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Subsídio Lição 09 Autenticidade e Julgamento Alheio 1tm 2025 Gratuito

O documento apresenta a FERRAMENTA EBD, um recurso para professores da Escola Dominical, destacando a importância de evitar julgamentos precipitados entre os irmãos na fé, conforme ensinado na Bíblia. A lição enfatiza a soberania de Deus como juiz, a necessidade de humildade e compaixão, e a importância de promover a unidade na igreja. Além disso, o texto aborda os perigos do julgamento baseado em informações incompletas e a influência do orgulho nas relações interpessoais.

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

Esboço Da Lição 09
Do 1º Trimestre
De 2025
Por Murilo Alencar

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SOBRE O ABRA A JAULA

O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia e
consuma os corações!

Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.

No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD
A VERDADEIRA RELIGIÃO
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago.

Domingo, 02 de março 2025

AUTENTICIDADE E JULGAMENTO ALHEIO

O QUE VAMOS ESTUDAR?

O ser humano tem a tendência de julgar precipitadamente os outros, muitas vezes sem conhecer
todos os fatos. Mas a Bíblia nos ensina que o verdadeiro juiz é Deus, que conhece os corações e julga
com justiça. Jesus advertiu sobre o perigo de olhar para os erros alheios enquanto ignoramos nossas
próprias falhas (Mt 7.1-5). Nesta lição, refletiremos sobre como evitar julgamentos precipitados, cultivar
a humildade e a compaixão, e confiar na soberania divina. Em vez de condenarmos, somos chamados
a amar, edificar e promover a unidade no corpo de Cristo.

TEXTO PRINCIPAL

Então por que você julga outro irmão? Por que o despreza? Lembre-se de que todos nós
compareceremos diante do tribunal de Deus (Rm 14.10 NVT).

Romanos 14 aborda questões de consciência e liberdade cristã dentro da igreja. Paulo trata das
divisões entre os cristãos "fortes" (que compreendem sua liberdade em Cristo) e os "fracos" (que ainda
observam certos costumes da Lei). Alguns julgavam seus irmãos por práticas secundárias, como
alimentação e a observância de dias sagrados (Rm 14.1-6).

O apóstolo ensina que o amor e a unidade devem prevalecer sobre disputas acerca de questões
não essenciais (Rm 14.13, 19).

Vamos analisar a estrutura do texto em questão:

"Mas tu, por que julgas teu irmão?"

• "Mas tu" – Paulo torna o questionamento pessoal, chamando a atenção do leitor.

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• "Por que julgas teu irmão?" – O verbo "julgar" (κρίνεις, kríneis) pode significar "condenar" ou
"desprezar". Aqui, a ideia é um juízo crítico e negativo contra um irmão na fé.

"Ou tu, também, por que desprezas teu irmão?"

• "Desprezas" (ἐξουθενεῖς, exoutheneís) significa "menosprezar, tratar com desdém".

• Paulo coloca o desprezo no mesmo nível do julgamento, mostrando que ambos são atitudes
erradas dentro da igreja.

"Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo."

• "Havemos de comparecer" (παραστησόμεθα, parastēsometha) significa "estar diante de" ou "ser


apresentados perante".

• "Tribunal de Cristo" (βήματος τοῦ Χριστοῦ, bēmatos tou Christou) – O "bema" era a plataforma
de julgamento usada pelos governantes romanos. Aqui, refere-se ao julgamento de Cristo sobre
os crentes, que será baseado em suas obras (2 Co 5.10).

Três verdades que podemos aplicar de imediato:

• Evite julgar desnecessariamente os irmãos. Se a questão não compromete o evangelho,


devemos priorizar a paz e a edificação (Rm 14.19).

• Tenha humildade e respeito dentro da igreja. Em vez de desprezar o irmão, devemos encorajá-
lo na fé (Hb 10.24-25).

