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Apostila de Bibliologia

O documento aborda a bibliologia, enfatizando a importância da Bíblia como uma coleção harmônica de 66 livros inspirados, escrita por cerca de 40 autores ao longo de 1600 anos. Ele discute a canonização, a utilização da Bíblia, suas tipologias, idiomas originais, versões, e a influência histórica e cultural das Escrituras. O texto também menciona aspectos como a interpretação, a divisão em capítulos e versículos, e a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.

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“Procura apresentar-te a Deus

aprovada, como obreira que não tem


de que se envergonhar, que maneja
bem a palavra da verdade.” 2Tm 2.15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

BIBLIOLOGIA – A Doutrina das Escrituras

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 02
COMO ESTUDAR A BÍBLIA 03
A BÍBLIA E SUA UTILIZAÇÃO 03
A BÍBLIA E SUAS TIPOLOGIAS 04
COMO ENTENDER REFERÊNCIAS BÍBLICAS 04
IDIOMAS (LÍNGUAS) EM QUE FORAM ESCRITOS O AT e o NT 04
VERSÕES MAIS COMUNS (português) 04
A SEPTUAGINTA 05
PERÍODO INTER BÍBLICO 05
CONCÍLIO DE TRENTO -1546 05
OS APÓCRIFOS 05
A DIVISÃO DO TEXTO BÍBLICO EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS 05
OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO 06
MATERIAIS EM QUE A BÍBLIA FOI ESCRITA 06
A BÍBLIA SE OPÕE A CERTOS CONCEITOS FILOSÓFICOS 06
COMO SE DIVIDE A Bíblia (Protestante) 06
AS DISPENSAÇÕES BÍBLICAS 08
CANONICIDADE 11
VERACIDADE Ou CREDIBILIDADE 13
INSPIRAÇÃO 15
REVELAÇÃO 19
ILUMINAÇÃO 24
AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE 25
INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE 26
ANIMAÇÃO 27
PRESERVAÇÃO 28
AUTORIDADE 29
SUPREMACIA 30
INTERPRETAÇÃO 32
BIBLIOGRAFIA 33

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Curso Básico Em Teologia - Liderança Feminina
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
INTRODUÇÃO

O vocábulo "Bíblia" significa etimologicamente "coleção de pequenos livros". Trata-


se de uma coleção de 66 livros perfeitamente harmónicos entre si. Tais livros foram
reunidos em um só volume através de um longo processo histórico divinamente
dirigido, a sua canonização, isto é, o reverente, criterioso e formal reconhecimento
pela Igreja dos escritos divinamente inspirados do Antigo Testamento (AT) e do
Novo Testamento (NT).

Esse conjunto de escritos sagrados passou a denominar-se Cânon ou Escrituras


canónicas. A palavra Escrituras é uma das identificações dadas a Bíblia Sagrada
Existem ainda outras, tais como: O livro Êx 17.14; 24.7; a lei e os profetas Js 1.7,8;
Lc 16.16; oráculos de Deus. Hb 5.12; Rm 3.2 .

Quem foram os escritores? Cerca de 40 homens foram usados por Deus para
escrever a Bíblia. Esses homens tinham profissões, estilos e características distintas
e viveram em lugares e situações de diferentes atividades: Moisés - Líder político,
Pedro - Pescador, Amós - Boiadeiro, Josué - General, Neemias - Copeiro, Daniel -
Ministro, Lucas - Médico, Salomão - Rei, Mateus - Coletor de Impostos, Paulo -
Rabino.

Escrita durante mais de 40 gerações, o trabalho de todos esses homens levou, pelo
menos, 1600 anos. Apesar disso, nos santos oráculos encontramos um só plano,
que de fato nos mostra que há um só autor divino, guiando os humanos.

Ela é perfeita e harmoniosa é a palavra viva da Deus e narra seu esforço em revelar-
se para salvar o homem perdido.

As Sagradas Escrituras constituem o Livro mais notável visto no mundo. São de alta
antiguidade. Contém o registro de acontecimentos do mais profundo interesse. A
história de sua influência é a história da civilização. Os melhores homens e os
maiores sábios têm testemunhado do seu poder como instrumento de iluminação e
santidade, e, visto que foram preparadas por homens que falaram da parte de Deus
e movidos pelo Espírito Santo 2Pe 1.21, a fim de revelar o único Deus verdadeiro e
Jesus Cristo a quem Ele enviou Jo 17.3, devemos a ela nossa consideração
atenciosa e reverente. É um erro grave não a conhecer. Mt 22.29; cf Jo 5.39.

Nossa atitude para com as Sagradas Escrituras em si é o que determina em grande


parte os conceitos e conclusões que tiramos de seus ensinamentos. Se temos a
Bíblia em conta de autoridade plena em assuntos que tratam, então suas afirmações
positivas constituem para nós a única base da doutrina Cristã.
Não existe outro livro que se iguale em tradução ou circulação: Milhões de
exemplares em 743 idiomas, 1280 línguas com mais de 3000 traduções e 3340
versões.

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Curso Básico Em Teologia - Liderança Feminina
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
Escrita em diferentes lugares: Moisés no deserto; Jeremias na masmorra, Daniel
na colina e em palácios; Paulo na prisão: Lucas numa viagem; João numa ilha
(Patmos); outros em companhias militares.

Escrita em três continentes: Ásia, África e Europa


Escrita em três idiomas: Hebraico (Antigo Testamento) ou Judaica 2Rs 18.26-28 ou
língua de Canaã Is 19.18, Aramaico - Língua do Oriente Grego - Novo Testamento -
Língua Internacional, na época de Cristo.

Trata de centenas de temas controversos com harmonia e coerência, desde Gênesis


a Apocalipse, onde o tema é Deus, que redime o homem.

ÚNICA EM SOBREVIVÊNCIA: Desde manuscritos a impressos modernos; Às


Perseguições - Queima, proibição, ilegalidade e as críticas de Incrédulos.
ÚNICA EM INFLUÊNCIA SOBRE A LITERATURA: inspira (dicionários,
enciclopédias, léxicos, livros, atlas e geografia bíblicos).

COMO ESTUDAR A BÍBLIA

A Bíblia é autoexplicativa, devemos comparar as Escrituras com a propina Escritura,


quando lemos um versículo precisamos observar o assunto no qual ele está inserido
para melhor entendermos seu significado:

✓ Aplicando-a em nossa vida SI 119.9-11


✓ Pedindo ajuda ao Espírito Santo Jo 14 26, SI 119.18
✓ Com humildade e disposição para obedecer. Tg 1.21-25
✓ Com AMOR Sl 119.97,140
✓ Lendo-a constantemente Sl 1.1,2
✓ Ler com atenção
✓ Aplicar o texto à sua vida
✓ Toda (integralmente)
✓ Em oração, devagar e meditando.
✓ Com a melhor atitude mental e espiritual
✓ Para ter sabedoria e executando-a para ser santa

Lembre-se: Texto fora de contexto serve apenas de pretexto

A BÍBLIA E SUA UTILIZAÇÃO

✓ Ela foi utilizada pelos profetas do AT Jr 15.16; Ez 14.14


✓ Ela foi utilizada por Jesus. Jo 5.39; Mt 4.4; 21.42; Lc 24.27; Mc 12.10
✓ Ela foi amplamente utilizada pelos Apóstolos: Pedro At 3.18,22; 2Pe
3.16 Tiago Tg 2.23. Paulo At 17.2,3; 2Tm 3.15. Judas v.7.
✓ Pelos crentes da Igreja primitiva. At 17.10,11.
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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
A BÍBLIA E SUAS TIPOLOGIAS

1 Ela é Pão (alimento) Jo 6.35.


2 É Água (limpa, sacia) Jo 7.38, 15.3; Ef 5.26.
3 É Martelo (ferramenta: martelo - prega, bate) Jr 23.29b.
4 É Espada (arma de defesa e ataque) Ef 6.17.
5 É fogo (purifica) Jr 23.29a.
6 É Escudo (proteção) Sl 91.4b.
7 É Leite (alimento) 1Pe 2.2.
8 Lâmpada (aquece e ilumina): SI 119.105.

❖ A palavra de Deus precisa ser observada, estudada e meditada porque ela é


o mapa que nos levará ao céu. Assim como temos necessidade de orar (falar
com Deus) precisamos ler a palavra (Deus falando conosco).

COMO ENTENDER REFERÊNCIAS BÍBLICAS

Exemplos: Jo 5.24 (João, capítulo 5 e versículo vinte e quatro) 1Co 2.4-7 (Primeira
"carta" aos Coríntios, capítulo dois e versículo quatro ao sete).

IDIOMAS (LÍNGUAS) EM QUE FORAM ESCRITOS O AT e o NT

O AT foi escrito em hebraico com exceção dos textos de Dn 2.4-7; Ed 4.8-6 e Jr


10.11. Estes foram escritos em aramaico que era um dialeto semita que os israelitas
adquiriram durante o cativeiro babilónico, e que gradualmente foi suplantando o
hebraico, Jesus falava o aramaico como seu idioma natural.

