0% acharam este documento útil (0 voto)
101 visualizações46 páginas

HORTA, Raul Machado. Direito Constitucional. 5 Ed. Cap 4 - Autonomia Do Estado

O documento discute a autonomia do Estado no contexto do direito constitucional brasileiro, abordando sua definição e importância na organização do sistema jurídico. Destaca a complexidade do conceito de autonomia, suas manifestações e a relação entre autonomia normativa e a criação de normas jurídicas. O texto também menciona a crítica de autores sobre a aplicação do termo e suas implicações no direito público.

Enviado por

jocionejunior
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
101 visualizações46 páginas

HORTA, Raul Machado. Direito Constitucional. 5 Ed. Cap 4 - Autonomia Do Estado

O documento discute a autonomia do Estado no contexto do direito constitucional brasileiro, abordando sua definição e importância na organização do sistema jurídico. Destaca a complexidade do conceito de autonomia, suas manifestações e a relação entre autonomia normativa e a criação de normas jurídicas. O texto também menciona a crítica de autores sobre a aplicação do termo e suas implicações no direito público.

Enviado por

jocionejunior
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 46

C.\PII tr.( )
AUTONOMIA DO ESTADO NO DIREITO
CONSTITUCIONAL BRASILEIRO

SUMÁRIo
1-\"oçi. d. antdromj.. 2. nr Consntn,!,io l-e(lcÍil tl. I8r l. 3. Al,(,gcu (là ,u
tdio.rix nà (i,rslitxrção iist,d!rl.
^uono.rú
4. Laorl,nâocus do corstituirtc estatlual. 5.
scli la.di.à (lc cDqtràdrxmcrto.6. \.rrma c r. ida.lc.7. SuPres',n) (h ^ut,,ronrli
r\ü
^un,.(n!1,.8.
ron,,hi, iu (:(,srirLJclo lil.Íâl dc 1!14 9.,{!r.tr1o,ila cst^dnal. 10. lic,psr tla 0tononria
11. Rrstru çi,r rL rrt,rUmir nr (jr»srituic,io |oLItrJ dc 19,16. 12. Sc.lxlcoiação .le xIn)no
.,i.. l-3. ,'\ür(Â,nir n, (l,nrsriiLr!â.) l'e(lchl rlc 19ó7. 14. Rcôlgarização .lo fcdcrâhsD.r e
aut.{r(,n;1 .r U(,rs1it!ic,io li(lcÍal (1. 1t)88.

I NOÇÃO DE AUTONOMTA

r\ ,rulorronri,r rlo llstrdo Nlcmlrro coníitui clcm!rlt() csscncjal à c()nfigu


rirçi(, rlo Iislx(Io Fc.lcml. Nào se rccolhc di,crgência subsrncial urttr ()s cs
tLrLliosos da formr ile llstatlo:r rcspcito dcssa car?ctciizaS:ãí). () quc se ot:l,
.r{) contr:rÍio, a â frcocu|xçio rlc empLcgar o rcrmo prriprLo PxÍx rÍxdrrTir â
rrrr cnsirl.rde da iclór;r.l
.\s dilicukhdes dcspontrm quando sc buscÀ prccisâr o concciro dlr errron()
rrrr,r, rcvchr o sur q)n1cú.lo c (lrr â noç,lo do plincípto csscncial dr organi::acâo

MOUSKHÉLY, M. ?,r/zJ,ri.ü.a .le/ tutdda FldtÍdl. LtldÍid: Âgnilât 1931, p. 271; BUR DEAU,
Georye' DdÍ tonltitrlbn,l ú,rdírloe! ?ú/itiqr6.9. ed. P2rls: LGDJ, 1962, p. 45; ITREIOT,
Matc.| lntiírííofl! ?oliiEai! et lroit a"rt;t,t;0,n./-z- e'f- Paris: Dalloz, 1961, p. 232j ROUSSEÀU,
C,tià:Jes. Drúit itenana,.l?,r/i. Paris: Recueil Sirel, 1953, p. 105; SCEI-LE, Geolges. Pré.is de
d.oit des gens. Paris: RecuelL, Siret,19:12, v. 1, p.199; RÂMIREZ, Felipeltna. Demha.o"rnnr
iatul tuNnana. Mé\tco: Pó.tux, 1955, p. 14:l; GÀRCIA PELÀYO, I'ta,uel. ,,uúo .a"úihiiaral
.a»ldrdla. 2. ed. M^dtiá: kcvist, de oddcote. 1951, p. 200; PlN l o FERREIRÀ. -P,r./l/6grzri
l0 àtuií| úúitu.íonn/ tu\idn. ,1. ed. São Pâolo: Sar.iÍa, 1962, t. 2, p. ó16; MELO IiIL{NCO,
Alônsô Árinos de. C,r, á iir,ito ,o,!i/r.íud/ btd\ihito. R1o deJaneiro: ltcviste Forense, 1958, s
I, p. 1ó1; iuÀluNl-lo,Josaph^Í. PatuM fto/drileat$ rtletutão bÍd!;hi/a- Bahiàt ArtÊs Gr^E. s,
"n
19s4,p.61-
ÁuÍoNoLta Do ÊsÍaDo No DIREITo coNsÍfiuclol{ÂL BRÁslLElRo

sepode actescentat a numeÍosa listâ dos que cxptimem noçôes cojnciclcntes, para
fL'gistra a imprecisâo do termo e â dúvida lhe âssâltâ o espírito
quanrlo procura 6xar convettcÍ a autonomia em objeto do conh€cimcnto jurídico.
o traço espccÍ6co da autonomia.
Sanli Romando destaca t âutol€gislação, â comPetênciâ para criâr ordeoâmento iu
Os publicistas itaiianos, que se distingr:em pela importânte contribuição
_ doutri_ rídico, como dado indivrdualizador do conceito jurídico de autonornia.
j,1#llilf;l'o .r"i^"- a" -cn.io,'u, p..f ,"
:,1T:: J:::11T:.1"r".ili,'jl1 ^. Matsimo Serem Gian ni,tl àepors de classificar fotmas plurais de sua manifes-
tâção, concenúâ, unitâdamentc, na 6guta da autonomia notmativa, â cxpressão
Saxti Roaano,3 sernpre ícsteiado pela sua incstimável contribuiçâo,
pôe em dcsra- abrangente do termo.
que a sigoificaçâo múltipla da palavra autonomia na linguaçm jurídi.",
p".".rr."- Autonomia provém, etimologicamente, dc nónos e àesrgta' tecriamente, a edi-
recet a nece-ssidade de conceito especí(tco. Matino Scaen Gianninl
iorciao ..u Jogr,
tsi Co cchi di A tafiafiia com a candente critrca zo emprego difuso rla prlru.u, ção dc notmas própriâs, que vão organizâr e cotstituir delctminâdo ordenâmento
,ruia.
vezes por reílexo contaminadordâ apÍopriação do termo )rridlrco. CosÍaatino Molad') identlfrca dois elcmentos que integÍâm o conceito dc
pcla linguaiem não jurídi_
ca. Anarrlino Moiat? oferecc a medida das dificuldades âutonomiâ: alt,rgd f«<io,,e e attonontaT.ione. Â ordem normatir,a se aPfcscnta em
quando inclrr] o .orr..ito a"
autonomia entre os mais atormentados da dogmática desdobramento que abraoge, no ptimeiro momento, a orlgnizaçào piópÍir. no seu
Viint4t
iurídica. Sica,6 Saluatan
interior, e, no segundo momento, a otdem noÍmativa se proieta pâÍâ forâ, âtravés
Ranad e Atgelo Valet , coincidem ra críticâ às imFregnações inpuà" qo.
a Érração conceitual do ptincipio. "rrrboru, do estabelecrmento das relações e dâs notmâs teguladoras dc tais relações..ç,rh.)ataft
çâm
Rnnard) assoan a attonomiâ ao poder de criâção do ordenameoto jurídrc<». Vittrerya
No Direito Público bt^slleko, Francirtt C,anpof observou gue o conceito
de auto_ Sicl saltena a capacidade de auto org niz ção e â de determinâÍ âs normas relâ
nomia ingre-ssou no campo pubJi(isrico .,pelâ porta escusa dâ política,
como um útu- tivâs à orgÀrizâção ptóptí^. Piern Virgdt disriague o asPccto político c o asPecto
lo de reivjndicaçào das comunjdades locais contra o al.:solutisÀo jurídico da autonomia. No pdmcito, sobressai o âutogovcÍno e â indepcndência de
do podet centtal,,, e
cssa origern obstâva o tratameDtojuftdico da âutonomia. Se, nas décadas de vintc, a coDtrole estâtal. No segundo, a âutonomiâ sc confunde com â atividade legislâtívâ.
solução sc impunhaao especialmentc quando É a cxpcdição de normas gerzis. Criào Zaaobhr'á caracterizr e autonomia pclo podet
iurisrâ, sc propunha abalar o ptcstígio
mmântico da palavra, a situâção âtuâl do conhec;mento de elaborar normas jurídicas- MortkhefT conccbe a autonomia como a caPacidâde de
luriaico, apO. a.prrr"fto
das inÍluências metajuridicas, permite o tratamento jurítlico "
da autonotria, sem deç uma ordem jurídica pata tegulamentar seus PróPrios zssuntos, expedindo normas
corheceÍ a intercoÍrência de diáculdades inerefltes a toda concejtuação. jwídicas. Panll-.aband]t de forma mais desenvolvida, âPÍcscnta e autonomia como
Há elemcntos constâotcs e dcEÍridos na composição do conceito de podet de direito público não soberâno, capaz de estabelcccr por dircio próprio, e
autonomia,
como se podc extrair do ensinamento dos autores italianos nâo por simples delcgação, regras de direito obr rgatório. E a lcgislÀçào pÍópr,À (-tel-
mencionados, que rcpu_
tamos dos mais autorizÂdos coflheccdores damatéria, no b gerel<AebtlnQ Edmrdo L- Llorett.l' er:ge a faculdade de dcclaÍar floÍmâs cm traço
Direito públi.o,. qunis
"o. câÍâctetístico dâ âutonomia, Tena Ranin{a fedcraliza o co! ceito e toÍnâ a Âutooomi^
SCELLE, c€orges. Ob..it., p. t99. competênciâ dos Estados Membros pâÍâ revelâção de suas própÍiâs iloÍmas e, de
SÂN-TI ROMÀNO. F,,,,-, ú u di<j@üío
forma culminantc, de sttz Constituição. loão Maryabeira,2' aglutinando os clementos,
[email protected] Ltâío: Dôtl. Á. Ciuffrô, 19s3, p. 14.
GIÂNNINI, M$simo Socro. Sâg8io sui concetti di Rititd .tiinüha;
P,bhln. p. 851, ont /àez. 195't. ^lronoftit ii Díntu
5 MOR'rÁTl. a ,.rú,im. irrt,Voa 4 dn
10 SANTI ROMANO. Ob. ciÍ., p. 14, 17.
()
afabülitu ^ ed,*.prd,.v,:Ledr'r1,t960.í Ip.úJ?. l1 GI^NNINI,ltÍâssjho severô. Ob. cit., p 852'853.
srí
Â, Viícenzo . údb"to dl, korid dd/z a"túMtd.Ntu,?o"atc. Nzrotes:
D-,. Erg";.J*c,,c, 12 MORTÀTI, C.Àlantino. Ob. .it., p. 640.
1961,p. 1.
7 ROÀrÂNO-, S^tvÍ@e. ,r,/d ohí. .r 13 RoMÂNO, Sâlvalore. oh. cn., p. 817 818.
our./dez. 1956.
lritutd_ l
ppunti) Riista ri,nesü,le di Dilirto pubbtico, p rjt7,
14 SICA,Vin.enzo. Ob. cit., p. 4, 56, 184,221-
8 VÂLEN]-], Ângelo. Lsotuzlone detra polestà normàrivâ dcgti e.ri internâzh,rati. 15 V IRGÀ, Pietro. -tl ugi, n. Mika: Da/í. Á. G|!fítà,1949, P- 8'10.
mesrrale di Dirilro Pubbtico, p.382,abÍ./iun. 1961.
Rivjsta Td- 16 ZÂNOBINI, Gujdo. C,& di àtita aàtui nttunw. L cd. Níilão: (jluffÍà, 1958, r l, P. 77
9 CÀMPOS, Fmocisco. D;nr'a ta nibd6at. Rjo d.lúciÍo: rErtâs B,sros, 17 NIOUSKHÉLY, Michcl.Ihoríâ iuÍidicâ dcl Esrado Fcdeal. Mdtid: N{. Àguil 1931, p. 266-
1956, q 2, p. 42r.
P.dro L($r n,io alÍêmr', dur id, sobr( o r8n rcrito
1a LLRAND,PaDI. l, dnit?"bli. d. |Ehpire Áthna,td. P^ns: Giârd Briêre, 1900, r.^r,1, p. 178.
turí.tno d, aLrônom,a: ..Se há ,cúho 19 LLORENS, Eduardo.lia"k afiid o k,rtestu.i,k rrllr?2. Nlâdrid: Revrsta de Dcrcclo Privadô.
dc ,, " 1(i,, prÊ.,.a , r' lrrBuí.t , dire,rô coní ruc:nnrre do direrro,dmin
suari,.,. _ 1t)32,p.71-
ronohia. AutonoDia, denne um especjatisrn ncsm matéria, lnetalnente ". " ",-
(*lfqosúrrJcnl. RrÍúi,, .oúíit do,t_ Rio.Jc
stgnil.ica autogo,erno 20 R,{ÀrÍlREZ, lrclrpc Ten . Deftúo t0,,íit,.i0,al cxi.a,a ÀrÍéxico: Iorríra, 19ss, p.71.
FÀLrora aasdcira t_ux. t1)zS. o. ;a_
Jneno: 21 MÀNGABETRA.loão. Fn tono da Ci$l;tt tào.Seo Paulo: Nachoal,1934, P- 28.
AUÍONOMIADO ESÍAOO NO DIRÊITO CONSÍITUCIONAL BRASILEIRO 333
oferccu dehn]çàu cumprcersi\ / dâ auB poder dc oma coletividade para
(){gânrzâr, sem inreõ-eoçuo dc solução híbrida, pois, no iuízo âutorizâdo de Tauaru BaÍoq2a <1te âcentuou csse
.r,orrrrn. o'".1..1l1comoe Írxar as regtas jurídicas'
a" p,a-,*i,a" dcntto hibridismo, "se não estabelecia a federação, participava de ambos os sistemas".
"i,*r" õü; ##j*"rno
q a revelação de capacidade
Âs idéias de Federação tiveÍâm, ã[iás, razoávcl difusão nas lutas que preccderam
,,-1-Tl"l"-, ,O"rtanto,
organrzam, pteeochem e desenvolvem
para expedir as normas gue
e sucederarn ao 7 de abril de 1831. O Vittortde da Ungua?5 consignou que "los anos
o ,,rdenamenro luridic" a.. *,..
Esvs normrs var iam na qualrdade. na
quanr id"a.. * r.i*_",.
,'ii.... de 1830 e 1831 prcgrediram no Impétio idéias de fcdetação", embora tcssalvassc a
rj/l-ncn e, núrm25 csra,r,;-i^r, ro,-". " ^^*-
.L'"j obscuridade dessas idéiâs, por não encontrar flcsse tempo "idéiâs lixâs e clarâs". O
do
i.g;,i,,;;,;;;;;;Jffi,[":ilT"ii];Ilj- progesso das idéias federalistas não deixou de incomodar D. Pedto 1. Leml:ta o h
a csruru-a e as pcculiaridrdes da ordem jurídica.
Áauronomia nào é.onceito merajurídrco nrde d,t Uruya?6 qte o Lnperador, então na cidade de Ouro Preto, na proclamação
. ou inapreensivel ao conheci.ncnro dirigida aos mineiros, em 22 de fevereito dc'1831, exprobrava o crime daqucles que
otco. (i co"mo iurÍdico ó o ccnario de ir.rrr.
sua ariv;a"a. nor_r,irr. A ,"1;;;;;.:.J;.,,
cntre a autonootia e a criação de noffnas "cscrevem sem rebuço, c coocitâm os povos à federação; e cuidam salvar-sc deste
cq é $rficicÍrte para
próprir., p^r"."r"iu,i;;;;;;;;;_ crime com o att. 174 da Lei Fundamental, que oos rege".
iustificar a noção jurídica de autonomia.
Á autonomia é jdéiâ com afloramentos intcrmitcntes, Não se pode omitir, nesses antecedentes da idáa federalista e autonomista, uma
, mas consrantes. em tle- ftfeánci^ à Co rÍit ilãl de Ponto Alegre, destiaada a legitimar o golpe de llstado de 30
íodos diferentes da história poiítica brasilerr".
rzes ncr passado e constitui, flo
õ;;;;;.*.
ü::;iil:i"::"!, de julho de 1832. O tefctido text<-r, q,rc
-lararet
BastafT nostalgicamente apelida de
dizeÍ de L.,,, C**;rr,rr,l^ ,. Constituição reformâdâ, "lârgo pâsso dava à idéia federativa", "orgaoizando uma
e\.oluçào polirrcâ,,. Á C.^,i*ir" j. "ti^*;.:;r;;
l"r"rll-.i1,..-*
sas menrleslaçô(s l":"a
fcderalrsres. que orc
ió;;;;;;;.. quase fedcração", como frisou Otáuio Tarquinio /r Jor4a,a no estudo dedicado à "rc-

r,, uo r"rr,,"_, àl5(lc ;;;];,i1,:::1Í dâ monzrqu ia iedcra volução dos três Padres".
r
:.: ^ ^doçào
qDer con, na autorjdade
tut t^, a. M-t ,qni*,.;;;;;;;;:" '"ntrxrrâs 'poio O princípio federativo, que o Manifesto tepublicano de 3 de dezembro de 1870 con
:oopâtibilidâde enÚe monarquia
fêdetativo_ e sistema ccbia como imposiçâo topográ6ca do nosso terltório, só ingÍessou no diÍáto público
brasileiro após a queda do regime monárquico- O acontecimento enceffava uma iiçãn
p*-: a.assinarar, colrlo obseÍ,a F./irbetla Fftire,zj parâ os estâdistâs ifllpeÍjais gu,elj2,m M0 telqde , mâs não entendelam a tcalidade ou
**).]:-."*-:^":-.1,,]"1:,:
u uçr(o oâ concepcao tederxlisrâ. que foi rmpregn.rr.
" na vcrsào do aut<x da Htqjna foram insensívcis aos reclamos dela. As promessas autonomistas contidâs Ío ptogramâ
La útma al da ]{ppnbti& dot b.tadot I tnita:
do Báit *r", a;; à;;;;;" ;, ;;; do Gabinetc dc 7 de jun}o não seriam efetivadas pelo parlamentarismo monárquico.
dor, implanrada pe " e
revoluçzo pernambucana tlc 1g24,
a
e mars duradoura Reptlh

ij.l"l lIllll
1*r
*
ârvorcceu o e<piri,o r.p,br,.,;";;;;.;;il"';J:Íi" A República e a Fedcração surgitam consagradas no Decteto inaugural do Govcr
roclas tcdeÍalrsres agiraram no Provisóio da Rcpública. Âs Proviocias se aglutinaram pelo laço da Fedetação e
as reuniões da Cámar a., S.nrdo
do I-p;ri., irr. pâssârâm â constituii o novo Estado Fedetal. O Dccreto n, l, de 15 de nol'embro <le
as discussôcs oa
!,-ooosiçào que auro-izzvr
de 25 de março de 1824.
" a.,b""q*;;;;ff,ffIJil: 1889, não dissimulâ â influência quc recebeu dâ doutrinâ dâ sobeÍânia dos llstados-
Membros. Pot isso, as antigâs PÍovínciâs do Império, no ato de sua ttansfotmação
2 ÁUTONOMIA NN, CONSTITUIÇÂO FEDERÂL DE em llstados da Federação, são iovestirlas no exercício dc legítima soberaoia, para
1891
dccretar opottunamente a suâ Constituição de6rilivâ, elcger os seus corpos delibe-
Á "monatquia fedeetiva,, retomtru em rativos e os seus governos locais.
m *'l 9TT o:s Deputados,
para ser deputada na
d"i'j1'!:].i:"
câ-n,, Â]*, .io." À inspiração teóica da soberania do Estado não perdurou no diteito positivo fe
A Lcr n 1ó. <rc, 2 de agosr. de,r,i;Tilfl
-.
nao obsranrc
:; ;Tll,illljil",Iljlll, deral. O Dccreto n. 7, dc 20 de nowmbro dc 1889, expücitou o âlcance dos podcres
os reeuos dranrc do fcdemLsmo reformisrâ, estaduais, desfazendo o equívoco cometido pelâ natutal exaltação dos seotimen-
li.ou ..rido ;rn;;;:;:
24 RASTOS,T^!aÍ1§ A ?tuítuid. São Prulo: Compânhia Edito.â Nacional Bras1li.nl, 1937, p. 91.
22 CÁR NEIRO. l.cr,. O f€.1(ratumo. 25 VISCONDIj do URUGUA\. Eíkdd ?tiú tu a ndDhnhaúo d"t ?ntirà6 n B/atil. Rio áe
Suâs cxDlosôr
ttt !0 t t..taritu t c?opn|t a B*.,h*- pnn",,o.nn' confcdÚacào do Equdor. Rulta la tt!
A
--*" "" 's'"'so de I'Iistólia N1.ional)' Rio deJaneilo, Jàn€úo: Gàrniei, 1865, púte I, L 1,p.11.
p-,":, -p..i"i, o. iqi. ióirl 26 VISCONDL do URUGUÀI. Ob. cit.,p.11-12.
FRFIIRI., ",-oFelisbetLo. Hrlú a Co Íht4dotu/ 27 BÂSTôS, TâvâÍes. Ob. cn., p.88.
dd Rd,, 1' L uaaa' àa Btu; 2.ed Riooe
i.*,-, rip.g*n, ar,i",. iár,., rir'iri' "'"u"" 'da! 28 SOUZA, Otávio Tarquirio ác. Hnitu dc dM galPil dc Eilz?a Rio deJaneiro:Josó Olímliô. 1r39,
RAUL IIIÁCHÂDO HORTA

tos Ícvolucionários. O Dccreto n. 7, que iá envolviâ dclegação incompâtível com a enâsreuniôescoletivÂsdoMinistéIiosobâPrcsidênciâdoChefedoGoverooPro. os


documento que contcm
autonomia, acabou por supnmir os últimos laivos pon enturâ dela ierxroesceÍrtes, visóio, no Palácio do Itamarati Âssim se PlePârou o
â autonomÉ
qua6do, como cxpõe Felitbello Frein,'ze tendo rcsctvâdo pâra o Governo Provisórjo fin rr""n,ot, de catátet materialmeÍlte coostitucional' sobre
"ri-"iro. m:s é Ir
5;';;; M;;,,;;;; drreiro brasilciro \ào sc tÍÀÍ' de aro constitutnre'otf^:]:'
o dircito de restringir, âmpliâÍ e suprimir qualquer das attibuições delegadas aos
do texto coÍrstitu<it"+
Governadores estaduais, pouco a pouco as foi testringindo, até reduzi los a rneros ...r,rta1 i"o"i".r, ,fue exeÍccu Da elabolâçào
govetnos âutômâtos, sem a menor soma dc iniciativa. Á soberania do Decteto n. 1 emboraenrreoProjct',doGovernoProvisorio€aConsri'uiçãoelâboradlP€lo('on
<livergêncras assinalár'eis uma das áreas de
divcrgência
se dcs\.aneceu nâ mitigada autonomia do Decieto n. 7 e esta sucumbiu diântc das ;;;* C;";"--,J *istam
dcdicado F''rados
intenençôes do podct federal. ,..rdiu, prccisr'tenrc. no Iei\to
'Ô<
e na Ícdaçáo do DecÍcto Í1'
Felirbella Freiru, quc for testemuoha c historiador da fundação da República btasi À autonomia tlo Estatlo-Membro, oo Decreto n 510'
que não lhe intÍoduzlu modilicâções neste Pâ!t1cu-
leira, assim descreve o movimeflto dc cort(ação dos poderes estaduais, que acima 911-4, dc 23 de outubro de 1890,
no seu conteúdo c oas suas lirnitações O Dccreto
Procuramos e\PÍimirl Lr, 6cou clarrmerrtc con6gurâdâ
do Estâdo-Mcmbro: câPâcidade
a
"Os Íepresentafltcs do Goveino Pmvjsório forâm os primeiros â dâr arrzs de um fed. siO ,".onlr..i" o auplo Ionteúdo da autonomiâ
". âlém do
Íârismo que úegâvâ às rajas dâ confedenção. a. pelo exeÍcício do podeÍ constitr'rinte' e â dc constÍLrir'
"*a-rg""t-"", orrlenamento
o jurÍdico odinário' mediante o exetci
Ivt2s cedo retrocederâm, po.que ür@ â insübsisrônciâ de tâis doutrinas e os âtritos quc ".a-^-".i,. -"ui*"ional,
podim protir dc tel delegação
cio da atividade legislativa'
se' flo Ilstado l{embro' não é
Para esclareccr que a câPâcidade dc âuto-oÍganizar
sobcÍania' como €quivocadamente
Quâ.dq po!ém, os Gorernâdorês eotraram a gcrir os negocios dos Bstados, pelde *"-ff.a. a. no
-*'..frcra;o,
excrcrcio de suâ
Íâm quâse todas estas atribulçõcs, aprolirafldo-se suÀ situação à dos Presidentes dâs
;ffi;;;;;;; constituição do Governo rtovisótio tccnica-
1, o Projeto de
Províncias."Yr
Iimitâções fundamentais' que iriam condicionâr
o exercício
;;;;;;;** ú,r.
O Dccrcto n. 510, dc 22 de junkr de 1890, encârcccndo quc na revolução de 15 de da âutonomia, a sâbcr:
novenrbÍo reside â origem do Diteito Público republicano, corporiÍicâ essa concep- 1. a obediência à formâ republicâÍn;
ção, expcdirdo a Constituição dos ljstados Unidos do Brasil. O Decreto encarava da União;
2. cotformiclâdc com os PtincíPios constitucionais
â
o GovctÍro Provisótio como vetdadcito ótgão constituinte pdmário e deixava ao âssegumdos Constituição;
3. o lespeito aos direitos Pelâ
"Congresso Nacional dos reprcsentantcs do povo brasileiro", quc ali se convocava, a à organização dos
função de "aprovar a ditâ Coflstituição e procedcr em seguidâ nâ coÍrformidadc das 4. a observância dc cinco regras cnumendas' que se dirigiam
suas disposições" (art.3"e art. 1", §§ 1" a 5"das l)isposições Transitóriâs). O Congres podercs estâduâis.r'
expÍimiâ outtâ limitação à capa
so Collstituinte nâo âbdicou de suas atribuiçôes e prcfcriu considcrÀÍ a Constiruição A organização muüicipal, em bases autônom, s'
sr: revestisse de menot intcnsidâ
outorgâdâ pelo Govcrno Provisório como Projeto de Constituiçào, o que efcdvâ- .ii"a" ãr*^"i*,0.1^ ao àstado-Mcmbto, emborâ
mente eÍa de süâ índolc. i. ""i. á plncipio da eletividade da adminisuação local vinhâ ex!Íessam€nic
O Decrcto n. 510 cstá vinculâdo â umâ complcxâ elaboração antcrior, quc se
i.li.íi*a. " í"l",lrt"cerâm s€ âos Estados os PodeÍes reservados'x
que sofrcm

iriciou no plano de Co$issão Espccjal, tâmbém conhecida pot "Comissão dos Cin-
'c"a" r'.",a" 'esc se á Pclâ co"\nrdici(' c Í'ets le'
quc ldoÚt' conrrnto quc se
co",rr e ptosseguiu nas rcuniôes ministeriais prévias, nâ iesidência de Rri Barbota,l'1 í-,ilIã 1 íiào'
,,rç,mzcm sob I Íolma r"pub'rcanâ n3o
'o""';" r""' -"{iru'ion"§ dâ
''ohsrnem'r'''rs scgn'nres
âscgud regns
rc"por- o ai'at'» q* eÍa Con<(itu!(iro c
e iodepêÓdenics'
29 FRÍ1IRE, trelisbello. Ob. cir-, a. 2, p. 4n. 1") Os po,lcres Exccuti,o, LegistâtivÔ c Ju'li'iáiio süão ãiscriminâdos
30 |REIRE, Felisbello- Ob- .it., \'.2, p.41. 2') Os Gôvernadorcs e os membros dâ lcgr§lâtula locâl sdão cleitos'
31 O Decrcton.29,de 3dedezeobro de 1889, contén I nomeâçio de Joâquim Saldânh, Márjnho,
3', Nào sí, clcriva 3 n qrIU!1'
Ahélico B!âsilieúsc de Alheida Melo, Antôniodor Sântos \íerneck, Francisco Rangei Peíanâ 'g
scírençâ
cJosé Antôdo PedÍcio de Magalhàes Castrc, pen .onsriruíiem a Comissâo encaÍEsâdâ de 4') os maglstrdos não süâo demisíveis snão PoÍ
gnus, c grâtuiro oo p'imài!'i '
elabon! o Prcieto dc Coístituição. c"\ r) pn{nô \crâ t.rso e I'vre em rodo\ os
-e cr PeÍartodo c qu'roucrP"dc! oud'reÍo qucrhes4:'
LELL, i,úelioa- Hnlõnd .o$ít tihdl do B/a!il. Río dc làoeiro: Imprensá NâcionâI, 1915, p. 209j ','" ij,io u r', r..i^dô,o\ Éí'dôs: c-., ,'u ,,,Dr;cn,n.nr( conudr n" or*jnizà';o
Obrns côhpletas dc Rui Barbosx. 1890, v. 18, t. 1; A Consrituiçâo de 1891. Prefácio dc l,edro ;; ;;;;r" .-p* * a.,
' '''",,.
C,ln1on. Rio dcJancjrô, 1946, p. 11.
"*;à. "";
a,
-^rrl- ",- "*,t*t".."
E3F
r''r.: gllÂstlEtRo
' auroNoMtÀ Do EsrÁoo No DtREtro co[sÍrúcoilÁ! 337
âs limirâçôes dâ autonomia, tornando
inconftr«iíveis tais p<.rdercs e os (.onstituiçào do (iovcroo Provisório prctendeu restabelecer a doutrina tederâlistÂ
bcr;rnos. Os poderes reservados. nc"se esboco
diteitos so :
rnsrÍumenros da auronomia O ptoicto de
de organi:,:çào _rr,,_.i..^f ..," quc o meflcrúnx(lo docum(llro csposoll c |rcssc rurno Íestâurâr â cxata concePÇao
Con"d, , rc;ã do Cov.rno
rc.susclrou a solrerr-j, do decre«r originárro.
nr.r"l.. rL aur,,nomrr d,'s lr,strtlos MembÍos. Del)ois .lc âccntuâÍ "que crâ lcdcrâlistâ
"U. nntes de ser rcpublicano" e só se fez rcpublicano "quando a cvidência itrcÍragável
':.
Á soberania do Estado-Membro iria ressurgir
no Congresso Constituinte e o
', dos âcontecimcnlos o co,rvcÍ1ccre "de que a monaLquia se incrusteta irrcdutivel
pÍestígio que â ideia nele alcançou nâo
cxprim;" .""*g*çaã i"r"il; il"; mente na rcsistôncia à fedeÍâção", pxril cxibiÍ os tituios que nâo Ihc cscasseavâ,n,
mcnte, mas sobrctudo. a eficicnte crrberturz
aos interesses cstaclualistas. : lUl traçou urn confronto enúe a Federação Nortc Àmericana c a lcdcmçio que
A Canpot Salhs, membro do Govcrno provisório, sc organizava no llrasil.
- do Congresso
fora
coubc sustentar, dentro e
Coostituinte. a posição doutrináriâ dâ sobeÍântr;;
;;;;" o objetivo clo l{inistro da Fazenda do Govcrno Pror.isório cra mostrâr que os
luernDros. A exposiçâo de motivos com ultrafederalistas, acastclados no ptincípio rla sobcrania dos Estados, desconhcciam a
que encaminhou ao Chefe do Governo
Provrsório o projcru de Decrero que insiituía evolução do fcdcralisLr,o nortc americano, trabalhada pela "ação Íeconstituiítc de s.'u
Ijecrcro n. 848. d" ll de ouruL:ro de Ibo0. condersa " l""iç^
F"d.;i,;:;;.;;-."
suas irlcia. -sobre a ex s
I Podet]udiciárnl'. Aludindo aos problemas financcirrls do íedetâlismo, qr.rando prcdo
r éncia dc duas.
sober a n ia. n a trÍpl.ice esfe ra do poa.'.
publi.o,l iJ" ,^;";;; ;;;"", r' minava o gosto pcl(x seus probiemas p(Jíticos c jurídicos, chanxvâ â prr.l i
^tcnçàrr
em discurso profeudo no rongresso Consriruinre, noyâ tcndônciâ que se âceÍ'nuâvâ nos ]fstâdos Unitlos: a distribuição clos impostos nâs
::1:r-::.:.1,"' ",, p,,,, in.
**1. gerat dos publicitas morJernos,,, insisti! em .:á rri^ao mãos do Golcmo lredetal, a fim de incumbi-k) dc os repâfiiÍ cntrc os l:,stados.a0
;::i:::..-"-
reoera(rvo c âquete que secaracteriza pela 9,"
existência de uma duplá soberania na  autonomia do Estado À{embro, prcconizâdâ nâ Constituiçâo do (lor,crno Pro
tfipirce esfêrâ do poder püblico".r5
visório, não obtcvc acolhimento scm reservas do constituinte de 1891- As limitaçôcs
posiçâo doutrinária de Ar0or Jallê_t Íào et^ evidentemcnte solitáriâ. quântitatiYamentc âpreciáveis de seu texto não rcpcÍculiram favorâvclmcotc cntre os
^
Bemarditto àe Canpo?6 membros cla Âsscmblóia mais propensa ao rcconhecimento dos dircitos ckrs listados.
. foi outro dcfcnsor do principio da soberania dual.
ouc
chegou utilizat para cârâcterizâr o Scnado p.d*"1 .._.;;:;;á;;
a Qualitativanente, a autonomiâ permaneccu c o sclr conteúdo não vlrloLl.
cia das dr:as soberanias.
;JiÀ;; A divergência sc fcz sentiÍ, de mâncitâ proflrncla, m intcnsiclade da limitação que
Higtni? distingLti" p"l^ po.,çà,, d;;;;i;;; ;;;;;",
José
susrentando a autonomia dos Estados_MeÃbro.."" Constituição Ircdcral deveria ofetecer ao cxercício da autonomiâ d.r Llstado À{em
_r. a..p..ou ,iu.,
;;;;il";" a
pela dcfesa da unidade da magisrÍatura. brc.loãa Barbalho Ío\ crítico se',rcro do sistcma dc Iimitâções prccírtizado no projtrc,
A fórmuta a" p* ili*'. à.
Anam Caulca*i é eclética e denuocita pres..rça

""ira,_
de preocupação-Ê.rr;r".;;. coostitucioflal do Govetno Provtsório e sua palarra inÊuiu para a rejeição daquele
Estados sc dcferra â comperência DâÍâ sistema. Á organizaçào dos Estados e dos N{unicípios representâvâ pÀra o entào
il;";, ;.;ff
.
õ ,_ :::T::lil:[ ;:,"1,;]i#l]f.1,li,,'"-T.lll.,.liÍff; constituintc ponto exlrcmâmente vulncrávcl do I'Íojeto de Constituiçio. Considera
oenrre os Juizes do respectivo Esrado, mediante r-a "realmcntc insustentável" â eoümer^ção dc prcceitos limitâdorcs cla orgnnizaçio
proposta do Tribunal onde sc
oes(e a vâFa.- Se nào basras.em, nâ ipoca. constjtrcionâi dos Estedos e, na análise particLrlatizada dos ptincípios, fixou sua di
o vigor áas r.rzôcs dout,in,irirs do.
mrnànte< na ta(e jurea do federalismo dualrsa. vergênciâ irredutÍvcl. Não considerava razoável, pot exemplo, que a Constituição Fe
para i:npLrg1x1 ç55ç desr,loue n,
esrrutuÍa do llstado Membro. guc as Consr,,uiço.. dcral dispusessc sobtc a eletividâdc dos GovcrDadorcs c dos n]emlrÍos da legislatura
ram, as razôes práticas agiriam sobre o esprriro
poseri._res rr;il"r;;.;
local. Justilicava a impugnâção, âÍgufientândo que "deve ser deixado aos llsrados
retrocesso iostitucional.
r.prbli.^r,o, d"r.oril; [;;;
estabelccerem e regularem isso como mclhor lhcs parecet. Não é a Uniào quc thes
A propâgâçào dos sentimentos ultrafetleralisras dá esse dircit(), ncm tem quc lhes prescÍever prcccttos t is"-1t lhtboll)a tinha na contâ
na Constrcuinte rle íg9l ood.
scr afcrida pelr veemeÍre rnrervençào de Rti de uma excrcscôncia o texto do projero quc dispunha sobre a orgaoizxção cstâduâl
Ba ota.,, ó;;.1;,;r-;;;;,p; ;; dos NÍunicípios c, apesat da laconicidadc da rcfcrincia consrirucional, oão clcixou de
1,? rt: ( d!! perguntar, cm tom de ptoÍunda estranhczar
1w ::.]il
,:d:t::.kt.,1. ?cp,/zár R,udcrl,{ro:rmprcl r \a,unir l\el.!.2.D. Ir
:: ?"e,.,1,. kiorLJincrr": rirp,"n\" \r,.-r'r r8er.v r.b. J5ü
Dizia Rui, em tÍccho do discurso: "Fedc!!çâo tômou se modt, etrtuslas.no, ccgueirÀ, palaÍÍa
: .tt:c:%irt1d Lrp,"zá. Riu d(JaDcrro: ln,pr, ..\Àiô_âr. lsrr.! 2;8r
,.. â,urdat_zúFi,1^ti"ri,,,/ú.R,ôdelancjro:ln,priv\r,o.â,. nágicâ, â cujâ siúples invô.âção tudo há de ccder, ainda quc aiovoquem nal. Íorâ de propósito,
ldot.! l.t.2ro211. emprejuiro dâ fêde!áçâo mesmr'(ob. cit.,p 149).
Bt\R13oS^,RDi. A Cúütitkião /, /rr7. (Or,ns
coDpiel,r. Rio dc Jaaeiro, i9a6, i 17, r. t, p.
i: ili:: :i:::"rrll:i:
auTor{oilr oo EsÍaoo No DIRErÍO CONStTÍUCrOrlÂt BRÂS1IERO 33!

"Que fedeiação É cía cm que â Constituiçào FedeÍâl é que há de determinar o círculo Nbeiro, Mawtel Bamla, Pais tle Canalbo, Seryedêto Car'?" e outÍos,{5
tambóm incorpora-
cm que hão de giÍâr ns tunções mudcipais?"4'? coflverteu o Estado Membto em destinatário da tegra dc au-
da ao texto definitivo,
àa Can*tuiçàa
tonomia münicipal, sem conteúdo predeterminado Os arts' ó3 e 6846
Barbalbo exprimia opiniâo generalizada na Constituinte de 1891 quândo censuÍavâ
de 24 deJewrein de lSgl,salvo rcstrita emenda de Íedação
ocoÍridâ no último attigo'
â técÍricâ das limitâções consagrâdâ no projeto constitucional do Governo Provisó
reproduzem as emcndâs artetiormente âI
idâs'
rio- Relata Àgenor Roare" gue a Comissão dos "viíte e um", no seu parccer sobrc o
de
Federal'
proieto, iÍcluiu emenda supressiva dos incisos que valiam como regras trâçÂdâs âos O conteúdo da autonomia c1o Estado-Membro, no texto da Constituição
autonomiâ na redação primi-
Estados na sua organiztçào política. não diveÍge, quâlitativâmente, do conteúdo dâ PÍevisto
a capaciclacle
tiva do pájeto do Govemo Ptovisório. Num e noutÍo, 2 âulonomia é
Razôes aiternativas são âvcntâdâs pelo auror de A CLrlrtittirlte Reptbliana, p^t^ ex
de autolorgunização do EstarJo-Mcmbro, no dominio da atividâdc constituinte'-e
plicat a reicição: ou porquc julgasse gue isso impottâ\râ no ccrceâmeÍrto da âutonof a da atividade
dc criação"do orà"nr-"t,o iurídico ordinário, mcdiante o exercício
dada aos Estados ou porquc âcreditasse quc, estando tais regias contidâs no sistemâ
legislâtivâ do Estâdo.
da Constituição Fedeml, bastaria que se exigisse dos Esrâdos ô respeito aos pÍincipios
 autonomia, no EstÂdo Fcderâ1, é fonte de ordenamento coflstitucional e Ctc
constituciooais dâ União, pâra que elâs dcvessem sei observâdas. A segr nt)A úz^o pa
otclen2mento legislâtivo, que vâo compor, numa Íclação hierátquicâ,
o otdenamen-
rcce íão sc conciliar com o espirito dos pÍonunciamentos ocorridos na Constiruinte.
to iurídico do Éstado-Meàbro. À técnica eflunciÀtivâ dos podercs reservados-
nã<r
Á resistência aos princíPios enumerados, que coÍrduziu à suâ rejeição, Írão autorizâ exâu§tão dos poderes
difcre substancialmente ros dois tcxtos. Àmbos Pressupôcm â
o cÍrtendimeoto de que os princípios constitucionais da União absorviam os priÍrcí-
enumetâdos, que sedcsdobmm nâ áteâ dos poder€s exPrcssos e Ílo teÍr€Ílo subiâccn_
pios cnumeÍados como idéia equipolentc. O intérpiete, colocado à distância e êm ou
t", d. n^trrr.r^ i,'rt"rpr"tativa, dos podcles implícitos À ciáusula cxplícita ou-imPlici_
trâ petspectivâ, pode ser lcvâdo a identificaçôes, que nenr srmpre conseguem capr.tr de 1891' é' cm
tâmente contidâ nas cláusulas expressas, a que se lcfeÍe â Constitüição
o climâ dâ Íealidade histôri:ca. Ageaar dc Rotn iúcorreu em geneÍâlizâção contráriâ à somente dcpois de ttansposta
substância, Iimitadota dos podercs reservados' Pois
realidade, na segrnda hipótesc Aue formulou, mas é incgável que a primeira trâduz, é que se âtingiú o terreno dos
aquclâ bârreim, dotada de lveotual exPânsividâdc,
com exatidâo, o climâ dâ Constituintc de 1891.
podetes reservados.
Os princÍptos constitucioíâis da União não resumiam os pincípios enufterados,
Na técnica do diteito coÍlstitucional bÍâsileiro, coÀsoânte â coísâgtação oÍigináÍiâ
nem pretendiâm eriprimit a intensa signi6cação dos mesmos. Os princípios consti-
do fedemlismo de 1891, os podercs reservados flão são diÍeitos sobetanos
Os/'/'r'r
tucioflais amoÍteciâm e âbrandâvâm o impero limitador e a própria indefinição com eauneradot
/pJer&/rr fotam submetidos a uma revelação constitrtciort ptéviad<»sytdm:
que se aprcscntavam foiagcnte ehcaz, como posteriormcntc se complovou, na târefa fo4â púenr ;nPlá' oÍ' I Áryo, a intensidade
e <.los que se acresccntassem a cstc Por d os
,pla(adora que Ihe confio\j o consrituintc. depender da Coflstitui_
dos poã"res reserr'zdos, sua maiot ou menot importância, irá
Os princípios constitucionâis da Uniâo já 6güÍava,n no projeto originário do iredetal, responsávcl pela extcnsào clo campo prcsumível daqucles poderes'
ção
Governo Provisótio. Exprimiam uma dâs limitâções e, ao preíeÍi la, com exclu- A Constituição cle 1891 foi patticulatmente bené6câ âos PodcÍes teservâdos
Â
são das demais, o constituiote de 1891 operou a reduçâo da pluralidade à unidadc, autono-
mâiériâ não âbsoÍl,eÂte dos PodeÍcs enumeiado§ e as limitâdâs Ícstrições
à
para mitigar e abrandar, em igurl proporção, a vigrlância da Constituição Ftderal no
mia rlo Estado-Membro, eÍn normâs de câtáter imPrcciso, favorcceram o descn§ol_
campo da atividade organizâtóÍiâ do Estado-MeÍnbro. A. ernefuda àc l-a to Sadrfa e na sugestiva
vimento ultetior dos poderes rcscrvados. À cbdu 't'cttra d^ federação'
outÍos, quc pâssou a intcgÍar o texto dâ Coístituição de 1891, realizou a redução, Baibatba!1 Írào íoi peça otnamcntal dâ estÍutula íederativa'
mas'
rcfetêrcia àeJoãa
para submeter a autonomiâ dos Estâdos-Membros à clár.rsulâ cxclusivâ dâ genéricâ âo contráÍio, iístlumeflto de lxÍgn aplicação  tcduzida eácácia da
limitação cons_
obediência aos princípios constitucionâis da União- E, dentto da comum inspiração
de assegurar a plenitude da autonomia, cmenda aprcsentâdâ pot Jodé, Nina lan 45 l*i....O,,. ., r. Z, p- ,rS: "Os Est.dos ôrgrnizâr-sc-ào nâ formz quc áquc
àscgura<le a au-
"i
tonoóie dos MunicíPios eo tudo quaoto rcsPeitc âo scu Pecnliârintelcssc"'
63: "cdr Estaáo tegd k-á P;lâ Coísútuição c Pcl's leis que âdoti',
re§Penados os Prin-
46 Àn.
42 Ànâis... Ob. cn.,Í 2, p.160. cípios constltucionÀis dà União".
dos MuÓici-
43 IOURE , Agenor de. A @nxrinb ft?"blild"a. No de )anejúo.lÍnprensa N.cional, 1918, ú 2, p. Àrt. 68: "os Estádos ôrgârizâr-sc-Ão dê foÍma qú' 6que assegur2dâ â âutonomiã
134- biôs em tudo quanlo i4Deite âo seu Pe(ulirr inteÉssc"'
Ámis... Ob. cit., e 2, p. 139t"A.dd E iÀr, o^ t,ro, C."',irur§ão t:cdenl bBílctm - Comcntirios' 2 cd R;odr lânciro: F'
rado ry,É'.1r?,la Ctuíirtifà.?rlÁ lzn qa ddotat, üp.irddú .1o,o.
a! bir.íbío! onrí;tlãa,ai.t lz Í Í'iàt'
SAUL MÂCHAOO I]ORÍA AUÍONOMIA DO ESTADO I'IO DIREIÍO CO SÍIÍUCIONÀL BRASILEIRO 341

