Santa Convocação - Mordomia Cristã - 2025 - PF
Santa Convocação - Mordomia Cristã - 2025 - PF
SANTA CONVOCAÇÃO
O MORDOMO
NO TEMPO DO FIM
SANTA CONVOCAÇÃO
O MORDOMO
NO TEMPO DO FIM
Direção Executiva
Presidente: Pastor Alfredo Jotamo Chilundo
Secretário Executivo: Pastor José Moreira
Director Financeiro: Ancião Bapi Rana
A Equipa da Mordomia
União: Pastor Filipe Alberto Feijamo
Missão Sul: Simião Mazive
Missão Central: Domingos Nhumba
Missão Norte: Coutinho Mucane
Missão Nordeste: Mateus Abel João
INTRODUÇÃO
P
Introdução:
assa um bom número de anos que temos vindo a realizar
anualmente o programa da Santa Convocação. Numa pri-
meira fase, o programa foi sendo realizado de forma rotativa
nos quatro campos que constituem a União Missão Moçam-
bicana da Igreja Adventista do Sétimo Dia; mas desta vez, o Departa-
mento da Mordomia da União, traz-nos, neste ano de 2025, um pro-
grama de âmbito nacional e em simultâneo, ao qual queremos apelar
o envolvimento total de todos os administradores, pastores, lideres da
igreja local e membros em geral.
O objectivo principal da Santa Convocação, introduzida, como me
referi acima, hà alguns anos pelo Departamento da Mordomia da Con-
ferencia Geral, é reanimar os membros da Igreja na sua caminhada
espiritual através de mensagens de mordomia biblicamente baseadas e
visitas aos irmãos e irmãs da igreja.
A Santa Convocação deve ser vista como um programa que veio
para ficar, e não só, como uma marca.
“O Mordomo no tempo do fim” é o tema escolhido para as mensa-
gens a serem pregadas durante a Santa Convocação que decorrerá de
29 Março a 5 de Abril próximos em todas as igrejas da igreja da União
Missão Moçambicana do Sétimo.
Fazemos votos e oramos para que Deus abençoe a sua igreja a nivel
nacional através deste programa.
O Presidente da União
Pastor Alfredo Jotamo Chilundo
Uma Santa Convocação é uma reunião realizada dentro de uma região que reúne todos
os pastores e líderes de mordomia para o propósito de treinamento e renovação espiritual do
grupo e dos membros da igreja nessa área. As actividades diárias incluem tempo devocional
pessoal, adoração em grupo, exercícios, seminários de treinamento e visitação de membros
em suas casas com uma agenda de mordomia específica, testada e comprovada, bem como
pregação de avivamento nas igrejas locais à noite pelos pastores. O último sábado inclui um
chamado para compromisso com a mordomia fiel, usando o compromisso ou cartões de
“Pacto.”
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MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
Tema: 1
zerosos. Desde o relato de Gênesis da origem da humanidade, nós podemos explicar princípios amplo,
mas fundamentais para a vida.
Receber
A vida foi um presente para a humanidade. Depois de receberem o fôlego de vida da
boca de Deus, Adão e Eva receberam um ao outro e o mundo. Então a noite caiu e o sábado
começou. Adão e Eva receberam tudo: a vida, um ao outro, o mundo e então o descanso. A
vida é receber o que Deus dá, e não há nada a desejar além do que Ele deu.
Infelizmente, desde então a humanidade se esforça para tomar o que ela não recebeu e
confia nela mesma ao invés de depender de Deus. Adão e Eva receberam tudo, exceto o fruto
da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:17, NVI). Mas Eva desejou e comeu exa-
tamente aquele, Adão compartilhou dele, e o mal e a morte foram o resultado. Sempre que o
homem deseja e reivindica algo que Deus não deu, o mal e a morte são o resultado. Somente
o que Deus deu é bom. Desta forma, nosso primeiro princípio de viver abundantemente é
apreciar, se contentar com e ser grato pelo que Deus deu.
Descansar
A vida para a humanidade começou com descanso. Depois de receber tão abundantemen-
te, a noite caiu e o sábado começou. O sábado foi o último dia da semana de criação de Deus,
mas o primeiro da vida do homem. Embora ele não tenha feito muita coisa e não estivesse
cansado, ele foi convidado a descansar no que Deus havia feito. Nada pode ser adicionado ao
que Deus fez. O que Ele fez é suficiente e bom.
Infelizmente, desde então a humanidade tem violado o princípio de vida repousante em
corpo e espírito. Os humanos precisam de descanso espiritual, descanso semanal e descanso
noturno. Se essas necessidades não forem honradas, eles gastarão suas vidas de forma impru-
dente. Deus nos deu o sábado e a noite. No ritmo circadiano do Éden, a noite precede o dia.
O descanso precede o trabalho, tanto no campo espiritual quanto no campo físico. Portanto,
o segundo princípio da vida abundante é investir em vida repousante em espírito e corpo.
Conectividade
Na história da criação, Deus afirmou várias vezes que tudo o que Ele criou era bom. Mas
mesmo antes do pecado acontecer, Ele apontou uma coisa que não era boa: “’Não é bom que o
homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’” (Gn 2:18, NVI). Adão
entrou na vida e no encantador Jardim do Éden e entrou em comunhão face a face com o
Deus Criador. Mesmo assim, isso não era suficiente. Não era perfeito, não era suficiente, não
era bom o bastante. Deus colocou no coração do homem um desejo por algo mais: o desejo
por parceria com alguém que fosse igual.
Infelizmente, desde então a humanidade tende a se tornar materialista demais ou religiosa
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MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
demais para a negação de seus companheiros humanos. Sustentar ambos é egoísmo. Assim
como homens e mulheres não podem viver vidas plenas sem o relacionamento amoroso ín-
timo com o Criador acima deles, eles também não podem viver vidas plenas sem o relacio-
namento amoroso íntimo com a criatura ao lado deles. Nós somos criados para parceria
com outros como nós; no casamento, na família, nas amizades e em comunidades maiores.
