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SBN para Mitigar o Calor Urbano

Este estudo analisa como as mudanças climáticas afetam a paisagem urbana em Medellín, destacando a vulnerabilidade da cidade a eventos climáticos extremos devido à falta de recursos financeiros para adaptações. A pesquisa enfatiza a importância das Soluções Baseadas na Natureza, especialmente os corredores verdes, como estratégias eficazes para mitigar o calor urbano e melhorar a qualidade de vida. O trabalho busca fornecer informações que ajudem na implementação de medidas adaptativas, considerando a diversidade socioeconômica e a topografia da região.

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SBN para Mitigar o Calor Urbano

Este estudo analisa como as mudanças climáticas afetam a paisagem urbana em Medellín, destacando a vulnerabilidade da cidade a eventos climáticos extremos devido à falta de recursos financeiros para adaptações. A pesquisa enfatiza a importância das Soluções Baseadas na Natureza, especialmente os corredores verdes, como estratégias eficazes para mitigar o calor urbano e melhorar a qualidade de vida. O trabalho busca fornecer informações que ajudem na implementação de medidas adaptativas, considerando a diversidade socioeconômica e a topografia da região.

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Soluções Baseadas na Natureza para Mitigar o Calor Urbano: a Eficácia

dos Corredores Verdes em Medellín, Colômbia

Nature-Based Solutions to Mitigate Urban Heat: The Efficacy of Green Corridos in


Medellin, Colombia

Soluciones Basadas en la Naturaleza para Mitigar el Calor Urbano: la Eficacia de los


Corridos Verdes en Medellín, Colombia

Leda Maria de Almeida Nelo


Mestranda, UNINOVE – CIS, SP, Brasil
Especialização, UNINOVE- CIS, SP, Brasil
Especialização, UNIFESP- AU, São Paulo, Brasil
Especialização, UNOPAR-GA, Paraná, Brasil
[email protected]

Leonardo Ferreira da Silva


Doutorando, Universidade Presbiteriana Mackenzie / FAU- SP, Brasil
[email protected]

Andreza Portella Ribeiro


Professora Doutora, UNINOVE, SP, Brasil
[email protected]

122
RESUMO
Este estudo aborda a influência das mudanças climáticas na dinâmica da paisagem urbana em Medellín e no Vale do
Aburrá, destacando a vulnerabilidade da cidade a eventos climáticos extremos devido à escassez de recursos
financeiros para implementar medidas eficazes de adaptação e mitigação. A topografia única da região, com um vale
alongado, encostas e picos de colinas, influencia a qualidade paisagística e a presença da vegetação, mas também
contribui para a formação de ilhas de calor urbano e aumento da poluição atmosférica. A análise realizada utilizando
o método da deriva destaca a interação entre a topografia, a infraestrutura urbana e as respostas socioambientais
locais, evidenciando a necessidade de compreender as respostas adaptativas das comunidades locais e a eficácia das
estratégias de mitigação e adaptação diante das mudanças climáticas. Diante disso, o estudo ressalta a importância
das Soluções Baseadas na Natureza (SBN) como uma das estratégias fundamentais para enfrentar as mudanças
climáticas, destacando a relevância dos corredores verdes na promoção da sustentabilidade e melhoria da qualidade
de vida urbana. O trabalho busca contribuir com informações que subsidiem a implementação de medidas
adaptativas e de mitigação eficazes, levando em consideração a diversidade socioeconômica e a topografia variada
da região.

PALAVRAS-CHAVE: Arborização Urbana. Corredores Verdes. Soluções Baseada na Natureza (SBN)

SUMMARY
This study addresses the influence of climate change on the dynamics of the urban landscape in Medellín and the
Aburrá Valley, highlighting the city's vulnerability to extreme weather events due to a lack of financial resources to
implement effective adaptation and mitigation measures. The unique topography of the region, with an elongated
valley, slopes, and hilltops, influences the landscape quality and vegetation presence, but also contributes to the
formation of urban heat islands and increased air pollution. The analysis conducted using the drift method emphasizes
the interaction between topography, urban infrastructure, and local socio-environmental responses, highlighting the
need to understand the adaptive responses of local communities and the effectiveness of mitigation and adaptation
strategies in the face of climate change. Therefore, the study emphasizes the importance of Nature-Based Solutions
(NBS) as one of the key strategies to address climate change, highlighting the relevance of green corridors in
promoting sustainability and improving urban quality of life. The work aim s to provide information to support the
implementation of effective adaptive and mitigation measures, taking into account the region's socio-economic
diversity and varied topography.

