PROJETO BICHODÁRIO
Orientações gerais para a Recuperação Contínua com foco no sistema de escrita alfabético e
propostas diversificadas de leitura pelo aluno
Esta proposta de trabalho de recuperação constitui-se numa intervenção no processo de
aprendizagem dos alunos que não desenvolveram as habilidades em relação à aquisição do sistema
de escrita alfabético. A finalidade, portanto, é oferecer-lhes um atendimento pontual, por meio de
um trabalho intensivo, para promover o avanço na aprendizagem, a partir da análise dos resultados
das sondagens, das Avaliações de Aprendizagem em Processo - AAP e das observações dos
professores.
Objetivos
▪ Promover a reflexão sobre o sistema de escrita alfabético e sua aquisição pelos alunos.
▪ Possibilitar o desenvolvimento da leitura para os alunos que ainda não lêem
convencionalmente independente do ano em que estejam cursando.
Conteúdos
▪ Reflexão sobre o sistema de escrita alfabético.
▪ Desenvolvimento da leitura e escrita.
Projeto referência
▪ Bichodário
O que é o Bichodário
▪ É um projeto didático cujo objetivo principal é a aquisição do sistema de escrita alfabética.
Produto Final:
▪ Produzir um livro com as curiosidades com título “Bichodário” a ser doado para a biblioteca
da escola, ou aos pais, ou ainda sorteado a alunos de outros anos, de acordo com o
combinado.
▪ Roda de Curiosidade sobre alguns animais para os alunos de outras classes dos Anos
Iniciais.
Atividades propostas
1. Escrita:
A. Escrita coletiva-1: é uma atividade em que todos os alunos participam.
B. Escrita em duplas: O professor propõe a realização desta atividade em duplas.
C. Escrita coletiva-2
D. Em pequenos grupos
E Escrita em Pequenos Grupos: Para saber mais consultar sobre Escrita Coletiva:
▪ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 1º ano – Volume Único – 2014, páginas 331 a 335;
▪ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 2º ano – Volume Único – 2014, páginas 32 a 36.
2.Leitura
▪ Leitura pelos alunos de títulos de texto informativos sobre animais que farão parte do
Bichodário;
▪ Leitura pelos alunos de textos dos gêneros “Você sabia que”, “Curiosidades” e “Divulgação
Científica”.
▪ Leitura pelo professor de textos informativos sobre animais.
3. Ilustração: Para a ilustração do Bichodário, os alunos poderão consultar as fotografias e
imagens de animais nos livros e internet. É importante que, mais de uma criança desenhe o mesmo
animal para que o grupo tenha a oportunidade de escolher o que mais gostou. A ilustração
escolhida fará parte do livro.
Materiais necessários
Preparar com antecedência
▪ Registros dos saberes dos alunos: portfólio dos alunos com o registro de todo o processo
- sondagem da hipótese de escrita, no início e no final da recuperação contínua, conforme
orientações presentes nos:
✔ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 1º ano – Volume Único – 2014, páginas 26 a 28;
✔ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 2º ano – Volume Único – 2014, páginas 41 a 46.
▪ Registros do professor: planejamento das aulas que serão desenvolvidas e inseridas na
rotina semanal.
▪ Organizar:
✔ lista com os nomes dos animais para serem escritos pelos alunos e que farão parte do
Bichodário;
✔ papel pardo ou cartolina para o registro das palavras escritas coletivamente;
✔ letras móveis;
✔ textos informativos sobre os animais escolhidos para a leitura ou livros sobre os animais;
✔ crachá com os nomes dos alunos;
✔ lista com o nome das crianças;
✔ sulfite;
✔ lápis de cor ou canetinhas;
✔ quadro branco ou lousa e giz.
Sugestão de Finalização do Projeto
Encaminhamentos para a entrega do Livro aos destinatários:
✔ Combinar uma manhã/ tarde de autógrafos com os alunos e os destinatários.
✔ Explicar o que significa autografar um livro e a sua importância – se tiver possibilidade, levar
um livro autografado para que conheçam e saibam do que se trata e como é esse
procedimento.