Portanto, nosso segundo princípio para viver abundantemente é a conexão harmoniosa com
o Criador acima de nós, as criaturas ao nosso lado e a criação abaixo de nós.
Actividade
Na criação, os humanos foram definidos como reflexos de Deus, porque eles governavam
sobre a criação à imagem do Criador. Embora eles nunca pudessem adicionar algo à criação
de Deus, eles deveriam “cuidar dela e cultivá-la” (Gn 2:15, NVI). Por meio dessa atividade, eles
mesmos seriam abençoados e ficariam saudáveis.
Infelizmente, desde então os humanos têm explorado e abusado da criação ao invés de
cuidar dela. No lugar de serem os guardiões da criação, eles se tornaram seu maior adver-
sário. Por causa do distanciamento da criação, de cuidar e cultivá-la, a própria humanidade
está sofrendo.
A inatividade física é uma das principais causas de doenças de estilo de vida, e a falta de
propósito e significado no trabalho é predominante. Isso não é o que Deus quis para os cria-
dos à Sua imagem. Portanto, nosso terceiro princípio de viver abundantemente é actividade
em harmonia com o objectivo pelo qual fomos criados.
Nutrição
Quando Deus deu o Éden para que homens e mulheres vivessem, Ele também deu o que
eles precisavam para viverem vidas abundantes. Seguindo à criação, homens e mulheres de-
veriam viver dos frutos e árvores no Jardim (Gn 2:16). Depois da Queda, eles também come-
riam comidas do solo e plantas do campo (Gn 3:17, 18). Então, depois do Dilúvio, as pessoas es-
tavam permitidas a comer animais (Gn 9:3). Apesar da permissão para comer uma variedade
de alimentos, nós sabemos que uma dieta balanceada, com integrais, à base de plantas, com
a suplementação de nutrientes essenciais como a vitamina B12 é a dieta mais saudável sempre
que estiver disponível. O que Deus fez e planejou para o nosso uso não pode ser melhorado.
Infelizmente, a humanidade tem desejado comer o que não foi permitido ou planejado.
No lugar dos integrais, nós criamos os refinados. No lugar das plantas, as pessoas muitas ve-
zes preferem os animais. Como consequência nós sofremos, os animais sofrem e a natureza
sofre. Quando nós fazemos o contrário do que nós fomos criados para fazer, do que os ani-
mais foram criados para fazer e do que a natureza foi criada para fazer, então a criação fica
sujeita à dor e à morte. Embora a criação tenha se degenerado depois de milênios de pecado
e os alimentos não sejam como eram no Jardim do Éden, nós ainda podemos nos esforçarmos
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UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
para nos alimentarmos primariamente de alimentos para os quais Deus nos criou. Portanto,
o nosso quarto princípio da vida abundante é nos nutrirmos com alimentos reais e não subs-
titutos artificiais feitos pelo homem do que Deus nos dá por meio da natureza.
Quando nós permitimos que Deus seja o centro da nossa vida e recebemos o que Ele nos
deu abundantemente, então nós podemos desfrutar da riqueza e das bênçãos de uma vida
cuidadosamente e fielmente investida, e não gastar de forma imprudente o que não nos foi
dado.
Torben Bergland
O Dr. Torben Bergland é um dos diretores associados do Departamento do Ministério da
Saúde da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, a sede global da Igreja Adventis-
ta do Sétimo Dia.
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MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
Tema: 2
conseguir reunir, mais eficiente será esse processo. Os fatos, uma vez disponíveis, devem ser
relacionados sob dois segmentos principais de seu orçamento: sua renda e suas despesas. As
despesas, por sua vez, serão colocadas em subcategorias como necessidades (compulsórias)
e desejos (opcionais). Ainda, suas necessidades serão classificadas como conhecidas e desco-
nhecidas. Esses dados podem ser representados pela seguinte tabela ilustrativa:
DESPESA
RENDA
Necessidades (obrigatória) Desejos (Opcionais)
Renda 1 Necessidades conhecida Desejo
Renda 2 Necessidades conhecida Desejo
Necessidades conhecida Desejo
Necessidades conhecida Desejo
Renda Total Total Necessidades Total Desejo
vistas como obrigatórias, mas que, na verdade, não o são. Itens como mercado (necessários) e
comer em restaurante (desejos) são muito evidentes. Contudo, há outros itens que podem ser
classificados como necessários e como desejos. Em nosso exemplo, despesas com vestuário e
celular podem ser classificados como necessidades e desejos. Isso significa que para esses itens
há um montante mínimo que deve ser orçado; porém, há custos adicionais para esses mesmos
itens que podem ser evitados. É aí que entra em ação nosso discernimento e quando devem
ser feitas perguntas como:
» Eu realmente necessito de roupas caras de marcas, ou posso me contentar com rou-
pas comuns?
» Realmente preciso de dados ilimitados no celular ou 10GB, por mês, são suficientes?
RENDA
Item Necessidades Despesas
Dízimo (10% da renda total) $350
Ofertas (.....% da renda total)* $350
Mercado $300
Prestação da casa/aluguer $1,000
Plano de saúde $50
Jubilação $50
Vestuário (médio mensal) $75 $250
TV por assinatura $100
Contas de água e energia $75
Combustível $120
Contas telefone celular $30 $30
Lazer $250
Imposto $500
Dízimo (10% da renda total) $2,900 $630
Neste exemplo, a porcentagem total da renda para ofertas é presumida como sendo de 10% 17
UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
O pior cenário
E no caso de que suas necessidades excedem sua renda. A primeira coisa a fazer é voltar
ao Passo 3 e examinar os itens atuais classificados apenas como necessidades que poderiam,
eventualmente, ser considerados parcialmente como necessidades e parcialmente como de-
sejos. Por exemplo, se o valor de suas despesas mensais com combustível for $120, você
deve agora considerar atentamente para ver se usa o carro algumas vezes para saídas des-
necessárias e que poderia ajudá-lo a economizar. Depois dessa análise, você pode ver que o
combustível poderia ser reclassificado como $90 (necessários) e $30 (desejo). O mesmo passo
deve ser dado para os demais itens na medida do possível. Uma alternativa seria aumentar
sua renda ao, provavelmente, encontrar outro emprego. Se a prestação da casa/pagamento
de empréstimos forem muito elevados, você deve considerar a possibilidade de refinanciar
a dívida.