KEYWORDS: Urban Tree Planting. Green Corridors. Nature-Based Solutions (NBS)

RESUMEN
Este estudio aborda la influencia de los cambios climáticos en la dinámica del paisaje urbano en Medellín y en el Valle
del Aburrá, resaltando la vulnerabilidad de la ciudad a eventos climáticos extremos debido a la escasez de recursos
financieros para implementar medidas efectivas de adaptación y mitigación. La topografía única de la región, con un
valle alargado, laderas y picos de colinas, influye en la calidad paisajística y la presencia de vegetación, pero también
contribuye a la formación de islas de calor urbano y al aumento de la contaminación atmosférica. El análisis realizado
utilizando el método de la deriva destaca la interacción entre la topografía, la infraestructura urbana y las respuestas
socioambientales locales, evidenciando la necesidad de comprender las respuestas adaptativas de las comunidades
locales y la eficacia de las estrategias de mitigación y adaptación frente a los cambios climáticos. En este sentido, el
estudio resalta la importancia de las Soluciones Basadas en la Naturaleza (SBN) como una de las estrategias
fundamentales para enfrentar los cambios climáticos, resaltando la relevancia de los corredores verdes en la
promoción de la sostenibilidad y la mejora de la calidad de vida urbana. El trabajo busca contribuir con información
que respalde la implementación de medidas adaptativas y de mitigación efectivas, teniendo en cuenta la diversidad
socioeconómica y la variada topografía de la región.

PALABRAS CLAVE: Forestación urbana. Corredores verdes. Soluciones basadas en la naturaleza (NBS)

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças climáticas constituem um dos mais prementes desafios que a


humanidade enfrenta no século XXI, com repercussões particularmente severas nas áreas
urbanas do Sul Global, onde os recursos financeiros para mitigar tais impactos são limitados. Em
tal contexto, Medellín, uma cidade rica em diversidade social, cultural e morfológica, emerge
como um cenário exemplar para examinar os efeitos extremos dessas transformações. A
interação entre os elementos urbanos e naturais em Medellín revela-se de forma peculiar;
contudo, a vulnerabilidade da cidade a eventos climáticos extremos é exacerbada pela escassez
de capacidade financeira para implementar medidas eficazes de adaptação e mitigação (Santos
et al. 2023; Alvares et al. 2014; Trenberth, 2011).
A topografia singular de Medellín, caracterizada por um vale alongado, encostas
circundantes e picos de colinas, é crucial para sua qualidade paisagística. Esses elementos,
juntamente com os padrões de drenagem dendríticos e padrões de drenagem radial,
contribuem significativamente para a presença e diversidade da vegetação na cidade
(RESTREPO, 2007). No entanto, mesmo nesta cidade, os impactos adversos das mudanças
climáticas já são perceptíveis. A formação de ilhas de calor urbano e o aumento da poluição
atmosférica têm comprometido tanto a qualidade de vida da população quanto a
sustentabilidade local (Zerbinato et al. 2021).
De acordo com a IQAir, uma empresa suíça que monitora a qualidade do ar
globalmente, os níveis anuais de material particulado fino (MP2,5) em Medellín excedem três
vezes o limite de segurança estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que
recomenda uma média máxima de 5 µg/m3 ao longo do ano. Apesar disso, Medellín não
apresenta os piores níveis de MP2,5 na América do Sul, mas está acima de capitais como Bogotá
e São Paulo (Orlandoni-Merli, Ramoni-Perazzi, & Pulido, 2021). A concentração média de MP na
RMSP em 2022 foi de 26 µg/m3 (CETESB, 2022), em Medellín 15 µg/m3 e em Bogotá 25 µg/m3
(IQAir, 2022).
A acumulação de evidências ao longo das últimas décadas sustenta firmemente a
constatação de que as mudanças climáticas estão atualmente em andamento, deixando um
impacto significativo em escala global. A convergência de dados provenientes de diversas
disciplinas científicas, como climatologia, oceanografia e ecologia, fornece uma compreensão
abrangente dos efeitos adversos que estão se manifestando no mundo (Ferretti et al. 2024;
Corete, 2023)
As tendências observadas em indicadores climáticos fundamentais, como o aumento
das temperaturas médias globais, o derretimento acelerado das calotas polares e dos glaciares,
e a ocorrência mais frequente e intensa de eventos climáticos extremos, confirmam que as
mudanças climáticas já estão em curso. Esses fenômenos não são meramente teóricos, mas
representam desafios concretos que exigem ação imediata (Costanza et al. 2014).
A International Union for Conservation of Nature (IUCN) destaca as Soluções Baseadas
na Natureza (SBN) como a principal estratégia para enfrentar as mudanças climáticas. As SBN
são ações inspiradas e respaldadas pela natureza, que promovem benefícios ambientais, sociais
e econômicos, contribuindo para a construção de sistemas resilientes. Esse conceito está
alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável-ODS (Ferreira; Ribeiro, 2020).

