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Guarda-Municcipal - Apostila

O documento apresenta uma apostila para o concurso da Guarda Civil Municipal de Niterói, abordando temas como Direito Constitucional, Direito Administrativo, e legislação específica relacionada à segurança pública e administração municipal. Inclui também conteúdos sobre a língua portuguesa e conhecimentos sobre o município de Niterói. O material é uma amostra gratuita e pode ser adquirido na plataforma indicada.

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Guarda Civil Municipal de Niterói

GCM NITERÓI-RJ
Guarda Municipal

NV-016NB-24-PREF-NITEROI-GUARDA-MUN

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SUMÁRIO

DIREITO CONSTITUCIONAL..........................................................................................11
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (ARTS 1º AO 4º
DA CF/88) ............................................................................................................................................ 11

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ARTS 5° A 16 DA CF/88)........................................... 14

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS.........................................................................................14

DIREITOS SOCIAIS.............................................................................................................................................34

NACIONALIDADE...............................................................................................................................................42

DIREITOS POLÍTICOS .......................................................................................................................................44

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (ARTS. 18 E 19; ARTS. 20 A 24; ARTS. 25


A 28; ARTS. 29 A 31 DA CF/88).......................................................................................................... 47

DA UNIÃO...........................................................................................................................................................48

DOS ESTADOS FEDERADOS..............................................................................................................................51

DOS MUNICÍPIOS...............................................................................................................................................52

NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AO SERVIDOR


PÚBLICO (ARTS 37 A 41 DA CF/88).................................................................................................. 58

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART 37 DA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL)...........................................................................................................................................................58

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DE NATUREZA ÉTICA: MORALIDADE, IMPESSOALIDADE,


PROBIDADE, MOTIVAÇÃO E PUBLICIDADE (ART 77 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO)................................................................................................................................. 71

ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (ARTS 44 A 135 DA CF/88)........................................................... 78

DA SEGURANÇA PÚBLICA (ART 144).............................................................................................135

DIREITO ADMINISTRATIVO......................................................................................... 141


ATOS ADMINISTRATIVOS................................................................................................................141

CONCEITO, FORMAÇÃO E EFEITOS................................................................................................................141

ELEMENTOS E MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO.....................................................................................141

CARACTERÍSTICAS.........................................................................................................................................145

CLASSIFICAÇÃO..............................................................................................................................................146

ESPÉCIES.........................................................................................................................................................148

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EXTINÇÃO, INVALIDAÇÃO E REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS...............................................149

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO...............................................................................................149

PODERES E DEVERES DOS ADMINISTRADORES...........................................................................152

USO E ABUSO DE PODER................................................................................................................................152

PODER HIERÁRQUICO ....................................................................................................................................153

PODER DISCIPLINAR.......................................................................................................................................154

PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA: CONCEITO E COMPETÊNCIA........................................................154

PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E DELEGADO.............................................................................................155

Fundamentos.................................................................................................................................................. 155
Finalidade........................................................................................................................................................ 155
Atuação da Administração............................................................................................................................. 156
Limites............................................................................................................................................................. 156
Características................................................................................................................................................ 156
Legitimidade e Sanções................................................................................................................................. 156
Responsabilidade Administrativa e Criminal................................................................................................ 156

RESPONSABILIDADE CIVIL: DIREITO BRASILEIRO.......................................................................157

APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA.........................................................................................158

REPARAÇÃO DO DANO E DIREITO DE REGRESSO.........................................................................................159

AGENTES PÚBLICOS........................................................................................................................159

NORMAS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICAS CONCERNENTES AOS SERVIDORES PÚBLICOS................159

Servidores Públicos........................................................................................................................................ 160


Empregado Público........................................................................................................................... 160

REGIMES JURÍDICOS FUNCIONAIS...............................................................................................................161

Acumulação de Cargos e Funções................................................................................................................ 161


Acessibilidade, Estabilidade e Remuneração............................................................................................... 161
Direitos e Deveres dos Servidores Públicos.................................................................................................. 163
Responsabilidades dos Servidores Públicos................................................................................................ 163

CONCURSO PÚBLICO......................................................................................................................................164

