com mesa redonda formada por governo e


sociedade civil

• Entrega: eventos presenciais fora e dentro do Brasil (A Presidência Brasileira e


Sociedade Civil Brasileira, Reforma da Governança Global, Dívida Externa, Tributa-
ção, 25 anos do G20).

• Metodologia: mesas com membros do governo brasileiro, representantes de


organismos internacionais e da sociedade civil. Intervenções curtas seguidas
de bloco de perguntas e respostas com público.

• Resultado: debates formativos e interativos que aprofundaram a transparência e


permitiram que os membros do governo escutassem recomendações e deman-
das da sociedade civil.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 17

Metodologia 2: Eventos virtuais com abertura de palestrantes e intervenções da sociedade


civil (mediante inscrições de Policy Briefs)

• Entrega: evento on-line com transmissão simultânea no Youtube (Desigualdaldes


e Economia Global).

• Metodologia: duas sessões. Falas introdutórias de palestrantes em cada sessão,


seguidas de falas de quinze organizações da sociedade civil global. A seleção das
organizações da sociedade civil as quais fariam as intervenções ocorreu me-
diante uma chamada de Policy Briefs. O objetivo foi ouvir especialistas no tema e
garantir espaço de fala para os grupos de engajamentos e outras organizações
sociais que pudessem contribuir com seus conhecimentos acumulados e reco-
mendações sobre o tema.

• Policy Briefs: a sociedade civil global pôde se inscrever apresentando sua


análise sobre a desigualdade na economia global e até três propostas/
alternativas políticas de combate às desigualdades.

• Resultado: 30 propostas selecionadas entre 70 Policy Briefs recebidos, garantin-


do quinze intervenções em cada sessão. Houve uma grande diversidade regional
e de segmentos sociais (mulheres, cidade, campo, juventude etc.). Policy Briefs e
Síntese de 10 políticas de combate desigualdades, documentos publicados nas
mídias sociais do G20 e do MF.

Metodologia 3: Encontro presencial com declaração final da sociedade civil


entregue às autoridades

• Entrega: encontro presencial de um dia e meio (Reunião da Sociedade Civil


sobre Tributação Internacional e G20).

• Metodologia: quatro mesas de debates, com organizações da sociedade civil


que fazem advocacy sobre o tema do evento e membros do governo brasileiro
que estavam à frente das negociações.

• Comitê organizador: a programação e a metodologia do encontro foram


organizadas pela equipe do G20 Social da Trilha de Finanças e pelo Comitê
Organizador da Sociedade Civil (10 entidades nacionais e internacionais).
O Comitê contribuiu com a construção da programação (formato, meto-
dologia e palestrantes) e redigiu uma Declaração com Recomendações da
Sociedade Civil sobre Tributação Internacional que foi entregue a Fernando
Haddad, Ministro da Fazenda do Brasil.

• Resultado: o encontro aconteceu paralelamente ao Simpósio das autoridades de


tributação dos países do G20. Na cerimônia de encerramento de ambos os eventos,
ocorreu a entrega da Declaração Final da Sociedade Civil com 11 recomendações
para cooperação em tributação internacional ao ministro Fernando Haddad. Esta
cerimônia ocorreu no local do Simpósio, com participação do público dos encontros.
18 | G20 BRASIL 2024

Metodologia 4: Encontro on-line com convites endereçados às organizações sociais e polí-


ticas envolvidas diretamente no tema

• Entrega: evento on-line sobre Transição Justa com transmissão simultânea no


Youtube.

• Metodologia: duas sessões de duas horas. Em cada sessão, foram convidados 15


representantes da sociedade civil para apresentarem suas perspectivas e pontos
de vista, a partir da posição/instituição que ocupam e participam. Buscou-se
trazer os diferentes atores que lidam com o tema. Aproveitou-se a oportunidade
para apresentar relatórios de organizações internacionais que foram entregues
para o grupo de trabalho e, na ocasião, puderam ser divulgados e colocados em
debate com a sociedade civil.

• Resultado: dar acesso, à sociedade civil, ao conteúdo desses documentos, como


uma forma de transparência e ampliação do debate. E, ao mesmo tempo, ouvir
de organizações da sociedade civil as reações e as perspectivas próprias sobre
esse tema.

Metodologia 5: Sessão dos grupos de engajamento na Reunião de Deputies da Trilha


de Finanças

• Entrega: realização de um encontro formal entre os grupos de engajamento e os


vice-ministros das Finanças e dos Bancos Centrais para apresentação de propos-
tas e recomendações ligadas às prioridades da Trilha de Finanças em 2024.

