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A Carta

O documento analisa a evolução da carta como um meio de comunicação escrita, desde suas origens na Antiguidade até a era digital. Ele discute suas características, estrutura, e a importância da carta em contextos pessoais e públicos, além de abordar o impacto das novas tecnologias na comunicação. A conclusão ressalta a relevância cultural e histórica da carta, mesmo com a diminuição de seu uso em favor de formas digitais.

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A Carta

O documento analisa a evolução da carta como um meio de comunicação escrita, desde suas origens na Antiguidade até a era digital. Ele discute suas características, estrutura, e a importância da carta em contextos pessoais e públicos, além de abordar o impacto das novas tecnologias na comunicação. A conclusão ressalta a relevância cultural e histórica da carta, mesmo com a diminuição de seu uso em favor de formas digitais.

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Índice

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................2
1.1 Objectivos....................................................................................................................2
1.1.1 Objectivo Geral..............................................................................................................2
1.1.2 Objectivos Específicos...................................................................................................2
1.2 Metodologia.................................................................................................................2
2 A CARTA......................................................................................................................................3
2.1 A história da carta........................................................................................................3
2.1.1 Primeiras formas de comunicação escrita......................................................................3
2.1.2 Cartas na Antiguidade Clássica......................................................................................3
2.1.3 Idade Média e o Correio.................................................................................................3
2.1.4 Renascimento e Era Moderna........................................................................................4
2.1.5 Século XX e a Era Digital..............................................................................................4
2.2 Características da Carta...............................................................................................4
2.3 Estrutura da Carta........................................................................................................5
2.4 A carta como género literário......................................................................................5
2.4.1 Autores e Obras Relevantes...........................................................................................5
2.5 A carta na vida privada................................................................................................6
2.6 A carta na vida pública................................................................................................6
2.7 A carta e a identidade cultural.....................................................................................7
2.8 Impacto das novas tecnologias na comunicação escrita..............................................7
3 CONCLUSÃO...............................................................................................................................8
BIBLIOGRÁFIA...................................................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO

A carta é um dos meios mais antigos de comunicação escrita e continua a desempenhar um


papel fundamental em diversos contextos sociais e institucionais. Embora o uso da carta
tenha diminuído com o advento das tecnologias digitais, como o e-mail, este género textual
ainda mantém sua relevância, especialmente em contextos formais e legais. Este trabalho tem
como objectivo analisar a história da carta, suas características e estrutura, bem como os
diferentes tipos de cartas existentes.

1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
 Compreender a importância da carta como um meio de comunicação e explorar sua
evolução, estrutura e diferentes tipos.

1.1.2 Objectivos Específicos


 Apresentar a história da carta e sua evolução ao longo dos tempos.
 Descrever as principais características e estrutura formal de uma carta.
 Identificar os diferentes tipos de cartas e os contextos em que são utilizadas.
 Discutir a relevância actual da carta em ambientes formais e institucionais.

1.2 Metodologia

Este trabalho foi realizado através de uma revisão bibliográfica de fontes académicas
relevantes sobre géneros textuais e comunicação escrita. Foram consultados livros e artigos
académicos que abordam o tema da carta, desde sua origem até o seu uso contemporâneo. A
pesquisa foca-se em autores que estudam a linguagem e os géneros textuais, como Canavilhas
(2009), Bazerman (2015) e Marcushi (2008), com a formatação seguindo a norma APA.

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2 A CARTA

Uma carta é uma forma de comunicação escrita entre duas ou mais pessoas. É como se fosse
uma conversa por escrito, onde você transmite suas ideias, sentimentos ou informações para
alguém que está em outro lugar. Uma carta é muito mais do que apenas um pedaço de papel
com palavras. É um veículo de expressão, um elo entre pessoas, um Registro histórico e um
reflexo da cultura de uma época.

2.1 A história da carta

A história da carta está intimamente ligada ao desenvolvimento da escrita e aos avanços nas
comunicações ao longo dos séculos. Neste trabalho vamos descrever as principais etapas
dessa evolução:

2.1.1 Primeiras formas de comunicação escrita

As primeiras formas de comunicação escrita remontam às antigas civilizações da


Mesopotâmia e do Egipto, cerca de 3.000 a.C., quando se utilizavam tábuas de argila e
papiros. Esses primeiros registos não eram exactamente "cartas" no sentido moderno, mas já
traziam informações e mensagens entre indivíduos e grupos. As cartas começaram a surgir à
medida que a escrita se desenvolveu para ser usada em comunicações interpessoais e
comerciais.

2.1.2 Cartas na Antiguidade Clássica

No Império Romano, por exemplo, o uso de cartas era comum, especialmente entre os
membros da elite. Os romanos usavam papiros e pergaminhos para enviar correspondências
que, muitas vezes, tratavam de assuntos políticos, militares ou comerciais. As mensagens
eram levadas por mensageiros a cavalo ou a pé, e podiam levar semanas ou meses para
chegar ao destino.