PODER DISCIPLINAR ADMINISTRATIVO DOS SERVIDORES PÚBLICOS....................................................165

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA — LIA (LEI FEDERAL Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE


1992) E SUAS ALTERAÇÕES (REDAÇÃO DADA PELA LEI 14.230, DE 2021)...............................165

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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE....................................................... 185
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
(ARTS. 98 A 101)...............................................................................................................................185

DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


(ARTS. 103 A 109).............................................................................................................................188

DAS GARANTIAS PROCESSUAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


(ARTS. 110 E 111).............................................................................................................................189

DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


(ARTS. 112 A 128).............................................................................................................................190

DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


(ARTS. 225 A 258).............................................................................................................................193

ESTATUTO GERAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS............................................... 205


LEI Nº 13.022, DE 8 DE AGOSTO DE 2014.......................................................................................205

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO BRASILEIRA............................................................ 215


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI FEDERAL Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO
DE 1997).............................................................................................................................................215

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL............................................................................................ 257


LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI, DE 4 DE ABRIL DE 1990.........................................257

ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 531, DE 18 DE


JANEIRO DE 1985.............................................................................................................................263

ESTATUTO DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 2.838, DE 30


DE MAIO DE 2011..............................................................................................................................271

PLANO DE CARREIRA, CARGOS E REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA GUARDA CIVIL


MUNICIPAL DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 3.077, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2014...............290

REGIME ADICIONAL DE SERVIÇO (RAS) PARA PROFISSIONAIS DA GUARDA CIVIL


MUNICIPAL DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 3.028, DE 12 DE ABRIL DE 2013........................299

USO E COMERCIALIZAÇÃO DE CEROL E DE LINHA CHILENA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI


— LEI MUNICIPAL Nº 3.074, DE 27 DE JANEIRO DE 2014.............................................................301

CÓDIGO MUNICIPAL AMBIENTAL DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 2.602, DE 14 DE


OUTUBRO DE 2008............................................................................................................................301

CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE NITERÓI — LEI MUNICIPAL Nº 2.624, DE 29


DE DEZEMBRO DE 2008....................................................................................................................331

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ROTINAS PARA O CONTROLE DE CONDUTAS QUE OCASIONEM PERTURBAÇÃO DO
SOSSEGO E DO BEM-ESTAR PÚBLICO POR EMISSÃO DE SOM DE QUALQUER
NATUREZA — DECRETO MUNICIPAL Nº 11.542, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013.......................339

PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE NITERÓI


— LEI Nº 3.048 DE 18 DE OUTUBRO DE 2013.................................................................................339

LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................. 347


LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS VARIADOS.....................................................................347

MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO....................................................................................349

NARRATIVO......................................................................................................................................................349

DESCRITIVO.....................................................................................................................................................350

EXPOSITIVO.....................................................................................................................................................351

INJUNTIVO.......................................................................................................................................................352

ARGUMENTATIVO E DISSERTATIVO..............................................................................................................353

GÊNEROS DO DISCURSO..................................................................................................................353

DEFINIÇÃO, RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS BÁSICOS.....................................................................353

COESÃO E COERÊNCIA: MECANISMOS, EFEITOS DE SENTIDO NO TEXTO...............................354

RELAÇÃO ENTRE AS PARTES DO TEXTO.......................................................................................358

CAUSA E CONSEQUÊNCIA..............................................................................................................................358

COMPARAÇÃO.................................................................................................................................................358

CONCLUSÃO....................................................................................................................................................358

EXEMPLIFICAÇÃO...........................................................................................................................................358

GENERALIZAÇÃO............................................................................................................................................359

PARTICULARIZAÇÃO......................................................................................................................................359

CONECTIVOS: CLASSIFICAÇÃO, USO, EFEITOS DE SENTIDO......................................................359

FUNÇÕES E CLASSES DE PALAVRAS.............................................................................................359

FLEXÃO NOMINAL...........................................................................................................................................360

PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO.........................................................366

VERBOS: PESSOA, NÚMERO, TEMPO E MODO..............................................................................................370

FLEXÃO VERBAL..............................................................................................................................................371

VOZES VERBAIS..............................................................................................................................................374

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TRANSITIVIDADE VERBAL E NOMINAL.........................................................................................379

ESTRUTURA, CLASSIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.....................................................380

SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES.....................................................................................................384

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO...............................................................................................390

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL......................................................................................................393

FIGURAS DE LINGUAGEM................................................................................................................395

FUNÇÕES DA LINGUAGEM...............................................................................................................398

SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS............................................................398

ACENTUAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRAFIA.......................................................................................400

PONTUAÇÃO: REGRAS E EFEITOS DE SENTIDO............................................................................402

RECURSOS GRÁFICOS: REGRAS, EFEITOS DE SENTIDO..............................................................................402

CRASE................................................................................................................................................405

CONHECIMENTOS DO MUNICÍPIO DE NITERÓI............................................... 419


HISTÓRICO E FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA: DA FUNDAÇÃO DA ALDEIA (1691)
AOS DIAS ATUAIS.............................................................................................................................419

INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS.............................................................................................420

DEMOGRAFIA E TERRITÓRIO.........................................................................................................................420

DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE NITERÓI.........................................................................................420

ECONOMIA MUNICIPAL — PIB........................................................................................................................421

Estabelecimentos por Porte e Setor.............................................................................................................. 421


Potencial de Consumo................................................................................................................................... 421

INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS.......................................................................................................421

POPULAÇÃO (COMPOSIÇÃO, CARACTERÍSTICAS, DENSIDADE DEMOGRÁFICA)....................................421

PREFEITURA (PODER EXECUTIVO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, AS SECRETARIAS


MUNICIPAIS E AUTARQUIAS).........................................................................................................................421

EDUCAÇÃO: FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO...................................................................................422

Matrículas........................................................................................................................................................ 422
Docentes.......................................................................................................................................................... 422
Registro Escolar.............................................................................................................................................. 422

CADASTRO CENTRAL DE EMPRESAS...........................................................................................................422

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REGISTRO CIVIL..............................................................................................................................................423

FINANÇAS PÚBLICAS.....................................................................................................................................423

FROTA...............................................................................................................................................................423

MORBIDADE HOSPITALAR.............................................................................................................................423

CRIMINALIDADE..............................................................................................................................................424

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Portanto, atos administrativos são ações pratica-
das pela Administração Pública com objetivo de exer-
cer suas funções e cumprir suas atribuições; pode-se
dizer que é uma espécie do gênero atos da administra-

DIREITO ção. Vejamos a diferença entre eles:

ADMINISTRATIVO z Atos da administração: toda manifestação da


Administração, compreendendo os atos de direito
privado, os atos materiais, os atos normativos, os
atos de opinião/conhecimento/juízo/valor, os atos
políticos e os atos administrativos;
ATOS ADMINISTRATIVOS z Ato administrativo: manifestação unilateral da
Administração Pública com objetivo de atingir
CONCEITO, FORMAÇÃO E EFEITOS o interesse público por meio de efeitos jurídicos.
Esse conceito deve ser entendido como a atuação
Tudo que praticamos em nossas vidas pode ser con- da Administração Pública, a qual, por meio de seu
siderado como um ato. Mas, para o direito, os atos são poder de império, impõe-se perante o particular.
aqueles capazes de motivar efeitos jurídicos. E, assim
como as pessoas na vida privada, a Administração Públi- Vejamos o esquema a seguir:
ca também pratica atos, os quais possuem potencial de
produzir efeitos jurídicos diversos. ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Vejamos, primeiramente, o conceito de fato jurídico,
Atos de Direito Privado
para que possamos melhor entender o conceito de ato
administrativo. Fato jurídico em sentido amplo é todo e Atos Materiais
qualquer acontecimento, de causa humana ou natural, Atos Normativos
que tenha consequências jurídicas. Em sentido estrito Atos de opinião/conhecimento/juízo/valor
será todo e qualquer acontecimento natural que tenha
Atos Políticos
consequências jurídicas. O fato jurídico em sentido estri-
to é espécie do fato jurídico em sentido amplo. Atos Administrativos
Da mesma forma, os atos jurídicos também são
espécies do gênero fatos jurídicos. Podemos entender Importante frisar o caráter infralegal dos atos
o ato jurídico como uma manifestação unilateral rele- administrativos, pois imprescindível é a submissão da
vante para o mundo jurídico. Como espécie do gênero
Administração Pública, seus agentes e órgãos à sobe-
ato jurídico, temos os atos administrativos.
rania popular.
Por meio dos atos administrativos é que a Admi-
nistração Pública atinge os efeitos jurídicos relaciona-
dos aos diversos interesses públicos que intenta, de
acordo com cada situação.
Importante!
É imprescindível que o ato administrativo este-
Fato Jurídico ja previsto em lei, e seu conteúdo não pode ser
FATO JURÍDICO
(Sentido Estrito) contrário a ela (contra legem), mas deve com-
(Sentido Amplo) plementá-la, apresentando, então, uma confor-
Ato midade (secundum legem).
Ato Jurídico
Administrativo