O NT foi integralmente escrito em grego, excetuando-se algumas expressões


usadas por Jesus e por Paulo. O grego do NT é, essencialmente, a linguagem
comum que se falava por todo império romano coma língua franca, chamada de
grego koiné (comum) esse foi o tipo de grego que foi propagado pelas tropas de
Alexandre, o Grande, durante as suas conquistas, e foi herdado pelo império
romano. O latim só conseguiu suplantar o grego no século IV d.C.

VERSÕES MAIS COMUNS (português)

1. João Ferreira de Almeida ARC (corrigida)


2. João Ferreira de Almeida ARA (atualizada)
3. João Ferreira de Almeida VRe (revisada)
4. A Bíblia de Jerusalém JER
5. Nova Versão Internacional NVI
6. A Bíblia Linguagem de hoje BLH
7. A Bíblia Viva VIV
8. Almeida Corrigida Fiel ACF
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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
A SEPTUAGINTA

Essa tradução foi feita por 70 sábios de Alexandria 250 a.C. no Egito, onde muitos
Judeus haviam se estabelecido, daí essa tradução chamar-se Septuaginta. A essa
tradução sucederam-se outras em aramaico e latim. A Língua Aramaica resultou da
mistura da língua dos sírios e de outros povos que invadiram a Palestina na época
do exílio, na Babilónia. Os Judeus quando voltaram, aceitaram a língua que se
tornou a língua de toda a Palestina de Jesus e de seus apóstolos. A mais célebre
tradução do NT foi a Vulgata latina, feita por Jerónimo, 400 d.C. Esta serviu de base
para as principais versões saxónicas, inglesas e portuguesas.

PERÍODO INTER BÍBLICO

Trata do período de eventos que ocorreram entre o fim do AT e o início do NT as


datas são de 424 a.C. até 5 d.C. NÃO HOUVE. ESCRITOS NESSE PERÍODO.

CONCÍLIO DE TRENTO -1546

Foi a resposta da Igreja Católica Romana aos ensinos de Martinho Lutero e da


Reforma Protestante que se espalhavam rapidamente. Os livros apócrifos contêm
apoio para o ensino católico de oração pelos mortos e de justificação pela fé com
obras, não pela fé somente. Ao declarar que os apócrifos são parte do cânon, os
católicos estariam alegando que a Igreja tem autoridade para designar uma obra
literária como "Escritura", enquanto os crentes têm sustentado que a Igreja não pode
fazer isso, mas apenas reconhecer o que Deus já determinou que fosse escrito
como palavra Dele próprio.

OS APÓCRIFOS

Os livros que aceitamos como verdadeiros são chamados Canônicos. Os não-


inspirados são chamados Apócrifos. Literalmente "difícil de entender" ou
"escondido". Incluem na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que
são: Tobias, Judite. Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1 e 2 de Macabeus, A Oração
de Manasses. além de acréscimos' aos livros de Ester e Daniel. Todos no AT.
A Igreja Católica Romana sustenta a canonicidade dos Apócrifos desde o Concílio
de Trento 1546 d.C. realizado como parte da "Contrarreforma".

A DIVISÃO DO TEXTO BÍBLICO EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS

✓ As versões antigas da Bíblia ou os Manuscritos mais antigos não observavam


as divisões de Capítulos e Versículos que hoje temos. Tal didática foi
elaborada a fim de facilitar a citação, o estudo e a pesquisa das Escrituras.
✓ A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint
Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras.
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Curso Básico Em Teologia - Liderança Feminina
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
✓ A divisão em versículos foi feita de duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi
Nathan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris. Stevens
publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e
versículos em 1555.

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

Os Manuscritos do Mar Morto formam uma coleção de cerca de 930 documentos


descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza
a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia).
Estes documentos foram escritos entre o século III a.C. e o primeiro século depois
de Cristo em hebraico, aramaico e grego. Os textos são importantes por serem 1000
anos mais antigos do que os registros do VT conhecidos até então e por oferecerem
uma vasta documentação inédita sobre o período em que foram escritos revelando
aspectos desconhecidos do contexto político e religioso nos tempos do nascimento
do cristianismo e do judaísmo.

MATERIAIS EM QUE A BÍBLIA FOI ESCRITA

Pergaminho: (couro de animais curtido) Papiro: um tipo de papel feito de uma planta
aquática muito abundante no Egito. Os gregos chamavam o papiro de biblos; e um
rolo de biblíon, de onde nos vêm as palavras "Bíblia e livro". Velino: (couro de
filhotes de cabras), Ástraco: (Cerâmica do Egito), Pedras: Argila e Cera.

A BÍBLIA SE OPÕE A CERTOS CONCEITOS FILOSÓFICOS E OS REFUTA


1. Ateísmo Sl 14.1; 53.1; Jr 4.22.
2. Politeísmo Mc 12.32; 1Co 8.6; Ef 4.6; 1Tm 2.5; Tg 2.19.
3. Materialismo Mt 6.19-21, 24; Mt 19.16-26, 29; 1Tm 6.10a; Sl 62.10b.
4. Panteísmo Gn 1.1, 26; Mt 1.1; Jo 1.1, 18; 16.7; 2Co 13.14; Hb 13.8; 1Jo 5.7.
5. A eternidade da matéria Gn 1.1.
6. Filosofia 1Co 1.22; Cl 2.8; 1Tm 6.20; Tg 1.5.

COMO SE DIVIDE A Bíblia (Protestante)

A Bíblia contém 66 livros, 1189 capítulos e 31175 versículos e está dividida em


Velho Testamento e Novo Testamento (pacto, aliança) sendo que o primeiro trata da
vinda do Libertador, do Salvador, do Messias como também a história dos filhos de
Israel o segundo trata da revelação do CRISTO prometido de Deus, sua obra e a
propagação da sua boa nova através dos seus seguidores, os discípulos.

Testamento significa aliança, pacto ou acordo, celebrado entre Deus e os judeus, no


antigo pacto e no novo pacto, entre Deus e os cristãos.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
O VELHO TESTAMENTO: 39 Livros, 929 Capítulos, 23216 Versículos, Maior
versículo Et 8.9, Maior capítulo SI 119, Menor capítulo SI 117, é um relato histórico
da obra de Deus na terra antes do nascimento de Jesus. Moisés, Isaías, Daniel,
Davi entre outros são os escritores que durante milhares de anos escreveram o VT,
que se divide em:

O Pentateuco: Os 5 livros de Moisés (Génesis, Êxodo, Levítico, Números e


Deuteronômio). Eles contêm a história da criação do universo, Adão e Eva, o grande
dilúvio, o êxodo dos israelitas da escravidão no Egito, as primeiras leis de Deus para
seu povo. Elas foram dadas a Moisés nos Dez Mandamentos Êx 20.1-17 e
ensinavam os israelitas a honrarem a Deus em tudo.

Os Históricos: (Josué, Juízes, Rute, 1º e 2º Samuel, 1º e 2º Reis, 1º e 2º Crônicas,


Esdras, Neemias, Ester e Jó) Depois que tomaram posse da terra que Deus havia
prometido, os israelitas se tomaram uma nação poderosa. Começando com a
escolha de Saul como primeiro rei de Israel, os livros históricos contam os feitos do
rei Davi, seu filho Salomão e os que os sucederam. Alguns reis, seguiram as leis de
Deus e foram abençoados. Outros foram desobedientes e por causa disso, Deus
puniu o reino de Israel, que seria conquistado e escravizado pelos impérios Assírio e
Babilônico

Os livros poéticos: No centro do VT há 5 livros poéticos escotos pincipalmente


pelos reis Davi e Salomão, (Jó) é considerado o mais antigo da Bíblia, os livros que
incluem canções de louvor a Deus (Salmos), princípios de sabidona (Provérbios e
Eclesiastes) e um maravilhoso poema de amor entre uma noiva e um noivo
(Cantares). Neles encontramos maravilhosas meditações sobre o amor de Deus por
nós, seu poder sobre toda a criação.

Os livros proféticos: Foram escritos por cerca de 16 diferentes autores


subdivididos em Maiores (Isaías Jeremias Lamentações Ezequiel e Daniel) que
escreveram livros mais longos. Estão entre os profetas Menores (Oseas, Joel,
Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias) cujos livros são mais curtos e falam do desapontamento de Deus porque
Israel não seguiu suas ordens praticando o pecado, e sendo levados para o
cativeiro, relembram ao povo o amor incondicional de Deus por ele, além de
apregoarem a vinda do Messias que redimiria Israel para sempre

O NOVO TESTAMENTO: 27 Livros, 260 Capítulos, 7959 versículos Menor versículo


Lc 20.30 (ARC) esses livros foram escritos num espaço de 50 anos e sua
mensagem principal se refere à obra redentora de Cristo e à Igreja cristã primitiva
também oferece preciosos mandamentos sobre a vida com Deus.

❖ O nome de Jesus e citado 612 vezes nos Evangelhos. O NT se divide


em:

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
EVANGELHOS: Os quatro primeiros livros do NT (Mateus, Marcos, Lucas e João)
contam a história do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus. Eles também
relembram os ensinamentos de Jesus para seus discípulos, como segui-lo e
continuar sua obra. (Mateus, Marcos e Lucas) são chamados de sinópticos.