Embora aprender a respeito de como fazer e seguir um orçamento não seja o único ele-
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MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
mento do conhecimento financeiro, é de longe o mais importante. É essencial que cada pes-
soa não apenas assuma seriamente esse processo, mas que o faça em oração e pedindo a orien-
tação e sabedoria de Deus. A elaboração do orçamento não apenas nos livrará de ficarmos
financeiramente estressados, mas também nos ajudará a permanecer fiéis a Deus e apoiando
Sua missão com os recursos com os quais nos abençoou.
Murvin Camatchee
Murvin Camatchee (MBA, MDiv) é natural da República da Maurícia. Atualmente é
pastor das igrejas adventistas de College Drive e de The Ridge.
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UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
Tema: 3
Três macacos compartilhavam uma árvore na floresta. O macaco Banana sempre colhia
bananas. O macaco Milho sempre colhia milho. O macaco Coco sempre colhia coco. O maca-
co Banana fazia pães, pudim e vitaminas. Ele tentava todos os métodos que conseguia pensar
para tornar suas refeições mais interessantes. Ele estava ficando cansado de bananas. O ma-
caco Milho fazia milho na espiga, salada de milho e molho de milho. Ele fazia hora extra para
criar menus que fossem apetitosos. Ele estava muito cansado de comer a mesma coisa dia
após dia. O macaco Coco fazia cookies de coco, pão de coco e sorvete de coco. Não impor-
tava o que fizesse ele desejava ter alguma coisa a mais. Um dia um primo do macaco Banana
visitou-o do outro lado do rio. Seu nome era macaco Flor. Ele olhou para a pilha de bananas,
de milho e de coco. O macaco Flor então disse: “Vocês já tentaram combinar seu alimento
pondo seus ingredientes juntos ou trocando os itens de modo que você não coma a mesma
coisa todos os dias? Se vocês tiverem apenas um tipo de comida, como vocês vão desenvolver
suas papilas gustativas? Parece que se vocês trabalharem juntos, vocês poderão compartilhar
suas posses individuais e ter uma boa refeição recompensadora a cada dia”. Meu pai costu-
mava contar essa história pra mim e para meu irmão quando estávamos em crescimento. Ele
tinha o dom de contar histórias. Em Primeiro Pedro 4:10,11 (NVI) se lê: “Cada um exerça o
dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas
múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém
serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glori-
ficado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém”.
Às vezes podemos achar que não temos um dom para dar a Deus como adoração. Você
não precisa ter um grau especializado e anos de experiência para ter um dom. Tudo que
você precisa é desejar adorar a Deus com um talento que ele já lhe deu. Bondade é um dom
que a maioria das pessoas já tem. Você tem um pet que significa muito pra você? Você com
certeza o alimenta todos os dias, leva-o para caminhar e escova seu pelo. Bondade é um
maneira de mostrar quanto você se preocupa com os outros. Mesmo sendo você mesmo, você
pode mostrar a alguém que ele é importante e que você seria um bom amigo.
Gálatas 6:2 (NVI) lemos: “Levem os fardos pesados uns dos outros e assim cumpram a
lei de Cristo”. Você pode usar seu dom da bondade para ajudar alguém a se sentir melhor
sobre si mesmo. Você já viu alguém sentado na cafeteria ou no recreio? Não custa muito fazer
uma pessoa se sentir melhor. Você poderá dizer “olá” ou se oferecer para jogar algum jogo
20 com a pessoa. Você pode reunir alguns de seus amigos com você e tomar um lanche com a
MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
Gail Broeckel
Gail Broeckel é formada no Shenandoah Valley Academy e na Washington Adventist
University, onde ela serve no conselho dos ex-alunos. Ela é gerente de mídia social e de
marcas registradas. Ela trabalhou para a Associação de Potomac, no Washington Adventist
Hospital, no Columbia Union College, e na ADRA Internacional..
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MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
Tema: 4
liberadamente. Conhecimento é o fator chave que ajuda evitartais situações. Deus, através de
seu profeta, diz que “seu povo é destruído por falta de conhecimento” (Oseias 4:6). Ele quer
que cada pessoa e todas as pessoas conheçam sua palavra porque, como diz o salmista, “é lâm-
pada para os meus pés e uma luz para os meus caminhos” (Salm.119:105 NVI). Em qualquer
aspecto de nossa vida, a palavra de Deus não deve ser negligenciada e isso é verdade mesmo
quando tem a ver com o gerenciamento de nossos recursos financeiros. Recorrer à palavra de
Deus é demonstrar completa confiança em Deus. É por isso que em Malaquias 3:10 Deus diz:
“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa.
Ponham-me à prova”, diz o SENHOR dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas
dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos ue nem terão onde guardá-las”.
Deus promete paz financeira aos que o colocam em primeiro lugar. Mas, muitas vezes, a
realização da promessa de Deus é dificultada pela falta de bons comportamentos financei-
ros, que podem ser o resultado da falta de conhecimento. Casais que estão almejando um
casamento bem sucedido devem buscar conhecimento financeiro com o objetivo de se tornar
financeiramente alfabetizados para ter boa compreensão nas seguintes áreas:
a. Criar e seguir um orçamento e a importância de poupar (veja Mordomo Dinâmico,
1º e 2º trimestre de 2019).
b. O correto uso do cartão de crédito e entender as taxas de juros (veja Dynamic
Steward, 3º trimestre de 2019).
c. Livrar-se das dívidas.
d. Investir e poupar para a aposentadoria
O conhecimento da palavra de Deus e de suas promessas deveriam nos motivar a adquirir
conhecimento sobre princípios financeiros, tanto antes como durante o casamento. Salomão
não poderia ter colocado isso mais claro quando ele diz que “pelo conhecimento as câmaras
se enchem com toda riqueza preciosa e agradável”.