ELEMENTOS E MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO


Assim, pode-se dizer que o ato administrativo é
uma espécie de ato jurídico praticado pela Adminis- Os requisitos ou elementos dos atos administrati-
tração Pública. Vejamos o conceito dado pelo doutri- vos são assuntos com imensa divergência doutrinária.
nador Hely Lopes Meirelles (2016): A maioria dos concursos públicos ainda adota a con-
cepção mais clássica dos requisitos dos atos adminis-
Ato administrativo é toda manifestação unilateral trativos e, por isso, daremos maior destaque a ela.
DIREITO ADMINISTRATIVO

da administração pública, que agindo nessa quali-


De modo geral, a corrente clássica, defendida por
dade, tenha por fim imediato, adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direito, ou
autores como Hely Lopes Meirelles, tende a dispor
impor obrigações aos administrados ou a si própria. cinco requisitos dos atos administrativos para a sua
formação, utilizando como inspiração o preceito legal
Já Celso Antônio Bandeira de Mello (2010) concei- disposto no art. 2º, da Lei nº 4.717, de 1965:
tua os atos administrativos de forma mais abrangente:
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio
Declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes das entidades mencionadas no artigo anterior, nos
— como, por exemplo, um concessionário de servi- casos de:
ço público), no exercício de prerrogativas públicas, a) incompetência;
manifestada mediante providências jurídicas com- b) vício de forma;
plementares da lei a título de lhe dar cumprimen- c) ilegalidade do objeto;
to, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão d) inexistência dos motivos;
jurisdicional. e) desvio de finalidade. 141
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Sendo assim, são cinco os requisitos ou elemen- Alguns atos, então, não podem ser delegados a
tos do ato administrativo: competência, finalidade, outras autoridades, principalmente se tais atos são de
forma, motivo e objeto. Quando ocorre a ausência ou competência exclusiva do agente público.
algum tipo de vício sobre um deles, pode-se ter até No entanto, a lei permite a delegação e a avocação.
mesmo a nulidade total do ato. Esta sempre ocorrerá no contexto hierárquico entre
Atenção! Para auxiliar na memorização dos requi- os órgãos envolvidos, o que não se impõe ao instituto
sitos/elementos dos atos administrativos, lembre-se da delegação, que poderá ocorrer entre órgãos sem
do mnemônico CO-FI-FO-M-OB: subordinação hierárquica.

Competência Dica
Finalidade
Forma Algo que tem sido extremamente abordado em
Motivo prova diz respeito às competências indelegá-
Objeto veis — competência exclusiva, atos normativos
e recursos administrativos. A fim de memorizá-
Diante disso, cumpre analisarmos, a seguir, cada -las, lembre-se do mnemônico CE-NO-RA:
um deles. Competência Exclusiva
Atos Normativos
Competência Recursos Administrativos