HISTÓRICO: Atos dos Apóstolos onde estão registrados os primórdios da Igreja e a


obra dos discípulos de Jesus realizando milagres e pregando o Evangelho. Atos
conta os fatos mais importantes que ocorreram durante os primeiros dias da Igreja.

AS EPÍSTOLAS: As Paulinas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios,


Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemon.
As Universais: Hebreus, Tiago, 1ª e 2ª Pedro, 1ª, 2º e 3ª João e Judas. Essas foram
escritas para encorajar os primeiros cristãos na sua caminhada. As cartas nos
proporcionam ricas diretrizes sobre os desejos de Deus para a nossa atividade
diária.

São 21 epístolas e/ou cartas indo de Romanos a Judas - Contêm a doutrina da


Igreja e estão assim distribuídas:

9 São dirigidas à Igreja (Romanos a 2ª Tessalonicenses)


4 São dirigidas a indivíduos (1ª Timóteo a Filemom)
1 É dirigida aos hebreus cristãos
7 São dirigidas a todos os cristãos, indistintamente (Tiago a Judas)

❖ As últimas sete são também chamadas universais, católicas ou gerais apesar


de duas delas (2ª e 3ª João) serem dirigidas a pessoas.

O PROFÉTICO: O último livro do NT é Apocalipse, um livro profético que detalha a


próxima vinda de Cristo a terra (Arrebatamento, grande tribulação, tribunal de Cristo,
bodas do Cordeiro, milênio, juízo final, novos céus e nova terra).

AS DISPENSAÇÕES BÍBLICAS

As Escrituras dividem o tempo, pelo qual podemos compreender o período global


em (7 períodos desiguais, que chamamos de dispensações) que começa com Adão
e termina com o aparecimento do novo céu e da nova terra Ap 21.1. São períodos
usados por Deus para mudança no método divino de tratar a humanidade, ou parte
dela, no que se refere a 2 grandes verdades. pecado e responsabilidade humana

Cada dispensação pode ser considerada como uma prova para o homem natural e
termina sempre em juízo, demonstrando assim o seu completo fracasso. Cinco
dessas dispensações ou períodos, já se consumaram. Estamos vivendo na sexta,
cujo término, segundo tudo faz crer, acontecerá muito em breve e a sétima está por
vir. Vejamos as dispensações em sua ordem cronológica.
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1. INOCÊNCIA  Começou com a criação de Adão Gn 2.7 e terminou com a sua


expulsão do Éden. A Dispensação da Inocência resultou no primeiro fracasso do
homem, sendo os seus efeitos os mais desastrosos possíveis. Teve o seu fim
com o juízo. O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden. Gn 1.26;
2.16,17; 3.6; 3.22-24.

2. CONSCIÊNCIA  Pela queda, Adão e Eva adquiriram e transmitiram a sua


descendência o conhecimento do bem e do mal. Isso proporcionou à sua
consciência uma boa base para um julgamento moral correto, o que colocou a
sua posteridade sob a seguinte responsabilidade fazer o bem e evitar o mal. O
resultado da Dispensação da Consciência foi que toda a terra se corrompeu
Assim Deus terminou a segunda prova a que submeteu o homem natural com o
Dilúvio. Gn 3.7,22; 6.5,11,12; 7.11,12,23.

3. GOVERNO HUMANO  O homem em autoridade sobre a terra: Do terrível juízo


do Dilúvio, Deus salvou 8 pessoas, às quais deu a terra purificada, com amplos
poderes para governá-la. Noé e sua família receberam essa responsabilidade.
Essa Dispensação resultou na tentativa ímpia do homem em desejar tornar-se
independente de Deus e terminou com a confusão das línguas (BABEL). Gn
9.1,2; 11.1-8.

4. PATRIARCAL OU FAMILIAR  Dos descendentes dispersos daqueles que


construíram a torre de Babel, Deus chamou um homem, Abraão com quem fez
uma aliança. Algumas das promessas feitas a Abraão e aos seus descendentes
eram puramente graciosas e incondicionais e já foram ou ainda o serão,
cumpridas literalmente. Outras foram também feitas, mas o seu cumprimento
estava condicionado à fidelidade e obediência dos israelitas. Todas as condições
determinadas por Deus foram violadas, sem exceção de uma sequer, essa
dispensação, resultou no fracasso da família de Israel e terminou a escravidão no
Egito. Gn 12.1-3; 15.5; 26.3; 28.12,13; 13.14-17; Ex 1.13,14.

5. DA LEI  A Dispensação da Lei é um período da história bíblica que durou 1430


anos, desde o Êxodo do Egito até a crucificação de Jesus Cristo. Foi uma forma
organizada de Deus tratar com o povo de Israel, exigindo que cumprissem as
obrigações legais para poderem caminhar em comunhão com Ele. Israel nunca
seria salvo guardando a Lei. Rm 3.20. A Lei devia governar as suas vidas
terrestres, definir o pecado e apontar para o Salvador vindouro. A Lei também não
mudou as disposições da Aliança Abraâmica. A dispensação da Lei recebe o
nome da Lei Mosaica, chamada de "aliança" em Ex 24.7,8; Dt 4;13. Gl 3.19. A Lei
foi uma aliança temporária a ser anulada e invalidada pela instituição da Nova
Aliança Jr 31.32; Hb 8.13; 10.9. Foi dada apenas para a nação de Israel Ex 19.3-
8; Dt 5.1-3. Jesus deixou isso claro Mc 12.29,30, Paulo também. Rm 2.14; 9.4,5;
Ef 2.11,12. A dispensação da Lei terminou Lc 16.16.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

6. DA GRAÇA  A morte de sacrifical do Senhor Jesus Cristo introduziu no mundo


a Dispensação da pura Graça, que quer dizer favor imerecido ou Deus dando
justiça em vez de exigir justiça, como quando sob a Lei. A dispensação da Graça
é a Era da Igreja, é durante esta era que Jesus está construindo Sua Igreja. Mt
16.18. Começou no Pentecostes Atos 2 e terminará quando todos os nascidos de
novo forem arrebatados deste mundo para estar com Jesus. 1Ts 4.13-18. Graça é
a benevolência de Deus para com os não merecedores. É a regra de vida para a
Igreja e, através da Igreja, a graça de Deus se estende a todo o mundo, enquanto
o evangelho de Cristo é levado aos confins da terra. Está escrito “Pela graça sois
salvos”. Ef 2.8,9, nos sustenta Rm 5.2, nos ensina Tt 2.11,12 e nos disciplina 1Co
11.28-32; Hb 12.5-11. A Graça é a sexta dispensação que começa em Jo 19.31
indo até Ap 3.22.

7. MILENIAL  Depois da grande tribulação, Jesus reinará sobre Israel restaurado


e sobre a terra por mil anos. Esse período é chamado de Milênio. O Reino Milenar
será um tempo caracterizado pela paz. Is 11.6,7; Mq 4.3, justiça. Is 11.3,4,
unidade. Is 11.10, abundância. Is 35.1,2, retidão. Is 5.8, alegria. Is 55.12 e a
presença física de Cristo Is 16.5. Satanás estará preso no Abismo durante este
período. Ap 20.1-3. O Messias governará todo o mundo. Is 9.6,7. Os santos
ressuscitados de todos os tempos participarão na administração do governo. Ap
20.4-6.

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1. CANONICIDADE  A canonicidade das escrituras quer dizer que de acordo


com os “padrões” determinados e fixos, os livros incluídos nela são
considerados parte integrante de uma revelação completa e divina, a qual,
portanto, é autorizada e obrigatória em relação a Fé e a Prática.
Os Testes de Canonicidade: Certos livros já eram canônicos antes de qualquer
teste. O livro era autêntico ou não quando foi escrito. A Igreja ou seus concílios
reconheceram certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo,
foram reconhecidos e colecionados para formar o que hoje chamamos de Bíblia.