Murvin Camatchee
Murvin Camatchee, MBA, MDiv, é nativo da República de Mauricio. Atualmente, ele é
o pastor principal das igrejas adventistas de College Drive e The Ridge, na Associação dos
Estados do Golfo, Estados Unidos.
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UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
Tema: 5
AIgreja Adventista tem enfrentado uma média desafiadora de retenção de 50 por cento,1
obviamente com uma taxa de evasão correspondente. Mais do que um problema para a igreja
como instituição, isso pode representar uma questão de vida ou morte eterna para os envolvi-
dos. Uma questão que pode ser importante para as pessoas na administração da igreja (desde
a igreja local até as instituições mais altas) é se há um diagnóstico confiável de evasão da
igreja. Se identificado, ele pode ajudar líderes a dar atenção ministerial prioritária (nutrição)
àqueles em maior necessidade, o que certamente afetaria as taxas de retenção.
Este artigo tem o objetivo de contribuir para essa discussão, sugerindo um diagnóstico
de evasão da igreja, que provavelmente é o mais fácil de ser acessado. Ele apresentará alguns
conceitos e estratégias da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White, bem como dados sugestivos
recentes sobre como encorajar membros da igreja a se tornarem mais ligados a Deus e ao
Céu. Este artigo focará em formas como a generosidade e a doação financeira espiritual,2 ou
a sua ausência, podem funcionar como diagnóstico para a apostasia e impactar as taxas de
retenção da igreja.
1
Considerando 2012-2017, de acordo com Os Registros de Estatísticas Online da AG; acessados em 19/02/2019 (http://
documents.adventistarchives.org/Statistics/Forms/AllItems.
2
Nós vamos considerar “Entrega Financeira Espiritual” como tudo que é dado a Deus como uma forma de Seus
mordomos O louvarem, ou para reconhecê-Lo como o Dono de todas as coisas. Isso pode incluir dízimos, ofertas e
26 caridade.
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DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
afeto radical para como Deus? Em Mateus 6:19-21, Cristo declara que posses materiais são
portadoras de afetos. Portanto, Ele adverte Seus discípulos para usá-las como instrumentos
para colocar os afetos (o “coração”) no lugar certo, no céu (com Deus em Sua morada), “pois
onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6:21).
O contexto imediato (Mt 6:25-31) deixa claro que por “tesouro” (riqueza), Jesus se referia a
posses materiais, incluindo dinheiro. Mas como nós transferimos tesouros para Deus e para
o céu e consequentemente colocamos nosso afeto lá? Em Lucas 12:33, 34, Jesus menciona a
caridade primeiramente como uma forma de colocar tesouros no céu (e, consequentemente,
o coração também). No entanto, isso envolve um espectro muito mais amplo que inclui tudo
que pode ser dedicado ao Senhor, o que é sugerido pelo dualismo terra/céu encontrado no
texto correspondente de Mateus 6:19-21, bem como nos escritos de Ellen G. White.3 Saber
que amar a Deus é a escolha mais importante para a vida eterna e que esse afeto pode ser
iniciado e aumentado por meio da entrega financeira espiritual, é uma informação impor-
tante para os interessados em desenvolver estratégias de nutrição e retenção. Aqui Jesus está
descrevendo Seu “Princípio da Retenção do Coração”, uma estratégia divina elaborada para
mantes o coração em Seu reino e não só o corpo na igreja. Mesmo que o “Princípio de Reten-
ção do Coração” de Jesus obviamente não seja limitado à entrega financeira espiritual, essa
atividade deve ser incluída como um item integral na lista de práticas de devoção pessoal
adventistas, de acordo com Rob McIver. McIver4 propões que essas práticas que conectam
pessoas a Deus devem ser avaliadas e estudadas para propósitos de nutrição e retenção, in-
cluindo a entrega financeira espiritual.5
A aplicação reversa do Princípio de Retenção do coração estabelece que discípulos pro-
fessos que não estão direcionando suas posses (e, consequentemente, seus afetos) ao céu (a
Deus),as estão investindo na terra e estão sendo incomodados e enganados por elas (Mt 13:22).
Desta forma, eles estão aumentando seu afeto pelos objetos errados, estrangulandoa Palavra
de Deus e se tornando espiritualmente infrutíferos (Mt 13:22). Esse afeto enganoso se torna
uma doença espiritual chamada materialismo, também reconhecida por João como o amor
do mundo, ou o amor das coisas. Isso produz uma perda correspondente de visão espiritual e
uma perda de amor pelo Pai (1 João 2:15) - um resultado fatal da perspectiva da nutrição e da
3
Um exemplo: “Há apenas dois lugares no Universo onde poderemos colocar nossos tesouros — no celeiro de Deus
ou no de Satanás; e tudo o que não é dedicado ao serviço de Deus é contado do lado de Satanás, e vai fortalecer sua
causa”. - Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia, p. 21.
4
McIver, Robert K., Práticas de dízimo entre adventistas do sétimo dia: um estudo de demografia e motivos de dízimos da
Austrália, Brasil, Inglaterra, Quênia e Estados Unidos (Avondale Academic Press and Office of Archives, Statistics, and
Research, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia), p. 153 .
5
Depois de estudar padrões de oferta em cinco associações em cinco continentes, McIver identifica cinco “práticas
de devoção pessoal correlacionadas aos dízimos”, que são “[1] ir à Escola Sabatina, [2] abrir e fechar o sábado, [3] estu-
dar a Lição da Escola Sabatina, [4] ler e refletir na Bíblia todos os dias, e [5] orar com frequência durante o dia”. Por
esse motivo, ele sugere que dizimar deveria ser incluído “como parte das práticas que constituem a devoção pessoal
dos adventistas do sétimo dia”. Idem. 27
UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
retenção!