I
titr:cional fedetal à autonomia do Estado Membro decorrcu, espccialrnentc, dâ iflde Aqui sc eocontram, no dizet de Bti Baúos,5! as iostituiçôes ou disPosições que'
são igualmente inclccLi
termineção dos princípios consútucionais da Uniâo. À concepção federalista, pelo estâbelecidas coÍlstituciodâlmente no orgânismo da União,
menos duÍânte âpreciável periodo de vigência da Constituição de 1891, não se inclr náveis na otganização constitucionâI dos Estados' O tcrceiÍo gÍupo comprcende
nou por intcrpretação mais ampla dos poderes constitucionâis da União. Â pesquisa as irlstituiçôes ou disposições indevassávcis pelo Estado-Membro e o ÍesPeito âos
priocípios constitucionais da União, oesse domínio, "consiste precisâmente em
desses princípios, nas interpretações autorizadas da época, revela que oão íoi inócua se

a resistênciâ oposta pelo coostituinte de 1891 ao volumc das restrições limitadoras àb.t.r.-,r, E"tu,lo", ,as suas Constituiçõcs e leis, de toda e qualquer incursão num
5'
da autonomia estacluâI. À interpretação de Joàa J3arbalho ó modelar pela lógica do terÍitóiio rcservado irrepütivelmente à âutoridadc fcderal"
raciocínio e pelo sentido telcológico que procurou impdmir âo tcxto constitucional,
O elemeoto interPretativo novo, que Rti Batbota consttlio para â revelação dos
para destacar a área de iniciativa  ser frirídâ pelo constituiflte estaà,j2,l. Barbalho
princípios constitucionais dâ Uniâo, se, na ocâsião, ainda peínanecia compatível
estabelece a distinção entre os princípios coostitucionais dâ União c â Constituição
Fedcrat, como melhor se aquilatará nas palavras do consumado inrérprete, que pro-
.o-, iot.rpr.t^ção oÍtodoxa do notulo [ederal' indicava, todavia, possível dúcçào
diJatadom, áentto do arbítrio de que gozavâ o iútérpretc do art 63 da Constitui-
curou liberar o constituintc estaduai da influêncta do nodclofcderal diüsâva os eÍros e iâcunas do mecÂÍrismo
ção Fedeml- E, oo caso, o intérPrete iá
"Respe;tados os pdncilDic co.stiÍucionais da Unjàq di, o ,rtigo e nio .fdpcitrda a constitucional, os abusos dâ suâ execução, que dcnunciou, com torrencial energta'
Constituição ltdeál'; e isto indice que as CoDsdtuiçôes dos Esrâdos nãô estâô obrigadâs
a segui Ia inreim€nrc à ris.â, a
instando pelo corretivo dÂs exorbitânciâs, paÍâ que a Constituição Federâl não se
co,rpletânrcnte poÍ ela sem diveú em e ao re_
'nodelarem-se
âlguos pmtoq contaÂto que nâô seiam fudmentâis E l,cm o compreend$rm eles no transfotmasse númâ "espécie de vasilha comum ao aPârâto dàs cedmônias
caro das intimidaclcs, vxsilhâ toletante dc tudo, aonde tüdo se embute, o[de
tudo se
orgadzúem seus govcÍnos, apârtândo-se em ,lgum €ousa do modelo fedelal".{
mete, e donde tudo se tira", nas expressões c^osíic s â^ Conlrênàa do Tealro
l-'rito'
Os PàficíPior ro ititu;ondis da U ião svgem datrterpretação do texto da Coostitui dc 1919, que repisavam âs idéiâs Íevisionjstâs sustcntâdâs, no mesmo ccnário e con)
ção Feàetal e Barbalbo âglutine nesse elenco as regtas constituciolais da liberdade igual Êrmeza, no discutso iflâugutal dâ camPanha civilistâ'
indir,idual e suâs gâlaotias, do regime denrocútico, dâ rcpresenrâção política, de
O âibitrio do intérprcte do art 63 da Constituição FedeÍâl de 1891 é â nota tíPica
forma rcpublicana, do regime fedcrativo. Â revelação das regras básicas clependeriâ naidentiÊcâção Par_
das interpreiaçôes que, não obstânte âs tônicâs colrruns, vaÍiâm
da iotcrpretâção e o lecurso â ess€ pÍocesso de dcscobrinrento do conteúdo inde,
ticulârizada dos constitucionais da União-
tetmioado dos principios constitr.:cionais iria sofrer, como é narurâl, a influência Princípios
da cornpreensão subjetiva dc cada intétprete, concorrendo para colocat o tema oo Áittidu Mittont? \ocali;a os Princípios constitucionâis dâ UÍião nos atts 1", 15, óB
e ?2 da Coostituição Fe deral. Alot Líaxinitianf' entendia
que a sede dos PrincíPios
domínio opinatir.o.
As interprctaçôes, em gernl, corvcrgiam parã âs tônicas comulls c não contfibu- constitücionâis estavâ nos ârts. 1", 68, 72,73 e 78 da Constituição Fedcral AIém
não âtÍibuia
íam para cnquadrar, de fotma rígida, a pleoitude da autooomia estadual, ou aparar de acresccntar princípios noYos, o coÍlstitucionalista §ul-rio-Srandeose
que;nun;iâvâ o dâ sepaÍâção, harmoniâ e indcpcndência dos
ao aÍt. 15, PrincíPio
suas exorbitâncias- Âzl Barboua' acolhett a interpretação de loãa Bar.balh, e os princípios
Podetes, a eminência de PrircíPio constitucional dâ União,
coercnte, âliás, com sua
constitucionâis nela enumerados. Âpresentou, corno novidade interptetativa, a pes-
opidão dc que "â PróPria diviúo dos Poderes não Precisa obcdecer litcralmente
ao
quisa dos princípios constitucionais com fundameÍrto nâs instituiçôcs consagradas na N*
.iiré.io qu" i,l.piráu o" arts. 16 a 62 do Código Supremo da República" Cattm
Constituiçâo Fcderal, que dispôs em três classes. Trata-se dc tecurso ainda hoje Írtil ao intérPretes â coÍI
rer,sarlepois de iet anotado que a Constituição deixou ao sabor dos
interprete, quc dele sc poderá valet para identificar, na Constituição expansiva de nos- usâr das vantâgeos
ccituaçáo do que seiam os princípios básicos dâ União, Procurou
sos dias, os pfincipios fundamentâis não eourrreraclos. Na primcia ciasse,Rri Barbora
dessa livre in,'estigação, para excluir dÀ cnumerâção dos PrincÍPios constitucionais'
incluiu as instituiçôes federais que os [stados podem liuemcnte imitâi, ou Írão, nas
aludidos pelo att. i3, os Íclutivos âo si§tenra rePrcseniâtivo e à autonomiâ municiPal_
suas Constituições e leis. É o grupo dasinstituições constituciooais dâ União. Âs irrsti-
túções da seguodâ clâsse já dispõem de outra ellcácia, devendo os llstados-Membtos
BÂRBOSÂ, Rui. C,-,,/d à A,íit"i{ãôfrd.tul bÍaihn"- Ob cit , p
13'
50
necessâriâm€nte adotá-las, sob penâ de des6gurar a estrutura do Estado Federal.
IIARBOSÂ, Rui. Cozcaarniar à Ca$ntui@o F.d,/dl bn'il'ítu Ot'' cit ' P-
14'
51
MILTON, irhtides A. ,4 Clútíttiãa 1ta Blatit Notkia hitóri , íexk nftníáào 2 ed' Rio de
52 '
lÀóeio: ImDr.nsa Nàoooal,1896, P. 333'
48 BARB^I-HO,Joào. Ob..u., p. 358. M A xIMl!,lÂNO. Lr1106 hdakiw o ÜÁtn'4dó htu'r'"'z' Riôde laoq'dJrrnto Ribeirodos
49 BAI{BOSA, Rui. CozttáÍ;a! à Co*ht"içaa Fedcrdl btulilàr.. Colilidas e oràcnados por I"Iohcró
Pirc,. 5:o Paul": Acllimr á. 1934. ,. 5. p. 10.
342
ffi
,Í.r_alE:. AUTOiOT/U.A OO ESÍÀDO r{O OkÊÍÍO COISTÍrUCl('raÁt BRÁsltERO 343
No primeiro caso, por entcndcr elástica a compcténcia do Estâdo_M€mbro. pata <lat círmo â discriminâção de rendas acarretasse parciâl limitâção à âutonomia cstadrral,
mrror ou mcnor cxrensáo aos
frincipioõ do sistcme represerrariro, sem veiar lnes o conslituinte federal restaurou, no domínio da competência não discriminada, a
a\ rorm:rs úa deJrocr4.rx dúelr. A auroromix
mtrnicipal nào se incluia enrre o, orrn.
.rpios consrirucronái. da Uniào po:que plcoitude da autonomia tributátia do Estado-Mcmbro.
con6guÍâva um p.d;.ir;;;; ;; ;,;;.
(rcrxoro. rlrx srmples c t-àusüll, üín A tarcfa do constituinte estadual licou, de certa foÍma, mârcâdâ por umaoscilação
?ader ckr.lrrlada na constituição F€deftl, enâo um
pl,ocrpro const,tuctonál da Uniào, conforme cntrc â plenitude dâ âutonomia, que veio da Constituição Fedcrai c a compreensào
conclusivamenk áduzia o auror de,4r
Co i ! r;/ u ip'e r E sla d" a ir do Btu! il.st prudente da autonomia, por cofltenção autolimitadorz. Daí as tcndências obseÍvâdas
 indeterminação dos princípios constitucionais no constitucionâlismo estâdual, que alteroou âs manifestações moderadas deautono-
da união induziu RzlB arr,ota aincitir
o â-n. ó3 dâ ConsrituiÉo Federal no elenco mia com as exorbitâncias do comportamento extravagante. O constituinte mineito,
menu.l de 1891. Às raz ões que invocou erzrm
dos dispositi..os reformáve;, J;;;;;;;" pot exemplo, que não realizou obra acanhada, mas soube, com nrocleração, conter os
manifcstarnente procedentc.
a"
prauca do sistcma fede, aJ. cuj.s aspecros
m"is inri_",""r,. " "_*niã
ir;..ri.r.;;;.;;" excessos da obtâ cÍiâdora, revclou nítida percepção da competência autonômica,
da autonomra do Esrado. Mcmbro serào eraminâdos O proounciamento da Comissãos? cncarregada de errritir parccer sobre o Projeto
cm ouúâ oporrunidade.
Não alterâ, todavà, o sistema deste esrudo registrat dc Constituiçào para o Estado de Minas Gerais, de ongem governameotal, discetoiu
precedência dos pÍincípios constitucionais
a ctítica de Ri Barbwa, áaÀa a
nos limites traçados à orgânização polític? dos Estâdos-Mcmbros, na Constituição
da Un-ião, matéda da Constl,ri":"?"a*,f
AâúliscdcR!.iEatbard,aponrouas..dnas'cunesscnsrrei,..doarr.6idar_on,rr_ Federal tcpublicana, importante dado de difercnciação entre a organização do regi-
tuçàofedcral de l8gl: a indetermina(ào dos me cstadual no Brasil e nos Estados Unidos, aduzindo cautelosamcnce:
princípios constituci.;,;;;";; ,
lnexrslenclâ dc sançao exprcsse. pâÍa "Dâi decorÍcm côroláÍios do maior âlcaoce pâra a apÍeci,ção do nosso regime estadu-
os cesüs oíensivos, A rnderrrminrçao t vo...,r,
como se viu, o arbítrio dos hermeneutas
á1,que ,ão pod€ scr cquip^ado ir loto, Aos Ett^dos da União embora
para a adoçâo de exoôitânciâs que âfetâram
e a inexistêncla d. sançao rrtôno;;;;" ^o
corcordânte em muitos dc rus caractcísticos essencies".s ^mencaoâ"
a supremacia da Constituiçâo Federal.
O constituinte mineiro de 1891 conferiu notável desenvolvimento aos podetcs
3 ÁpocEu DA ÂUTONOMTA NÁ CONSTITUTÇÃo
ESTÀDUÁI reservados, cujo campo Íesidual procurou preencheÍ, nâ área coostitucionâI, m2.s rc-
velou, também, a tendência de âutoümiiação, quando recusou sugestões quc dâriâm
A Constituição Federal dc iggl assinalou o inÍcio e o apogeu
da atividade de originalidade à Consrituição do Estado-Mc,nbro e âtenuaÍiam, pe.la diversidade, o
auto organizaçâo do Estado_Mcnrbro no Direito
ConstitucionaíBraril.i;..
rituinte csrâduâl enconrrou um guadro <Jc competôncras ô;;^ gosto pelâ simetriâ constitucional-
enumeradas dâ Uniâo nrr_
trculârmenrc propício ao descnrolvimenro Basta mencionar, entrc âs sugestões recusâdâs, a de Ofutbo le Magalbães,5t gr:,c
dos podctes rcserr,ados ,or,;;;:;.
A matérir catalogeda n,,s poderc" enurnerado. ", ptopunha a divisão do Estado em vátios Cantõet a'utônomos, cadâ Llm Íegido pela
:1,:]:-t"
rcocrars e os Lstâdos Àtembros, em fase
.",d"..r;j ;";;;;. Consrituição e pelâs leis que adotasse, respcrtados os princípios consignados nâ
inicial de orgânizâção, flão c*peri_Àtu.. ÍI1
os reflexos ncgatir.os advindos da deslocação Consdtuição Estaduâl e na Constituição FcclcÍal; e eÍÍleldà de À g rÍn Velan,no gue
meradâ era cstranhâ às ântigas provínciâs,gue
ac .omp"terr.i^., pol.;;,"";;; crjava as ProvínciÀs dentro do Estado, como corpos ^
ioteÍmediários, dir.idindo-se o
sc vitrm .ont.mpladas,
com acetvo apreciável de maréria até enrão ^..;;;;, território do Estado-Mcmbro em Províncias, Municípios e Distritos. Cada Província
desconhecida. Á gáeroriá"a. a" ."".-
titurnte fcdcÍâl aindâ ressalvou aos Estados Membtos, disporia de Podet I-egislativo e de Poder Executivo. O PodetJudiciário âbrângelia,
," .à.
."r.J"f al"*"ã nas Provínciâs, os Tibunais eJuízes instituídos por lei do Estado.
minação de rendas, a eventual ctiação rle outtas
tencja cumr:letiva, gurndo cxcrcitla conjuntamenrc
fontes de receita, àe;,;;;;;;.
com â União, ou da comDetência
excrusrvâ, sc,n ltquele concurso. Nào
har.ia regra dc primado da compctênciâ federaj
Elcitâ oá 3' sessão ordif,áriâ do Codgíêsô Constitúrte do Estado dc Mirâs Geràis, em 10 de
para excluir o tributo estadual idêntico.
A destinaçâo rle recursos su'fi.;";;";;; .b.il de 1891, a ComisrÀo licou intêgÍdâ p€los seguiote mcmbror: Afonso Âugüsto Morcirâ
tâdo-À{embro constituiu trma das preocupaçôcs PcnÀi Câoilo Filinto Pntcs; Àugusto Cl€heorino d,.Silvâ; Ádalbrrto Diâs ttrmz da Luz; Edu-
ccntrais do constitrir," d. 1;;;; ado Cisneircs da Cost. Reis; kviDdo FêÍrein lop.s:José Pedo Xâvict dâ Veiga; V;rgílio À'1.
dc Mclo Frarcoj Olyorho Máximo deMaglhãcs; I ldcfonso ÀÍoreira de râriaÁlvim.
, a1.1'.,aõ.rr ,-hnàatj.ait {,b Ardi! do C1rgrerô Canltitrinte do Eltada /* Mnat Crrait - 1891. Ouro Plcror Inprens2 O6cialdo
l. )fll:;:":1,"I (r.p 2-
5í, ú\\ll()S^. RL,. L,,ato, t at."na ,/,a, O,gãn./.,ção. Dstado d€ Minas Ge!âis, 1896, p.55.
s(I.;,o, no.à, dc viÍÂi,ri, Lo ". J. À d;! do Co"gftsa Caúít'ti,itê do Elrdda de Mitu! Gt/c;r. Ob. cit., p. 45-51.
I i.. rd/. I(ro dc lr10.o.lô.i t.ü0. D. l5)_
59
^ÊuriÀr.
AUTONOI IADO ESTAOO NO DIREITO CONSTITUCIONAT ARASIIEIRO 345

 compreerrão do constiíriote mineiro sobÍe a exteflsão e os limites da autonomiâ O constituinte estadual de 1891 soube usufruir, de modo gera1, da plenituclc or
estaduâlpode seÍ rccolhid4 em elucidati\.o deb^te pena. VAlt;, U.
gte tra,,,ata:_n_ lànso ganizatória que Jhe deixou a Consrituição FedeÍâI. Sc, numa epreciâção de conjuot{,,
le M.k Fmnto, cLrjas in:tetvenções la .orrr.itu.iorA
elaboração
^iirra"ru_,
,ffi;;,, lls notâs de originalidade não se impuseram pela abundância, essa veri6cação nào
inestimável contribuição de cada urn na feitura da
primeira Constituiç;;;r,"d. "
cilminui a intensidade da atividade orgânizâtóÍia, cutcteizacla pcla existência de
Discutà se â conpetência do Congresso estadual pam
lcgislar sobre crimes de res mâtériâ pletódcâ nâ orgânizâção do Estâdo Membro.
ponsabilidade do CheÊ do poder Execurivo es t^a"Ã.
W{ftA a, Ua" nr"*r,i ,*r",, As Constituições dos Estaàos ào Rio Grade do .l e áe lLinas Cerak e'tlàenciarr,
te\a que, em tâl caso, ao Congresso do Estedo só caberia
eipedir uma lei de processo essâ extensão da ativitlade constjtuinte do Estado-À4embto, que foi carâcterísticâ
para aplicação das penas quc fossem comina<las
que a competência fedeÍal decorÍeriâ de matéria
na leglslação da Unia., ...fi..".a" dominalte ro Direito Público estadual da Primeira República.
perinente ao direito criminal Cr»_
lessando-se autonomist^ conyrcto, Mek lrahü A Constituição d,o Ria Cranle ào.t*/, cle 14 de julho de 1891, rão se destâcolr,
limiles tÍâçâdos aos Estaclos e estimaria
dJiu-se ur,ris ptopcnso
"
,lil;r";;;.. apenas, peia plenitude da matétia que cair.r no seu domínio. Pode-se aÉrmar, sem

";.;;;;; i::ffj:.x,ffi:::lllT:1*T:fl1
dos Esta,ros,r^ u"iã",;;,. ; incoÍÍeÍ em impropiedade, que distinguiu, sobtetudo, pelxs Âotâs de oÍlgina-
e1a se
aspiracâo suLjeúa c a reâlidâde constituciooâ.i. nossas instituições, ob ,"rr*" lidade, muitas dclas com iígÍesso ostensivo nâ órb1t^ do âto constituinte estadual. À
Frzzr4 "são mais semelhantcs às da Confederaçao^sa.g.rrtin,
irt,
ao q.,. ;;;;;; Constituição do Rzo Cranãc ia 91, qte rccolheLr notória inÍluência positivistâ, estavâ
ricâÂâ. Poftânto, os poderes de cada Estado sãà
L.oi n.,,. n"."à; pori;;,;". Íundada no princípío do primado do Poder Executiyo. A 6gurâ ceotÍâl do sistemâ
os crimes de rcsporsabilidade dos presldenres não
-a.
estavatu compreena;ao,,". ,t ifrir; eta o Presidente, quc cxerciâ a supremâ direÇão gor.ernamental e administrntivâ do
cü,eslegi.iarj\ as dosÀtados e serntegrevam
nacompetência feáeral para legislar sobrc Estado (art.7"). Na fase nascente de República, impregnacla pelo princípio da tem-
drrerto Li\11. cornrrcir t e c,,mrnal, nos rcrmos porariedade e da limitação do mandÀto eletivo, â Constituição lfstâduai autorizava
do art. 3d § 23, da Cotstituição Federal.
{ tnmp. ren.r, scn:,onel. r,o tlomrmo, *, "*"".r;;,]-.r, -'- a teeleição indcfinida, desde que o Presidente metecesse o suÍrágio de três quartas
poderia urtrapassar a d..,",,ça" a"
^:.:"---^1";."
naturcza só poderia proyir de aplicâção dâ "".p"iliopl'j::JtT'i:'.lXIff ::"JH1:
legislâção fcderal.
partes do eleitotado (art. 9'). Â autoridade presidenciâl, cuja amplitude se apurava
enr vinte e cinco atribuições, fazendo do Presidente do Estâdo o chefe supremo do
Arhnn hnlz àkserrr.Lr da intcrprctacâo, na qual ideoti{icâvâ ..limitâção Governo e da administração, também se ertetiotizâÍâ cm atribuiçôes inusitadas,
clemasiada às
atribuiçôes dos Estados da Federação,,. Se prcvalecesse como â da li\.re escolha do Vice-Presidente do Estado (att. 10) e a da iniciativa da
a <loutina de Mú
n..nr"va l/an,o Peto prrâ i.rrr r..o.J:" se..irei. <los fcdcral..,r",
ir..;;;f
os r oneres;os?s Íeforma dâ Constitujção, competência esta que só admitia concorrênciâ nâ petição
raduais, na República, teriam rtibuições inferJ,rr""
r, ,lu, ,,rjg^r;.r._bá"r";;, da maioria dos Conselhos Municipais (art. 76).
crars, o que equivaleria a rcduzir os Estados a meras circu'scrições a,Jmiraistrâtivâs. À Constituição, paÍx projetat o poder presidencial, amesquinhor o Iroder Legis-
A Constituição do Estâdo, em seu âÍt. 59, consagÍôu Iâtivo e engÍâodeccu orgânização müoicipal, onde se cncontrava a base do podet
a tese de Aí|/jra pe a. dis â
crim:inando os âtos constitutivos dos crim"s de resp1n,"bjlid"d. polÍtico do Presideflte. Etâ de dois meses o periodo de funcionamento anual da
Estado, Todavia, não se pâciÊcou o entendim"rr,o
d.'pr;.à;;à
*br" , .o-p",.r,.;;.,;;;;l ;"
rcvclaçjo_orrma.r: d+ crrmes de re.por.ab.lrdade
r o tli.sid o atcançou o Supremu
,rrbLrnrl Federal. c,,n o mo.í"am decr.oe. o i,, rgen,e. "Làotànào o in?edth dn, os Estados se organizah à ituâgenr da U.iãôi e, pois, Dão ofendeú,
alr pro6 rdrs n, utg,,i.;, ,1,
Constituição Fedcral de 1891.í3 2.tcs olJscÍÍarn estÍiramerre, os precenos da Constitnição lledcràI. Têm co.rpetência paÍa ins
riún o i,qb.hbott? -Íêú, porquxoto não invaden, ào âdotá lo, â eslera rescrvada ao Poder
Legislâtivo da U,ião" (Ra,rÍz io lr\ftDo'rribüú/, r- 45, p. 11 14, out. 1927).
61 Àndi do Co"CtisDCaMt ir/, do Ejíattô deMira! Cetus. Ob..it., p.289 291.
2. Ilab,ar Corj,J n. 4.116 (t9 tB).
Atan tu Cogr.so Codltuhte do EÍalto Ítc tÍn,ü Gtun. Ob.
cjt., p. 2E7.
63 t. Hab ! Cary$ n.4.091(1916). Rcquerenter Prcsidente do Estdo do Mâ1o Grosso.
Requüentc: Presidente do Estado do À{ato (;rossr. RelatoÍ: Ministro Cav,1c,nti.
PP/o. \,t . úuu'r\c:j,Rib..o. ^ndÍé
Enenta:"O inPúcl e t, n legislação lederxl, nâo é rm processo exclusivamemc politico, se'
Emenfs: O drc.,o do,.rt.-.^pq. , ont.i,la &,, também, um frocesso mlsto, de nzturezâ crlml!âl e de cârárerjudicial, torquanto só pode
,.,J,,. net,, a,r u, J, i on!uru,.:o.t, "ão,
ser motivado pcla perpekação de um.rnne delididô eh lei àotclior, dxndo lugar à dcstirulçãô
l,ll_::,-l"
os l-,' r " r.p -tê8r,óúr,..,.:""":,".
firnc pro\ consr,rlc,nnàs dà Uri;ô..
;;.;d;,,,.,;;;;;. do cargo e à incâpàciddde pâr, o exercicio dc outro qualquer.

ED Os Esrâdos não podem legislarsobte os casos de impeâchmenr, cxvi dô art- 34, § 23 dâ Cons
seu vôro, o Miolstlo 2..á, taü âssim ânalisou2 comDerênciâdôs F+x,Jô- r;-i.;^ra Rc6,íhli.2" /Re-cr" ,l^ Sn.rcmô Trihnnâ1. y 19. o. 7 9. 191q.
3ZI7
AUÍONOII'IA DO ÉSTADO NO DIRETTO
COiISÍIÍUCIOI{AL BRÂSILE|RO
RAUT MACHÂDO HORTÂ

eslÍadàs vlâs {er reâs' crnais e nrv(92_


Âssembléia dos Reptesentantcs, pretendendo a Constituiçâo que â sessão legislativa Florcsrale rurall legislar sobtc obÍas Públicâs'
fosse absorvida, emgrânde pârte de suÀ dumção, pela discussão evotação de matéria cào<lcrio..salvoquando"ubordinadosaadministraçàofcderzlorrmunicipallsol.rre
parr drsciplnar o voto nr\
otçâmentáÍia e 6flaflceirâ. (ârt. 3Z § 1'). l.r".t . ,"1!gtrr* do Lstado; expcrlir lei rcgulameorar do Lstâdo' de
.,",.o.. n" -irnSr", ao Congrestu, de Prcsiãt"tc c Vicc-Presidenle
Relata João New: da Faúoaréa gre a"mordacidadc oposicionista" chamava a Âs- para regular o
;".;;:;;r-*;-'*-iitp" .1'í""d" d" Paz c lei esPecial
scmblêia de Duniiba, na evocação do órgão lcgislativo dâ Rússia Imperial, dotado de ' ifl'ômnaribilidades clertorars; legislar sobre â
limitadíssimas atribuições legislativas. -J" J, frrr,a."-, o Proce;o e as de comPclÉnci' rlo I:sra'lo; dccretar a
oroan\zaúo iudi.iáÍia e ôrdem do processo
ÁÁssembléia recebcu 19 âtÍibuições e, ncsse quadro, quinze atribuições explirniah, Je drsLritos âdmini\-
;,Í#;;,':;, il;,'i" " "a*i";'i"i* a" EsretJo;a criaçao
timttes: autoÍizar c ÂProval âIt:::::,t:l::
materiâlmefte, competência 6nanceira c orçamenária. O ór$o legislatii'o fazia ius âo
t.r, ãt O" nrr. 0.. .omo csrabcle cer
do âÍti8o 65 dx-Constituição t"t-til-,Yll
titulo de Àssernbléiâ orçamentáriâ. À oJgânizâção municipal foi objeto dc tÍÂtâmento
,ã.. -- "*L.. Bu"aos, nos teÍmos
os cargos do listadol apurar í elelçro oe
mais favorável. A Constituição deferiu ao Município a competência dc auto-oigânizâ-
,..ona,ço., dc eleiçào
o p.o..sso Para
ção, mediÂnte a elâlrorÂção da l-^er Oryáica Mxniaial, dotada de alguma rigidez, pois sci " ro vice-Prcsidentc; câssâr os
podetia set tefurmada poÍiojciativâ fundamentada do Intendente ou de represcntação
prJi"rra V;..-p,".idente; dâJ posse âo PÍesidcnrc e
" nos caso5 dc incâpactdâde íísi-
originária de dois terços dos clcitores municipais. Os Conselhos Muoi+âis, c não a ..*ictes do Ptesidcnte ou vice_Prcsdenlc do E'slÀdo'
indenizâção' Por nccts
Àssembléia dos Representantes, loram rquinhoados com âtribuições pârâ o controlc I^.r í*"1 **a* *bre desaproprração' mediânte Prévia
rJe pri:ào' trrbalho' cor(ção
de atos do Prcsideote. Este não mâoteria â escolha do Vice-Ptesidentc do Estado, se rãrJ" ." *irdra" p,rurica; sobre casas ':"i.::g-^ltt
e clvlllzaçâo oos
contra cla se manifestasse â m orj2 dos Conselhos Municipâjs, Participavam as auto- ,o" n*"aos, csrabelccimentos de colônia.' calequcscs
'.,*n..,'", ;t.imr empregos púbLicos e dar lhes atribuiçôes; 6xat os ven-
ridades locais do complexo ptocesso gue anrecedia à promulgação dÂs leis estâduais, ü;.;; e comutar as pcnls impostas.aos íun-
oferccendo emcndas e observâçôes, que o Prcsidente do Estado podcria âcolher, para cimcntos dos firflciooários Públicos; Perdoar
modi6car o projeto de lci e depois promulgáJo (art. 32, § 3"). cionáriosdoEstado,porcfimed€tespon§âbiiidarle;conceder,portemPolimitâdo,
de inl::t:'i:
aperfciçoadorcs e primerros int rodutores
Á Constituição do Estado de Minas Gerais,út de 15 de junho de 1891, não expri- nr,"in*,", t.,".t"t.l, da miJrcia crvrca c-flecclrÔs
::.^'
'n*u, organizaçao
rrre qualquer hostilidadc ao Poclct Legislatito, nem consâgiação desmedida do Podet uiurl,r.n," o fo'ça públ:ca: decre'ar a
(a lcrs decrsoesearn(
dos rccursos co'1r
Executivo- Á Constituição reservou ao Congresso est4duâl posição de incgávcl relevo, Ji".,fr,""aot"" , q". Àca s'-ritiu; conltecer
C"l.Tl:'"
no art' 74: y"'9^
como sc veriáca pela sua organjzação bjcametal, à imagem da Constituição Fcderal ar' êa,nrr^, M;nicipais. de acordo com o disPosio
<Jas leis, decisões e atos das
Cámaras MunlcrPars' cont'^tros
c pela an'rpiitude da matéiâ colocâdâ na área de sua competência. Dc acordo com o n qoal
".uJrA,."gu.tao PaÍÀ o Po'lcr Legislativo c Pâra o Poderjudi
6gurino ícderal, o Poder I-egislativo t€m precedência fotmal sobte os demais poderes à Constituição e às leis hâveá recutso
todas as nccessidades clc carátet estad,al;r'elar pela guatda
c nessâ ordenâçâo tambórÍl se distinguc a Constituição mineira da Coostituição do Rio lilrior pãia.o.i"r,ottc
Grande do Sul, ondc a priÍnazix formâl ficou âssegurada âo Poder Executivo. da Constituição c dâs lcis.
estadr'ral' que se mcocionou PaÍâ Íecor-
O constituiíte mineiro explorôuj ao máximo, o 6lào dos poderes resen'ados. À longa lista dc atribuições do Coogresso
dcmonstú' igualmente' que o otdenammto
,{ competênciâ do Congresso Estadual, para exempliEcât, percoÍÍe triflti e seis arrl.*i.t.e" a, cstadual
^r,".omia distribuídas pelos serotes amplos da cd':'ç:rl-: tTi*'
âtribuiçõcs, com ptedominância legislativa, abrangendo esse âmplíssimo elenco a -"térias
"",at.-. "i."*r
n"""çr. p,iUfi.^., pofLica econômica, comunrcaçôes' orgenrz
ação
.a
dmrnrâl1v' e
I st

comp€tênciÀ para legislar sobrc ensino secundátio e superior, promover no Estado direito pcni-
,a*,.ni"tào pÚblica, direito cleitoral' segurança pública'
o desenvolvimento da cducação pública, da agricultura, da indústria, do comércio,
da imigração e das artes;legislâÍ sobre instrução ptimária, otçar e lixar, arualmente,
',i1.*"1
r.nciário. pro'...o. c'nrrole dc aros locais'
dc forma exprcssi
â icceitâ e despesa do Estado c tomar as contas de cada excrcício Gnanceiro; regu- À otenitudc <la autonomia do Estaclo_NÍembnr rnaniÍcstou_sc'
;;;.''n,l' do l)odcrJud ciário à organi
lar a arrecadação e distribuição dâs rendâs do Estado; legislar sobrc dívida pública; , ,':f;.;. a"ait"ao' ;' o'g"rrizaç)o
sobre teÍrâs e Íninâs pcrtenccntes ao Estâdo; sobie bancos, ressalvada a rcstição . ,uçao dos M.rni.ipios e ao regime cleitoral
ra'cfa prirrária da Cons(itujçio
estabelecida na ConstituiÇão Federal; decretar alienação de bcns do listado; Código l\ orlPaotzaç)o clo Podcr Judrciirio dct6116g flc
FederÀl
dá normas hmiradoras na Lonsrirurçào
rorrtit"i, i"*,,,u"cia
64 FONTOURA, João Neves à^. Bary! da Mdeitu . s" h lo. (l]{eúôti^.)- Porlo Alegrc: Glôbo, ".,À otganização mu,ticipâl 6cou âdstÍir' âÔ Êstado_Membro' e â Iimitâção indctcr'
1958, Í 1, p.234.
I'ederal co"correu para distintas compreensôcs
de autono-
65 CNnuiaoEcàd, Anttiltiçôct dd tutafuiRio àe l^nei@t F. Bnmi., 191Í n 71()-77'.' -irrodu'a" Con.titulçao
348 ? tifi'
RAUL TTÀcHApo HoRra i auroNoMta Do EsraDo No DtRErro coNsrlrucloNAL BRASILEIRo 349

miâ municipâl, que oscilaram do máximo dc autooomia aomínimo


daauronomiâ ou lci íedctal, cm mâtéria de âlistÀmcnto cleitoÍal, o qDe o legislarlor mineiro já havia
aré à ampuração dâ âutonomia.
rcconhecido na l-ci Estadual n. 708, de 19 de sctcmbro de 19'17
 Constituição mineira adotou o cotutolc dâs delibetações, decisões or.: .veio errcerrÀr â ttâietóÍia da doutÍinâ quc
sus
quaisquer l O voto do Ministro Pr dro Let.ra6l
das Câmatas Municipais, que poderiam ser anulados p.l, Càr]g.Ér.o r. lcotâva ter a l-ei n. 3.139 tegulado, exclusivâmente, o PÍocesso das eleiçõcs Pârâ os
:utro_s 1tôs
Estadual quando manif€stâmente cootrários à ConstituiçÀo e âs leis, ou â,"n,",ório, cârgos fcderais e as investiduras cletivas no l)istrito Federal c Tetritório do 'Àcre'
dos direitos de outros Municípios.
clcixando campo lir.rc à atividadc legislatiwa dos E§tâdos, no tocântc ao Processo
À matéria eleitoral ocupou largo espaço na Constituição Estadual, que clas eleiçôes locais.
, 6xou as con-
dições de clegibilidade pâra os mandâtos elerivos estaduais,
as regras flndameotais do . A âutonomia legislativa <Jo Estado-Membro dcparou outto campo ptcdilcto de
alistâmento e impôs o yoto secreto em todas as eleiçôes (art. g5, parígtafo no domínio da legislação ptocessual civil c crimjnal. Iissa atividade autôno-
único).
^tu^ção
À matéria eleitoral enconttou extensa difusão na legislação ordinátia. ma, pcio menos nâ íâse i ciâl dc suâ ocoÍrênciâ, Íevelâ âmPlâ influência da lcgisla
A Lei mineira n. 20, de 26 de novembro de ig91, que continha a
I_ci Eleitoral que ess.lei fedcrâl sobr€ alistântrro eleltorâl é a que dcve ser obscrvâdâ Pâra
do Estado, Iargamente dispôs sobre alistamento e.leitorâ], recuÍsos "Cotrsidúúdo
eleitorajs, título o alistznedto dos llstâdos,que naopode ser divem rJo âlistâmcflto ícdcral'devendo lavctun
dc eleitor, processo de votação e apuraçâo, divisão eieiioral do Estado,
iDcompâti- só âlistâmento por força do Preceitô dô ârt. 70, § l" .h Consrituiçào lrederàl" (hi8anrclto de
biiidades eleitorais, aüstamcnto e direito de voto dos .sttangeiros 19 de agosto dc 1920 e acórdão Puhlicâdo no Dituio O6cial,de 30 de abrll de 1921,
Diário dos
prra as elei'çô.s
às Câmaras IVunicipais e Conselhos Disüitais. Não se."q,rlri, Tribunais, p. 8439.
q.r. o
soubesse exprimiÍ-se na língua naciooal. Supria-se a ".rruÇi.o ó? O NíioistÍo Pedro Íf,ssa Elâtor do iórdâo, prcfctiu o seguintê !oto:
defiiiôncia pelo alistam'ento
requefido PoÍ outrem. "Diànte do âltiso da Constrtuiçâo IedeúI, citâdo no âcó'dão, úão sci como se Possá adDitir
umx lei local sobre o alistâme to clenoml. Se as condiçôês do âli§tancoto são, e Mo Po'lem
 Lei n. 558, de 9 de setembro de 1911, que modiÍicou a legisLação eleirorale
mu_ absoluramente dcixar de ser, as mcsmrs pzra os elcitorcs que devcm vorar nas eleiçõcs fedeiâis
nicipal do Estaclo, chegou a instituir caso de iaelegibilidadc pà c oas eleições cst duiis; se nÀo s. comPrcc"dc, cm fâce dã Co.stitúiçio' Dm eteitor Íedcral que
os mandatos de Ve-
rcadotes e membros dos Conselhos Deliberativos, alcançando os nno sjâ pân .s €lciçôes locais, e vicc \t§.; se ã ânomâli, de om ekito! Parâ 2s tldçôcs Ícdcmis
cidadãos gue, até
quc o nâo seiâ Pârx cleiçôes locáis . vice-versâ, só sc expljcâ Pcla fraude no àlistâmcnto; coDro
scis meses antcs dâs iespecrivâs eleicôes, esrj.,".."- .-
,iélrito pn.".o- o i".ooro
fâcültâr â claborâção de leis lócáis, que pôdem coocorÍer Pata essâ diver§idade dc elcrrores,
Municipal, por impostos correspondentes a exetcícios já encerádos.
!êpelidâ pelo tcxto do art. 70, § 1", cm suâ leuâ e €ÍlI scú esPkiÍo?" (Di;na Ofuidl,3o tlc de
^ht:tl
O Decteto n. 4.877, de 22 dc setembro de 1917, que aprovava o Regulamcnto 1921: Diáno dat Tnbttun, P- 8439)
Elei_
toral expedido para a execução da Lei Estaduâl n. 70g, àe 19 rte seteÀbro O t\tiústÍo P.t o Mihrêtli tnndâm.otou o *u \oto divergenrc s. ârgumtítãçâo de qtrc I lesis
do mesmo
ano, iria registrar notável mudânça no comportamento do lação cíaduâl sob.e ,listâmcnto cleitoral en dc câráte. Proessüâl . G Estados disPuoh'ú
lcgislador estadual, que,
â pârtir dâquelc momento, passolr a reconhecer a gradativa de competência pxrâ regular os alistamentos elcnorâis estrduâis c o Processo dâs rcsPcctivâs
frimazir do lcgishàor cleições, obselvâdos ôs requisitos da Constluição llederâI.
fcdetal em matória eleirorâl até e11tão âbsoÍvida pelJ Estacio-N{embro.
A rlistiryão quc estabeleceu entre o direito cleitoral processüai e o dircito eleiiotal súbstaotivÔ.
O Regtlamento Eleitoral, rcproduzindo o man<Jamento da Lei n. 70g, pâm assôguiâr â sob! ivênciâ dâ iutisPndência ânicrior do SuPreno'lribuMl Fed'râl' dá rele
submeteu
as elcições estaduais, municipais e diskirais ao alistamenro
fcito na foima da Lei vo doütiinário âô loro dntrg€ítc, que h.de ser rctembndo:
Federat n. 3.139, de 2 de agosto de 1916, cujas disposições
Íelâtivas à expedição dos "Eniendo que âo Estâdo cohPerc lcgiíai não v-, «,btt ô âlistamcnto cleilÔr2l Pan Íunçõcs ou
títulos eleitorais também vâo ter aplicação no Esúdo-Membto, por cârgos êletNos €stâduais ou municitâis, coho tã,nbém legnlar o prôcesso eleitotâl resPcc(ivo' E
expi.r,o ,"-i. nisú dão Mi ncnhumà infÍação à Constltuiçào Federal Éredvâmcotc, o an- 70 da Consriruiçào
são do legislador estadual àqucle diploma fedctal.
Federâl de6n â câpâcidâde eleitoml de cada cidadâo' estabelecendo as suas condições vi§"râis,
O Supremo '[ribunal Fedcral, em decisão postcrior, profcrida no RecuÍso Extta- nas nâdâ diz com rclação ao ecrcicrr, áesse opacidadc, e íoma Porque P{de dÀ sr exc(ida Dai
ordinário n. 1.377,6 sendo Relator o Ministlo petlro L,e::a, consagrou a
primazia da I @ocluão l(zi.a de que ,os trstados resNou a ConstiruiÉo (ãrt. 65' n. 4 o dneito de regulâr
osâlista,reóros clciiohis estduâis c o proce$o dâs rcsPecti!'âs elciçôcs, do mesmo nodo que co
rclação ao direirc cjvil,.omerciâl c c!1!Dinal, rcservou ào CongEso êstâtrri. teis e regrâs
(âÍi' 34,
66 Recuiso E*úâordinário n. 1.377, origlnário do Esradô de n.23) epor cláusul, que ús Éstâdos dão foi,egada cxPre$ron implicihmentc ficaqd eLcs lnvs
São paulo.
Recorrc.te D!. Jolge p&hcco Cha\B. tidos do poder c faculdarte dc cíâruir sobre o Proccs$, isto é, oiâr no,mas e P@eitc Aue dôm
cÉ.á.h idiciária a t"do quaoo íoi cstziuído p€b C1)naresô Fedcml soble diÍeitô 'i'il, comerci'l
Recorrida: Cámarâ Mxnicipâl dc Âams.
c cddin l. Rcspcjhda, pois,,.áPacidde eldtoml estâbelccida oo artigo 70 dâConstituiçÀo Fede-

!1-1ll:"- o3 Ler FcdeÍar n. r.13e, pârâ âb,ang€r o ârisrâmento nos Eslâdos, fâr, pôdú os risüdos re-ci.sl,.*::lt.l,T:i.:
l".":ig:,::, o f"jl:":::::::,jtil::1.T.:11i,::::Y" ".
I ÀUÍONOIilIA DO ESTADO NO OIREIÍO COIISÍITUCIONÂL BRÂSILEIRO