É o conjunto de atribuições de determinado agente Em relação à avocação, somente será vedada quan-
público, entidade ou órgão. Para que haja o respeito to às competências exclusivas do órgão subordinado.
a esse requisito, é necessário que a autoridade que Ademais, cumpre salientar que deverá se dar apenas
pratica o ato esteja respaldada por atos normativos, de forma excepcional, devidamente justificada e de
ainda que infralegais. forma temporária.
Competência diz respeito à capacidade do agente Vejamos agora alguns vícios que podem recair
público para o exercício dos atos administrativos. sobre o requisito competência.
É requisito de validade, haja vista que, no direito Inicialmente temos o usurpador de função. Neste
administrativo, a lei é a responsável por estabelecer as caso, uma pessoa passa-se por agente público, exer-
competências atribuídas a seus agentes para o desem- cendo suas atribuições sem ter qualquer ligação com
penho de suas funções. Quando o agente atua fora dos a Administração Pública. Aqui não há possibilidade
limites da lei, diz-se que cometeu ato nulo por excesso de convalidação do ato (conserto, correção), pois ele
de poder. É, por isso, sempre um ato vinculado. é inexistente. Tal conduta é crime previsto no art. 328,
Desta forma, a competência possui certas caracte- do Código Penal. Exemplo: pessoa finge-se de fiscal
rísticas próprias, a saber: obrigatória, intransferível, para extorquir e aplica multa.
irrenunciável, imodificável, imprescritível e impror- Em seguida, temos o excesso de poder, que ocorre
rogável. Veremos de modo mais específico cada uma quando a autoridade competente pratica um ato até
delas a seguir: previsto no ordenamento jurídico, mas fora de suas
atribuições. Tal ato é passível de convalidação, des-
z obrigatória, porque representa um dever do de que seja realizado pela autoridade que teria com-
agente público; petência para praticar o ato inicialmente. Exemplo:
z intransferível, o que significa que, de modo geral, superior hierárquico aplica pena de suspensão de 20
a competência é um quesito personalíssimo, não dias, quando a lei permitia a aplicação de até 15 por
pode ser transferido para terceiros; ele, sendo competente outra autoridade para a aplica-
z irrenunciável, porque o agente público não pode ção de 20 dias.
abrir mão de sua competência; Finalmente, temos a função de fato. Neste caso,
z imodificável, o que significa que a competência, temos o exercício de um cargo público, por exemplo,
uma vez estabelecida, não pode sofrer alterações por um empossado irregular. Imaginemos que João
posteriores; prestou concurso para um cargo que possui como
z imprescritível, porque a competência perdura ao requisito o ensino superior; contudo, quando da apre-
longo do tempo, ela não caduca; sentação dos documentos, não apresentou o certifica-
z improrrogável, o que significa dizer que se é com- do de conclusão de ensino superior, detalhe este que
petente hoje, continuará sendo sempre, exceto por passou despercebido pelos responsáveis. Posterior-
previsão legal expressa em sentido contrário. mente, o vício é identificado e João deixa de ocupar o
cargo. Assim, os atos praticados enquanto João exer-
No entanto, essas características não vedam a pos- cia a função pública deverão ser considerados válidos,
sibilidade de delegação, quando prevista em lei. Por desde que tenha havido boa-fé dos terceiros interes-
isso, pode-se dizer também que a delegabilidade é sados, conforme teoria da aparência de legalidade, a
outra característica da competência. qual prevê, por exemplo, que não há como o terceiro
Porém, atente ao disposto no art. 13, da Lei nº interessado ser prejudicado pela irregularidade do
9.784, de 1999: agente se, a priori, não sabia sobre tal fato.
Atenção! Somente praticam atos administrativos
Art. 13 Não podem ser objeto de delegação: os órgãos públicos aos quais foi atribuída tal função.
I - a edição de atos de caráter normativo; Os atos administrativos praticados por quem não pos-
II - a decisão de recursos administrativos; sua competência são considerados inválidos.
III - as matérias de competência exclusiva do órgão
142 ou autoridade
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Finalidade Assim, trata-se de ato vinculado, quando exigido
por lei, e discricionário, quando a sua escolha couber
Pode-se dizer que a finalidade é o objetivo que o ao próprio agente público.