✔ Organizar relato do desenvolvimento do projeto para que os alunos contem a quem receberá
o livro, todo o processo de escrita e o que aprenderam.
✔ Organizar ambiente apropriado para os convidados.
✔ Combinar que, neste dia, assistirão a um vídeo sobre um ou vários dos animais abordados
no projeto. O filme pode ser escolhido pelos alunos.
✔ Mobilizar a escola para este evento.
✔ Combinar um lanchinho.
✔ Registrar o processo, fotografar, gravar depoimentos das crianças, etc.
Orientações gerais:
▪ Os nomes dos animais que farão parte do Bichodário não precisam ser trabalhados durante o
projeto, em ordem alfabética. É possível trabalhar de três a cinco nomes por aula. O professor
pode ler texto informativo sobre alguns animais. A sugestão é ler sobre um animal, pelo menos
uma aula, por semana. Em relação aos outros animais, o professor pode mostrar as figuras,
imagens, se as tiver. É importante ressaltar que não é o fato de o aluno ver a imagem do animal
ou saber sobre ele que vai ajudá-lo a escrever.
▪ A ordem alfabética é discutida no final do projeto, tornando-se mais um desafio para o grupo na
organização dos nomes dos animais, pois propõe a reflexão sobre a ordem de cada letra e de
cada palavra. Use o alfabeto exposto na sala para consulta.
▪ Pode e deve haver mais de um nome de animal que se inicia com a mesma letra do alfabeto. Na
pesquisa feita por alguns professores, descobriu-se que há letras do alfabeto em que não há
nenhum nome de animal que se inicia com elas. Mesmo assim essas letras podem fazer parte
do livro. A sugestão é que as crianças escrevam, nessa parte, “não encontramos nome de
animais que se iniciam com essa letra”.
ATIVIDADES
1.ESCRITA
A) Escrita coletiva-1: é uma atividade em que todos os alunos participam.
Trata-se de uma situação de aprendizagem sobre o sistema de escrita com foco na interação do
grupo-classe. Os alunos têm de fazer uso dos saberes que possuem, explicar o modo como
pensaram e confrontar com a escrita dos colegas para tomar a melhor decisão naquele
momento, em relação à forma de grafar a palavra solicitada.
Esta é uma proposta a ser realizada de forma permanente nas classes em que os alunos ainda não
escrevem alfabeticamente. Pode ser utilizada no interior de projetos, como é o caso do
Projeto Bichodário, ou sequência didática, desde que a escrita tenha um destino, ou seja,
esteja inserida em um contexto comunicativo.
O professor solicita, a um aluno por vez, que escreva na lousa o nome do animal por ele indicado e
justifique para o grupo sua forma de escrever. Em seguida, pede a outra criança com saber
próximo ao do primeiro, que analise a escrita do colega e, caso não concorde, o educador
solicita-lhe que escreva, ao lado ou embaixo, a forma que acredita que a palavra deva ser
grafada e justifique para o grupo suas modificações. E, assim, sucessivamente até que todos
considerem a escrita boa para aquele momento. Vale ressaltar que o critério de escolha dos
alunos é de quem sabe menos para quem sabe mais. Assim, todos terão a oportunidade de
pensar sobre a forma de escrever determinada palavra a partir da escrita do outro.
No final da escrita de cada palavra, o professor copia essa escrita numa folha de papel pardo, que
deverá estar afixada na parede da sala. Ao concluir a escrita de todas as palavras, no fim do
projeto, retornarão à lista para verificar se há necessidade de mudança na escrita de
algumas palavras.
Outra Algumas situações de escrita, que poderão ser propostas:
B) Escrita em duplas: O professor propõe a realização desta atividade em duplas. As duplas
escrevem o nome do animal solicitado e, quando todas finalizarem sua produção, seleciona
escritas que expressem os diferentes saberes dos alunos sobre a forma de grafar o que fora
solicitado. Transcreve o conjunto das escritas na lousa e propõe uma discussão coletiva.
