ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JOSÉ MARTIMIANO DA SILVA
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
PAULA SOUZA
Eletrotécnica 3ºSérie
Gabriel de Moura Alves
Leonardo Gomes Duarte Vagner
Luccas Ferreira Luiz
Murilo Ignacio Gomes da Silva
AMBIENTE ACÚSTICO EM SALAS DE AULA
Ribeirão Preto - SP
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. CONDIÇÕES IDEAIS PARA UMA SALA DE AULA 3
2.1 Tempo de reverberação
2.2 Nível de ruído
2.3 Relação sinal-ruído (S/N)
3. RUÍDOS EXTERNOS E A FALTA DE ISOLAMENTO
4. SOLUÇÕES DE ISOLAMENTO
4.1 Instalação de vidros duplos
4.2 Forros acústicos
4.3 Vedação adequada nas portas
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho explora o impacto do isolamento acústico em vários aspectos da
funcionalidade da sala de aula, com foco na privacidade, redução do ruído externo,
qualidade do som interno, concentração, redução do estresse e desempenho
acadêmico geral.
De acordo com Pereira (2019), a acústica é um elemento essencial nos
ambientes educacionais, como salas de aula. Nesses locais, a comunicação oral é
predominante e, portanto, se as condições acústicas não forem adequadas, o
aprendizado pode ser comprometido. Além disso, a saúde de professores e alunos
pode ser afetada em decorrência de um ambiente com conforto acústico
inadequado.
Durante uma aula, espera-se que o aluno consiga se concentrar no estímulo
principal, que é o professor. No entanto, sons residuais atuam como fontes sonoras
secundárias. Quanto mais intensos forem esses sons indesejáveis, maior será o
esforço do aluno para compreender as palavras proferidas pelo professor. Essa
relação entre a fonte sonora desejada (a voz do professor) e os sons indesejáveis
(ruídos) é expressa pela taxa sinal-ruído. (LONG, 2014).
2. CONDIÇÕES IDEAIS PARA UMA SALA DE AULA
2.1 Tempo de reverberação
O tempo de reverberação encontrado em salas de aula modernas é de
aproximadamente 0,8 segundos. Isso significa que qualquer som desaparecerá após
0,8 segundos, porém, se o tempo de reverberação for superior a 0,6 segundos, os
alunos sentados além das primeiras fileiras terão dificuldade em distinguir as
consoantes e, portanto, não poderão aprender adequadamente.
2.2 Nível de ruído
O nível de ruído em uma sala de aula não deve ultrapassar 35 decibéis, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pesquisas mostram que a cada
aumento de 10 decibéis no nível de ruído de uma sala de aula, as notas dos alunos
em linguagem e matemática diminuem em 5,5 pontos.
2.3 Relação sinal-ruído (S/N)
A relação entre o nível do som desejado (fala do professor) e o nível de ruído
ambiente deve ser de pelo menos +10 dB para uma boa inteligibilidade da fala.
Crianças com audição mediana precisam de uma relação S/N de +10 dB, enquanto
crianças com deficiência auditiva necessitam de no mínimo +15 dB.
3. RUÍDOS EXTERNOS E A FALTA DE ISOLAMENTO
Sem medidas de isolamento, os ruídos externos, como o tráfego de veículos,
obras de construção próximas, pessoas conversando do lado de fora e outros sons
ambientes, podem facilmente penetrar na sala de aula. Isso resulta em um ambiente
ruidoso, causando distrações frequentes para alunos e professores, dificultando a
comunicação clara e efetiva. A constante interrupção por ruídos externos pode afetar
negativamente a concentração dos alunos e a fluidez das aulas, resultando em um
ambiente de aprendizado subótimo.
4. SOLUÇÕES DE ISOLAMENTO
4.1 Instalação de vidros duplos
A substituição de janelas convencionais por janelas de vidros duplos pode
reduzir a transmissão de ruído externo. Vidros duplos consistem em duas camadas
de vidro com um espaço de ar ou gás entre elas, que atua como um amortecedor de
som.
4.2 Forros acústicos
A utilização de forros acústicos pode reduzir a reverberação e a entrada de
ruído externo através do teto, resultando em uma diminuição significativa do nível de
ruído.
4.3 Vedação adequada nas portas
Portas com vedação acústica podem diminuir a passagem de som em até 30
dB (decibéis), impedindo que ruídos externos entrem na sala de aula.
5. CONCLUSÃO
Ao implementar medidas de isolamento acústico adequadas, é possível
reduzir significativamente a entrada de ruídos externos, criando um ambiente de
aprendizado mais calmo. Isso permite que alunos e professores se concentrem
melhor nas atividades educacionais, favorecendo a assimilação de conteúdos e o
desenvolvimento de habilidades. Além disso, a diminuição do ruído externo melhora
a comunicação entre professores e alunos. Com menos distrações sonoras, a
clareza na comunicação se torna mais eficaz, resultando em uma melhor
compreensão e engajamento durante as aulas. Isso é particularmente importante em
ambientes educacionais, onde a interação e a troca de ideias são fundamentais para
o processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BALLESTERO, E.; DANCE, S. A acústica das salas de aula. Disponível em:
<https://parajovens.unesp.br/a-acustica-das-salas-de-aula/>. Acesso em: 14 ago.
2024.
IKEDA, C. Y. K.; VITTORINO, F. Qualidade acústica de salas de aula. Disponível
em: <https://www.aecweb.com.br/academy/ipt-quiz/qualidade-acustica-de-salas-de-
aula/23463?srsltid=AfmBOorFSyV6C7ZkFuGmvQid8L0FhBkDpYkB-
3Cx4XpX_G3xUQLLD3iw>. Acesso em: 14 ago. 2024.
LONG, Marshall. Architectural Acoustics. 2. ed. LONDON: Elsevier Inc, 2014.
PEREIRA, P. H. M.; DE RESENDE, A. C. P. CONFORTO ACÚSTICO EM
AMBIENTES ESCOLARES. [s.l: s.n.].