çâo imperial ânterior. I-ei mioeira n. li dc 20 de novembro de Ig9l, que


estabe_ Ir-stado-Mcmbro, rcvelando a exorbitantc compÍccnsão dos podcts estâduâis â1,-
^ civis e comerciai,, .p**,
Iece, o processo das causas
,.^r.iürirrr'"'a,
iegislação imperiat,6s cujo volume reveia reccpção "*ã".f.;r, mcntados pelo constituinte.
originalidades da obta legislativa.
passiva, su6cicnt" p";;;;;; Auam Caualranti apontou es mâtérjas que, nas Coastituiçôcs estaduais, ideoti6-
".
O-*:."aii1o'l,t: dc t8qt. integrou no seu texro. por re.epçào, o câsâm comportamcnto incompâtível com a condição de membros da I'tdetaçào.
,, 1 de
drgo T'-O:
t rocesso lmpcrial, de 29 dc novcmbto dc 1832,
Có Ioteg&vâm essa discrepância federativa as noÍmâs constrtucioÍrâis quc âtribuía§)
as Leis ác 3 de dezembto ae
r9 aos Estados compctência para regulât o comércio interestaduâl; celcbur ajustes c
de 1871. os Regutamentos <Je 3í de janeiro de
,1tol " de tü *j:,.-O:,,
/t, e o dc n. 5.úlg. de 2 de maio de 1g74.
tSqZ, a. a.ii conveoçôcs, sem subordinar tais atos à aptovação prevista rro ârt. 48, 16, da Cons-
Iâneúo
tituição Fedetal; concedcr anistia; suspcnder as gârântias constitucionais; declarar
. A contribuição do legislador cstadual Jicou limitada às altetaçôcs que resolveu
introduzir na legisraçào:mperiar subsisrente. u período o estado de sítioJ7 Essa relação exemplilicatir.a deve scr ampliada pata abtanger a
iniciâr da ati.r.idadc de Ie- regr.r)ação excessiva da organização política estadual, cujo modclo ilustrativo foi â
trsrâçâo pro(cssuât d,) Esrado-Membro assinalou-se. como vimos. pela reproduçâo
(ionstituição do Rio Grande do Sul.
da legrslaçào imperaJ anreÍror, sern que a ptesença
<Jo lcgisladot e.i"aoa.se 6r","..
senÍr por târetâ cflâdora. À Constituição Fedetal cometeu ao constituintc do Estado a tareÊa cle assegutar
a "autonomia municipal em tudo quanto tespeite ao seu peculiar interesse". A teda-
- Â influência perdurou nap,rotessor
fase das Coà6caçôes estaduais. Na referência
a<r Rep.u
ção do at. 68 do tcxto fundamental permite sustentar que â eutonomia municip:rl
l1T.l. " lrr, g" IBSO. o
lod Frettei." u_q,,f. *a*",";,;:; ;;:; possuía o relevo constitucioml de princípio integtante da organização do Estado-
cxrcàdr\ a5lcgr5lacücs es aduais
dc proccssu, cm sua rouli<JarJr. pclo que o sjsrema
N{embÍo.
Proce\suâl do drreiro comum cflcon[orr absolurâ sobrevivênc;a
gulâmeflto de 1850". lraçrs'ao r.clho r._ O constiturnte cstadual nenr sempre deu a necessáÍia ênfâsc ao princípio da auto-
nomia municipal c, em vários casos, eJe sucumbiu sob o impacto da inteosa atividadc
4 EXORSITÂNCIAS DO CONSTITUINTE ESTADUÁI estacluai de oganização do Município, que passou cfetivamente a constjtuir, dcsdc
então, como regrâ geral, tema prcdileto do ordenamento cstadual autônorno, na fase
Á plenirude no exer:cício da autonomia cncerra\.â um convite conqtrtuintc e na ativi<hde lcgislatira ordinárra.
às demasiâs e às
cxotbitâncias, que encontiaÍam Íepercussâo na
nem sempre devidamcnte infoÍmado sobre a natureza
atividade ao .ri^a"i ..."ir"i"* A jndeterminada sigfliÊcâção da aufonomia nrunicipal delegou ao constituintc
de suâ competênciâ. estadual a revelação primária dcsse contcúdo, e, na fruição dessalibetdadc, cle, cons-
Constituiçô€s dos Estados <lo piauí,to Rio deJaneito,Tr pamná,7,
^sda Bahia,Ta de São Pauld5 e de Santa À{ato Gros titúnte, agiu discricionariamentc, pam modclar o Irlunicípio de acoÍdo com rnspi-
so,7r
Catarina'rn
"orrr"gr"r"* "
."t.r^Jã" raçôes p!ópriâs.
Daíoscilação entre o máximo e o mínimo de autonomiâ, sem prctcndcr atribuir
a
68 rmmphnraçao-d. tcgisláÉo impcriit é objero
do 2.r. t-, da Li
^- n. tZ, dc 20 de novcmbo de a essesíndices de oscilâção a Íepreseotação exclusiva de modelos puros, mas procu-
1891, qu€ dispunha:
',^s causâs civeú e comercràrs seiào bÍoc€i§ rando indicar que, na ptópria organização concteta, eta possível drstinguii os textos
a ordcm e-rabcrccjda no Regulamen,o
n. iJ7, dc 2s dr úô!emLro d" ,8s0-;, r-i que acatavam a âutonomiâ e os tcxtos quc eÍrvolviam sua dccapitação.
nove ,nbio dc ,s85 e no D(rcro n
,.s4,. r..,3 d" Ã;;;i;i.il,l;iXi:il;"iíl,ií.,i#
"'dj'.1?,,^d.o
.À mais freqúente subtÍâção da autonomia municipâi, nos tcxtos das Constituicões
Á à t.gi{,ção jmpc ri.t.
pâm àp[.i-h.o pÍoceÀô civit e .oÍe,(
'rmissào iri, náo estaduais, residiu na competência deferida ao órgão legislativo estadual para anulat
op, do irr. rq. e prcçsc8ui, na refcróncia ao Rcgulam_,.
5518,dc 2 de haio de 1874, Decrcto n.9.88s, dc2p
a. ,s a" -,,r. i" ,sã;i",.à ".
as deliberações, dccisões ou qr.raisquer outros alos clas CâmâÍâs Municipais, quando
__ M AiQUES,
69 a" r.""."iro a. r8rc.
o legislarlot estadual neles idcnti6casse contmriedade à Constituição e às leis, ou
José Fraleíco. Ínsrnu,çôes de dir.i,. p-**r"i._i ni.
1958. v. I, p. 129.
aê Jan&o, Irorcnq ofensa aos direitos de outros Municípios, no exeicício de aPteciâção envoh'eoE do
7_0 CoNntuião Ertnda pid.i,.te
do da dc màio de 1891, arts. 1" e 2,.
27 juízo dc legalidade c do critério de convcniência ou opotunidade. À notma que au'
_1^ ,ülthitd:
d:
!,hd! k Rio d? taqtitu, te s ae àB t à" t8o/, totizava o amplo controle do órgão legis)atir.o estadual sobre os atos locais àão ctr
/2 coi,hirúào ítô Lltojo do 1,a,,ú,.1e 7 dc Àbrn de ng2, art. l:.";.li
73 C Íit"iio do E,tado d. Mato Gtu ,o, dc 15 de
de 1891, arr. 4".
peculiaricdade de resttitos ordcnamentos estaduâis. Trâtâvâ sc, ao contrário, de nor'
'1_4 t-ú,t ,itàô do l=ttada àa ürr,z. de 2 (lc ^gosto
ru 10 de 1891,à . 1".
5 chii ràa do I ,bda à..1J) tz,/o. dc 14 dc
iut ,o dc l8rr, r.. L
tb Lotunt'iàô do Ijado à. tarta (tuf,m À" tt À- n,- 77 C^V l-CÂNTl, Amalo. Rqihél derdíitu. / R.?ib/i,a btutihid.I.io dcl^ÉiÍo: Imf.cnsa Na.io-
AUIONOMIADO ESTÁDO NO OIREITO CONS'TITUCIONA! B RASILEIRO 353
;*,,,""r,,. Às linitações Íestiitil.âs à âutonomiâ do constituinte estzdual, pata redüziÍ suâ
gut nrrlcione sua.rrloçào crr cluinzc Consrir!jçôcs esrrduâis.
âtividâde orgãnizâtóÍia na órbita munidpal, reclâmârjam o recurso de consüução
O Àúo1 de,.1! (7,tr/iht4tnj.ld Litd,lor. a aoljÍiltitit) l.2L,rallocalizou constituciorâI, â 6m de preencher os cletos dâ letrâ da Constitüição.
ncsse prcte
ró;rcia ilo constitrrinrc duph e\orbrrircir: a anulação
cta eutono,ria r1o,\Iunicípr,r, Â plenitude da autonomia constitucional do Estado MembÍo, que mârcou o sistcmâ
9ue nàopoderia cocrisrir c()rr i inrcr\-,rncão legislativ;r ca usurplçi,, a. p..rr,reri;u" fuderal de 1891, não farrcrccja a tendênciâ restitiva e prestigiava a compreeflsãô âmplâ
rt,. rr,, l' ,l .JLJ,r.r',. da autonomia, naturalmente Íluindo tla indeterninação do tcxto constituciorâl.
,\ jnqcrarcla csreduel ne ;ntonomia muoicrpal foi .rcrcscirla, cnr (insriruições A tinÍtnl,;nfi, que fecundaria os vâros da leüa da Constituição, excediâ os hoÍi
adrruirem csv: procctlimento, pda competôncia re«rnhccirla ao presi.lcnlc 9ur
do Esrx zootes dâ interprctâção consütucionâI, domiflâflte flo PodeÍ Judiciádo, e ultÍâpâssâ\.â,
do para suspendcr es rcsoJuçircs t1os prxlcrcs rnunicipris, ceÍtamentc, pelâ pesquisa das cláusulas não escritas, a missão legalmentc âüibuída aos
qLran<io intljntrisscm âs lcis
fcclt,rais e as clo Esrrdo, ou ofendcsscn rlircjro
.t. notr,, liu,ri.ipl,,, conx) (lispunhi, .]uízes e aos :fíibuúâis de declâÍâI â inconstituci(nalidade das ieis e dos Íeglrlamentos
entre.)utrxs, â (irosriruiçào cto I;.sr,rib do Rio dc.]anciro, manifestamentc irconstítuciooais e incompativeis com a Coflstituição L-edem|
tlc 9,lc,rtr.i) .le 18b2, cnr
seu art.5(r, 1,1.
PoÍisso, nâs ocâsiões em que foi chamado a decidir sobe a aiegada coiisão eflúe â
-'\ crorbitâncre tcprtse ntÁ,a, tu) .lizct tlt A/r.)n ()ta/tanti.ii rcgra da autonomia municipal, inserida na Constituição liedefâI, e â otganização rnu
r)ipuiràt !/11(/d à ,rltto
nonri:L municipd, «,nvcr.rcndo i, prirrc4rio corlstirLt( nicipal tesultante da atividade do constituinte estâdual, o Supiemo Ttibunal Federal,
irlrrxt cla aut,rnonir ern sinples
em câsos expressivos, preferiu afastar o dissidio, julgando constitrcioflâl â 1]oÍmâ
Rri Rarhosarl ni.o ytoupou rs crorbitânclis prâiica.l.rs nr inquinada. Ilustram essa conduta do órgão máximo do PodcrJudiciário Brasileiro, as
_ rlrce rlt organizaçio
do
l,ls trdo .NI tmbro. r\ noçào de soLcr;Lnia, tjiz Uti
decisões proferidas, tespectivamellte, no Recurso Extraordiíário n. 775 e no recutso
Rarba.ra, p"r,.r..i I
ologir da política ftder.r1, c oão vrli, a pcox resraurrr..irlóia ".1." de Habea.r Corpn o.5.539. No prtmeiro caso,3'? apreciando â âÍgüição de jnconstitucio-
turr.rrr,,, .1,,. nelidede da Constituição do Estado do Amazonâs, por ofersa ao ârt. 68 da Consti-
guerra tla seccssÀo 11()rtc ânrrtlcitda h:rrja rlcsk:ito scmprc ru,rr,,,l;1,,",.r"
l:rÍt l tuição Federal, o Supremo Tribunâl Íejeitou â âÍgüição e âErmou â compatjbilidâde
eatre o pÍincípjo da autonomia municipâl, consagÍâdo râ Constituição Federâl, e
,.()-tontIo]ccsrldul]dcatosnrLrniciprls os pÍeceitos da Constituição estadual, que confcriâm âo Governadcit do Estado a
Rtp()bl;.À " ú 4; i .!r t,1 / t,!," 1 k i.íld /i dr.b ",j
/.a
competênclâ peÍa suspender e, ao Coflgresso cstadual, a de declatar scfi eleito os
As noinas abcrtanrcs de auronrnir nLLoici|:rl, clor: suscitâvxm x gcneraliz,rch etos e resoluçôcs dos MuÍlicípios corüários à Constitxição e às leis dâ União ou do
critlcâ dr autores ra,uilierizedos com a driutrina e o luncronanrcrrro llstado. O segundo caso dava conhecimento âo Supremo TÍibunâl Federal de que
rt,, f",t.
r:rti\ o, nio enc(n1iÍirafl ic1ônr icr re,rção rlo órgiio "lst.,rn dispositivo da Constituição do Estâdo do Rio de Jâfleiro, introduzido nâ tl3foÍmâ
]tkliciári0 cncrttegetlo ri;r Írrc|Prc
trcão tLrrrlaÍ c suprcDre rla Consürujciro lrcdcrrl. de 1913, prer.ia a nomeâção de Prefeito Municipal pelo Chele do PodeÍ Exccutivo
() Suprclro Tribrrn:rl Ircdcrrl, qr:anrlo s,,iicirrd,r I estadual nas localidades em que o Estado realizasse sen'jços de saneâmento ÍuÍâl. O
r rlirirnir cas.s con.rer()s, nio
rcpclirL as cxodritârcias
9ue {} consriruinrc csta<iual incgavelmcntc prrticou l]a ,t,r.a
da oganizaçà. do municípur. Às decisões jurliciais cncootrarerrr 82 Recursô Extiaoidinário n.775 (Estado do Àmazonas).
at.r,,,",r,.",r,,
bicntc constitrrcional da l,timeir a RcpiLLca. ^r, RecoÍrente'Ihe Manaos Maltets SlaughÉrhouse Comlany.
r\ lndctermin,rcrio (l,r,tutonornla municipal pocleria conrluzir:r Relaroí lltinistro Guimarães Naial.
tiurs tcnclincjas A marérie rclatlva ao co!fliro entÍc a Constitüição Fedo^l c à (:onstitrição Êstâdrâl loi dc.idi
dilcrentrs, Lrora rcstritir.a dr xuronorrlle coosritücion:ri clo lisLetlo, dâ pelâ ncxistênciâ dc ofensa ao aÍ. 68, dc xcordo co,) os scguhtes fu.dame.ros:
e a outra rlais
rleico.rda à t:omprcensão cl,isricx dâ conrPclêncir do consriruinre "ConsideÍando que as disposlçõcs dos rrts. 31, n. 3 e 50, § 16, dâ Constiruicão do Est2do do
csre(lLlal_
Àmazoms, conferindo esta âo GovehadoÍ a aüibuição de, não.st.ndo reuddo o Coigresso,
suspeôdera exe.uçãô dâs resoluçôes ou 2tos dâs autoridades nruDicipais quando i.ffingitem às
|REIRE, Felisbello. -4r C, Nlituiõ.! tkr Eltadôr c d Co,ltit tiaa F.i.t t/. I!t) de Jan irô: Imprensa bls rederais ou do Estado, e âqtrela âo Cong,eso para declaia! sem efe;b os aros e resohções
Naciorâ], 1898, p. 68 - 69.
dos Munictrios, .onÚários à Constrtujção e leis dà Uíiio ou do Esrâdo, não vlold1 ô dÀposi
79 CAVÀI-CÁNTI, OL..it., p. 179.
RqlrBO§1.Rui ^,!âro. ti$o do ârt. 68. dâ Cons*uição FedeÍal, pôrque x àutônohiâ, qE oesse rrtigo é àssegürâd^ âo
80 ,,:**-rr... uDh),..Rod-.|,^era:M."i.r,-,ud Ldr.,.;o. \rjJc,
,-q/.Y z\. t. 1. Jr. ú-l. Muoicil,io, é resrrita aos negocios do seu pcculiar nllercsse c não podc serinvocâdzpclas auroÍj
81 BÀRBOSA, Rui. Ob- cir., p. 190. dadcsNunici,ais perxsc superporem às Con sdtuiçôcs e leis federals e do Estx,lo e âs violarem"
(Rcvisra Forense. n 18, D. 396, 1912).
AUIONOMIADO ESIADO NO DIREITO CONSTITUCIOI{AI BRÁSILEIRO 355

deptis de negar a ceÍreza c â riquidez do direito


]f::l:i,l:.,leral,não deu pelo c()nflto
pero_recortnre. alegado
entrc o texto da C;osrituiçao .*"au"i" .,
Municípios, acarrctar o desaparecimento do princípio da au«rnomia municipal, ga-
art. 68 cla Consdtuição Federal, aludindo o rârtido pelo ân. 68 da Constituição Federal.
aresto aos pÍecendentes que indicavam
a jutisprudência.8r Os Minsttos pedro
Lcsa e Etlnufido bir dissenúÍr., a" _"-ri. 5 AUTONOMIÂ SEM TÉCNICÂ DE ENQUADRÀMENTO
c-vierâm presdgiaÍ, com os fundamentos
de.*" do*;;;;;;;:,"
idcnrrÉcrva em Íexros daqJele.pô as
Llorbiráncirs "o,o., ".o.r.n,.
do con\rir,;r;;;;;;i-- À Constituição Federal de 1891 não revelou têcíica, -iutíàic efrc z pârâ coibir âs
-.-
O Minrsrro ledn brd, recorclou que, no lmpcrio. nào vrngaram
os DÍoieros
cxorbitâncias do constituinte do Estaclo-Membro e submeter sua atividade organiza-
nomeaçâo do agenre ext'curilo municrpal pclãs pr.";aeor.s tóda ao paradigma dos pincípios constitucionais dâ União.
:': 1*i,,"*T.1
rrovrocràs, e o Mrnrstro El,naada a",
ljnft aàvettiu que o ârbítrio-executivo de Âomeâ, 1úotma Ágelar de Roazsó que, na Comissão Constitucional do Congresso Cons-
PrcÍeiro onde o [srado as.umrrse a r.. pon
sabil ijade pccurrrir r"f, *ri;;:;;.; tituinte, tâmltrém conhecida por "Comissão dos Vintc e Um", númeÍo indicativo dc
seÍ\tço êninütot ?ntp c
ltctt/iamnx nttnnipat poderia, iela .r, ._i.".r" seus mcmbros componentes, João Phhciro, grtndo sc discutia o Projeto do Governo
^'ijá. "" ProvisóÍio, na parte rclativâ à organizâção dos Estados, votou pela manutenção dos
princípios limitadotes da autonomia, que provocaram vivas Íesistências, e âlvitou
83 Habeâs Corp6 n. 5.5J9 (EsrÀlo do Rio de acréscimo âo tanlio primitivo, para acolhcr corretivo às violâçô€s potvefltula prâtjca-
]ancirc).
Rr.o.rente Dr. Henriquê Casrrioro de Fisudkdoe Meto. das na ultedor atividade constituinte estâduâl.
RecoÍidorJuiz Federat da Seçâô do Rio de
Iâ,reirô. À intervenção do constituinte mineiro merece Ícferência especiel, pois, corno sc
Reldo. Vinrsrro vNcn(a dc C.í!o
.fê,João Pinbàro não se atdava ao caro dos autonomistâs exaltados, que defendiâm
Eme'rr:,'n noheçio dos prêrenos Muorcrpai§ prropoder
hu.r('pat ask8umda pcto,fl. 68 da Conynuiçâá ExêcurNo nào ofênde â auronomra uma autonomia sem limitações, e revelâvâ agudâ percepção de problema técnico,
Federat.,.
Fund,ft cnto da de.isão nos acórdãos precedenrcs: estrânho, de modo getal, ao constituintc de 1B91, como era o da sançâo especíÍicâ,
"cônsidcrmdo qüê, em diversos ecóldâos, tem
o supremo T,bunal Fcderat decidrdo que a
no plano da Constituição Federal, pata conteÍ âs exoÍbitâncias do constitujnte esta-
nomeqàode p.ftitos Muricipais nâo ofeode, dud. João Pialtein sugeÍiu sanção tÍpica, retirando o tema da competênciâ exclusivâ
auroo";,",i", ú;;;r;;;;;d1;;:...
68dr Côníiru|(áo Frdddj (R.\i.rà Éora.r.v.34.p.
() Ir{ini,rro ped-o L*s, r\srnat,!a J6Z 1920). do Poder Judiciário, e recomendou técnicâ que eovolvia a paÍticipação do Supremo
õ4
", o !cuô. n' 'ttrrFrc p'tssJÂcn de s'u vo o \cncdÔ:
"u Pieleiro ou agenre exe..,,,. o" ,- Tribunal Federal e do Congfesso Naclonal. Sustentava /oãa Pinbdro, segtndo se là
redsar. pode srr oôm.rdo - ,t"" por rol(i dô a.( 68 d' Lonsrrui(ào 7
ia efteatd ü^Írsctità pelo autor dc Cokitil hte Rel blica1td,87 que a inobservância
r"r"
".".,d.",.;Xlll:É,:Ia
Â,uronom'à mu n icjpaj dcsaD, rc(e_ dcsilen de regras limitadoras da organizaÉo constitucionâl dos Estados, mtrmeradas oo
r..p",r. I.pi,.o
';;;;,;Ã ," ,ü;"i 1"" "**'rivo municlPrré idPosro P'ro E'rádo' Ao
11:i,.",rcs
d;. p,JÍ;,".';;';ü;l;i'..;:1:ir"::l::i::::;:fiiiili;"::tTi"#l:, Projeto do Govetno Provisótio, uma v€z Ícconhecida e declarada pelo Supremo Tri-
ne$e sen(lao, po, bunal, importaria na suspensão da disposição constjtucional cofltâminadâ âté d€6-
"e iutglem
oreoriior da,dononir _unrcrpal...
'iAssrgumda a âurooomii do Muni.,nh nplâ_Coosrirurçào nitiva dccisão do Congresso- A cmeodâ de,la,r7 Pialteim exllx o sila,l privilegiado das
nanrês, quer-se falêr c Ía2.,. o
FedcraL em rcrmos cjdos ( r€m,
q," n,i,."i," r- no r_pé.to.- ântecip^çõcs criadorâs e corrcsponde ao pimeiÍo e cintilânrc lampejo do itinerário
"IncLuiraD-se nr CônsrirurÇào Fcdelat brn,
constitucionâ}, quc assinala as fases da implantâção da técnicâ bÍâsileira do conüolc
el.'odcmoc.,,!mon,À'§"o',",,0.,,;,,o]l'lllona\qucrdêreànPcruÜberar's.o
epÔrs n' phrrcÀ se n
rudorsô Pouco ! nou(o suPrimrndo da coostituciodâlidade das Constituiçõcs cstaduais.
85 Trccho do voto vencido do Minisiro Edmundo O constituirte federal de 1891 não consagtou cotretivo âutônomô pata os desvios
Lins. ro qual assinatou a oíensa ao art. 68 da
Constiruição Federal: do ato constituintc estadual c retraiu o campo das limitaçôes para o indetcrftinado
"Con (roro. Ío âss,m ao arb,ú|o do e\ecur, contcúdo dos princípios coostitucionais dâ Uflião.
e,"...,.iç...i,".,..";;
puor àssumrr. por erprcgedo ";";il:ff::fr :'Hffi::-jiilffi,:i::,1:"y:
I
d,,urc,jih,nçr.âdlr,1;orlct,do.et-.,oer]..."";; À sançâo adviria, como lembrou Rrri Barbosa, da ilação de quc, no silêncio do texto
n,en, iercraurononramu,rir'âr.sam.Íor'EUár, constitucionâl sobrc sânção cspecificn, só câberlâ cogitar da sanção judiciária, e a
"à;,4;;;;.,;;"i;".;:ll;J;:l
vJ,tu d,nioc,uóno ouhpodc;querenaod,rig.po,.,.,",,",,,,,b,";;;,',*;;;;;
se. po, isumrr a resltonsâbiüd,de neoni,
a,- v,."ç:" . n*l a"#ffi :, j;;:#:i.,il l,?:ili #! i,, .jlli;llll;",ijjJ 86 ti, Ag.oo! dc. -,1 .,,hlti,h ilúltuk. Ob cit., p. 114.
R()LJ R
'^ hobscrl,âncrn (tc uma óu lriais d2r resiâs do xitigo ântciior, r.codltc.idr c (lcclrr.dà pcio
o: ôL'rc, Mun.prcs. dcsde qu. l,e tâç,h
opôs,çào a. .",p".,i,", -,",.ip,t,;;i.r: ià.""," Suprcmo 'lijbu nâ], import^rá a suspcnsio da disponçi:(, constltücionrl gue â conrivri âté drri.
l oreose, r l,l. D. 370 l92ol
dcretminação do.rarnpo dos princrpios consotucionaj5
ficou entrcgue..à discriçào É cero que o quietismo constitucionâl não o exculpa dz ctítica dc não ter criado,
oos nctmen€utâs -
no uso de scu inereote podet de tevisão constitucional, os insuumentos hábeis para
O Supremo Tribunal Federal nâo se inclioou pela eferividade da apagar a deficiência que acompanhou a Constituição Fedetal dc 1891.
sanção, e a
interpretâÇão dos princípios constitucionais, por mâis
vâiiosâ que fo... rro piano O Congrcsso Nacional, desde avigência inicialda Constituição de 1891, tornou se
da douttina constitucional, não po<1eria teivindicat a
eFtcírda àa oUrigr,o.iái^a" o destinatário de constânte soücjtação, que delc reclemava o rcmédio eF'caz para o
norrDativa.
mais câebre caso de exoÍbitârciâ constitucionâl duiânte â plimcjra Rcpúblicâ.
O Congresso Nacional, nas divcrsas provocações gue teccbeu,
para perqufuir o  Constituição do Estado do Riô Grânde do Sul, de 14 de julho dc 1891, a célebre
-
leor de consdructonâlidade nos textos das Consut utçôes
esladuais, âdoro, a oru,le,,- ()ir/itr.iio rdilbitla, para lembrar o seu mais inlluente âutor, é câso ilustrâtivo da
te âritude de rccusá las, denrro de proccdimenro incensuráucl,
à lu, a, , orni.,ar.;, atividâde constituinte no terreno das exoÍbitânciâs coflstitucionais, sem contÍâste
predeterminada pela Corstiruiçâo vigenre.
juridrco e6caz para as demesizs dá autonômia.
doutrinâ pâdamentár a respeito da posição do Congtesso 6cou
exposta no pa_
^ que o Dep'atado Ar*ânio dc Meto Franto ptofetiu sÃre a cliscutida
rccer
Não foi, como vimos, o único modclo, mas a Constituição do Rio Grande do Sul
relorma da ocupou a posição solitátíâ de modelo singular pela originalida(le dâs exorbitâÍrciâs
Constituição do Estâdo do Âmazonas, ocorrida em 1913.
do constituinte cstâdual. E o que cxplica, em patte, a atração que despertou, e jusli-
Àtendo-sc ao aspecto jurídico dâ questão, para saber
. se cabia ao Corgresso Nâ_ 6ca as numerosas iniciativas quc lhc deram incômoda notoriedade. O Proieto n. 3,
cional o exame dc Constituição cstadual, afastou a hipótese,
pot ioe"itar,.ia ie de 1893,§ do SenÀor Teotureto Jrrlo, cstá nos pródromos dâs iniciztivâs que f.isâvâm
fundamento parâ dccisão congrcssual dessa n"trrezu, .onforme diretamente a Constituição do fuo Crande do Sul e ptetendiam transformar o Con-
concluía a correta
doutrina constitucional do Íelator dâ Comissão de Constituição gresso em guarda dos indeterminados princípios constitucionais da União. O Proje
e Justiça da Câmara
dos Deputados.ss to preconizâ â nomeação de interveotor naciooal oo Estado do Rio Grande do Sul,
cujâ missão findatia no momento em quc o Estado fosse "reorganizado de acordo

88 com os prjncípios constirucionâis dÀ União", A Comissão de Constituição, PodcÍes c


Nâ sersâo dc 15 de serembÍo de 191ó, os Depur xtas Agdpttb pmidt
E)rrô,ti\ de Sób, l,[a t iÍo de Diplomacia clo Scnado, em pâÍecer de 24 de maio de 1893, relataclo por printinl Bo
So,td e Á"/ôrk Nag"eitu, dâ bancâda amazonense, suS-""*",
;
Cn-i'rrao a" Constituiçao e
lrsÍiç^,úín ltutnaôa, p4" erDiÍii pa!..cr c p.opor à Caa:a aos ocpuraaos c meaiari üitba, rccanlcr,don àÍeieição do Proieto, por inconstitucioralidadc. O Projcto n. 2,
cnreodess€ necssáúd eo retaçrô à org?üiz4ão coostitu.ional fc
dô Esr;do do À-**^, i,jr;,
tuíd. pcla rcfo.ma da rsp(r;va ConsriruiÉo, em 1913.
Os Est&los se rcgeE pehs Constnuições e pelas lcis que adotarem, rcspcitados os princípios
O p. Ícce, dá Cotu$ào dc Ctrsriru içào e coosrituciônâis d? Uniàor has, o iuiz dâ ol,scrvância ou inobseryâocia desses priocipios por
Justiç,, sendô Retâtôr o Delurâdo At â,tu à. LI.to
r,'Z,a. opnou peroârguivmeoô àà tnàndàa.po, cnÊndo erorbrrantc parie dos [stâdos, nas Constitüjçõcs e lcis quc estes dô@tâicb parâ si- é o Poder]udiciáÍio
di comperénoa do Con.
gresso o controtc dâ Consrituição Esraduâl,.onforhe FedeÍíI, quc ânulará eh espécie quâisqucr dispositivos das Consrnuiçôrs, ou das leis dôs Esra-
acot ou o Relaro! nos ;eg,i,t", ,.J;,
do prônunciâmento dâ Comissão: dos, quândo clcs violâreh â Cônstituição, as lcis, ou os raúàos fed.úis" (Dot ,p,tor Palkba,-
"Mas, no direiro constitucioqal brasjlcilo, â nào ser a interv€nção juÍídicâ, /zzr- I crvcoçio dos Estàdos - Àmâzonâs 1913-1917. Rio del,neirô: Jôríâl do Cohércio, i..
conútrua,,orhâl c '12, p. 276. 118 )
perDaÀente do PoderJudiciário FedcrâI, não há ou1râ irreúençâo
do Go;eÍúo d" ;;;;;;;.
nesocios pecutiâfts aos Esrados seoâo . dc natüreza O Dcprt^<lo Púdt"h d! proferiu voto elrl sepaÍado, divcrgindo .la ,Íaioriâ dà Comissão,
p.riti.", in,rt.iaa pa. _t o. a" ô-.J-
^[ard]devcria plosscgui! no cxane daquelâ "originâlissimâ dupiicara dc
pâiâ slsteorâr que a CâmaE
Se o coní[o consrnu.roDat do Âmazoo,s
nâo roi rsotvido denrro Jo Esradô Dclo, ooderês
polÍicslocris.@ $ n;o en(ôn,.ou sotufâo nâ5prcp"," i.,,,.,çõcs "Âs de Governadores ou Prcsidcnrcs, dc Âskmbléias Legislaú!âs, dc Câmârâs l\Íuíicipàis sâo
inr.;l;;;'E;:,
remco,o n1o havúa parr' o (rso a nio ser o que toi ind,cado ";;Su- \úl€ercs, di/i^ Ptudd t dc Motun F/á,. Raros Estados nâo as Íen dilo- M,s nr?i.ztar àc Cdrntui
no5 diÍercnrcs a«inláos do
p'emo"liibun^l Fed at. prôreridÔl soLre â qúesrào am,zône,\c: Ía,J petrso scr a primeira a gDe se obscÍa nolstâdo doÂhâzo.as.
a ini(rvencto ledüat h.,m n
,erabclccrmenro Jâ ordem (ons,j,u.ional e r.anqü,t,dade n,
E r rd,,, a raqq..lr;o do ors;, d; Há âli, com eleito, duas Constiiuiçôes; a dc 21 dc março de 1910 e a dc 20dc outubro de 1913,
Governo localque tinha então compcrêncií pâla farê to.
sem quc o povo amâzonense saiba, com scgurâ4a, por qnal delàs sc d€ve reger. Uma palte dã
ren rrrurdaJc pam,r- a,a,. rofu do" (rsosdcn!{,v.nç,o,,p\er foruliçio uúr."J. q!c Ugora, ül rmx. (nr(nd. , oJrr prne quc sô, triN.rr c.r; i r,, r,i'o'.
,9."*:.:- f,:..,,*"
onrrrurçáu .to Amrolr: e imptrctramenre
a
rcconhccer, r.g ur:dadc Jr um ou do ourro dos Para o situâcionismo político do Lsrâdo, â Consritnição dê 1910 loj rcvogàdÀ c subÍiüída pela
orgà^( da podcrc\
"obF o !u,jsscdeuiduptr,at,. de 1913. Ij, po! isso, a est, é que elc obcdccc. Para os nâoaituacioojstas a ú1ica vjgcntê é â de
As rnutdes dG Esrrdos, como tr d(iximos assrn,tido, náo 1910. pois coníderân inelistentc, irrn. e mU â de 1913, qDe rcaógov (Dor"netíot Pdiz-
cíào suicnas, ccosura Dévi, ^qúcl^"
^Co
do Côígrcsso Fedemt, nctu deFndcm do scu Ob- cit-, p- nT-
/r/,a/ p.r" q," "Eilaru.
"",,,rn,i-;,;
BRASILÉIRO 359
RÂUT MACHADO HORTÁ AI IÍOIIOMIA DO ESTÀDO NO DIREÍÍO CONSTÍIIICIONAI

gte ao.Poder l-egis-


de 19 de maio de 1893,'0 apresentado na Câmarâ dos Deputados, com a âssinâtum de  Comissão, nas palav os do rcl*ot João LtiTÀLrt, uttená\a
.o-p.tiâ decretâr â intcrvenção no Estado cuia Constituição violâs-
seL\ anto\ E?ihicio Pe[rod e o\itros, previa a designação de autoridade
l$tiridrro Ser?a, l",iuo drUrrião
investida de poderes especiais, mediante âto do Presidente da República e aprovação rc os Pr:nclPio( coÍrstitucionais da l-edcraçào'
da Cârnara dos
do Scnado Fcderal. Todavia, mais explícito, o Projeto minudenciava atos que a auto  iÍnerpretação do telator da Comissâo de Coflstituição e Justiçâ
colllrolc congressual do alo constituintc csta
ridad€ deveria pÍaticat, para oÍgânizâr coostitucioÂalmente o Estâdo, de acordo com Deourados eta ousada, no Iocanlc ao
União, c inferia' ademâis' ao arrcPio
o regime republicano federal. O Proieto foi rejeitado, em primeira discussão, por 72 ãi .i"..;"" a"" pr;tcipios constitucionais da
llstados' por violação
votos contra 56, o quc demonstra sua rcceptividade inicial. à" êorr.ti-iça" fàaoal, om caso dt intelen@o fedcral nos
.o""i da União' e*orbitante da discreta enumeÍação do oÍj
ào. prirr.ip;o.
O Deptt^do Anl â iniciâtivâ fotmal de Projeto, para
ner Matiel a,l:andor:o.:, "cionais
ginário art. 6' daqucla Constituição.
provocar, em primeiro lugar, a Comissão de Constituição e Justiçâ da Câmâra alârdcâvam
O oarecer se distanciou, a6nal, clos fundamcotos doutrinários que
dos Dcputados, a frm de que profedsse pateceÍ no sentido de decidit se os prin dr Uniào' parr' rcpc
,.1. irtremado na clcf*a tlos principros consrrLucionais
cípios constitucionâis da União, "especialmente os dâ foÍmâ republicana, sob o iocrepações d^ Indi'açào'ProPor o seu ârquivâ
lirrdo d".,"a"du-"rr," as divcrsas
tegime representativo, são respeitâdos nâ Constituição do Rio Gmndc do Sul".
Á Indicaçâo, que contém â datâ de 13 de maio de 1906,'1 atticula os disposJ pata exercct contro_
Âdmitindo a dupia comPetêocíâ do CongÍcsso Nacional -o
tivos habituâlmente âpontados como aberantcs da âutoÍromia do Estado-Mem-
l" l".on.titu.iorr"jid"de da Constituição estaduâl e decÍetâi a irteivcnção federâl
bro, na Constituição do Rio Grande do Sut: âbsoÍção de funçâo legislativa pelo u.r,.rtarta.a .lo, princíPios constitucionârs dr Uniào, o que
nio encontreva apoio
Presidente do Estado, livre nomeação do Vice-Presidente, refotmâ constitucio- doutrina constituciooâl' o Pâr'eceÍ 5e iflcumbiâ
,ru àor.tl .,içao o" -ais acreditada
nal sem participação do Poder Legislâtivo pâm decletálâ, Íevogâção de resolu " conâito, se fossem válidas' juridicamente' as teses
,1" t"mou.t á totmc.toso Pois,
âindâ não erâ proplcio â
ções e atos locais. sustcntâdas, bem sc vê que, politicamente, o momentÔ
fetindo matétia de seu
O parecer da Comissão de Justiça,' rclatado por loão l ti7Alw, enfrcnta o tema um rompimcnto .o* *_pr""iigio'o" câstilhistas gâúchos'
âs bâncâdas cstâduais do
Íelaciooâdo com â competência do Congresso paÍâ examinat a compatibilidade cl- ,looma oolitico e pela quâi nârurâlmente se emPenhavam
coosr'rlar que
tre Constituição Estâdual e princípios constitucionais da União e concluipela a6t- niã C-na. do Sot, n" Cáflara e no Senado, obedieítes âÔ comândo
Ínâtivâ percmptóriâ, com a ajuda da intctpretação de r'átias cláusulas do tcxto cons- provinha do "Morto da Graça"'
Comissão de Cons
titucional e apoio na invocada autoridade d,e loãa Barbalbo: O deputado lYetwdatt E«abat, poncos diâs âPós o PaÍecer da
rec<litou os argumentos da lndic çãa Anttuêr Maàel' rcquetend"
"Da coobinaçio do art. 6", n. 2, dcsra Constituiçâo, que pÍescleve a intcÍvoçào do tituição e Justiç,"
podcr fedeÍal nos oegócios pecullares dos nstados pârl mantcr â formâ republicânà a"á.irsão EsPecàl PârÊ rever a Constituição do Rio Gtande do S"l
. ".L*çá
" os ptincípios constitucioÍrâis da União' onde não estivesse
de
federâtiva e do dt. 63, que exige que os Estados se organizem de acordo com ior-orri"a-U .o-
os priocipios consritucionâis dâ Uoião, com o et. 34, n. 33 e 34, qu€ dá ao Podcr
acotdo com os mesmosl
L€gislativo a competêíciâ exclusirí pala decletar as lcis necessárias âo exercício dos o destlno dos
podeies que pertencem à União € âs leis oÍgânicas parâ a 'êxôcução completl dz Areieição selou a soltc do requetimento, que acompanhou
a inocuidade das ioiciativas para
Constituiçâo', ê o ârt 35, n. 1 , em que r incumbe ao mesmo poder de vclâÍ na guâr- demais, e as reitetâdas resistêociâs icl'elâÍâm
do Sul zo controle do Coogresso Na-
da dâ Coostituição, resulta à iflco.tcstável cornpetêncin do Podcr kgislativo Fedcral, .ot 4.,., Constituição do Rio Grande
pra, vcrificado que trmÀ Co,stituição de Estâdo viola â formâ Íepublicasâ íederati' "
cional.
vâ e os princípios constitucionars dâ U ão, decietai que, por intermédio do Poder pública' também
Executivq se cumpÍam as providônciâs qre forem adotadas no sentido de fazer  insistêdciÀ no teoú desPertou, é ce'to' â ateoção da opinião
petas apóstrofes áe Rtli Barbard, que flão coídescendeu
com âquele
voltâr o Estâdô discolo à normâlid,rde instituciooã]do Pacto Federal (BÀRBÁIHO. sensibilizacla
Comentááos áo !Ít. 6", n. 2, p 24)."

93 O parecerPerdeuo s.u PrinciPal amPâro dolrinário


Bârbâ lho' publ icda em 1924' não incluiu
90 [email protected]/ú Pd,ldhdíatr - Intetr nçào nos Estâdos,i- 2, p.138,212. Com eteno, . *gunda ediçio da obE clísúca de Joâo
dc 1891' os argumennN C* *i:i"
97 Do.sdc,tor Patutuútarêt - If,terenção dos Aslâdos , !. 4, p.242-243. nos omotarios ao rt. 6", n.2, da Constituição Fcderal
92 Patecer da Conissão de Coníiruiçâo e Jusriça da Cânua dos Deputados, de 20 d€ maio de *"- ,n. irr",..-.'r" prrecer dâ Comissão dc Constiluição € Justiçâ' poÍ ter estc últnno
".
nos comeÍtos qu€ írG textoi"
Relato o Preside"te da Comissão, DepútadoJoào Luiz Âlvcs. Deumeotos Pdla
1907, sêodo colocâdo "m.is te.m
mcntares Iítervenção Âos Estâdos. L 4. D. 244-2a9.
RAUL MACHADO HORTÁ

no círculo enlrmerâdo dos


"parto radical clo comiismo" sobre
e despcjou a Coristituição do Rio Grande do Sul cional quc âPcÍtâria a âutonomia do listado-Membro
a violência avassaladora de suâ cloqüêncà.'5 piuípiot íortuuionai'
â comPetência do Cong:"t:
A Íevisão da Coostituição do Rio Grande do Sul acabou convertendo-se em cláu- I,tcou iostit,]ldu, a paÍtir dâ revisão de 1926. 1l]111t
ti"j ^|
conrttucrona'"
sl:)a do Acardo de Pedrat Abas, cekbl,aào entre os revolucionários comandados por par, decrcta, , rnrer.'enç1o xssecur aróIia JÔ( PrincJpios "* it
csl'du'rlP()r
'Nã., caso conrretr'dc controlc do ato constrtuinle
Asit Bratil e o Presidcntc do Estaü, Boryu Meüroq sob os auspícios notórios do se,cri6cou, tod,n'ra
Goverao Federal, que subscreveu o ajuste.O ,4corào àe Pedras Altaq a\ém de instru efeito dâ ifltervenção dcctetada
(iuta(ào restritâ no tcmli:].:::l:
mcnro de paci6cação, \,?lia como projeto dc rcvisão dâ Coostituição do Estado, feita a ressaiva para o PeÍiodo1"-1920' de
, ir;;;. f.dáral tlos prrncrpios
pois âlgufius de suas cláusulas continham os delineamentos da aspiração reformista 'caotelatórin :."i:"ir,:'i:,di--:1,1",11'-
*:o::1,1:,'j]t
formalmente pactuadaló ;;:;;;:;*", impôe se a con'lusãá de gue â constituiçào
o enqLrâdramenlo eficâ".d4 atl\ ldxdc oÔ
Os federalistas de 1923 tiveram mclhor ôrtuÍ)a que os federalistas de 1895. rr.noorai.nou o, teios licnlcÔs PxtJ
'o,r orgánrztr(orrr'
.,,nslitu;nte esrrdual, quc usuíturu de inequr!ucâ Plenitudc
A reforma da Constituição do Rio Grândc clo Sul seria efetivada, e, poÍ coin
cidência sintomática, a mensagem em que o Presidente da República telztave ao
Congresso Nacional, minuciosamcDte, â celebmção do Ararda de Pedrat A/Ía:,
6 NORMÁE REALIDÂDE
cooduziu â umâ Iimitâção
expunha, também, âos membios do Poder Legislativo Federal os preceitos da À prcservação da autooomia do F'stado_Mcmbro a plcnitude rlaqrrclc
orisinária da âti!'jdâde fedc'al, para guc nio
Constituição licdetal suscetíveis de emenda, prenunciando a revisão constitu- fosse afetadl
a''" mrnrÍcstrçuc' cxprc'siras crr rc'rsréncia
:I'.;;,,ffi,;o'*-.;-..piin*1"
da autonomia estadual' que não valem como
Rm debâte.ôm Pioheiro Níacladô, qúâodo se discutiaa iorcrveoção fedÍâl no Estado do Rio
;;;;;;"-;J"o e dc'clcfesa
câPtar umâ condutâ rcprc-
pIrrr: fenômenos isolaclos, mas) âo contralto, §etvem Pârâ
J(J,r-i,o. c i l')lá. Ru, Bi'bô- a. iln !. e.
que se locaLzaram no perír;do
.#;;';;;;;1;; i;'ro,
"... oa Constituição dc scu Est2do, da quâl desal)ârecerâú todos os etcmcntos republic^nos, "ss" "nife't'ções'
ptoi"ta"t €m Petiodos sucessiv,s'
seja para
uma Cônstliuição que não é senão uma ditâdura pcrma.cote e pe.peluadâ, um, Coostituiçãô t"i.ã.i. riã*^ri,-. b,otilci'o, se
pelo dLt"nci"mtnto P:"S*::I-d'
na quà|, do Po.lc. Lesislat;vo só se dcixou estâ sonbra chamada 2 2s$mblóiâ oÍçãmcrráriâ,
oferecer elemento de contrâste, num caso'
umaConstituiçâo que é u,n monstrc, uoa enornidade, umaüiâçào temtológic. entit todas âs
Constiiuiçôcs Dodeíras. caracteristicaoriginátiadosistema,ourevelut'nuout""'p"t'n'núnciadeincli_
da autonomia
clc cetto modo' à plenitucle normativa
l'l por isso que, acreditando esiar S. I]x^. de acordo côm a ConsLituiçâô do scu Estido, a qual
""nao.ir,.ti"gr, -"rente,
ê antítesc d^ (:onsiiruição blasileira, i guãl é a ocgâção ãa Constituiçãô brâsilein, â qul csrá do Estado l{embro.
pxrâ , Constiruição brâsilcirâ. .omo o sim e$á p... o nâo, .onD o pÍcto cstá para o lrlaoco,
ctr me âtrcvr a dizci que S. Exâ. foia cducado nâs tndições da cs.ola da dnâd!Íà" lDoãn útor AdelibcÍâçãonegâtivadocoostituintesobreamobilizaçãodasforçaspoliciaiscs
do
oPostâ à âtividadc
I'dtldnL,tdt$ - l1tetlençào nos Estâdos - Estado do Rio, 1914-1r15. Rio dc Jâdeitô:Joinal dô ,á"i, i-prt-1, "fi.f. dâ tcndênciâ ccnttifugâ Pclâ resistêDciâ
&)mércio, v.8, p.89 90, 1916).
Goi'eÍno FederâI.
Na câmpânha presidcncial dc l91q no di$uÉo prcÍtuociado no Tc.úo Líricq Ru; Bdbosa cscai-
pel.va norâmcote o tcxô corsrnuciooal sul lio gâídense, rccoÍdândo, de jnicio, intiga ophiâo AmâIôofâ.tâtcntâtlvadercgulamentaÍoinstitutodâiotervençãofedcralsimbo.
prolongamento dâquela teodênciâ) que
se rÍtcg'Ôt
dc Ilpíácio PossoÀ, entào seu ânrago,istr oâ.omperiç,iô eleitorâl, âpoildo pelo I'orgisúor f;,""-'"" ã..nt.*" Nacion'l,1
"llá neÍe pâis um Estado, onde o Sr. I-pnácio Pcssoâ declârou i t.rra . céus que "nào €xiste ,r, n"ionomio nor-,rir a dn sisrema fcdcral'
Const,tuiçâo", porlue ã ConstituiÍãqdc fâto, âli cxisrcote negâ. Constnuição Fedenl c â prla Unrão' cm câsos cxcePclonals'
A mobilização das lotças policiais estaduais
CoDstituiçâo I:ederal.cB^ a Coníjruiçào âll existcote. Bàsta dizcr absolurâncrte que. oesse
J, "Con-rs'aoios cinco'{- e no Prt'icto dc Cons
pâlio radical do .omdsmo, ó Chete do lrstzdo absorle quxse todo o podc! lcgjslâtjlo e deste "",:'l.,II;;;:;;;."'s,,,.-,cià,,,1 no mod'r de encirrr x e:'Len'ão
rcsra apenas um resíduo atrôfiado, iôútil, uhâ cspécic de àpêndice vcmiforme, oa qistêociâ il:J;;";ã"1";;;;'"'i.J.r"'' 'r" * 'ri" anguiarr
urilizaçro das forças p"liciais'
com
dc uma âssembléia, a qucm incumb€ somcrteaEanhaÍe engolirís proposl1s orçm€ntárirs do i"i i"air". p,.,la"n.iais relacionados
(:hcfc dô Estrdo. Evi.leotêmeÂte, pois, csra Co"stnujção eíá dc lodo eh tudo forz dâ Consti
iuiç:io F.deril, e .ie lodo o fonto em .ixâ abcrtâ com cla".
BARBT,S^ Ru.r r mfá n hà p, elocnciál (Or'z ! o,,Dh!ú totgt RodeJanell^:M,nsté!i^d, ComPêt. ao Cô.gtcsso:
^n.33 oesra consri-
Educàçâo e Culrum,195ó, !'.46, t. l,p. l16.
io" a**. o* forçâs poticjâis dos Esrâdos nos casos csrâhetccidos
Cláusulàs prínein (prorbia â rcelejçâo do Prcsidente do Esrâdo pâr, o pcrÍodo presidc,ciâl ""0,r-. "
imcdiato), scguídâ (sul,iissnô das cleições estaduâis c nunicitâis àlcgislâção clcitoL2l fcdcral), o.p., " p,i,", ,*-uote ro i .ondres'o N 1c rnnil:
e..t. :Z ,
sexr, (eleiçâo dô Vice Pesidente), sétnna Gúantir dx repksentaçào das minoria, (Diário do locais dos Btâdos' oot câ§os tâxados Por
estâ Constituiçào'
(;onsresso Nacional 4de mriô d.lq?l- {".." ,ro M,.l,irúr. n;ili,Í r fôrcâs
m:''j' auroNoMrÀ Do EsÍa,o l{o DrRErro coNsÍrrucrorJAL BRA.TLETR. 303
O Projeto da ..Comissão dos Cinco,, assegurava
ao presidente da República com_
peéncia pata'ilistribuir e empregar quâsquer liculdâdcs e cstoffos à açãolegaldas autotidades locâis; e como "âPresença cle consi
forças dos Estados, nos casos dc
grcrra extetna ou intcna,, (att, 54,10). dcrável força armada federal nos Estados" podctia atiagir a autonomia, nos dissídios
O ?rojeto cnlte os Comandantes dcssas forças e o Chefe do Governo Estadual, propunha a
_ do Governo provisório era mais amplo e reconheciâ
âo presidente da elaboraçào dc projeto dc lei que rcconhecesse o podcr de exigir e promovct a retitada
Repüblica compcúncia prj'ar iva para cxcrccr o
."-,".l- ;^::::::l'
-mando .":;"_,:;-.
suPtemo das rorças policiais' ' ou remoção dos Comandantes, em casos de conflitos com as autoridades locais. À
,t,-d" .h"-J". ;;-;;;; ;; ;ã;:1:' ' '
lndicação não causou repulsa c foi epidamcnte aptorada ta Càmara dos Estados.ror
..*' i,, i",.,à" p.,6il::T.:ff T#::::;[1,i.;,,];._. Os insucessos da pretcndrda regulamcntação legislativâ d,r irteÍveflção federal
u.,
.
oos (-lnco quc restringia os
^^.,!:1g1.-':: poderes presicrerciais, inclusive Áo domínio
'
lorças ledtrais. pos dependeriam para das exprimcm et^pâs 1'rctcorridas pelo Congrcsso Nacional na resistência aos poderes
o seu exercício, on alguns casos, da anuôncra
uu5 governos estaduars, nem acoiheu fedcrais e revelam 6tme dcfesâ da autonomia do Estado Membro, dentro da versão
a fótmula ampJiada do ptojeto do Governo
Provisório- preferiu a solução radical, âfâsrand" constitucional de sua plenilude.
, Uria" r"a._i Í"
?"rà"'r"iorç".
policiais dos Estâdos. Não reconheceu ao
Congresso *_f.,e".r-à.-rn.iir,
 intervenção fedcral foi objcto de redacão lacônica no terto constitucional tte 1891-
las, em casos de conflitos, e o presidenre "
da LiliUti., ,rao  excepcionalidade da intcrvenção ficou realçada pelo catátcr vedatório da pri
, omperincia cxpliüra, para
irru.;; ;;;r., ''
"J
cxercer o comanrJ. à^ f.A* p"U."i.
.",r;J;".,o\i; mcirâ pârte do ârt. 6" e os câsos enumcfâdos no tcxto Petmissivo não sc fâziâm
PÍeconizou o Pw.to do Gorêno pnariahb- ou simnte<---,"'r;;:..,,-_:-:ll'- . acompânhÍ dâs normas <iisciplinadoras da inten eoção.
r",, no. .".o"
Canit:ãa dot Cixra.
de !,.,.,.;;.;; ;#'il:"Jri:il:::: :,.JllrJ;:: :.:ffi:T" Constituição guardou silêncio sobre o proccsso da intetvenção.
. ^A regulamcntaçÀo do texto, na via ordinária, foi encarecida PoÍ quantos seÍrrl!Àm
delibcraçâo negativa do constituinte
.A dc 1g91 Íepercutiu nos eventos futuros, as di6culdades iniciais do fuocionamento desse câpítulo clâ Pa@logia Êederauva.
criando siruação que ceÍtâmentc não estcve
na sua vontade propiciar, mas bara a Àtcndendo a esses rcclâmos, âpresentou se no Scnâdo Fedcrâl o PÍojcto n. 43,
qual podcrosamente coirco'eu com sua
que, por ocasião da ptimcjra Guetta ".i."à.. R"gi;;; ;. il;';""*,ffi* de 1894, subscrito pelos Senaclores -/aáa tsarbalho, Alneida Banero, lnío Cbemont e
Mundial de 191ã-t918, su rg;;;iri-il;..
formais para_considerar as polícias estaduais ..reservas,, outros.roz O Projeto n.43 ofcrecia solução para os conÊilos result^ntes àc drylituta
em que a nação se declarava
d;'r;;".U" ;;;;:;,. olr contestâção de legltimidade de exercício de Governaclores e Ássembléias nos
sob estado de guerra.
Estados da União, pre\endo que, nâo sendo os mesmos tcsolvidos nos Estados, ,ra
*^?_!:!:!:::
rmutos ,*f," a 9uepam
ncsse ,solamcnto,
se rerent A.foxso Áritrat de Mek Frarro,ee
esrabclecer verdadeie .ompetiçào .ntt.
encontrou es- ausência de lcgislação adequada, setiam afetados âo Congrcsso Nâcional, por inicia
policiais dos grandrcs Esradàs, <totados de ti\,â do MinistéÍio Público ou redamação dc qualqucr cidadão.
nação, às vezes inferiorizadas nesse
exé-n* p.i.;;;;;;Ã;";;;rto^";;;"" À intcrvenção federal dccorrcíâ de âto dô Congrcsso Nacional, competcfltc paÍa
conÍronto.
cilberto Frcire chegou a Íeracionar â militadzaçâo âutorizá-lâ no caso diretâmeote relâcionâdo com os clistúrbios verificados na forma
dos Estados com tcntativas hc-
geaônicas do eÍadulisno pms:iala.1ú republicana fcderativa, conformc, aüás, já Ecarâ asscntâdo nâ iurisprudência norte
Intérpretcs mâjs amcricana, parâ hipótese idêntica.r0r
extreoados
,.;;'i;;;;.;i;;'.:1?:ilu"ffi da concer