• Metodologia: entrega de documentos com recomendações e propostas dos


grupos de engajamento resumidas em uma página (One Pager), 15 dias antes da
reunião. Produção de um arquivo com 13 documentos dos grupos de engaja-
mento, mais um documento do Conselho de Desenvolvimento Social e Sustentá-
vel do Brasil e do Favelas 20 (F20), que foi encaminhado para as delegações dos
Estados-membros, países convidados e organizações internacionais.

Realização de uma sessão de 3 horas na IV Reunião de Deputies das Finanças e Bancos


Centrais do G20, em julho de 2024, que se dividiu em: 4 minutos para 15 representan-
tes da sociedade civil e 3 minutos para estados-membros e 2 minutos para estados
-convidados.

• Resultado: garantia de um espaço formal para diálogo dos grupos de engaja-


mento com os delegados do G20, em julho de 2024, criando possibilidade de
influência nos documentos finais e nas negociações da Trilha de Finanças do G20.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 19

Metodologia 6: Participação dos representantes da Trilha de Finanças nas reuniões dos


grupos de engajamento

• Entrega: participação ativa dos Coordenadores da Trilha de Finanças, dos Grupos


de Trabalho e da equipe do G20 Social nos encontros e nos debates dos grupos
de engajamento.

• Metodologia: atendendo a convites dos grupos de engajamento, os represen-


tantes da Trilha de Finanças realizaram intervenções em mesas ou sessões de
debate dos grupos de engajamento, apresentando os temas e as prioridades que
estavam no centro das reuniões e negociações oficiais do G20, ou reagindo às
demandas e propostas elaboradas pelos grupos de engajamento.

• Resultado: canal de interação entre a Trilha de Finanças e os grupos de engaja-


mento. Aumento da transparência e legitimidade das negociações do G20.

Em suma, a pluralidade de formatos dos eventos e dos temas tratados pelo G20 Social na
Trilha de Finanças mostrou que há diversas metodologias possíveis visando criar interação
entre a sociedade civil e os representantes de governo. Esse processo tem uma riqueza de
aprendizado e, como não há uma fórmula, aprende-se fazendo, testando, aprendendo, re-
vendo e construindo coletivamente. A democracia é algo vivo e seus mecanismos podem
ser sempre aprimorados e revisitados.
20 | G20 BRASIL 2024

G20 Social na Trilha de Finanças: uma inovação política no Ministério da Fazenda

O Grupo das 20 maiores economias do mundo foi criado em 1999 para buscar soluções
e novos consensos para os enfrentamentos de crises econômicas e financeiras e ampliar
a coordenação internacional para garantir crescimento econômico. É comum que esses
temas tratados pelos Ministérios da Economia (ou da Fazenda como chamamos no Brasil)
e Bancos Centrais pareçam distantes e alheios ao cidadão comum. Afinal de contas, são te-
mas técnicos e espinhosos! Essa é uma distorção de análise e compreensão política comum
entre os estudiosos de relações internacionais, diplomatas e políticos desta área.

A economia global, suas dinâmicas e crises têm impacto direto sobre a vida dos cidadãos
e cidadãs. Um fórum que pretende desenhar os rumos e as alternativas para as diferentes
esferas das finanças e da economia política internacional precisa estar conectado às deman-
das e às realidades sociais. Assim como a política doméstica que almeja ser democrática, os
organismos e fóruns multilaterais precisam contar com a participação social nos seus pro-
cessos decisórios para ouvir aqueles que são mais afetados pelas crises econômicas, sociais
e ambientais e pelos projetos de desenvolvimento e políticas públicas e iniciativas globais.

Na Trilha de Finanças, o núcleo duro do G20, os debates e temas foram historicamente


tratados de maneira distante da sociedade civil. Na presidência brasileira desse ano, bus-
cou-se uma inovação política: organizar o G20 Social na Trilha de Finanças. A iniciativa do
G20 Social partiu de uma vontade do Presidente Lula de aprofundar a participação social
no Fórum. O MF destacou uma equipe para ser o canal de interlocução entre a sociedade
civil e a Trilha de Finanças. O entendimento foi que, por trás de um debate aparentemente
técnico, há interesses políticos conflitantes e diferentes visões de mundo. As diretrizes
econômicas nacionais e globais são definidas por diferentes orientações que produzem
efeitos distintos sobre a distribuição da riqueza produzida. A sociedade civil organizada
tem formulações e demandas claras sobre várias das agendas debatidas no âmbito da
Trilha de Finanças do G20, tais como tributação internacional, políticas de combate às
desigualdades, financiamento para transição justa, soluções para dívidas soberanas e re-
forma da governança global.