• Lembre-se de que Cristo julgará todas as coisas. Cada um dará contas a Deus, então devemos
focar em nossa própria obediência ao Senhor.

RESUMO DA LIÇÃO

Deus, em sua soberania, é o único juiz com conhecimento perfeito e justiça imparcial.

Vamos desdobrar o resumo da lição em três partes:

• A soberania de Deus como Juiz. A Bíblia revela que Deus é o único juiz soberano, o que significa
que Ele possui a autoridade suprema para julgar todas as pessoas e todas as ações. Em Tiago
4.12, está escrito: "Há um só Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir; mas tu, quem
és, que julgas ao próximo?".

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• O conhecimento perfeito de Deus. Deus é onisciente, ou seja, Ele conhece todas as coisas,
incluindo os pensamentos, intenções e motivos do coração humano. O salmista afirma em
Salmo 139.1-4: "Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me
levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando caminho e quando
descanso; todos os meus caminhos te são conhecidos. Ainda a palavra me não chegou à língua,
e tu, Senhor, já a sabes toda." Ele não julga pela aparência ou por informações incompletas,
como nós, mas de acordo com um conhecimento perfeito e completo de tudo o que somos e
fazemos.

• Justiça imparcial de Deus. A justiça de Deus é perfeita e imparcial, diferentemente da justiça


humana, que muitas vezes é influenciada por preconceitos, limitações ou falta de conhecimento.
Em Deuteronômio 32.4, Moisés declara: " Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos
os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é." Ele julga de
maneira justa, sem parcialidade, porque Sua visão abrange todas as coisas, e Ele conhece todas
as circunstâncias e intenções envolvidas. Em Romanos 2.11, o apóstolo Paulo também reafirma
a imparcialidade de Deus ao julgar: "Porque para com Deus não há acepção de pessoas." Deus
não faz distinção entre pessoas em Seus julgamentos; Ele considera todos com a mesma
equidade, baseando-Se em Seus próprios padrões justos e imutáveis.

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I. A NATUREZA DO JULGAMENTO

1.1 Cuidado com a precipitação.

A LIÇÃO DIZ: Muitas vezes, julgamos precipitadamente uma pessoa, sem conhecer todos os fatos.
Esse julgamento pode nos levar a cometer injustiças. Por isso, Tiago aborda os efeitos maléficos dos
conflitos, disputas e do julgamento entre os irmãos.

O texto bíblico diz:

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Irmãos, não falem mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga o
seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se você julga a lei, não é observador
da lei, mas juiz. (Tg 4.11 NAA).

Tiago se dirige a seus leitores mui fraternalmente, como irmãos (cf. 1.2; 1.16; 2.1; 2.5; 2.14; 3.10;
5.7,9,10,12,19). Apesar de haver muitos problemas doutrinários e morais entre eles, nosso autor ainda
os considera como amados irmãos na fé em Cristo Jesus. Cristãos podem ainda cair em erros
grosseiros e comprometer a verdade do Evangelho. Daí a necessidade de pastores como Tiago para
corrigi-los e mostrar-lhes o caminho do Evangelho.

Tiago os adverte a que não falem mal uns dos outros. Que nossos inimigos falem mal de nós,
entende-se. Os pagãos costumavam falar mal dos cristãos, conforme lemos em Pedro: “… falam mal
de vós, como de malfeitores” (1Pe 2.12; 3.16). Mas irmãos falarem mal uns dos outros? Tal é a triste
realidade à qual o pecado reduziu a raça humana. Tiago começa com um apelo direto: "não faleis mal"
(katalaleō). O verbo grego implica mais do que uma simples crítica; trata-se de uma postura destrutiva,
que pode envolver fofocas, calúnias ou julgamentos injustos.

O que Tiago condena é o tipo de julgamento que se manifesta em fofoca, calúnia e desprezo pelo
irmão. Quando alguém fala mal do próximo sem o objetivo de corrigir em amor, está assumindo um
papel de juiz que pertence a Deus. Isso não significa que não devemos identificar o erro e corrigi-lo,
mas sim que a correção deve ser feita com humildade, baseando-se na Palavra e com o propósito de
restaurar.

