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Paper de Direitos Humanos

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma conquista significativa na proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil, estabelecendo direitos fundamentais como saúde, educação e convivência familiar. A evolução da legislação interna e internacional reflete uma maior valorização dos direitos das crianças, reconhecendo-as como sujeitos de direitos com voz ativa. No entanto, desafios persistem na efetiva aplicação da lei e na proteção contra abusos, exigindo uma análise crítica e a implementação de políticas públicas eficazes.
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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma conquista significativa na proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil, estabelecendo direitos fundamentais como saúde, educação e convivência familiar. A evolução da legislação interna e internacional reflete uma maior valorização dos direitos das crianças, reconhecendo-as como sujeitos de direitos com voz ativa. No entanto, desafios persistem na efetiva aplicação da lei e na proteção contra abusos, exigindo uma análise crítica e a implementação de políticas públicas eficazes.
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O “porquê” da escolha deste sujeito;

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Lei nº 8.069, promulgado em 13 de


julho de 1990, é uma das conquistas mais significativas da legislação brasileira no que diz
respeito aos direitos das crianças e adolescentes. Essa é uma área fundamental do direito que
procura proteger e promover os direitos das crianças e garantir que tenham um ambiente
seguro e saudável, propício ao seu desenvolvimento físico, emocional, social e intelectual.
Tal lei é resultado de um amplo e democrático debate, refletindo uma preocupação
coletiva com o bem-estar e a proteção das camadas mais jovens da sociedade, e garantiu uma
série de direitos para as crianças (pessoa até 12 anos) e adolescentes (12 a 18 anos), como:
● Direito à Vida e à Saúde (Art. 7):
“A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de
políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.”
● Direito à Educação de Qualidade (Art. 22)
“Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.”
● Direito à Alimentação Adequada (Art. 4º):
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
● Direito à Convivência Familiar e Comunitária (Art. 19)
“É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária,
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.”
Dada a importância desse Estatuto, é primordial que debates a respeito desse tema
sejam constantemente realizados.
É importante destacar que o contexto das crianças é particularmente sensível, uma vez
que, em muitos casos, elas não têm a capacidade de comunicar suas necessidades e defender
seus direitos de forma independente. Isso faz com que a proteção de seus direitos seja uma
responsabilidade coletiva e um dever da sociedade como um todo.
A dependência das crianças dos adultos torna-as particularmente vulneráveis ao
abuso, à negligência e à violência. O Estatuto da Criança e do Adolescente desempenha,
portanto, um papel fundamental na prevenção da ocorrência destas situações e na
responsabilização daqueles que prejudicam crianças e jovens.
Uma pesquisa e análise aprofundada devem ser realizadas para acrescentar aos
direitos das crianças, para corrigir falhas antigas e ir atualizando a lei, de acordo com a
evolução da sociedade.

Evolução deste sujeito na legislação interna, normativa internacional e doutrina


A evolução do sujeito "criança" na legislação interna, normativa internacional e
doutrina é marcada por uma progressiva valorização dos direitos e interesses das crianças ao
longo do tempo. Essa evolução reflete uma maior conscientização sobre a importância de
proteger e promover o bem-estar das crianças em diferentes contextos.
Legislação Interna:
Na legislação interna, a concepção tradicional da criança como propriedade dos pais
ou como alguém sem capacidade jurídica própria evoluiu para reconhecer as crianças como
sujeitos de direitos. Isso é evidenciado pela criação de leis de proteção à infância, como o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil e leis similares em outros países, que
estabelecem direitos específicos para crianças e adolescentes.
A legislação interna também abrange questões como o direito à educação, à saúde, à
proteção contra abuso e exploração, e o direito à participação ativa nas decisões que afetam
suas vidas.
Normativa Internacional:
A Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas (CDC), adotada em
1989, desempenhou um papel fundamental na evolução da proteção das crianças a nível
global. A CDC reconhece as crianças como sujeitos de direitos e estabelece um conjunto
abrangente de princípios e direitos que os Estados devem garantir.
A CDC também destaca a importância da não discriminação, do melhor interesse da
criança e do direito à participação, enfatizando que as crianças devem ser ouvidas em
questões que as afetam, de acordo com sua idade e maturidade.
Doutrina:
A doutrina jurídica e a teoria social evoluíram para reconhecer a criança como um
sujeito com voz e opiniões válidas. As abordagens pedagógicas e psicológicas passaram a
enfatizar a importância do desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.
A doutrina também discute a necessidade de proteger as crianças de maneira
adequada e equilibrada, evitando tanto o paternalismo excessivo quanto a negligência dos
seus direitos.
Em suma, a evolução do sujeito "criança" na legislação interna, normativa
internacional e doutrina reflete um progresso significativo na promoção e proteção dos
direitos das crianças, reconhecendo-as como sujeitos de direitos, com voz e participação ativa
em decisões que as afetam, e enfatizando o seu bem-estar e desenvolvimento como
prioridades fundamentais.

Qual a proposta do grupo?