A palavra grega para Kanon derivou do hebraico Kaneh que significa junco ou
vara de medir. Ap 21.15, daí se tomou o sentido de norma, padrão ou regra. Gl
6.16; Fp 3.16; Is 28.10,13.

a. A Formação do Cânon: O cânon estava se formando, à medida que


cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi
terminado, ao falamos da 'formação' do cânon estamos realmente
falando do reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse
processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do
AT já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, 500 a.C.
Referências nos escritos de Flávio Josefo 95 d.C. indicam a extensão
do cânon do AT como os 39 livros que hoje aceitamos. Jesus delimitou
a extensão dos livros canónicos do AT quando acusou os escribas de
serem culpados da morte de todos os profetas que Deus enviara a
Israel, de Abel a Zacarias. Lc 11.51. O relato da morte de Abel está em
Gn 4.8-16; o de Zacarias se acha em 2Cr 24 20,21, que é o último livro
na disposição da Bíblia hebraica (em lugar do nosso Malaquias). Para
nós, é como se Jesus tivesse dito: "Sua culpa está registrada em toda
a Bíblia de Génesis a Malaquias". Ele não incluiu qualquer dos livros
apócrifos que já existiam em Seu tempo e que continham relatos das
mortes de outros mártires israelitas. O primeiro Concílio eclesiástico a
reconhecer todos os 27 livros do NT foi o Concílio de Cartago, em 397
d.C. Alguns livros do NT, individualmente, já haviam sido reconhecidos
como canônicos muito antes disso 2Pe 3.16; 1Tm 5.18 e a maioria
deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos apóstolos.
Hebreus, Tiago, 2ª Pedro, 2ª e 3ª João e Judas foram debatidos por
algum tempo. A seleção do cânon foi um processo que continuou até
que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de
canonicidade.
b. A fonte da canonização: Não significa que os judeus ou a igreja tenha
dado a esse livro a sua autoridade canônica; mas que sua autoridade,
já tendo sido estabelecida em outras bases, foi reconhecida como
pertencente ao cânon e assim declarado pelos judeus e pela igreja.
c. Os Critérios Canônicos do Novo Testamento (NT): 5 critérios:
i. Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos
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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos
apóstolos. (Marcos, Lucas, Atos e Hebreus)
ii. Universalidade: O livro deveria ser aceito e reconhecido
universalmente pela igreja para dela receber a sua permissão e
impressão.
iii. Conteúdo: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e
qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito
inaceitável.
iv. Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração.
v. Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura
pública na igreja se não possuísse características próprias.
Como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. E’ a esta
leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar. 1Tm 4.13.
De acordo com Paulo, o critério decisivo a ser aplicado era seu testemunho de
Cristo: “ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ a nao ser pelo Espírito Santo”.
1Co 12.3. Algum tempo depois, João sugere um teste mais específico: “todo
espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus”. 1Jo 4.2.
Tais testes antecipavam a insistência posterior na ortodoxia como um critério de
canonicidade
d. Conclusão da Canonização do NT
i. Concílio Damasino de Roma em 382 d.C.
ii. Concílio de Cartago em 397 d.C.

O Porquê do Cânon fechado

Há expressa determinação de Deus em não adicionar nem excluir palavra alguma


no AT e no NT. No AT tem a advertência. Dt 4.2; cf. 12.32. Outra advertência
mais completa no NT está em Ap 22.18,19.

As encíclicas papais são uma extensão da bíblia?

Pio XII em 1946, fez a proposta de definição do dogma da Assunção da Virgem


Maria através Encíclica (Deiparae Virginis Mariae - Virgem Maria mãe de deus).
Esse papa afirmava que dentro de uma encíclica, deve-se declarar que ela é
infalível ou invocar a infalibilidade de alguma forma.
A encíclica que proclamou o dogma da Assunção de Maria foi feita por meio da
Constituição Apostólica (Munificentissimus Deus - O Deus mais generoso) e o
dogma da Imaculada Conceição (Ineffabilis Deus - O Deus inefável), promulgada
pelo Papa Pio XII em 1º de novembro de 1950.
A (Munificentissimus Deus) é uma Constituição Apostólica que declara que Maria
foi assunta ao céu em corpo e alma.
https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/a-historia-por-tras-do-dogma-da-
assuncao-de-maria

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

2. VERACIDADE Ou CREDIBILIDADE  Um livro tem credibilidade se relatou


veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando
seu texto atua, concorda com o escrito original Nesse caso credibilidade
relaciona-se ao conteúdo do livro (original) e a pureza do texto atual (cópia ou
tradução). Por exemplo: as palavras de satanás em Gn 3.4,5. São inspiradas
(quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como
satanás disse. A veracidade das palavras de satanás não se relaciona ao que
ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.

a. Credibilidade do Antigo Testamento (AT) estabelecida por 3 fatos.


Ez 22.28.
i. Autenticada por Cristo: Ele recebeu o AT como relato verídico e
endossou grande número de ensinamentos do AT, como, por
exemplo: A criação do universo por Deus. Mc 13.19; a criação
do homem. Mt 19.4,5; a existência do diabo. Jo 8.44; o dilúvio
Lc 17.26,27; a destruição de Sodoma e Gomorra. Lc 17.28,29; a
revelação de Deus a Moisés na sarça. Mc 12.26; a dádiva do
maná. Jo 6.32; a experiência de Jonas dentro do peixe. Mt
12.39-41. Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele
conhecia os fatos, e não podia se acomodar a ideias errôneas,
e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve ser
aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como o Mestre
religioso.
ii. Provas arqueológicas e históricas: Jo 19.31-33.
1. Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada
em Gn 14 não pode mais ser posta em dúvida, já que
inscrições do vale do Eufrates mostram indiscutivelmente
que os 4 reis mencionados na Bíblia como participantes
desta expedição, não são "invenções etnológicas", mas
sim personagens históricos reais.
2. A história fornece muitas provas da exatidão das
descrições bíblicas. Salmanezer IV sitiou a cidade de
Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido
Sargom II, levou o povo para a Síria 2Rs 17.3-6. A
história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é
mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia. Is 20.1
iii. As Escrituras possuem integridade:
1. Topográfica e geográfica: As descobertas
arqueológicas provam que os povos, línguas, lugares e
os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados
justamente onde a Bíblia os localizam, no local e sob as
circunstâncias geográficas descritas nas Escrituras.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
2. Etnológica ou racial: Todas as afirmações bíblicas
sobre raças têm sido demonstradas como corretas com
os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.
3. Cronológica: A identificação bíblica de povos, lugares e
acontecimentos com o período de sua ocorrência são
corroborados pela cronologia Síria e pelos fatos
revelados pela arqueologia.
4. Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está
em perfeita harmonia com os registros seculares,
conforme demonstrados por descobertas arqueológicas.
5. Canônica: A aceitação pela Igreja dos livros que hoje
possuímos, representa o endosso de sua integridade

b. A credibilidade do Novo Testamento: Estabelecida por 4 fatos.


i. Escritores competentes: Possuíam as qualificações necessárias
e escreveram não somente guiados pela memória, testemunho
oral e escrito e discernimento espiritual, mas com escritores
qualificados pelo Espírito Santo. 2Pe 1.21.
ii. Escritores honestos: O tom moral de seus escritos, as
preocupações com a verdade, e a circunstância de seus
registros indicam que não eram enganadores mais homens
honestos. O seu testemunho pôs em perigo os seus interesses
materiais, posição social, e suas próprias vidas. Por que razões
inventariam uma estória que condena a hipocrisia e são
contrárias as suas crenças herdadas, pagando com suas
próprias almas?
iii. Harmonia do NT: Os evangelhos não se contradizem, antes
suplementam um ao outro. Os 27 livros do NT apresentam um
quadro harmonioso de Cristo e sua obra.
iv. Provas históricas e. arqueológicas:
1. Histórica: o recenseamento quando Quirino era
governador. Lc 2.2; os atos de Herodes, o grande Mt
2.16-18, de Herodes Antipas. Mt 14.1-12.
2. Arqueológica: As descobertas arqueológicas confirmam
a veracidade do NT. Quirino foi governador da Síria 2
vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas 22 se refere
ao segundo período. Lisânias, o Tetrarca é mencionado
em uma inscrição no local de Abilene na época a que
Lucas se refere; Uma inscrição em Listra registra a
dedicação da estátua Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio),
esses deuses (Gregos) eram colocados no mesmo nível,
no culto local, conforme At 14.12. Uma inscrição de Pafos
faz referência ao Pro cônsul Paulo, identificado como
Sérgio Paulo. At 13.7.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

3. INSPIRAÇÃO  É a operação divina que influenciou os escritores,


capacitando-os a receber a mensagem divina e que os moveu a transcrevê-la
com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que
ela recebeu autoridade divina, garantindo a exata transferência da verdade
revelada de Deus para a linguagem humana inteligível. Inspiração: Significa
que todos os escritores da Bíblia foram capacitados e controlados pelo
Espírito Santo na produção dos escritos originais 2Pe 1.20,21, usando suas
próprias personalidades e faculdades mentais, recebendo autoridade divina e
infalível. Deus supervisionou, dirigiu autores humanos, usando suas culturas,
seus contextos de vida, de modo que eles compuseram e registraram, sem
erro, a Sua Revelação nas palavras dos documentos originais das Escrituras.
2Tm 3.16,17. A palavra Escritura aparece 51 vezes no NT; e a maioria delas
se refere ao AT. Contudo, às vezes se refere também ao próprio NT: 1Tm
5.18 cf. Mt 10.10; 2Pe 3.15,16 Quando Paulo escreveu 2ª Timóteo
praticamente todo o NT já estava escrito, à exceção de 2ª Pedro, Hebreus,
Judas e os escritos de João. Então o apóstolo estava afirmando que todo o
AT e tudo o que já havia sido escrito no NT era "inspirada por Deus"
“Theopneustos" “soprada por Deus" O que Deus é? É a verdade. Rm 3.4. Se
alguém que é em Si mesmo a verdade, sopra palavras, que tipo de palavras?
Jo 17.17. Deus nos concedeu a Sua Revelação através de palavras. "Disto
também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas
ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. " 1Co
2.13, O “sopro” de Deus é uma metáfora comum no AT, quando se refere aos
atos de Deus, particularmente através do seu Espírito Gn 2.7; Jó 33.3,4; SI
33.6. A afirmação de que a Escritura é inspirada confirma sua origem e
caráter divinos e implica algo mais forte do que a palavra inspiração. As
Escrituras são "expiradas", isto é, sopradas por Deus. Notem que as
Sagradas Escrituras são o objeto da ação de Deus; os próprios escritores não
são mencionados. Os homens estavam comprometidos, é claro, mas aqui a
formação da Escritura é associada inteiramente à atividade de Deus, notem
também a abrangência da inspiração. "Toda" Escritura é produto do "sopro"
de Deus; neste contexto, isso significa o AT inteiro, bem como as partes do
NT já escritas. 2Pe 1.19-21 confirma e estende essas reivindicações. A
palavra das testemunhas oculares é inferior à "palavra profética", uma
referência ao AT em geral. Ele não surgiu das reflexões particulares dos
escritores, mas "homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo
Espírito Santo".