[Amar] a Deus é a escolha mais importante para a vida eterna, e... esse afeto deve come-
çar e aumentar por meio da entrega financeira espiritual.
Mesmo que a Bíblia não seja contra possuir riquezas neste mundo (É Deus “que lhes dá a
capacidade de produzir riqueza” Dt 8:18), as riquezas não devem ser desejadas ou buscadas
(1 Tm 6:9); caso contrário, Deus pode ser odiado ou desprezado (Lucas 16:13). Como não é
possível “servir a Deus e ao Dinheiro” ao mesmo tempo (Lucas 16:13), a nossa atenção deve ser
prestada “Reino de Deus e a sua justiça”, e então “todas essas coisas lhes serão acrescentadas”
(Mt 6:33). Obviamente isso inclui posses materiais necessárias.
Paulo também aponta para o risco espiritual extremo do materialismo para propósitos de
retenção ao dizer que o “desejo de ser rico” impede muitos de entregarem seu dinheiro espi-
ritualmente e afunda “homens na destruição e na perdição”. Depois ele relaciona o materia-
lismo e o amor ao dinheiro à apostasia explicitamente ao dizer que “o amor ao dinheiro é raiz
de todos os males, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé” (1 Tm 6:9, 10; itálico inserido):
uma conexão clara entre evasão da igreja e ganância.
prósperas”13 e que é na obra de partilhar as bênçãos celestiais que (por meio dos dízimos,
ofertas e caridade) “estão a vida e o crescimento da igreja”.14
Parece claro que a entrega financeira espiritual está fortemente ligada ao crescimento
da igreja e à prosperidade espiritual das igrejas, tornando a apostasia menos provável. Mas
mais do que isso, ela é avaliada por Deus (2 Co 9:7)15 , e por isso tem implicação espirituais e
morais definitivas (Ml 3:8-10). Ainda é necessária uma investigação mais ampla para verificar
dados a respeito do relacionamento entre entrega financeira espiritual e padrões de retenção
da igreja. Mas pelo menos de uma perspectiva bíblica e do Espírito de Profecia, parece evi-
dente que a entrega financeira espiritual está intimamente ligada ao crescimento da igreja e
à prosperidade espiritual e é esperada para aumentar as taxas de retenção da igreja. Por esse
motivo, a entrega financeira espiritual deve ser encorajada, praticada, avaliada e estudada,
porque a sua ausência pode ser considerada um previsor da apostasia. Registros financeiros
de membros também deveriam ser estudados por um grupo seleto de líderes da igreja como
uma ferramenta vital, ajudando-os a reconhecer e possivelmente prevenir a apostasia ao
dar atenção prioritária àqueles membros em maior risco. Um estudo subsequente deve ser
apresentado para abordar estratégias e programas com a intenção de fortalecer a devolução
sistemática e/ou estabelecer intervenções apropriadas quando ela estiver ausente.
Marcos F. Bomfim
O pastor Marcos F. Bomfim é o diretor do Ministério de Mordomia na Associação Geral
dos Adventistas do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos
13
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 3, p. 405.
14
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 6, p. 448.
15
John C. Peckham, The love of God: a canonical model (O amor de Deus: um modelo canônico), 2015, IVP Academic,
30 uma impressão da InterVarsity Press, p. 123.
MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
Tema: 6
Ela se inquieta com animação quando o apelo do ofertório é lido. Ela não consegue ver
quem está lendo, mas espera que esta semana seja sua vez de fazer a jornada. A leitura ter-
mina e a música começa. Conforme a música começa a tocar, uma mão a remove da carteira.
Ela se despede de suas amigas e ansiosamente entra no envelope branco. O envelope dobrado
e selado traz escuridão. Ela ouve uma oração suave e sussurrada do doador.
A luz do sol a aquece pelo papel fixo do envelope de dízimos. Ela espreme os olhos para ver
a escrita do lado de fora e percebe que será um dízimo. Ela imagina o que isso significa e que
jornada fará. Ela está verdadeiramente animada porque deverá ser usada por Deus.
As salvas passam. Ela é passada pela abertura estreita e cai no fundo do tecido. Ela perce-
be que, uma vez lá dentro, não pode ser removida sem bastante agitação. (Controle interno
1: as salvas devem ter uma abertura estreita, que torne difícil a retirada de dinheiro pelos
membros.) Outras notas e moe- das em envelopes se juntam ao saco. Algumas em envelopes
e outras sem envelopes. Elas estão todos animadas para estarem a serviço do Senhor. Uma
mas mulheres no envelope de dízimo no saco começa a cantar “Eis-me aqui, Senhor, envia-me
.”Alguém a pergunta pelo envelope se é a primeira vez dela na jornada. Ela responde “Sim, é”.
A outra comparti- lha que é a décima vez que está na jornada da igreja.
Uma oração é levada ao céu e as bolsas são colocadas atrás do púlpito. Elas escutam com
atenção à música especial, o sermão, música final e oração final, logo antes de serem carrega-
das para a sala atrás da igreja.
O seu envelope é aberto. Ela sai para a mesa. Ela olha ao seu redor e percebe duas mulheres
contando suas colegas notas e moedas. Umhomem está registrando seu valor. (Controle inter-
no 2: sempre que o dinheiro é contado, deve haver pelo menos duas pessoas; uma pessoa não
deve contar dinheiro sozinha.)
Ela sente uma parte de si a deixar quando seu valor é registrado num grande livro triplica-
do. Ela permanece inteira, enquanto seu valor é registrado num recibo. Ela também per- cebe
que o valor total dela mesma e suas amigas é registrado numa folha de contagem. Ela espia e
se tranquiliza quando percebe que o total de todo o valor delas também é igual ao total do
comprovante de depósito. (Controle interno 3: os recibos totais de dízimos e ofertas deve ser
registrado no livro de caixa, que deve ser igual à folha de contagem, que deve ser igual ao
total depositado. Recibos de ofertas soltas devem ser dados ao diácono chefe.)