ffi j::*::mli,,*i"1,:. O Projeto n.22, dc l895,rN substitutivo de Comissão Mista, cxplicitou â árcâ da
sença de lorças federais nos Estados competônciâ do Congresso Nacionâl pârâ o caso da intervenção Ptevista Ào n. 2 do
or, com , liu." ,roui_"n,rç,lo ;;;;;;r;;,
dessas fotças_ aÍt. 6", da Conslituição Federal, precisamcnte o <1ue se reíeria à intcrvcnção assecurâ-
Para nos rrermo. a tóriâ dâ formâ republicana federativa, tornando dcsnecessário o casuísmo adotâdo
esçe ükimo aspccto. br.ra mencionar a /z/i.4,ia
por laàa Batbaho.e.uào membro da Cámara rprescnrada no Ptojcto n. 43, dc 1894,
mia do Estado deixaria de ser real e eíetiva
Âr,".,^ q;;i;;.r";;;J;;i:":
cstranha, capaz de empregar ou ameaçâr
sc nos Estaàos existisse #;rd"i;;;"
o cmprego dc força materi"l, p;;;;;- l0l D@úê,tü Pala,t
"tz,ê! - Intcrveryão nc Estados. Rio dc Jâneiro: Jornat do CorEtcio, 1916, v.
6,p.3-4.
99 MELO FRÂNCo, fonso Aínos êe. Un dtdliltd
da It ?rbl;,a (AÍt^nio dc Mcto Fnn<o
1O2 Do.ttu bt PzÍlanútzt! - Iote.venção nos Estâdos, r 1, 1891 - 1898, p. 9-
,cnpo. Rio dcJMe,re:Jo.ó
^ e scu 103 BORDEN, Luthe! Vi rRÁNK, John P CdJ,r ,, tb, C|,tíitano,- New York: McGÉw Hill, 1951,
.^
r00
olJdnpio. toss. r. 2. p. r04j
FRETRE, Gitbenô. r,r.?z/zÍà, ai n.a.
ni" a,1),.,ro,1o§e Otvmpio. ,e4?.p lso. P.$-47.
'104 Docahúta! Parla"Ertdtu!. Oh- .i1., !- I,
P- 27'1.
RAUL MACHAOO HORIA

legislativâ' Âão obstântc â lâÍgtl€-


rleral, que deseiava fosse obieto dc
tegulamentâção
Pnlerte de Marai.r,ta5 oa mensagem presidencial de 1895, dirigida aos membÍos do
za de seus senúmentos âutÔnoml§tâs'
Congresso Nacional, pÍestigiou â ioiciativa dc regulamentação do ârt. 6o, cncareceo' da
nos oólos da adoção e da reieição
do sua urgência,'hão só quanto à iflterpretâçâo positivâ e clara do texto constitu- O Projeto n 43, que extremou as corrrnft'
lederal ;ostrou' na votâção' iguâlmcnte
cional", como para estâbeieceÍ "o meio p!ático dâ interveflção fedeÍal, Íros câsos em i"iI^ai.,^ ,.e"1^-*Laota da iotervençào
que ela é permitida". clividiclo o Scnado Federal'
Eraarevelação das deEciências que o Podet Executivo eÍrcontrayâ na aplicação do Convémlembrar,patategistÍodeblilhantepágina,que,naseSundadiscussrao,
e' nâ tcrcerÍa'
;;-P;i de vários ârtígos c incísos
texto coÍrstitucionâI. Pârece que o estímulo presidencial, se tcve o efcifo dc reforçaÍ ,;;;-; "a
voàção
'l'"taca<l'
convicçôes fâvoÍávcis, também âvivou a reâção contráriâ. ocotreu o emPatc final.
deu-se a rcieição do prolcto'rro Por
escÀssâ mâiorr-":t:i::::t'
Os Anat do Congrua ctmírmaram o ltízo de loào Bar*alboloi para guem
z discrssão t- "".,ao ""g,r;n,., jcmâis se reproduzju, no Senaclô
rdeia, pois
sobrc a ÍegulameÀtação da intervenção fedetal iria 6gurar "em nossos anais como uma aí^rr", p"r, à.!..ir-"lar os pattonos cla
*
tentâÚvâ p"" t"gttl"""nt" o s*1-t^"11;Í
daquclas quc mais recomcÍrdâm e que mais honrarn o Senâdo''. Âs intervcnçô€s dc Fcderal. com igual intensidâde, ouüa
oe (
Canpos Salles, Ranin Barcelat e João Barballo, ertÍ€ outros, demm grândeza aos debâtes e ( oníilUiçio F;dcÍâ], o coraçào rh Rcpuhlica na câr1(rer'7açâo
proporcionam valiosos subsídios grta a intopretação do sistemâ fedeÍâl de 1891. "
NãoÊcooci.cuns.,itoaoScna<loFedetaloproPósitodetegulâmefltaçãodain-
Cdti?o! Salleial p^r^lisou com imagem famosa o ímpeto da regulâmcntação e toda tcrvenção federal.
vez que esta tessutgia nos dcbâtes c nos parecercs do Congresso NâcioDâI, nas obÍas
ACânaradosf*tadolÍoi,semdúvida,ocenátiodamâisaP2ixorrântcdiscussão.
jurídicas ou nos comeotáijos dâ imprensa, sempre se rccordaria, com timbrc auspi- sobrlcva
cioso ou âgouÍento, conlorme opinião sustentada, a famosa metá|otu.
ll,, ,,'niunro tle circunstánciâs concoÍrLu Prra essc r'levr' e cntrc 'las quâ- oo5
do coogresso Nâcional de frguras rcpresenrâÍrvàs
a
, pi...^ir'r^q'J c,"a
Raniro Darrelosto' cxpós, nos debârcs. â douirina dos republican.s sut-rio-gran- ( Maúada' tuti Barbola' laaqnittr
,l«,s reoni.rlrcanos de 188' com" anqat Çalkt Pi'tei'a
'tt,i,[,,p,*,.,
denses, que eram contrátios à Íegulâmeotâção legislativa do texto constitucional L]apaldo d! B'll'àPr'
n'*iua' Joào BoLalho'
pâra que os Dstados purlessem gozar dâ plenitude org niz tóti.^ até então usu- constituciofl'l' setrtiu se naturalmentc
coo_
fruídâ. O Senaclo Fedcral, por suâ dcstinâção
do equilíbrio fedcrativo'
O discurso do Senador gâúcho é uma defesa prér.ia da Constituição do Rio Gran-
*."i",".*-" a" itoblema fundamental
de eosâio regulamcntâçio Pârciâl
de do Sul. Daí a natutaiidade com que cle explica a cotnpetência legislativa do Pre- E o suc explica o "parecrmento, no Scnado' 'lc
otdi,lÀriâ
sidente do Estado, dentro das dações diretas entre o Chefe do Poder Exccutivo d" inre*cnçào fcdet'i. na r Ia dâ legrslaçiô
âPresentado' em 1913' pelo Scnador
IUr Bal'o
estadual e os Conselhos À{unicipais, com cxclusão daAssembléia I-egislatirz do pto- Não possuía ourro sentido o PÍoieto pelo sc
rÍrzs gix nlo alcançou êxi«r, e foi reieitado
cesso de formâÉo das leis. ra,nr crianclo a Éguta rlo tutenwn4

Joãa Barbalbo,l6no discurso quc marcou sua participação flos debates, dcixou a
»or.,-t , portor,,,nt Ob cit , Í 1' p' 475 476'
conffibujçâo do constitucionalista para o conhecimento juddico da intetvenção fe- 110
? :Y::::::K:::::;:;l- ","ài" u'"'" a" ^-"1'r1 1: l'::ç^"' '"P""""'u' '"
i:.i,"il#:';;;;,;;',a,i. i' *'r'' p"""'"" zr ó' Sem.ohaiam
111

1O5 Dd,De,tor Pdlz,trntoÍ* - Menegcns Presidcociais (1891 1910). Rio dcJaneiro,1912,p.112.


106 DMtuúot PdÍld edtai! - I nrerwnçào oos Estados - R€gulamcnr{ào (1891 1898). Pâ!is,
i:J,;ffi ;;;;;-*
:Hi:"J,is,ü:';:;il;;;
.
"""'"
;;;, ;"--", " "","* *',:":ii:::.3:T;:T.: j:
""' "'"'u""': ir1t1l.l':*'*.?"';3Í,i.il Íl
Âlves,1913,v 1, p.433. ^ilhud p,re §e"'"o *
N^ *'-"
ô tadr 1""
deJn,di Âo õenaoo
pr're der'Lzdi J( lJ J' '" ---.._;
'c cs\enc,âi( dr
,-tr,.'-. in.!i,,,,.ôe. c$encrâi( ,ürmr
Íürmr
107 "Os úêús vôros sào pâh que ar conchas dâ bala,çâ, en qDe esrão depôntâdas 6 duas sbcn- no Est.do do Âm,Dnar''t' r P'errúr i'qEr "brJdo 6 inrnu(ôe.--.. o^f,-. r
"-i(r."!ôeâsua
-,"i.u".'.:iTt':1til,;l'":"i:iT-r:':li:::::I
ni^s,possan conserv.r se no majs pcfeito nilcl. Eu cntendo gue nenhuhâ qücstão mais grâve :.:,:;?::,Ti:113.':;;"íi"iI..,'0. t""'H:::.i,'::
(^ns, u,cão c pre(on170,;;il;.',;';;';"',.-'" a" n"r'irtr*'
, *",*'*, * " ':;;;,....^_i,**. a"
doque esta pode-sc agitaÍno seiodo Congresso Nxcional, porqucé eta que pcnctn mais fundo t'illiiTüJ:§::ffi c_",,uiçi. rc 2r de
no oosrc olganismo constnucional. conÉanç2, om vlrüs rtrrbuiçôes, in(lúsiv' r d' n "

Sc é possíÍel un corpo polirico ter corâção, eu dircj qüe neste momcolo êstamos tocâÁdo no l'ren
(-oul,c ao scnrdd João Luiz rmPugoar o n'.i'rÔ de nomcaçào dc
coBção dá República Bnsileira." -umi orrdâde de que â
^lvrs
;:::;*aJ;;;".;."..ri,«ionaüdai dese 6su-' quc drzia ser
Dúr»ento! Pd a,Lktaft! Ioicrvençãonos Eíâdos-RcÂulâmcntâção (18911898). Pris: Âillaurl P!^h'ô di'cus'ào' Ruj cn' àrou ô de'rúcno
11"::;, r sc . ,aeiçio.ô 'n ' ú^ sou ni
"''is- $ P:Íre ú c''.* o'::::.
Alvês, 1913, Í 1, p.302. p'i'."
rcA Doqoutü Pa.tàndtae' Ob. cit., !. 1, p. 389-396. ';;;;;"";"-;": *.,
:"il ::';il;*.il,; "e a"
(otr.. "uma ex<e<ro od'os'
::::^;::;^ ,," .--','-," .,-
:,. ,r.,r F 4 scn;dô ârrih 're
149 Doanexror Parlatnataru. Ob. cit.,v.1, p.433-440.
=-,- RAIJ! IMACHÂDO HOFTÀ ÂUTONOMTADO ESÍADO NO DIREITO CONSÍIÍUCIONAL BRASTLEIRO
,r/do Federà1. cm-pflmeu, discussào. pam
fÍe\ alecrjr o âEurncn,o do Se oadot loàt I rD Âs resistências aos projctos de regulamentação legislatim da intervcnçâ<; federal
Atur.gue dt/â í\ o comporÍar o nossu düriro consdrucional
â Ég r d. int.ruíror. se inspiravâm, dc formâ ostensiva ou r,âo, nos receios dc quc o desdobramento do
A regulamentaçâo do att- ó" encontrou ressooànclâ
nâ Câmara dos Deputados rcxto constitucional viessc golpear a autonomiâ do Estado Membro, sâcrilicândo
e os proicros inrcrais ati surgiram cm
dâÍa que é .orrr._poú;;; ;.;;r,Orírr."O. princípio tão caro aos constituifltes de 1891.
Scnado Federal.
Pertcnce_ao grupo oÚgjnárjo, na Cámara, O rexto constitucional dispeasavaessa complementâção legislâti1.â e â intcrvenção
, o projcto n. 11, de 1g94,r, de iniciativa
do Depttado Martin: lrntor fcdetal, para garantia do Estado-MembÍo, teria começo e fim nos testritos câsos do
art. 6" da CoÍrstituiçâo Federal, sem neccssidade dc aclaramentos sobrc o processo
* O.-i.,: deixa_a impressâo de visâr ete, principalmente, coibir
rcsÍauraçao
"_-1-_,1r-,!=.j monàrquKa cm Esrado da temida da intervenção.
Federaçào.
i.so. prcvê a rnre^ençào ÍeJ,:ral par, reprimir  ortodoxia republicafla, recusândo clâbotar a le1 orgânicâ dâ intervençâo, para
a formx monáÍquice de pover.
-^Por
,o ou qu.llqucÍ movrmenro rcv,,lucionãrin. ger,l abrângcr o procedimento iflteÍvenrivo, que escâpou eo texto constituci()nelr âbiiu
no sentido monárquico, o regimc instituído"p.f,
ou local. qrc procurnr".
-raln.rr, ' câminho âos abusos da jntervenção.
Cur"i,riiaã ã.ã;;;;#:"
Exprimc preocupaçao d iver sa o proiero n. | 56. ' O sistema fe<lerâl dc 1891, porrazões que fugrÍam âo controle nofmâtivo dâ Cons-
de 1894,r. de auroria tlo Depur ado
Arirtidc! Milto", gvc arrrbuía, inicialmcnte, ao Suprcmo tituição, testeÍnunhou o vivo contrâste entre â discreçào do texto constitucional da
Trrbunal Ferleral, nor com-
preensão do arr ó0. lcrrn i. da Consrjrui(ào intcrvenção federal c a caudalosa prática desta, que acabou abalando a Pleoitude da
F.d_"1, ..-p.;;;; o;;;;;Ji;.r ;:
or:rnre rc. amxÇar,j rodr. r: qursrôes âutonomiâ do Estâdo-Membro, pois a presença federal nos Estados, por via da in
or:grnarirs dc conÍliros ,eruianrcs de droli*,o
(? a\\(2ot.1à_. ou ctc wovern/Jores
.)u pÍ(.,denres dos I.jsraoos tervenção, atÍopelou, com fteqüêflcia, os órgãos dâ âutononliâ.
jnte_rvençào federal
.julgado
.^ surgiria, sc fosse solicitâda, p^t^ gàt^ntit a execução do O constituinte de 1891 havia idealizado o instituto pârâ aplacâr os gtar,dcs trâu
do Suprerno.
mas constitucionais, rcmover os desvios patológicos da conduta federâtivâ, rcprtmir
O proieto Árutids Milon e o projero n. 4J, do Senado os atos de hostilidadc à segurança nacional.
,
dqlmta d? ananbliar au .lp pfttil.ntc dor Eltdda! eta
Federal. rcvelam oue a
expedJeore uuJizetlo
no peirodo Rcmédio pata estaclos mâlignos ou ntos que revelassem malignidade, não cleveria
inicial do sistema federaL, como
Provâ o cofÍctjvo rcc<»ncndado pnr^ climinaÍ a introcluzit se no uso quotidiâno, nâs rel^çõcs habituâis,
prática viciosa.
O projcto Arittilat Mihon, que prccon'aava soluçào À intervenção fcderal ultrapassou os limites da Énalidade constituciorrai c ingres
,
lcrro, parâ. os câsos de duplicata,
nào acolhida pelo Direiro brâsr sou no rece.ituáÍio normal da política fcdcral.
introduzia o Supremo Ttibunal na á;-;;;;,
hteÍvmçãq o quc se veio poster@rmcnte â Â laconicidade da Constituição dc 1891, que se atevc à cnumeração dos casos dc
admri.. .o,,, ,,l"qr"d" ;;J;;;;;: intcrvenção, petseverando na técÍica adotada na fonte do fcderalismo modetno e a
Os proieros dc regulamcnraçào da inrcrrencâo
fctleral,.rcjma Íeferidos,
suscita:âm o intercsse que deu especial teJevo
;. ai.*r.0.. à. j."rü;il;:'""\e nào âusênciâ de normâs rcguladotas do proccsso interventivo, Pâiâ indicar os titulares
re;erçao, o mesmo de.lno do proierô
scnarori2l. da intcrvenção, ctr cada caso, concorrcram para a implantação de abusos c a subs-
os ensaios de rcguhmenação rcgisrativa da intervenção tituição, freqúentíssimâ, dos crité os jurídicos por razões políticas, não obstaatc o
federal não obtiveram revesrimeÍrto ornàmentâl que estâs úkimâs exibiram e os protestos dc indeêcÚr'el
sequer êxito parcial.
6delidade ao sistema fcderal quc formulavam.
Á idéia nào chegou a rranspor. no corno de proieto legislâtivo,
as parcdcs de uma intervcflção fedcÍal e-\etceu paulatino, mas e6ciente solapamento da autonomia
das Casas do Congresso Nacioorl.
do ^llstâdo Membro no sistema federal dc 1891.

conra as praxcs quc teh Eduzidó ncstâ Casa Esse úabâlho pertinaz de deteÍioração cofltou com a colaborâção c o impulso do
l primdE discusào ã uh riimrc quase de mêta
govcrno Presidencial
l:T:1'1,-o:. 1r" :_' **m in( órume
eqs rmp,. il;",;;;;*:,,:;;;:;"1.ü:1"
,tr ago.r re,e-ada.porcJ,,,-.;J; De{lagradot, executor e âté iflspirador dâ intervenção, o Prcsideote da República
,: ff:::""^::1.:l:::-*p,rTe,:aqis:üs'j:ô,^2
druís.os quars rose notóiã, inipciada déia,
oD âs.osseriddo
bon seiso" (Daúa?ntat pz|ta»ahh Í .
áteoradoluddi.o ar.oit rcuoiu as condiçôes itlcais para deglutir nos poderes plcsiclcnciâis de intcrvcnçào .r
- Esiados ",in
^o
134-136.
ob. cit.,'. 't2, t . 'tefrençâo 'os - Âma'zonâs (1913 1917)' âutonomiâ do Estâdo-Membro.

?:*-^::,,:**^
1]-1 DMú.
rnrelencàonosEí,,ro." Ip re,.200 É cetto qo" pro."sso não se rcvelou com a lirrpidcz das manhãs claras. Foi
tts tot I'd.te"t zÍ lnremnçàô nos Elrzdoi. e. 1, p. 20J. ".r.
qrâdâtivo Írâ açào e sutil na conduta.
NO DIREITO CONSTITUCIONAL BRÁSILEIRO
Os desgastes que a exacerbaçào presidencialistâ
, acârretou âo sistema federâl Nas relações com o Govemo Federâl, o isolamento das uoidades fcdemdas en
si) torâm geralmenre --.,.,vvJ
s€ntldos ouand.
tqauuo a erosâo iá solâpara o edifício constitu
cionâl_ controu formas diversâs de extcriorizâção, variâodo entre a hostilidadc da conduta
agressiva, a altivez da independência, o rcttaimento do comportâmento discreto.
O funcionamento otiginário do sistema federal
e do regime presidencial ofientou
se, ao conrrário, pelo respeito à autonomiâ Daniel de Carualha,l17 em página evocâtivâ, 6xou episódio característico dâ menta
do Estado Membà. Sr^ ,ao u""r,r"ao Iidade distanciada do Govetno Federal, por amoÍ à âutoflomia do Estâdo. Contâ o
esse esrilo na prática do regimc. que Albetu
"-, ir":;;;;,.
Toríerra rc)e di"i.""
nrcraÍqutâ das rnstrtuiçôes pela hegemonia política attor àe Ca?ítulot de Menóàat, gue Stbiazo ))radão, Presidente do Estado de Minas
dos Estados. A forcraçâo esta Gerais no período presidencial de Arrryt ,laller, Íecisou assistênciâ financcis do
*, homcns pdbJicor dâ República explicava,
no dir", d. Ah;;;'i;;, ,
*]y
desv,rruamento dâs jnsdtuiçôes.
Baoco do Brasil, cmbora o Estado se enconttasse "em sérias diÍiculdades de nume-
rário", para "não enfeudar a po)ítica do Estado ao Governo FederâI". O Presidente
C:neot que se destacou no período do Governo ptovisório,
*let, e posterior_ do Lstado, oo depoimento de Daniel de Carualhq "pÍefcriu tomar um emp!éstimo ;
no ConCresso Nâcronâ1. pclâ concepção amplíssima
:ne::e dâs atribrú.j a" e.i" Compatrhia de MoÍÍo Velho, emprcsa britânica de tradicional seriedadc e presa ao
do-Mcmbro, no excrcício da ptesjdénciâ da Rcpúbtica, atento às respánsabilidades Estado pelo imposto de exportâção do ouro".
conúaidas. clâborou formula para aproximaÍ
o tioverno Fedetal e oj
Lâouàrs, alrcerçâda no pre,trgro do l_sr"do_Membro.
G";;;;, A política dos Estados, enünciaà^ poÍ Carlpor Jalár, propunha se a dcsârmâÍ prc
venções, muitas vezes justi6cávcis, para lançat, cm plena Rcpública do fedetalismo
À
. cxposiçào do pensameoto de Canlot.fatht, na mensagem presidencial de 3 dualista e sob a expressa invoceção desse dualismo, as bases do entendimento e da
r, irr,ir.r. lO, p.ii)"
dc maio de 1902,rrs e. mars tarcle. nas páginas ,..on
a cooperâção entÍe â Uniâo e os Estados Membros, naturalmente demarcâdos pelos
Pruidência",ú sitnâm o móvel ccntr da palírica
do! Ertador r. f.r,rl..iÃ"i,.i"" objetivos governamentais resttitos do Estado liberal btasileiro.
rclações harmoniosas entre a Uniâo ^l
últimos. Sc,houvc, como e evidenre, propósitos
e os ÉstarJos, sem abalos na ar,;";;i;;;;" Às deformações ulteriores, que assinalaram a pâssagem da política dos Estâdos
presrdenoâI, rmpôe-sc..por <rutro Jado, não
políticos na execuçe" a" iaã"i, p1t^ Palitiea dat gatenadorel viciando também a foÍma Ícpublicâna e o sistemâ
cncará la como simples regra de do_ ^
mroaç?o. o que seÍiâ. aliás.
el€itoÍal, Írão estâ\râm contidas nos propósitos €nuÍtciados pela fórÍn]ul^ dc Carr1or
..!,!v,,,cLçr suas lnsprÍâcôes e [egar â sincetidade das
-.,--, desconhecer Salla.
ia.i", a.,"..J"",*..-,
A Polítàa ílot gawrnadorü divorciou se da política dos Estados e é intelessânte ob-
A "polnjca dos E$rdo. - rítulo da preÍcré nci^ de ( anpot,allpr ernrimiu.
. orr scÍvar que seu pcrÍodo de fastígio assinalou a plenitude do poder presidencial. F
r- de integraçao, dentro do convívio fecterauuo.'Á
pr"".nfu
91.:1i::1,* "*rço
oos tsstados na politica federal visava, é certo, ncnhum outro instlumento teú sido tão útilpara atin[jir esse âpogeu do presiden-
oferecer sólicla base tegisiativa ao cialismo brasileiro do que â intervenção feder^I.
Executivo Federal, mas esse apoio nâo r.iolentava
a estrutura federa,f""',
ao qurdro das competências federais. cujo excrcício "f"àf.*., A correlação é sintomáticar po1íticâ dos governadores, intervenção fecletal, presi
constitucional não ofuscaria
âutonom,a do Estado-Membto. dcncialismo exacerbado. Iria ter início, na vcÍdade, o pÍocesso de decomposiçào da
âutonomia do Estado lvembro, através da intcrvenSo federal.
E necessário nào perder de vista que as condiçôes geogríficas
,
lelto. sobreludo em ipoca de comunicacóes rardls
do rerriório brasr Não está nos obieúvos destc trabalho o cstudo da intcÍvenção fedcÍal e dc seus
e rarefeitas, faro-qçcrlrn "g,..
d('nc,irs ao rsol/rncnro, ar.rnalárcis nr p.riÍ, casos. O que nos interessa é 6xar o atrito quc se deu entÍe a práticâ da intervenção e
ria Jo si,relna federal.
o princípio dâ âutoromia do Estado Membro.
Á fteqüência do choque e dâs ruptuÍâs no pdncípio federativo dispensam, aliás,
114 TOIfllES, Âlhsto. _4 o,e,"4dtà ,tu o,aL a catalogação das espécies. Por isso, vamos nos limitar, pârâ evidenciar a extensão
Nú^ cdiçào. Rio dc JanciÍo: Co,panàia Editora
Nrcional, 1938, p. 73. lctal do impzcto na autonomia do Estado-Membto, a uma rcferência destacada á
ll( lr.cve.egirc, em nhâ ronvi, çào r1.bJ.avp a ver,lidcrra rô,ç,
-ohic,.9Je no apefl.rJo un - intervenção fedcral no Estado do Rio de JaneiÍo, pleitexda em Írns de 1922. E dos
l::,".-1lr:"_l"jl!litoDodsce,k/, d_.io.uu
D,o r, i po'nrâ quc roruh.r ô\ lincujos de h.Ímodia
§"p".,"11,,;;";;"1;;;:;i"#., casos mais lamosos na ext€nsa galeria ifltervcncionistâ. Âo clcgê-lo, não nos ânimâ o
rn,r c Esudo\ ;â Uniàô. é. Dois- óa
$eessêncà," potírica nacioúàI. É E, nâ soha dessa.,,td,d., propósito de lixar responsabilidades ou incrimioar decisôes. Á escolha sc funda em
vrrdâden! soberaoiâda ôpioiào. O quc p€Ísaú
il;";;;,*,;;#;',
os Eskdos, pc.sa a Nâçãd,. mzôes diversas, mais apropriadas ao estudo jurídico da questão.
Da.'qú . ratraadt,t, - \,ren\áScns prcs,de crai\(l89l.lot0r
RjoJeJrn.jrc_tqt2,p.2_a.
l16 S^LLL5.( -ntot- Da pntd? tdz palidon,.
à 5a o l,auto lao8.t 2l6.i38.
RÁIJLMACHADO HORÍÂ

 intcrrcnÇão ledcrâl semprc proporcionou, c1c morlo gcral, a oporrunrclacle para Sobrevindo o recesso desse último, o Presidente da República resolvcu ciccletâr a
âorplx cxposição jurít1ica do lnstrtuto, suas caractrrísricas no clircltc, n,rcional e nir intervcnção federale nómeâr inteÍÍentor pâtâ o Estado do Rio, ampaÍândo se o âto
dirrito cstren{tiro. pÍesrdencral ro ârt- 6', n. 3, dâ Constituição de Repúblicâ, combinâdo com o n. 2, do
Ilii prrccercs que sc impõem ptlo amplo conhccimcnto, intimith<lc com o mesmo ârtigo, o quc ievono depÜt^ào Pr denle de Marais a ol:servar a, cincada técnice,
dircito cornpando, hrrnruhção jLrrírlica do lnstituto c scu ro c2so "pojs sem motivo não se âlterâ â oÍdem dos dispositivos legais, não se cita de tÍás
^rijÇoamenro
concreto. () pcsqrrisadoÍ Ao; 1).)ürtt,t/rt Pdi.t zrl/dl"l, (rncçào 9uc rr:colheu cssr-. para diante, como fez o Governo no rcfetido decreto de int€rvenção".r:r
p:rginas do ConqÍcsso Naclonil, sc scnte frcqiitntrmentc erÍaído pcix brithânte
O âÍt. 6", n. 3, da Constituição Federâ1, contemplâvx â inteÍvenção do Go\.eÍno
:lrgLrnlenlâçàr), rerc'i:rdora ilo pft:pr1o juÍnln:o dr el1Le p.rrtrracnLar rli l,rimeirâ
Federal "pam restabelecer a ordem e a ttanqüilidadc nos Estados, à tcquisição dos
RcpÍrblice.
fesPectiros govef nos".
O c.rso rlr intcrlcnçào no lJstedo rlo Rro dc ]rrrlcifo não tügju à rcsrz c nc» dcirou,
O dectcto presideocial prcscindju da reqüisição para inretvir, e fundâ1neÍltou essâ
.lll1nr dc outrxs(joürril)uiç.ls, um dos rrais pr()iundos ( .omplcn)s csnrdos solrrc o arr.
dispensa na incxistência de gol'crno legítimo no Estdo do Rio, o que torlrâyâ im
ó'clr (i,nstituiçâo lrcrlcrxl, c()nn) foi o voro proftritLo pelo l)cputadct t rttdone ttu Mt
possívcl â intervenção fundada na requisição do ÍesLrcctivo GoveÍno.
at I illa. À mcnciouch intrrvcnção fidr:ral nio alctou, aperras, a autononria potirit.a
do Estado, pcla ncutn[zeçio de virnradc popul:u. Invxdiu â íutonrrrix ,Írrnari\:r, À intenenção impossível, sem requisiçâo do Governo local, tornou se rnteÍveli
supcrpondo às nornrls cstedueis ooinas kdcrais soLre cleicôcs krcais, cspccielmcntc ção efetiva, iadcpendente dâ requisição, coottavindo o terro expresso da CoÍlstitui-
cdrtad.rs, o qLrc tcr.cle nrssc cxs() x dcscnvolture do lcgistador fcdcr r1c e inscosibilidailc çâo. E, como estivesse embaraçado pelas própdas dúvidas, o decteto presidenciâl de
cpc cercala o prinr:ipio c1a plenitLLrlc da auronornia clo Iisraclo Mcmlrro.
ioteÍÍenção sustentava "que é âbsrrdo supot que não sofre exceções a jtrisprudên
cie que tem consagrado o principio de que nos casos de deformâcão ou subversão dâ
O sistcmâ lcderalatillgia ctapas culrninantcs de seu troc.sÍ, dc (lccomposiçào c
forma rcpublicana fedeÍetiva é âo Congtesso Nacionai quc cabe resolver, porquânto,
dri por diantc n,ro orrrnisrm; eniirnriço da fcrJcraçào lrrasileira,
sc resrebclcccria o
rxi interpretâção 1evâÍiâ â dclr â ditâ loÍma violâdâ, nos sers Rrfldamentos constj
prra, cm rrrtcha cluc se ar:i:lcrava, mcrgulh:rr no vr'rrtic,: kwoiuclonÍrio dc 1930.
tucionais, quxndo o CoÍrgresso não estivesse reunido".
À ncnsescrn prcsi.lenci;rlr 3 ao Congrcsso Naci(Í1rl c\funhâ o .,st; do Lstrrlo do
llntrâvâ o decreto pÍcsidenciâl cD'r contÍ,rdição com os dizercs da mensâgem prc
Rio, idcnrihcrncio ncle e ocorrôncia de rlualidade <lc Àsscmbléi:r J-egisirtive e duati-
siclencial, que invocârâ "a exegese paciÊca de nossâ Coflstituição", pâÍâ colocff p€
clede dc Ptcsirienrc r1o tlsra,:lrr, pare corclur quc, nos tctmos de cxcgcsc paciíca da
rânte o CongÍesso Nâcioflal âquclc câso extravagante de dualidade de Assembléiâ
P,"h-1. r '.rrn,.r,-,.1., .,
I-egislatirz e de titular do Pocler F,xecutivo esradual.
Iln scgunda mensegor,rzi o Presrdentc cle ltepúbtica dcu conhrcnaento da dc
O pareccr do Relator dâ Comíssão de Coflslituição eJustiçâdâ Câmara dos Depu-
cisÀo do Suprcnr 'I ribunal Fcdcml, conccdcn]o /)dkd! tüjrtli ros ttptesentrnrts clc
tndos, Deprtâdo /r/rrral l anartine,l2z nã<: dissimuia as dillcuidades de seu aütor pâÍâ
LrÍrra dâs corrcntcs, que sc cr»rsidcravam clciLos, , (spcc t iÍârn cnrc, pxÍâ prcsidrnrc do
fundamentar a dupla intctv'eoção, umâ solicitadâ âo Congresso c â outÍâ decletâda
lsseml,léir l-crisletila.
L.,st:rdo e Lh
âutoÍomâmente pelo PresideDte dâ Repúblicâ, com âPoio em ârgumcÍ1tos que con
Ac2la§.r o J)dbuÍ n -1 .,. a bcm rlo prLncipro da hanllonia dos poctetes, nlxs o rlrc
tÍâriâvâm a submissão jniclal do câso âo Congtesso c colicliam com o t€xto constitu-
sidcntc d.r Rcpribtica rL:ss:rlvar.e qur: isso não env<nr, rccorhcccr a legalidadc dc
cional, clâríssimo râ exrgêncra da reqti:içãa àos Goyernos estâduâis. O Relatot ape
govcrno dos cidadãos anrpamdos pcia decisÀo judiciária, eÍrqurnr,r s.)In c o âssüor()
gou-se a uma distinção entre pertuÍbação dâ ordem mâteriâl, qüe tornâ o Executivo
Írlo sc mxnilcslâssc o C()nqresso Nx.i()nâi.
con]peteÍIte pâta interr.ir, e perturbação da ordem jurídica c co0stitucioflal, que faz
surgiÍ â competêrcia do Podcr Legislativo Federal. Empregava, parâ outros 6ns, â
't18 Dadn."kr Pdid,hrtdtu, Inrülenção distntção qte Afránia de Mela Fraacol')i leaçoa no voto dissidente sobÍe â intervcnção
nos Estados. Rio de jaoúo: lôrnat do Comércio, Í 16, p_
5, 1923. ro Estâdo do Ceârá, decÍetada pelo Presidente Hennu da f-an:era, em '1914.
119 Prude.te deMomis. en 1898,por ocàsião da intervençno no Estàdo d,rÂma,onas, íxou ople
cede"re. invô.ando ãs discnssões hãÍidâs nô Congrcssô Nâcional parâ resülamentação do art.
'" d, , onsJr ,l!;o i rJcm . oD,'.i T,ed, 1,r,n . . urc, .Jq qur n.o aLz ro po.l, r r,,-. L, i 121 DurNrtot Pã awrtdftr- Ob. cit., v. 16, p. 74.
'o
vo âirr€rvenção fundda naduàlidâde ou ilcgitirbidrde dc Golernos ouAssehblétâs estaduàis. 122 Daúr,erí|! Pa ane tdftr- Ob.cjt.,Í16,p.6671.
D1.rr ,Íar PdÍldtu,ntal$ I.rervenção .os Esr.dos- v. 3, p. 237, t9t3_ 123 Daúr, ía! Paid,"enídrü Inteiveoçào nos Estâdos. Rio dc Janeiro: Jornal do Comércio, Í p 72,
12O D1l,zc,tÀ Pn//n""t"í - 9,
AUTONOMIADO ESTADO iIO DIREITO CONSÍIÍIJCIONAL SRÁSIIEIRO 373
A discrimiÂâção entÍe r/d, arei e oídút .orúlitrdondrestâbcrecida tecnicammte O parecer do Deputado Hemlzao de Ínlast'?a schre as emendas relatiras à retisáo
pclo representrnrc minciro. nro frvorcua tro Rclâtor
do crso do Esirdo do Rio. oors coÂstitucionâl deixa a impressão de que se prctendia rcctguer, e ató mesmo crigir en]
os atos lesivos da desordcm jurídica e consürucionrl,
Mela Frara, como,.attplicarâ de
na cxemplEca,a" i. iài*d, bases norus, o abalado sistema constitocional de 1891. Proclama, pelo mcnos, quc
d. pr".,d";l;, ;;i; à"r#;." "os direitos individuais, se ainda vigmtes nas disposiçôcs dos Códigos, estão comple-
ies", eram precisamente os que se ^sscmbléias, ",
achavam denun.iados nu m.rrsagem
de 23 de dezembro de 1922. ;;il.;r, tarnentc abalados pelas pretensões das massas trabalhadoras, gue desejam colocar o
grupo em lugar do nrdivíduo". Não poupa "a cornpreensâo erônea dc uma irupossivcl
projcto cle Lei de intervençâo
!1.^* aprovou o
-.O elaborado
Rio,
federal no Estado do independência de poderes, iíexistente fl prálicâ coflstitucionâl dc todos os llstados"
pela Comissâo de Constituiçâo eJustiça, por
ampf" _ri".Jf.i e o parecet leranta a tcla do palco constitocional brasileiro, para cxibir a Consrituiçã<r
singulâÍ a_técn-ica âdoJada na rcdaçào <lo pro;",".
Co.pu"f,r_..i. ;;r*;;;.. destroçada pelos abusos do CongÍcsso, do PÍesidentc da República e dosJuízes.
e oito parágrafos. O § 1" anuiava as el.rçàes,euhzudas
S.,oao ao i o. ;ar" No rol das setenta c seis emendas à Coostituição, propostas pelos Dcputados
Dcputados estaduais. Vereadores e prfeitos "o
munrcipai., 0.,.-r_,r*, irJ'""r, da maioria, na scssão de 3 de julho de 1925, estaram as de n. 57 e 58, rclacionadas
tcrventor promovetia as novas cleições c a Âssemblàia
Legislativa, ,."à com dois aspectos da autono,nja do Estado-Membro. Â emenda n. 57125 :rTandava
apreciaria e julgaria a eleição reâlizadâ ântcriorme.",
p"?" o.*ià"",. "l"i.r,
Vi* acresceotâr âo ârt. 63 da Coostituição Fccletal a discrimioação dos princípios cons-
l'r{sidenre do E.rado. O 3. drspunh.r que ".f.,.*
§ as MunicipalrrJad.r, , tituciooâis da União, cm flúmcro de dozc. Á técnica enumerâtiva atendia a uma
oas nosas Lamxrrs, seriam administrâdâs por
um prcfcito int"rinr,",, nonr"rdo crítica generdizada c ao mesmo tempo impunha limitcs ccrtos à autooomia do Esta
pelo Interventor e demissíÍel ad Íral rz, rí\anridas
as lcrs n;uii;:- do Mcmbro. As exorbitâncias 6cariam, doravantc, contidas pelâs regras do r,rodelo
gue njio co»rrarus.em a ler fcdctal dc inrervençàa.
O ^r"i.ipoi*,
p-;.,á a"ãiirrrr,"i fedetal. À emenda n. 59126 dava nova redação ao ârt. ó8 da Constituiçâo Federal,
emendado na tcvisão do Senado Ferieral. Uma
das emendas ,ufrrti-i, o e f",
d::li*: ,,,,,. rodas:s eleiçõcs reatrzadas no E"ra. a. ni., a',,p"r","'ra. 124 Dôc" 1,rtü Parldaffitaft!
,l1:-"
n)r,nâtrdads dc rpr.ci.rção polirrca da {.scrnbléi"
sobre.r elerçâ,ranrer,or oa. :,44, $27.
- Revisâo coâsdtuc;onál. tuo dc Jdl.;o: loinal dô Comércjo, v. 1, p.

os (arBos el(tivos do l:xecurrvo estadual-


125 'AcBc.nrc sc ao âÍr 63 dâ Coníirursàôo !cgurn.:
Ilstava finalmente coníeccionado o ,thapéu dc
sol do Ooogresso,., pâra Drotescr Pzrág!{ío úoico. Sâo pâru ese êfcito, principios conÍitucionais d, UDjâo:
fedcral c divic,r re.pons.rbit.àacics. *p,...à.;;;-r;;;;ã;;;t
i,ll_*,lll.
,vt,d,.t .,ttl)zo'o p^Ía censurar. em Igr4, a precedente
a) torm. lepublicanÀj
iflteÍvcncão federar no Estado b) o ÍesiDe rcpÍesentativo;
do Rio.
c) o gov€loó pÍGidcociali
 inteÍvenção fedeíâl convertera_se em peça do poder presidencial d,: indcpendêncra c a h.rDonir do. po,le,$:
âltanSa
e cssa
-_".,^1."
interv_enrionismo e pt..il.o.àlis^o airf**
1t1e
autonomia do Estado-Membro. Foram poupados
g.lp., ,, e) a tcmpo.aricdade das íunçôes.lciivàs e a responsxbilidâde dôs funcioná.iosj
os chamadoíg.rd.";r;;;;", 0 a âutooomia dos municipiôs;
mas o princípio da autonomia já estava atingido,
. .*.1r.ão" ,li..rn"ir;i;;; s) a câpâcjdâde pâÍá ser eleitor ôu elegível rôs krmôs d, Con6tituiçàoi
parecia indicar, como Rai Barbo:a obse ^ h) um Ícgibe eleitoralque pe!6ita â represent4ão <las mjnoiias;
Àriança ou da 1rípric"
detação.
;ri;;,;; ;;"*'"" ff:lJ:: "T';"::|.'TJ"*.:T:" , a ioâmovibilidade e vi(aljciedâd.dc mgisrrados€ â iüedutibildadc dos sêus vencirEt.rG;
j) os direnos políticôs. individuáis {segurâdos pelâ Consiituiçào:
A plcnrrude da auronomia do Esrado Membro. quc irnpregnou k) a nâoúelelção dos PÍesidentcs e Goveisádoics;
a auro oÍsani
zaçâo constitucioaal do Estado e a atividade
tcg;stri;r, ac p.;en.L;;";:;; l) â possibiiidade de lefôroa constitucioral e a competêftildo Poder l-cgisldvo pâm decre(á
ordenamento jurídico, não recebeu solz lâ (Documentos Padâm@tares - Rsisão constituciooal. Ob. cir).
intervenção r"ãc,ur. o. onns il;;;,?,'J;T';JJ*lJ:1Xii::i::.Í
Í,rm a Consrituição emeodacla em 1926; e as
126 4.t.68. Os Estados orgzoizarão os Municipios, ásseglrâídol hes â âutonomià eh tudô quãnlo
io de scú pe.u ,,rjnrcresse. podend".fo,em, nc.sÁ oÍgrai/içao:
modificaçô"" io,.oao"ia". i"rá b) dar ao Poder Lcgirlâtjvo compctêocia paÍa aoula. os âtos e xs dêlibcúções qúc acrirem a
primitivo, sensivelmentc infeÍiores ao impulso rcvisiooista "o
âs limirâçõ€s consritucionâis erumcradas.
_i.i"l, .on;;;; Cústiuiçâo dâ Repúblicã e a do Estado,.s lcis fcdenis e n 6raduâis, c os direitos dc ouúoi
redutora, d" pl."i ;-'r;;;;;;;;; Municípiosj
Estado-Membto. d) iítelvi! dirctâmentc tu adhinhcíção do Mudicipiô insolvcnre, âré que â situ2çâo firan.eira r
PÁULMACHAOO HORTA ÁUTONOMIA DO ESÍÁDO NO DIRELTO CONSTIÍUCIONAL BRASILÊIRO 375