a. A inspiração plena ou verbal. Ensina que todas as partes da Bíblia


são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram como
máquinas inconscientes, que houve cooperação vital e contínua entre
eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens
santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém
sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
escreveram foi a Palavra de Deus. Assim, a inspiração plena ou verbal
é o poder inexplicável do Espírito Santo orientando e conduzindo os
escritores escolhidos por Deus na transcrição do registro bíblico, quer
seja através de observações pessoais. 1Jo 1.1-4, fontes orais ou
verbais. Lc 1.1-4; At 17.18; Tt 1.12; Hb 1.1, ou através de revelação
divina direta. Ap 1.1,2; Gl 1.12, preservando-os de erros e omissões,
de maneira a garantir a inerrância das Escrituras, e dando à Bíblia
autoridade divina. Explicar como Deus agiu no homem é tarefa difícil!
Se já é complicado entender o entrosamento do nosso "ser espiritual"
com o nosso "ser corpóreo" espírito com o corpo é um mistério
inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamento do
Espírito de Deus com o espírito do homem? Ao aceitarmos Jesus
como Salvador aceitamos também as Escrituras como revelação de
Deus. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do NT.
Depois disso nenhum outro escritor, nenhum outro servo de Deus pode
ser considerado inspirado no sentido bíblico.

b. Autoria Bíblica é Divina e Humana, simultaneamente:


i. Autoria Divina: Do lado divino, as Escrituras são a Palavra de
Deus, no sentido de que se originaram nEle e são a expressão
de Sua mente e vontade. Encontramos a referência a Deus:
“Toda a Escritura divinamente inspirada (soprada ou expirada
por Deus) é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça”. (theopneustos = soprada ou
expirada por Deus). A referência aqui é ao que foi escrito. Então
Deus "soprava" Sua Palavra na mente do escritor (expiração), e
este, por sua vez, ao receber este "sopro" inspirava (inalava) a
Palavra de Deus a qual era processada em sua mente
recebendo dela sua influência, isto é, a maneira de se
expressar.
ii. Autoria Humana: Na perspectiva humana vemos certos
indivíduos escolhidos por Deus com a responsabilidade de
receber (inalar) a Palavra e transformá-la em escrita. Em 2Pe
1.21 encontramos a referência. "Sabendo primeiramente isto:
que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados
(movidos ou conduzidos) pelo Espírito Santo.” (pherô = movidos
ou conduzidos). A própria Bíblia reconhece a autoria dual
(Divina e Humana) Mt 15.4; Mc 7.10 em seu registro. Veja o que
Deus ordenou: "Honra a teu pai e a tua mãe e quem maldisser a
seu pai ou a sua mãe seja punido de morte" registra o mesmo
texto dizendo que foi Moisés quem ordenou essa conduta. E
não há contradição - Deus é o autor desse mandamento, mas

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
Ele usou Moisés para transmiti-lo aos homens. Em muitas
outras passagens percebemos essa dualidade na autoria da
Escrituras, Deus operava de modo misterioso usando a vontade
humana, sem anulá-la e sem que o homem percebesse que
estava sendo divinamente conduzido. Neste fenómeno, o
homem fazia pleno uso de sua liberdade. Pv 16.1; 19.21; SI
33.15; Ap 17.17.

c. Provas da inspiração Bíblica: As Escrituras afirmam que são


inspiradas, e elas ou devem ser cridas ou rejeitadas nas demais
coisas.
i. O Testemunho da Arqueologia: Nenhuma descoberta
arqueológica nos últimos 100 anos invalidou de algum modo
qualquer simples declaração da Bíblia. Pelo contrário têm
confirmado as Escrituras admiravelmente.
ii. O Testemunho das Vidas Transformadas: Sua influência sobre o
caráter e a conduta de milhares de pessoas ao longo da história.
iii. O Testemunho da Unidade: O fato de ter sido escrita sem
qualquer contradição.
iv. O Testemunho das Profecias Bíblicas: Mais de 300 profecias do
AT convergem para a pessoa de Jesus Cristo Lc 24.27, 44-49.
v. O AT afirma sua inspiração: Dt 4.25; 2Sm 23.2-4; Is 1.10; Jr
1.2,9.
vi. O NT afirma sua inspiração: Mt 10.20; Jo 14.24-26; 1Ts 1.5.
vii. O NT afirma a Inspiração do VT Lc 1.70, At 4.25; Hb 1.1; 1Pe
1.10,11.

d. O Termo Logos: Este termo grego foi utilizado no NT cerca de 200


vezes para indicar a palavra de Deus escrita, e 7 vezes para indicar o
Filho de Deus Jo 1.1,14; 1Jo 1.1, 5.7; Ap 19.13, portanto o Logos de
Deus é a expressão de Deus, quer seja escrita ou viva, compare Jo
14.6 com Jo 17.17 CRISTO é a palavra viva, a Bíblia a palavra
escrita

Como a Bíblia podo ser infalível se ela foi escrita por homens falíveis?

O fato de a Bíblia ter sido escrita por seres humanos falíveis não faz dela um
Livro defeituoso Afinal de contas, mesmos seres humanos imperfeitos podem
fazer coisas perfeitas algumas vezes, e em especial se forem supervisionados
por alguém que além de perfeito é infalível. Os cristãos não afirmam que os
homens que escreveram os livros da Bíblia estavam sempre certos em tudo
que disseram ou fizeram. Nós simplesmente acreditamos que a Bíblia está
certa quando ela afirma que Deus guiou estes homens em sua tarefa de
escrever as Escrituras de modo que o resultado é um livro infalível. O apóstolo

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
Pedro certamente disse muitas coisas erradas durante sua vida, mas Deus não
permitiu que ele cometesse nenhum erro quando lhe coube a tarefa de
escrever suas 2 epístolas.
Nós não sabemos exatamente como Deus trabalhou para cumprir o seu
propósito de nos prover com uma Bíblia totalmente perfeita. Mas o apóstolo
Pedro nos fornece algum esclarecimento: "Nenhuma profecia jamais foi dada
por vontade humana, mas homens santos, movidos pelo Espírito Santo,
falaram de Deus". 2Pe 1.21.

Os profetas do AT: Uma percepção de como esta atividade de inspiração


divina veio a agir sobre os autores bíblicos pode ser conseguida através de um
estudo dos profetas do AT A essência da inspiração profética é expressa em Jr
1.5-9 "Te constituí profeta às nações. Eis que ponho em tua boca as minhas
palavras". Os profetas iniciavam suas mensagens com a frase: "Assim diz o
Senhor". "A palavra" vinha a eles constantemente e seus oráculos são
geralmente transmitidos na forma de uma mensagem direta de Deus ao seu
povo. Os profetas foram de tais modos tomados por Deus e pela Sua Palavra
que, sob a inspiração do Espírito, a mensagem deles era efetivamente
identificada como um pronunciamento do próprio Deus.

A Profecia (Revelação) nos dias de hoje: Profeta significa aquele que fala
movido por alguém. Eram os representantes de Deus perante o povo. Eram
considerados profetas da "Palavra" e da "escrita' Os sacerdotes eram
representantes do povo perante Deus, Não quer dizer que somente fala de
assuntos escatológicos, mas também do presente. Enquanto no AT o profeta
dizia: "Assim diz o Senhor”, e logo passava a dizer o que o Senhor lhe dissera,
hoje o profeta tem em mãos o que o Senhor quer dizer - a bendita Palavra do
Deus. Quando o pregador, o profeta de Deus, usa a Palavra para entregar sua
mensagem, é o Senhor quem está falando através dele. Tudo o que o Senhor
precisa dizer já se encontra em Sua Palavra (Afinal, se Ele tivesse algo mais
para falar Ele poderia ter inspirado 67º livro da Bíblia). O profeta de hoje não é
o que faz previsões sobre o futuro, mas alguém que na unção do Espírito fala
do que já foi revelado 1Co 14.1-4,19; Ef 4.11; 1Pe 2.9.