As posições da sociedade civil podem ajudar os negociadores a tomarem decisões mais


progressistas e avançadas quanto a uma economia mais justa e equitativa. Um exemplo dis-
so apresenta-se em resultado de pesquisa realizada pela Earth4All, revelando que 68% dos
cidadãos e das cidadãs dos países do G20 apoiam um imposto sobre a riqueza dos grandes
bilionários como uma forma de financiar políticas para mudanças na economia. A agenda
de cooperação internacional sobre tributação das grandes fortunas foi uma prioridade da
presidência brasileira que aprovou uma declaração de líderes sobre o tema.

Tatiana Berringer (Coordenadora-Geral do G20 Social na Trilha de Finanças)


G20 Brasil – Trilha de Finanças | 21

2. ATIVIDADES E PRINCIPAIS ENTREGAS

ENCONTROS ORGANIZADOS PELA EQUIPE DO G20 SOCIAL NA TRILHA


DE FINANÇAS (MINISTÉRIO DA FAZENDA)
Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira

Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira. Foto: Kelly Fersan/MF

Em 8 de fevereiro de 2024, foi realizado o primeiro evento organizado pela equipe do


G20 Social na Trilha de Finanças do Ministério da Fazenda. O evento ocorreu em São
Paulo, no Auditório da sede do Ministério na Avenida Paulista, tendo como público a
sociedade civil brasileira.

O encontro visou abrir um canal de diálogo com a equipe da Trilha de Finanças da presidên-
cia brasileira. O objetivo principal foi apresentar a estrutura da Trilha de Finanças do G20 e a
dinâmica dos seus grupos de trabalho e de suas demais iniciativas, ressaltando as priorida-
des da presidência brasileira.

Foram organizadas duas mesas com integrantes da equipe governamental destacados para
a construção do G20. Foram apresentados os conteúdos e as propostas dos Grupos de Tra-
balhos e das reuniões de Ministros e Chefes de Estado.

Durante a manhã, na mesa “G20 e a Presidência Brasileira”, Gustavo Westmann (Assessor In-
ternacional da Secretaria-Geral da Presidência da República e Coordenador do G20 Social),
Flávio Pazeto (Ministério das Relações Exteriores) e Tatiana Berringer (Ministério da Fazen-
da) apresentaram as prioridades da presidência brasileira para o G20. A mesa contou com a
mediação de Jéser Abílio (Ministério da Fazenda).
22 | G20 BRASIL 2024

A segunda mesa, “Prioridades da Trilha Financeira”, contou com a participação de Cynthia


Azevedo (Banco Central), Felipe Antunes (Ministério da Fazenda), Lucas Tasquetto (Minis-
tério da Fazenda) e Laís Souza (Ministério da Fazenda), com mediação de Juliana Santos
(Ministério da Fazenda).

Em ambas as sessões, ocorreu um momento de perguntas e respostas após a exposição dos


palestrantes, com reflexões e proposições de diversas entidades da sociedade civil sobre os
desafios e as potencialidades para participação social no G20.

A mesa de encerramento foi composta por Alexandre Pupo (Assessor Especial da Presidên-
cia da República), Fabrício Prado (Chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade
do Ministério das Relações Exteriores), Antonio Freitas (Subsecretário de Finanças Interna-
cionais e Cooperação Econômica), Lígia Toneto (Assessora da Secretaria de Políticas Econô-
micas), Tatiana Berringer e Felipe Antunes.

Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira. Foto: Kelly Fersan/MF


G20 Brasil – Trilha de Finanças | 23

Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira. Foto: Kelly Fersan/MF

Sociedade Civil e o G20 na Presidência Brasileira. Foto: Kelly Fersan/MF

Mais informações:

https://www.gov.br/secretariageral/pt-br/noticias/2024/fevereiro/governo-federal-pro-
move-encontro-da-trilha-de-financas-do-g20-e-do-g20-social-com-representantes-da-
-sociedade-civil-brasileira

Vídeos:
G20 e a Presidência Brasileira: https://www.youtube.com/watch?v=viOdzao15xs
Prioridades da Trilha Financeira: https://www.youtube.com/watch?v=uIDlG-arJ_4
Encerramento: https://www.youtube.com/watch?v=NKlIPNljtcQ
24 | G20 BRASIL 2024

Desigualdade e Tributação – uma Perspectiva Internacional

Desigualdade e Tributação – uma Perspectiva Internacional.