Íclilir,(J i âut()llonlix rruniciprl. m(tr]iíicxçà() favorccia a autonorria .slâdurl (lc latação a (lonsritujçiio cmendatla rlistinguiu se proiundarrcntc do tcxto consti
organiz,rcio dos muflicípros, pois ^ consaerava, deÍrnrtiremenre, a c(,npoônciâ do rucional primitiro.
Iroderl-c'gisletiiodolr)stacloparaanulrreroserleliberrçiiesrnunicipaisgucfcrlssern À atrton.)miâ do l:lstâdo.N{cmbro, quc Yrflh.r c\Pcri,rcfitNo{lo os solâparnentos rlr
es (ionstituiçircs de Rcpúbllca c Ít(, Ilst:rdo, leis Íeclcrris c r:stacluais c os dlrcrros dc
intl:Í\.orç,ro fedrrzl, pcttlcr a plcnitude originátie, para sofrct o crintt,rsrc Írr)r lnâtivo
ortlros Nluoirípji)s. a intervrncirr rlo 1i.sm.lo na adn]injstrxção do Àluni
rlas rcgras Iimiladoras d'i Constituiçio l-edcrâl, a Pifiir dc 1926.
^urorizava
cípro iÍrsi)lvcntc c n,r clo t\lunicípio clire rlenundassc gmndcs obres tlc sanernrcnt.)
íinanciedrs pclo prxlcr público csLeduel. À enurncraçâo dr>s priÍrcfuios conslirlrcio ? SI,PRtSSÃO DA AUTO\OMIA
nais ri:r Llniào suscitou yivxs resistêm:ies n, rcprcscrrt,rçao do Rnr Citendc rlo Sul.
Pcr.cbiarn clxrxrrcntc os inre{ranres r!e brlc:rh grrúcha quc a singulâÍ orjtx iTâçâo i rctisão constitucion:rl dc 1926 assinalr o declÍnilr ioIm,rl c jLrtídiro rl.r plcnitude
po1íli^ tll Lltr/it/ti.ia tn!r/Linã scrta o a\\,o prcdilcto das Jimitaçi;cs decorrenrcs rlr clo I'lsrrclo ÀÍcnrbro e esse âiastrrncnlo da âutonomia originirri:L Ja Corstituição dc
qL,clcs tri.cbjos. .\ inte^ençio <1o DcpLúx1o (,ú/i/h I.2a,rr.:21 )íc1cr da Lancade <l(:, 1891 encontrou scu coro1mcnro ne Rertrlução de 1930
Rio Cr;rndc. ó prrrticLrlârrr(ntc su.qeslivâ- Iin scu discurso, o candideto presidcnciel O mor,inrcnto tc«rluclo!ário de 1910 Possuíx rar'zcs diretas nes I cbcldiis rlrilir.rtcs
<1t í:otur,rAliançt Lilurlexpix rs principais rcsrrlçõcs de.orÍcntc donrinerrt(: crr) sclr e po1Ític:rs iJc 1922 t: 1924 e scu jdcárro polítlco, gue impulsir:rnou â cxnP^nhe da
I"-,rr:rclo ao projcto de ftti)rm:t ú)Írstitucional. r\a vcrsão Àc Gúúhl Ii@\, tlis(Iplt sucessão prcsldcn.jrl de 1930, rlcntro da conjugrçio clc forças políicas dr
udo rntórprcLr do I'resÀcrc Btr4r.t te tlelLnr.r, orácunr da politice rio grrndcrrsc, o "1Iizça
I-rÀzl rl:rrdc,t a os proprisitos clc rcgencraçà() rcPublicânr.
"intcp«rjcto qolpcara I eurononrix dos Lstxd()s, alargando a cslcra irltcÍ!clcionistx () arito ultcÍ;or do movimento ârmxdo nrio cnrr.,lreu a crilsoliclação do sistcmt
rl.r União". ,\ emcnde, quc cspccilicava os principios constirucionais dr l lnjaro, oão
cír11stitu.ionâl (le 1391 c () renlscimcrlto da (itrnstrtuii:ão dt 1f391 não se a]ustarie aos
lhc dcsperter,.r slnpui.ls c, sc cootjnha "disposiçôcs k;ur'árcis c rcctterlas cm rlguns
objerivos rutônorros das solllções ttlolucion:irirrs, gue gerâlmcrle st r'oltam pera e
pontos, em outros rtduzii ns (l()nstinriçõcs cstrduais r unra rcproduc2o automáticx
inrylantaçio dc novo t)rdcnamcnn) constir rr.i.nui
da Ornstituicio Irederal, ..,rnipilando as prÍticulxÍrLlxdcs 1,:,.ris e clrrasc sqrrir ncl,r
;ts lantegens clo rcqirrc ferlcrrrrno".' " A (-onstituição Fcderxl dc 1891 t âs (l.rflstiruiçõcs llstaduais íõram suhoretiita"
ao primado dc eto fotmal do Govctoo Provisr-rno, rcsponsár:cl pcio processo de
l-ssrs nsistências Írão c(,rrcquirarr rctreir o rolunlc dos pflflcípios cr:rnsritucionais,
dcscutrtihtLiona/i7aQt Ll'dquelcs documcntos O l)ccre«r n 19.398, clc 11 clc norcmbrr
r]1âs Ícpcrcurir D er)r outtos sctrrrcs. atcnuantlo âs dimcnsôcs (lâ Íe\.isãc) corlstirLrci()ne1.
de 1930, cfcrivamcntc rtantinhâ c,n !iltoÍ âs (lr)rstituiçõcs Fredeml e lr,strdLrais, as
() tcxto clcíinitir.o da lcfrxma constitucir:rn:rl dc 192ó nio akcrou a rtilaçiio <los lcis c dccrclos fcdcrais, as posturrs e outtos ,Ifos nnrn1c1P3rs, lnas acÍcsccntx\'â (luc
âts. 63 c 6S da (ionstitiriçào.lc 1891, dci\rndo d. consagrâr as noÍmâs qur t()r os tcxtos rúeritlos, inclusrve as PróPÍiis Constiruiçõcs, tcâriâ suicitos, a PrÍti!
nariern o rcrto tcdcral a fonte cle corrpctêncir cslr(luÀl 11r)ljrâdora da autonomir rlequela deta, às modiEcâçôcs c rcsrriçõcc..nrií1.( nr) l)c.Í.ro in*itrrcirnrl ou ern
munr:ipal. (irnscrr.ando inalLcrár.el :r rcdaçào primirir,a clo art. 63, a (irnsrirLrição aros ultcriores do Clovo no PÍ)visório ou dc scu"r dciegetlos, na cslcrâ des altibu;çõ.s
cnrcndacla incluiu os princípios coostjtrr(jonais enlrmcÍxdo-s da LIoião no ânrbitr>
das norme-. solrrc lntcn c'nçiro fcdcral, para c;:iar novo fundanento da lnter,,.cn
A eutonomia do Estario N{enlbti) toi câssâdâ, a P,rrl ir do âto dc insr nuição clo (ia-
çãr). l)csta.ou sc, p:ra ctctise dos lrjncDios co srir ucion:ris, Lrrnx técnici de en
rrnto Pí» iirir\ e sô Ltt,r Íessurgir, mxjs 12rdc1 rl CoÍlstituição dc 16 .]e ]u1ho dc 193{,
9uâdrâüchto cnórrico, clcpcndcnil<) o seu cxcrcício rla compctôrcie prn,âtiv,i (lo â,nortrcidâ c,rt sua intcnsidecle, sob o Dovo 6guritur conslilrtcionil. O pern;do de
(lonercsvr Nacionlrl.
clLrração do Gor.crno Provisririo dc 1930 constitui o intcrrcgrlo da aut(»ronrix do Ils
À inor:rção sutgiu nr frsc ctcpuscular da (ionsrituição.le 1891 c css( aperc tado Nlcmbro no Dlrcito l'úblico lrrasilclro. O Dcctcto n 19.39B, que é o instmrncn
cirrcnto trrillo .ontrlbuiu p,ria .lLrc pcÍmxoeccsse inapllcada na ligência Iinal to forr»al Jc consagraçâo rio ptimado fático do (i,verno PÍovisóro sotre I itrdcnr
daquclc rexto. Os princílios conslitucionxis cnumcraclrs serviram pxrâ âssjnxlal
con srit u ciolal precristentc, slLprimiu 2 au I onom it dos I i stailos cpando prev ie, dc u nr
considerávcl el,rrgarncnto dÀs nlr,/kt! t-ut/t.li n?. (irnstluição Irederal c ncssa di a nomcação dt Intcrle oÍ ljedclal pere os lJstados, crnbora rr:sselvassc
modo geral,
os "llstados já orgânize.los", c2tcgori^ qLre nào cicllne ou cltÍâcleriTâ, justatlcnte
p.rx xsscguÍât () corleÍrclo cliscricionálro do goYcrno re\olucionÁrjo. O ltllcrvcnt(n-'
chs estejam cônchídas e llguidadrs âs suâs rcspons2billdadcs" lDü,tuútoJ Pa,kn."ta$ - ke\isào
.ônstltucionxl. Ob. c1t.). delL:gado clo ()overno Provisririo, cxcrccria o l'<,der Êrccur ivr c o l',rdcr Lcgislatir-o,
127 Dootnl"lor Pdid,ie tdftr - Revisão coríirucional. Ob. cn.,tr 3, p.120 326. ern tocla a sue plcnitude, como iÍrdicâ1-â o Dccrr:to, para, cm scguida, subordiner sua
l2A Dü,,le,h Pand,crt"ar- Rea'l\iô.ôníntr.ln.rl ôÀ.ir v rn ?r4 ,,.,.Í,.,;..i" .,. í-h.Ip.lí, (l,rvernô Provisririo iuiz dos aros rlos Intc^,entorcs. l1,,
RÂUf MACHÁDO HORIÂ AUÍONOiflA OO ESTADO NO DIREIÍo co srlÍuclolta! BRÂS|IEIRO 377

exeicicio de pÍertogâtivâ de órgão supremo do (;overno e dâ que, de (loosultivo, quê âssumia as proporçôcs de órgão intcÍm-edíário nâs relâções cntrc o
rr0
ceÍta foÍma, trâflspurrha para o plano nacional, por exigênciâ^dministmção
dâ ordem rcvolucio (iovctno Ptovisório e os cntes da administrâção 1ocâl
da lcgislação ccntral
Í1átiâ, âtribuição presirlencial tão afagâda peios cultoks d^ Contibtiçãa c.tÍtilhirta do À autonomia ootmativâ estâduâl dcsàPÂreceü sob o imPério
Rio Grande do Sul c tão combâtidâ pclos zelosos dcfensorcs da purcza do govemo murliciPâl,que se intromctia nas intimidadcs
regu!âdora dâ ad ministração cstâduâl e
§uPressãode Municí
republicaoo flrderâtiv(). da'auto-otganização, dispondo sobre cÍiaçâo de Secrctâriâs'
t-.;"*"*.i 'lu' tnrcrvc"rorcs ScclcrÀrrÔ' F:srâdo e Prrlciros Mt'nrcrp'rrs'
Á cstruture legal do llstado sern autonomia cncontto[ acâb^mcnro posteriof no ni... 'l(
policiâs militâres'
bemorou-se a legislaçào ccntral nô capitulo dâs v€dxçôcs
às
Decreto rr. 20.348,r} de agos«r de 1931, r]ue instituiu os Conselhos Consulti-
cle 29 ^gora
nor-i irnpedrr a expansão desscs corpos e limitat
\'os nos list,rdos, no l)istrito Ftdcralc oos IlÍünicípios e estnbclcceu normâs sobre a ,rbiet., de PâdroÍrizadas, Pâtâ
adminisrração iocal. () Dccrcto n. 20.348 oÍgân1zou â âdmjnistÍâção descentraljza
ía íase do Governo Provisório' Plomovcu o regÍesso âo
da, quc pocle ser rcplcscrtâclâ por umâ piÍâmide, cuja base sc cncontrâ nos llstâdos e À Revolução clc 1930,
cujo vértice reside no (ioverno Pror.isório, detentot dâ vontadc suprcma. autorida-
de do lntcrYentor FedeÍâ|, que o l)ecrero r 19.398 submctia unicarneflte ^ Consti(uinte Fedcralde
âo coÍrtrâs- Â autonomia do Estado-i\'lembro retornou Por decisão dâ
tt hierár<1uico do ChcÍr: do Govcrno Pror'isório, viu se poslcrioÍmente contidâ por historicamentc colocada nâ bifutcâção de duas épocas e natutalmente seDsivel
1933,
órgão cstadual, de naturezâ consuldvx, cujos membros efâm nomeados pelo Chefe aos ;feitos dc tendêncjâs contrâditó'âs edi{icação constitucionÀl demoostrâ que
do Govctno Provisório e ao qual sc conÊou o coÍttrole dos âlos do InterÍcntor, seja ^
o sistema fcdcral de 1934 dcsenvolveu as tendências
da revisão dc 1926' afâstando-se
de rle suas fonres de O Pens'rm(nlo conslitu
pelo ex,rmc desses a«rs, nos Íccursos contrâ clcs interpostos, seia pcla necessária tlo mo<lelo originárro 1891 e
'n§Prràçãoo consbtuclo-
audiência prévia do Q)nsclho Consulivo soblc atos fundamentais dâ administração ciollal pós-1930 não coincidiu, em muÍrrs aspectos, c()m PeflsameÍ]to
fcderâl ocuPou lugâÍ destecâdo
estadual. À vigilância «lo Conselho Consultivo ,Llcançava, tânrbóm, os âros dâ âdmi- nrl d" i891 no, por-r,os dc ficção â orgânízeção
"
nistfaçâo nrunicipal, cuja ratidadc dependia dc sua prévia audiôncia. À autorização À separação entÍeo pcnsamento constitlrcionâl dc 1891 e o pcnsÀmento cons-
tituciorial pãs-1930 pôde ser áxa'ta, originâiamentc' ío
pré\.iâ c expressa do Governo Prof isório toÍnavâ-se necessária pâra o cxctcício de
ÁntEt'etl dê Anlít'lieào
âtos do Go\rerno Estadual e do Govc,:no À.Írr,ricipâI, ou,,ido scmprc o Conselho or. o Go,=*o P or'.ório otercLnr à As"emblcia Nacronrl Constituinte' As rcuni_
texto' forem matcadas
Jcs da Subc,.,mr"sio Constitucronal,L'r que elabotou aquele
as fótmulas
p"i" i"qri.trçAo ideológica e a busca de novas soluçires' sem excluir
co-promisso os câmPos contÍáÍios' O choquc das
129 De..êto n.20.348, de 29dê agosro dc r93l (insrirai Conselhe Consultivos nos llstados, no ion.rán1., pntu .q,riüb,ar no
Dirtrno Federal e noi Muoicipios e esubelcc oormas lobre r adorinistrâçâô local).
Art. 10. É vedado âos ioterrentolcs fc.lcÍais, cono âos Prefeitos Municipâis, sem próvia audi
ência do respectivo Corselho Consulii!o:
1H, Ár. ,1,}l ,.. Governos dos Estedos, como aos Municipios' sen Pr§a eêxprc$i N
a).Íhrimposto novo, âuhenrar qua lqD.r dos cxistcítcs, alremr à .ompetêocia rributári, vigeo "",rd" Provií5rio, medianrc Prê'cr anrcÍio' 'lÔ Conselho ConsulúÍo:
Laçao do Go"ano
tc, modifcár ã diüsãode rendas: z) .ontrai cmPésrimo cxldro;
moedzi
h) co.uxn empréstimo interoo, cmirirâpólices ou quáisque! tltulos dc dívida; i) emitn bônu, "als, ou títulos equiaalentcs desti!âdos â circular 'omo
ou coaccssão quc rcnha à ser r'conhc-
c) crÍú car8o ou emp.cgo, ou àúmcntâI vencime.tos, dcsde quc âcarrcte rumenro dâ dcspesâ .i**in.lir ou ,l.clarar cltucidãde de quâlquercorüâto
ro,áldc pcssorlnr Ícn.Ír,§âô ou scrv,ço rrsp(rivo: .âil"Jil;;;i; ;iorc."" p,iÉri."'ou :'o'ridáde âdminÀt'âtivâi
d) modt6(,r, @ d«rcsâr a rrsllq uÍ' Con\tÍuido ou let orginna €'cm gorl'.pÉr rqrrl\lÔ c
d) cclebrâr ou faze. conce$eo p@ ô dcsmpe"ho de scruiço público, ou pan quâisqucr outÍos
a"'"'p''" tesr§l'trvoÔrdrnárkr' rc'srlqdÔo drrp'
6.s, rcoovâr. inovâi ou môdi6car asjá exisre,tes; **a.*;,."p'l-"
"1,1"*","
io nos âttigos Pre.edentcs.
c) fazcÍ cooc€sões de mnras, ou de tcrlas, â dão ser, quânto a eíÂs, na administr.çâo dos nú
r:r,ti"i-.iseàC.*riucionâl,cujâc!iâç^o6coupevis(âtu)De'teton'-22'040'-d-e1"dcm-
'"-..-S."a"fq:r,--punha'sedosseguinresmembros:Àf!âoiodeMeloFraoco'ÀÍinisttoda!
cleos coloniais já fund.dos, ôu pâra a fuód2ção de novos núcleos;
de Al'nc'dtr' ÀÚnis'ro
0 tÍansigii e..lêbmÍ acoÍdc con litigtf,t6 contra o Esrado ou iúúnicípio, ou tazerlhcs pãga t.i.i" i,-"""*. "p."dcnte dz s;bcomrssio' l's' ^mérroÀl'nisrro 'l' Ym
ur"'s"o da Fr?cn'tr' Antuí's Mrckl' Jr Ju'rn' c Prc§dcnrc
6eÍ1os antes de iulgdoo feiro cm úkimâ instânciâ, depois de esgotados os rccursos judiciais; .r" õ.,rra"
^.*,, \iiú tub{o, I{tni+ro do 5Lprcm" TÍil'rnal l'cdcml' Arr 'rro í:árl'
i" , I-,'.t" c*,r.
g) conceder iserçào dc nnpostos; Àssis Brn§jl' Cdlos Mdnrüiâno'João Mânsâ
rLs"r'" à" r"a*a,, p",aente de À{orâis Iilho,
h) .on.cdcr subveíçõcs ou âuxílios pecuoiários quc não teoham sido 6x2dôs no oÍçamcnto; i"i'", ó","*r p.a.",q*aio de Góes MoÔtcilo' olileir^viÀna'Asenordc Roure eTemísiocles
i) Diomulpar orcamcntÔ dê .e@n, N .l.,lp.n.§.
RAUL IIIACHADO HORTA AUTOI{Oi'IA DO ESÍADO iIO DIREITO CONSÍITUCIONALBRASITE|RO 379

tendênciG e dâs influêocias fez se sentír pdmei^nente n Sab&mir!ão ConiriÍítcioral Essas manrÍestaçôes le param Aftànio h Mclo Pta"' â formulaÍ Pensâmenlo con(i_
L;;;, ;;i;'"; r. nccessidâd;s da âutonomia estadual sem ptejuízo do forürlc-
antccipando o clebatc de idéiâs dâ Constituinte de 1933.
cimento da integridade nacional.
À distância do motlelo dc 1891, aqui referida como tendênciâ gcrâl que rão supd-
mc natutalmcnre as mànifestaçôes cm sentido contrário, aproximou as diversas cor O clima datubcomissio erâ inteirâmcnte diverso tlo clima dâ Constitllintc Lle
Á soberania do Estâdo_NÍembío não agitava os dcbates Os iuristâs se incll-
rentcs e âs identi6cou oo comum pÍopósito de renovâção dâs instituições políticas. 1891.

O afastamento do modelo de 1891 6cou caracterizado na reuoião inaugural da ar",. U" pt,".íPio dâ autoíomiâ Â fó rírul' de loão Ma"gabêrta"36 que era'
""rr-
nu u tr"doçãà do textt' da Co"stituição da Áustria' de
1920' inspirava ao
Subcomissão Constitucronal, O Ministro Àfnânio de Mclo Fmnn132 cncateceu â csco- "ub.târr.ir, constitui
p.._«.rra au S.tb.o-issão o comentário dc que "o ptincÍpio da autonomie
lha de trabalho que scnisse cle rotcito às disctssôes e deliberações da Subcomissão, lci'
já vive independcntemente de
sugeriodo que csse documcnto podcria ser a própda Consrituição dc 1891 ou obn postulado pacífico de nosso direito, que
na cclificação
intcitamcnte nova, assunto que hâbilmcnte dcfcriu à Subcomissâo, para escolhet Á grande tatefa constitucional do período pós_1930 concentrou_sc
dâ Uniâo c pre§ervassc a
en(re os dois alviúes. Â intervençâo do Ministro Osaldo Amúa àcixou tÍansparecer da oàem federativa quc assegurasse os dilatâdos Poderc§
âs rcservâs com que cflcarâ!1l a âlternâtivâ, ieceoso de que a (jomissâo acabasse ope- a. Estado-M.mbio. O AúePnjet| de Cantiutàa da Sttbcorttitsão Constila
"r,...-;"
tionaltT nào enconuo,s o deseiado equilíbrio e. Pôr
j§so, atrâiu a crltica dos que lhe
mndo simples reforma da Constituição dc 1891.
ao Ánte?tn
d"nrn.irrrn- u irl.li.t, ç1o ceítr^ltz doÍ 'Íodavia, não se podc recús^Í
Á alusão a uma tarcfa revisionistâ não se justilcava no seio daSubcomissão encar que formadam' dcpois de
ftg d^ àe prcp^tat anle|rain) de Cüt.íiruiã1, mas câloü fundo no espírito da maioria,
á ., mérito d. tel captado as primciras maoifestações
Diteito
Constitoiçeo ned".al tle 1934, impottântcs câpítuios do flovo
l"i.grra".
visivelmeflte distanciada do modelo de 1891, como revelam os pronunciamentos ",
Constitucional Brasileiro.
Íecolhidos Írâs da Subcomissão.'r3
^tas
A Contistão do ltanarati, como também 6cou conhecida a Subcomissão Constitucio
S AUTONOMIÂNA CONSTITUIÇÃO FEDERÀL DE 1934
flal pelâ freqúência corn que passou a rcunir sc na sedc do Ministério das Rdaçôes
Exteriorcs, sofrcu a iaÍluência do pensamento centralizador e mesmo antifcdeÍâlistâ Â Coostituição de 1934 não se submeteu âo Ânteproicro da Subcomissão
de alguns de seus meml:tos, Gáu Martcim preconizava o Estado brasilciro intcgral, Constitücioflal.
cotporativô, com a autonoDiâ âdminrstrâtivâ das partes fedetadas, para alcarçtt "a Proviúrio
Âs reservas em face do modelo constitucional oferecido pelo Govcmo
máximâ unidade política, jurídica, moral, econômica, social, etc".r3a Oliuira Viata é na menifesta$o <lesfavoúvel de órgão condutot do tral:alhÔ-constitltiote'
ttar»pit ram
â
o dissecador dos inconvenientes que o regime federativo acarretou à administração .,.or'tocl-entc habiütado a oferecet a tendência dominaote Não se in6ia daí que
c âo gorrerno do País. Falaado Iinguagem irrecoahecível aos juristas de 1891, pro 'Con.tiairrt" ,..ttt, ,.rr.lado excepcional intercsse Pc1â xutonomiâ do Estado Membro'
põe a atribuição dospaderu uenadot à IJnião, parâ melhor âcompânhat a incessante
Cados Mainiliato, então na Prcsidência da Comissão Constitucional' rcvelou
tÍansfoÍmâção dos intcrcsses locais cm intcresscs nacionais,rrs deslocamento técnico não chegou
.lrÀ or.. emb,rra upoiado na atividade inicial do trâbâlho constituinte'
admitido pela Subcom issão.\i arrda àe Otiyeira Viaaa a stgestão pata o auxílio 6nan- constitucional Âssinalou Carlar
ceiro aos Ilstados Membros, além do caso extrcmo c,n quc a Constituição Federal
;.:;;;à;,. pelo àesenrolvimento da claboração
ao
ofctecidas consti$intcs
i;;ii;a,ta1's1çe no total dâs 1.244 emendas Pelos
de 1891 petmitia a ajuda, para vinculá la âo supimcnto financeiro dcstinado aos E'stados^Â-

,.f.o|.,o ao Cou"..ro Provisório poucas se referiarn à autonomia dos
Estados que, pot insuficiência de rcnda, não pudcssem atenclcr, de mâneira efetirra, capítulos lneflos afetados
disttiboiçao de tendas c esses etâm' flo seu eÍrtendet' os
às necessitlades de sua administração e governo. A coopcrâção Enanceira, em tal indagar
à" A,r,.p.o;.,". O i","rcssado ,a intelPietação do dado quantitâtil'o Poderá
câso, cquivaleriâ à eletrocussão da autonomia do Estado-Membro pela autorizada impregnarlo
se o el;cnto rccolhido exprimia concordância com o Ànteprojeto'
intervenção da União na administração cstadual. O c<.rrretivo denunciavâ o pcnsâ
de tcndência centralizador,,_ou desintetesse ptla autonomia do Estado-Mcmbro Á
mento uÍlitarista, mcsma grâfldezâ e sugere c()n
indagação encerta altcrnativâ enttc quantidades dâ

132 AZEVÊDO.losé Afonso Mcúdônçâ de. Ob. cit., Bclo Horizontêr ll11prensa Olicjal, 1933, p.
263 265. O volumc contéú á iep«dução d,s Át6 dâ Sub(omissno CoostitDciotul. 1:16 TÍ:::\:jn"!x"I:f;::,t"1';H';ili,-,.",...c joín.,e34.L,.p.,r2'ú?
133 AZEVEDO,Joé Afonso Àkndonça r37
de- Ob. cit.. p.264 267 ';;.;;;';i.;;';,,;i. ct'tí,tt/,. l.lo ;t' Janci«" irnprc"u Nacion'r' rer5' v' 10' p' 33
134 ,AZEVEDO, José Áfooso Mcndo!çâ de. Ob. ú., p. 275. 138
135 ÀZEVEDO,Jose ÂfoÍsô Mcndonça de. Ob. cit-, p. 288 290.
^*-dt
RAUL IúÁCHADO HORTA AUTONOMIÀDO ESÍADO NO DIREITO CONSTITUCIONÂL BRÂSILEIRO 38

clusão iá âmadurecidâ no espírito do pcrquiridor. Sem o ptopósito de incorter em instÍumento vivo, ume fórmula instár'el, rlue se âdâPtavâ" modiÁcava e vivia' dr'
generalizâções, guc freqücntementc não ultrâpâssâm âs oodulaçôes super{iciâis dâ âcor(lo com âs condições PecuüaÍcs de câdâ Povo, dc cãdâ raça, histó'jâ ou nâci()nâ-
tcalidadc, extraímos dâ consült^ àos /
ai! da ArÍerlrblí;a Nacioial Ca rti/uinte cott\,,ic- lidaclc". À unilicação rlo PoderJucliciário não âtingiâ o Ícgim€ íederâti1o
e invocavâ
^ que tecebeu â dircta
ção de quc a âutonomiâ do Estâdo-Nlembro não gozou da proieçâo de temâ âtrâentc llLatryaheira o prtccàentc da Constituição dâ Áustria, de 1920,
na Constituinte de 1933 1934. colabonção àc )1aat Kelvn.
As âtençôes do constituinte foram al.:sorvidas por outÍos sctores c corNÍergiram es É ver,lade que o moclclo austríaco sofreu scveras rcsrrições, c o PróPÍ1o Kekefi' en1
pecialmonte pâÍâ a confecção dos capítulos novos da futura Constituição. A tendência comentário à i;onstituiçào da Áustria, coníoÍme lcmbrou Carlot Maxiniliato,lal nos
trabalhos da Subcomissào, Prudeniemente aduzira que "o fato de hcar resct'ado
Ícnovâdora dâ Constiruinte de 1933-1934, inclusive à
domínio dâ o€^íriz^çâo feder l,
'lo
não fâvorecc, por outlo lado, que se alim o fedcralismo do constituiote pelo mesmo União toclo o potlet dc iulgâr, Parâ um Ústâdo Fedctal signilica um grau nada crl
insttumento de precisão utilizado para medir o fcderalismo constitucional dc 1891- munr de celrtralização '.
O dissl'dio ertre o Ánteprojeto do Governo Provisório e o constituinte dc 1933 O yoleto dc loãa Naryabeiraia| unlÉcava o Podcr Judiciário na União F-edctalr
1934 ficou ollcializado no PârcceÍ da Comissão Constitucionâl e no Substitutivo, que con6a..a a ,romeação ,lc Desembatgadorcs c.]uizes aos TÍibunais
EstâduÍris' deÍltÍo
apresentou o Proicto de Constitüição clâborado pclâ Comissão Consritucional. O pa- de escolha; previa a l-ci Orgâoicâ dâ:lu§tiçâ; a responsabili-
de complexo processo
recer da Comissão Constitucjooâj,'s assinado por Carlas Maxiniliaru, Raul Ferfiandx daclc civil e crjminai closJuízes pclos danos que câusaÍem intcncionalmente
ou por
(Rclatot Ccral) e L,eri Cameiv, destacou â tendôncia 'txcessivamente centrâlizâdoÍa" violação gtosscita da lei c dispunha que os Juízcs e serventuáÍios da Justiça scriam
do Ânteproieto, pâra neiâ conccntÍar a principâl razão dâ divergência. Registrarz o rcmunetados Pcla Uniâo.
O projeto do Ministrrt Atutr Ribciro b*cava fixar o ponto dc equilíbrio na orga
Parecer da Comissão Coostitucional que o não deEnia os poderes dos Es-
^nteprojeto
tados; xboliâ o Íâmo do Podcr Legislativo onde elcs recessjtâm dc se represenrâÍ com nizaçiro do Porler JudiciáÍio. Erâ eclético, no dizer dc seu autoÍ, Pois Íeconhecil âs
igualdade; adrnitia a possibilidade da renúnciâ à âutonomja pela aceitação dc auxíüo imperíeições do sistema iudiciário de 1891, mas não adcria ao mo§rmcnto umtârrstâ'
Gnanceiro da União parÀ ocorrer â necessidâdes ordinárias do govemo local. de 24 dc fevereirtl'_
q.re se lhe ,6g.rtava.rnra Íegl€ssão "nâs conqliistas fcdeÍaljstâs
Esse conjnnto cle clisposiçôcs do Ânteptojeto capil;r dizri,trÍio dosE,s Éroprrnha a s.rpressão da "dualidade de hierarquias jurisdiciolrais", teprcscntâdâ Pcio
^c^ftetav^ ^
tados e €nvolvia, Ílo juízo do Parecer, a substituição fedcrais cstaduais na P mcirâ instân-
do rcgime fcdcretivo nomiÍrâl sist ma,Je jurisdiç0." paralelâs - iuíze§ e iuízcs
merte estâbelccido por um sjsfemâ real de simplcs descenúÀlização âdministrativa. cia âtÍibuíâ âos Estâdos, como antes, a organização daJustiça
local, mas subnrctir
-
O Projcto de Constituição da Comissão Constitucional,r{ que conduziu à elâboração opodcÍde o(gânização do Estado a diversos Priflcípios enuÚcrâdos na Oonstituição
dâ Constituição dc 1934, afastou-se do Ânteprojcto em setotes onde mais acentuada Fcdcral.'*so fodcrdc organizaçào daJustiça local não se destacaria da a:ton:mla do
Estaclo N{emiro e apenâs lcâria Ij,nitado Pe)os ptirrcípios da Constituição
fora a tendência centtalizadora dcste último. Restabeleceu os poderes rcseÍvâdos dos Fedcral'
llstados e se distanciou do Anteproieto nâ solução da controvettida ordenação do
PoderJudiciário. A Subcomissão Constitucional não acolhcu a proposta do IrÍinistro
Áfoítô Mendonçade. Ob. cit,Âta da 21'seção da Subcomis§ào' P- 671'
Arlar Nbcim, tefercite à organização do Poder Judiciário. 141 José
^ZEVEDO,
1aa .l\ZEVllDO, José Âfonsô Mendonça
de. ob cit''Âta da 21" seçâo da Subcomi§são'! 654
Indinou-se pcla emcndaàc Carlor Maxiniliato,rat qne subordinava a mâgisttaturaâ tqs ,rn..-- os p,i"ao",,1 olgânizâção das s!3s magisüâtura§, ' o Pode! LegislariYÔ Fedüal' M
uma Lei Orgânica daJusúçâ, suprimindo a magistrâtura estâduâl, c nessa orientâção obcdecrão âos segÚ''t's
organizàçào dis do Distrno Fedcrrl e dos TeÍritórios, PíndP'os:
âcolheu emendas precoríztdas por Joãa Mangabcira, àeddido partidâtio dâ unidâde a) concurso para a irve«iduâ, Primciios grÀus:
"os
da magisttatura e do PoderJudiciário na União. Süstentlrya porântigüidade e un: por
João Mdtgabeirala, "q:e a. b) aceso Por merecimcíto e Po! âdtigüidldc, na proPo!ção de dois
fcderacão não cra o metro de irídio colocado oo l\{useu dc Londres pâra seÍvii de
pattrão à décima milionésima parte do meridiano teÍrestre. Ào contrário, erâ un1 c) nomeàç,io e a.e$o, mcdiante ProPosta dos tlibuna§ iudiciários
sr!üiores em listàs organi
zadrs pela foma que a lei deter;inâr, Poden'l' n's 'l' óelecihento ertla! iurtsrâs
de norório

saber e rcputâçÀo, emlrora es.mnhos à migistra(ura;


ou por apo
13t Á"dn àa.4Í."/blétu Nn,io"dl anríitr; k,\.10,p.541 559. d) vitaliciedâde, não Podcndo o ,râsisEádo Perder o lu8âr' seoâo por seotcnçr'
ou na hipólcse de âtingiÍ ã id'dc dc setentâ c cinco ânos' en qüe será
14{) Arn.1n Àra1,bliid Nada alaa ti/"nnc. oh..jt.,p.559 601. senuaoia volunreria,
141 ÀZF.vlll)O.losé Llendonça dc. Ob. .ir., d,22'scção di Sub.omissio dc clàbon âpose.tâdo, compulsoriamentc;
cno do ^fôoso
di Corsttuiçâo, p.689. ^ri c) ioanovibilidade, pao o efeito dc nno ser rcm@ido, scnão a pcdido
stu' por acesrc voluntá-
^orcpoietó
142 -AZllVl,:l)O,-losé McDdonçâ de. otr. cit., ]\ri dx 21'scsào da Subconrjssào, p.650. rio, o" por proposta-do rribunãl SuPcrio.locâl' quaodo âssim o cxigir o
serviço Público;
^n)nso
À reccpçâo de tars princçios na lci orgâoica daJustiça, preferida
pela Subcomissão, Â Constituinte de 1933-1934 abriu a fase do arnortecimento da au«»romia do Es
rmpottava, no entcndet do Minisúo Àrtff Rihdtu,ra, na Jesarticulaçào
dc seu proiero tâdo MembÍo e inaugurou o pcríodo dâ plenitude da Uniâo Fecletal.
( n,) scu 3fasrxmenro dos rrabalho. da Subcomrssio.
 Constituição de 1934 ficou profundamente marcada pelo espirito cle rcnovâção
O Projeto dâ Comissão Coffititucionâl inclinou_sc peia so\ão
do Min ístra Arl r Rj- que animou â Constituinte. Por isso, disciplinou, de forma originâI, a organlzâção
Â1"0.Nào adorou a un d.dc Í.Joâld.r nrasrsrmrur.r. cunsagrrcl.r
no lrt,p.1" j"[r,r_" dos poderes, o sistema fedcral, a disctiminação üibutáÍiz e os princípios de ordenâ
l?,7rrzr, e deiacolheu c magrstratura fedcral clc pd,neira insrância,
introduzida no pro_
jeto do Podei ção econômica e socJal, guc atraiu pata o seu domínio marctialmcnte cxpânsivo.
JudiciáÍio, elabotado pelo Dcput adL.t Leti Camàra, membro da Comissão,
quc rcsIaura\.? aJustiçâ FedeÍâl de pfimeiÍa jnstânci4 Às soluções originais do texto conslitucionâl de 1934, cm muitos casos,pcrmanece
âtravés dos Juízes Secciorais. ram como esboço de retÍato intcffompido, obra inacabada pela efêmerx duração. Essc
O Projeto da Comissão Conslitucjonâlia? fesc.vou ao Estâdo a organização
do evento oão subtrai à Cons(ihriçào Fcdcral de 1934 â importâncie de texto mâúiz do
PodcrJudiciario Iocal. obserlados os pÍrncÍpios cstabelecidos
pela Cor,-.,;,riçarr ru_ nor.o Direito Constitucional Brasilciro e só pode afetar o juízo pregmárico sobre a eli-
dcrât, de âcordo com â formula técnica do Mi nistto
Á ,,r kibeiro, ajnda acatada nc, cácia do princípio normativo. O sistema federal saiu renovado da Constituição dc 1934
Direito Constitucional Brasileito.
c nem sempre a palavra rcno\'âção scrviú pâÍâ exprimir o largo sentido das altemções
 organização federal assinalou o rcÍrikjÍio da divergencia entrc projeto
o da Co_ quc Íepcrcutiram nâ orgânizâção e no comportamento do Estado Fecleral.
missâo e o Antepio,eto do Governo provisririo. Â
aproxi-mação se íez s."ti;rr". ro;;" O federalismo de 1934 não sc âteve ao balizÀmento do federalismo de 1891. Â
capítulos da ordeoação constituciooâl: â Ordem Econômicâ
e Socirl, a Jusriça .El;iro _ amplitude dos podercs fcdctais está revelada na abertuta da Constituição. A compe
ral, a lremíliâ, â Educâção, os F'uncionários públicos,
a Defesa Nacio"ri . oà daJu tênciâ dâ UÍiâô sc âdcdsou nâ disciplinâ dâs relações internacionais, dâ seguraoça
se«» daDcclaracão deDjreiros pelâ comüm ncloçâo
dos direitos e tlas gârântiâs iodivi_ nàcional, das comuoicaçôcs nacionais e iÍrterestaduais, da política monctâriâ e bân
duais, devendo se assroJar aprecedi»cia que coube
ao Ánteprop. *-for-"Uçan-an cária, da legislação sobtc dircito penal, comercial, civil, aéreo e proccssual; da mató
,nandrdír dc \cgu-ançr. O proj(1ô da Ci,mis.ào Cnn.rn
rciofl d rep.rrou a, le.ócs ou. ria eleitoral da Uoião, dos Estâdos e dos Municípios, inclusive alistamento, pÍocesso
r aurnnomia do twado-Mcmbro recehcu no Ânteproiero do
Cor er no p,oüsalo, mas das eJeiçôes, apuração, Íecursos, proclâmâções dos eleitos e expedjçào de diplomas;
não lhc devolveu a plenitude caractcrística <lo fcderalismo
de 1g91. do comércio exterior e interestadual, instituições de crédito, câmbio c transferência
de valores para o extetior, tiguczas do subsolo, mineÍâção, metaluÍgia, águas, energiâ
hidroelétrica, Ílorestas, caça e pesca; da orgânizâção, instruçâo, justiça e garântias
0 dois gias dê ju;sdsio, hacndo scmpre recurso, er offic,o pah o TÍibunil Superior tocet, das fo4as policiais dos Estados e condiçôes gerais da sua uriiização, en, caso de
nos_.a$s do afl. .... n. 3, r.,ms a, f, g, e i, scm prctuizo, pôrêm.;G
h,pó,êrs de;,1;.a;.ãà."- mobilização ou de guerrâ. discriminação de competências adqr.ririu flexibiüdade
gro.|'2 dos I buúz,ssupúiors e do €st.bclccimenro
de atçzaa pa- a, peg,enas causas; e incorporou ao seu dominio ^ a técnica federal de expediçáo àc nonhtí*rldarzer,Íai! e
d io(o,np2ubijidade absorul, d, tuo(ào iudri.Í,a com gurtqu.rourra tunçro púbti(.. exc.io.s de nrmas graig para abrângeÍ, no primeiro caso, as normas fuodamentais do direito
oo mia^reno 5upehor e,. dâJustiçlLt€trorrli
h) krêdutibilidade de vencimentos, nos rcrmos do ârr.
tural, do regime penitenciátio, da atbitragem comercial, da assistência social, da
t.J, § 1", nâopodendoo sêu p2gamenro, assistência judiciátia e das estâtisticas de interesse coletivo e, no segundo, as normâs
cm câso alguh, ser retard2do po, mais d. irés meses;
i) 6xâçio, em lei fedeâl,.lo mínimo dcrcmuncração dos,uízes gerâis sobre o trâbâlho, â produção e o coÍIsurr,o. As nomat gerais c as mnra: funda-
das duas insrâ,ciâs, confo,mc
âs condiçôes pe.utiâÍes de câda Estador nmtai! à^ legislàção federal vão confluir parâ o condomíÍio legislativo da compe
, inahelablidâde da divsão judiciáriâ do Esracto senão no tetho tênciâ concortente da União e dos Estâdos-Membros, que se alatga pclâ rcfcrênciâ
de cadâ decênio, coDrâdo dâ
ao conteúdo material da legislação estadual supletiva ou complemcntâÍ, comprecfl-
Ànair dà Aütàbliid Na.ia"at Cúltitrith. v. 10, D. 3At:). dendo registros púb1icos, dcsâpropdações, arbitragem comercial, juntas comerciâis
146 AZ_h! [DO.lor Aroroô À4cndunç, dc. Ob.:tr. Atr da
23, k§;o d3 Sub.umissào. n.697-700 e respectivos proccssos, rcquisiçôes ciYis e militares, tadiocomunicação, cmigração,
147 O Projero da Comssáo Côísu,ucion,t crirr o,
r.ib"""i, d.ti.,,;,,;;;;;,,j*;;d;;- imigração e caixas econômicâs, riquezas do subsolo, mineração, metalurgiÀ, águas,
cúrso, ê ârÍjluía aojuiz st2dual dos Fenos dâ tr.zcnd.,
ou âo que, na Capitat d" E"";;,;;
competenr€ p-a iukú a .aues corra a Farcodi cnergia hidroelétrica, florcstâs, caça c pesca e sua exploração, alóm da metériâ irclu-
cst,a*r, o;";." a*'v".""
gi ?ou, * a compeÉft,i pr* p.*."",," "",.y"t,*-a"
. i,ü" .- p"."; ilâ;: ída na compctência dc normas geÍais e de normas fundamentais.
:jllllr'
âscâusas aÍêradâs -uvdo. de Cieund
rcs Tdbtrnais O constituinte dc 1933-1934, como se vê do texto da Constituição Federal e, an-
 soluçâo do Prciero nâo pÍealaeü no tcxto dâ Constirú9âo de 1934,gue mâ.teve os teriormente, do Projeto da Comissão Constitucional, não licou alheio âo desenvol-
Ired.rais de primejra iDsiâ"ciâ. Jljíz€s
vimeÍto dâ técíica de rcrJârticão de comDetêficias. que renovou pela cxDloração dâ
ÁUÍoNoMtÂoo EsraDo No DtREtro coNsITUctoNÀL BRÀstLE,Ro 385
.arr?eli .ia.ouomí/é. comncténcia concori.,irê .,,ro^ rê _^,.:_-_-- r , !
a organização coostitucional dos Estados conferia eridentc cíicácia aos principios
a. 1",,e';" i"g;i,";^ ^ ;;;;il;'.i#::.',:l;:j:,'"Tff.l:;'ffiI:,,j':*:::: cnumcrados.  grantia clos princípios constitucionais Écou nâ áÍeâ do enguadrr-
plaativitJatle tegstadv:: a da Unrào, em caráte, p.i-a.iá, . , a" 1.,.á.-ü1-i.o ._ rnen«r da ioterveação fcdcral, dectetada por lci, acrescentando a Constituição clc
câr;ter sulletrvo ou .ornplcmentrr_ Á lc
;.; ;;:..: ;. ;;;.; ;: j;:.T ü#:-J 1.1íüi*: ;::.;::;l::;Tj.:il,1:
1934 quc ajnteÍtenção só se efetuatia depois que a Corte Suprcma, mediante provo-
I
'' caÇão do Procurador-(icral da República, tomasse conhecimcoto da lci quc a tivcssc
pârâ sup11,., ncsse âjustâmcnto, as lacunâs ou dcticiências
da icgislaça" il.;;. rlecrctado e lhe declarassc a constitucionalidade (art. 12, VII, § 2").
n-O*lr: récnic(,s da comp€réncia concorÍenre
Íoram originrriamentc
^.. ^]gi.* nâ !rgénciâ do Dircito
susclâdos A limitação da autonomiâ do Estâdo Àrembro prosseguiu na ino\,?dora tevclaçào
Consrjr ucional d. I0J4 . .ào p;;d;.rã",r*at
pela sul.:sisténci.r da referirla competénc a. do contcúdo da autonomia dos Municípios, deobservância obrigatória, para adquirir
, nas. pa,,,i ;c;,;;;,,T"r#[ :1il,'" :f:I;H:::1::i':';i1]1,:; relcvo no titulo constitucionâl Íeservâdo à Justiçâ dos Estados, gue, teconhecendo
a courpetêncj estxdLrÂl para legislar sobre a divisão e organizaçâo judiciáÍiâs, dete,i
lê9.,.,jçàô ccnrrât re\ oe,Ja e cle ocur. ,.;"
.t. ,r.*;;;;. ;;:;;""""r:"1;:lrr" minava a obediência aos ptincipios prcordcnados da Constituição Fedetal (att. 104,
*,1r,,, uote,io., pu,a s. in.rinar pcla restauracão .";;;J;.li. <ia a a fc §§ 1" a 7"). Â organização administrativa do Estado tambérn não cscaPou aos
^O:,lg].1r:1
grstatrva. que revive.
prirrcípios destinados aos Funcionários Públicos.
o alâlgâmento dâ competência concorrente
,
tência do llstado Membrc e a crescente
coincide com o retraimento da comoe, A autonomia se contÍaíâ na medidâ em que o modelo fcdcral se expandia. À
em
neutmti_çI.
virtudcda dilatação dos poderes feclerais eounretados,
d";;;;;;;ilr;#h, Constitulção total ocupava considerávcl cspaço fla Constituição l"ederâl e as norm,rs
arualizarlol na. Coor;;;;", centrais ampliavam seu campo de tevelação. O retraimento da autonomi,r normâtivx
A .?ncidênciâ acrma aponrada nos permite â".rh;;;;;;;
::::::p:',,"*'
pensatoflo da competénci: concorrenre
do Flstado-À{embro enconttou, uma retrJbuição compensatória no facultado excrcí-
introduz á Estado-À{"_b- cio cla compctência concorrente.
"ue
leBislar irn, medianre
uolizaçào,la reparjçàr, r.ctucal de comlxrências
a ";;;;
Constituição Fe<leral de 1934 proporcionou outras manilcstacões compcnsa-
 Constituiçãode 1934 não aherou o conteúdo
cla autonomia do Estado-Membro, ^ inaugurando âs primeiras medidas constitttcrorars do.ftlctalittro co,PeraÍàto. A
tóÍins,
gueÍrou prcdcrerminada pcla compcrêncja prjvrtiva
de decrerrr a Constrruiç)o e.r, Uniâo recebeu o encargr de otganrzt L> scrviço nacional r1c combate às granclcs
,ur por quc sc de\ c reQcr. \sscsuro, ao l.srado.r,rxercírrod.rodocq"algue,
pod"r cn<lcnias do Pais, cabendoJhe o custeio, a direção lécnica c nas zo-
ou direito. guc lhe nao for nepado cxplrc.ra ^dministÍetiva
ou rrnpr,crâmerre pôr cláusula e:,press.r nas onrie a execução do mesmo excedesse as possibilidades dos gor.ernos locâis (art.
de seu rext()-
140); a defesa contra os efeitos das secas nos Estados afetados passará, doÍâvârltc, a
A narureza dos poderes rescrvados. suâ instrumcnrâl;dâde
e a exaustâo dôs nô.1-- obccleccr a um plano sistemático e peÍmancntc, Gcando a cargo da Uniào, gue dcs-
res enumcrados. para o seu exeÍcícro.
tornrm apl;.ar.i" ,.*,o J"iiü;;;: penderá com as obras e os scrviços de âssistência quantia nunca ioferror À qlratio por
"o
;,
:^.: l:lll -.."",:,.ô
reiPectlvos
rexto de ,8q t. o
sue sc impàe. a,ias. peta eq,,,,té*;, d;,
aÍrigos. A inovâcào r,. diI na reÍerônc;a
cento cle sua receita tributátia (att. 177). À discriminação de rcndas pre\.iu a técoica
de,rr, rd', à ."l"r.a* , * 0., da arrccâdâção e rcpârtição do imposto Âovo, para benelciar a União, os Estados c
F.srdos, para ctabor;r Ieis sçletlvas
ou compl"-"r,r., al l*].,"ru""â:;;i.' os Municípios (ârt. 10, VII, parágrafo único). O âcoÍdo entte a União e os Estados
do Fsrâdo-Mcmbro permaneccu conrda pclos principjos inâugurâ capítulo constitucional das relâçôcs intcrgovernâmcntâis. O fetleralis[xr dc
,..,1 ":l"nnrn,
Íucronars enumeradosr., c a consagracâo desses
consti.
principros à_ ."ir. 1934 supcra as relâções fundadas no caso cxtremo da calar,ridadc pública.
"i,"..a..*,,
148 PONII]S DU tltIRÁND^. .) garaorias do PôderJudiciá.io e dô Minis.ório Púhlicolocâis;
i Carrt i/'4ãa b"ltu/
C:@t,tt1.iat dr R'?'tun da'í Ettdl'l'ti'ld do B/a!it'
Rio dcJrnel.o: cuânabâq. t. 1.
ó.275 t) pÍcsiaçno áe côotas dâ ldbinlsúâçãor
r4o Afl. 7 _Co,hf.rr p,\. ,"."""
Er,a.., S) possibilldde de icformâ .onstitucion,l e compeLência do Podo l-cgislativo perâ decretá lâr
I ^*
ConsLituiçâo e as lcis potque devarn rcgcr,
rcspe,rados os segujorcs princípios: n) representiçio dâs pronssôes".
-d«retârâ
a) forrna rcpublicara teprescnmtivar
O (c,io consütuciomlnio ãdeiiu âocsrilo da limitacÀo rifprosa dâ âtrroôomià esidual, acolhi
b) i.dcpcndôncia e roordenaçào dos podelesj (L ,,o An,eproJcro do Gove'nu ftovisoriô. 9!c ,nscrcvir rnÚe u. prinLipius .on
c) temporâricdade ãas funçôes ctctivas_