O filósofo e político romano Cícero, por exemplo, deixou uma vasta colecção de cartas que
são uma das principais fontes de estudo sobre a vida quotidiana e política da Roma Antiga.

2.1.3 Idade Média e o Correio

Durante a Idade Média, as cartas continuaram a ser um meio importante de comunicação,


especialmente entre a realeza, o clero e os mercadores. A troca de cartas era um elemento
essencial para manter o controle dos reinos, das guerras e dos negócios. No entanto, devido à
baixa taxa de alfabetização, as cartas muitas vezes eram ditadas e lidas por escribas.
3
2.1.4 Renascimento e Era Moderna

O Renascimento e a Revolução Industrial trouxeram grandes mudanças nas comunicações.


Com a invenção da prensa por Gutenberg no século XV, a alfabetização se expandiu e o uso
de cartas se tornou mais comum. Durante os séculos XVIII e XIX, as cartas passaram a ser
um meio frequente de comunicação entre cientistas, filósofos e escritores. Muitos grandes
pensadores, como Voltaire e Rousseau, mantinham correspondências extensas.

Com o surgimento de sistemas de correio mais organizados, como o Royal Mail no Reino
Unido (fundado em 1516), as cartas se tornaram mais acessíveis ao público geral. Em 1840, a
introdução do selo postal com a Penny Black na Inglaterra revolucionou o envio de cartas,
permitindo que qualquer pessoa pudesse enviar correspondências pagando uma pequena taxa.

2.1.5 Século XX e a Era Digital

O século XX trouxe inovações como o telégrafo, o telefone e, mais tarde, o fax, que
reduziram a necessidade de envio de cartas físicas para comunicações rápidas. Contudo, as
cartas continuaram a ter um papel importante, principalmente nas relações pessoais e na
diplomacia.

No final do século XX e início do século XXI, com o advento da internet e do e-mail, as


cartas físicas começaram a perder espaço para as formas digitais de comunicação. O e-mail
permitiu a troca quase instantânea de mensagens em qualquer parte do mundo, tornando a
comunicação mais rápida e acessível. As redes sociais e aplicativos de mensagens
instantâneas também transformaram a forma como as pessoas se comunicam, levando ao
declínio do uso tradicional da carta.

2.2 Características da Carta

A carta tem diversas características que a tornam um meio de comunicação distinto. De


acordo com Canavilhas (2009), as cartas possuem um carácter formal, especialmente quando
utilizadas em contextos profissionais ou institucionais. A personalização é outra característica
importante, uma vez que a carta é dirigida a uma pessoa ou instituição específica, o que
confere um toque pessoal à comunicação. Marcushi (2008) observa que a objectividade e
clareza são fundamentais para garantir que a mensagem seja transmitida de forma eficiente.

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2.3 Estrutura da Carta

A estrutura da carta vária consoante o seu tipo e o grau de formalidade. Marcuschi (2001)
aponta que a maioria das cartas segue um formato padrão, composto pelos seguintes
elementos:

 Cabeçalho: Contém a data e, em cartas formais, o endereço do remetente.


 Saudação: Também chamada de vocativo, que varia conforme o destinatário (e.g.,
"Exmo. Sr.", "Caro Amigo").
 Corpo da Carta: Onde se transmite a mensagem principal. Pode ser dividido em
introdução, desenvolvimento e conclusão.
 Despedida: Uma frase de cortesia, como "Atenciosamente" ou "Cumprimentos".
 Assinatura: Nome do remetente e, em cartas formais, a assinatura completa.

2.4 A carta como género literário

A carta, como género literário, tem uma longa tradição que abrange tanto o uso quotidiano
quanto o artístico. Suas características envolvem:

 Subjectividade: As cartas são, geralmente, escritas em primeira pessoa, revelando


pensamentos, sentimentos e opiniões pessoais.
 Interlocução directa: Há sempre um destinatário específico, o que cria uma
relação íntima e personalizada entre o escritor e o leitor.
 Espontaneidade: Muitas cartas têm um tom mais informal e espontâneo, embora
possam seguir uma estrutura bem definida.
 Temporalidade: As cartas geralmente reflectem um momento específico no
tempo, o que dá uma dimensão histórica a muitas correspondências.

2.4.1 Autores e Obras Relevantes

Muitos escritores utilizaram a carta como forma literária:

Jean-Jacques Rousseau – Nouvelle Heloise: Um romance epistolar clássico.

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Goethe – Os Sofrimentos do Jovem Werther: Também em formato de cartas, explorando o
sofrimento e o desespero de seu protagonista.

Clarice Lispector – Suas cartas para amigos e familiares mostram sua profunda reflexão sobre
a vida e a arte.

Emily Dickinson – Suas cartas revelam o lado mais íntimo de uma das poetisas mais
enigmáticas da literatura americana.