ato busca alcançar, é o seu propósito. De forma geral, Em regra, os atos administrativos são sempre exte-
todo ato administrativo tem como finalidade satisfa- riorizados por escrito, mas podem também ser orais,
zer o interesse público, contudo, cada um deles terá gestuais ou até mesmo expedidos por máquinas. O art.
também uma finalidade específica. 22, da Lei nº 9.784, de 1999, determina que:
Em outras palavras, a finalidade é o objetivo a ser
Art. 22 Os atos do processo administrativo não
almejado pela prática daquele ato administrativo. Em dependem de forma determinada senão quando a
muitos casos, o objetivo almejado é a proteção do inte- lei expressamente a exigir.
resse público. Sempre que o ato for praticado tendo
em vista o interesse alheio, será nulo por desvio de Em caso de equívoco ao exteriorizar determinado
finalidade. ato administrativo, o vício, geralmente, é sanável. Con-
Por exemplo: o trancamento de um estabelecimen- tudo, o desrespeito à forma do ato acarreta sua nulidade.
to, após constatação de falta de cuidados higiênicos De forma geral, pode-se dizer que enquanto no
com os alimentos, visa à proteção da vida e da saúde direito privado a regra é pela liberdade da forma, no
dos cidadãos que frequentam aquele local. Pode-se direito público a liberdade é exceção. Os atos adminis-
afirmar, de modo geral, que a finalidade de um ato trativos devem seguir o formato que lhes é preestabe-
administrativo sempre será a proteção dos direitos e lecido por lei. Um exemplo são os concursos públicos,
garantias fundamentais da pessoa humana. estabelecidos por um ato administrativo que informa
No entanto, de acordo com o contexto aplicável, sobre o certame: o edital.
teremos uma finalidade específica àquele ato pratica- Motivo
do. Diante disso temos dois conceitos: finalidade geral
(mediata) e finalidade específica (imediata). Agora vamos ao requisito motivo, que correspon-
de aos fundamentos de fato e de direito que respaldam
z Finalidade geral (mediata): satisfação do interes- a execução do ato administrativo; em outras palavras,
se público; é a justificativa para que tenha sido realizado o ato.
z Finalidade específica (imediata): alcance do Vamos entender melhor isso.
resultado específico esperado para o ato. Em outras palavras, temos que o motivo é a cir-
cunstância de fato ou de direito que determina ou
O vício que recai sobre finalidade não poderá ser autoriza a prática do ato, isto é, a situação fática que
convalidado. Aqui temos duas hipóteses, que vão justifica a realização do ato.
seguir a linha dos conceitos de finalidade colocados Aqui temos duas definições passíveis de serem
acima. cobradas em prova.
Podemos ter como base o exemplo clássico de um
z Motivo de direito: a previsão em lei de hipótese
servidor que, ao cometer uma infração, é punido com que irá permitir a execução do ato;
a remoção para um local que possui déficit daque- z Motivo de fato: a ocorrência da hipótese prevista
le tipo de servidor. Vejamos alguns pontos para que em lei no mundo real.
possamos identificar a finalidade geral e a finalidade
específica. Para o melhor entendimento, é interessante um
É sabido que a Administração Pública, pelo prin- exercício de imaginação. Imagine-se diante do espe-
cípio da indisponibilidade do interesse público, não lho. A sua imagem é uma projeção abstrata, enquanto
admite o cometimento de infrações e, sendo elas você é real. Assim são os motivos de fato e de direito.
cometidas, deverão ser punidas. Ao punir o servidor, Eles são como o corpo e a imagem. Para que o ato pos-
a finalidade geral foi atendida, já que considerou o sa ser praticado, você deve ter tanto a ocorrência na
interesse público. Contudo, a finalidade específica realidade como a sua previsão abstrata em lei.
que embasaria a remoção pelo motivo de carência O motivo pode ser tanto requisito vinculado como
daquele tipo de servidor foi violada, já que o ato foi discricionário, dependendo do comando legal impos-
realizado com o intuito de penalizar o agente, pos- to aos agentes. Assim, o motivo será vinculado quando
suindo, assim, desvio de finalidade. a lei expressamente obrigar o agente a agir de um cer-
to modo, como na hipótese de lançamento tributário
(o fiscal da receita não tem direito de escolha, se deve
Forma
ou não fazer o lançamento).
DIREITO ADMINISTRATIVO