-"a";", "
p-o;a, - ..iõ:: timitâ
l;J1,.:.,i::: i:lil:#;::i? ;Ji:Tf #l ** podd legislâtilo unicâmerál e â obseíância dos "principios e normâs {i.âncdas 6xadus pcla
(:oístituição FedeÍal p^ta o GoverDô dâ União", mâs txobém deix.)u dc Preferi! a técnicâ di
sucjflta erumeração dos priicípios côíírrucn,1iis, rdotadâ ,o Projcto de Constrluiçno dâ Co'
d) âutonomia dos N{uqicipjos;
,Dissão Consrtü.bnnl.
387
RAUL MÂCHADO HORÍA AUÍONOIÚIA DO ESTÂDO NO DIREIIO COIISÍITUCIONAL
BRA:iILÉRO
A Constituição de 1934 ifltroduz o sistema federal brasileiro na fase do nayo Á conclura inrervencionislâ do tsrâdo âcaírilou' Íealmcnlc'
uml Jler:rç;o nr Ii_
siorrornia do llstado Fe<lctal, rrtas cssa repcrcussão,
histoÍicâmente comprovada' não
Je.deralitno. A plcnkodc dos podcres fedeÍajs czractcriza essa rova fase, invertendo
dc PÍe§-
I tendêflcia regisiÍÂdâ no funcionamcnto originário do sistema federal brasileiro- ã"í.".a"* ," 1U-6nal do fedctalismo  formulação pessimista'âlém
o que limitaria a átea dc validade dâ Prcvisão
O primado da Uniâo brota do texto constjtucional c se irnpôe por motivos estr2 suoor olaniÉcaçào ir:tegral dâ cconomrâ,
gcrâlmcnrc'
nhos, no fundo, à organização fedcral, tecnicamentc encarada. O crescimeÍrto dâ ,"1 arl"i"t *i-"iaã. ao srstemâ de dirrçáo totâtda economra' Parlc'
o federalismo eo
co,npetência da União é conseqüência da rnutação operâdâ na conduta do Esta a^-fJ.",ii*ça. entre fedetalismo e libcralismo cconômico Se

do. Â técnica fcderal de rcp,rrtir competência rcndeu-se a essa realidade e inseriu tilr"rrtiotto câmiíhaIam iuntos d'rrante targo periodo' Poi:.:".éq1'
no ccntro do poder nacional as tÀrcfas do Estado intervcncionista. Â depressão
".,r.rô-i.o
floÍesccu o federalismo dualista, a coincidência de origem e À solloâfledâoe
liberâl
ecoflômicâ, o crescimento dos serviços sociais, a rcvolução tecnológica figuram ôosteÍior não aütoiizâm â gemiflâção oÍgânica, como se o liberâlismo fosse inerentc
'ao acârretâsse o extetmlnn
entre âs câusâs que lVheanl5o rclaciona parâ explicar o crescimeoto dos poderes federalismo, e o <leclinio ou a parada de umâ da§ Partes
sem cometcr aPostâsil no terr(oo constllucro-
íedetais, sob o ptisma da cconomiâ desenvolvida. Bearl,'J' sem se afastar do qua dâ out!â. O fcdetâlismo ptosscguiu,
dro daquela economia, dcmonstra que o Govemo Fcderal ampliou seu campo de peculiat. A repartição dc compctências e a divisào esPacrxl do PodcÍ
nal que lhe é
aos 6ns do liberalismo e 6xÀtâm flos textos
cons-
ação na medida em que sc intcnsilicaram as relâções entre a ccoriomia nacional e político sewiram, no passado,
âs soluçôcs.do
as agências governamentais. Não é divefiâ a comprcensâo de Rrgc. Pittto,t'7 Nicola iit,.rcionai" p..fcrêocia" dessâ concePção' ContemPorâneamente'
^s atividade govcrnamcntal'
JoAr4"' R. N. Bharyara,15a Carl J. Friedriclt,l\\ A ré Mathio/,156 Benard Scb»artlfl E.i^a. n.a*^i * r;".taram às etigêocias mais amplas da
e Ceorget B* eaz,t!8 quando analisaram as Íazões dcterminânres do crcscimento not,oriamente distanciada do liberalismo econômico
do século XIX'
dos podetes fedcmis. A mudança do comportemento govcrnâmefltâl no dominio
-ACon.r,rruiçâo de 1934. etaborada sob o signo do intervencionist" "o 9"Tl]"
econômico e social é responsável pelo ctescimento dos podetes fedetais. Trata-se comPetcncias iavorav'l À unL2ô
econôrnico e sociâI, preferiu técnica de repartição de

de tendênciâ irresistível, gue também alcançou a fedcração clássica por excelênciâ
.-i pf"ti,"a. do. pàd"re. fcderais, o quc provocou cortelativo imortec:m:nll de
c, nos Estados Unidos, como notaram AulÉ 1tnc, Íaryane Trhtlse a presença, do duPlâmente Em Pr'meiro lugar' Pelâ trâflsfeÉnc'â
autonomia do Estado, afetâda
goveroo federal oa solução dos problcmas econômicos provocou o rettaimcnto do n1 slra áÍe'â lcgi'l/liv' e cm 'egundo' pela llmitarão
mâlira ínrcriormcnlL colocadà
F,st^do-Mcmbro. dos Podcres cnum(râdos'
do campo normativo residual em virtude da cxlcÍsão
É verdacle quc o aprofunclamctto da inteÍ\.enção estâtâl nâ ecooomiâ, nâ viâ efi- e passou a set mÔde' des'lc
As inovaçôes abalarem os entendimentos Úadicionais
ciente das medidas dc carátcr nacional, suscita vaticínios catastró6cos sobre o futuro
e tão, âludir à crise, quando flão ao Êm do fcdemlismo'
do Estado Fedetal. Â conjcct,ta de Rarl Loe»enteinl,a estÁ baseadz na incompatibi- estática do-fedcrâlis-
 crise, odavia, não em do fetleraüsmo, mas da concepção
Iidade irredntír.el eatrc a planificação econômica c o fcderalismo, RoherÍ Nesnani6' a coocePção Pétreâ'
-á, p.rrià."a" "o *-po. A Constituição
de 1934 ultrapassou
também concluiu pela iflcompâtibilidade entre o verdadeiro federalismo e â ccoÍlo-
ToÍnou-se o mârco tnaugural do novo federalismo'
mia integralmente planiÊcada.

9 ÂUTONOMIA ESTÂDUÂL
150 WI I EÂRE, K. C. Fdá tal gotNúüe"t Ob. c1Í., p.253 254-
151 BliARD, Chrrlcs Â.,4 t n gMúdt dNin6. Ob. dt., p.387-400. Â plenitude dos poderes fedemis absorveu comPcrénciâs aoteriorm€nt",*:::]19:
152 ROGER PINTO. L dc & lÉrat zçÉtatUÀ. Paris: LGDJ, 1951, p. 5-7 âosEstadosecontÍâiuâáreadarevelaçãouherioldo6podelesresiduâlsPclaexrcnsâo
153 JAEGER, Nicolâ. LVa,, àiitt lritw.2. ed.Milão: GiuffÍê,1951, p.30. consít:",:"1,"::"
154 BHÂRGÀVA, R. N. itrretu'ltcdt í" Fdetuliw -Public Finarlce L^Htye,r-9,p.256,1954. ao, poa"r", enumerados o âlârgamerb dâ materia
^nlaf"a"U.rião a redução da atividade normatrva da unidadc tedemdâ e essc
155 I-R I ED, RICH, Catl J -b d@@tic @'tit"/ionMk. Ob. cit-, p. 202. -inid" ".".."aou ào Procc§so dc
l5ó MÀTHIOT,Ar ré. 1.,Íélétu|írne d x Eídb U,ir. It: LeÍaléturihe. P^tis: Ptcsses U,iversiraires de ...*Plicâ, exclusivâmente, Pol motivos vrn(ut'ldos
Frânce, 1956, p. 2s6-257 "-o**i-.n,o.ran
exoansão da aúvitlade do Govemo Federal O apdmommento do regme Pollt'co'.es-
157 SCI{\VÂRTZ, Bcrdârà. Aal,àtu Mrtitràa,al /d,L Caúb,idge Udversity Prcss, 1955, p. 164 165. orgânização do sistemâ rePÍeseotaÚYo'
oc'ciulmente nu àrc, dos direitos politicos e da
158 BURDEÂU, C.orgês - Ttu1té d, dde t6kiqsc. PÀris: LGDJ, 1957, r. 7, p. 182 prir:Tárir de matéria
159 TUNC, ,Andréi TUNC, Snza,n . I r !)nà", .o^dtt Éa»tcl à* fuaa u»t dA»,lnqrc. Parisr Doúar I^;;;.;;;;, or.a crcluir o ljsurdo-i\'lembro da ordenzçào
Montchercsriê., 1954, v.2, p.23. que ocupau Iugar destacâdo nâ órbita dos poderes ÍeseÍvâdos'
' ãe
160 I-OEWENSTEIN, K^t\. RiÍexiô$ tul ld
vuc FrÀnçai* de Sciencê P,rr?,,, n.2, p. "a/e,/
dB Co t,r,no$ da,t ,,N é1»q,e ni"alatio,"aitRe-
A. ,"g.r. .i",irr. do ^,tugoo."to local que receberem' sob- a-Consrituição
no sctor notmativo dâ âuiooom'â do Estâdo N'[embto'
318, 1e52.
161 N UUMÁI"{N, Robeft G- Emlxa" a"d úpatulitu ^|,t./jnn.
q|,.fl,»e"t. Ob. cit., p- 661. 1891, am"plo desenvolvimmto
3aa
AUTONOIIIIÂ DO ESTÁDO NO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO 389
foram. deslocadas pcla Constituiçâo Federal
dc 1934 pâra a comperôncia primáÍia e órbita estadual a decretaçâo do imposto de tmnsmissão ;nt.r l,itw. A Constituiçào
privariva da União, prosseguirdo, assim, no
,u-., 6*"do .,, l"gislati\:o do Co_ Irederal dc 1934 veio climinâÍ essâ compreensão rcstritiva da autonomia municipal,
\ crno PÍo\ i.ório. "to
tornando intcgrante do conteúdo definidor do peculiar inteicssc o âutogoverno lo-
Á I-ei mineirâ n. 20, de 26 de novembro dc 1g91,
serve para cxempliÊcar o alcance cal, salvo as reStdções exptcssas no tcxto fedcrâl; r auto organizacão dos scrviços
originário das normas eletiras do autogor.erno na
átea autônoma áo Estâdo-À{cm_ loc:ris e a autonomia fioânceiiâ, identifcadâ pelo accsso da tributaçâo muoicipal ao
bro. O diploma legal era minucioso na ordcnaçao
aa muterin quadro da discriminação constitucional de rendas.
inexistência de norrna constitucionai federal a "t.ito.r1;,:;;;. o"
i*p"ir., .^fr. f"rr..
dos inâlisráveis, dispunha, primariarnente, sobrc
.;;";. À administração do llstado-Membro pâÍticipavâ da plenitude do ordenâmento
rncompatibiiidade" .f"i,ooi.. o*, autônomo, câracterísticâ típica do fedcralismo constituciorâI dc l89l-
os mandatos eletivos cstaduais, criando extense
relação de rnelegibrlraral. ." àLf
go Eleitoral do Estacto. Â r,eri6caçâo clos man<latos A Lvrc estipulacào de comp,omirsos 6nance;ros, interna ou extcrnamentc, cons
cl.tivos estaãoui., ;;;;.;i""^ tituíâ aspecto dâ plena câpacidade Ênanccim do Estâdo MembÍo.
a lase conclusiva do autogoveroo, cstâr.a enttcgue
âo órgão legistâtivo do Estâdo,
- a excmplo do quc ocoffia com o Congresso Nacional no toiante aos mrdrros É certo que os ercessos e a inadjmplêflciâ, em viÍtude do e\eÍcicio dâ libeldâdc de
legislativos federais para a tarefa autónoma coÍrtrâir empréstimos externos, suscitâmm, desde â práticâ inicial dessa comperêncra
- da aferiçào a^ ,"""a" ,"r.f_._Cr"
incluída nos poderes teservados, os teparos ditados pela prudência administrâtiyâ e
p'opósitos de apcrfciçoamenro d,, regime rlemocrjrrc".
*r*,ra". .r'r[ã_, Rnancein. Rodigte: Alw|ó? fetiu o problema com insistênciâ e nâ meflsâgem presiden
lreirdcnclâl do c:rrdidaro da Aliança Liberal, conrergilarn para a clrminag)o
do cial de 1903 apootou os inconvenientes dos empréstimos ertcrnos coatraídos pelos
contolc lcgislativo das eleições e o conseqüentc
dentro da cstrurura do potlcr "strbaJam.nL
dr1*,i* fil"".", Estados. Em face das gcneralizadas objeções e dâ repercussão desfâvorá\'el que a liber-
Judiciário, quc sc tornanâ responsável pcla conducáo dade de contratar empréstimos âcârctava às 6nânças do Estzdo dcvedor e ao prcstígio
do processo cle toral, dc,de o rlisramenro :ué
a p-ao.rçao nnri ao.;;".-* internâcional do Peís, n Íefotmâ constjtucionai de 1926 criou sanção, para coibir os
À reguJrçào inregrel das eJeiçôts iogressou no clireito
, fe<leral e esse desiocamento excessos da autonomia 6nanceira do llstado Memlsto. A Enendatc) t- 3, com Jigeira
oas-normas ererrvas di) âurogovcrnô esrâduâi para
a competência nacional da Fede, altetação dc forma, foi aprovada, consagrando a intervenSo federal para rcoryanizar
raçâo inspirou-se em razões de aprimoramento
do gor.erno democrat;.o, as finanças do Estado, prevista no art. 6", IV, da Conscituição emcndada.
 limitada re\,'elação de noÍmas centrâis no rexto da
Constituição Federal de 1891 \ questào do controle dos empréstimo' exrernos rcssr,lrgiu nos p1616165.nn",1,u
permitiu que os Estados Membtos exercessern discrrcionári^
cionais quc precederam a Constituição de 1934, para, sem prejuízo da iÍrtcrvcnção
nomia rnunicipal. "rg-;rrçà";;; de reorganizâÉo Íinanceira, encarar a âutôfloma pârtichação de ótgão legislarivo
A discriminação dc rendâs não incluíâ a comperênciâ federal na verificação daqueles empréstimos. O ÀnkPnljek de C,onstitnição do Go
tÍibutária
s'..o favor« e r o arbírro na atribuicào dos ,".r,.o". qr" f*"r dos À{unicíoit.rs vemo Provisório16a tornava â estipulação de empréstimos externos dos Estados e
!r, *i",,., l^
rm,taçÀo dccor rente da maror ou m. nor rnÍluén< "
ia das nccesqjdra.i nn^r..i,
estaduais,
r"
Á Lei mincirâ n. 2, de 2g de outubro de 1g91,
à Coflstituição do Estado, é revelaciora das re"crn"s
denomin L"i'id;àrt 1ó2 "Nâ ordem ãdúidiíntiv. julso de mcu dcvei invúâ! â vossâ ãtenção pâa a raculdadê que rêm
."tud,ais ,ro "a^
ú;-il;, arrogado alguos Estados dc c@tÍírem, por $a proplia âutoridadê, cmprcstjmos no cxrcrior.
buição de recursos triburários aos Municípios. j d.;;;,
 técnica r:tilizada Conpreende{e bem quáíto, em um momento dàdo, o uso dessa âtribuiçâo !ôdêiá scr preiu
da extrema dependência em que íicavam os diclal âo crédno do Pâis, à rcsuhrizêçâo d€ suâs 6n1úçrs e até as suâs relâçôes intern^.iooais.
Municipios, *^._fr^.g. J^'f.r."f É prudcote quc o Podcr Lcgislativo subordin€ essas opcÍâçôes â lorEas que âfàsteh dâ L).ião
outorga da rcceita tributâtia. A bi Ádnkzal..rnsagror,
exclusiva do Estado para decretar e arrecadar
,';;;.;;;"
ioicralm..r,", ompromisrcs ou obaraços que possam sobÍevn" G)ocuúcntos Pâdameotarcs lv€nsagcnr
os Ãposto. de exporrrr;;, ã.....,,.d" prêsid€nciais r891-1910. RiodeJân€iro. T,pogÍafiaProgresso, 1912,p. 312).
e tetritorialc, em seguida, arÍibuiu às Municipaliclades Nâ llensagem de 3 de maio d€ 1906. útrima do quadriênio de Rodrigues Âlves,o Presidcnrc vol-
a competéncr";.1;;;;;, a

a.ec:dar e apriczr o in)posro dc lÍtnsmrç\ao cl" propri.ara. tâva âo ássunto pr^ llnovarsuas lPreensi.s. Doconenrci Pdhmeolarcs. ob..u., p.384 -38s.

viâ, essa r€5lrita ,újbuiçào esrá ccrcada de cautelas


i-Ou.t l;";r;,;r.;:;, 163 Emend. r.3.
crpressivas. Em p,r-.iro tr*. Substituâ-se o n. 4 do art. 6" da ConstnuiçÀo pelo segúinte:
excluiu a incidéncia dr, reÍcrido jmposro sobre
aros r.ansmissivos d.'d;,";_"t;;:;. ''4" - P.E âss.guar a cxecução das leis f.d€nis, e pan reügdizaÍ Írancnanent o Esrâdo,
oens e. consâgrou o primado do rmposto cstadual
de novos e velhos dircitos. Enr cuja incapâcidade para â vida ãutônoma se deúonstra! pêlâ cessaçào dc pag,hentos de sui dí
s€gundo iugir. a desconfiança do legislador estadual vidâ fundada, pot mais de dols moí'. DocumeDtos Parlâmcntzles. Revisão Constiruci,ral. Ob.
pelâ autonomia financeita do
munlcrplo se mân,testou na recusa de competência cit , §. l, p- 223-
legislativa, permanecendo na
f64 Ánais da Asembléà Nacionál Constnuinr€- Rio de laoeiÍo: Ihpds, O6cial, !'. 1, p.132,1931.
Munjcípios depcndcnte do asserti,nento
auÍoNoMIA Do EsÍÁDo o DtREro coNsITUctoNAL BRAstfElRo 391

da Âssembléia Nacional, no
competência exc)usrvr. O plokto cxercício de À norma de reproduçâo não é, pâre os Êns da autonomia do Estado-Membro,
d( Co,rhit.u\ào _"
da Comi..ao LonstÚucronal
Lamrra .tn.
Lámara ^- ,,
Fcr",r^. a^ ,rribuiczo
dos Esrado\ _
c*,,'''_""_"
'"""""'o Consrúucjonal defcri"
defcri. .â simplcs notmâ de imitação, fÍcqüentemertc erconünda nâ elâboÍâçào constitucio
d". E.,,d"; . ;;""i;;;;P.",i;; :::,;:x'#;l;ffi I.::ili:::il;.,:l::I"; nal. Ás normas dc imitâção exprimem â cópia dc técnicas ou de inscitutos, por io-
ult,mt soluçào, compattvel com fluência da sugesião exeÍcida pelo modclo superior. Âs normas dc reprodução decor
o seu l mitigado
n a"ota ,uu,iç-ao iri',,ià"i e confiouà senado rcm do caúter compulsório da norma constitucionâl supcrior, enquanto a norma de
Di.r,i
"
iJ;;:-;; "ji.",u""^"ralismo
üffiü:i:::];i|fi.empréstimos
cx,ernos dos Esrcdos, do
imitâção trâduz a âdesão voluntária do constituinte â umâ dcterminada disposição
Âs inovações do federâlismo de consthucional. Â dosagem das normas que vão scÍ ÍepÍoduzidâs pela Coostituição
19: nào
oonadus com o oblcriuo,l. 'c derivcram nos asPccrôs ora mcn_ do Estado constitui aspccto de fundamental impottânciâ oâ oÍgânizâção federativa.
,jcance dâ mudança operada
r,r,,çao "*.-otin..tl
Fea*,ra"e,.r:;;;';;::i:Ji:i:: pera cons. As normas centrais, quc pâ{em da Constitui@o Federal, não podcm âbsorver o
ouffos seto,c.. irrrrnrr,rzjr
do a ,.,tmi.;.;;:";.:":"- ' ''clnç'mm
no, idad. da terÍeno dâ âuto-oÍgânizâção do Estâdo MembÍo c dcvcm cocxistiÍ com âs ÍroÍmas
q,,. i,i"- ."p.,.,,i,,,;;;;;;;;i::11::.:::il1tá nuTero::s eÍincipr,'s previos, (onstitucronais autônomas de auto-orga;rizaçào.
orÂrnizrróri/
or"*.", ,,,.,'" 't'u'oade
consriruiç:o Federa, Â conr.ersâo da Constituição Federal em Constituiçâo totâl süb\,eÍtcti^ n^t.uÍe2,^
^
a"ts"n';u o"''nai''-on;;"..ji' J,.:i;:ii*
^
dessas ltmitaçôes c o consrituinre csra' ^
do Estado Federal. Âssim também a teproduSo de normas da Constituição Fcde-
de o oÍta n izaçào do F
L,o. Recorhemos, para','il,;^;::;r;'"'"" "rr
o-P^Íecer
'Lrdn Mcm
qne (:omi'ão Ca$it ckiat
râ1, por absorção prévia de matéria da organização do Estado-Meml»o, não pode

",,.o,..g,,r, d. .r"L**;;;;ü;:::*1" '


do lrsrado ^dc alcançar a totalidade da Constituição EstaduâI, pois essa incuÍsão desqualificaria o
,entou , r\rina. cerai. rn-e-
Ass.mbreia a"^r,,i",.llJrl"t,ituicào óÍgão coflstituintc estâdual e comptometeria, de foÍmâ irremediável, o otdcnâmeDto

:lx::i;:r,lruh*«:":,*;.,*,,.t*ll?.T.i#lllil
órbirí de 1e34 na
coffi titucional do listado.
O constitucionalismo estadual manteve o oÍdenamento constitucional autôoomo,
organizução ànstit,,ci;;;;;;::'ü1" ::nstitucional da âuto
se bem que âmortecido pela influêccia das normas pré\'ias da Constituição Ftderâl
tamente atingidos pera
'"g";;;ft ";"ff
const;ruin,c esraduâl de 1935 pa-a ;T.i....:J
sua duola rzrefi.
Í: :fi:::;j ;:lã*:.; de 1934. Á Constituiçãodo Estâdo dc Minas Getais, de 30 de iulho dc 1935, conden
i\ rtrlru sou as tendências do novo constitucionâlismo e sue conduta típica- Porisso, justiÊcâ
tnterprete. com a funçào organizadora
r,
i- . 'cFlç'aoc'Í e
Ihc cumprc in,".p..,Ji: ; "r;;;;;: oeras lrmiraçôcs constir uci'rna is orre uma rcferênciâ âo seu conteúdo, pata ÊxaÍ, concretâmerte, a extensão e os ljmites
,nduên.ia da consdruiçào Fedcr;1.
i:"'"''"
con\tirulnre esraduil 6cou t,..ra,
p'el, da autonomia do Estado-Membro. Nota-sc que, no tcxto constitucional, as notmas
Merl
* ,?prodtào de textos d]ã-,,,ii;;.r:';:1*": na constrr uiçâo Estaduat as aonn' de reproduçâo, por antclior Íevelâção dâ Constitürção FcdeÍâI, manifestâtâm-s€ esPe-
As normis de rcp'oduçào cialme[te nos seguintes s€toíes:
crpans;''aad" aomodll';
eÍrüegue â revetaçào originária
ffi;i;il;Y"]' *",t"TPo
reflcrem a
matófia ânteriormenrc a) organização do PoderJudiciário do Estado, observados os pt€ccitos da Consti-
do .""";11,11" Á
ri-i ,q,"il,;;;
ou-." , in..,i,
;::j::: ":tadual
'ocnâmento
tarera do constitu,nre
tuição da República (att. 48);
um processo de rransplantâção. consdtucional do Estado, pot
b) autonomia municipal e dc6nição de seu corteúdo (ârt. 60);
c) intervcnção lnaoceira do Estado nos Municípios e seus cÀsos (aÍt. 74);
l6s ".. A Clrrr de ró de d) disctimioação de rendas do Estado e dos Municipios (arts. 75 e 78);
iutho, Àô estaruir à a, dos r-§rado' dê'd( r,,60 esrc
!iri.or os priícípio, dc ouio,i,.,,".ii,"il?-:'t"jzrçáo
;:;,;;,";::l:;;,;Tâ::lli: fl: e) oganização do Ministério Público Estadual, atendidas as gâtântiâs Ptcscritâs
";;i::."
Á represenração das profirsões Fcou
;;.:::,,ÍIll:"1,1,,;;5;,,"1,, pela Constituição da República (art. 85);

sendo ur ob,:s",óna
f) Declaração dc Direitos c Gârântiâs (fítulo X), Odem F-cooômicâ e Sociâl (Tí
es,lduá ,: un,rornr,1",D.". nas Á§enbrcir( LcBr,,,iva"
,.;;;;.,;,:"..",.r"
rin.ji óaorsânizrçio redc,"r,.;i;:;.;;:;:.: * pwos do' càEos qc u*m- .oi*po.. tuloXI), Educação e CultuÍâ (Título XII), pârâ recepçâo clas noÍmas constitucionâis
res'dâçàoer,ro*r.;em federais a respcito, admitindo-se, no tocante à Educaçâo e Cultum, que o Estado
'omo r'Jus,içà que á.fijc!,;;;;;::::*'*'rvir'rriminâri'
organizaria e manteria sistema educativo própÍio, para abÍâoger o ensino em todos
::: ;''H: I11,,; i,*i;,triiã#..T",:Si.i-l'il;ftii""*lrljr;.'; os seus gÍaus e ramos;
a16rtà ?dur' sk o Eíido' em
';ririse. i; a en.ortn;,;;;";;:;::À:1'"':bÍc '
rklma
a. u,,"o c,-p*1:;;;;:,;-# dc 2e e,0 de m,.. dr, l:s g) Funcionários Públicos (Título XIII), com repÍodução dc regtas dâ Constitui-
",**, Jj::::As,embr(;,
ção Federal.
393
ÂIJTONOMIADO ÉSÍADO NO DIREITO
CONSTIÍUCIONAL BÍIÂSILE|RO
legislação primária do Estado' e sc
estendia aró o setor coíÍr
Âs notmas autônomas dc auto organização cncontÍâmm seu câmpo predominan- rdmiflistÍâtiva, Patâ À
e supletrva p:rra I nr' erla in(hiCa ncrs(
te na organização dos podcres do Estâdo, observado o acatamento dos preceitos dc *."-a"ttncil comPl(menÍxr
reguhção prévia da fustiçados Estâdos. ôrganízação do Poderlixecutivo dccoÍrcu
""""r,"r. pela CunstitulçãÔ Federal'
clominÍ)
- -.,,
da autonomia do constituintc, quc estevc ^ âtento à manutenção do Íegime presiden- a*aaã c",*,"*:.:"j""r^:::
cjal nos Estados. Não se abriu terÍcro à responsabilidade política e na Constituição "r.-",^,r^,
sislemâ íederâl. O fcdetâlismo constrtuct(
r;ilf,,iil'..".üi:::::,*:
crmdo
Fcdcral sc br.rscou insplraçâo para norma sobrc o conrparccimento do Secrctário dc a inrensidadc daquclt período' cnr
,'"i-^.u. o. *"0*.'âs qur evidcnciarârn c bjltid:
efêmcro na vigência
Estado à Âssembléia, a convite dcla, ou de Cofrissão, â 6m de prcstâr iflformâções
:,1",;111â;;';il '-.,"ii'*'"l a' 'c:+' Pclos
ioYcstigaç1-?-,t-l'
sobre assunto clc lnteresse público, ou relatir.o a atos do GovetÍo (ârt. 9"), ou pr-rr
;;;;;";;;. ;. *gime Politico' úo favorcccu idênticâ
iniciativa do próprio titulâr, paÍa solicitar providências legislativas em assuntos con' do regimc politico que se.mlcrou'
ir.o"*""à i" ,xa 'oáeçoo a d'Enhar na ctise
A eguipaoçào <Á anoçio
cerncntes à sua SccÍetâria (an. 9", § 2").
i:.r-"*.",", , ,r"tt Ue 'lezembro dc 1915 ':::i::::::
e socrais' ao estâdo de gucrrâ'
das instituiçôes ooliticas
O estímulo às relações intergovcrnamcntais, ptecodzadas nos atts. 7", parágrafo ...'i*.ia^á*'".rr*rsivas  pmlongada duraçào desseestado
único, e 9", do texto fedcral, encontrou rccepção na Constituição, para deferir ao Go alrcrava a oormalidade do regimc consutrci.,ial.
vernador do Estado competêflciâ â 6m dc celebÍal com a União, ou outtos listados, :l'..;;;;t;;;"a a rlc c"ar o podcr ptcsrdcncraJ dila'":o r'1"'-l:
'iariçio inconr rasrávcl pela suspensao
após âutorizâÉo, ou z/ rzfentdnn àa l\ssembléia, quaisquer acordos para coordena$o n"r"l ._*_1 ,,.rr.. Oo csrâdo de gucrrâ rornavÀ-se
hora
attação do porler au«rritárro' em
e" ii"uita""l
dos sctviços de rccíptoco iatcresse, unifotmizâção de lcis ou pÍáticas administrativas, ,d#;;. ;;.ti*"oJ' ' '
âftecâdaçào de impostos, pr€1,mçãô e rcplessão de criminalidadc, permuta dc infor- âusplciosâ no mundo
maçôcs, e, pata, mediaate acotdo com o Govctno da União, incumbit fuffiodáÍios tit àa E'netda a /' sofreu intetrupção no
 Constituição l'redeÍâl de 1934, a Pât
aos t'o**':r't, o::
fcderais de executar leis e serviços do Estado e âtos ou decisôcs dâs âutoridâdcs es-
*r.Ji. "1" ,i.t-^ttuade coostitucional' pata ccder. f,1"-:t"
para o estado dc sltro decrê
taduais. Á supressão do cargo de Vice-Governador do Estado advcio de sugestão dz texto originátio previa
cxtrâoÍdináÍios de guerra, que o
Constituição FcderâI, que aboliu a figuta do Vice Prcsidentc da Repúbtica. de guerra'
tâdo c,n caso de guerrâ ou de emergência
 organização do Poder l-cgislâtivo foi propíciâ à autonomia do consútuinte e
 ..ir" .. -uni-f."t'o' na área do rcgime polrticÔ Dai a sinrômâtica P-tet:1"::]1rl"t
as normas de imjtação, oristcntes ncssa área organizatótia, não dcscatactertzanm o rcforÇado' atravcs da cqurparaçào xo e ada de
csse estado de sítio exccPcionâlmefltc
princÍpio. Âs regras constitucionâis relatil,%s às imunidades parlamentÀÍes coÍrsigna- das instituições PoÚ'ticâs e
oma da.connrào inteninaS'a'*, com 6naltd'dcs subsersivas r i'ava esrc ou
ram normas especíÊcas do Direito Público Estâduâl sobre â cxtensão da inviolabili- :::;; "";;;i;;; .."'ii''inr. fcdcrrl dc 'euisao "quiParaçào nào pornica" rccrerar'
A
dadc parlamentar. À organização bicametal do Poder Legislativo do F,stado, que sc ::':ii:;:];::. ,.ã,.*,"",",.- o" o' a"'r"v'r ou Jc opróbno na
rc<rerar Arcroçrva o rer'l::':::::
difundiu no período da Primeira RcpúbJica, por influêocia sugestionadora da Cons-
tituição FedeÍal, oão encofltrou mais acolhidana Coostituiçãode Minas Gerais,den'
:I"1'i".';;;;";'^Jà"' a,''"*""""
prupuúr''
"
n,i. .,, Nào "*lt1TÍl,l"1t1l':,T:li:jl;:1:
q! /
tro dc tendéncia típic^ do constjtucionalismo cstadual da ópoca. O bicameralismo "-,oi", "*,ensão
desre ou daquele Presidcnle de Esrâdo'
colhido na cdâdx \ rclosi o:1 our rruau'
sofrcu sensírrl desgaste nos uâbâlhos da Coflstituinte de 1933-1934, scndo ponde- "rÀàr, oo Poder Exccutivo visava' diretamente'
à lpt,Ínias coostrtu
.r'ã. ,t*"' indtrltduais
rável â correote monocâmcm[stâ, soluçào que havia pre,r^Iecíào ío ÁntePtdeto ée do instrumeoto protetor dos diteitos
Constituição do GovcÍno ProvisóÍio. O bicamcralismo da CoÍrstituição Fedcral dc
;;i",;;J;. '
"Iicáciâ
Ââ Ptimeita República não acronaram
1934 cxibi^ suâ fragiliclade na posição subordinada do Senado Fedetal, convertido
Às interveDçõcs federars clre ocorremm
em órgão de colaboração Iegislativa e quc foi haurir nas atribuições extralegislativas âImatãocoÍlosivacomoosDectetosprcsidenciaisdeequipataçãodacomoçãoin.
autorizada pela
ao estado de guerta'
rcstinâ erave, em todo o terrirorro oacional'
da coordenação dos poderes aliás, âpreciáveis umâ corllpensação para a perda
- n 1, de 18 dc dezembto de 1e3s' e subseqüente Dccreto
cxpeÍimentada oo domínio da claboração legislativa. ;;i;"il.;;;l
de 1935
l-egislativo n. 8, de 21 dc dezembro
A iniciativa das leis na Constituiçâo Estâduâl abrengia titularidade não ptevisra na de 1937 não foi uma rctolu-
iiri" ," do t"gime político o 10 de oovembro
Constltuição Fedcral, rclevando a originalidade da norma autôíromâ quando admnia ".ri"" contra o Govetno Itdetal Correspon'leu
â iniciâtivâ de proictos de lei, mediante proposta aprescntada pela quarta partc, pelo .r" .".^"àJ. oa"t n-ttados sublevados se tcntou coociliar a or<lem
) ,j""a". Nào âssinalar guc
menos, do número toral dos Municípios. Â competênciâ legislâtivâ, não obstante â -"-"""i"-i. é irrelevante
a tentativa não P^ssotr
il;,il;;;"a, com a ton'na [e'1ctal de Estado; mas
sensivel redução sofrida, distribuia-se em vinte e duâs âtÍibuições, compreendendo
mâtéÍiâ ÍiflânceiÍa, política, seguraflça pública, organização municipal, judiciária, do texto nominal da Caíta Sen'âitua'
RAUI IÚACHADO HORTA

rv'l ." podeÍ''".


10 ECLIPSE DÁ AUTONOMIA C.,,te
À\ cxrrr r',r/ ron,,Lu
de loJT rdrn,,iu que - --,;r; a ourrôs l*:f:1:":.::::.1".r']1.
os Estrdr,s
ou rormrr n,,".,. E.raJor.
ou desmembrar''c Parx se ân:

O Estado Fcderal foi objeto de refcrência na Carta de 10 de novembro de 1937 e


os elementos típi«rs dc suâ estrutura oÍganizatória obtiveÍam a Írominal adesão do
drvidrr-\e
*::*::
âítrârs consecu.was, <
anuars consecuiivas,
--- ;:".-""::
mcdrânre âqure§ccrc,. ilx;;'.,..,*
"t::'ffi:; "". '."""' do PâÍl Nacioial
â
c aPÍot'âçào
Iit:'i:::'i"i
(aÍr. 5"). A redaçâo rc-
^;en,o lg91 e dc 1ôr/ 19J4, c
l'm;t:
, ,r:^^ ! ^^i.rã,io4< .m duas scssoc,i

ír'rmú
deste último
rcxlos drs LonsÍi es de ^.rpsp
oovo tcxto. À competênciâ dâ União prosseguiu no domínio da rnatéria reveiada pcre. na sub.ràncie, os
Dcre.nrsui)slâncrr'us'.'-""".-"-.;;;,"orr;aqui,:..i.n.irdasA"semblóixs
-r_ -^-" , .,,,,i"..,h.iâ dâs A"semblcrxs
na Constituição de 1934, com actéscimo de mâtériâ novâ, como o diÍeito opeÍá fprro
,.*ro rorn"n," âf';st,]\a uu
somente se araslâva PÍâ7o máÍ(
no r!4"" -. ,,.
"'--l,.iui;a, n :r--.^,1"
presidcnte a-hírhlr.â no
da Repúblrca,
Legjslxr:\ as, e, de âmbos, na fzculdadr ""
rio, na árca legislativa fcderal. Â autonomia do Estado Membto 6cou assegurada, :^ -r^ oas popu-
Dlcbisciro das
uo D^-t.mênrô
Parramenro ao âô prcbisci'o PoPu-
formalmentg na competência prii.ativa para decretar a Constituição e as Ieis por iliiilj,à",i;l"l"illl]i'-.,.' ","..1*i"
que deveria rcgeÍ-se, bem como exerccÍ todo e qualquer poder que lhe não fosse '"';.;;;;;;;.,.".
lrcôes intcÍessâdas'
anreriorcsromPe+'
negado, expressa ou implicitâmentc, pelâ Constituição Federal (art- 21, 1 e II). Â as constituições I ederr. ]:f:,:TiiÍ;"
unttxr quinoí) o art'
auto orgÂnjzâção constitucjonal e lcgislativa não estâva diretâmcnte subordinadÂ, ,lx DoÍ rníluêícia da domjn;do'a ticnica ''
como cm 1934, âo respeito dos princípios enumcrados e Êcou consideravelmente ::##:;;';;;;r' no interes"c da deíeça nacional'
com Parte"l'"-'"::11'
em rer esPe(râr'
reduzida â catâlogâção dos ptincípios constitucioflâis, cuia violação permitiria a in- .X'É:iil.; i;;;il' r"a"";'' 'ui"a*nistraçào seria regurada
se res*enria dc forrc impr"g*:i: '-11
tetvenção federal, para prctcgê-los (ârt.9", e). O federalismo nominalda Cârtâ de 10 A. normas fedcrais rla câÍta .lc 1937' que
dà PYáÍicâ tnnstir ucional o
feder'rlismo nomrnai nxo
de novembro já encerrâvâ, todâvia, sifitomáticâs flrpturas e inovaçôes que se distan- J. H';;;;;;;;; Plano
ciavam do fedenlismo constitucional ânterioÍ. Sob o aspecto dâ concepção formal,
"
e perdurou rnaplicado
p^."ou ao,.*,o elâfoi
era signilicâtno o título inicial do tcxto de 1937. Ás Consútuições de 1891 e de 1934 ",..iro exccuçáo e. sol, csse aspccro,
A (lzrta de 1937 dcircu extensos sctot(
iÍigrcssâram nâ mâtériâ constitucionâl pelo título da Organização Fedetal. Á Carta ;;;;'tuiç'o inop""n'""' p"ra r':sarmos anoq,atiíica'1" t::]l-: Y
de 1937 principiava pela Orgânizâçâo NâcionâI. Nâ suâ âparência, o texto constitu- "*:,),1-;;. f'^"''* át^reprcsm Dücito ( 'onst ttucion'l
ra
o Pnle'sor Alot'o Aàn" ..l'M'b ' en1rc
cional âdmjtiu o ingresso da âtividade legisiâtiva do Estado-Membro no doÍnínio da ()onstirLriçro nominal' t"'-o q"" Kat Loe»en*nr
competôncia legislâtiva privativa da União, como cm 1934. Mas, a primcita foÍmâ
il;:,..;;";;i";a inaplicados' cuia validcz flormât1vâ sc
gou pala abranger os textos constrtucrunâls
dessc ingtesso cnvolvia delcgação aos Estados, pot lei fcderal, c a lei estadual, ftuto
exaure na lioLscÍ\ ânci2 in\ ctcrâda'
dessa concessão, ú entrâria ern vigor mediente aprovâção do Govemo FederâI. nem sequer durou no texro con*tttu
^ ea"ruti.no nominal da Calta de 1937
ã de des_
legislaçâo concorrente permâncceu oo texto constitucioflâI, âbraagendo apreciável em vrrrude dc singular processo
campo legislativo. Â lcgislação estadual, que se justilicatia, como é da índole da cional. p,i., nà rcalidade. dati desapareccu nomrn,r Perâr+
legislaçâo coocorrente, no suprimento de dc6ciências o ro ateÍdimento das pecuüa- ::lÍii,ffi;i*d; ;i"i c"dima' suustit"i' a estrut,ra rcrrerar