124
A importância dos corredores verdes reside na perspectiva de melhorar a qualidade
de vida dos cidadãos e promover a sustentabilidade das cidades. Os corredores desempenham
papéis ecológicos, sociais e econômicos fundamentais, ao estimular a conservação da
biodiversidade, fomentar a educação ambiental e proporcionar empregos e benefícios
econômicos (Buckeridge, 2015). No entanto, sua implementação é um processo complexo que
requer um planejamento cuidadoso, levando em consideração o design do corredor, a seleção
de plantas, a criação de trilhas e outros elementos adicionais (Jacobi, 2000).
Neste sentido, este trabalho teve como objetivo examinar como as transformações
climáticas influenciam a dinâmica da paisagem urbana em Medellín e no Vale do Aburrá,
empregando o método da deriva para analisar as interações entre a topografia, a infraestrutura
urbana e as respostas socioambientais locais, com intuito de contribuir com informações que
auxiliem na compreensão às respostas adaptativas das comunidades locais e a eficácia das
estratégias de mitigação e adaptação, considerando a influência direta da topografia variada e
da diversidade socioeconômica na exposição das populações a eventos climáticos extremos.

2. Vulnerabilidade Urbana às Mudanças Climáticas no Sul Global

A urbanização crescente, especialmente nos países do Sul Global, tem sido


acompanhada por um aumento na vulnerabilidade das áreas urbanas às mudanças climáticas.
Este fenômeno é potencializado pela escassez de recursos financeiros disponíveis para a
adaptação climática, representando um desafio significativo para o desenvolvimento
sustentável e a resiliência urbana (IPCC, 2019).
As áreas urbanas nos países do Sul Global enfrentam severos desafios em relação às
mudanças climáticas devido a uma série de fatores interligados. Historicamente, a urbanização
nessas regiões foi influenciada pelos interesses do capital imobiliário, da indústria
automobilística e dos lobbys de grandes empresas, resultando em um desenvolvimento urbano
caótico e inadequado. Isso levou à concentração de população em áreas de risco, como encostas
íngremes, margens de rios e zonas costeiras suscetíveis a inundações e tempestades. Essas
condições tornam as cidades do Sul Global particularmente vulneráveis aos impactos das
mudanças climáticas, incluindo o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos
extremos (Corbusier, 2023; Santos, 2006).
Neste sentido, a falta de investimento em adaptação climática pode ter consequências
devastadoras para as áreas urbanas do Sul Global. Por exemplo, a incapacidade de fortalecer
com recursos próprios as infraestruturas críticas, como sistemas de água e saneamento, faz com
que esses países tenham que recorrer a empréstimos internacionais, aumentando suas dívidas
(Alawneh e Rashid, 2022; Anelli, 2020).
Contudo, obter acesso a esses créditos não é uma tarefa fácil ou ágil, uma vez que
exigem a apresentação de garantias e contrapartidas. Além disso, os montantes dos
empréstimos muitas vezes não são suficientes para resolver todos os problemas de uma só vez.
Esse cenário pode intensificar a propagação de doenças transmitidas pela água durante eventos
climáticos extremos, resultando em crises de saúde pública. Adicionalmente, a destruição de
habitações precárias e a interrupção de serviços básicos podem desencadear deslocamentosem

125
massa, agravando ainda mais os problemas de pobreza e desigualdade urbana (Rufino, 2023;
Cavé et al. 2014).