Vamos ao subponto da lição:

O julgamento precipitado é quando uma pessoa tira conclusões ou faz acusações sem conhecer
todos os fatos, sem ouvir as partes envolvidas ou sem considerar o contexto completo. Esse tipo de
julgamento leva ações injustiças, condenação errada e divisão entre irmãos.

• Os Amigos de Jó – Julgamento baseado em aparências. Os amigos de Jó assumiram que ele


estava sofrendo porque havia pecado. Sem provas, eles o acusaram injustamente, mas Deus
os repreendeu por falarem sem conhecimento.

• Davi e Mefibosete – Julgamento sem ouvir as duas partes. Quando Davi fugia de Jerusalém,
Ziba, servo de Mefibosete, acusou seu senhor de traição. Sem ouvir Mefibosete, Davi acreditou
na mentira e tirou suas terras. 2 Samuel 16.3-4 – "Então disse o rei a Ziba: Eis que tudo o que
pertencia a Mefibosete é teu." Mais tarde, quando Davi descobriu a verdade, percebeu que havia
julgado injustamente.
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1.2 Falta de conhecimento.

A LIÇÃO DIZ: Somos limitados em nosso conhecimento. Por isso, quando julgamos os outros,
baseamo-nos geralmente em informações que muitas vezes podem estar incompletas ou erradas.

Julgar sem pleno conhecimento dos fatos é uma atitude perigosa e injusta. Como seres humanos,
nossa percepção é limitada e frequentemente distorcida por aparências, emoções e preconceitos.
Diferente de Deus, que conhece todas as coisas, nós temos uma visão parcial da realidade.

• O julgamento dos irmãos de Davi (1 Sm17.28). Quando Davi chegou ao campo de batalha para
levar mantimentos a seus irmãos, ele demonstrou interesse na luta contra Golias. Eliabe, seu
irmão mais velho, reagiu com desdém e o acusou injustamente: "Sei bem a presunção e a
maldade do teu coração; vieste apenas para ver a batalha." Eliabe julgou Davi precipitadamente,
atribuindo-lhe motivações egoístas e pecaminosas. No entanto, Davi não estava ali por
curiosidade, mas porque fora enviado por seu pai. Além disso, sua disposição em lutar contra
Golias foi um ato de fé em Deus, não de arrogância.

• O julgamento dos discípulos sobre o cego de nascença (Jo 9.1-3). Ao encontrarem um homem
que nascera cego, os discípulos perguntaram a Jesus: "Mestre, quem pecou, este ou seus pais,
para que nascesse cego?" (Jo 9.2). Eles assumiram que o sofrimento do homem era
consequência direta do pecado, baseando-se em um pensamento comum da época. No entanto,
Jesus corrigiu essa visão errada: "Nem ele pecou, nem seus pais, mas isso aconteceu para que
a obra de Deus se manifestasse na vida dele." (Jo 9.3).

• O julgamento de Paulo em Malta (Atos 28.3-6). Após sobreviver a um naufrágio, Paulo estava
na ilha de Malta e ajudava a acender uma fogueira quando uma cobra venenosa o mordeu. Os
habitantes da ilha imediatamente o julgaram, dizendo: "Certamente este homem é assassino;
pois, tendo escapado do mar, a Justiça não o deixa viver." (At 28.4). Esse episódio mostra como
julgamentos baseados em sinais externos podem ser completamente errados. A primeira
impressão nem sempre reflete a verdade.

1.3 Julgamento e orgulho.

A LIÇÃO DIZ: O julgamento humano é frequentemente influenciado pelo orgulho. Ao julgar os


outros, muitas vezes, nos consideramos melhores ou mais justos, ignorando nossos próprios defeitos
e falhas. O julgamento, como resultado do orgulho, não só nos prejudica espiritualmente, mas também
prejudica nossos relacionamentos. Ele cria divisões, ressentimentos e impede a verdadeira comunhão.

