Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

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Esboço Da Lição 12
Do 1º Trimestre
De 2025
Por Murilo Alencar

DIREITOS AUTORAIS

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SOBRE O ABRA A JAULA

O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia e
consuma os corações!

Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.

No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.

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A VERDADEIRA RELIGIÃO
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago.

Domingo, 23 de março 2025

AUTENTICIDADE E PACIÊNCIA

O QUE VAMOS ESTUDAR?

Em um mundo onde tudo acontece com um clique e a espera se tornou incômoda, a paciência se
revela uma virtude rara e preciosa. Mas o que a fé cristã nos ensina sobre esperar? O salmista declara:
"Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor" (Sl 40.1). Neste
estudo, somos desafiados a redescobrir a beleza da espera, compreendendo que a paciência não é
passividade, mas confiança ativa em Deus. Vamos juntos, aprender a Palavra de Deus.

TEXTO PRINCIPAL

Coloquei toda minha esperança no SENHOR; ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de
socorro. (Sl 40.1 NVI).

O início deste Salmo expressa a gratidão de Davi por sua libertação, não apenas do perigo imediato,
mas também da morte. Embora alguns sugiram que se refira a uma doença, é mais provável que Davi
esteja falando de vários perigos, inclusive a morte, da qual ele foi salvo. Mesmo em meio a tanta aflição,
sua fé permaneceu firme. Ele não apenas esperou, mas sua paciência foi posta à prova por um longo
período de angústia. Através dessa espera, Davi nos ensina que, embora Deus possa demorar (na
perspectiva humana) para agir, nossa fé é testada na paciência.

A lição é clara: quando Deus parece demorar para nos socorrer, não devemos perder a esperança.
A fé verdadeira é provada na espera. Embora pareça que Deus está distante, Ele está sempre no
controle e nos socorrerá no momento certo. A paciência é a prova de que confiamos que nossa fé está
viva e ativa, aguardando o tempo determinado por Deus.

RESUMO DA LIÇÃO

O crente deve ser paciente até a vinda do Senhor, quando seremos recompensados por Ele.

Segundo o dicionário, paciência é a capacidade de suportar contrariedades, incómodos e

dificuldades com calma e tranquilidade; resignação. Qualidade de quem não desiste
facilmente; persistência; perseverança.
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A paciência, no contexto bíblico, é uma virtude que revela a perseverança cristã na espera pela
consumação da obra de Deus, até a vinda gloriosa de Cristo. É a disposição do crente de suportar as
adversidades da vida com fé firme, não sucumbir diante desânimo, à dúvida ou ao pecado, mas
continuar buscando a vontade de Deus e vivendo de acordo com Seus princípios, independentemente
das circunstâncias. Você é um crente paciente?

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I. OS MALES DA IMPACIÊNCIA

1.1 Frustração e ansiedade.

A LIÇÃO DIZ: A impaciência frequentemente gera frustração e ansiedade, levando a decisões

precipitadas e ações impulsivas que podem ter consequências negativas. Quando nos tornamos
impacientes, podemos reagir sem a devida reflexão, o que pode resultar em erros que poderiam ter
sido evitados se tivéssemos exercitado a paciência.

Após advertir em tom profético os ricos opressores de que seriam punidos por Deus no dia do juízo
(5.1–6), Tiago se dirige aos crentes que eram vítimas desses patrões injustos — os pobres oprimidos
pelos ricos proprietários de terras, para os quais trabalhavam como jornaleiros (5.7–11). A eles, Tiago
apresenta exortações práticas sobre como deveriam proceder. Deveriam aguardar pacientemente a
vinda do Senhor (5.7–8) e, enquanto isso, evitar a impaciência e as queixas uns contra os outros (5.9–
11).

O texto bíblico diz:

Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a
terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e
da primavera. Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está
próxima. (Tg 5.7,8 NVI).