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UNIÃO MISSÃO MINISTÉRIO
MOÇAMBICANA DA MORDOMIA
CRISTÃ
Ela é colocada numa bolsa de dinheiro e sua jornada física começa uma rota diferente de
seu valor. Uma sensação quente de contentamento toma conta dela. Agora ela está a serviço
de Cristo. Foi um dia cansativo, emocional e fisicamente. Contudo, ela faria essa jornada de
novo com alegria. Ela se deita no dinheiro e cai no sono.
Seu valor é agora recebido com animação pelo tesoureiro da igreja e a jornada continua na
página do livro de caixa, na coluna de dízimos. Um total é colocado na coluna. Um compro-
vante de depósito registra o dinheiro que vai à igreja local e o dinheiro que vai à associação.
Tanto o dinheiro quanto o livro de caixa são trancados no cofre.(Controle interno 4: o di-
nheiro deve ser mantido num local trancável para segurar os recursos.)
A segunda-feira chegou e uma brisa fria entra no cofre e acorda as notas adormecidas
na bolsa. Ela se encontra na bolsa de dinheiro atribuída para a conta bancária da associa-
ção. Com pressa, o tesoureiro leva as bolsas ao banco e deposita o dinheiro. Um carimbo do
banco é colocado no comprovante de depósito como evidência do depósito. A folha de con-
tagem, o livro de caixa e o envelope usado para o dízimo são anexados a este comprovante
de depósito. O tesoureiro envia um e-mail à associação com uma cópia do comprovante de
depósito e um detalhamento refletindo quanto precisa ser alocado em dízimo e qual o va-
lor da oferta. O trabalho da semana está feito. (Controles internos 5 e 6:Garanta o depósito
pontual do dinheiro, corretamente segregado à associação e à igreja local, com notificação
imediata da alocação para a associação.)
O mês logo chega ao fim e a primeira semana do próximo mês chega, encontrando o
tesoureiro na reunião da comissão da igreja. Mexendo em seus papeis ao se preparar para
relatar, ele limpa sua garganta e relata o total dos dízimos e ofertas recebido no mês anterior,
o total enviado à associação e o total permanecendo nas igrejas. Registrado: gastos totais.
Registrado: balanços bancários. Os balanços bancários são iguais ao total que continua na
igreja depois dos gastos.(Controle interno 7:Relatórios regulares à comissão reduzem o risco
de fraude e erro.)
32
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DA MORDOMIA MOÇAMBICANA
CRISTÃ
O valor enviado à associação começa sua jornada com percentagens indo para a união,
divisão e Associação Geral, todo em busca do “evangelho do Reino será pregado e então virá
o fim” (Mat. 24:14).
O Manual de Contabilidade Adventista do Sétimo Dia define controle interno como “o
processo desenhado e implementado pela administração e indivíduos debitado com gover-
nança para fornecer garantia razoável ao alcance dos objectivos da entidade” (Associação
Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2011, p. 17).O principal objectivo da igreja está contido
neste texto: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei.
E eu estarei sempre com vocês até o fim dos tempos. Amém” (Mat. 28:19, 20). Controles inter-
nos são desenhados e implementados para garantir que toda o valor dado pelo doador seja
alocado e utilizado de acordo com a intenção dele ou dela.Com oração, os fundos são com-
prometidos a fazerem discípulos de todas as nações, para que o fim venha! Assim, a tarefa da
tesouraria é vitalmente importante para a missão!
Russell Raelly
Russell Raelly trabalha atualmente como Oficial Financeiro Chefe na Associação Cape na
África do Sul, uma posição onde está desde 2018.Outras posições incluem Oficial Financeiro
na SID e na Associação Cape. Ele é o Membro da Associação de Contadores Cerificados,
Membro Pleno do Instituto de Administração e Comércio, revisor independente na África
do Sul e tem um MBA e um BBA em Contabilidade pela Southern Adventist University. Ele
é casado com Roslyn Raelly e eles têm um filho, Ryan Raelly.
33
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CRISTÃ
Tema: 7
Identidade, propósito e regras do jogo eus chamou muitos de nós para sermos empreen-
dedores e para abrirmos um negócio que O glorifique. No en tanto, às vezes perdemos nossa
identidade e nosso pro pósito. Este artigo ajudará os empresários cristãos a encontrar seu
propósito e a conhecer as regras para operar seus negócios.
espírito e a direção das Escrituras para gerir a empresa”.19 Portanto, quero encorajá-lo a encon-
trar sua identidade, primeiro como um cristão e, em segundo lugar, como empresário.
19
Dave Ramsey, EntreLeadership: 20 Years of Practical Business Wisdom From the Trenches, (New York: Howard
Books, 2011), p. 3.
20
M.D.M. Cullen, A. P. Calitz, and L. Boshoff, “Characteristics of the Christian Entrepreneur”, Journal for Develo-
pment and Leadership 2, no. 1 (2013): 29-44, https://jdl.mandela.ac.za/Journal Archive/Volume-2/Number-1/Charac-
teristics-ofthe christian-entrepreneur
21
Ibid., p. 37.