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O julgamento motivado pelo orgulho é aquele em que uma pessoa se considera superior aos outros
e, por isso, emite juízos precipitados e injustos. Esse tipo de julgamento não busca a verdade ou a
justiça, mas sim a exaltação própria, a desvalorização do próximo e, muitas vezes, a condenação sem
misericórdia.

• O Fariseu e o Publicano (Lc 18.9-14). Jesus contou a parábola de dois homens que foram ao
templo orar. O fariseu orou dizendo: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano." Esse fariseu julgou
o publicano com desprezo, baseado em seu próprio orgulho espiritual. Ele se via como justo e
superior, enquanto considerava o outro indigno. No entanto, Jesus deixou claro que Deus
aceitou a oração do publicano arrependido e rejeitou a do fariseu orgulhoso.

• Miriã e Arão contra Moisés (Nm 12.1-10). Miriã e Arão falaram contra Moisés por causa de sua
esposa cuxita, mas o verdadeiro motivo era o ciúme e o orgulho: "Será que o Senhor tem falado
apenas por meio de Moisés? Também não tem falado por meio de nós?" (Nm 12.2). Eles
julgaram Moisés e questionaram sua posição de liderança, não por uma preocupação legítima,
mas por orgulho e desejo de reconhecimento. Deus, no entanto, os repreendeu e puniu Miriã
com lepra, mostrando que Ele resiste aos soberbos.

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II. A SOBERANIA DE DEUS COMO ÚNICO JUIZ

2.1 Deus conhece tudo.

A LIÇÃO DIZ: Tiago 4.12 afirma: "Há um só Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu,
porém, quem és, que julgas a outrem?" Deus é o único que possui conhecimento perfeito (onisciência)
de todas as situações e das intenções dos corações humanos.

A onisciência é a capacidade de Deus de conhecer todas as coisas — passadas, presentes e futuras


— e de conhecer com precisão as intenções e motivações dos corações humanos. Enquanto os seres
humanos podem conhecer apenas parcialmente, baseados em percepções limitadas, Deus possui um

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conhecimento absoluto, que não se engana e não falha. Ele sabe tudo, incluindo o que não é visível
aos nossos olhos.

Um só é Legislador e Juiz, diz nosso apóstolo, numa referência óbvia a Deus. A palavra grega para
“Legislador” só ocorre aqui, em todo o Novo Testamento. Ela significa literalmente “alguém que
estabelece leis”. O termo veio a significar aquele que decide com base num sistema de leis sobre aquilo
que o povo deve fazer. Como único Legislador, Deus soberanamente estabelece as suas leis e por
meio delas julga os homens, pois além de legislador é também “juiz”, conforme acrescenta Tiago (cf.
Is 33.22: “o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador”).

Tiago ainda se refere a Deus como aquele que pode salvar e fazer perecer. Essas ações fazem
parte de seus atributos únicos de Legislador e juiz de todos. A salvação e a perdição aqui mencionadas
são referentes à alma das pessoas e têm a ver com seu destino eterno, o qual é decidido por Deus
com base no justo julgamento que faz das obras de todos, com base em suas leis.

É nesse contexto que a pergunta de Tiago ganha todo o seu significado e força: tu, porém, quem
és, que julgas o próximo? A pergunta é dirigida diretamente ao cristão que fala mal de outros e tem
como objetivo envergonhá-lo: quem ela pensa que é para julgar e condenar outros? Frequentemente
as Escrituras fazem esse tipo de pergunta para expor a arrogância humana: “Quem é este que escurece
os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” (Jó 38.2); “Quem és tu, ó homem, para discutires
com Deus?!” (Rm 9.20); “Quem és tu que julgas o servo alheio?” (Rm 14.4). É somente quando
perdemos a convicção de pecado, um espírito quebrantado e a consciência da nossa própria
pecaminosidade que arrogantemente nos colocamos sobre os outros, na posição de legisladores e
juízes. A pergunta de Tiago desperta a consciência de seus leitores para perceber a gravidade do
pecado que cometiam. Esse pecado não era nada menos do que tomar o lugar de Deus como supremo,
único e exclusivo Legislador e juiz de todos.