Foto: Tatiana Berringer/Equipe G20 Social

Este evento foi organizado às margens da 1ª Reunião de Ministros da Fazenda e Presi-


dentes do Banco Central do G20, no fim de fevereiro de 2024, em São Paulo. Em parceria
com a Open Society Foundation, o debate foi realizado no dia 29 de fevereiro de 2024, na
sede do Ministério da Fazenda, na Avenida Paulista. A mesa teve participação de Gui-
lherme Mello (Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda — SPE/MF);
Gabriel Zucman (Diretor do Observatório Fiscal da União Europeia e membro da Co-
missão Independente para a Reforma da Taxação Corporativa Internacional — ICRICT);
Laura Carvalho (Diretora Global de Equidade da Open Society Foundations); e Nathalie
Beghin (Diretora do Instituto de Estudos Socioeconômicos — INESC e Coordenadora da
Rede Brasileira de Integração dos Povos — REBRIP). O objetivo principal foi apresentar
para a sociedade civil a proposta sobre tributação dos super-ricos que o Professor Ga-
briel Zucman apresentou na reunião ministerial da Trilha de Finanças.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 25

Economia Global e Desigualdades

Em 7 de março de 2024, a equipe do G20 Social na Trilha de Finanças realizou a primeira re-
união com a sociedade civil global. A reunião ocorreu na modalidade virtual e contou com a
participação de 26 representantes da sociedade civil de diferentes países. Essas representa-
ções realizaram intervenções, após falas de abertura feitas por intelectuais ou pesquisadores
em cada uma das mesas. Para seleção das organizações que realizariam intervenções, estas
submeteram Policy briefs sobre os temas.

A mesa de abertura foi composta por Antonio Freitas, Júlia Braga (Subsecretária de Acompa-
nhamento Macroeconômico e de Políticas Comerciais) e Tatiana Berringer.

Na primeira mesa redonda, intitulada “Economia global e desigualdades”, foram key-note spea-
kers Amitabh Behar (Diretor Interino Executivo da Oxfam Internacional); Jurema Werneck (Di-
retora da Anistia Internacional Brasil) e Laura Carvalho. A mesa foi mediada por Mariana Davi
(Ministério da Fazenda).

Já a mesa “G20 e o Combate à fome, à pobreza e às desigualdades” foi mediada por Tatiana
Berringer e contou com as falas de Adhemar Ribeiro (membro da Associação Brasileira de Eco-
nomistas pela Democracia); Renato Godinho (Coordenador da Força-Tarefa da Aliança Global
contra a Fome e a Pobreza); além de Stephen Devereux (Pesquisador no Instituto de Estudos
de Desenvolvimento).

A chamada ampla para a sociedade civil submeter Policy Briefs com propostas de políticas de
combate às desigualdades foi uma metodologia utilizada para garantir participação abran-
gente e profunda, ainda que virtual. Foram recebidos 70 Policy Briefs e 30 foram selecionados
— quinze para cada uma das sessões.
26 | G20 BRASIL 2024

Foto: Jéser Abílio/MF

Foto: Jéser Abílio/MF

Foto: Jéser Abílio/MF


G20 Brasil – Trilha de Finanças | 27

Mais informações:

https://g20.gov.br/pt-br/noticias/sociedade-civil-internacional-debate-
desigualdades-junto-a-trilha-de-financas-do-g20

Vídeos:
• Abertura: A sociedade civil e a presidência brasileira no G20:
http://youtu.be/-r2UaeuEbI0

• Economia global e desigualdades:


http://youtu.be/KhP5CaGLfmM

• O G20 e o combate à fome, à pobreza e às desigualdades:


http://youtu.be/LMl5uuXM7Ok

• Open session: Civil Society and the G20 in the Brazilian Presidency:
http://youtu.be/YzCw4JEyXug

• Global Economy and Inequalities: http://youtu.be/KLi_OEa9t30

• G20 and the Fight against Hunger, Poverty and Inequalities:


http://youtu.be/lRDpiyh-3Sg

Ten Proposals to Fight Global Inequalities:


https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/ten_
proposals_global_inequalities_v2.pdf

Policy Briefs da Reunião “Economia Global e Desigualdades”:


https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/policy_
briefs_g20_social_nota01_v2.pdf
28 | G20 BRASIL 2024

Foto: Audiovisual/G20

Presidência Brasileira do G20: Prioridades e Desafios da Trilha de Finanças

Em 15 de abril de 2024, representantes do MF participaram, presencialmente, de um en-


contro com a sociedade civil, na Open Society Foundations em Washington D.C., Estados
Unidos. O evento foi organizado pelo G20 Social na Trilha de Finanças em conjunto com
o Bretton Woods Project e contou com a participação de Marcos Vinicius Chiliato (repre-
sentante do Brasil na diretoria do Banco Mundial), Antonio Freitas, Tatiana Berringer, Patrí-
cia Miranda (Diretora de Advocacy Global da rede Latindadd) e Iolanda Fresnillo (Eurodad).
O encontro teve como objetivo apresentar as prioridades e os desafios da presidência brasilei-
ra do G20 na Trilha de Finanças e ouvir a perspectiva das organizações da sociedade civil que
compuseram a mesa, além de haver um momento de perguntas e respostas.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 29