Situação diversa é a do pedido de demissão de ser-


A forma é o modo pelo qual o ato administrativo é
vidor público no caso de incontinência pública (inciso
exteriorizado; trata-se, portanto, do seu revestimento.
V, art. 132, da Lei nº 8.112, de 1990), hipótese em que
Ressalta-se que como os atos administrativos devem a autoridade competente tem maior liberdade para
obedecer estritamente às disposições legais, estão avaliar se a demissão é realmente ato necessário ou
submetidos, em regra, ao princípio da solenidade. não, dependendo do caso concreto.
Embora haja predominância da escrita, é permi- Temos agora uma informação com a qual você deve ter
tida a prática de atos administrativos por meio de muito cuidado: não confunda motivo com motivação.
gestos, palavras, sinais ou imagens. Como exemplos, A motivação é o próprio ato de exposição do moti-
temos o guarda de trânsito, que emite gestos, a fim de vo. Para ficar mais clara a diferença entre motivo e
controlar o fluxo de automóveis em determinada via, motivação, tenha em mente que o motivo é um acon-
ou o semáforo, que indica, por meio de imagem, quan- tecimento no mundo de algo que a legislação prevê,
do o condutor deve prosseguir e quando deve parar, enquanto a motivação é a exposição do fato, relacio-
entre outros. nando-o à previsão legal no próprio papel. 143
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Ademais, tem-se que o motivo é elemento de formação, sendo, portanto, obrigatório estar presente em todos
os atos. Já a motivação não necessita ser sempre observada, contudo é obrigatória sua observância e, se não cum-
prida, resulta em vício de forma.

MOTIVO MOTIVAÇÃO

� Não é elemento de formação


� Elemento de formação
� Deve ser observada em regra, mas há atos que a
� Deve ser observado em todos os atos
dispensam
� Caso não observado, resulta vício de motivo
� Caso não observada, resulta vício de forma

Vejamos agora o que traz a Lei nº 9.784, de 1999, sobre a motivação de atos administrativos.

Lei nº 9.784, de 1999


Art. 50 Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e rela-
tórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

Há a possibilidade da motivação de um ato administrativo por meio da referência a outro ato ou processo. É o
que a doutrina chama de motivação aliunde, que significa “a outro lugar”.
Finalmente, é importante que se conheça a Teoria dos Motivos Determinantes, bastante cobrada em provas.
Segundo ela, se os motivos apontados no ato administrativo forem inválidos, também o será o ato administrativo
praticado, mesmo que a motivação tenha se dado de forma desnecessária.
É o caso de exoneração de ocupante de cargo em comissão. A lei prevê que, para esse tipo de exoneração, não
é necessária a motivação, sendo de livre nomeação e exoneração. Contudo, caso a autoridade exonere o ocupante
com fundamento (motivação) em falta de verba e isso não seja verificado, a exoneração torna-se nula, devido à
referida teoria.

Objeto

Por fim, temos o objeto do ato administrativo, que será o próprio conteúdo do ato, seu efeito jurídico, a alte-
ração que ele causa. Pode ser confundido com a finalidade, porém esta possui efeito mediato, enquanto o objeto
possui efeito imediato.
Todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concer-
nentes a pessoas, bens ou atividades sujeitas ao exercício do poder público. É por meio dele que a administração:

z exerce seu poder;


z concede um benefício;
z aplica uma sanção;
z declara sua vontade;
z estabelece um direito do administrado etc.

O objeto pode não estar previsto expressamente na legislação, cabendo ao agente competente a opção que seja
mais oportuna e conveniente ao interesse público. A definição de objeto do ato administrativo trata-se, por isso,
de ato discricionário.
Assim, todo ato administrativo, para ser formado, precisa necessariamente seguir os cinco elementos elenca-
dos anteriormente: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. O descumprimento de qualquer um desses
requisitos, via de regra, pode desencadear a nulidade do ato.
O vício no elemento objeto é insanável.
O motivo e o objeto são os elementos que constituem o mérito administrativo, que é a margem de escolha e
valoração por parte do agente competente.
O mérito administrativo também pode ser citado pelo examinador por meio do termo discricionariedade.
Nada mais é do que outra forma de se referir à margem de escolha que o agente competente tem diante de um
ato administrativo discricionário.
Por fim, ressalta-se a importantíssima informação quanto à vinculação e discricionariedade dos elementos do
ato administrativo, classificação que se estende aos requisitos. A competência, a finalidade e a forma possuem
somente natureza vinculada. Já o motivo e o objeto podem ter tanto natureza vinculada quanto discricionária, a
144 critério da lei. A fim de memorizar isso, atente às informações dispostas na tabela a seguir:
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COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA MOTIVO OBJETO

Elemento vinculado Elemento vinculado


Elemento vinculado Elemento vinculado Elemento vinculado
ou discricionário ou discricionário
sanável, em regra insanável sanável, em regra
insanável insanável

Atenção! Para lembrar os requisitos do ato administrativo, utilize o mnemônico COFIFOMOB.