O grupo visa abordar diretamente os problemas e lacunas na legislação que rege a
proteção de crianças e adolescentes e seu acesso à justiça.
A situação das crianças no Brasil envolve uma análise de vários elementos fáticos
relevantes. Isso inclui saúde, educação, proteção contra abuso e exploração, entre outros.
Tanto a Constituição Federal de 88 quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), as leis mais conhecidas que estabelecem os direitos e garantias das crianças no Brasil,
possuem falhas que iremos abordar em nossa pesquisa.
Algumas crianças por apresentarem um quadro de vunerabilidade perante adultos
acabam sofrendo que violência doméstica ou abuso infantil dentro de suas residências.
Muitas crianças dentro de suas residências enfrentam situações de violência, abuso
sexual, negligência ou maus-tratos; e não conseguem acessar os meios para cercear essa
agreção mesmo que legislação brasileira e Estatuto da Criança e do Adolescente proteja essas
crianças.
A efetiva aplicação da lei é um desafio devido à falta de denúncias ou provas
concretas. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério Público do estado do Paraná,
mais de 60% das denúncias relatam violência em âmbito doméstico/familiar e cerca de 40%
das denúncias não geram resultados por “falta de provas”.
Além disso, muitas crianças vivem em situações de abandono, “crianças de rua” ou
em famílias em situação de vulnerabilidade social, muitas vezes não têm acesso aos direitos
básicos, como educação, saúde ou até moradia;
O art. 6º da Constituição Federal dispõe sobre alguns direitos fundamentais; não só
das crianças, mas de todos os brasileiros e estrangeiros em solo brasileiro:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Mesmo com uma “garantia” constitucional desses direitos, muitas vezes vemos
crianças vendendo coisas nas ruas para ajudar em casa e começando a trabalhar muito cedo,
muitas vezes por pressão familiar.
Inclusive, o trabalho infantil ainda é um problema no Brasil, com crianças sendo
exploradas em atividades prejudiciais à sua saúde e desenvolvimento.
O Estado tem o dever de garantir a proteção dessas crianças, mas a falta de políticas
públicas eficazes é um problema recorrente.
O ECA proíbe o trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz,
mas a fiscalização e o combate a essa prática nem sempre são eficazes.
O livro “O olho mais azul” de Toni Morrison, escritora americana, relata a história de
uma menina negra que sofreu abuso e racismo durante toda sua infância,e acreditava que
seria melhor tratada se aparentasse como uma “menina branca”.
Essa ideologia surge quando vê tanto as autoridades quanto a sociedade mais
preocupadas com as áreas mais ricas da cidade, onde viviam as “meninas brancas”.
Mesmo sendo um livro com uma trama que trata sobre racismo, uma realidade fica
evidente no livro, certos “direitos” não chegam em áreas pobres ou remotas, fazendo com que
as pessoas se tornem reféns de uma sociedade padronizada.
As crianças no Brasil enfrentam diversos desafios legais, desde a proteção contra
abusos até o acesso a serviços básicos. A aplicação eficaz da legislação e a garantia do
exercício desse direito dependem de leis, autoridades e muitas vezes, tratados internacionais;
elementos cruciais para proteger os direitos das crianças no Brasil.
A ONU(Organização das Nações Unidas) criou um projeto em 1990 chamado
“Convenção sobre os Direitos da Criança”, projeto que entrou em vigor em 2 de setembro do
mesmo ano, e a entrada do Brasil em 24 de setembro também do mesmo ano.
A adequação da legislação brasileira a esses tratados pode ser um desafio, uma vez
que nem sempre a legislação interna está alinhada com as obrigações internacionais.
Logo em seu artigo primeiro define que “considera-se como criança todo ser humano
com menos de 18 anos de idade, salvo quando, em conformidade com a lei aplicável à
criança, a maioridade seja alcançada antes.”
A questão da maioridade penal é um tema controverso no Brasil. A legislação atual
estabelece que a maioridade penal é aos 18 anos, mas há debates sobre a redução dessa idade
em casos de crimes graves.
No mais, os artigos desse tratado internacional, defendem, em suma, os direitos
fundamentais já expostos na Constituição Federal e os Direitos humanos.
O Brasil também assinou o “Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da
Criança sobre o Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados”. Este protocolo, em suma,
proíbe o recrutamento e o uso de crianças em conflitos armados além de proteger crianças
afetadas por conflitos armados.
Além disso, assinou também o “Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos
da Criança referente à Venda de Crianças, Prostituição Infantil e Pornografia Infantil” Este
protocolo, visa combater a venda de crianças, a prostituição infantil e a pornografia infantil,
além de proteger as vítimas desses crimes.
Por fim, assinou o Protocolo Facultativo permitindo que o Comitê sobre os Direitos
da Criança ouça queixas de que os direitos de uma criança foram violados, permitindo
inclusive que as crianças apresentem reclamações, apelações e petições.

https://mppr.mp.br/Pagina/Criancas-e-adolescentes-Maus-tratos-e-negligencia
Morrison, Toni. “O olho mais azul”, 1970.
Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas
https://www.unicef.org/brazil/fortalecimento-da-convencao-sobre-os-direitos-da-
crianca-protocolos-facultativos
https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca

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