0% acharam este documento útil (0 voto)
44 visualizações6 páginas

Sermão Unidade e Diversidade Na Igreja

A Igreja de Cristo é chamada à unidade, que respeita a diversidade de dons espirituais concedidos por Cristo a cada crente, promovendo crescimento e maturidade espiritual. A carta de Paulo aos Efésios enfatiza que a unidade não implica uniformidade, mas sim uma harmonia que valoriza as diferenças, com cada membro contribuindo para a edificação do corpo de Cristo. O objetivo final é que a Igreja cresça em amor, verdade e maturidade, rejeitando divisões e buscando a cooperação harmoniosa entre todos os seus membros.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
44 visualizações6 páginas

Sermão Unidade e Diversidade Na Igreja

A Igreja de Cristo é chamada à unidade, que respeita a diversidade de dons espirituais concedidos por Cristo a cada crente, promovendo crescimento e maturidade espiritual. A carta de Paulo aos Efésios enfatiza que a unidade não implica uniformidade, mas sim uma harmonia que valoriza as diferenças, com cada membro contribuindo para a edificação do corpo de Cristo. O objetivo final é que a Igreja cresça em amor, verdade e maturidade, rejeitando divisões e buscando a cooperação harmoniosa entre todos os seus membros.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 6

Unidade e diversidade na Igreja

A Igreja de Cristo é chamada para viver em unidade, mas essa unidade não
significa uniformidade.

William Barclay comenta que "a unidade cristã não é uma uniformidade que
elimina a individualidade, mas uma harmonia que respeita as diferenças".

Essa declaração ecoa a mensagem de Paulo, que nos mostra como Cristo
concede dons de maneira singular a cada crente, promovendo crescimento e
maturidade espiritual.

Alguém pode perguntar, mas deus é merecia mais dons, há tanto tempo que te
sirvo, esse ai que chegou agora na igreja já tem mais dons do que eu.

Contexto de Efésios 4.7-16

A carta aos Efésios foi escrita pelo apóstolo Paulo enquanto estava preso em
Roma. Seu objetivo era fortalecer a igreja de Éfeso, que era composta por
judeus e gentios convertidos, enfatizando a unidade em Cristo.

No capítulo 4, Paulo faz uma transição da teologia para a prática cristã,


chamando os crentes a viverem de maneira digna da vocação que receberam
(Ef 4.1). Ele destaca que a unidade da Igreja é fundamentada em um só
Senhor, uma só fé e um só batismo (Ef 4.5), mas que essa unidade não anula
a diversidade dos dons espirituais concedidos por Cristo.

Nos versículos 7-16, Paulo aprofunda esse ensino, mostrando que Cristo,
como conquistador, distribuiu dons à Sua Igreja, capacitando cada membro
para a edificação do corpo de Cristo.

O objetivo final é que a Igreja cresça em maturidade e plenitude espiritual,


vivendo em amor e verdade.

Efésios 4:7-16 nos oferece várias lições profundas sobre unidade e diversidade
na Igreja.

Vamos destacar algumas principais:

1. Unidade não é uniformidade

"Mas a graça foi concedida a cada um de nós segundo a medida do dom


de Cristo."
 Paulo começa destacando que a graça foi concedida a cada um
segundo a medida do dom de Cristo. Isso mostra que, embora sejamos
um só corpo, cada crente é único e recebe dons diferentes.

👉 Lição: A unidade da Igreja não significa que todos devem ser iguais,
mas que cada um, com seus dons distintos, contribui para o mesmo
propósito: glorificar a Cristo e edificar o Corpo.

 Muitos olham para a igreja como um ônibus – o pastor é o


motorista, os membros são os passageiros e tesoureiro é o
cobrador.
 A igreja deve ser comparada ao um barco - Todos estão remando

John Stott comenta que "os dons espirituais não são recompensas por mérito,
mas expressões da graça soberana de Cristo".

Isso significa que ninguém pode reivindicar superioridade por possuir um dom,
pois todos provêm da mesma fonte divina.

2. Os dons são concedidos soberanamente por Cristo (v.8-10)

"Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos
homens."

Aqui Paulo cita o Salmo 68:18, mostrando Cristo como o Rei triunfante que,
após sua vitória (ressurreição e ascensão), distribui dons à Igreja.

 Os dons espirituais não vêm do nosso mérito ou esforço, mas da vitória


de Cristo, que "subiu ao alto" e distribuiu dons ao Seu povo. Ele, como
Rei conquistador, deu à Igreja tudo o que ela precisa para crescer e
amadurecer.

Lição: Devemos reconhecer nossos dons como um presente da graça de


Cristo e usá-los com humildade, não com orgulho.

Cristo desceu (encarnação e morte) e subiu (ressurreição e ascensão), agora


reinando em autoridade plena. Esse contexto reforça que os dons dados são
resultado de Sua obra consumada — eles têm uma finalidade específica.

3. Diversidade de funções no Corpo de Cristo (v.11)

"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres."
Aqui está o ponto central da discussão. Vamos por partes:

 Apóstolos: No sentido bíblico, eram aqueles diretamente chamados por


Cristo (os Doze e Paulo). Eles testemunharam a ressurreição e
receberam autoridade para estabelecer a doutrina da Igreja (Atos 1:21-
22).
 Profetas: Eram aqueles que recebiam revelação direta de Deus para
comunicar à Igreja nascente (Ef 2:20).
 Evangelistas: Missionários que plantavam igrejas e difundiam o
evangelho em novas regiões.
 Pastores e mestres: Líderes locais que cuidavam, instruíam e
edificavam o povo de Deus.

Apóstolos e profetas tinham uma função fundacional. Efésios 2:20 diz que a
igreja foi "edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo
Jesus Cristo como a pedra angular."