Na perícope anterior (5.1–6), Tiago deixou claro que, embora o Senhor já tenha tomado
conhecimento da iniquidade cometida contra o justo (5.4), a retribuição e o castigo completo aos
injustos e opressores (5.3–5) ocorrerão apenas no dia do juízo final. Isso não significa que Deus não

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exerça justiça e juízo neste mundo, mas Ele reservou um dia específico para realizar esse julgamento
de forma final, completa e plena — o dia em que Jesus Cristo retornará para julgar os vivos e os mortos.

Diante disso (“pois”), os cristãos deveriam ser pacientes até a vinda do Senhor. Ser paciente
significa literalmente “ter um fôlego grande”, daí a ideia de não esmorecer ou desistir, como um atleta
que vai até o fim da corrida, mesmo ofegante. Eles deveriam encher os pulmões com um fôlego grande,
pois a corrida seria longa. Tiago já lhes havia determinado que fossem pacientes (cf. 1.3,12). A sua
ordem aqui – “sede pacientes” – sugere que eles estavam se impacientando e reagindo de forma não
cristã às provas às quais eram submetidos. Sugere que deveriam dominar os desejos de vingança e a
revolta e submeter o coração e os desejos a Deus, depositando aos pés do Senhor toda a retribuição.
Nosso autor não lhes recomenda a revolta, a revolução, a luta armada nem os encoraja a abrigar no
coração sentimentos de vingança.

A paciência tinha como fundamento a vinda do Senhor. Pode se tratar de uma referência ao
arrebatamento ou à vinda de Cristo para reinar. Os dois acontecimentos são usados no NT para
incentivar a persistência paciente.

O lavrador ilustra a necessidade de paciência, pois não colhe no mesmo dia em que planta. Antes
vêm as primeiras […] chuvas que fazem a semente germinar. Depois, no final da estação, vêm as
últimas chuvas, necessárias para a plantação produzir os frutos. Assim como o lavrador precisa esperar
pelas chuvas para que sua colheita amadureça, nós também precisamos aprender a confiar no tempo
de Deus. A impaciência e a ansiedade surgem quando queremos resultados imediatos, mas Deus
trabalha em Seu próprio tempo. Em vez de nos inquietarmos, devemos perseverar em fé, sabendo que,
no momento certo, colheremos os frutos das nossas orações e esforços. Confie em Deus, trabalhe com
dedicação e descanse na certeza de que Ele está cuidando de cada etapa do processo.

1.2 Relações deterioradas.

A LIÇÃO DIZ: A impaciência pode deteriorar os relacionamentos. Quando não temos paciência
com os outros, demonstramos falta de compreensão e empatia, criando conflitos e barreiras na
comunicação e no convívio.

A impaciência é uma expressão do nosso coração inquieto, que revela falta de domínio próprio e
amor. Quando não exercemos paciência uns com os outros, abrimos espaço para julgamentos
precipitados, palavras ásperas e atitudes que ferem. Em vez de promover a edificação mútua,
permitimos que a intolerância gere divisões e conflitos, corroendo o vínculo fraterno que nos une em
Cristo.

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Tiago adverte: "Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados." (Tg 5.9a,
NVI). A murmuração é fruto da impaciência e se levanta contra o princípio do amor que deve reger as
relações cristãs. Quando nos queixamos, assumimos uma postura de juízes, esquecendo que o
verdadeiro Juiz está às portas, pronto para julgar com justiça.

Na igreja, especialmente entre os jovens, é fundamental cultivar a paciência como fruto do Espírito.
Ou seja, devemos suportar uns aos outros em amor (Ef 4.2), reconhecendo que todos estamos em
processo de crescimento e santificação. A impaciência ignora esse processo, exigindo perfeição
imediata.

1.3 Perda de fé e esperança.

A LIÇÃO DIZ: A impaciência também pode minar nossa fé e esperança. Quando esperamos por
respostas ou soluções imediatas e elas não vêm, podemos duvidar da fidelidade e do plano de Deus
para nossas vidas, perdendo a confiança em sua soberania e bondade.