Presidência Brasileira do G20 e Tributação Internacional

Este evento foi realizado em 18 de abril de 2024, em parceria com o Independent Commission
for the Reform of International Corporate Taxation (ICRICT), em Washington D.C. Palestraram
Gabriel Zucman (ICRICT) e Guilherme Mello, com mediação de Tatiana Berringer. Também
houve a participação de Shari Spiegel (UN-DESA), Iyabo Masha (G24), José Antonio Ocampo
(PTLAC) e Patrick Olomo (União Africana). O encontro teve como objetivo levar ao debate
público as propostas da presidência brasileira do G20 no que tange à tributação internacio-
nal. Nesta ocasião, foi possível estabelecer um diálogo com organizações da sociedade civil,
especialmente as que atuam com os temas de clima, de dívida e de tributação internacional
que estavam presentes em Washington por ocasião das reuniões de primavera do FMI e do
Banco Mundial.

Presidência Brasileira
do G20 e Tributação
Internacional.
Foto: Diego Llumá

Presidência Brasileira
do G20 e Tributação
Internacional.
Foto: Diego Llumá
30 | G20 BRASIL 2024

Reunião da Sociedade Civil sobre o G20 e a Tributação Internacional

Este foi o primeiro evento presencial no Brasil organizado pela G20 Social na Trilha de Fi-
nanças e contou com participação da sociedade civil global. A reunião ocorreu nos dias 22
e 23 de maio de 2024, no Memorial Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília (UnB), com
cerca de 200 participantes representando mais de 40 entidades de 22 países. A elaboração
da programação foi feita em diálogo com a equipe do G20 Social da Trilha de Finanças e
o Comitê Internacional da Sociedade Civil para o tema. O objetivo da Reunião foi a ampla
construção de debates sobre os principais pontos da agenda de cooperação em tributação
internacional. Mais de 50 organizações da sociedade civil global assinaram uma Declaração
que foi entregue ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A reunião teve quatro mesas, além da sessão de abertura. Participaram da mesa de aber-
tura Keiti Gomes (Assessora Especial do Ministro Fernando Haddad); Tatiana Berringer,
Antonio Jorge da Rocha (Diretor do Instituto de Relações Internacionais da UnB) e Alejan-
dro Llach (ICRICT).

A primeira mesa destacou o papel do G20 como fórum mobilizador das ideias em torno
da temática de tributação e contou com Antonio Freitas; Maria Emília Mamberti (Center
for Economic and Social Rights); Antonio Lisboa (Central Única dos Trabalhadores — CUT
e presidente do Labour 20 — L20); Mark Mutumba (The Southern and Eastern Africa Trade
Information and Negotiations Institute) e Adrian Falco (Red Latinoamericana por Justicia Eco-
nómica y Social).

A segunda mesa destacou a tributação da riqueza como questão transversal de justiça eco-
nômica e fiscal. Participaram Gabriel Zucman (ICRICT); Ana Botega (Consultora do PNUD
para o Ministério da Fazenda); Isabela Callegari (Rebrip); Maitê Gauto (OXFAM Brasil) e Cláu-
dio Fernandes (Gestos e C20). A mesa foi moderada por Alejandro Rodriguez.

A terceira mesa, moderada por Nathalie Beghin (INESC), abordou a relação entre a socieda-
de civil e a construção da agenda de cooperação em tributação internacional. Contribuí-
ram com falas Chileshe Mange (Tax Justice Network — TJN); Gabriel Canasti (Public Services
International) e Luiza Nassif (Centro de Pesquisas em Macroeconomia das Desigualdades
– MADE/USP).

A última mesa tratou da agenda de tributação internacional no G20, debatendo as ini-


ciativas da presidência brasileira. Para tratar das potencialidades e dos desafios, a mesa
foi composta por dois membros do governo brasileiro, Felipe Antunes (SAIN-MF) e João
Paulo Martins Silva (Receita Federal), além de Livi Gerbase (CICTAR) Sergio Chaparro (TJN)
e Laura Carvalho.

Por fim, a sociedade civil global entregou a Declaração com 11 recomendações sobre tribu-
tação internacional para o Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad. Este documen-
to foi apresentado a ele no dia 23 de maio, durante o Simpósio de Tributação Internacional.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 31

Reunião da Sociedade Civil sobre o G20 e a Tributação Internacional.