Cabe esclarecer que o ministério profético durou até Joao Batista. Lc


16.16

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

4. REVELAÇÃO  Etimologicamente, revelação vem do latim revelo, que


significa descobrir, desvendar, levantar o véu. Revelação significa, portanto,
descobrimento, manifestação de algo que está escondido. Revelação é o ato
pelo qual Deus torna conhecido um propósito ou uma verdade. Lc 2.32,33; Ef
3.3,4; Cl 1.11,12. Deus faz com que alguma coisa seja claramente entendida
Rm 2.5. Revelação é também a explicação ou apresentação de verdades
Divinas SI 119.130; 1Co 14.26. Revelação é a operação divina que comunica
ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. 1Co
2.7,10. Se Deus não tivesse se permitido a conhecer, nós jamais o
conheceríamos, Revelação é, portanto, o processo pelo qual Deus se mostra
e se comunica ao Homem. A possibilidade do estudo do Deus verdadeiro se
deve ao fato dEle ter permitido que os homens o conheçam. Esta
possibilidade do conhecimento, do caráter, vontade, desígnios e verdade de
Deus se chama "Revelação".
O propósito de Deus ter se revelado ao homem foi para que este o conheça,
e aceite o plano dEle para sua vida, a Revelação Especial que é Jesus Cristo.
Se Deus não tomasse a iniciativa de se revelar ou se manifestar ao homem, a
criatura jamais conheceria seu Criador, e ficaria eternamente longe e perdido.

A Revelação, no entanto, pode ser tanto "geral como especial".

a. Revelação Geral: É a Revelação de alguns dos atributos de Deus ao


Homem de formas naturais ou não, e que não possui caráter salvífico
em si, ou seja, que não salva o homem:
i. Mostra a solidão em que o homem se encontra e a necessidade
de uma busca "especial" do plano de salvação que Deus
elaborou e da sua verdade e vontade.
ii. É comunicada a todo homem inteligente, por meio de
fenômenos naturais e não naturais, e no decorrer da história.
iii. É também encontrada na natureza na história e no Ser humano.
1. Natureza: Muitos homens extraordinários apontam o
universo como uma manifestação do poder, glória e
divindade de Deus. A perfeição da natureza deixa o
homem sem desculpas para buscar uma revelação
especial do criador. SI 19.1. Deus se revela por meio do
seu poder Is 40.26, 45.18; sua majestade Am 4.13; e sua
soberania Sl 89.11-13; Gn 1.1. Deus trouxe a existência
todos os fenômenos físicos. Nada existe que não tenha
sido criado por Ele que se manifesta onipotente,
magnificente e soberano nas coisas criadas: o Céu, a
Terra, o mar, e tudo quanto há neles Sl 19.1-4; At 14.15-
17; Rm 1.18-21.
2. História: Impérios nasceram e desapareceram; nações,
povos e reinos passaram pela história, e nela também

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
Deus tem se manifestado com justiça. Na história o
cristão encontra uma revelação do poder, da soberania e
da providência de Deus. SI 17.26,27,30. A soberania é
um atributo Divino, pelo fato de Ele ser o criador,
poderoso, santo, eterno e imutável. Indica o total domínio
que o Senhor exerce sobre toda a criação. Significa que
tudo pertence a Deus, e que Ele tudo faz conforme o que
lhe agrada sem necessitar prestar contas a ninguém 1Cr
29.11; Sl 115.3; Dn 4.35. Ele controla o curso dos
acontecimentos, remove e estabelece governos e nada
acontece fora de sua vontade Dn 2.21, 4.25; Rm 11.22.
3. No Ser Humano: Deus se revela na criação do ser
humano. Gn 1.26,27.
a. Um ser espiritual apto para a imortalidade Gn 1.26;
b. Um ser moral que tem a semelhança de Deus Gn
1.27;
c. Um ser intelectual com a capacidade da razão e
de governo Gn 1.26c, 28-30.

❖ A natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por


causa do pecado, revela o caráter moral de Deus Ef 4.24; Cl 3.10. Paulo
falou de uma lei escrita no coração do Ser humano. Rm 2.11-16.

b. Revelação Especial - É a Revelação da pessoa de Deus em Jesus


Cristo, com o objetivo “especial” de dar ao homem o único meio para
sua salvação. A Revelação Especial é encontrada nas "Escrituras" e
em "Jesus Cristo"
i. Jesus Cristo: Usamos aqui “Jesus Cristo” para descrever o
centro da história e da Revelação. Ele é a melhor prova da
existência de Deus, pois Ele viveu a vida de Deus entre os
homens. Hb 1.1-3; Jo 14.9.
ii. Escrituras: Usamos aqui “Escrituras” para descrever a
Revelação, mas clara e infalível na comunicação de Deus ao
Homem. Ela descreve o relacionamento de Deus com a sua
criatura e a sua iniciativa em revelar ao homem seu caráter,
natureza e vontade 1Co 15.3,4. A Revelação de Deus teve
então uma incorporação por escrito na Bíblia que é à base do
cristianismo e de todas as suas doutrinas, portanto é a fonte
suprema para a Teologia. A Revelação Bíblica é Deus tomando
conhecidos os Seus pensamentos, Suas intenções, Seus
desígnios e Seus mistérios Is 55.8,9; Rm 11.33-36, Ap 1.1 .

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
c. Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro a colocar em dúvida a
existência da revelação “É assim que Deus disse: Não comereis de
toda a árvore do jardim?" Gn 3.1; 2.16,17.
Mas a Bíblia é a Palavra de Deus revelada. Vejamos alguns
argumentos.
i. A Indestrutibilidade da Bíblia: Uma porcentagem muito pequena
de livros sobrevive além de 25 anos, e uma porcentagem ainda
menor dura 100 anos e uma porção quase insignificante dura
1000 anos. A Bíblia porém, tem sobrevivido em circunstâncias
adversas por mais de 3000 anos. Em 303 d.C. o imperador
Deoclécio decretou que todos os exemplares das fossem
queimados em praça pública. “As cinzas daquele crime
tomaram-se o combustível da divulgação". A Bíblia já foi
traduzida para milhares idiomas e dialetos, e ainda continua
sendo o livro mais lido do mundo.
ii. A Natureza da Bíblia
1. Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro. O
mundo com sua sabedoria e vasto acúmulo de
conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que
chegue perto de se comparar a Bíblia.
2. É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção
humana fatos que a natureza humana teria interesse em
acobertar.
3. É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito
por 40 autores diferentes, por um período de 1600 anos,
ela revela ser um livro único que expressa um só sistema
doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem
contradição.
iii. A Influência da Bíblia: O Alcorão, o Livro dos Mórmons, os
Clássicos de Confúcio, todos tiveram influência no mundo,
Estes, porém, conduziram a uma ideia apagada de Deus e do
pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido
altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na
arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência e,
principalmente na transformação do homem.
iv. Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam entre
si, com gestos e sons, seus diferentes sentimentos. Entre os
racionais existe comunicação direta de um para o outro, quer
por meio das expressões faciais e corporais, quer pela
revelação de pensamentos e sentimentos. Consequentemente é
de se esperar que exista, por analogia, uma revelação direta de
Deus e o homem, uma vez que o homem é a imagem de Deus.
Portanto, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal
com Suas criaturas racionais.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
v. Argumento da Experiencia: O homem é incapaz, por sua própria
força, descobrir dentro da palavra do Deus:
1. Se há salvação. At 4.12
2. Que precisa ser salvo Hb 2.3
3. Que pode ser salvo Tg 1.21; Jo 3.16; 5.24,39,40.
4. Como pode ser salvo Rm 10 8-10

❖ Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos, A


experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza
humana é degenerar-se, e seu caminho ascendente se sustenta
unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a
revelação de Deus, Cl 3.1

vi. Argumento da Profecia Cumprida: Mais de 300 profecias a


respeito de Cristo registradas nas Escrituras já se cumpriram
integralmente, As profecias a respeito da dispersão de Israel se
cumpriram. Jr 15.4, 16.13, da conquista de Samaria e
preservação de Judá, Is 7.6-9, do cativeiro babilónico sobre
Judá e Jerusalém, IS 39.6; Jr 25.9-12, sobre a destruição final
de Samaria. Mq 1.6-9, sobre a restauração de Jerusalém. Jr 29
10-14, etc.
vii. Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa
sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro
ousa fazê-lo. Encontramos essas reivindicações nas seguintes
expressões: "Disse o Senhor a Moisés" Êx 14.1,15,26; 16.4;
25.1; Lv 1.1; 4.1; 11.1; Nm 4.1; 13.1; Dt 32.48. "O Senhor é
quem fala" Is 1.2; "Disse o Senhor a Isaías" Is 7.3; "Assim diz
o Senhor" Is 43.1. Outras expressões semelhantes são
encontradas "Palavra que veio a Jeremias da parte do
Senhor" Jr 11.1; "Veio expressamente a Palavra do Senhor a
Ezequiel" Ez 1.3; "Palavra do Senhor que foi dirigida a
Oséias" Os 1.1; "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" JI
1.1, etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800
vezes no AT. Portanto o AT afirma ser a revelação de Deus, e
essa mesma reivindicação faz o NT 1Ts 2.13.

d. Natureza da Revelação: Deus se revelou de várias maneiras:


i. Através da natureza: SI 19.1; Rm 1.19-23.
ii. Através da história: Dn 2
iii. Através da preservação: Cl 1.16,17; Hb 1.3; At 17.25,28.
iv. Através de milagres: Ex 4.1-9.
v. Através da comunicação direta: Nm 12.5-8; Dt 34.10.
vi. Através da encarnação: Hb 1.1; Jo 8.28,29.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

vii. Através das escrituras: A Bíblia a revelação escrita de Deus e,


como tal, abrange importantes aspectos.
1. Ela é variada: Em seus temas, pois abrange aquilo que é
doutrinário, devocional, histórico, profético e prático.
2. Ela é parcial: "As coisas encobertas pertencem ao
SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre. Dt
29.29.
3. Ela é completa: Naquilo que já foi revelado. Cl 2.9,10.
4. Ela é progressiva. Os 6.3; Fp 3.6.
5. Ela é definitiva. Jd 3.