2.1 Ilhas de Calor Urbanas

As ilhas de calor são áreas urbanas onde a temperatura média é significativamente mais
alta do que nas áreas rurais circundantes. Elas são causadas principalmente pela substituição de
áreas naturais por superfícies urbanizadas, como concreto, asfalto e edifícios, que absorvem e
retêm o calor solar. Esse fenômeno é agravado pela atividade humana, como a geração de calor
por veículos, indústrias e sistemas de ar condicionado. As ilhas de calor podem resultar em
condições climáticas desconfortáveis, aumento dos custos de energia para resfriamento e
impactos negativos na saúde pública, como o estresse térmico e a poluição do ar (Cavalcante,
et al. 2020).
A implementação de estratégias destinadas a mitigar os impactos das ilhas de calor é
fundamental para lidar com os desafios do aumento da temperatura nas áreas urbanas e para
aprimorar a qualidade de vida dos habitantes das cidades. Uma dessas estratégias essenciais é
o aumento da cobertura vegetal, que desempenha um papel crucial na redução da temperatura
local ao facilitar a evaporação da água, proporcionar sombra e criar microclimas mais frescos.
Além disso, a vegetação contribui para melhorar a qualidade do ar, filtrando poluentes e
aumentando a umidade atmosférica (Ribeiro et al. 2021).
O uso de materiais urbanos que refletem mais a luz solar também é uma abordagem
importante para reduzir a absorção de calor nas superfícies urbanas. Materiais como pinturas
refletivas para telhados, pavimentos permeáveis e revestimentos de fachadas com propriedades
refletivas podem contribuir significativamente para diminuir a temperatura das superfícies e,
consequentemente, do ar circundante. Essa medida não apenas ajuda a mitigar os efeitos das
ilhas de calor, mas também pode reduzir a demanda por energia para refrigeração em edifícios,
resultando em economia de custos (Ribeiro et al. 2021; Cavalcante et al. 2020).

2.2 Soluções Baseadas na Natureza (SBN)

Diversas cidades, ao redor do mundo, têm adotado as SBN para enfrentar desafios
específicos. Em Nova York, desde 2016, estão sendo implementados projetos de restauração de
manguezais, recifes de coral e pântanos costeiros para proteger as comunidades costeiras
contra tempestades, erosão e inundações. Denominado "Oyster Project", o objetivo do projeto
é restaurar a população de ostras para melhorar a qualidade da água e reduzir o impacto das
ondas (Grizzle et al. 2023).
No Brasil, o projeto "Rio de Janeiro Mais Verde" prioriza a expansão de áreas verdes e a
recuperação de ecossistemas costeiros para proteger a cidade contra deslizamentos e
inundações (Knight, 2024).
Cingapura se destaca por suas iniciativas voltadas para a transformação da cidade em
um grande jardim. Em 2009, o Urban Redevelopment Authority (URA), responsável pelo
planejamento urbano, desenvolveu o Programa de Paisagismo para Espaços Urbanos e Arranha-
céus (LUSH, na sigla em inglês). Além disso, Cingapura é reconhecida como um exemplo notável

126
de gestão urbana sustentável, graças às suas abordagens inovadoras para lidar com desafios
como enchentes e ilhas de calor (Han, 2017).
Em 2009, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15),
realizada em Copenhague, a cidade se destacou como um epicentro global de discussões sobre
a urgência das questões climáticas. Esse evento catalisou a percepção da necessidade urgente
de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas.
Após a COP15, Copenhague intensificou seus esforços para se tornar uma cidade mais
verde e resiliente, adotando as SBN. Entre 2010 e 2015, a cidade implementou uma série de
iniciativas ambiciosas centradas na infraestrutura verde. Parques urbanos como o Parque
Superkilen, inaugurado em 2012, foram concebidos não apenas como espaços de lazer, mas
também como áreas para promover a biodiversidade, capturar carbono e criar um ambiente
mais saudável para os cidadãos (Maurer et al. 2023).
A trajetória de Copenhague rumo à sustentabilidade e resiliência climática culminou
com o lançamento, em 2019, do Plano de Clima 2025, que enfatiza o uso de SBN para alcançar
metas específicas de redução de emissões de carbono e fortalecimento da capacidade da cidade
para enfrentar os impactos adversos das mudanças climáticas (Maurer et al. 2023).
Em Medellin, a aplicação de SBN é destacada pelo Projeto "Corre dores Verdes"
implantado em 2016, em resposta às preocupações crescentes com a poluição do ar e o
aumento das temperaturas. O programa abrange mais de 30 corredores verdes, conectando
calçadas de ruas recentemente arborizadas, jardins verticais, cursos d'água, parques e morros
próximos. Essa iniciativa a promoção da biodiversidade e também proporciona espaços verdes
para lazer, exercício e interação social, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. O programa é coordenado
pela prefeitura de Medellín, em colaboração com organizações não governamentais locais e
comunidades participantes (Suescún-Espinal, 2020; Echeverri e Orsini, 2010).
A adoção global de SBN por diversas cidades para enfrentar desafios urbanos e
climáticos evidencia como essas iniciativas podem fomentar o bem-estar dos cidadãos fortalecer
a resiliência das comunidades urbanas (Ferreira & Ribeiro, 2020).