C) Escrita Coletiva-2: O professor propõe a escrita coletiva de determinado nome de animal,
por exemplo, solicitando que um aluno de cada vez, coloque uma letra da palavra a ser
escrita, iniciando pelo aluno com escrita pré-silábica, ou seja, de quem sabe menos. À
medida que cada um coloca uma letra, tem de justificar tanto a parte que o colega escreveu
– concordando ou não -, como a mudança que faz na escrita do outro. Vale ressaltar que, no
início, os alunos apresentam certa dificuldade em justificar suas respostas.
D) Escrita em Pequenos Grupos: Organiza a classe em pequenos grupos garantindo que seja
formado por alunos com as diferentes hipóteses de escrita, com até quatro crianças. A
escrita deve ser com letras móveis. Cada criança coloca uma letra, partindo sempre de quem
sabe menos para quem sabe mais. É importante que, à medida que cada criança escreve,
justifique sua escolha ou as mudanças que faz na escrita do outro.
Em todas as situações acima, à medida que os alunos concluem a escrita de cada palavra, o
professor registra em cartaz para retomada, ao final do projeto, pois a ideia não é chegar à
escrita alfabética nesse momento, mas deixar a palavra do modo como os alunos
escreveram. Ao final do projeto, os alunos retomam as listas com as escritas dos nomes dos
animais e refletem, quando necessário, sobre o modo convencional de grafá-las.
E) Caso ainda fiquem palavras escritas de forma não convencional ou com problemas
ortográficos, os alunos com escrita alfabética e com hipótese de escrita silábica
alfabética terão o desafio de escrevê-las usando letras móveis 1. Para isso, o professor
entregará a cada dupla todas as letras necessárias para escrita da palavra que precisa ser
corrigida, informando aos alunos que deverão utilizar todas as letras.
P Para saber mais consultar sobre Escrita Coletiva:
▪ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 1º ano – Volume Único – 2014, páginas 331 a 335;
▪ Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Programa Ler e Escrever – Professor
Alfabetizador – 2º ano – Volume Único – 2014, páginas 32 a 36.
2. LEITURA
A) Roda de Curiosidades e Divulgação Científica – leitura pelo professor
Pr Propor Roda de Curiosidades a partir das leituras dos textos de divulgação científica. Nas Rodas de
Curiosidades, os alunos têm acesso à leitura de textos de divulgação científica fundamentais
para seu aprendizado, durante o processo escolar e ao longo de toda a vida. Entre outras
coisas, esse gênero textual propicia a ampliação dos conhecimentos sobre o mundo, permite
obter informações para uma pesquisa, conhecer novas descobertas científicas e aprofundar o
conhecimento sobre determinado assunto.
▪ Nessas rodas, os alunos expõem sua opinião sobre o que foi lido, complementam informações
com conhecimentos que já possuem e ouvem os colegas com atenção, tanto nas situações
coletivas, como nos momentos de trabalho em duplas.
▪ Para a organização da Roda de Curiosidade, sugere-se primeiramente que o professor
selecione um texto de divulgação cientifica, que trate de uma curiosidade sobre um determinado
animal, que fará parte do Bichodário.
▪ Para incentivar ainda mais os alunos, pode-se propor que eles contem para a sua família o que
estão descobrindo sobre os animais. Para isso, deve-se ter um caderno com os textos lidos, nas
1 A revisão ortográfica pode também ser feita coletivamente. O professor escreve a palavra da lista, que precisa de revisão, e discute a
melhor forma de grafar com os alunos. No caso de impasse em relação aos aspectos relacionados às irregularidades, ele, então, no final
informa o modo convencional de escrever.
rodas de curiosidades, para que as crianças leiam para seus pais, amigos, vizinhos e outros.
▪ É importante ressaltar que é lendo, sobretudo com um propósito, que se pode desenvolver a
fluência leitora.
Ante Antes da leitura
Reali Realizar um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos a partir do título.
▪ Solicitar que um aluno que lê sem fluência leia o título e perguntar sobre o que acredita que
o texto vai tratar (todos podem responder, contudo é necessário o cuidado de não ser
sempre os mesmos alunos, os que sabem mais). Se o título for muito direto, por exemplo,
sobre os Golfinhos, pode-se perguntar o que mais eles sabem sobre esse animal. Incentivar
os alunos a expor suas ideias.