A impaciência pode solapar a fé e a esperança porque leva o coração a duvidar do tempo e das
promessas de Deus. Quando não confiamos na soberania divina, somos tentados a buscar soluções
rápidas, afastando-nos da vontade do Senhor.

Um exemplo claro disso é o episódio de Saul em 1 Samuel 13. Deus havia ordenado que ele
esperasse o profeta Samuel para oferecer o sacrifício antes da batalha. Porém, impaciente com a
demora e temendo o inimigo, Saul decidiu sacrificar por conta própria. Esse ato precipitado revelou
falta de fé e desobediência, resultando em sua rejeição como rei (1Sm 13.13-14).

Assim também, quando deixamos a impaciência dominar, corremos o risco de agir fora da vontade
de Deus. Por isso, Tiago nos exorta: "Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor." (Tg 5.7).
A paciência é uma demonstração de fé viva, que espera com confiança o agir perfeito de Deus.

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II. BENEFÍCIOS DA PACIÊNCIA

2.1 Crescimento espiritual.

A LIÇÃO DIZ: A prática da calma e da mansidão é uma forma de disciplina espiritual que nos molda
e nos prepara para enfrentar os desafios da vida com sabedoria e resiliência. Além disso, o crescimento
espiritual resultante da paciência nos aproxima mais de Deus.

A paciência, conforme ensinada na Bíblia, é uma virtude que está diretamente ligada ao
amadurecimento espiritual. Ela é uma ferramenta usada por Deus para nos refinar, fortalecer a fé e nos
transformar à imagem de Cristo. Alguns para reflexão:

• A paciência como teste de fé. A paciência é fundamental para o amadurecimento espiritual, pois,
através dela, a fé é testada e refinada. Tiago 1.3-4 diz: "Sabendo que a prova da vossa fé produz
paciência. Ora, a paciência deve ter a sua obra completa, para que sejais perfeitos e íntegros,
em nada deficientes." Aqui, a paciência é apresentada como o resultado de uma fé provada.

• A paciência produz esperança. A paciência está ligada à esperança, pois nos ensina a esperar
no Senhor, mesmo em tempos de tribulação. Romanos 5.3-4 afirma: "E não só isso, mas
também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz paciência; e a
paciência, a experiência; e a experiência, a esperança."

• Jesus como modelo de paciência. Jesus é o exemplo supremo de paciência. Ele demonstrou
paciência ao lidar com as adversidades, sofrimentos e a incredulidade das pessoas. 1 Pedro
2.23 diz: "Quando injuriado, não revidava com injúrias; quando maltratado, não fazia ameaças,
mas entregava-se àquele que julga retamente." Ele é o modelo de como devemos responder às
dificuldades com paciência e fé.

• A paciência como fruto do Espírito. A paciência é um fruto do Espírito Santo e, como tal, é
essencial para o crescimento espiritual. Gálatas 5.22-23 ensina: "Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio."

2.2 Relacionamentos saudáveis.

A LIÇÃO DIZ: A prática da paciência promove relacionamentos mais saudáveis. Ser paciente com
os outros demonstra amor e respeito, criando um ambiente de compreensão mútua e apoio,
fortalecendo os laços interpessoais.

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A paciência é essencial para a construção de relacionamentos saudáveis, pois ela envolve
compreender, suportar e respeitar o tempo e as falhas dos outros, promovendo harmonia, empatia e
perdão. A seguir, apresento como a paciência:

• A Paciência como exemplo de amor. A paciência é uma característica central do amor cristão e
é vital para manter a paz e a unidade nos relacionamentos. 1 Coríntios 13.4 ensina: "O amor é
paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não se vangloria, não se orgulha." O amor paciente,
como descrito aqui, é uma base sólida para relacionamentos saudáveis e duradouros.

