Aula 04 - Prof.
Nick
Simonek
ANM (Exceto Cargos 11, 13 e 15)
Regulação e Agências Reguladoras -
2024 (Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale, Nick Simonek Maluf
Cavalcante
06 de Janeiro de 2025
03290312526 - Joanderson damon barboza Lima
Celso Natale, Nick Simonek Maluf Cavalcante
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SUMÁRIO
1) Estado Regulador......................................................................................................................2
2) LEI Nº 10.871/2004................................................................................................................... 31
3) Análise de Impacto Regulatório................................................................................................37
4) DECRETO Nº 10.411/2020........................................................................................................39
5) DECRETO Nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024.................................................................78
6) Questões comentadas................................................................................................................92
7) Lista de questões........................................................................................................................95
8) Gabarito......................................................................................................................................97
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INTERVENÇÃO INDIRETA: O ESTADO
REGULADOR
Noções Introdutórias
Inicialmente, necessário destacar que boa parte dos pontos trazidos na ementa da aula 04 já foram
tratados na aula 02.
Assim, vamos a uma breve introdução para tratarmos dos temas faltantes.
Na intervenção indireta o que temos aqui é a função do Estado editando normas específicas para
regular determinado nicho da economia, característica essa que, no cenário nacional, advém do
art. 174, CF/88, senão vejamos:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Pelo dispositivo atua o Estado de forma indireta sobre determinados nichos econômicos através
dos denominados instrumentos de regulação que são divididos nas funções prestadas pelo
Estado, sendo divididos em a) atos normativos para supervisão e regulamentação da atividade
econômica; b) Mediação entre os interesses dos setores públicos e privados, através de
instrumentos jurídicos transnacionais de composição extrajudicial de conflitos c) exercício de
poder de polícia sobre a atividade econômica, com a expedição de regulamentos proibitivos
próprios ou por aplicação de sanções administrativas nas infrações a serem apuradas no caso
concreto função judicante; d) Fomento, estímulo e promoção a determinadas atividades, a fim de
se alcançar os objetivos políticos estabelecidos pelo Poder Público.
Certo! A partir daí surgem as seguintes indagações: Como chegamos até este modelo de
regulação? O que é regulação? Qual estrutura da regulação? Quais os tipos de regulação? Quais
os Instrumentos de Regulação e a diferença para os Mecanismos de Mercado e de Regulação? O
que é desregulação? Existe um sistema específico dentro do conceito de regulação de defesa da
concorrência?
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Histórico e Conceito de Regulação
Sobre o tema histórico da regulação, devemos nos questionar: Por que há necessidade da
intervenção indireta do Estado na economia, se pode o mercado se autorregular?
Veja que a partir do século XVIII, o escocês Adam Smith trouxe ao mundo a ideia de Estado liberal,
ou seja, aquele que efetivamente respeita as relações privadas e não intervém na economia direta
ou indiretamente.
Naquela época tínhamos de forma absoluta os primados da livre iniciativa e da autonomia da
vontade que deveriam viger nas relações privadas sem qualquer intromissão do Estado. Dentro
do cenário histórico e considerando que o modelo de Estado Liberal efetivamente não era o
melhor para fins de correção dos abusos do poder econômico é que surgiram os primeiros atos
intervencionistas datados do final do século XIX.
Estamos falando especificamente de atos de intervenção regulatória que buscavam reestabelecer
a concorrência oriundos dos Estados Unidos e do Canadá, denominados de Sherman Act e
Competition Act. Nessa linha, a doutrina especializada: “Nos EUA, a regulação como forma de
intervenção indireta implementada via Executivo surgiu em 1887, ante a necessidade de se criar
regras homogêneas para a normatização do comércio interestadual, evitando-se, assim, a guerra
fiscal entre as Unidades da Federação.”
Posteriormente, o processo de regulação foi ampliado, na década de 1930, em virtude de se
estudar e normatizar o monopólio natural das linhas ferroviárias, bem como da necessidade de se
coibir a prática de condutas abusivas neste mercado.
Tais atos de intervenção regulatória são tidos como as primeiras leis antitruste da economia global.
Sobre o vocábulo trust oriundo da língua inglesa temos um acordo de vontades entre empresas
para combinação de estratégias específicas de forma a prejudicar a livre concorrência. A partir de
tais acordos é que surgiram as efetivas leis antitruste com o objetivo de prevenir eventuais quebras
de nichos econômicos, bem como reprimir condutas abusivas, através de um aparato estatal de
defesa da concorrência.
Seguindo no histórico, tema relevante é sobre o Clayton act, editado em 1914 nos Estados Unidos
como aperfeiçoamento do Sherman Act, passando a proteger, cada vez mais, as pequenas e
médias empresas, coibindo os denominados contratos em cadeia em que há exclusividade nos
fatores de produção.
Ponto interessante aqui e que será tratado quando da defesa da concorrência na ordem nacional
é que tal ato não proibia de pronto as condutas praticadas devendo ser demonstrado o efetivo
prejuízo a concorrência.
No âmbito da Europa, apenas tivemos efetivos normativos sobre a regulação com a passagem do
Estado do Bem-estar Social, Welfare State, para o Estado Neoliberal Regulador a partir de 1980.
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Antes disso, com a celebração do Tratado de Roma de 1957, passamos a ter melhorias no sistema
de defesa da concorrência, sendo certo que os signatários do tratado editaram legislações
próprias sobre o tema.