22
Ibid
23
Jordan Raynor, Called to Create: A Biblical Invitation to Create, Innovate, and Risk (Grand Rapids: Baker Books,
2017), p. 52, 14. 35
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CRISTÃ
tanto, refletem seu caráter (Pv 22:1) e os clientes falam bem delas (Pv 27:2). Brock Shinen argumenta que
os empreendedores cristãos sonham, planejam, executam e aumentam seus negócios com base em um
profundo compromisso com Deus e confiança e Seus princípios.24
Além disso, a gestão dos recursos humanos de suas empresas é baseada em princípios cristãos. Eles têm o
cuidado de empregar trabalhadores que se amoldam aos seus valores (Pv 10:26). Eles promo vem relacionamen-
tos saudáveis com seus empregados (Ef 6:5-9; Cl 4:1) e pagam salá rios justos (Dt 24:15; Tg 5:4). Eles orientam seus
funcionários como gostariam de ser orientados (Pv 27:17; Lc 6:31) e os motivam a alcançar objetivos em comum
(Pv 16:26). Além disso, eles oram por seus funcioná rios e por seus parceiros de negócios (Jó 42:10; Tg 5:16)
Os empreendedores cristãos são prudentes com suas finanças. Eles acreditam e praticam os três prin-
cípios da liberdade financeira:25 (1) Deus é o dono de tudo o que temos (Sl 24:1, 2), (2) Deus supre todas
as nossas necessidades (Fp 4:19), e (3) Deus vem em primeiro lugar na administração das nossas finanças
(Mt 6:33). Uma manei ra de colocar a Deus em primeiro lugar é devolver fielmente os dízimos e as ofer-
tas. Assim, eles devolvem o dízimo referente a sua renda, incluindo todos os lucros apre sentados pelo
negócio (Lv 27:30; Ml 3: 8-12). Como aponta Ellen White, os empreen dedores cristãos acreditam que não
são “deixados a tropeçar nas trevas e na deso bediência. A verdade é exposta claramente e pode ser clara-
mente entendida por todos os que desejam ser sinceros à vista de Deus. O dízimo de toda a nossa renda
é do Senhor”.26 Além disso, eles colocam a Deus em primeiro lugar ao darem ofertas propor cionais, de-
monstrando espírito de abnega ção.27 Eles dão ouvidos aos ensinamentos de Jesus sobre a oferta da viúva
(Mc 12:43, 44) e reconhecem que “[Ele ensinou] que o valor da oferta é estimado, não pela quantidade,
mas pela proporção em que é dada e pelos motivos que moveram o doador”.28
Além disso, eles administram seus negócios e finanças familiares dentro de um orçamento,29 gastam
menos do que ga nham (Pv 21:20) e evitam assumir dívidas desnecessárias (Pv 22:7). Ademais, desfrutam
das bênçãos que resultam do hábito de poupar30 e de investir com sabedoria.31
Finalizando, gostaria de incentivar o querido empresário cristão a, por meio da oração,
encontrar sua identidade, primeiro como cristão e, depois, como empresário. Que o seu pro-
pósito seja trazer glória a Deus em cada detalhe do seu negócio. Descubra na Bíblia os valores
e princípios que Deus deseja que você use para gerir os seus negócios. E que, muito em breve,
possamos ouvir dos lábios do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel; você foi fiel no pouco,
sobre o muito o colocarei; venha participar da alegria do seu senhor” (Mt 25:23)
24
Brock Shinen, The Christian Entrepreneur: Dream, Plan, Execute, Grow (Grand Rapids: Bethany House,
2020), p. 12.
25
Guillermo Biaggi e Carlos Biaggi, Libertad Financiera: Principios Bíblicos y Administración, Fidelidad y
Generosidad (Buenos Aires: Casa Editora Sudamericana, 2017), p. 35-50.
26
Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Adventista, 2007), p. 52.
27
Biaggi e Biaggi, p. 46, 47.
28
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006), p. 190.
29
Biaggi e Biaggi, p. 111-137.
30
Ibid., p. 156-170.
36 31
Ibid., p. 231-247.
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CRISTÃ
Tema: 8
Pacto é um nome usado para uma oferta sistemática e regular, uma oferta que é diferente
da oferta voluntária (veja tabela abaixo). Mas se ela é regular e sistemática, com que frequên-
cia deveria ser dada e que sistema deveria ser adotado?
Regularidade: De acordo com a bíblia, a regularidade de dar deveria ser determinada pela
regularidade de receber (Prov. 3:9). Como isso pode ser considerado a maneira mais básica
e fundamental de doar, qualquer outro tipo de doação deveria ser realizado além desse e
adicional a esse.
Sistema: O Sistema é proporcional à entrada, ou baseado em percentagem (1 Cor. 16:1; Deut.
16:17). Isso quer dizer que a quantidade será alterada conforme a entrada é modificada. Ellen
White diz: “No sistema bíblico de dízimos e ofertas, as quantias pagas por diferentes pessoas
certamente vão variar muito, visto serem proporcionais às rendas”.32
Alguns princípios sobre o Pacto
É considerado tão importante e tão obrigatório quanto o dízimo (Mal. 3:8-10).
Não devolver o Pacto também é considerado como desonestidade contra Deus. Deve ser
dado assim que receber qualquer renda (Pro.3:9), logo após o dízimo.
O fato de que a entrada ou o aumento precede a promessa contradiz qualquer teologia que
sugira ofertar como meio de comprar o favor de Deus.
Como é proporcional ao rendimento, baseado em porcentagem, não é esperado por Deus
quando não há entradas (2 Cor. 8:12). Ele é sempre o primeiro a dar.
Um pouco mais: Em Malaquias 3:8-10, dízimos e ofertas são vistos como de igual impor-
tância e são obrigatórios. Não trazer qualquer um deles é roubar a Deus. A conclusão parece
inevitável que a oferta mencionada em Malaquias 3:8-10 difere da oferta voluntária.
E o fato de que ela é mencionada junto com o dízimo indica que ambos estão sob o mesmo
sistema, como é a oferta mencionada em Provérbios 3:9,10. Logo, pelo menos três caracterís-
ticas semelhantes para ambos, dízimo e Pacto, (oferta regular e sistemática) são esperados:
(1) regularidade (após qualquer renda), (2) proporcionalidade (uma proporção da entrada),
e (3) entrega (levadas ao depósito)
Ellen White também apoia a ideia que dízimos e ofertas estão sob o mesmo Sistema. E
esse Sistema inclui o conceito de dar em proporção à renda. Na afirmação previamente
citada neste artigo, ela diz: No Sistema bíblico (palavra no singular) de dízimos e ofer-
32
Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia, p. 45 (ênfase em itálico).