tru ura rcgar Ilsrado unirário A


<ro
flgrdczdl:::l:,:iil::"'X.Li:Xi:1,""::;
ridades locais, coexistiía com â lei federd ou â ela se âÍtecipariâ. Neste último caso,
o tc\to constjtuc iona I xdqul rlu
n
o legislador estadual, durante algum tempo, expcdiriâ norma primáriâ sobre mâtóÍiâ
,l"cretolleis e
A mudan(â da Lârtz
pelo Picsrdcnte da Rcpública
da competência privativa da União, iociuída aa ótbitâ da legislação concotrente (an. ;:'.,J;;;; -i'nopolizada
fede ralismo nominal O intT::J::::'
ocorreu tatnbém no domínro do precarLo
18, a a g). Á técnica unitária se incumbiria de inutilizar a aparente Iatgueza da lcgis-
;ccÍero-r'er n r'202' de 8 de abr que disPunhâ soDre
de r'3''
laçâo concorrente, para frustrar suas possibilidades fôÍmâis. Previâ-se a dertogação
;;#;;;;;;;"
da lei estadual, tão logo o Poder I-egislativo Fcderal expedisse lei sobrc a mâtéria, _ ra-ini.,r^çao aot fstados e dos MunicíPio
_O na
^ sua foote de orgamzaçao
nâs Partes cm que se mânifcstassem iocompatibilidades entte os dois tcxtos, o quc *-o'""- ,rr,o.romiâ constitucion,l cflcontmvâ
o" n::"::i: ::
se explica no tocântc à legislação originária do Estado, quaÍrdo ir:existente a lei fede-
'";.r;;;;;;^;""',
MrrniciDiôs mrlucioso controle' como
â
1l::o;::::"r:X"'J:ff T: ;;#::'iI,:
râ1. Ein, porém, eüdente quc também poderia desâpÂÍecer a áÍea das pcculiaridades
o Intcrventm' ou covern"o:'''
:::o" e
locais, dcsdc quc objeto da norma federal, tornando ioócua a legislação concôÍrente. lJ::ilffi;;: il;inirraeo(PÍevê
do Estado
â nomeâçao do Intenentor'
o, o co\eÍnâdor'
)r-""à"ÀT.-,' 3"
Ádmitindo que a lei federal assim pudesse dispor, pois o suprimento das pcculiari- """o)l
dades locais não constituía, tecnicamente, poder reservado ao Estado, na órbita de
]l-io de FÓ-
d' dínita roílit'nio'dl brd'ihna' laneno:
suâ competênciâ privâtiva, mas atividade consentidâ âo mesrno no campo da com-
G-t'lero maNco' a ronso luino' de cx*
petênciâ exclusivâ da União, â derrogâção dc lei estadual por regulamento federal, Íensc Iq60' v 2 p' 208 nd"' u' 'i4'e rtoluíi,"ain Rê'
cxprcssâmente âutorizada no parágrafo único do ârt. 18, revelava o sentido u$itário 1rí K^tl' RiÍzxio sÚ ta tdhT d" c*i*iói!
'" LOEWENSTEIN,
íJ.lo,"i,* a" s;n"cc Poin;qu€ p' 20' iií'/mar' re<2'
da técnica otdenadora da legislação concotrente.
ÂuÍo oifl,a Do EsTÂoo Io otREIÍo coNsnrúcto{al aRAsrLElRo 39i
o Prefeito);6"1 7'(instituem competência do Inte.!,entoi ou Governâ<Jor); l0 (dispôe
sobÍc referenda dos âtos do Iflrcrvenrft ou Covcrna<tor); 12 (cstabelec"
11 RESTÂURAÇÃO DÁ ÁUTONOMIA NA CONSTITUIçÃO
.u*poar.r.o FEDERÂL DE 1946
do Prefcito); 13 (discip)ina a organização do Departamerto Ádminisüatjvo);
1; (deter
miflâ â compctêociâ do Depaltam€nto,{dministrâtivo); 19 (especifica o"o.
,1" ,"..rr"o À autonomirdo Estado'ÀlembÍo constir.riu um dos temas centrâis dâ Consrrtuin-
dos atos do Interventor ou Govcrnador, e prcfeito, para o piesideote
da República); r( de l14ú c sux Íesr.ruraçà,r rdentrficava uma preocuprçào comum.
20 (rcgula a e6cícia da decisão ptcsidencial nos rccutsos contta atos do
I^,.r.,".r,o, .,., O ÀntePqjrta dâ Orgânizâção Federal,r6s clabomdo pcla Prinrcira Subcon,issãr.r
Govcrnador); 21 (coDfere efeito suspensivo a rccurso, por dcspacho do ptesidente
da CoflstitucioÍrâ1, da guâl foi Relator o Dcputaào Atãliba Nagtira, tcvclava propósitos
República); 22 (prcvê suspensão do deceto lei estadual ou ato
impug:radq por decisão rcstâurâdorcs denúo dc rctíaídas lim,taçôcs à autonomia do Estâdo. () Anqmjek i^o
do Departamento Adminisrrativo); 23 (disciplina comperência trituúÍiâ
ào Estâdo); dcixava de submetet a autonomiâ do Estado-N,Íembro às ÍestÍições dccorrentes da es
24 (enumera compctência tributhria dos Municípios); 25 (totna o presirlentc
da Repú_ ttutura lederal, mas, proclrtâvâ, ao mesmo tcmpo, redllz; o volunrc dâs limitaçc-ics e
blicaótgão de dcdaração de bitÍjburâção, paÍa suspender rributo estedu
as possibilidades de interfcrência da União nos Estados. lJai a conrcnção dâ auto-ot-
29 e 30 (estabelecem regrâs orçâmeotáÍiâ-s e financeims observál.eis
pelos
^l)i26,27,28,
Estados);31 ganização do Estado em técnicâ dc enumerâção rcstritâ dos ptincíPios enumeÍados c
(regula a abertura de créditos suplementares e especiais, Éxação
da época c occessária o con6namento da intervenção federal ao caso exclusivo da intervençÀo pâla mantcr a
autorização do Prcsiderte de Repúblicâ ou do Departamento Administrativo);
32 (su_ integtidadc nacional. O SahrtitutinlL' gte o Senadot Clado»ir Cardon, membro da Sub-
bordina a vigência clc decretosJcis à aprovâção do presiclente da República,
çando comissão, ofer€ceu ao Ántcprojeto, âlârgâva â eflumcração dos pdncipjos limitâdoles
incidirem sobre ampla maÉtia, discriminada em XXIII incisos); 33 e 34 (cria
váações da auto-otganização do listado; ampliava os casos de interveação íedcral; otg nizÀ',a
aos F,stados e aos l\Iunicípios) 35 (requer licença do prcsidente
da República para atos minucioszmente o processo interventivo e disciplinava o domínio da lcgislâção c()n-
mencionados nas letras a, b e c, telativos à concessão, cessão,
atten<Jamcnto e ,,end." coÍÍerrte. o ,\ibrÍ;tú;Lo procurara aprofundar a influência da Constituição Fedetal dc
de áÍeâ imóyeI); 40 (exiç autorização presidencial pata o contrato
de cienristâs e téc_ 1934, texto scmpre invoc^do flos trâbâlhos clâ Coflstituinte de 1946.'70
íucôs esúangeiÍos), 44 (proíbc nomeação de parentes até o 4" grau,
consângüííeos  autonomia do Estado-Membro cxpcrim€Írtâva os imPactos irliciâis das conccp-
ou a6ns, do Intervcntor, Goveroador ou prefeito, sal,o para fr_rnições
te-poá". d" çôcs preconizadas no l,rlclrEeto e no SubrÍirÍ;tu, que foram repercutit na atividadc
con6ança imediata); 45 (contém norma orçamentáriâ); 46 (impôc
relâtório d'c gestão ao da Constituinrc. O enunciaclo do pdncípio da autonomia c a técnicâ de sua llmiteÇão
Prcsidente da República).
revelâram as dillcrldâdcs na áxação cle fírrmula adequada para exprimiÍ essâ duplâ
As modificações ulrerioÍes do Decreto-Lei n. 1.202 (Decretos Leis n. 5.511, de exigêrcra. O ÀntepnjetorT' submeteu a auto-organização à obsenância dâ Constitui-
21 dc makt de 1943 e7.518, de 3 de maio dc 1945) exploraram,
sem inrerÍupções, os ção Federâl e âo âcâtamento de cinco princípios enumerados. O Jzlsalalrdl'] prcscr-
fundamentos centralizadores e unitaristâs do texto básico.
Á flexibilidade constitucionâl conveÍteü o Estado FedeÍâl nominal em Estâdo 168 Diána d" Anúblói,,2 dc
^bril
Le 1946, p. 721-722.
unjtário_ descentralizâdo e, conseqüeotementc, 169 D;áno àd ÁtÍ?Db/iin,2 àc àe 1946, p. 723-724-
o Estâdo-MembÍo desaparcceu na ^bt\l
170 O Dcpurzdo ClcD€nte Mariâni d6tâou a inÍluêDcà do tcxto dc 1934, iradu,indo iuí,o gcn.-
colctividâde locâ1.
O primado do Presidcnte da República, autoridade suprema do Estado, ampliou d claboraçãô dâ Carla Co"stitucionâl de 1934 não podi, dêixâi dc scn-
"..-Hxvcndo pârticipado
se do poder de tutelâ da adminisftação 1ocâl e no contÍole hicrárquico me Lisonicado, menos pornim do que pelos comp@heilos dáquelâjô.lradâ o.morável, com
ri!
dos atos ,las
âutoÍidâdes locâis. C) primado autoritário estava engastado na concepção vê-lànBli'do ainda tào pÍofündâhente no espíritô dos ilustres organiz ores do Prôjclo..."
constitu-
cional do poder ptesidencial. Â inauguração do regime de 1937 se fez sob An,is dà Constituinre- Riôd€Janc,rc: Imprensl N âcion!], v 20,p.385,1949.
sua égide ^.sembléi.
co auto-govemo local não escapou a essa primazia, para sucumbir na primeira 171 ',rn. 5". Crdã Estâdo seú orgari,?do e tcgido pclâ Cdsdtuição ê pelâs lcis quê adotar,.ontrn
Àora !ô qu" oLscne es,â ronrtituic;o e. cspccialmcnre, F'p e c ,ísdBUF:
diante da irresistível autoridâde presidencial.
1. a eleiividâdc do Chcfc do Poder Exccutivo e dâAssembléia I-egislativn;
O poder de tutcla e o controle hierárquico não ornâmenravâm o quadro consti_ 2. , indcpcndén"jr' c haínonia do, p.dcrcs cnrre r:
tucional dâ comp«ênciâ privativa e dâs prerrogâtivxs do presidente ã" l.
n"6Uti.u. atcmpomddlade das funçõês eleri!âs;
Dimanaram do poder legislativo presidencial quc ttarrsformou u Constituicão 4-,s garartiâs do PodcÍ Judiciáriq
Fe
deql nominal na Consrituição flexível do Estado unuáÍio. É a fase do eclipse da 5. , autononiâ dos úuoicipios" (Diário d. Ob. cit.. p. 722).
autonomia do Estado-Membro no Diteito Constitücionâi Brâsileiro. ^ssembléia.
172'Ârt.?"CadâE.tâdoscráolgâ,izadoelegidopelaCoístltsiçàoepe1âsleisqucâdotar,conlân-
o,ruc ob{c!!c e'b aoniiru(ào p. esDcci^lmenre, ,espcn. c Às\cgu,e
399
at ToNoMlÀ oo EsrÂDo llo olRElÍo coNsTtÍl'clolilÀL
BRÁS|LÉIRO
RÀUL ÚACHÂOO TIORTA

elástico' que,o textc! dcli-


vou a rcdação do ârtigo, mâs âmpliou o volume dos princípios limitadorcs dâ auto princípios coístitucionais- Preferiu fórmulâ dc conteúdo
tornou m s evitando o ccrceamento da autonomra
nomia. O Deputâdo Gfflaw Capatenall\ ofcrecett emenda ao artigo, para eliminar a niLivo dâ Coístituição Pr€crsâ,
idéia dc que entrc os princípios constiurcionais, ignâlmente obligatórios, se pudesse
".r..i.ot , ilações dccorrenres do' PrinciPios constitucionâis Es-cs clemmtos
constituinte e sào ülcis pam â intcrptereção dos prrnclpros
estâbelccer uma graduação de r.aiores. Os princípios enumerados condensâm pre isclarecem a de,tibcraçào
constitucionâis não_enr'rmerados' que 11m1tam â âu-
ceitos geralmeotc lccolhidos de outtâs disposiçôes constitucionâis exprcssâs- Ess€ estabelecidos o., dos pÍiocíPios
aspecto induziu o D€ptado Prado Kel$t1a a suscitaÍ interessânte problema de técnica tollomiâ do Hstâdo_Mcmbro-
ficou âssegurada pcla
constituciooâI. Existia, de um lado, a enumcração dos princípios limitadores da au- Â preservação dos princípios constitucioíais enumcrâdos
tônomia, repÍocluzindo, de modo geral, e sucintamenre, rcgras expressas em outÍâs ã. interuençào Ícderel, como sc cons'grour 3 Pànií Jâ Coníituição
disposições constitucionais e havia cmenda do Dcprtado Mária Masagão, que mandâ
""*rlrfiara" 1926. o consliruinle dc lg4o acre.ccnLou drdo inc\rsrenre no urÍeLrô
l.mend.da,.m
à rctT1bT":§i,*
va ircluiÍ, como pdícípios constitucionais ()bscíváveis pelos listados, normas não ô"".,t ri"""f o que vcio conferir singutâr configuÍâção
prcvistâs em ouüâs disposições do texto constitucional. Indagava o DeputatJo Prado
^""taÍ, cánsútucronalidade das Constituições cstâdu^ls'\) J'lb s'
Jo controL l,-rdi.iário,tu '1934' segundo
FedeÍal dc
Ke@,para zpu.tat a preferôncia da Comissão Coístitucioral, se os princípios coÍrstj *ri iUdrr;, c"ra"rteproduziu o texto dâ Consiituição
tucionais dcveriâm incluir normâs iá previstas em outros ârtigos da Constituição ou pa;a asscgulaÍ â obscrvânci'r dos principios con§titucionâls'
deverian, enumerar rcgras oão induidas nâs disposições coitstitucionâis expressâs.
" ".,o1 ";nr"ru.nçao
;J;;.; ;;à;. ,,'u-átia' Pelo Procuridor-GeÍâl dâ RePúblicâ à então
"J,i"
O consrituinte procuova sâbeÍ se os princípios coÍNtitucionais devcriâm repetiÍ ou :;.;:;;, e só se efetivaria dcpors qu< o óÍBào Provo(iJo':-"'.,-".'i:::j
e the declamsse a constitucionâlidâde
ts:ta' ccm duvrctâ'
rcproduzir priochios iá existentes (ag forma rcpublicana rcptcsentâtiva, harmoniâ -.nto da Iei de intervenção
e indepcndênciâ dos podeÍes, autonomia municipal, garantias do Poder Judiciário), a. p.laidaade, pois a lei fcdcral dc intcrv'enção dePenderia' Para execu
"--7*i-"
,.',ã1i., u" l"**g'^ção ie6nitiva da Corte Supremr' À soluçào constltlrcronars tc*'d'f
ou reclâmâvam pfincípios novos, além dos princÍpios cothccidos. Não se üatâva de
aos PrrnciPios
illj::-
da
iodagação dotada de alcance puramente formâl, nâ áreâ do requifltamento técnico. ve.rção, ,Jemorandà remédio cauterizador ^fensa
 prefetôncia do constituinte pelâ scgundâ altetnativa apcttaria coosidcravelmente entre vontade legislaliva c a decl^Í':i:l':l:11''
., ,rl, trn.lonr-.n,o, o dissidio a
nr propúsitos' reabnndo.P'8rnâ(
o círculo das limitações à Àutonomiâ do Estado-Membro, por efeito de dupla con- ...i.,i. atrirtrs Íun<lad,,s insaristaçao de
tenção: a dos priflcípios já existentes e difundidos pelo texto constitucioflâl e â dos in
"u"cnar
oc""*,1o. dâ Purez' noÍmari\x do PriflcíPIo O l-)ti"ti1".
nel,,lcr.,.rrrçio T"l-
de lcr dc In
pdncípios esp€ciâlmente enumcrados nâ relâção patticularizada. cr)aol'n lou oinconveniente da declaraçáo de coÍrsl itucronâlidade
^rtin
,.ru.nção. poi. 'e... .nérodo pode pór em xeque trma lei do Poder l-tg't''l'":::']"
Á. Comissão Constitucional 6xou o cotendimcnto de que os princípios consti-
,-"..i ou, p"ln -"íos, aca;tetar, de ceÍto modo' o desprestigio de um dos Poc'e-
tucion,ris dispensâvâm a fotmulação original de princípios não expiessos no texto
"
... i" n"p"üi.J, n-pôs que se ouvisse o Supremo Tibunal'.antes dainterveíção'
da ConstituiÉo. O PnJêto & Co$tittiaorTí rcvcla, todavia, solução difercnte da que
coNtltucronats'
prevaleceu oa discussão inicial. Não ideotiÂcou os princípios constitucionais, como paÍâ declaÍaÍ se o ato ârgúido ferlu ou flão os PtincíPios
Pre'ralecei §o.
Í'tbJtil/ii'4' Prqj|ta
se fez no AúqrqjeÍa - c no Súltitíltiro , técl ca con6fmade na delibcrâção sobfe a A audiência préYia, Íecomeíldad2 pcl^ enetdd que atributD âo
do texto âtuâl'
questão suscitadâ pelo Deputado Pralo Kel!1, ncm âdotou a enumeração otiginal dos lr-i:iiul*i'p r",6n"l-"ttte,
'"t"b"r " 'cdâçâo o ato argüido de incons
Procurador-Geral da República a competência de submeter
este a declarar' dar-se-á a
I a nd.hção c foimâ republicana lepreseqtativa do eu governo; .iir.ãt"fti"a. *"*e do Suptemo Tribunal Federal' e' se
^" I94o cxplorou as cinscqüêncrT=:cIlâ^lci
^
II -â idependencia e halmooia dos l,oderes; a,"ll"*r". ,^ rn.vaçào,lo consútuinre cle
fedeÍal-
III -. tempohriedade das íunçôcs elcrivas, que sc não poderâo êstadff poÍ peÍíodos m.ior€s *.i.".^'i",*u*- á" Supremo Tribunal Fe<leml no capitulo da intcrvençào
que os dl§ íunçôcs federàis coÍrespondeotes, pÍoibidâ â reelcição dos covernâdorcs e l,retcnos necessaÍiámente' a interven
pan o púíôdo imediaro; À declatação de inconsútucionaüdade oào re(lama'
do torna
IV- â autonomia dos municipiós; çr;. ;;; ;.;.-""ro1 que âcompânhâ â eâcáciâ iulgameÂto iudiciário'
desse acatamento à dccisão judiciátia'
V - as garantias do Poderjudicjário locâl; inJ.,r" i.rt"*"nção. PâÍtindo do PressuPosto
"
VI .â prcsui,.iode coÍrâs da âdmrn'su!!áo;
VII - a possibilidade dc reÍorma conÍitucjoral â quâlquer rempo e á coop.têó<ia do Poder
lqislâtÊo pam dErerá Ia." (Diário da Âsscmbleiâ. Ob. .it., p. 723). ii oa;, d. a"'"t't"a,s de âbí]d( lír4Á' p' 328'
iqo' náÔ vorrrá a lc' <l' rni(rvensro' scm qur'
13 Aunlhi",5 deablildel94ó.p.815. l?/ ''NuDrrm(uocâ§odcau'(hràoPr'<nrcâ "'
cmo rribunâr Fcdci'r' $F
.,;;:1il;;;;,;;;1,. p-.*"L' c*a air'Púb'x
D.:ano da
t't4 Diáno da Astnbl;iz, s deabildc 1946,p.815 816. ' ao suP úíico)'
175 Àtd;t dd Àrr,hbliia Contitaith. Rio dc Janeiior ImpÍe"sa N Nioi l,!.10, p.237,194a- à..i"." **'t*i, á" "'.râção coníirucion2l" (ari 118' Pâáerâfo
"
400

como normalmente ocorre flo exercício da âtividade jurisdicional,


o constiruiote dc invocação do princípio dâ âutonomia do llstado Membto embaraçou na Cons"
1946 rcâlizou a substiruição do mccanismo
co,npuhivo da intervença" p.f" ã..r"_ ^ rle 1946, come antetiormcnte se deu nas Constituintcs de 1891 c de 1933, o
titurntc
ração judiciária de inconstitucionalidade, aplacajora
da exorbitâo.i" .uirn.,ã ," êxito da uniácação clo Poàer lttdiciiro. A Enerla n. J48t30 nào suscitou os debatcs
conhecimento prévio do Supreoro Tribunâl Fcdcrâ].
qüe âssinâlâranr âs discussôes nÀs Coostitlrintes precedentcs e na Coniçsão do bant-
Á intenen$o federal, pâra asscgutar os princípios em:merados, /ati Essâ ausêDcjâ de corfentes ponderáteis de sustentâção da emenda jndicava a
_ toma_sc desncccs_
sária, pois essa tarefa ass€curatóriâ do pÍim;do permânêociâ do Poderjudiciário no domínio da
da norma constitucionrl .r.;;; trznqüilidade com clue sc âceita\,â a
corretivo judiciário espccíEco. o Dircito constitucional
anterior não o,roiu ..." ..r,.- " auto oÍg^nizâção,
seqüência lr:gica c jurídica da presença do Suptemo
Ttibuna, na área vestib;i;.;;;",_ OsDcpuÍ^das Atalihd Nogúratbt e Máio Ma-tagãa cgararn a incompatibilidade tla
rencào. A inor açào rócnica do constituinre de
constitucional e deu novas dimenóes ao Tobunal
1946 rcpercuriu intensam.n," n, oã., enerda c<tm o Íegmc [cderativo e a rejeição da propoúção unitária revclou a adcsão
da Federaçào. É o qr" .*t L:", po, da Constituinte ao atgumento. Com efeito, o l)eprrado Máio Masaglo"' observou
outro lado. o desuso da inrervencào feder"l. par c garrrrir que a Federâção se traosfoÍmârie em País uniár,o no momento em quc se recusassc
princípios con.ti *l,ir;i:, ;à.
obstante a incidência dos casos judiciários revetoi
a it"rrti.,, ofÀ.u prjn.ip;;;;rr.- âo Estado-MembÍo "^ integridadc do Podct Público". DaÍ a questão de oÍdcm quc
titucionais mumerados, especialrnentc no exercício
da atividadc auto"o. mânifestava, pârâ "saber se â emenda qüe propugna a nacionalização daJustig está
Estado MerÍbÍo. Á dcclaração de inconstitucionntidaa" ".g"ri;;JJ d"
do Srpt"_o TjbunJ rã.ol ou não preiudicada pcla votação do at- 1", ondc se 6:iou o princípio fedcrativo".
acârÍeta a suspensão do ato inco,stitucionar e essa
íórmulâ do coostituinte clc 1g46 tem Âs autoridades invocadas pclo l)epvtÀdo NeÍnr Dl/a*, paÍâ se deíefldeÍ do ir-
sido su6ciente pâra o restabclccimen«: da nor[ralicladc
constituciona] no Estado. rogado "crimc de lcsa federação", não sâlvatam a cmendâ dc sua autoria, a segrir
Esses novos ângulos dâ técnica consrituciooal rejeitada pelo plenário, âcolhendo â qucstão dc ordem propostz, expressamente fuo-
demonstram o relcvo que os temas
vinculados à autonomia do Estado,tr{cmbro adquiriram dâdâ no dissídio cntrc a emendâ unitáriâ e o ârt.1ào Prqjdo de Con:tiniçã0, <ye hax ia
iotetesse que a autonohia despertou ôo constituinte
na Coostit,riruj d. 19+C. fl
de 1946 ficou também assi':r- adotado o Estado Fecleral.lsl
iado pelâs críticâs de intérpretes do sentimento
autonorusra à e*.r** i"._ria" O eclipsc da autonomia, em 1937, não conduziu âo embotamento do princípio- Â
Pnjek de Conrtitjtiçã1. Constituição de 1946 preserciou â Ícvitalizâção da autonoruia e a aglutinação dâs cor-
 cÍiâçào dos T.ibunais Estaduais dc Contas, para Gscalização rentes reprcsentâdns na Âssembléia Nacional Constituintc em tomo do princípio da
cia administração Énan_
ccira e execução do orçamento, aúavés dc precc io
<lo pnjett i
CafitiJti{àa,rr.r.a.u nutonomiâ do Estâdo. A preocupação com o Ilstado Memhro não sc revcbu exclusi-
reParos. Nâ iustiEcativa da Emenda n. 2.993, para "iuo.
suprimir essa incr_rrsão do consdtuinte v?menle Íra consâgração forfiâl dâ autonomia ou de institutos que pudessem repercu-
federal no campo da auto-ogânizaçâo estâdual,
o plmin
Srenadot de SoaTa;;;;;" ú na sua árca. Â Constitüinte de 1946 lítegrou na fisionomia constituciooal do fede-
que artigos desse teor fcduziam os Estados ,.a
simples departâmefltos aitárquicos,, e Íâlismo brasileiÍo o/r'rr,pia.la côa?elação. Aúra ornia e cooperÂção, o princípio clássico
trarsformariam a Consritui$o Fcderal em ..toupa de e o pdncipio contemp(xâneo do fcderalismo brasileiro, saítam soiidarizâdos dâqucla
mera ionfecção,, ,1or rr"go.io. .. Assembléia para o texto da Constitujção de 1946. À coopeÍâÉo não cra totalmen-
taduais, para deixar ao legisiâdff do &tâdo_Memb- --*.""
o *caAo a" a!r""
tes, um recorte aqui, um botão acolá, uma prega 4* te desconhecida na cxpcÍiência ãdministrativa. Â Constituiçâo de 1934 consagrou as
além, um bolso aquém, oi i., primeiras normas constitucionâis dôtâdâs dessc alcance. A experiência aclministtatjva
alcançou seus objetivos, o qu€ mostft a rcssooância ",..iÂ
clo princÍpio da autonomia.
A Emenda n. 1.869 plejteou. purr c simplesmente, o restabelecimento estava sujeita aintermitôncras e não confeda certeza à coopcrxçio, que licrle eÍlileguc,
,
da Constituiçào Federaldc 1891 e os signatários
do art.63 por oütro lado, âos crjtétios do arbÍtrio e da discriminação governameotal.
dâ emeÍda, fgurândo .n,r".1"" o.
consutuntcs Àharo Adofo, Borcdiro Vaklares, Âs normas da Constituiçâo de 1934, amdâ embrionárias, não chegârâm a experimen-
Jotí Matia de Alkinn, Magatbãu Baraa,
Alura Mak, LeEolfu Péru, observaram na justi6cativa: târ os efcitos dâ aclimataçâo no sok) constitucional. Â Constituintc de 1946 encontrou
retrcno praticànentc ihexplorâdo c ncle Íeâlizou obra criatlora, que iende a perduÍ,IÍ,
"O plojeto reveta ncsre passq como em âlguns ouúos, uma
cenã tendência mjáíi,
cm com os aiseios g«âis, no sê,rido d€ restituir aos Esrados âtmvós de âpÍimorâmcotos e corrcça)es, flâ orgânização fedetal brasileitâ. O consútuintc
*sacoÍdo a auronomi,
qu€ lhs tjrla s;do postergâda."r,

ÂA Diàtia AÍrotblia, dé 12 de ju.ho de 1946, p. 2.465.


dd

ft\ Á an d"Ásdblíia Ci,rrrrra Rio de]ãoeiJô: IDflc'sa Nâcionâ|,! 22, p 209-210, 19s0.
178 e.**|:1c-",'tid,i,,,,. Rio dcJâícirc: rmprenM Naooüt. v. ró, p. ro. re48.
179 l*i|! d4 AtkDbt u Lo"lh.tuint _ tuo dej.neirc: Imp|erls.
182 Àtuir da Asêbbl,lb Ci$tltnnk- Oh- cir-, a. 22, p- 209.
^naB N&jmr, q 14,p. J89 390, t948. 183 Ántít dd ÁRnt)k;a (),'itunn - ob. cit., !. 22, p. 210.
RAUL IMÁCHÁOO HORTÂ

tributáflâ tundadr em
revelou cdnprccndeÍ âs teodênciâs do Estâdo Fedcral e, ao invés de fragmentaÍ o poder Cofiiit ciltldl í1. 9, ocotrcu exPresso âcolhimento dâ reP'Ítlçâo
de (âdit t'sLâclo Pâra à
íederal, preferiu atmilo para o tetrmo novo da cooperâção intergovcrnamefltâi. índices inversamertc ProPorcioÍlâis à PârticiPação PcÍceotLrâl
 implantação da coopcração se inspirâva no Estâdo-Membro e o constituinte de formação dâ rcnda interna do Pais'
a que o constituinte submeteu
1946 concebeu o novo ptincípio como instrumento constituciolâl pârâ sustentação O Pnjen Cuttitttcionattecebeu acÉscimos nâ rcvisão
cooP cnúto'tu" A L-'n1ada,a' L:2ry-r':l-:T
da attonomia. O PrEh de Canslitsição & Comissão Constitucionâl iá exibia divcrsos as normas disciplinadorâs do lederâlismo
dx Uniáo' e cxc'ucào de Planr) (le vilorrTx(âÔ
preceitos que lançavam a União Federal oa área da coopetaçâo, âssim os que Ihc nlo orevia c /D]lcr(áí) dc rEcuÍs')s Prra
no rcxto da Consi rttuçâo
impunham organizar a defesa permanente contra os efeitos da seca, na região nor- dr'bacu do Sào Frâncisco, medida incluidâ
".onômi.a n' ('onstitutntc de 194ó'
destina, e, em todo o País, conúâ ôs efeitos dâs inundâçôes (ârt. 3', XV); organizar Foi tão vivo o intcressc Pelos processos d€ cooPeÍâçào' oo
rnturgovcrnamenhl em normir
c exccutai o plÂno de \'âloizâção dâ Àrnazônia (art. 3", XVI); aplica!, na execução que se Pretendeu constitucionalizar a cooperaçào
do plano de defesa da região nordestina contra os efcitos da seca, anualmente, com texto fundamentâl.
as obras e serviços dc âssistência econômica e social, quantia nunca inferior a três dc 1*" PT t'it']:"1',",-:1:
princÍpio da coopetaçâo ingressou n'i Constjtuiçào
o
por cento da sua renda tributáiâ (âÍt. 139) c, na cxecuçâo do plano dc\^loÍiz ç^o d^ mas tamLrém sc pleitcou' nr
rolrç'0.. oLr..;ar. p"to con"titutnte, i,!!"' "!Y^l
Ámazôfliq ânualDente, quantia não ioferiot a quatto por cento de sua renda tribuú- formâl âutônoma, €nunci a íormulaçio PrÔgrrmaÚca oo ^
a iosetção da regra Pârâ
de 1946' sc não vir'1
ria (art. 140); entregar aos Municípios de cada Estado ou de cada Territorio dez por rtincíoro da coopeÍÂçào lotelgo\rernâmcotâl O constituiltc
cento do que num ou flouuo arrecadat pclo imposto de renda (art. 128, § 4'); dis-
:;ft;;, ili;ntq rcda]s do fedemlismo coop€Íativo' deixou no
tribuit aos Estados, ao Distrito Fedcral c aos Municípios quota-parte da tributação '" 'mcn'las que se encartcgariam dâ cxPlolação
tcxto constitllcionâl os órgãos e os lÍt§íumentos
sobrc a produção, o comércio, a distribuição e o consumo, c bem assim a importação
das nov'zs tcndências do llstado Fedcral
e â expottÂção dc lubriácantes e de combustíveis líquidos ou gasosos (âÍt. 128, § 2'), pouco âcrescentou à Consti-
e conceder aos Estados, de modo eqüitativo e mcdjaÍrte acordo, o âuxílio federal, nos
À Constituição FederâI, de 18 de setembro de 1946'
da co,rpetência da União o cluadto federal
comprcen-
câsos e condiçõcs quc â lei estabelecct (art. 114, § 1').
rrrçà.-á" iô:a, t" -",éria de
emis§ão monctáÍia' inslituição
de as relações internacionais, scgurança naciooal'
O Prajeto da CaisÍi|u;fãa ao fcderalismo cooperativo, cujas linhâs ârquitc- de crédito' dc caP\t^ltz çdo e
^deÀ^ fr^".* i" .-".-, Escalização de estâbelecimentos
tônicas foram preservadâs e desenvolúdâs ías emcndas do constituintc. Âkumâs (telcgrâ6â'.râdioco-
ã. ,.g"ro, pt^no a", .omunicâções teÍlestrcs, tclecomunicação
emendas já configurzvâm âs târeíâs do fedcralismo cooperativo na redução dos desc-
telefonid, matéria quc 5e encontm.âmPlam-i:,!11
quilíbrios regionais. Â Enenda n. 2.689'34 pretendia quc a União, dentro de suas pos- -Jriu"]-ai"a,r*ão, de aq:':"-1]:^u'I 'll':*
sibillclades, concedesse âos Estâdos o âuxílio íecessálio pâra coÍrigir as diferenças
ir-."-êã,g. a-.il"i.o dc TêJecomunicaçôe s (Lo n' 4'lJ7' de 27o âmplo domÜrio
nrr.oacào ié.ca. de oias férrcas nacionais ou inlercslÀduais' c 'la
de desenvolvimcnto cultuÍâl e econômico e de padÉo dc vida de suas populações. de
."-i.,*r^ i."r.rJr^ especrficà, que conseÍvou, de modo geral' a competênciâ
'1e34,
I-m sua iusti6cativa, csclaÍeciâ-sc que esse ar:xilio sc destinara a'triar uma verda-
;i;;;;:r;;,srriu15ào de sâlvo na Pârre do" acIéscin'os .u amPlra-
deira federaçào baseada oo harmônico desenvolvimento de todos os Estâdos". Â hnÀncerro scguro
do trabalho, oolmas gerais rlc direrto
t
Ennda 2.906-At3t preconizava a distribuição do imposto de readâ pelos Estados, çies, como d irciro eleitoral e

e previdência social.
lla proporçâo das respectivas populxções. A iustiÉcâtivâ chamâvâ a atenção pârâ o da hgol':l:
'desequi!íbrio cconômico da Fedemção", visível "na divisão do territóÍio ÍIâcional Nota todaüa, z técnica diversâ nâ disciPlina do campo
sc, ,t-l:::t-
tevc rle revtlar.o conteúdo mâteÍixl
cm regiõ€s explotâdorâs e rcgiôes mâis exploradas que as colônias de uma nação tentc. Á Constiiuição de 1934 À PreocuPaçào
lotalizados ncssa área A
imperialista modetna". Essâ disparidâde recomendâvâ que "â distlibuição da cota do da lcs'slacio concorrcnrc,'ePclindo 05 ttma" legi"leri'os
mâtcr;âl e arnda drsPensorr â
imposto de rmda devcria set feita segundo um critéÍio inversâmefltc proporcjooâl Crr,ia. i9:z Ícproduziu â tecni'â dâ discrimin2çào quc otganizou As
{lô federalismo nominal
ao nivel econômico dâs populâções naciooâis", o quc se não totnava possír.el, na ** .r-pá ao.rir-, ^,tônomâ, dentÍo
coÍlcottente e â
época, pelas de6ciências estâtísticâs e da âpârelhâgem âdministrâtivâ. ã.""i-iça* e de 1937 fixaram a Enalidade da legislação
a. fql
lo_
tat-^ ,egislativas, salientanclo o atendimeoto das pcculiaridades
Convém observar que só Ínais tâÍde, nâ sugestão ongináriâ de Conferêncü dos "-.*r-^_à".
., it ., .-,ori*"n,o ao. licun's ou defitrêncras
dispensâ' â<
da legistaçào Íedcra l' scm
Secretátios de fazentla e Economia, para modi6car o texto da ptoposta de E//kt./a a regisl:çào estad'al
.;;,;-;:;;;.; ê;;Je re37 ainda admni,, cxftessamentc'

tuo dc Jâneiro: lmprensâ NâcioMl t' ló p' 212 1948'


184 Anair da Á&úbuiz Co,'nhi"k. Rio de Jâncno: IDpÍeflsa Nâcionàl, Í 15, p. 264, 1948. ,eu
'á, Á..n, A,r,bou C*'/'/"'/''
rri"'*'r-lo* v ra p sor' re48'
'
185 Átait la Ase»hliiz Co"nn"i"k. Oh. cir., e. 15, p. 380. )*,i rl**^","arrrzr'' RioJcJanei-o:
BRÂSIIfIRO /Í05
AUÍOIIOMTA DO ESÍÂDO NO DIREIÍO CON§TITUCIOiIAL