Foto: Diogo Zacarias/MF
32 | G20 BRASIL 2024

Reunião da Sociedade
Civil sobre o G20
e a Tributação
Internacional.
Foto: Luis Gustavo
Prado

Reunião da Sociedade
Civil sobre o G20
e a Tributação
Internacional.
Foto: André Corrêa/MF

Reunião da Sociedade
Civil sobre o G20
e a Tributação
Internacional.
Foto: Jéser Abílio/MF
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 33

Mais informações: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/


maio/evento-do-g20-social-na-trilha-de-financas-discute-tributacao-internacional
e https://g20.gov.br/pt-br/noticias/sociedade-civil-entrega-recomendacoes-sobre-
tributacao-internacional-ao-g20

Recomendações da Sociedade civil sobre Tributação Internacional


para os Ministros das Finanças do G20: https://inesc.org.br/wp-content/
uploads/2024/05/g20-recommendations-on-international-taxation.pdf?x69356

Finanças para uma Transição Justa: Reunião do G20 e da Sociedade Civil

A realização desta reunião seguiu as prioridades definidas no início da presidência brasileira


do G20 na Trilha de Finanças. Realizado no dia 26 de junho de 2024, esse encontro teve o
objetivo de debater promoção de ações para uma transição justa e a importância de fundos
ambientais e climáticos nesse processo.

A mesa de abertura teve a participação de Ivan Oliveira (Subsecretário de Financiamento ao


Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda e coordenador do GT de Finanças
Sustentáveis do G20) e de Mariana Davi.

A primeira sessão, com mediação de Lucas Tasquetto (Ministério da Fazenda), abordou


os custos de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas, assim como a facilitação
do acesso a fundos internacionais. A sessão foi desenvolvida a partir de intervenções de
diferentes organizações da sociedade civil global engajadas com o tema, que trouxeram
suas contribuições para o debate. Foram convidados Green Climate Fund (CGF), Climate
Investment Fund (GIF), Global Environment Facility (GEF) e Adaptation Fund (AF), membros
dos observatórios e monitoramento dos fundos, redes e organizações não governamentais
e movimentos de base que são beneficiados por recursos desses fundos. A ideia foi montar
a cadeia de distribuição de uso dos recursos a partir da sociedade civil para ouvir as pers-
pectivas de cada organização nesta cadeia. Participaram representantes do Greenpeace, da
Women’s Environment & Development Organization, entre outras organizações.

Na segunda mesa, trouxemos relatórios da CEPAL, da OIT e do PNUD sobre transição que fo-
ram apresentados no Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis como resultado de uma
das prioridades deste grupo. A sessão foi mediada por Daniela Farias (Ministério da Fazenda)
e debateu a transição justa e as perspectivas da sociedade civil. As falas das organizações
consideraram a desigualdade social e os impactos das mudanças climáticas em diferentes
países e grupos sociais. Contribuíram com intervenções representantes da Via Campesina,
da Plataforma Cipó, do G20 for Impact, entre outros.
34 | G20 BRASIL 2024

Finanças para uma


Transição Justa:
Reunião do G20 e da
Sociedade Civil

Mais informações: https://g20.gov.br/pt-br/noticias/sociedade-civil-


internacional-debate-fundos-verdes-e-transicao-justa-com-a-trilha-de-financas

Vídeos:
• Abertura: Fundos ambientais e climáticos globais e sociedade civil:
http://youtu.be/xAqXsUoY_o4

• Just transition and civil society perspectives: http://youtu.be/piClGWCWCw


G20 Brasil – Trilha de Finanças | 35

Sessão do G20 Social na 4ª Reunião de Vice-Ministros de Fazenda e


Vice-Presidentes de Bancos Centrais do G20

Em uma sessão no Rio de Janeiro, no dia 22 de julho de 2024, representantes dos grupos
de engajamento do G20 apresentaram aos deputies de Finanças do G20 recomendações
focadas no financiamento sustentável, no combate às mudanças climáticas, nas reforma
dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e na criação de padrões para a tributação
internacional.

Antes da sessão, os Estados-membros, países convidados e organizações internacionais


convidadas da Trilha de Finanças receberam as propostas dos 13 grupos de engajamento.
Durante a sessão, cada grupo apresentou suas prioridades e, em seguida, os deputies fize-
ram suas intervenções destacando a importância de temas como a questão de gênero, de
educação, de infraestrutura e do papel dos oceanos.

A sessão permitiu um encontro inédito entre os representantes da sociedade civil e os ne-


gociadores da Trilha de Finanças.