37
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CRISTÃ
tas (ambos sob o mesmo Sistema) o total pago por diferentes pessoas certamente pode va-
riar grandemente uma vez que são proporcionais à renda”33 em outra citação, ela chega ao
ponto de dizer que esta oferta, juntamente com o dízimo, não é voluntária, mas parte “de
nossa obrigação”. Este pensamento, de acordo com Malaquias 3:8-10, confere a ideia de que
não trazer dízimos e ofertas tem consequências morais e espirituais. Aqui está a citação:
“Essa questão de dar não é deixada ao impulso. Deus nos deu instrução a esse respeito. Es-
pecificou os dízimos e ofertas como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que
demos regular e sistematicamente”.34 Uma das razões para dar ofertas sob o sistema baseado
em porcentagem é que ele reconhece a Deus como o Iniciador do processo de doação. É ne-
cessário que o adorador reconheça e meça a bênção antes de calcular a porcentagem dela a
ser dada. Portanto, o ato humano nunca precede a doação de Deus.
O que Rodriguez diz sobre o dízimo pode bem ser aplicado ao Pacto: “É sempre uma
resposta e nunca um prelúdio”.35 Uma outra razão pela qual deveríamos dar ofertas regu-
larmente e sistematicamente é que “o egoísmo é o mais forte e o mais geral dos impulsos
humanos”.36 Portanto, diz Ellen White, “em nossos labores e dons para a causa de Deus, não
é seguro ser controlado por sentimentos e impulsos”.37 Por essa razão ela também adverte
que “Dar ou trabalhar quando são despertadas as nossas simpatias, e reter nossas dádivas ou
serviço quando as emoções não são estimuladas, é rumo não sábio e perigoso6” A mensageira
de Deus termina esse parágrafo dizendo que “Devem os cristãos agir guiados por princípios
fixos, seguindo o exemplo de abnegação e de sacrifício-próprio do Salvador”.38
Como se tornar um pactuante
Vote, prometa, proponha (2 Cor. 9:7) a regularidade, a percentagem, e o período de validade
(termos) de sua oferta. Regularidade: Decide diante de Deus dar em resposta à sua doação.
Dê como ele lhe dá e não de acordo com seus impulsos, sentimentos ou simpatia aos apelos,
ou ao seu coração que pode ser enganoso (Jer.17:9).
Sistema: Decida dar uma porcentagem específica ou proporcional a todas as rendas ou
aumento que o Senhor providenciar (I Cor. 16:1; Deut. 16:17). Diferente do dízimo, cuja porcenta-
gem é estabelecida por Deus, o adorador pode propor essa porcentagem “no seu coração” (2
Cor. 9:7).
Duração: Assim como é com o dízimo, a oferta se espera que seja durante a vida inteira
do cristão. Mas como a porcentagem pode ser ajustada ou aumentada periodicamente, é
33
Idem (ênfase em itálico).
34
White, Conselhos sobre Mordomia p. 50.
35
Angel M. Rodriguez, Stewardship Roots: Toward a theology of Stewardship, tithe, offerings, p. 46. Silver Spring,
DM: Departamento dos Ministérios da Mordomia da Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.
36
White, Conselhos sobre Mordomia, p. 15.
37
Idem.
38 38
Ibidem.
MINISTÉRIO UNIÃO MISSÃO
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CRISTÃ
39
“Especificou os dízimos e ofertas como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que demos regular e
sistematicamente . . . Depois de ser o dízimo posto à parte, sejam as dádivas e ofertas proporcionais: ‘segundo a sua
prosperidade.’” White, Conselhos sobre Mordomia, p. 50. 39
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CRISTÃ
Plano de
Ofertas
BENEFÍCIOS
▪ Simples é conveniente para o adorador.
▪ Focado na adoração em vez de em projetos.
▪ Os adoradores desenvolvem gratidão pelas bênçãos recebidas.
▪ Menos promoção de projetos e mais tempo para adoração promoção.
▪ Encoraja os adoradores a doar de seus relacionamentos com Deus.
▪ Promove a doação baseada em princípios e desencoraja doação emocional.
▪ Incentiva a Promessa (doação regular e sistemática Deut. 16:17; 1 Coríntios 16:1-2).
▪ Os membros são livres para escolher a percentagem de suas rendas a ser dada como
Promessa (regular, oferta baseada em percentagem).
DISTRIBUIÇÃO
▪ Proporção: votado pela Conferência Geral e as Divisões, revisado a cada 5 anos.
▪ O sistema POC foi baseado nas três instâncias geográficas especificadas por Jesus
como prioridades evangelísticas para aqueles que receberiam o Santo Espírito. Em
Atos 1:8, Jesus nos falou para sermos testemunhas: 1. Não a penas localmente (“Jeru-
salém); 2. Mas também regionalmente (“Judeia e Samaria”); 3. Internacionalmente
(“Confins da Terra”).
▪ Destino: Destino de ofertas são respeitadas.
▪ Coleção/Recolha: todas não designadas como ofertas são reunidas em um fundo.
40 ▪ Distribuição: os fundos são automaticamente distribuídos de forma equitativa.
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CRISTÃ
▪ Suporte: fornece equilíbrio apoio para todas as regiões, igreja entidades, ministérios
e projetos.
▪ Altruísta: desencoraja egoísmo institucional gerado pela “luta” por fundos.
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CRISTÃ
Textos
Bíblicos
TEXTOS E ORIENTAÇÕES
DÍZIMO E OFERTAS
DÍZIMO - ADORAÇÃO
1. Foi definido por Deus - Lv. 27:30-32; Gn. 14:20 - 10%
2. É Santo - Lv.27:30
3. Pertence ao Senhor - Lv.27:30
4. Deve ser devolvido na Igreja como forma de Adoração - Ml.3:10
5. Deve ser o primeiro item em seu orçamento - Pv.3:9,10
6. Deve ser usado para o ministério no avanço do Evangelho - Nm.18:21 a 24
7. Há uma promessa de bênção aos fieis - Ml.3:10,11
8. Deus espera que sejamos fieis no mínimo e no máximo - Mt.23:23
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