2.2 Justiça perfeita.

A LIÇÃO DIZ: Somente Deus é justo. Sua justiça é parte da Sua natureza santa, ao contrário do
ser humano que é imperfeito e injusto. Em Deuteronômio 32.4, Moisés nos diz que "Ele é a Rocha, cuja
obra é perfeita, porque todos os Seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça:
justo e reto é."

A justiça de Deus é um dos aspectos centrais de Sua natureza divina. Diferente da justiça humana,
que é falha e muitas vezes influenciada por interesses pessoais ou limitações cognitivas, a justiça divina

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é absoluta, imparcial e perfeitamente alinhada com a Sua santidade. Deus, sendo santo, age de
maneira justa em tudo o que faz, porque Sua própria essência é pura e sem falha.

A justiça de Deus não faz acepção de pessoas. Ele julga a todos com base na verdade, sem
favoritismos, preconceitos ou influências externas. Sua decisão é sempre justa, sem qualquer
preconceito.

2.3 Autoridade exclusiva.

A LIÇÃO DIZ: Deus possui autoridade exclusiva para julgar porque Ele é o Criador de todas as
coisas. Sua soberania abrange todo o universo e, por ser o Criador, tem direitos sobre as criaturas.
Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

A autoridade exclusiva de Deus para julgar é baseada no fato de que Ele é o Criador de todas as
coisas. Em Deuteronômio 10.14, lemos: "Ao Senhor teu Deus pertencem os céus e os céus dos céus,
a terra e tudo o que nela há." Deus, como Criador, tem total direito sobre toda a criação, incluindo a
humanidade, e, por isso, Ele é o único qualificado para julgar.

Além disso, a Bíblia afirma que Deus é soberano e, como tal, Sua autoridade de julgamento é
incontestável. Salmos 115.3 declara: "Nosso Deus está nos céus; tudo o que lhe apraz ele o faz." Deus,
em Sua soberania, tem controle sobre tudo o que acontece, o que lhe confere o direito exclusivo de
julgar.

Em Romanos 14.12, a Escritura nos ensina que "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus."
Ou seja, Deus, o Criador e Juiz, exigirá de cada pessoa uma prestação de contas de sua vida.

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III. A HUMILDADE E COMPREENSÃO ENTRE OS IRMÃOS

3.1 Evite criticar.

A LIÇÃO DIZ: Tiago nos aconselha a não falar mal uns dos outros (v. 11), e para que isso aconteça,
precisamos ter uma atitude de humildade com os nossos irmãos, reconhecendo nossas próprias

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falibilidades. Ao nos lembrar de que somos pecadores e que necessitamos da graça de Deus, nos
tornamos mais humildes e menos propensos a criticar e falar mal dos outros.

Julgar uma pessoa de forma precipitada e com base em informações incompletas é desonesto. Já
condenar o pecado é confrontar a prática errada com base na verdade de Deus, com o objetivo de
restaurar a pessoa, como em Gálatas 6.1, que fala sobre restaurar o irmão que caiu em pecado "com
espírito de mansidão" é caminho bíblico. A crítica destrutiva não visa a restauração, mas simplesmente
aponta falhas de forma negativa, enquanto a condenação do pecado visa levar à mudança e ao
arrependimento.