Outro exemplo, ler o título CAPIVARA. Perguntar: Vocês sabem o que é uma capivara? Sabem
onde ela vive? Procure garantir o fluxo da conversa, sem ratificar ou negar o que as
crianças dizem.
Dura Durante a leitura
● Ler o primeiro parágrafo e pedir que verifiquem se confirmam ou não alguns dos aspectos
levantados por eles.
Após Após a leitura
● Fazer uma síntese das informações sobre os animais: o que sabiam e o que aprenderam
com o texto.
B) Roda de Curiosidades - leitura em duplas
▪ Propor que os alunos em duplas realizem a leitura de algumas curiosidades sobre animais.
Informar que, posteriormente, compartilharão na roda de curiosidade.
▪ Propor que os alunos compartilhem as curiosidades lidas em duplas com os demais colegas.
É importante ressaltar que os alunos devem ter em mãos o texto para leitura e apoio.
C) Roda de Curiosidades - Perguntas curiosas.
Cada 4 duplas receberá a mesma pergunta, por exemplo:
1) Por que as hienas vivem rindo?
2) As listras das zebras são sempre iguais?
3) Por que os pássaros voam numa formação em v?
4) Por que o galo canta ao amanhecer?
5) O pica-pau não fica com dor de cabeça de tanto bicar as árvores?
Os alunos terão de buscar a resposta no texto. As duplas deverão buscar apenas a resposta à
pergunta que lhes foi feita. No final, deverão socializar. Uma dupla socializa enquanto as outras
complementam.
D) Roda de Curiosidades – leitura em duplas-2
Leitura em duplas de texto com curiosidades sobre os animais.
Socialização coletiva, ao final da leitura na roda.
Obs. À medida que os alunos avançarem, propor a leitura de outros textos, especialmente em livros
da Biblioteca.
Leitura do texto de curiosidades sobre os animais.
Neste momento o objetivo é que os alunos leiam mesmo que não saibam ler de forma convencional,
utilizando algumas estratégias já modelizadas pelo professor, tais como:
● Estabelecer uma relação entre o oral e o escrito.
● Identificar um contexto gerador de informações, que os ajude a ler.
● Buscar informações de maneira cada vez mais autônoma.
● Procurar no texto informações para responder questões.
● Acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito e onde está escrito.
● Antecipar o que pode estar escrito.
● Usar informações sobre escritas estáveis para tentar ler palavras novas.
● Comparar as palavras, selecionar, olhar para todas as pistas e verificar o que está escrito.
É importante intervir para que os alunos, progressivamente, consigam ler por si mesmos e incitar a
cooperação entre eles, a confrontação de pontos de vista para compreender o texto para que os
alunos tenham a possibilidade de ler, sem que ainda tenham o domínio da leitura convencional, é
preciso que contem com o máximo de informações sobre o texto proposto para a leitura. Esse
conhecimento permitirá que façam antecipações pertinentes sobre o que pode estar escrito e
verifiquem se tais antecipações são adequadas.
Antes da leitura
Mostrar a ilustração do texto e perguntar: do que vocês acham que vai tratar o texto? Se os
alunos responderem, do papagaio, por exemplo, perguntar: o que vocês acham que vai falar sobre o
papagaio? Solicitar que leiam o título e perguntar: e agora com o título, o que vocês acham que vai
tratar? Anotar na lousa as antecipações sobre o título.
Durante a leitura
A leitura da curiosidade poderá ser realizada pelas duplas. Neste caso organize as duplas de forma
que um dos integrantes tenha mais proficiência leitora do que o outro, para que consigam levantar
informações a partir de antecipações e inferências sobre o que possivelmente está escrito.
Uma variação possível é realizar a leitura de maneira compartilhada com a classe. Neste caso,
iniciar a leitura do texto sobre curiosidades dos animais. Ler um trecho e fazer perguntas para que
os alunos antecipem o conteúdo do texto, por exemplo, onde o papagaio gosta de dormir? Como ele
dorme? O que ele faz quando está dormindo?
Solicitar aos alunos que compartilhem as curiosidades que conseguiram identificar, por meio da
leitura do texto.