Recapitulando o exposto até aqui, vejamos o seguinte exemplo. Imaginemos que João, servidor público, faltou
por mais de 30 dias seguidos. Assim, a autoridade competente (competência), visando atender ao interesse públi-
co (finalidade geral), devido ao acontecido e conforme previsão legal (motivo), demiti-lo (finalidade específica),
mediante publicação de portaria (forma). Após a expedição da exoneração (objeto), João não poderá voltar a
exercer aquela função pública.
Atenção! Sujeito, requisitos procedimentais e causa são os requisitos vinculados, enquanto o motivo, a fina-
lidade e a formalização são requisitos discricionários.

CARACTERÍSTICAS

Atributos são as características dos atos administrativos que os distinguem dos demais atos jurídicos, pois
estão submetidos ao regime jurídico administrativo. Essas características traduzem em prerrogativas concedidas
à administração pública para que ela possa atender de maneira adequada às necessidades da população.
Os atos administrativos possuem características fundamentais para que possam atingir os fins a que se pro-
põem. São elas: presunção de veracidade e de legitimidade, autoexecutoriedade, tipicidade e imperatividade.
Para auxiliar na memorização de todos os atributos/características, tenha em mente o mnemônico PATI:

Presunção de veracidade e de legitimidade


Autoexecutoriedade
Tipicidade
Imperatividade

Ademais, outra dica que pode auxiliar é o fato de que os atributos iniciados por consoante estão presentes em
todos os atos administrativos.
Veremos cada um desses atributos de modo mais específico a seguir.

Presunção de Legitimidade e Veracidade

Os atos administrativos gozam de presunção de veracidade e de legitimidade; todo ato administrativo é tido
como válido e produz efeitos jurídicos, até que se prove o contrário. Em termos simples, significa que as informa-
ções trazidas pelos atos administrativos deverão ser tidas como verdadeiras (veracidade) e conforme a lei (legiti-
midade) até que haja prova em contrário. Uma vez praticado o ato administrativo, ocorre a inversão do ônus da
prova (em regra), cabendo ao particular provar eventual impropriedade que ele contenha.
Se, pelo princípio da legalidade, ao administrador só cabe fazer o que a lei permite, então, presume-se que o
fez respeitando a lei.
Nosso direito admite duas formas de presunção:

z presunção juris et de jure, que significa “de direito e por direito”; é presunção absoluta, que não admite prova
em contrário;
z presunção juris tantum, resultante do próprio direito e, embora por ele estabelecida como verdadeira, admi-
te prova em contrário.

Atenção! A presunção relativa, que estudamos neste momento, é também conhecida como presunção juris
tantum. Em sentido oposto, a presunção absoluta, não aplicável neste tema, é também conhecida como presunção
jure et de jure.
Portanto, a presunção atinge todos os atos, inclusive aqueles praticados pela administração com base no
direito privado. Qualquer que seja o ato praticado pela Administração Pública, será presumidamente legítimo e
DIREITO ADMINISTRATIVO

verdadeiro.

Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade é a característica dos atos administrativos que confere à Administração Pública a capa-
cidade de executar diretamente seus atos independentemente de recorrer a qualquer outro poder.
Os atos administrativos são unilaterais, ou seja, são praticados por uma única parte, sendo esta a Administra-
ção Pública. Em outras palavras, eles criam obrigações, direitos ou efeitos jurídicos para terceiros sem a necessi-
dade de acordo ou consentimento desses.
De forma similar à imperatividade, nem sempre estará presente nos atos administrativos.
A expressão “auto” advém do fato de que o poder público não necessita de autorização judicial para desconsti-
tuir a situação irregular e violadora da ordem jurídica, o que a difere da exigibilidade, que não tem o condão de,
por si só, desconstituir a irregularidade do ato, apenas pune o infrator. Para tanto, necessita da presença de dois
requisitos: a previsão legal, como nos casos de poder de polícia, e o caráter de urgência, a fim de preservar o
interesse coletivo. 145
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