Vamos ilustrar essa verdade com exemplos:

• O exemplo de Natã e Davi (2 Sm 12.1-7).

a. Crítica: Natã não criticou Davi de maneira destrutiva, mas o confrontou com sabedoria e
clareza. Ele contou uma parábola sobre um homem rico que tomou a ovelha de um pobre e
usou essa história para mostrar a Davi seu pecado de adultério com Bate-Seba e o
assassinato de Urias.

b. Condenação do pecado: Natã confrontou o pecado de Davi, mas não o fez com críticas
destrutivas, e sim com a intenção de levar o rei ao arrependimento. Ele não condenou Davi
como pessoa, mas denunciou sua ação errada e deu espaço para Davi reconhecer e se
arrepender.

• A mulher adúltera (Jo 8.1-11).

a. Crítica: Os fariseus e mestres da lei estavam prontos para criticar e condenar a mulher
adúltera, buscando uma forma de pegá-la em falha e acusá-la diante de Jesus.

b. Condenação do pecado: Jesus, ao confrontar a situação, não fez uma crítica destrutiva, mas
ofereceu uma oportunidade para que ela se arrependesse. Ele disse: "Eu também não te
condeno; vai e não peques mais". Aqui, Jesus condena o pecado, mas oferece perdão e
restauração à mulher.

3.2 Ame.

A LIÇÃO DIZ: Quando você for criticar alguém, lembre-se da lei do amor de Deus (Mt 22.37-40) e
diga algo bom. Jesus ensina em Mateus 7.3-5 que devemos primeiro remover a trave do nosso próprio

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olho antes de tentar remover o cisco do olho do nosso irmão. Obedecer ao mandamento de amar ao
próximo implica falar e agir de maneira a edificar, e não a destruir.

A metáfora do "cisco no olho" nos mostra que, ao ajudar alguém, precisamos primeiramente refletir
sobre nossa própria situação. Se estamos cegos às nossas próprias falhas, podemos facilmente cair
na armadilha de criticar ou corrigir os outros de forma egoísta ou errada, sem a devida empatia.

Quando tratamos as falhas de alguém, devemos fazer isso com a intenção de edificar, não de
humilhar. Remover o cisco do olho do outro deve ser uma ação de amor, motivada pelo desejo de
restaurar a pessoa em vez de expô-la ou condená-la. A correção precisa ser feita com a mesma graça
que gostaríamos de receber de Deus, reconhecendo nossa própria imperfeição. Devemos, nessas
ocasiões, agir motivados pelo amor.

3.3 Seja misericordioso.

A LIÇÃO DIZ: Uma atitude de compreensão e misericórdia reflete o caráter de Cristo em nós. Se
quisermos ter bons relacionamentos, precisamos nos esforçar para entender as circunstâncias e lutas
dos outros, oferecendo apoio e compaixão em vez de julgamento.

A misericórdia é uma disposição de coração que se expressa em ações de compaixão, perdão e


compreensão, especialmente diante da falha ou sofrimento do outro. Ser misericordioso é entender o
outro em sua humanidade, perdoar suas falhas e agir com a intenção de ajudar, restaurar e não
destruir. Essa atitude reflete não apenas o caráter de Cristo, mas também nos conduz a manter
relacionamentos mais saudáveis, pautados na empatia, compaixão e perdão, como Cristo fez por nós.

CONCLUSÃO

Alguém sugeriu que devemos responder a três perguntas antes de criticar os outros: 1) “Fará bem
para o meu irmão?”; 2) “Fará bem para mim?”; 3) “Glorificará a Deus?”.

ABRA JAULA – PB MURILO ALENCAR

REFERÊNCIAS

• MOO, Douglas J. O Comentário de Tiago. São Paulo: Shedd publicações, 2020.

• SWINDOLL, Chales R. Comentário de Bíblico Swindoll: Tiago, 1 & 2 Pedro. São Paulo:
Hagos, 2021.

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• NICODEMUS, Augustus. Tiago - Série Interpretando o Novo Testamento. São Paulo: Cultura
Cristã, 2019.

• LOPES, Hernandes D. Tiago - Comentários Expositivos. São Paulo: Hagnos, 2006.

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