3 METODOLOGIA

O estudo apresenta uma abordagem qualitativa e exploratória, que contextualiza o


objeto de estudo, fundamentada em revisão bibliográfica, a partir de uma busca nas bases de
dados indexadas das coleções Web of Science e Scopus utilizando a string de busca ('climate
change' AND Medellín AND 'urban vulnerability' AND 'atmospheric pollution' AND 'adaptation
and mitigation'), foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2010 e 2024, além de
livros e outros artigos de relevância e que possuem relação ao objeto de estudo da pesquisa
(Ribeiro-Fernandes, 2020; Cooper e Schindler, 2004). Como critério de seleção, optou-se por
ordenar os trabalhos mais citados, resultando em uma revisão da literatura estruturada. A
abordagem da pesquisa foi qualitativa, com ênfase na interpretação dos dados primários
obtidos por meio de visitas a campo e como estudo de caso foi escolhido o “Projeto de
Corredores Verdes de Medellín” (Yin, 2010), utilizando o método da deriva (Jacques, 2003;
LYNCH, 1960), que se trata de uma abordagem exploratória que envolve o ato de vagar sem um

127
objetivo específico através de um ambiente urbano, permitindo que os participantes observem
e registrem livremente os detalhes e padrões do espaço.
Originado na psicogeografia e associado ao movimento situacionista, método da
deriva tem foco à experiência subjetiva do ambiente e busca revelar as complexidades e
características ocultas de uma paisagem urbana (Krajina, 2016; Jacques, 2003; Mazzotti e
Gewandsznajder, 2000).
No presente estudo, o método da deriva foi utilizado nas visitas realizadas entre os
dias 17 a 26 de junho de 2023, na cidade de Medellín, Província de Antioquia, na Colômbia. Os
dados sobre a paisagem foram coletados sob a perspectiva de experiências sensoriais adquiridas
ao longo do percurso. Durante esse processo, as impressões, emoções e sensações captadas
pelos sentidos humanos foram consideradas, proporcionando insights sobre o ambiente
estudado (Goldenberg, 2011; Jacques, 2003).

3.1. Medellín: aspectos físicos

Medellín é a capital da província de Antioquia, localizada no Noroeste da Colômbia,


um país, na Cordilheira Central dos Andes. A cidade fica a 1.495 metros de altitude, acima do
nível do mar, nas coordenadas 6º14’41”N75º34’29”W. Com clima temperado e úmido, a
temperatura média da cidade é de 24 oC, durante todo o ano e ventos suaves e constantes
(Figura 1).
Figura 1: Localização de Medellín, Colômbia.

Fonte: Elaborado pelos autores

128
Trata-se da segunda maior cidade da Colômbia e a 12ª Região Metripolitana mais
populosa da América do Sul. Com cerca de 2.700.702 habitantes (DANE, 2020), dos quais,
2.611.104 (DANE, 2020) residem em área urbana, com densidade de 6.643,39 hab/km 2 (DANE,
2020). Com formato alongado, apresenta um alargamento em sua parte central, que se estende
por 10 km.
O distrito de Medellín faz parte do Vale do Aburrá que tem 1.152 km2, é totalmente
urbanizado em sua parte plana (Franco, 2014). A área da cidade está na bacia do rio Medellín,
que divide o vale do Aburrá, sendo irrigada por aproximadamente 200 afluentes diretos e mais
de 350 indiretos, sendo seus cursos de água mais importantes Santa Helena, La Iguaná e La
Presidenta (Echeverri & Orsini, 2010).
Ao longo dos anos, os riachos e o rio Medellín se tornaram esgotos a céu aberto, e
atualmente estão em processo de despoluição. Considerando toda a complexidade natural da
localização, em 1980 foi criada a Área Metropolitana do Vale do Aburrá (AMVA), que começou
a operar de forma integrada e inclusiva com todas as cidades em 2000. Atualmente, a AMVA é
a agência responsável pelo planejamento e gestão de todos os componentes naturais do vale,
como sistemas hídricos e orográficos e áreas públicas ambientais. Descentralizada, a AMVA é
constituída por uma equipe técnica focada no desenvolvimento de projetos e é gerenciada pelos
prefeitos das cidades da área metropolitana, sendo o prefeito de Medellín aquele com maior
poder de decisão (Antonucci & Bueno, 2018).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Um Passeio por Medellín sob o olhar do observador

Os dados coletados entre os dias 17 e 26 de junho de 2023, na cidade de Medellín,