• A paciência promove a harmonia. A paciência ajuda a resolver conflitos de maneira construtiva

e impede que as pequenas divergências se transformem em grandes disputas. Efésios 4.2 nos
instrui: "Com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros
em amor." A paciência nos permite lidar com as imperfeições dos outros sem agir de forma
impulsiva ou agressiva.

• A Paciência ensina a perdoar. Relacionamentos saudáveis são construídos sobre o perdão, e a

paciência é essencial nesse processo. Colossenses 3.13 ensina: "Suportando-vos uns aos
outros e perdoando-vos mutuamente, caso alguém tenha queixa contra o outro. Assim como o
Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós." Quando somos pacientes, estamos mais
dispostos a perdoar e a entender as falhas dos outros, em vez de reagir com raiva ou amargura.

2.3 Paz interior.

A LIÇÃO DIZ: A paciência também traz paz interior. Quando aprendemos a esperar com
tranquilidade e confiança, reduzimos o estresse e a ansiedade, experimentando uma sensação de
calma e contentamento, independentemente das circunstâncias. Essa paz interior é um reflexo da
nossa confiança em Deus e na sua soberania, sabendo que Ele está no controle e que o seu tempo é
perfeito.

A paciência desempenha um papel essencial na conquista da paz interior, pois ela envolve aceitar
as circunstâncias e confiar no controle de Deus, especialmente durante os momentos de dificuldades
e incertezas.

Em Filipenses 4.6-7 está escrito: "Não andeis ansiosos por coisa alguma, antes, em tudo, pela
oração e súplica, com ação de graças, apresentem-se os vossos pedidos a Deus. E a paz de Deus,
que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo
Jesus."

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Em Mateus 6.34 afirma: "Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará
as suas inquietações; basta a cada dia o seu mal."

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III. PACIÊNCIA X IMEDIATISMO

3.1 A cultura do imediatismo.

A LIÇÃO DIZ: Vivemos em uma cultura que valoriza o imediatismo, onde tudo deve acontecer
velozmente. Esse desejo constante por resultados instantâneos contrasta diretamente com a paciência
bíblica, que nos chama a esperar o tempo de Deus.

Cultura do Imediatismo refere-se a uma mentalidade ou comportamento que prioriza a gratificação

instantânea e a satisfação imediata de desejos, expectativas ou necessidades. Essa cultura,
amplificada pelo avanço tecnológico e pelo consumo acelerado de informações e serviços, gera uma
pressão para que tudo aconteça rapidamente, sem considerar o valor do tempo, da paciência ou do
processo. O imediatismo está intimamente ligado à ideia de que tudo deve ser acessado de forma
instantânea, seja no âmbito das redes sociais, entretenimento, ou até mesmo nas relações
interpessoais, profissionais e espiritual.

O imediatismo tem afetado os jovens cristãos de várias maneiras. Aqui estão alguns efeitos
notáveis:

• Superficialidade na fé. A busca por respostas rápidas e fáceis pode levar a uma fé mais
superficial, onde os jovens não buscam um relacionamento profundo com Deus. O imediatismo
pode criar uma expectativa de que os desafios espirituais sejam resolvidos de forma instantânea,
sem o devido processo de crescimento e amadurecimento na fé.

• Falta de perseverança. Quando os jovens não veem resultados rápidos em sua jornada espiritual
(como em orações ou na busca por entendimento), eles podem se desmotivar.

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• Expectativas distorcidas. Muitos jovens podem ser influenciados pela ideia de que o cristianismo
oferece soluções rápidas para problemas pessoais, como questões de identidade,
relacionamentos ou até mesmo questões materiais.

• Consumismo espiritual. O imediatismo também pode contribuir para um tipo de consumismo

espiritual, onde os jovens buscam constantemente novas experiências, emoções e
ensinamentos que "ativem" sua fé, mas sem se aprofundar no verdadeiro discipulado.