Sessão do G20 Social na 4ª Reunião FCBD. Foto: Johnny Santos

Mais informações: https://g20.gov.br/pt-br/noticias/sociedade-civil-


internacional-debate-fundos-verdes-e-transicao-justa-com-a-trilha-de-financas
36 | G20 BRASIL 2024

Impulsionando Esforços Globais para Acabar com a Pobreza e a Fome:


AID21 e Aliança Global contra a Fome

A Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), parte do Banco Mundial, realiza


a cada três anos uma reunião entre representantes dos governos doadores da AID e dos
países clientes para repor os recursos da AID e rever seu quadro de políticas. Com o tema
“Erradicar a pobreza em um planeta habitável: gerar impacto com urgência e ambição”, a
AID resolveu realizar um encontro para impulsionar recursos para a Aliança Global contra
a Fome e a Pobreza. O G20 Social auxiliou na organização do evento e na convocação
da sociedade civil brasileira. O Ministério da Fazenda foi representado por Thiago Lima
(Coordenador de Projeto).

IDA21 e a Aliança
Global contra a
Fome e a Pobreza.
Foto: Carolina Machado
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 37

Trilha de Finanças do G20 e as Mulheres: A Busca pela Igualdade e Empodera-


mento das Mulheres para a Construção de um Mundo Justo e Sustentável

A equipe do G20 Social na Trilha de Finanças organizou junto ao Ministério das Mulheres
do Brasil o evento paralelo que foi realizado no dia 18 de setembro de 2024. Trata-se de um
evento oficial da Trilha de Finanças, com participação dos deputies de Finanças do G20.

O evento representou um marco importante na colaboração entre o recém-criado Grupo


de Trabalho de Empoderamento das Mulheres, no âmbito da Trilha de Sherpas, e a Trilha de
Finanças. O principal objetivo foi facilitar uma discussão abrangente e inclusiva para iden-
tificar a natureza transversal da igualdade de gênero nos temas dos Grupos de Trabalho
da Trilha de Finanças. A discussão ressaltou o papel fundamental do empoderamento das
mulheres na construção de um mundo justo e de um planeta sustentável. Na abertura, que
contou com pronunciamento da Sra. Rosângela Lula da Silva (Primeira-Dama do Brasil), dis-
cursaram a Embaixadora Tatiana Rosito (Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério
da Fazenda e Coordenadora da Trilha de Finanças do G20), e Maria Helena Guarezi (Secreta-
ria Executiva do Ministério das Mulheres e chair do Grupo de Trabalho de Empoderamento
das Mulheres). Após as falas de abertura, os países-membros, convidados e organizações
internacionais convidadas realizaram intervenções.

A autonomia econômica das mulheres foi identificada como uma prioridade central no
desenvolvimento da agenda desse Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres e
impulsionou a construção desse evento, subsidiado pela elaboração de uma Issues Note dis-
tribuída dias antes do evento aos delegados e delegadas da Trilha de Finanças.

Mais informações: https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-


conteudos/noticias/2024/setembro/g20-trilha-de-financas-e-grupo-
de-empoderamento-de-mulheres-reunem-mais-de-150-autoridades-e-
convidados-para-debate-sobre-mulheres-e-economia
38 | G20 BRASIL 2024

O G20 e a Reforma da Governança Global

Com a centralidade das atividades que ocorrem às margens da Cúpula do Futuro e da


Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), no mês de setembro de 2024, definiu-se a
organização do evento paralelo sobre o tema da reforma da governança global, em Nova
Iorque (EUA). O encontro foi realizado em parceria com o International Peace Institute (IPI).

O objetivo foi dialogar com a sociedade civil global sobre os principais desafios da reforma
da governança global, uma das prioridades elencadas pelo Presidente Lula para a presidên-
cia brasileira do G20. A mesa foi integrada pela Cristina Duarte (Subsecretária-Geral e As-
sessora Especial da África do Escritório de Representação da África da ONU); Bruno Saraiva
(Diretor Executivo Adjunto do Escritório do Brasil no Fundo Monetário Internacional — FMI);
Flávio Luís Pazeto (Coordenação-Geral do G20 no Ministério das Relações Exteriores); Karin
Costa Vazquez (Ministério da Fazenda) e Jeroo Billimoria (One Family Foundation/Catalyst
2030). A moderação da mesa foi feita por Tatiana Berringer.

Os palestrantes discutiram as diferentes vias de reforma da estrutura da governança global,


com foco na arquitetura financeira internacional. Foram expostas as estratégias de revisão
de quotas do FMI, o roteiro para tornar os bancos multilaterais melhores, maiores e mais
efetivos, o aumento da representatividade e da liderança de mulheres nos conselhos e pre-
sidência das instituições financeiras internacionais e os desafios colocados para a participa-
ção da sociedade civil nos processos de decisão das finanças globais.