Província de Antioquia, na Colômbia, considerando a perspectiva do método deriva (Jacques,
2003), abarcam uma gama de sensoriais e observações empíricas, que integram as nuan ces
percebidas durante a visita de campo. Isso é feito a partir da análise de registros fotográficos e
de estudos prévios na mesma área (Sierra & Caparroso, 2022; Ortiz-Agudelo, 2014; Goldenberg,
2011). As impressões, emoções e sensações captadas pelos sentidos humanos desempenham
um papel crucial, fornecendo insights sobre o ambiente estudado (Ferretti et al. 2024).
À vista aérea da cidade de Medellín, a partir do Parque Natural Cerro El Volador, permite
ver as extensas manchas verdes da arborização que formam os corredores verdes locais. A Área
Metropolitana do Vale do Aburrá, como órgão regulador do espaço público verde na cidade de
Medellín e municípios próximos, promove processos de planejamento do espaço público em
conjunto com os municípios, a partir de uma perspectiva ecossistêmica, na qual a vegetação é
um eixo articulador da paisagem urbana (Ortiz-Agudelo, 2014). As Figuras 3, 4 e 5 apresentam
algumas imagens, com o intuito de auxiliar o leitor a vislumbrar algumas sensações vivenciadas
pelo observador durante o passeio por Medellín.
Na observação da movimentação pedestre entre vegetações e árvores, especialmente
em ambientes verdes integrados aos parques, destaca-se a notável configuração da paisagem
(Figura 2a). A Avenida Bolivariana se distingue pela formação de um túnel verde entre as copas
das árvores (Figura 2b). No Parque Belén, a presença de uma ilha verde entre faixas viárias
delimita uma paisagem arborizada que se estende até as copas das árvores, visíveis das
edificações (Figura 3a). Do ponto mais elevado do Parque Natural Cerro El Volador, são visíveis

129
os amplos corredores verdes delineados pelas copas das árvores, oferecendo um espetáculo
singular de beleza (Figura 3b).

Figura 2: (a) Parque Linear del Río Medellín; (b) Av. Bolivariana.

Fonte: Acervo dos autores.

Figura 3: (a) Corredor verde visto da cobertura de uma Edificação no bairro Parque Belén; (b) Vista de Medellín do
Parque Natural Cerro El Volador.

Fonte: Acervo dos autores.

Na Calle 30A, a paisagem se transforma em uma profusão de árvores e jardins de chuva


envoltos por uma diversidade vegetal, destacando-se pela abundância de folhagens (Figura 4a).
A riqueza da vegetação presente nessa região contrasta fortemente com os trechos da Calle 30,
onde é notável a escassez de vegetação e a menor densidade arbórea (Figura 4b).

Figura 4: (a) Calle 30A; (b) Calle 30.

Fonte: Acervo dos autores.

130
Essa diferença na paisagem entre as duas áreas induz a uma reflexão sobre a percepção
do observador e sua sensação ao se deparar com cenários tão contrastantes. Enquanto na Calle
30A a presença de uma vegetação exuberante pode despertar sensações de tranquilidade,
frescor e beleza natural, nos trechos da Calle 30 a ausência de vegetação pode causar uma
sensação de aridez, monotonia e até mesmo desolação.
O cenário nos convida a refletir sobre a importância da preservação e valorização da
vegetação urbana, e como a presença ou ausência de elementos naturais pode influenciar nossa
percepção do ambiente ao nosso redor. A comparação entre as ruas nos lembra a importância
dos espaços verdes nas áreas urbanas, não apenas por questões estéticas, mas também pelo
bem-estar e qualidade de vida da população.