3.2 Valor da espera.

A LIÇÃO DIZ: Tiago 5.7 usa a metáfora do agricultor que espera pacientemente pelo precioso fruto
da terra, 'até receber as primeiras e as últimas chuvas'. Este exemplo ilustra que a espera é valiosa e
necessária para o crescimento e a frutificação, um conceito muitas vezes esquecido na pressa do
mundo moderno.

O agricultor, para colher bons frutos, precisa aguardar o ciclo natural da terra, que inclui o tempo
das chuvas, o crescimento das plantas e a maturação dos frutos. Cada etapa é necessária para que o
produto final seja de qualidade. Esse processo de espera exige confiança no processo natural e no
tempo certo para a colheita. Da mesma forma, na vida cristã, a espera é uma parte essencial do nosso
desenvolvimento espiritual. O valor da espera é essencial para o nosso crescimento espiritual. A Bíblia
ensina que "os que esperam no Senhor renovarão as suas forças" (Is 40.31).

O agricultor não pode apressar as chuvas; ele apenas se prepara para elas e confia no tempo certo.
Da mesma forma, nós não podemos apressar os tempos de Deus, mas devemos confiar em Sua
sabedoria e em Seu calendário divino.

A frutificação na vida cristã, como a frutificação na terra, é o resultado de um processo contínuo.

Não ocorre da noite para o dia, mas com o cuidado, a paciência e a perseverança. Jesus ensinou que
o fruto vem através da permanência Nele, assim como o ramo de uma videira só pode dar frutos se
permanecer unido à planta (Jo 15.4-5). A paciência é a chave para esse processo: a espera ativa, a
meditação nas Escrituras, a oração constante e a prática do amor e do perdão são os "fertilizantes"
que nos ajudam a amadurecer espiritualmente.

Além disso, a espera na fé pode gerar frutos que não são apenas pessoais, mas também coletivos,
abençoando os outros e ampliando o reino de Deus.

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3.3 Testemunho de fé.

A LIÇÃO DIZ: Veja o exemplo de Jó. A paciência dele em meio às adversidades revelou uma fé
profunda e madura, uma maior intimidade com Deus (Jó 42.5). Ele foi duramente provado, mas
permaneceu firme na certeza do cuidado de Deus.

Lembremo-nos de que a “paciência” de Jó não foi passiva, mas ativa. Ele questionou, protestou,
argumentou, chorou, lamentou, discutiu com Deus. Contudo, seu mérito foi nunca abandonar a fé e a
confiança em Deus, mesmo sem compreender plenamente a causa de seu sofrimento (cf. Jó 1.21–22;
2.10; 13.15; 16.19; 19.25–26).

Jó esperou pacientemente no Senhor e Deus o honrou. Ele não explicou nada para Jó, mas apesar
de Jó não conhecer os porquês de Deus, ele pôde conhecer o caráter de Deus (Jó 42.5). A maior
bênção que Jó recebeu não foi saúde e riqueza, mas um conhecimento mais profundo de Deus.

CONCLUSÃO

Tiago deseja encorajar-nos a sermos pacientes em tempos de provas. Como um agricultor,

devemos esperar por uma colheita espiritual, por frutos que glorifiquem a Deus. Como os profetas,
devemos procurar oportunidades para testemunhar mesmo no meio do sofrimento. Como Jó, devemos
esperar para que o Senhor complete Seu amoroso propósito em nós, mesmo em meio ao sofrimento.

ABRA JAULA – PB MURILO ALENCAR

REFERÊNCIAS

• MOO, Douglas J. O Comentário de Tiago. São Paulo: Shedd publicações, 2020.

• SWINDOLL, Chales R. Comentário de Bíblico Swindoll: Tiago, 1 & 2 Pedro. São Paulo:
Hagos, 2021.

• NICODEMUS, Augustus. Tiago - Série Interpretando o Novo Testamento. São Paulo: Cultura
Cristã, 2019.

• LOPES, Hernandes D. Tiago - Comentários Expositivos. São Paulo: Hagnos, 2006.

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