mesmo nâ âusência dâ lei federal, o quc não se autofizou explicitâlnente na Consti- de 1934, e nesta sc disse que "âs Ieis estaduais poderão, atendendo às pecutiarirlades
tuição de 1934, e a ilação nesse scntido contraria o prcssuposto da legislaçâo federal, lrrcais, suptir as lacunas ou dcliciências da legislação federal, senr dispcnsal as exr
pam o cxercicio da legislaÇão estâduâl supletiva ou complementâr, mencioflâdo Í1â gências desta". A cláusula final irupedia a iniciâtivâ €stadual desviículâd^ Â Constl-
pârte IinâI do § 3", art- 5". tuição de 1946 não subordiflou â competêrciâ estâdual supletivâ ou comPlemenrar à
O campo da Iegislaçào concorrente, na Constituição de 1946, lorma vivo contmste Iegislação ou às exigências da legislação federal.
com os textos anteriores- Houve rctraimento do coÍrstituintc c â ecooomia de palal'ras É legíú-a, portanto, a distinção que conferc autonomia a cada umâ dâs fornlas dâ
tornâ evidentc esse Íccuo. Não sc utilizou â técnicâ dâ Íepetição dos tcmas da le€iisla- compctênciâ estedual râ á!câ concofi€ílc: a lcgislação supletiva visa suprit a inércia do
ção conconeore, prcícÍifldo o texto â simples rcmissão às letras indicativâs dâ mâtétiâ ldsladot federal, scm afastar se do dominio pcculiar ao Estado-Membm, cnquanto a
situada nâ árca da competênciâ legislÀtiva dâ União. Há silêncio sobÍe a finaüdade da Iegislação complemcntâr repr€scÍttâ o desdobrameflto da legislâção federal de princí
legislação estadual supleúl'â ou colnplcmentaÍ. À Constituição de 1934, que inaugurou pios, de noÍmas g€Íais e dc diretÍizes básicâs, Para aÍciçoáJas às peculiaridâdes locâis'
a legislaÉo concorrente e exeiceu Íeconhecidâ influência nâ elâboração do texto de À te€Jislâção complcmentar pressuPõe, tecnicâmente, a Iegislação fundâmcatâl e esse
1946, deve set invocada parâ píccncheÍ o lnexplicávd siiêncio do constituinte sobre precerlência formal de lei federal esclarcce o compoÍtâmento lcgjslativo do Estado-
a natureza da legislaçào complementaÍ ou suplctrÍ?. O seu obieÍvo não variou. E o Membro em fase de expcctativa da legislação de normâs gerÀis dc dircito linaÍcclÍo,
mesmo da Constituição de 1934 e se esgota no atendimento dâs peculiâridades locais e
oÍgaôizâção, instrução, iustiçâ e garântiâs dâs Polícias militarcs.ls'
oo suprimento das lacunas ou deEciênciâs do ordenâmento federal. iexto
o conteÍrclo da autonomia do F,stado-Memlrro nâo recebeu trocliâcâÇão no
A Constituição dc 194(r não crigiu, expÍessâment€, a legisiação federal em pres constitucionâl de 1946.
suposto pârâ ulterior c\ercício dâ competêflciâ estadual supletir,a ou cornplementar.
Áltcrou-sc a técnica foÍmâl de limitâção dâ autonomi2. O constituint€ distinguiu a
Tâmbóm não autorizou tâl exeÍcício, nâ ausência da lci fedetal, como sc fez no fc
limitação inicial dos princípios estabelecidos na Con§tituiçâo, cuia identificação rcclâ-
deralismo nominal dc 1937, que envolveu essa facilidade na tcgra do pimarlo da lci
federal, uma vcz editada.
189 l. A Lei n. 4.024, àe 20 de de?f,mt ro de 1961, 6xo! .s DireEizes e Bàs€s dà Educação Nâcionâl,
Dúvidas têrn surgido na doutÍioa constitucional brasileira â respeito do exercício mntériâ dc lêgisláção fundânentâld, União.
da competência estadual supletiva ou complcmentar, nâ ausência da lei federal pri 2.Vários proietos de tei, que dispunh,m sobr óoimasgerús de direno finânceiÍo' üamitãrâm
ínâri^- Tení odê! Bnrílão Awkantl* não rÃmite â âtividâde estâdual dcsvinculadâ nô Congre.so Neional, nobd,m.nreos tguinrcr:
da lei fcderal, pois no entcndimento do autor de Á CanitilriÉo Federal Ca reüada,"^ I Projeto n. 201-C, de 1950, quc instituía norrnas Enâ,1cár,s Para â Ufliào, os Dstâdos e os
-
aplicaçâo do an. 6" pressupõe a iniciativa da União, a existência de normas sobre Muoicídos. Com @'das do Sco.do t'cderzl (.Dl727 lb Cn4Ta'tu N1,iüat, Seçào t, dc la de
abrit d;1g63,p. 1442; seção l, de 29 de outub!ô de 1963, P.8283i ideh. Seçât) II, de 12 de
â mesmâ matériâ compÍeendidâ nâs lcis estaduais supletivas ou coÍnplementâfes a "Lú
dcreôbro de 1962, p. 2ó82).
serem votâdâsr nos termos da disposição constitucionâI". Emborâ ressalvando que
U - Proicto n.4.011, de 1962, quc estabêle€i! Doltnâs guais de direito Snancoro PaÍâ o cÍédito
o assunto não é pací6co, insiste cm quc "a legislação complementat é menor, de- píbh.a lDiána do Ca"gftsa Naan rl Seçno I, de 31 de março de 1963, P. 1186).
peode dâ outÍa e só com ela pode ser excrcida sob pena de invertcr'se os termos do
O Projeto, origináno do cntÀo Co6elho de Minisrcs, considcrcu no'm1s gÉmis de di'eito
problemâ, tÍ,lnstormando o acessório eü principal". Â legislação concorrente não lirirceiro pàrâ o crédiio Púhlico, qE vcr§em, no todo ou em parte, sobte instituição, €once!
^s
retita pdmazia à legisiaçao íederal.  legislaçâo estadual complementar ou supletiva iuação, cla;sifieçÀo, o8anização, c@rdenação, controle, disciplina, Íscâlização e Presdiçào da
preencherá o branco da legislação federal, para afeiçoamento às pcculiâddâdes lo-
câis, suprimento de deÊciência ou de lacunas. A legislação concofie[te impede que Eslareccu, ái.dá, que as nômâs g@is ôão §clúem a legislâção êtaduâl, suPlcti!â @ comPle-
mertat e rditou, para oferecr conceituaçâo legal de comPeêndâ nâo dc6nide Pcla Constitui-
a legislação estadual transponha esse quadto de competênciâ, cujo coÍÍetivo suÍgirá §obre c!édito
çâo ledeful, gue sc eotende como legÀlâçâo estndual suPlêtivâ ou complcmenlâi
no primado da lei fecleÍâl, mesmo quândo flão expressâmenie enunciâdo. Â técnicâ público o plo.esso de desdobramc.to ou dê Preenchimeíto do quc foi Proislo oa legiskçno
da legislação concorrente do art. 6" da Constituição de 1946 úo impôe a legislação icdctal como notma geral, v,sando â estâbelecer disposiçôes de âPlicàçâo co.crcâ, 'a ro'ma
fedetal, para que surja â competênciâ estâduâl supletiva ou complementar. O texto prcs.rita t€lás Constituiçôes dos Esrâdos ouPeLâs Lqs Or8ânicás dosMuoicípios.
III ifftnuí. coo
delrou de reproduzir a explicitação contida no art. 5", § 3", dâ Constituição Fedcml -Proj€lo n.4.834 1954, quc o Código Tributário Naciooâl, Parâ detcrmioâr,
fuúdâme,rto noárr.5'. b, dâ Consútuição 2§ nolmas gerais de diieito t'ibuúrio âplicíveis â
XY
UÍião,aor Estâdos, ão DistÍito F.deml c aos Muni<íPros, sempniuí@ da lesPeciiva lês;slação
188 CÀV^LCANTI, Tcmkto.lês Bnnlão. Á Cinrnhiõo Fekral Can,níddd. 2. cà- P.io de lúcilo: complemcota! ou suPletirx (Diálio do Congiesso Nacionà1, SeçàoI, de 10 de junho de 1959' P'
Josó Koníno,1951, Í 1, p. 1ó6. ?7ÁÁ'i.].m S.d^ I â- 27.'tc m2r.^,1ê l0Á1 _ t9o\
ÀUTONOlulÁDO ESÍADO r,lo DIRE lÍO CONSTITUCIONAL BRÁSllElRo 407
ma fcsquisâ dos pr incipios tundamcnra
ir nâo enumerados e a Lmitaçào dos
constitucjonais cnumerados, assegurados nflncíD,os das lembranças do passâdo, parâ ilustrd as extraugâncias praticadas nos Primeiros
pelair"..."çà. t.d;;,;J;;;;:;;;:"" instântes dâ constiução fedemtiva. À experiência posteÍior aplacou os dissídios e
pensão do ato deciarâdo inconstitucionâtpelo
S"p*-. f.iu""i f.i.J,à"r"" a" desaconselhou a repetição do equír'oco, tornândo ioiustificável que se fossc "tirar
técnicâ de controle desencadeada
iudiciário pelo pro.uoao, C"rri à" o.pJfri.ã f,
das profundezâs em que foi sepultadâ a exptessão soberaniâ", como assinalou o De-
nl ftveLaçào antccipadaàc m"a* *p,"a",ia"
Il::::j,T:ccuto
LSraq.!iy/cmoro, cspccratmcnre nos "" ",i*ir"iu"
a" pú,.do AÍalibd Nagc;rd, nos tmbalhos da Comissão da Constituição."' Cuidava-sc
setores da discrimrnaçào dc rcndas,,jãs princíoros
da elaboração orçameotária, da autonomia de organizar a autonomia para "a defesa da Provínciâ" contra o esPírito unitaristâ,
do. M""dil, ;;;;;:;;;;;í."rr: consoaote observou o cínêtiro Professor Máia Carara a, eÍ,táo titn].aÍ da cátcdra de
Vinisrvrio Pú1.:lico. Funcionârro. púLtn os c ""
à J,.,,., d1,, Ê";ilr.--- Ditcito Constitucional da Faculda<le de Direito da Univetsidade de Minas Getais,
Á limitação da autooomia do Estado Membro
_ nào sc esgota nas regras oue reve- na justa apreciação que o Dep\tt^do ÁÍdliba Nogluein incorporou aos Anais da Cons-
lam, pteviamcnte, a matéria de sua orgaoizaçào.
rituinte de 1946.'"
natureza, como as de catár€r vedatório e os
pÍircrpios da ^;;:;,;];;.fl;"i;":,..
oÍganrzÂçà" pofitt". ._irf O constituinte estâduâl sentiu as limitâçôcs de sua tarefa, pot imPosição da técni-
e económicâ, delcrminam o rerrarmcnro dr
auronolni, ca frenadola de âutonomia c mais umâ vez rcgistrou a tendência do Dircito Público
 Constituição Federal de 1946 conferiu inegável "",i,ol Fedcral, agora em fase de consolidação. O Relator-Geml da Comissão Coflstitucioflal
destaque ao campo das normas
centÍeis e esse ispeco desperra os reparos
tlos qo. t"_"m p"to .le.tirro;; i;;;"- dâ Constituinte de Minas Gerais, D eputzào Taamào New]er rccditava os
tao. Jem rccusar 05 fundamentos desses reccios, e ja mostrarnos que ^ssemblóiâ
úlidos argumentos Milton Campos na ConstitDinte mifleiÍâ de 1935,P t^ foc líz^t
de
a Constituiçao
Fedctal deve guardar razoá\,el drsránci,
d«rto da perspectivadc
d, C,,n.iirr4a., ,o,rt. ,..1ã,,;;:",*;,", a constante entrc as duas épocas, nodominio dâ comprceosío limitâda da autonomia e
uma âJrreciâçào de cuo;.rn., .1,r" o i.*,o ,u;;;;;*r, anotar que a nova dimensão da Constituição Fcderal, notadamentc no "ievigoramento
.:11.,*]"Íio-s, .om possrbil,dÂdcs de aren;âr
a impressáo da maréria das cnergias municipais", o que louvava, contribuiu para o "sactifício de PreÍrogâtivâs
:[T_::]::
aDsorvenre. Lonsútutção não encJÍou a autonomia como e rzntagens de ordem política e econômica, â que se habituâre o F,stadd'.
Íormal, pata^cxercício da limitação notmaciva
obicto exclusivamente
previa. Mrnreuc ,é."r.; ;; ,;" Â autonomia constitucio[al do Estado-Men,bro eícootÍâva a matéria predileta
a evofuir no federalismo bmsileiro,
como a lcgislaçào .rr."rr;;;;;.;;;..;'" de sua atividade na organização dos podetes do Estâdo e nâ oÍganizaçào Políticâ e
convwio constitucional do prjnchio da cooperação,
que é dado do federalismo coo administrâtive dos Muoicípios, obs€rvadas as normas côÍrfiglrrâdas nâ Constituição
rcmporaneo. cooperaçâo encootm formas cxptessivas
de manifestação nâ técnica Federal. A Constituição Estâdual ttansforma esse duplo setor no campo fundameo-
^O,' t'oOrrude impostos federais, na rmplantaçjo de orçarnenros
1:,l.fr:urro resiu- tal dos podercs resetvados e se tctraiu nas demais áreas da matéria constitucionâl-
nârs rcderars. pera suprir rJe6ciéncras e corrigir
desequiríbrios de áreas
brasrlcira e no sistcma de acordo. intcrgovernamenrais.
d, f.d*";;" Á tcndência do federalismo brasileüo, consolidâdâ em 1946, fâ2 da Constituição
Estadual o instrumento poÍ €xcelência dâ oÍganizaçâo de podetcs, como foram, de
12 SEDTMENTAÇÃO DA AUTONOMIÂ modo geral, os textos clássicos do constituciooalismo liberal, quc exâurit,.m a tuefa
constituclonal na organização dos podercs e na Declaração de Direitos. A lei fuo-
 ruto organizaçao do lls{rdo Membro. sob o modelo damcntal do Estado-Mcmbro âbsorveu os temâs clássicos, €xcetuada a DcclaÉção
. fedcral de l14ó. Dhnô, dc Direitos, cnquanto a mâtériâ nova, de c^Íáter expansivo, concentra se nos dispo-
cronou o rca.amcnro dr auronom iâ. lntcrrompidâ
em 1937. O princípi" d" rrr;;i" sitivos originários da Constituição Fedetal, pata modelar a legisiaçâo nacionâl. O
sem discrcpância, nas disposiçôes prelÍnrnàres jas
:"|..:n.1*'"u",
Lsrâouars. tpvelândo. se, tccnjcamenrc, r
Constituicôes coostitucionalismo estadn l po:t-1946 apÍcsettou originalidadc no terreno da auto-
sedimenraç)o rJcancrda pelo principÍo no otganização do Estado-Membrc, não obstante âs conrenções a que Écou submetido.
Dirciro Púbüco csraduai. )" A .oberania tlo
Estado_Vcmbro recolir", .: Ê claro que o constituinte do Estado recolheu âs noÍmas de rePÍodução, apiicáveis a
";;;;;. essc setor, e se inclinou rnuitas vezcs pelâ imitação dc técnicâs utilizadas na organi-
lr0 CDnsrnu,çào Jos Ev,d,,\ dc Âbgo,s, dc 9 de lurhô de 1947 (arts. 1. e 4"),
do Ámazonâs- de 14
r"ca"r.dr8àt,ir.de2,l.âÂo"rodcr94_(,,r, l.:2;,;:,;;:,:;:,,
-deiu.hodelr4-,rís
d( iLnho de re4T k, ri. do ri\f,rnu sân,o. dê 2ã a","1i. r",ü,r),.,,. s:. jiiii".ã1,Í"1
Íl
Gtaode do Sul, de 8 de julho de 1947 (ârt. 1"), do Estzdo do Rio de]âoeno, de 20 de iunhô de
20 d. julhô d. lo47 ({,r. 1",. do ÀtaÉíhio, 1947 (arc l'), de Santa Câtann1, dc 23 de julho de 1947 (1!t. 1"), dc São Pàulo, d.9 dêiulhô
dc 28 d. dc l9a7 (;r,.
útho $. ;;,li;;,;:;
JcIIdriulhodcro4-.íi(. l").deMi asq.eai..Jcloa.i,rr,"l",ioi,*.,t;;;:j:", dc 1947 (âÍt. 1),deSergipê,de 1ódc iulhodc l9a7 (aÍt. I ), da Guanabâra, de 27 de maso dc
d.' iulhu dc 194_ (.,. 1.,. JÀ prarL,r. dc l t oê 1961 (ârt. 1").
ru ho ae trr'- raÍ.,". t. llt,, d. p;;;;. à;1,
d(julhodel9aTcr l"),Jcpernàmbuco,de25dcjutj@dcl9a7(.rr.,.,;"",;; 191 Dí,ilia da lÍ,Db|ítu, de 11 de abdl d€ 1946, p. 986.
rsôío dc le47 (a,,. r") dô Rio Crandr do No ;;;;;" 192 Düin dd ÁleDI'Aid, de 5 dc abril de 1946, p- 828.
e. dc 25 dc nov.mb;o dr t;;,;;. iü; *; 1o\ À,;. ). A «r'nbbi, a',nttt i,t, i. 1947. Relo HoÍizonte ImDrnsa OGcial. Í l. D. 416.
!!L RAUL lracHÁpo HoRÍÂ Esrapo No prRElTocoNsÍlTLJcl ___-_ 409
--
^lllgNoMrapo
z:rçio dos podcres da LIniào, por n:rrural intlu.irrcie suqcsrlonadon (io rr <rlclo supc pereccr, transcoridos trinta tlias r1o reccbimento (art. 53); ru«»iz<ru â irlstjruiçar),
ri(r. -*
origrollidr.lcs nc,n senlp,c sc atiicoxrim às crigôncirs (tlr trL,r,,v,lia, pr:il
1,rr lci. di, {lrxrsellro SupcrÍ,r dr -\fugistnLLrn (rrt. 121); rlLrlicoLr tÍ1u.lo 2u1ôn(,,r)
cipto ^s
sirlinrcnt.ulo no círnstirucionxlisml) estadurl. O intputs,; cxotbjtentc ecari:r,,1, r'lgãos dc cory:raçào rles ,rrn'nlades golcmâ,ncrrtris, corrprecndelclo o 'li ibu
- ,urs
;t dcÍlaer,rt-iio da ccnsrn jLrrliciiria. tccnicanrcnrt prcr isrr ra (ionsulnjçã(,
Ircdcrlt. n1l dr ( lont.s ( i) N{iristóno PiLbico (arts. 122 r 137); cstcnclcu a inr iolabilrrla,lc aos
Âs nr:rrrnas originris ilc auro ortaniz:rç:'ro crprimiram cslorço clc criação cors Ycrcador ts À,Íuoicrpais (art. 151, parágraio únicrf; aLriburLr à {iâmrra Nlunicrpal conr
tiruci.rnal c rcprcscnlxran) a fuga a uma r:rrci:L dc, sirnplcs rel,ro(lLrção ou irrir,rçao ;,erêlr:i:r para r.otar c r:cfirrmrr a l.ci ()rgânica do Município (rt. 1s4, 11) c criglirr c,
il:rs norrras lederais. A ongrnellltle nÀo sc manjles«rrr cxclrrsjrImcnre na meritr qtonu <le <lois ter<1ts t1c seus nrcirbros pâre rctlÍma di rcfcridx lci, prrscrvxn(lo I
consi itLrcx)nil, nres lxnrbérrl ne concr:pçio formal r1a (_onstir uiçrio. l tá ConstirLriçix s rigirlcz do tcxto. Â (irostituição d<, Itio (lrrnde ilo SuL rtr'cLru prerensôcs alónT rlr
cnr gur â prcocupaçio fblnel loso sc (lcsta.ou na r.crluinradr orcleruçào dos rínrLrs ,nxiariâ típjca. (lârninhou âré â Ordem li:onôm ica e Sociel, teper ind(, prircipjos Llx
c dos capitulos, acc,rrLrando os aslxcros r:stiricos da plásljcx consriru.ional. ()Lrtfus (ir;lrstitu!ção lcclcral, rn,1s acrcsccntou , egrxs prrirprhs, cle carátcr ptogr mrático, pari
(lcnríirLriçôcs. rodrvir. dcjxrran-sc rJoninar por c(r11) cclicismo inspirar o intctlcncrorJsnro do (ir»crno Ircal. l)ai rs disposiçôrs (onslituciollais
e sr cncol|(rxnr.
nrs crtct](;rizaçr-rcs rla nratériâ c()nsriru( irrrxl, .; cluc roncorreu para dtr impressiro rlc rluc r(:coriclrdâvam a trlbutaçào especi^l ou â tlesaptopriação, prrr o conlbatc à pr)
errtcsqulnharrr:nto rirr tarcla rlo crnstitLrntc_ pri«1adr irqrroclutiva c a iuÍa distribujçào dr propriedacle, p:rr,r grraniir o âccsso à
Às ( ixrsritLr icôcs dx 1llrz, dc 2 ltc xgosr o dc tgtj,doRn)Gn"thlo.1i{rlc8rJc ju tcrra c à prodL:ção ao rnâior nirmcl,) dc hftílias (x,t. 1r4, §§ 1" c 2").
1hoL1e1|)1,.,cÀlCtnnalarz,t1c27dLm:rrçodc1961.r1cIlo;rsrrelarnr1 A (-onsrituição rlo lr,starlo da Guubara. át 27 rle matco dc 19ó1, tccricamenrc
o ct)nsti.ninrc csrlduâl sc dr:irou xrgar sob o yrcso do n,ortcto tedo at, acL:,tando unr;r l:cm conccbnh, dcstacou a prescnça dc aprcciár'cl volLurtc dc nolnrs originais nr
xtiru(lc puÍrnrentr p.lssiva dc rcpruluçào. À (i,nsritujcio dr Uay'ra, no rc:to cit:rdr,. scção dcclicnda ao Ccnsctho dx NÍâ-qjsrrârurâ (art. 15); no títuk) dx Organizrçào Ii
prer.ru a dir rsio ili, lisrrdo cm rrgiões, par a tins .r.LDiÍüsrrâr;\ .)s (rÍr. 2"); con(tjcjo nanccirr c ,,\dminist ntir-r (.rrt. 40 a 51); nos capítuJos dr 1ilucrção c tiu)tuta (art. 54
nerr a n,nncâÇ,i.r e o xccsso âo r:arso dc I )cscrrt,arg;rd,x do Tr ibrrnal dr: lrrstiça, bcnr r 63), da S:rúr1e e ,\ssisrancjà Sociâl (xns. 64 a 68).
.,,io â nor)lcaçi(, (l(.luizcs r1c Direlro, r) rprolrçio cto t1;rlcr l,csislati\-o (arrs.5,1 r  compcr:ência do constitujflte cstr(luxl nito l>oclcria cr-itlcntcnrcnrc t Lanspor as 1i
59); da!2:rtl Iuiz de l,az c(rnperan.iâ
lixrâ con.itj,rr rs pa es quc, csllr:lnlxneaÍn(nrc. rnitxçôcs guc clccoÍriam da Constituição Jicrlcrrl c â tócrica (lc 194() csravr aqrLrerlr
rc«)Írcsscrr ro luíro (rrr. (,i, lll), r emcncle corrsrituci(nal podcrn ser p«,posrr rm cilcicntcs djspositivos dc frc,rxç.lo- O 1c\lo matriz da autonorria cstarlual inrpu
mcdi;rntc ini.iâtl\â dc yinrc ClDrarls 1\,Íunicryris (rl. 26); :i Âsscnütiir Legislrtivr. nhr, ricsdc logo, a obscrr'ância dos princípi,rs esrabclcciclos na Constituição fettcral
p(,Í lnlcÍrna.li(, do ?rrzzz csprcial, c:rbcria rincLrlar â r leência d1 tr. ntrÀa t<t reftnLt (urt. 13) c a ncccssária pesquÀa desscs princifios, quc sr achavanr or Constituição.
/;zr poprrJrr, tle rlcancc errrphr, rm rodo o I + rrl, ,, , ,u ,lc :, m1 rr,, pJ r.rr), r,rs rulruür h;n.íPia é p^1^\Í^ güe encetra a noçà,r r1c prcccltos fundanrcntars, clcnrcÍrtos prcdo
c Drunrc4)ios xn crcssados (xft. 26, 5"); (tap, ,s soi:r. , , r r: sr: rrc n r, .tr tn, ,rtt.,, trs n,inrntcs t proposjcircs primcitzs. () princíf1() coflstirrlcionâl é, f(,r süâ rlxrürcza,
§
csta(luxis, qu1lr(lo sc crndirlatessem a cereos clcrivos estedueis ou municipais (;rrr. rL:grl dotrctr dcssas cârâctcÍísticâs, o quc conÍertc o t(]xto.ia Constituiçâo, 11o scu
83,(§1",2'el');dcdlcou:rprcciár,cldcscnvol\,imenrox()srítulosr(lacion;rtloscorna « o, crn objeto tlctcrminx| qltÀis sào os Ii,slcr
r1c pesquisa para ftitl'lh! cr/.tbt/t),:t.lai.
Admioistraçào l,ú1,lic,r (aits. 74, 92) c ,r Orgxlização ,\Íunicipal (rrts. 93 a 106), per;r não esgotam nos ptincípos consúnrcionais cfiurllcrâdos.
se as normxs quc
inclur nessa úlrirre o crpíLulo r!a Coopi:ração e (_oordcnaçio dos Serr icos M";tci ^brangcm
sc relerem, por antcciprçÀo, ao orctenrmento do F.stxdo N4c,nbro (discÍinrineçào dc
pais (:r ts 1{)0I 106). .oDpctêDcias c dc rendâs, auroÍromjâ nlunicjpal, r'ed ações, J ustiça clos F.s1âdos, 7fd,
r\ Grrrsrituicào Llct Río Ottnle tr.9/, dx I (tc julho de 1947, ttistrjbuiu a corn t petcorrem os princípios fundarncntais cla ordcm politica (tbrrna tepuLlicana, rcgi-
pctürclâ do Poder l-eeislativo csrrdual, prrrurando prccnchl la r:om arribuições me democútico, direitos frLntlamentais, sistemr tcpr c scntarir.o), cla Iotmi dc l-,st^do.
,,r,. 1,,'.n.. d,,r.r . rrr.,l,.!j.l,r\,,..srL,al,r.{.,, r,,,Íu,,r dr ordem s<.,ciel, rcurômica e administrativa. Esscs princípios esr:rl,elecidos saio dc
ç:rmenti, des aute,ipi:rs esrecluais (âr. ,15, VIj); o pronuncixnrrlrrl) n,cr.amcnrc opj obsenância indeclinávcl pelos I-stacios, seja para a<L,tá k,s, repÍoduzindo os, scjx
nrtir o sobrc as prr:rpostas rlc Clrpréstilnos trtcrnos clos ltLrflicípios c scu pr-rstcrior ',..,J -. f, r'., 1.. 1,r :L.r,rc:oJcrr,.,'ll, i.J
tnca:rinLamcnro ao Senerlo Ircclcrrl (art. 15, \1 I); a ;rrrorizaçÀo dc ptcLiscitos para ()s
fnldfu)Í ddb,.kída.r nào abrangern a totelidadc das rcgrrs constituciolais, ncnr
crixç,ro, incorp,,mção, subdir.isão ou cles1ncnrb].amcírio dc Àllrnicípios (irr.45, XII sc resiringcJr ao canpo dos princípios constitLrcionris enumcredos, cuje nrobser
c \ I ll). A iniciativa drs leis liri t,rnrbóm crnfiricta às Câmaras N,tunici»:ris c ao et.i r,ância podc motr.ar intcÍl.cnçào fcdcràl ou (leterminar cleclaraçno dc ir)crxlstiiucio
torarir, o tlualpocLcria ercrcô la nr ria rle rnoção ar-ricul:rria r subsctita, n,:, minirlr,, rrelideric, com clispcnsa da interrenr:io, se a decisão jud.iciária lirt su6cicntc, para.
prrr circo mil clcirores O,t. 56); âbr§rolr (, proccsso lcgisirrivo, par.a os fic(ljantc suspcflsào do ?to âcoi â.1o, rcstxbclccer e rormelirlfulc no l,lsrrd(). À lâ
floicros scnl
luroNoN ADo ESTAOO NO DtREtÍOCONSÍtÍt C|ONAL ARASTLÉ|RO 411

rlual e nacional. ()s Estados MembÍos dâ Fcderação norte âmericâna detêm, todavi-,
Pote: de Miunda.rk
volumôsâ compctência legislatirz e podcm opor embâraços prclongedos âo êxito dâ
 contcnção dâ âutonomia do Estado-Membro não decore, exclusivamcnte,
da lcgislação federal. Â discriminação râciâI é exemplo clucidativo dessâs Íesistências. A
soma dos princípios cstâbelecidos e dos princípios constjtucionâis
enr-.odo.. En competêrcia es(aduâI, no domínio eleitoml, pcÍmitiu, nos Estados do Sul, a exclusão
coÍrtrâ outro instrrmento frenâdôr n, récnica de âtÍibuições dos poderes
dos, por intermédio da qual o texto dâ Consdruição Ftdetal amiliou
rescrva rlo negro da eleição primária, que se tÍansformoi n
pbilelirrlary.
os podercs Á competência cstâdual, em matâia de educrção, fâvoreceu a discriminação ra-
enumerados até âs fÍonteiras movediçâs dos podcrcs implícitos. ó. p.rd.rcs
r.."r- cial, inclusive d.a. tegÍ^ leParate b t êqkdl, adÍntttÍkt em acórdão da Suprcma
vados prcssupi:em a cxâustão dos poderes cnumcrados, pâra seu regular ^tr^\tés
cxercÍcio,
em fâse ulrerjor. As Coostituições de 1891 c clc 1934 ou;rgâvam âo: Cotte, no caso l>lery V Ferykrottte formando ptecedente observado dumnte meio
Estâclos todo
c qualquet pr>der ou direito, que Ihes não fossc negado cxplícita século, patâ rcccber rer.jsão em 1954, no câso Bra»a et. al. u Boatl oJErlacatian,les gue
ou implicitanrcntc
por c1áusula exprcssâ dâqucles textos.  CÀÍt:t de 1937 aboiiu a referência a declâÍou â irlcompatibilidade da segrcgação nas escolâs públices côm âs Íegms do /rc
cláusuln
exPressâ, o que autorizava supor alimitação advinda da cláusula fnus aí lap e dÀ eq,tal ?rotectía'l oí h4 enunc;aàas na 14' Emendâ à Constituição,
expressa ou da cláu_
sulâ implícitâ, indiferentemenre. Os Estados-Mcml:ros da federaÉo brâsileira oão possuem competênciâ tão amplâ
 Corrstituição de 1946 Írão restâb€leceu os rcx«ls dc lg91 e de 1934 q sem embar- quânto â dos Estados norte americanos.Já ânalisarnos o processo de ampuraÉo legislâ-
go da redação divetsa, aproximou-se da técnica de 1937, admitindo o alârgamcnro tiva a que fotam submctidos, a partir da Constituido F-ederal dc 1934. À aúr,rdade legisla-
do
principio limirador (art. 1 8, par.ágrafo prnneiro). Dssc ertcndimento ercon;â abono tiva mfreu retiuçôes no tempo, por forçâ dâ satura{o do orcleoamento iurídico da União
n,r
et egese clc 'leniÍkdet Branüo Caaaltant.1e5 tts limitaçõcs ao Estado_À,Íembro c a pletora das lcis não ofcrcce o mclhü cíterio para aferir o r'alor da legislação
repcrcu_
tem na atividâdc dc âuto orgânjzaçào constituci()nâl c na atividâdc legislativa, Os dados da realidade indicam que a atividrde legislaüva esradual reduziu-se con-
quc for_
mam o contcúdo material da autonomia. Os cfeitos das limitaçôes sobre a autánomia siderâvelmentc c csse rettaimento fez com quc ela ingressâsse em fâse âssinaladapclo
legislativa sâcr visÍvcis no Íetrâimenro do lcgisl^dor csmduâl._.Já sc âssinâlou predomínio da matétiâ acessóri e secundáriâ, quc deprime o ordenamento âutôno-
a prcscnÇâ
dcsse fenômeno no feclemlismo flotte ame;ica n<:. Àn,tré Tani e Sqanne mo pcla vulgaridadc dos temas legislati\,os. Promove,ros o levantâneflto estatístico
forr*' ,.gr"tin
raft apeÍda de substârcia do legislârivo esrâdual nortc-americano, â partir da pÃeira de emeotário das leis do Estado de Minas Gerâis, nos peÍíodos de 1958, 1959, 19(11
Guerra Mundjal, em virtude da crescente legislaçâo fcderâl sobre matériâ interesta- c 7962, pata vcrifrcar o comportamento legislâtivo do Estaclo N{embro. Os dâdos
estâtísticos do período examinado demonstraÍam o alcânce da perdâ de substância
,94 "Qu,ndo, oo art. da legislação estadual e o corelativo pimado da mâtériâ acessóia, conclusõcs quc
18, a C@stituiçào de 1946 diz quc.,câdâ Esmdo k r.geiÁ pcla Constiruiçâo
e pcle, lc,s que àdorâr, ohsúados ôs pooc,pio\ esrabch(idos n.í, Lo;r,u;cào-. se proietam Íros índices a seguit referidos.
r,n Dl;o.
Pios -são classe de Ícgms juídi@s, e que sâo subctassr os priocíFos dr qur rq;a o dt ?", vtr,  sessão legisfativa de 1958 ptoà»iu ll0 leis e, desse total,26 (23,630/.) fotam
velbis "âsscgurâr â observâncja dos següinrcs princípioí'. Há mârs plin ipios constitucándr,
oo smrido do a!r. 18, do que âqDeles que, inobs€rhdos, dâo eísej;à in;frêoçâo leis de autorizaçâo, Íevigot:rmento e abettura dc créditos especiais e suplementarcs,
fêde.at nos
Estados, c há mdis rcgras constitucionais do guc rquclis quc témpôr 29 Q6,36yo) coÂccdiâm iseÍrção do imposto dc tt t\sÍ issão inter ytuar, e 2l (19,90ô
eÂuúcràdoras de princjoios
con$iruciomis, ío sentido do àrr. 18,. (PONTES DE t itLl.nott. Co.naao, , c,i,tir,i,)o
,n
declaravam â Lrtilidnle púbtica de diversas entidades. A sessão legislâtiva de /r,t9
t946.3. cà. Rio de J^neno: BoÍsoi, 1960, t. 2, p. 367,3ó8). eiaboron 163 leis, seodo 57 (37,29yo), de declàrâçào dc utiljdade pública, 19 (11,6570)
195 "fIá no texk, atuâI, que é reproduçâo de um pÍincipio cnconüado nâ
Constituição Âm€ricarâ de autorização para abertuiâ ou ÍevigoÍâmento dc ciédito especiâl,17 (11,a2o§ de
e nas nosâs dc 1891 (a!t.65, n.2) e 1934 (âÍ.7",IV), uma nova
rcdação que âhpljade mujro a isenção do imposto de tÍ r)sÍissão in/er riraÍ e 39 (23,93yo) rclativâs à encampÀção
aplic.çio dos precehos fedúais. Enqüróto que as atrtcriores citàda $ poibi,m o exercício
dc de estradas e colégios. A sessão lcgislativa dc /9ól \,otou 296 leis, sendo 62 Q0,94rô
podercs impliciros oú qpfcitos qu fosse vedado por <táusula expiessa
de Cdstiruiçãô Fedcrat,
ã hnitâ-s. r sê retcri{ âos podercs que ..implÍcirâ ou eÍpticitrmedtê oào lÀes si,m v€d.dos para abcftura € rcvigorrmento de créditos, 59 (19,937o) de declaração de urilidade
"tual
poÍ esra Coosrituiçâo". públicâ, 29 (9J9ol0 sobre isen{o do imposto d c tr^nsrniss^o inilr viot e 18 (67o) so-
O piin ipio, poÍtaíto, nâo precisa esraÍ expresso, não prccisâ .onstar dc .láu$ta úpressa! bre denominação a estabelecimentos de ensino e fóruns. -A sessão legislativa de 1962
m,s
podc decorier dr torúâ de coyú.o ê do rcgim€ esi^bet.cido pela CGútuiça",:
C-ANTI, Tcmktocles Bnná^o. A Cô, itzkda Fdêrat b»e,h,t.. No de
lClVAl-
laneno;]".é K."6oo, 197 Plessy v. fc.gu$oo, 163 U.S. s37; 16 Sup. Ct. 1.138, 4l l-. Ild. 1s6 (1896) I.: TRESOLINI,
1951, r 1,p.276).
196 TUNC, Rocco. Ámcricro Constitutional I-aw- Ne§ y,xk: Mrc Millán, 1959, p 518 522.
TU NC ,Sn7,anne- L. .aütit,tiallrNt d4 Í::.tdh UniJ dAfuir;qle. 1. palis: Donar
^ndréj 1954, p. j15.
Montchicsricn, 'J',ànê 198 BÍown ct al l'. Uoâld of l]duc,rion. 347 U. S. 483; 74 Suf. (i. 693: 98 I-. Ed. 59l 0954).In,'1nli-
412 RÁUL IÚ,ACHAOO I]ORTA ÀúÍo oMta Do EsÍaDo No piREtÍo coNsTtTUctoNAL BRÁsttEtRo 4í3

elâboro-u 178 leis, sendo 50 (28yo) para âbeÍtura ou revigorâmenro de créditos Á Constituição FedeÍâl aproximou-se da Coalit i@o'lrlr/ À autoooÍnia constitu-
cspe-
ciais,39 (21,9170 de declâração de utilidade públicâ, e 30 (16,850/0 de denominacào cional do Estado red\rziu se ao excrcício passivo das normas de reprodução, atrâvés
â estâbelccimentos dc ensino, fóruns e outras repartições cstaduais. do proccsso mecânico de transplantação para â Coostituição do Estado dâs regÍâs
prcexistentes nâ CoÍstituição liedcral. O ordenamento autônomo toÍnou-se, cm
,3 AUTONOMIA NA CONSTITUIçÀO FEDERÂL DE I967 gúflde parte! ordcnâmerto deril'ado, com sacrifício do poder de auto-organizaçào
clo Estâdo. C) câráter derivado da Coflstituição do Estâdo licou explicitado na regra
Na vigôncia da Constituição de 1946 foram promulgadas vinre e uma Emeodâs que impunhâ âos Estaáos a nfoma de suas Coostituiçôes, dentÍo dc pÍâzo prede-
Consritucionais e êlitador guat"ÍJ Âtos Institucionais, a partit de nove de abril terminâdo, pâm âdâpálas às oormas da Constituição Fcdcral, sob z cominâção dâ
de
1964. As emcndas alteraram profundamentc o texro orginário, como incorporâção automáticâ dessas noÍmas consútucionâis fcderais, se ultrapassado o
se deu nos
casos das Encntlar r
/Q de 9 de novembro de 1964, âlargando os câsos de desâpro- ptlzo d^
^d^ptz.@o
(art. l9E. A Enenda Coirttuàonal a. /, dc 1969, que sucedeu a
pdação da propriedadc, pâra Êns dâ rcform a agrátia, n. /g, dc 2ó ttc nor,.embrà novâs frxturas decorrentes dc dezessete Âtos Institucionais, abandonou a cerimônin
de
1965, resporrsável pela implantâção do oo..o ribotárjo r,âc;onal Os AÍa.t airda obscrvada na Constituição dc 1967, pâÍâ dispensar reforma ou adaptação pelos
Irrritucianair, oriündos da decisão monocrática do "iste-,
piesiclente da Repúb)ica, ultrapas- IJstados c impor como decisão autoritária do podeÍ cenrÍal, hcaryora$o àirela dds
^
sâfam â nor,'»atjvidâde constitucionÂl c o sistema de contÍole dos
órgãos estâtâis, sob
li:posições ncla contidas direito cantil ci,l,tal bgí:kdo dar Ertdda§ (^Ít.200).
^o
a invocação fática de exeÍcício ào poder ca r/i//.tide reaoluialáia.

À- plutalitlade de Iimendas, que comprometiam a unidarle da Constituição, 14 REORGANTZAçÃO DO FEDERÁLISMO E ÂUTONOMTA NÁ


_ eo
desfiguramento das instituições pela emissão dos Âtos Instituciooais, q,re se coNsTrTU rçÃo FEDERAL DE 1988
sobr.-
punham- à l.ci Fundamental do País, impuserâm a elaborâção de nova
Constitui@<_r,
dentro de processo singulâr e sob o cohando dâs normâs âu(olitárias rlo Áto ins- A Co,ttlihtüão Fcdetul de /988 promoveu a reconstrução do federâljsmo brâsjleiro,
titucionàl n. 4, de 7 de dczembro de 1966. Convocado extraoÍLlioariamente, o CoD- estabelecendo â relâção entre a FcdeÍação e os pÍiflcípios e rcgrasque individuâlizâm
gresso NâcionÀl recebcu a incumbência de elâbomr a nova Constituição,
pâÍrindo cssa forma de Estado Âo cooiunto dâs formas políticas. Esse processo de reconstrlr-
do Projeto dc ftnstiruição, prcpataclo pelo poder Executiyo, obseru^jo. o. ..trito" ção cnvolvcu o âbandono do modek> 6xado n a Canttituição Federaldc 1967 e taEnenda
prazos Exados ío ,Ato Insritucional n. 4, de modo que a promulgação da ». /, de 1969, as quais, sob a inspiração do âutoÍitâÍismo político, coocentraÍam na
Consritui_
ção se Ezessc no dia 24 dejanin de 196l ccmro efetivamcnte ocorteu. União a sedc praticameflte exclusiva da legislação c dos rccuÍsos tributâios, rele-
Á organizaçâo federal, concebidr no texto quc resukou da atividadc constituinrc gando Estados c Municípios a sitr-raçio de meros caudatários da União. rclações
deivada do Congesso Nacional, suicirâ à limitâçôes impostas ao seu exercício, de subordinação adquiritam predominância no fedeÍalismo constitucion^sl ác í967
refletru a tcndência centalizâdora quc concentrou oa União os grandes poderes c'1969 e esse período, que perduÍou âté a ptomulgação da Constituição de 1988,
legislâtivos c os dilâtâdos recufios ttibutários, duâs câracterÍsticâ; dominantes Êssinâlou â crise mâis profunda do fcdcralismo biâsileiÍo, a qual só encofltÍa cotres-
do
fedemlismo ccntÍípeto implântâdo ía Constituição de 1967. Deu-sc o ieúâimento pondência no petíodo àe rgência da Cana de íA de nowabro de l9)l gluar,do a con-
da aatou»ia dos Estados, temâ secundário na Coistituição, e a conseqúe11te cepção fedeÍâl se viu substituída pcla estrutura unitátia do tisrado, sob o comando
exâcer-
baçâo dos podetcs da Uniâo. Basta pcrcorrer o euncrado dos podeni entnerado: inconttastável do Ptesidente da República, a,llaàdalx r pftt a d0 EÍtada (^fi.73).
da
União, abrangcndo os dezessetc incisos e as vintc nove letras Jo art_ g" da Constr O constituinte de 1988 teve a consciência da mle doJeleralitno c se cmper,ho.J oz
tuição Federal, pârâ \'erificar a grandeza dos poderes federais e o esvaziamento rctomada dos fundamentos deÊnidorcs do Estado Federal. ll ncsse retomo às fontcs
dos
lodere! lerefla/toJ dos Estados_ E como se nâo basrasse a enumcração exaustir,,a dâ republicanas do federalismo constitucional que reside a relevâotc tarefa de rennslmção
competêocjâ fcdcral, anulando antecipadâmenre o domínio dos poderes estaduais, io Jedcalbno, mértto inegáyel dâ Constituição de 1988. llssâ târefâ de recorsúução c
a ConstituiÇão ciÍcundou o poder clc auto-ôrgânização constitucio[al dos de reti6caçâo não se limitou a repot o edifício demolido nâ sua ârquitetura ântelior.
Estados
(ârt. 13) de minuciosâs limitações, quc impunham a obsetvância compulsória de Projetou-se além da edificâção recofstruida, para introduzi, Ío]rôs fundamentos c
nr,l-
merosâ mâtéÍiâ originxriamente disciplinada na Coastituição Fccicral,coÍno modernizar o fedcÍâlismo constitucional brasileiro.
o bracer-
n legirlaÍ;ua, a claboraia aryafte táia c
f,rahcêitu, as nomas ntati,at aos/r,nàonànor;ibtno!, Entre os novos fundamentos, sobressai a singular inclusão do Município entre os
<:s aons printípiot da intervenção federal (Anrtitrição tte 1962, art. 1},lll, rta*,i. c: a:lr.. cntes 9u€ compõem â ffiião indirolirel da República Federativa, no artigo iniciâl da
li,IIi, tV c V). (:onstituicão (a!t. 1"). Essa eminência do Ir{unicíoio não disoõe de correspondência
414 RAULMÂCHÀDO HORIA AUIONOI{ IÁ OO ESTADO NO D IREIÍO CONSTITUCIONÂL BRAS]LEIRO 41 5

oxs xnrrriorcs Cc»rstirrrlçôcs lii:dcreis LJrrsilcirrs,lelr tâo pouco


nâs ConstÍuicóci ul/eÍizlt aü 5", § 3'), /916 (,lt. () c.1ró7 (Àrt.
ú"o/!"te lffdas Crinstituiçircs dc /rJ4 (rrt.
Ir«iu;ris dos trtados Ihjdos, cto Ní:-no, Atgrnritu, Ihtp:/a, ,,úÍú,,
/t/ü//ttthd,
cdkt tl',, XVII, § 2),abriu xos I'itâ(los â possjbilidxde de legisler sobrc diri:nt, ec, 'n, urr .,,,
dá, lxàa, \aígt e Arctri/ia À inotrçào da (instir:uiçào
actclo da etteçãc, .rgc"rion, <irrcito urbarísrico, protcçrio do mcio'ambicnte c controle dc poluicào, ptocc.lilnent) eor
dffa do nrx,rmrnro lnunicipaliva, qur rorrpcLr o querlro d:r lógica coÍíiruciofl:ii
c mâtórir proccssluâ1, cri,rção, fullcir-'nanrcnto e pr occsso .lo ,Lrizxdo dc Pcquro:rs cxusxs,
eriglu o tr'Íunicipio autônomo cm cornpoocnrc da Rcpúblicx Fe;icrârir.a.
A asccnsâo cducação, culturr c ensiff), âlóm d,: outros âssufltos, cm dominio cm quc a lc-gish5 r, '
do r\lLrnicqrio clesf.ru rs .tn tigâs ,cscÍvas quc se opurham às
rclxçõcs (lireús c,l« â Itdcral sc csgor:r nas m»wj .qetni:, ctbaÁo ao ll.stado excrccr a lcgislâç:o dc «ÍnPlc
União e o i\tu,,icipir, por co.silrrá lo ..assunro da inlimidâ(lc (lomósricx,,(lo
Lsta nrcntaçào ou, na ausôncia da lci fcdcral de norrnas gcrais, cxpcdir as rromras pritlári.,',
do, conro assirrelou aJt!/tu N ut,lr' cxponrlo a ckrurrioa do
lccteralisnro ctássico cle confornrc nrccenisrnr csrebclccido na (-onstiruiçào tirlerel (att. 24, §§ 1" a 4').
1891. Â «.rnuçao do Ícdcrelsmo constitucional brasilci;.o,
a panir d;ls ConMirLl;Çôes
dc l9l1 t /t$, Á<ljc..!,, rlo\ios rumos, arrar.és cla prrigrcssllle dilarâção Cerrcelendo a solu§:ão ccnrrxlizâdon àa Cur.rtitnt4o dc 196i c d.r I:mnt n. l, lt
dâs nornus Í9ó9, 't Lonstittiçãc.t <lc 1988 licuira aos llstados â jnstituiça)cs dc r(qret núfllú/itu ,
cunsI;tücronxjs fedtrats no ânrbito c1a autononia r"ont.tp"t,
pr." icicnrificrr o seu atttntraúr rtauj t »titz»z.qràr, p:rre atc'nrlcr tunçõcs pirblicas ctc intercssc comttm. À
contcúdo, atriburr rcccit.rs próprias c incluir o Municípnr;o
mecanisrno .ompc,rsr
tórlr) dâ Icp.1rtiçÀo da rcccilâ iidcrÀl. inclusào rlesscs rcnus n,l conlpctêncir dos y'rl,r-i ,.rr/7rl4r xos Ilstados, âiaÍ,rndo dtss:r
nli\,id,rdc e Llnjão Fcdcr2l, lalorccc o dcscnr-olr.imcnro do n.Eattalino nts ( 't.r,tsttLLri
an r/nt;ço lc /938 n<:tál.:lttzotL a reperrição clas cr»npctôrci:rs da
^
Lstrdos,
Uniâo, <los çõcs csirrluxis, mcdixnte â prc\'isÀo dc a,Ígãos, scrvicos, ua(lxdcs e atrilniçôcs dc níkl
do l)istriro F'cderal c rios NIunicíp«;s. À reprrtiçãi cic conrp.rl,,.i,,"
rrctropoliteno ( reliiofirl. l)rcsrigixmlo a dcsccnrralização nornrative, conscctário,lr
para identiÍicxr as tcndências do Icdcrarismo constitlrc()r1ir. porrc ".;".
tralizâç:io, c()m sâcrjfÍcio da rufunorria, como pode sc conrcrrer
ser a serrc cia ccr. .lcscotr.liz'rção polÍlice, r Ccxrsl itui(:io dc 1938 iral:r,tr<tu o Toltr lt a o.r.ttrti<tial.
nrL pcça tlc fottalt,
cimento dâ xur()n()mi1l. llmirpio.,nttúLrr,tlo l\c a clxbo,eçxo (h ,i,dzra. À dccisiu, do constituintc lcclcrrl
rctoü,r no Plaro mais clcvrdo c Consr tLrç.r,.1.'lt.pul,lic,s,lLçJ,,,,rrqrr.oi.rrrcnte
No n t, d. Ju./zkn)k",ra é guc inllctiu o fcclctaljsmo constitLrcjonal cle 1988. \/ol conlc1llpladr lu (ixlstiruição do Rio Cirn(]c (lo Sul, rlc 14 dc iulhi, clc 181)1 tút. 6'+).
p:* rs fontcs c.rntcmpor,incas rto fctlcratismo curopeu, cryccialmcntc o
Y":1".::
áa Li lin,lomt/al dt Bazz, a Constiruiçio r,igrnre (livcrsiílcou Nr linha de recrxrsrrucão do fecieralismo, através ch r*ificaçào dc croiritlnins
a repril+,. a...,r,
petanchs, pâr:l .ljsrribui I:r nos dorrturtx de comperêncjx corrpromeredoras <le seLrs prnrcipios, dcvc scr inclnído o rctÍxirrlcflto tlLrt sc cl:u mr
grÉl dr ú,,i(, (xt. 21, I x clnpo regLrlar<'rtio da intetr-rnção fcclcrrl (rtts. 34, 35 c 36), Pxrx lin teÍ os casr)s
XXV);.corrpctêrcir lcgist^tiv^ ?rodton á^ ( lfliã(, (aft. 22, I a XXtX);
.(»nfetência permissiros (an. I a Yt) e condensrr cn maiiicstaçôcs rcl'JÀntes <,s lt;,l,ún.Í t,rn/
ronnn daLtntão, &:sÍ1.srados, do Distrito Iredcral e clos Municípux
(iÍt. 23, I a Xll, ,n?i/rzl suscetí\,cis dc defese peh inten'enção fccleral (art. 31, vll). O constih,in,.
P-.r,.iqriÍ, , u riLúr, e r , ,r',f,crén, r:, de lLgi\txçã () tunúffütu (1r,IJiiã(,, (tos Esr,(i(x c .to
l)r.ll ' ,li.]r r.r' .r..,t. I XVI.\-l-"4 af: srrn sc do casuísm< ) c\t'c\si\o .1^ aanit"i(no ú 1967 c tlt F,nentu ,. /. ( ) iosl iiur L,
<l,r feLleral expernrentou visívcl ttansfirrrneçãrr nr cvr,luçio corr:tiLr
interlençio
A comperônci^ .lx lcgistrçrio y'rlzrrd d" l.tnião autoriza o ingrcs«r
do Esrxdo ncs ci<>nalbtasjlcjra. () nnrinro de inrencnção norrrâtir? não irrycdiu o mártnttr de
sc ca nrpo, nrcd ian tc lci corrplemcn ra r federa I qLre rclenti
Êca rá qnzâa zpcctJnat, ptra
inrcrtmção rcal na ligôncia rla (irnstiruiçãct de 1891. O márlmo de inrerrer\ ',,
consritlrir oblcro de drsdobÍâmirrô nr L,i e.n t d/
brt. 22, pxt:iera fo rtn;crj. Á c'om normâtiva nào cotrespondcu ao rrirxjm<,, de jnlerlenÇão 1c,tl- (Jutrot ilrstÍumennrs
pcÍilcia ca//xt/t, qüt rcgula a atir.idadc administr:rtira rlas pcs«ras juÍí,ti.rs;o
to Pi,lrlico inte,.,r.,, prc..,t hi ünÍ)/,r/te,t/o deÍ1L1ido a tia coopcr;rcào
Dlrci_ íotan mobilizados nos pcrnxl<,s d() autotitarlsm() polí1ico, conr dispcnse cla intct
enrrc â llnjão, os Icnçiio n()rnr?tl\x que a (ionstituicio irlealizou.
F,strr1t», o l)istrito trcdcral r os Nfunicipios, com o oi,jctivá dc essegurar o equiJiújnr
do destnvok,imcnto c o bcm estar nacional (art.23, parágtafi A org:rnizaçào iuridica ctos Ilstados (stri frurdecla oa (ioostitLrição c nrs ltis por
úni.r)..r,, A:6r;.
tàtcte t\c lqqir/t1àr trncnrr,:rrr, quc ultr.tpâssou âs d-*".A* i.ltrrf,t* j" clcs adotailas, obsen.ados os principr<,s da tlorstituicio F-cderâl (trt.251. {)s Vuhret
cr,_p.*ê,i., txü1nlt1 pÍlrci»o clássico do fcdcralisno consiituci(nrl, Promanârn das colipc-
rôncias não vcdad,ls âos Ilstados Qrt. 25, § 1"). À interlençio dr thixo .(,s listrd(,s,
199 NUNES. Casrro. 1], t-l,dú Fedútuta e d a,Zani?Oa tu,,íci?al. Ilta de
lanetal Leire Rjbeiio ê quc confgura limneção da conpetôncia autônonrí, íicou aclnritida cm cas()s cxrrc'
Mâurito,1920, p. 103.
200 Notâ dc Atualizzção: À E,,enda Constih,.iônel n. 5312006 n:os perr colrigir conrlLua lcsn'r ro cquilíbrio ilclcratiro (.rrt. 3'1, t a \', a c b, \'I, \'II,
alieiou aftdaçno do pdágràÍo ú,i
co do ârtigo 23, pàra dispor: a-d),l"r ri:proiluzin<lo nrodrlidrdes já consegtattas no l)ircito Cotrsr ir u cr.rn âl Ícplt-
'Los [email protected] liurào normâ. pâtu 2 cooperação enúe à U.iào, os Estâdos. o
r (d. ir c os \4.,n.,a:o.. endo,.n \
Distiro
o cJ, irjb,iô do d.
irr L-to n-c o.,r
ra
"nto. rn, r. r do t,.n.-e.,"i ..,- 201 Nota de Àtualizâção: lnciso VIl, alíneâs 'â' 'e'- ne daçõo dada pela Emendd Cokstituc io al n
Llicano. À nr;r'idailc tcsidc nrL inrerlenção prrr^ lifti/o! itt ?utoa lntntu (t rr.
^ss.gvrú
3,1, Vl t, lr, i clui(ios nos 1,)r.rlr! rotúiluiatr1i, t1,:. rcrn:indogir qLrc nãí) c,r(1r)ttj
cotrcsprrrrclircia rigorosa no tlcnco dos rlilr'lat agnt /À.rtl ///olrtÍ. A al nti.çtnqi,t
pil.'/i,t ttctbu nornes c pflncípios co11ruts. .rplicárcis ac;s Poilcres t]r tlnião. dos
I-rtlaç, rlo Disttito Pedcrrl c clos r\lurricípios, emplirntlo sc o contcúdo r]:rs norrnas
ccntrais da (icnsrinrição, com rcdução de cotrl)elôncin âulônonrr, srrbnrct rrle ao co
,rrxDdo dc norrus rlc rcprc,clrrção. -\largou sc â autonor»ja nrrrrn:rtirr dos llsrados
corr scu ingrcsso na lqnkção ãjnlrft/t,:. qnx âl)rângc vohrmc razoávcl dc Irarórie
legislaLira (rrt. 24, I a XVI), p.rra ser objetr., dc lcaislaçào leictL tlc nnral.qtail
ltgislação cstaciLral vplrzz.r/r4 q'rando prccxistir lci tctlcral r legislrcão tsttdul phna,
se nrexistir lei ledernl, oLsen.adas a-. regr.rs cliÍ iplinr(loÍis dx lcgislxçto .on(r,1cnrc
(ert.2a, §§ 1",2" c 3'). Iclll riu se ,1 hip(]tcsc dc L'gishçào rsteclLLal sobre 4rrarrat,
41y'à.', incluí.Iâs nâs mxrérixs dx.onlperêrrci.r lcrisletira priraLiva da Lliio, sc lLl
complcmenLar aLr«,riz,Lr r rrspecLila lcgislação cstarlual (xrl. 22, pârágrxro único).
A orgenizrçÀo rleJustiçâ dos lisrx{l()s e a dcfiniçào.lâ comfcrêrciâ dos'lijbunrris
fomrn enttcgurs à Constituiçào.io Ilstlr.io, oL,sctleclos os prim ipios <1i (lorsrjiu iç:io
lrerlerel (e*. 125, § 1).r!l
() fcdcrxlis r constituci.)n,tl r](: 19lttl exptimc ullu tcadônci,r de equilíbrlr rr
rribuiçio dc podcres c «,ipctaflcias à Ljniio c aos listaclos. r\hstou sc rl.rs solLr
çôcs ccnrralizadoras dc 1967 t rctomou, ronr rneis r-igor, srilucircs guc clcspr»rteram
ra Ornstituiçào ,:k: 19,16, para ofctcccr rnecanismos conrpcnsatr-rrios, cnr r:ondições
rlc asscgutar o cr»\,íio cnrrc os podcrcs necirxrais lctler;ris d:r llni:nr c os podcres
cstaduais autiruor»os rlas unidadcs fcrlcradas. Às bases do tidcralisnvr c1c ecluiliirtio
cstiro lençades nx (-r)1lstituicaro dc 19i3tl.

202 Notâ de Àtuâli,âção: Árt1go 12s, redrçãô alteÍàda pela F-medâ Constjtucion at t 45/2O04 pata
in.l,,ir.in.ô n,,i-.âr^. /(c 10.^ 70\

Você também pode gostar