Por que era necessário um registro escrito? Deus, em sua grade sabedoria,
nos fornece um registro escrito de sua revelação
✓ Ele dura - são eliminados erros de memória e erros de transmissão.
✓ Pode ser divulgado universalmente através de traduções e reproduções.
✓ Possui atributos de fixação e pureza.
✓ Recebe uma finalidade normativa (legislativa) que outras formas de
comunicação não conseguem alcançar.

Conclusão acerca da Revelação: Deus usou homens santos para


escreverem a Sua Palavra. 2Pe 1.20,21. Particular elucidação refere-se à
origem das Escrituras, não à sua compreensão. Ao longo do AT, os escritores
referiram-se ao seu trabalho como a Palavra de Deus. Zc 7.12 O meio utilizado
por Deus para comunicar a Sua Palavra foi o Espírito Santo e através dos
homens Deus garantiu que o que foi escrito pelos homens é exatamente o que
Deus quis comunicar. A Bíblia é Deus revelando a Verdade para o Homem,
sendo suficiente para cada necessidade humana. Nada, no que diz respeito ao
homem, é perfeito, nada é absoluto, nada é permanente. Com o passar dos
anos, mudam-se as decisões, os costumes, os valores, a linguagem, os
conceitos e até as mais obstinadas afirmações. Hoje o homem "diz" amanhã
ele mesmo se "contradiz". A criatura é assim, mas não o Criador! O Senhor,
nosso Deus é imutável e Suas Palavras permanecem para sempre. Muitos
se frustraram na insana tentativa de querer "mudar", desacreditar,
distorcer ou até deter a influência da Santa Palavra de Deus, mas é
Impossível destrui-la, não há como negar sua existência e eficácia, não
há como detê-la nem como ignorá-la.

A Bíblia é a Revelação de Deus a humanidade, e a expressão de Sua vontade,


ignorar a Bíblia é ignorar o próprio Deus e Sua verdade.

A Bíblia é Deus falando: ao homem, através do homem, como homem e a


favor do homem, mas é sempre DEUS FALANDO.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

5. ILUMINAÇÃO  É a capacidade dada pelo Espírito Santo aos crentes para


receberem, reagirem e refletirem a Palavra de Deus Tg 1.19-27; 1Jo 2.20,27.
Esta obra é de suma importância. Jesus disse. “Esse vos ensinará todas as
coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" Jo 14.26.
a. A iluminação é a influência ou ministério do Espírito Santo que capacita
todos os que estão num relacionamento correto com Deus para
entender as Escritura 1Co 2.9-12. A iluminação não inclui a
responsabilidade de acrescentar algo às Escrituras (revelação) e nem
inclui uma transmissão infalível na linguagem (inspiração) daquele que
o Espírito Santo ensina.
b. A iluminação é diferenciada da revelação e da inspiração no fato de ser
prometida a todos os crentes, pois não depende de escolha soberana,
mas de ajustamento pessoal com Espírito Santo. Além disso, a
iluminação admite graus podendo aumentar ou diminuir. Ef 1.16-18;
4.23; Cl 1.9,10.
c. A iluminação não se limita a questões comuns, mas pode atingir as
coisas profundas de Deus 1Co 2.10, A mente e o coração são
sobrenaturalmente despertados de dentro 1Co 2.16 O cristão que é
espiritual discerne todas as coisas 1Co 2.14,15, o é carnal não pode
receber as verdades profundas de Deus que são comparadas ao
alimento sólido 1Co 3.1-3; Hb 5.12-14.
d. Iluminação conduz o pecador a compreender as verdades bíblicas Ef
1.18,19. 1Co 2.14,15. Ela não aumenta e nem altera a Bíblia; apenas
elucida o que já foi revelado pelo Espírito. Gl 1.8,9.
e. A iluminação, a inspiração e a revelação estão estritamente ligadas,
1Co 2.9-13; revelação v. 10; iluminação v. 12 e a inspiração v. 13.

Em resumo: A REVELAÇÃO é o fato da comunicação divina; A INSPIRAÇÃO é o


meio; e A ILUMINAÇÃO, o dom de compreender essa comunicação.

Para o apóstolo Paulo iluminação é a remoção da cegueira espiritual 2Co 4.4-6; Ef


1.18. Em Hb 6.4, A iluminação é tratada como conhecimento do evangelho.

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6. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE  Dizemos que um livro é genuíno ou


autêntico quando ele é escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome ele leva,
ou, se anônimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradição antiga o atribui,
ou, se não for atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a
tradição lhe atribui. Não é genuíno porque não foi composto pelo credo
apóstolos. Atos de Paulo (um livro apócrifo do NT) não é genuíno, pois foi
escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano. Desse modo, a
autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da
Bíblia possuem autenticidade comprovada pela tradição histórica e pela
arqueologia Gl 6.11; Cl 4.18.

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7. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE  Inerrância significa que a verdade é


transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram
empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não
expressam erro algum. A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância
não significa que os escritores não tinham faltas na vida, mas que foram
preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções
errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo,
quanto à terra, às estrelas, às leis naturais, à geografia, à vida política e social
etc. Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto
ou que ele não possa ser mal compreendido. A inerrância não nega a
flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes
difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de
linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras. A
Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa
repleto de erros? Se ela possui erros sob a forma de uma pretensa revelação,
perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um
Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a expressão
exata da verdade? Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e
parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa; como se explica que Deus tenha
posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira e
parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo
de separação entre o certo e o errado, que o homem não pode realizar. Cristo
declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo, Isto implica na
veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o
homem por descrer no que não é verdadeiro SI 119.140,142; Mt 5.18; 17.17.
Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente estão prontos a
confiar na falibilidade de suas próprias opiniões.

A Bíblia está CHEIA de erros


O primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
O segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
E assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos... Porque as
pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

8. ANIMAÇÃO  É o poder inerente à Palavra de Deus para transmitir


vitalidade ou vida ao ser humano. O SI 19, 7,8. Somente algo que tem vida
pode transmitir vida, e por isso mesmo somente a Bíblia.
a. A Palavra de Deus é Viva: O elemento da vida que aqui se declara é
mais do que aquilo que tem autoridade em contraste com o que já se
tornou letra morta; é mais do que alguma coisa que fornece nutrição. A
palavra de Deus é viva porque é o hálito (espírito) do Deus Vivo Jo
6.63; Jó 33.4. Assim tanto a Palavra Escrita (Logos) como a Palavra
Falada (Rhema) são possuidoras de vida. Não há diferença essencial
entre elas, pois são apenas duas formas diferentes dela existir. O
trecho de Hb 4.12 diz que a Palavra de Deus é viva, e eficaz, é
cortante, penetra e discerne. Em 1Pe 1.23 lemos que a Bíblia vive e
permanece para sempre. Assim a Palavra de Deus possui vida
eternamente. SI 119.16.
b. A Palavra de Deus é Eficaz Hb 4.12. A palavra grega usada neste
trecho é energês de onde temos a palavra energia. Trata-se da energia
que a vida fornece, Por isso a Palavra de Deus é comparada a uma
poderosa espada de dois gumes com poder para cortar, penetrar e
discernir. Quando o Espírito Santo empunha a Sua espada. Ef 6.17
Uma energia é liberada dela para animar e realizar o seu propósito. Is
55.10,11. É com este poder inerente à Palavra de Deus que o Espírito
Santo convence os contradizentes. Jo 16.8; 1Co 2.4. Porque a Palavra
de Deus é como uma dinamite com poder. (dínamos, Rm 1.16) para
salvar e destruir. 2Co 10.45, 2.14,17; 1Jo 2.14; Jr 23.29. A Palavra de
Deus é como um nutriente alimento que fornece forças 1Pe 2.2; Mt 4.4.
Paulo revela sua gratidão a Deus por haverem eles recebido a Palavra
a qual estava operando (energizando) eficazmente neles. 1Ts 2.13
Paulo conhecia o poder da Palavra de Deus, por isso recomendou aos
anciãos da Igreja que a observassem porque ela "tem poder para
edificar e dar herança entre todos os que são santificados" At 20.32.
i. É eficaz na regeneração: Comparada com a "água" Jo 3.5; Ef
5.26. A Palavra de Deus tem poder para regenerar, pois ela
coopera com o Espírito Santo na realização do novo nascimento
1Pe 1.23; Tt 3.5; Jo 15.3; Jo 6.63; Tg 1.18,21; Rm 1.16
ii. É eficaz na santificação: A Palavra de Deus tem poder para
santificar Jo 17.17; Ef 5.26; Ez 3625,27; 2Pe 1.4; SI 37.31;
119.11. Com efeito, a santificação é pela fé. At 15.9; 26.18, e a
fé vem ouvir pela Palavra de Deus. Rm 10.17.
iii. É eficaz na edificação: A Palavra de Deus tem poder para
edificar. 1Pe 2.2; At 20.32; 2Pe 3.18.