2.5 A carta na vida privada

Na vida privada, a carta era uma das formas mais importantes de comunicação até o advento
das novas tecnologias. Em contextos familiares, amorosos e de amizade, ela cumpria várias
funções:

Comunicação emocional: No contexto amoroso, a carta era um veículo de confissões


íntimas e declarações de amor. Muitas cartas de amor sobreviveram e são vistas como obras
literárias por si só, pela profundidade emocional que apresentam.

Manutenção de laços: Em períodos de distância, especialmente durante guerras e migrações,


as cartas eram essenciais para manter o contacto entre familiares.

Quotidiano compartilhado: Amigos, separados por distâncias, frequentemente escreviam


cartas para compartilhar detalhes de suas vidas, tornando-as registos de vivências pessoais e
trocas culturais.

2.6 A carta na vida pública

No âmbito público, a carta sempre desempenhou um papel fundamental:

Diplomacia: Muitas negociações e acordos entre nações, especialmente em tempos antigos e


medievais, foram realizados por meio de correspondências diplomáticas. As cartas
diplomáticas serviam para selar acordos, negociar tratados e esclarecer intenções entre
governantes.

Política: A correspondência entre líderes políticos era uma ferramenta importante de


articulação e registo de debates. Exemplo disso é a vasta correspondência entre Thomas
Jefferson, Benjamin Franklin e outros fundadores dos Estados Unidos.
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Negócios: No comércio, especialmente durante o período colonial e a expansão mercantilista,
as cartas eram vitais para a troca de informações sobre preços, demandas e contratos.

2.7 A carta e a identidade cultural

As cartas podem ser vistas como documentos culturais que revelam muito sobre as normas e
valores de uma sociedade:

 Espelho da sociedade: As cartas frequentemente reflectem os valores culturais, normas


sociais e expectativas de comportamento da época. Por exemplo, cartas de mulheres no
século XIX mostram as restrições de género e as expectativas sociais para o sexo
feminino.
 Representações sociais: Correspondências entre diferentes classes sociais ou etnias
também oferecem visões de preconceitos, hierarquias sociais e relações de poder.
 Expressão de identidade: Em muitas culturas, as cartas eram um meio de auto expressão
e criação de identidade. Elas ajudavam a construir laços e a reforçar identidades
comunitárias, religiosas ou étnicas.

2.8 Impacto das novas tecnologias na comunicação escrita

Com a revolução digital, a carta física perdeu espaço para formas de comunicação mais
rápidas e acessíveis. O impacto pode ser observado em vários níveis:

 Imediatismo: O e-mail, as mensagens instantâneas e as redes sociais substituíram a carta


como principal forma de comunicação escrita, oferecendo respostas imediatas, o que
mudou a natureza do diálogo interpessoal.
 Simplicidade e superficialidade: A escrita em plataformas digitais, por ser mais rápida e
breve, muitas vezes não apresenta o mesmo nível de profundidade e reflexão presente nas
cartas tradicionais.
 Permanência: Embora a carta física fosse um documento duradouro, o ambiente digital
traz a fragilidade da permanência. Muitas mensagens electrónicas são rapidamente
descartadas, e a preservação da memória pessoal e histórica pode se perder.

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 Mudança na linguagem: A internet e os smartphones introduziram uma nova linguagem
visual e abreviada (como os emojis e as abreviações), transformando a forma de
expressão escrita.
 Intimidade e privacidade: As cartas tradicionais, por serem trocadas de maneira
privada, criavam uma intimidade natural. A comunicação digital, por ser mais exposta e
vulnerável a invasões, perdeu parte dessa característica.

3 CONCLUSÃO

A carta, um dos mais antigos meios de comunicação escrita, percorreu uma longa jornada ao
longo da história, adaptando-se às diversas transformações sociais e tecnológicas. Desde as
primeiras inscrições em tábuas de argila até as mensagens electrónicas da era digital, a carta
sempre desempenhou um papel fundamental na vida das pessoas, servindo como veículo de
expressão, registo histórico e ferramenta de conexão.

Embora a carta física tenha perdido espaço para as formas digitais de comunicação, sua
importância cultural e histórica permanece inegável. A análise da evolução da carta revela a
complexidade das relações humanas e a forma como a comunicação molda a sociedade. As
características da carta, como a personalização, a formalidade e a capacidade de expressar
sentimentos profundos, continuam a inspirar novas formas de comunicação escrita, mesmo
em um mundo cada vez mais digital.

Em suma, a carta, como forma de comunicação e expressão, reflectiu as mudanças


tecnológicas e culturais ao longo do tempo, passando de um meio crucial de troca
interpessoal para uma forma literária e histórica que, na era digital, resiste com significados
emocionais e artísticos únicos.

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BIBLIOGRÁFIA

CANAVILHAS, J. Do jornalismo online ao Web jornalismo: formas de apropriação da


informação jornalística nas novas plataformas digitais. 1ª Edição, Universidade da Beira
Interior, 2009.

BANZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. 1ª Edição, Volume 2, Editora


Cortez, 2015.
MARCUSHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 2ª Edição
Parábola Editorial, 2008.

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