4.2 Medellín na Perspectiva da Adaptação às Questões Climáticas

Nos anos 1990, a cidade de Medellín era conhecida por sua alta taxa de violência, com
uma média de 7 mil homicídios anuais devido ao crime organizado e conflitos armados intensos.
As tentativas policiais de conter os confrontos eram frequentes, porém sem sucesso, levando a
cidade a um estado de emergência.
No início do novo milênio, a cidade passou por uma transformação impulsionada por
administradores públicos, sociedade civil e grupos empresariais, que implementaram o
Urbanismo Social para enfrentar as complexidades territoriais e socioculturais crescimento
urbano acelerado, que resultou na formação de ilhas de calor prejudicando o conforto térmico
e bem-estar da população. Essa abordagem resultou na consolidação de um novo modelo
urbano, reconhecido internacionalmente pelos prêmios conquistados por Medellín.
As mudanças nas políticas públicas da cidade foram fundamentais para o
desenvolvimento de projetos urbanos sustentáveis, como os corredores verdes. Normativas de
política social e urbana surgiram nos anos 1990, visando o direito à cidade e melhoramento
integral de bairros, além do primeiro Plan de Ordenamiento Territorial de Medellín, que
possibilitou orientar o desenvolvimento da cidade de forma participativa e equilibrada com o
meio ambiente.
Em 2016, um projeto voltado à implantação de corredores verdes teve início em
Medellín, visando reduzir a temperatura urbana e melhorar a qualidade ambiental. O apoio da
população foi crucial para o sucesso desses projetos, que também geraram empregos e renda
para a região.
A cidade de Medellín enfrenta desafios crescentes devido às alterações climáticas,
exigindo a união e esforços de todos para superá-los. Nesse sentido, a população tem apoiado
iniciativas verdes e sustentáveis para a cidade, visando mitigar os efeitos das mudanças
climáticas na paisagem urbana. A valorização da vegetação arbórea em ruas e avenidas tem sido
essencial para a paisagem, o ambiente social e ambiental da cidade (Restrepo-Betancur et al.
2019; Silva et al. 2011).

4.3 O Projeto Corredores Verdes de Medellín

131
Os corredores verdes de Medellín foram implantados para desempenhar um
paradigma de sustentabilidade em todos os aspectos, e ao eixo de conectividade entre todas as
áreas verdes da cidade. Com início em 2016, o projeto executou o plantio de 120 mil plantas
individuais e 12,5 mil árvores em ruas e parques, no qual, parte do piso impermeável dessas
áreas, foram substituídos pelas árvores e pisos macios. Ao término de cinco anos, foram
plantadas 2,5 milhões de plantas de pequeno porte, vegetação rasteira e 880 mil árvores em
toda a cidade (Antonucci e Bueno, 2018; Restrepo-Betancur et al. 2019).
Desta forma, constituem-se em diversos tipos de vegetação, formando trilhas para
caminhadas, espaços de lazer, incluindo equipamentos e mobiliário urbano sustentável, com
iluminação eficiente, onde as copas das árvores fazem as sombras. As soluções verdes propostas
são muito variadas, desde o plantio de árvores, a aplicação da metodologia de construção LEED,
a implantação de telhados verdes e coberturas verdes, até a construção de corredores verdes
que têm um impacto positivo no bem-estar das pessoas (Alves, 1992).
No Distrito de Medellín, em uma extensão de 38 quilômetros, foram construídos 30
corredores verdes, sendo que, 18 deles viários e 12 hidroviários. Com objetivo de resgatar
melhorias ambientais e promover à sadia qualidade de vida a população. No conceito do
engenheiro florestal Mauricio Jaramillo Vásquez, os corredores verdes das estradas têm uma
tendência marcante de diminuir a temperatura, resfriar e dar beleza à paisagem (Suescún-
Espinal, 2020). Na questão viária, não houve redução das faixas veículares nos perimetros que
envolvem os corredores verdes. Além de interligar as avenidas e ruas, os parques têm a função
de fazer junção com as áreas verdes local.
Na Figura 5, apresenta-se a proposta estruturante dos corredores verdes de Medellin,
segundo seu plano diretor (Alcaldía-de-Medellín, 2011).

Figura 5: Corredores ecológicos estruturantes do Vale de Aburrá.

Fonte: Alcaldía de Medellín (2011).