Outras sugestões:
a) Ofereça livros aos alunos para que possam manuseá-los, circule entre os grupos, intervindo
de acordo com as questões que vão aparecendo. Nesse caso, a tarefa do professor é ajudar
as crianças a coordenar as informações a partir dos textos, imagens e outros índices.
Oferecer pistas, a partir de uma ou mais questões, a fim de ajudar os alunos a acionarem
estratégias de antecipação de sentido, apoiadas nos títulos, subtítulos, epígrafes, prefácios,
sumários e também no exame de imagens.
b) À medida que os alunos manuseiam os materiais, é interessante questioná-los e incentivá-
los a descobrirem onde podem encontrar as informações desejadas. Buscar informação
específica é um procedimento importante para se propor em uma situação de leitura. Essa é
uma habilidade que se aprende em situações planejadas. Buscar uma informação com
autonomia é construir expectativas em torno do que se quer saber. As expectativas geram
hipóteses a respeito do assunto.
c) Proponha também que os alunos busquem outras possibilidades de leitura, além da
antecipação pelo titulo, como outras características do portador e do texto imagens, nome da
coleção, da revista, boxes, tabelas, legendas, expressões em negrito etc. – dessa forma, os
alunos podem acionar as estratégias de leitura e, assim, possibilitar a compreensão do texto.
d) Reúna, ao final, os alunos em grupos e solicite-lhes que compartilhem com os colegas as
suas hipóteses, as descobertas a respeito do assunto etc. Solicite-lhes, sempre, que
justifiquem os sentidos criados antes e durante a leitura, validando-os ou não, confrontando-
os com as suas hipóteses iniciais e com as informações contidas nos textos.
e) Como estratégia de checagem, o professor poderá ler em voz alta alguns indícios ou trechos
do texto lido pelos alunos, a fim de que possam confirmar ou retificar as antecipações ou
expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura.
É importante ressaltar que:
⮚ Os elementos paratextuais contidos na capa, nos títulos, subtítulos, epígrafes, sumários e
outros contribuem para que o leitor possa estabelecer relações entre o que sabe e a
informação contida no livro.
⮚ Ensinar a buscar informações nos índices e nos sumários, que se apresentam geralmente
nos início dos livros, em forma de listas de palavras e frases curtas, que indicam quais
assuntos ou conteúdos fazem parte daquele livro. Essa é uma forma privilegiada de
aprendizagem da leitura, por ser uma das mais importantes práticas que desenvolvem o
comportamento leitor.
VOCÊ SABIA QUE
Para a leitura de textos do gênero “Você sabia que” a turma deve estar organizada coletivamente.
Como sugestões seguem encaminhamentos para o trabalho de leitura com o gênero em questão:
Atividade 1 - 1º texto
Propor que os alunos leiam e descubram que animal se refere ao primeiro “Você sabia que”.
Perguntar:
▪ O que vocês sabem sobre esse animal? Anotar o que as crianças falarem.
▪ Será que no texto vai aparecer o que vocês falaram? Leiam e verifiquem.
▪ Qual a curiosidade sobre esse animal que esse texto apresenta? Se os alunos responderem ou
lerem, perguntar: vocês sabiam disso? Isso é interessante contar para outras pessoas? Vamos
ler todo o texto e eu anoto para vocês.
Obs: fazer perguntas à medida que observar a necessidade de intervenção.
Atividade 2 - 2º texto
1º momento - Organização dos alunos em duplas (um leitor fluente com um leitor iniciante).
▪ Propor que cada dupla leia um você sabia. É importante definir os papéis de cada um nas
duplas. O leitor iniciante terá o papel de ler e descobrir o que está escrito e contar para o
colega. Este checa as informações e complementa, se precisar.
▪ Quando o professor propõe a leitura em duplas, garante a possibilidade de confrontar as
leituras ou o que cada um descobriu e cooperativamente contribui para a superação das
dificuldades de compreensão.
2º momento - Socialização coletiva
▪ Cada dupla contará o que descobriu enquanto as outras complementam. Se as informações
estiverem incompletas o professor solicita que retomem o texto para checá-las e/ou
complementá-las.