O G20 e a Reforma da Governança Global. Foto: Equipe/MF

O G20 e a Reforma da
Governança Global.
Foto: Equipe/MF
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 39

Evento Paralelo do G20 Social na Trilha de Finanças nas Reuniões Anuais


de 2024 do FMI e do Banco Mundial

A Presidência Brasileira do G20, no âmbito do G20 Social na Trilha de Finanças, realizou


um evento paralelo com três painéis em Washington D.C. O objetivo do evento foi reunir
parceiros da sociedade civil global para discutir as prioridades da Presidência Brasileira do
G20 e apresentar alguns dos resultados alcançados na Trilha de Finanças. O evento con-
tou com, aproximadamente, 70 representantes da sociedade civil e ocorreu no auditório
da Open Society Foundations, no dia 21 de outubro. As discussões focaram nos desafios
enfrentados ao longo dos 25 anos de história do G20 no contexto atual de policrise, na
tributação dos super-ricos e na dívida soberana.

25 Anos de G20: E Agora? Mesa 1 nas Reuniões Anuais. Foto: Uolli Briotto

Trilha de Finanças do G20 e o Caminho a Mesa 2 nas Reuniões Anuais. Foto: Uolli Briotto
Seguir para Taxar os Ultra-Ricos
40 | G20 BRASIL 2024

G20, Dívida Soberana e Desafios de Mesa 3 nas Reuniões Anuais. Foto: Uolli Briotto
Desenvolvimento

Legados da Presidência na Trilha de Finanças: G20 Social e África

Este evento foi realizado no dia 15 de no-


vembro de 2024, no âmbito da Cúpula Social
do G20. Nele, foram apresentadas duas ini-
ciativas da Trilha de Finanças do G20 na pre-
sidência brasileira em 2024: o G20 Social e a
agenda sobre África. Foram compartilhados
aprendizados e experiências sobre a partici-
pação social, por meio da apresentação do
“Relatório de Atividades do G20 Social na
Trilha de Finanças”, e as iniciativas da presi-
dência brasileira para promoção da agenda
africana na Trilha de Finanças. O objetivo foi
compartilhar iniciativas, visando à constru-
ção de um legado para as próximas presi-
dências do G20.
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 41

GALERIA DE FOTOS

PARTICIPAÇÃO EM OUTROS ENCONTROS DO G20 SOCIAL

Sessão do G20 Social na Trilha Sherpas. Foto: Audiovisual G20

Encontro Ampliado do G20 Social. Lançamento da Cúpula do G20 Social no Fórum


Foto: Vinicius Reis/Ascom/SGPR Interconselhos. Foto: Audiovisual G20

Encontro Preparatório do G20 Social. Encontro Preparatório do G20 Social.


Foto: Audiovisual G20 Foto: Audiovisual G20
42 | G20 BRASIL 2024

GALERIA DE FOTOS

PARTICIPAÇÃO EM ENCONTROS DOS GRUPOS DE ENGAJAMENTO E DE


ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

Reunião Intermediária do C20 Conferência T20 Brasil

Diálogo de Convergências entre T20 e C20 — Cúpula do Y20


Lançamento da Declaração Conjunta
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 43

Acabar com a Carga da Dívida: recuperar os Direitos Panorama do Combate À Fome no G20:
das Mulheres e das Meninas Diálogos a partir da Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional

Fórum Inter-religioso do G20 2024 Embaixadora Tatiana Rosito na


Conferência Intermediária do T20

Entrega de Petição da Oxfam em Apoio à Taxação dos Super-Ricos


44 | G20 BRASIL 2024

Lançamento dos Policy Briefs com Recomendações do Favela 20 (F20). Foto: Hector Santos

Oficina de Lançamento da Sociedade Civil do G20 na Oficina de Transferência da Presidência do G20


África do Sul. Foto: Uolli Briotto
G20 Brasil – Trilha de Finanças | 45

Diálogo de Política Regional sobre “construção de colaborações Cúpula do T20 Brasil


Mais Fortes dos Setores Público e Filantrópico para o
Desenvolvimento Inclusivo de Longo Prazo”

Cúpula do C20 Painel “Da América Latina à Discussão Global: Conectando


às vozes das Favelas e Perifeiras” na Cúpula Social do G20.
Foto: Max Chagas/Confluência Nacional das Favelas

Painel “Diminuindo a Desigualdade de Riqueza: Caminhos para um Desenvolvimento


Estratégias para Tributar os Super-Ricos, do G20 Verde e Equitativo
à América Latina e África” na Cúpula Social do G20
Este exemplar é parte do nosso compromisso com a responsabilidade
ambiental. Cada página foi impressa em papel proveniente de fontes
responsáveis, refletindo nosso cuidado em preservar os recursos naturais
e minimizar o impacto sobre o planeta. Edição limitada.

Você também pode gostar