132
Os “corredores longitudinais” são eixos ao longo da encosta do rio, compostos
principalmente por propriedades privadas com cobertura florestal, que servem como
corredores para áreas de proteção ambiental. Os “corredores transversais” conectam áreas de
conservação ao longo do vale por meio de eixos transversais. Esses corredores representam os
diversos micro ecossistemas do vale e incluem espaços para restauração da vegetação,
conectividade ecológica e serviços ambientais, além de conter a expansão urbana. Os corredores
públicos visam a integração na rede dos espaços urbanos e ambientais, no curso do rio, como
forma de garantir o equilíbrio e a recuperação do sistema biótico da cidade. Os “corredores de
ravina” atuam como elo entre o corpo d'água, a vida urbana e a área superior da bacia
hidrográfica. Ele promove um modelo de convivência harmoniosa entre ocupação humana,
conservação ambiental, manutenção da cobertura vegetal para preservação da qualidade da
água e aproveitamento das oportunidades paisagísticas e recreativas das áreas de v ale. As
“áreas de borda” são estratégia de ocupação ativa preventiva para novos assentamentos em
áreas de risco. Devem incluir arborização leve, pouco densa e espaços produtivos, locais para o
aproveitamento de resíduos orgânicos, enriquecimento vegetal nas nascentes e áreas de
preservação das quebradas, trilhas, infraestrutura recreativa e equipamentos públicos (Alcaldía-
de-Medellín, 2011).
Na Avaliação de Juan Bello, diretor do escritório das Organizações das Nações Unidas
Meio Ambiente na Colômbia, esta é uma proposta que tem cunho da natureza, é um projeto
urbano inteligente, cujo monitoramento será fundamental para demonstrar os tantos benefícios
mesmo ao longo do tempo (DANE, 2020; Echeverri e Orsini, 2010).
Em Medellín, as variações de temperatura ocorrem principalmente entre o dia e a
noite. De acordo com os registros da estação climatológica do Aeroporto Olaya Herrera, a
temperatura média anual é de 22,1 a 24,0°C e a mínima média anual é de 17,2 °C .
Com a intensificação da urbanização e dos eventos climáticos, entre os anos de 1940
e 2012, a Região Metropolitana do Vale Aburrá tem experimentado um aumento médio da
temperatura em mais de 2 oC, por década (Orlandoni-Merli, Ramoni-Perazzi, & Pulido, 2021).
Com a implantação dos corredores verdes, a temperatura de toda Medellín foi
reduzida em 2 oC; em alguns pontos, inclusive, a redução foi maior, chegando a 3 oC. Para Lira-
Filho (2002), ainda que o clima de uma determinada região não possa ser alterado, há potencial
para alterações do microclima. É nesse papel regulador que a arborização se encaixa, pois tem
capacidade para influenciar dois fatores fundamentais, dentro do perímetro urbano: (1) na
evapotranspiração - tipo de transpiração relacionada ao regulamento da temperatura e da
umidade e (2) no sombreamento (Zerbinato et al. 2021).
Os corredores verdes de Medellín têm sido reconhecidos mundialmente pelos
resultados positivos em relação ao resfriamento da cidade, melhoria da qualidade do ar e
retorno da vida silvestre para a zona urbana. A importância das árvores urbanas é reconhecida
como um eixo essencial da estrutura ecológica da cidade, garantindo a continuidade dos
processos ecológicos e prestação de serviços à comunidade (Kogia e Papafotiou, 2020).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A interação entre elementos urbanos e naturais em Medellín revela-se crucial para


entender os efeitos extremos das transformações climáticas na cidade. A pesquisa destaca a

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importância das Soluções Baseadas na Natureza (SBN), exemplificadas pelo projeto de
Corredores Verdes, como estratégias eficazes de adaptação e mitigação. Esses corredores
verdes não apenas promovem a biodiversidade, mas também proporcionam espaços verdes
para lazer, exercício e interação social, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
Ademais, a restauração ecológica de áreas degradadas urbanas, como os corredores
verdes em Medellín, desempenha um papel crucial na promoção da sustentabilidade ambiental
e da qualidade de vida nas cidades. A recuperação dessas áreas não apenas restaura serviços
ecossistêmicos vitais, como a regulação do ciclo hidrológico e a biodiversidade, mas também
oferece benefícios socioeconômicos, como a valorização estética e funcional dos espaços
urbanos.
As ilhas de calor urbanas representam um desafio global, mas, a exemplo de Medellín,
implementação de corredores verdes emerge como uma estratégia inteligente e eficaz para
enfrentar esse problema. No caso da cidade colombiana, projetos pautados em SBN resultaram
em microclimas mais agradáveis e saudáveis à população local, que se caracterizou como uma
abordagem mais sustentável e resiliente às questões climáticas
Entre as lições aprendidas, Medellín tomou consciência de que, para superar os
problemas, que acompanham todo desenvolvimento urbano acelerado, havia necessidade de
se combater a violência e de se investir em um planejamento urbano voltado às questões sociais
e ambientais. Isto é, compreender a importância de abordagens integradas e holísticas para
enfrentar os desafios das mudanças climáticas no ambiente urbano, reconhecendo a
interdependência entre elementos naturais e humanos. Essas abordagens não apenas
fortalecem a resiliência das cidades, mas também contribuem para a promoção de um futuro
mais sustentável e equitativo para as comunidades urbanas.

Agradecimentos

LMAN e LFS agradecem à UNINOVE pela bolsa de mestrado concedida. LFS também agradece a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001 e à
Universidade Presbiteriana Mackenzie. APR agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico pela Bolsa de Produtividade em Pesquisa (CNPq -317071/2021-1) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP - 2020/05383-9), pelo suporte financeiro ao desenvolvimento de seus projetos de
pesquisa.

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