Assim como uma casa não precisa de um novo alicerce após ser construída, a
Igreja não precisa mais desses ministérios fundacionais. Eles cumpriram sua
missão ao estabelecer a doutrina e a estrutura inicial da Igreja.

Lição: Nem todos fazem a mesma coisa — e isso é bom! Cada função é
essencial. Pastores e mestres, por exemplo, não estão lá para fazer tudo
sozinhos, mas para capacitar o povo de Deus a também servir.

4. Os dons têm um propósito claro: edificação e maturidade (v.12-13)

"Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo
de Cristo seja edificado."

 O objetivo não é exaltar quem tem mais dons, mas “preparar os santos
para a obra do ministério”, para que a Igreja cresça em maturidade e
chegue à "plenitude de Cristo".

Lição: Os dons não são para nosso benefício pessoal, mas para ajudar os
outros e fortalecer o corpo de Cristo.

Precisamos sair da posição de consumidores e nos tornar colaboradores.

O objetivo dos dons, especialmente os permanentes (pastores e mestres), é


equipar os santos. A ênfase não está mais em novas revelações, mas na
edificação contínua com base no que já foi revelado.

👉 Com o cânon da Escritura completo, não há mais necessidade de profetas


ou apóstolos trazendo novas mensagens de Deus. Agora, a Palavra escrita é
suficiente para edificar e equipar.

A Diversidade Serve para Edificar a Unidade (Efésios 4.12-16)


Os versículos 12-16 deixam claro que os dons espirituais não foram dados para
exaltação individual, mas para um propósito coletivo:

 "Aperfeiçoar os santos para a obra do ministério"


 "Edificar o corpo de Cristo"
 "Alcançar a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus"
 "Chegar à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo"

Calvino disse que "ninguém recebe um dom para si mesmo, mas para o
proveito dos outros".

Cada dom é concedido para o crescimento coletivo da Igreja.

A verdade deve ser dita com amor (v.15)

 Paulo equilibra "verdade" e "amor" — dois ingredientes essenciais para


o crescimento saudável da Igreja.

Lição: Falar a verdade sem amor machuca; amar sem verdade engana.
A Igreja precisa de ambos para crescer em direção a Cristo, nossa Cabeça.

 Paulo encerra a seção destacando que cada parte do corpo “realiza


sua função”, e assim o corpo cresce e edifica-se "em amor".

John MacArthur comenta que "uma igreja forte não é aquela com um líder
forte, mas aquela onde cada membro exerce seu ministério".

Outro aspecto importante da unidade na diversidade é a inclusão. A igreja deve


ser um lugar onde todos se sintam bem-vindos e valorizados,
independentemente de suas diferenças.

Conclusão

A visão de Paulo para a Igreja em Efésios 4 nos desafia a enxergar a beleza da


unidade em meio à diversidade.

Ele nos lembra que cada crente recebeu dons específicos de Cristo — não
para exaltação própria, mas para a edificação do corpo de Cristo.
A verdadeira unidade não é alcançada pela uniformidade, mas pela
cooperação harmoniosa, onde cada membro desempenha sua função com
amor e dedicação.

Se queremos ver uma Igreja forte, vibrante e madura, precisamos:

• Descobrir e desenvolver nossos dons espirituais – Cristo nos deu


habilidades específicas para contribuir com o crescimento do corpo. Você já
descobriu o seu dom? Se não, ore e busque oportunidades de servir até
encontrar onde Deus quer te usar.

• Servir ativamente – Não basta apenas assistir cultos ou participar


passivamente. A Igreja cresce quando todos colocam a mão no arado e servem
uns aos outros.

• Buscar maturidade doutrinária – Precisamos crescer no conhecimento da


Palavra para não sermos levados por ventos de falsas doutrinas. A verdade de
Deus nos dá firmeza.

• Viver em amor e unidade – Os dons espirituais, sem amor, se tornam


vazios. O amor é o vínculo que nos une e dá sentido a tudo o que fazemos.

• Rejeitar divisões e contendas – A Igreja não é lugar de competição ou


disputas. Somos chamados para edificar, não destruir.

Charles Spurgeon disse: "Todo crente é um missionário e todo inconverso é


um campo missionário." Isso significa que parte de edificar a Igreja envolve
também alcançar os perdidos e discipular novos crentes.

Que possamos, como Igreja, abraçar nossa diversidade dentro da unidade,


reconhecendo que cada talento, cada função e cada pessoa são presentes de
Cristo para o fortalecimento do Seu Corpo.

A visão de Paulo para a Igreja é de uma comunidade caracterizada por amor,


unidade, diversidade e maturidade. Ele nos chama a rejeitar a complacência
e a buscar um crescimento contínuo.

Que possamos, como Igreja, abraçar nossa diversidade dentro da unidade,


servindo a Cristo com zelo e buscando a plenitude de Sua graça para edificar
uns aos outros.

Como podemos fazer isso?

 Descobrir e desenvolver seus dons espirituais – Para que a Igreja


cresça, cada crente precisa entender o dom que recebeu de Cristo.
 Servir ativamente na Igreja – A unidade e o crescimento só acontecem
quando cada parte faz sua função.
 Buscar maturidade doutrinária – O crescimento espiritual protege
contra heresias e fortalece a comunhão.
 Viver em amor e unidade – Sem amor, os dons se tornam vazios.
 Rejeitar divisões e contendas – O Corpo só funciona bem quando há
harmonia.

Charles Spurgeon disse: "Todo crente é um missionário e todo inconverso é


um campo missionário". Isso significa que parte de edificar a Igreja é investir
em evangelismo e discipulado.

Você também pode gostar