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9. PRESERVAÇÃO  É a operação divina que garante a permanência da


Palavra Escrita, com base na aliança que Deus fez acerca de Sua Palavra
Eterna SI 119.89; 1Pe 1.23 Os céus e a terra passarão Mt 24,35; 2Pe 3.10,
mas a Palavra de Deus permanecerá IS 40 8
a. A preservação das Escrituras, como o cuidado divino para a sua
criação e formação do cânon, não foi acidental, nem incidental, mas
sim o cumprimento de uma promessa divina, ou seja, providencial A
Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que DEUS
tenha dito pode ser removida ou abalada, nem uma vírgula ou um
ponto do testemunho divino pode passar até que seja cumprido.
b. Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial da
infindável perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma
em milagre. Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido
persistente, determinado, incansável e assassino. Todo esforço
possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da
Bíblia, e inúmeras operações têm sido levadas a efeito para fazê-la
desaparecer. Decretos imperiais têm sido passados ordenando que
todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando essa
medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus,
ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada
com uma cópia das Escrituras fosse morta"
c. A Bíblia permanece até hoje porque o próprio Deus tem se empenhado
em preservá-la. Quando o rei Jeoaquim queimou um rolo das
Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que reescrevesse as
palavras que haviam sido queimadas Jr 36.27,28, e ainda determinou
maldições sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus Jr
36.29,31. Ademais Deus acrescentou ao segundo roto outras palavras
que não se encontravam no primeiro. Jr 36.32, pois a Palavra de Deus
sempre há de prevalecer sobre a palavra do homem. Jr 44.17,27-30; At
19.19,20. Rm 3.4.
d. Fica esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra
inspirada, aquilo que deve ser considerado como revelação de Deus.
e. Hoje a estratégia de Satanás sobre a Palavra de Deus é diferente, pois
já que ele não consegue destrui-la, procura desacreditá-la negando
sua inspiração e corrompê-la com interpretações pervertidas da
verdade 1Tm 4.1,2; 2Ts 2.9-12. A Igreja cabe a responsabilidade de
defender e preservar a verdade 2Tm 2.15,24,25; 3.13-17; 1Pe 3.15,
com o mesmo anseio que caracterizava a vida dos apóstolos Fp 1.16.

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15

10. AUTORIDADE  A Bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem
influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou
tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte Infalível e
autorizada A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e
credibilidade sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabelecem. Assim,
por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade por ser
canônico, determinado livro bíblico POSSUI autoridade e por ter credibilidade,
determinadas informações bíblicas possuem autoridade sejam históricas
geográficas ou científicas. Entretanto nem tudo aquilo que é inspirado é
autorizado pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua
autoria e portanto de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela
possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da
boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por
inspiração, mas não é a verdade. Gn 3.4 5; o conselho que Pedro deu a
Cristo Mt 16.22; as acusações que Elifaz fez contra Jó. Jó 22 5-11, etc.
Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou
procedem dEle (procedem apenas por inspiração), e por Isso não têm
autoridade. Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu
contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem
quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo
significado não tem autoridade. Mt 4.3-10. Um livro tem credibilidade se
relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e
quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso
credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto
atua! (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de satanás são
inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem
credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram
registradas exatamente como satanás disse. A veracidade das palavras de
satanás não se relaciona ao que ele pronunciou, mas sim como ele as
pronunciou

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
11. SUPREMACIA Deus não está limitado ao texto redigido da Bíblia para se
revelar ao ser humano. A Bíblia é o melhor registro que conhecemos para
indicar quem é YHWH, Criador do universo, e quais são Seus propósitos para
a humanidade. É nos textos da Bíblia que o crente há percebido através dos
séculos a palavra fiel referente à identidade do Criador. O próprio processo de
canonizar o texto bíblico reflete esta busca para diferenciar entre os múltiplos
testemunhos acerca de Deus ou deuses para acertar com melhor definição
qual o testemunho verídico. Foram escritos mais de quarenta evangelhos na
época logo após o ministério de Jesus. Somente quatro destes manuscritos
que conhecemos foram preservados como dignos da atenção do fiel
✓ Houve, no entanto, uma discriminação para selecionar o que realmente
era de proveito, e é esta coletânea de livros que recebemos na
preservação e transmissão da Bíblia. Ela foi preservada propriamente
por ser considerada a revelação suprema de Deus
✓ Há, no entanto, outras formas e meios de conhecer a Deus: A
pregação, um sonho, um hino etc. Todas estas formas de ouvir a Deus
podem ser válidas, e Deus pode também comunicar de outros meios. A
diferença, no entanto, é na qualificação da "revelação".
✓ Um sonho pode ser interpretado da mesma forma que se usa a
esponja de aço. Pode servir de um jeito no primeiro momento e ser
aproveitado em outra aplicação no momento seguinte. Não há um
padrão normativo para a sua interpretação, a não ser em termos de
sua coerência com a revelação de Deus na Bíblia. O sermão de um
pregador pode ser contrariado pelo sermão do segundo. A Bíblia pode
também sofrer interpretações diversas, mas elas podem ser discutidas
em termos de definições de terminologias, contextos e passagens
complementares, até se chegar a um acordo ou resolver que não uma
conclusão definitiva. Em termos dos outros meios de revelação, não
existe o mesmo tipo de controle.
✓ É neste sentido que se fala da Bíblia em termos de sua supremacia. A
Bíblia é a revelação suprema de Deus, sendo o registro mais fiel
conhecido referente ao Criador do universo e da humanidade. Esta
supremacia foi atestada através dos séculos por fiéis em seis
continentes, os quais asseveraram a sua autoridade. Esta supremacia
é ao mesmo tempo um ato de fé, pois há quem segue outra religião e
crê na autoridade do seu registro próprio.
✓ Para os cristãos, a Bíblia tem o caráter de revelação suprema. Deus
ainda pode usar outros meios de se revelar, porém é na Bíblia que o
cristão mede a coerência de tal mensagem, averiguando que seja
realmente de Deus. A palavra de Deus é tão fiel quanto o Deus da
palavra. A própria Bíblia indica que a palavra de Deus tem caráter
permanente, por questão do caráter do Deus que a expressa e a
mantém. Assim, a Bíblia como revelação suprema é o cânone, ou

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Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Tm 2.15
instrumento de medir, para averiguar se uma mensagem revelatória de
outra via é fiel ou não ao que já foi revelado e atestado.
✓ Entende-se, no entanto, que o que essencialmente precisa ser
revelado para a humanidade já foi revelado através destes e
supremamente por Jesus. O que Deus pode e continua a revelar a sua
vontade e identidade para a humanidade é coerente com o que já tem
revelado. A dificuldade e responsabilidade presente àquele que sente
alguma revelação específica é de averiguar que seja realmente
revelação de Deus, e não de qualquer outra fonte. Conhecendo bem a
revelação divina registrada na Bíblia, pode-se medir com melhor
precisão a coerência de alguma outra revelação específica.
✓ É nestes padrões mais do que em qualquer outro sentido que se toma
a Bíblia por revelação suprema. Ela foi atestada por gerações, sempre
modificando as vidas de fiéis comprometidos a seu estudo e aplicação.
✓ Por consequente, a Bíblia é a base para comparar e corrigir outras
fontes de orientação espiritual, sendo o centro para a averiguação da
mensagem de Deus.

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12. INTERPRETAÇÃO  É a elucidação ou explicação do sentido das palavras


ou frases de um texto, para tomá-los compreensivos. a ciência da
interpretação é designada HERMENÊUTICA, e, em razão de sua
abrangência, requer um estudo especial e separado da Bibliologia.

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BIBLIOGRAFIA

1. Merece Confiança o Antigo Testamento? Gleason L. Archer. Jr. Ed. Vida


Nova
2. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, R. N. Champlin e J. M, Bentes.
Ed. Candeia. Volumes 1 a 6.
3. Bibliologia – Visão Panorâmica da Bíblia, Living Stones Ministry.
4. A Bíblia Através dos Séculos. Antônio Gilberto da Silva, Ed. CPAD
5. Versões da Bíblia, Elizabeth M. Ekdahl, Ed. Vida Nova
6. O Novo Comentário da Bíblia V1, vários autores. Ed. Vida Nova.
7. Evidência Que Exige um Veredito V1, Josh McDowell. Ed. Candeia.
8. Teologia Elementar, E. H. Bancroft, Ed. Batista Regular.
9. Bíblia Sagrada (ARC, ARA etc.)
10. Anotações particulares do autor: Sérgio Antônio Santos de Lima.

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