Partindo para nossa realidade, em que pese a criação do Banco Central e da Comissão de Valores
Mobiliários antes mesmo da CFRB/88, fato é que o modelo de regulação passou a efetivamente
ser eficaz e notório a partir da Lei nº 8.031/90, a qual fora responsável pela desestatização de
vários setores devolvendo-os para a iniciativa privada.
Em seguida, surgiu a Lei 9.491/97, a qual revogou a Lei 8.031/90, e instituiu novos procedimentos
de desestatização. Dito isto e visto o histórico da regulação que efetivamente influenciou o cenário
nacional, vamos ao conceito de regulação.
Sobre o conceito de regulação temos uma atividade estatal no campo econômico que objetiva
justamente a criação de regras sobre determinados nichos econômicos a fim de evitar justamente
o abuso do poder e garantir a defesa da concorrência.
O ponto de referência para tal atividade estatal é justamente a garantia dos princípios e
fundamentos da ordem econômica previstos no Art. 170, da CF/88. Trazendo para o campo
doutrinário, vamos ao magistério em sequência:
Pode-se conceituar, objetivamente, a regulação como o conjunto de atos e
medidas estatais que têm por fim, garantir a observância dos princípios
norteadores da ordem econômica no mercado, bem como a devida e correta
prestação de serviços públicos, além do incentivo e fomento para a
implementação das políticas públicas respectivas para direcionamento de cada
nicho da economia.
Sob um aspecto subjetivo, pode-se conceituar a regulação como o processo
estatal de normatização, de fiscalização, de incentivo, de planejamento e de
mediação da atividade econômica dos particulares, conjugando os interesses
privados destes com os interesses público e coletivo envolvidos no ciclo
econômico do respectivo mercado.
Assim, da junção dos dois aspectos conceituais acima delineados, a regulação se
trata de toda medida estatal, envidada no sentido de garantir a prevalência dos
princípios da ordem econômica, bem como do respectivo interesse coletivo, a
fim de efetivar a observância das políticas públicas norteadoras do planejamento
econômico estatal.
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Portanto, por regulação, temos a atividade estatal que busca justamente garantir os princípios e
fundamentos da ordem econômica, através de ações objetivas por parte do Estado sobre os
agentes econômicos, conjugando o interesse privado com o interesse coletivo.
Estrutura da Regulação
A primeira indagação, antes mesmo de se iniciar o tema é a seguinte: Por que é necessária uma
estrutura de regulação?
A resposta é simples. Quando um determinado nicho da economia não está funcionando de forma
efetiva é natural que sejam identificadas falhas de mercado. Por falhas de mercado temos
situações de atipicidade de funcionamento em determinado setor da economia.
Diante de tal quadro de anomalia é que, diante do interesse coletivo, se faz necessária a regulação
daquele setor. Trata-se de situação de anormalidade do mercado com efeitos danosos ao
processo competitivo.
As respectivas falhas de mercado são: 1) Deficiência na Concorrência; 2) Deficiência na
Distribuição de Bens Essenciais; 3) Externalidades Negativas; 4) Assimetria Informativa; 5) Poderio
e Desequilíbrio de Mercado.
Começando pela deficiência na concorrência temos uma situação em que determinado nicho de
mercado não está oferecendo condições favoráveis a uma disputa saudável, seja pela dominação
por parte de um agente econômico seja por outras razões de ordem externa, prejudicando a livre
disputa e consequentemente o consumo, cabendo ao Estado intervir de forma repressiva a
determinadas condutas praticadas.
Na deficiência da concorrência fica evidente que o ciclo de produção assim como o ciclo de
consumo está prejudicado, de forma a trazer prejuízo aos interesses coletivos.
Em relação à deficiência na distribuição de bens essenciais temos um prejuízo direto ao ciclo
econômico que se inicia desde a produção e finaliza com o consumo. Um exemplo clássico foi a
greve dos caminhoneiros em que o ciclo econômico fora interrompido gerando deficiência na
distribuição de bens essenciais. Nesse caso, cabe ao Estado intervir de forma repressiva aplicando
multas específicas para garantia do mínimo existencial da sociedade, como bem decidido e
autorizado pelo STF na ADPF 519 quando da paralisação das rodovias no país.
Seguindo, temos a situação de externalidades negativas que nada mais são do que práticas de
mercado realizadas pelos agentes econômicos, consequências sobre a coletividade, tal como, a
degradação ambiental. Há efetivo dano ao bem-estar social que devem ser evitadas a qualquer
custo e repreendidas pelo Estado através de seu Poder de Polícia inerente à atividade regulatória.
Dando sequência, temos a situação de assimetria informativa, que nada mais é do que o
desconhecimento do consumidor ou do Estado de como determinado mercado opera ou ainda
quando se detém informações assimétricas sobre o que está sendo comercializado, fato que
facilita a prática de condutas abusivas.
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Por último temos a situação de poderio e desequilíbrio de mercado que aliado a uma das falhas
de mercado acima gere repercussão negativa para sociedade, gerando inúmeros prejuízos.
Uma vez consideradas as falhas de mercado, deve-se ter em mente que a função regulatória do
Estado apenas se dá quando determinado mercado não é capaz de autorregular-se, ou seja,
garantir um desenvolvimento econômico saudável em um nicho de economia em que há respeito
à concorrência.
Ademais, considerando o texto constitucional, cabe também o respeito às políticas públicas ali
previstas, de forma a não existir qualquer tipo de incongruência ou falha de mercado.
É que a regra deveria ser a intervenção no campo regulatório de forma repressiva, ou seja, desde
que presente qualquer falha de mercado e não na situação preventiva, quando mesmo ausente
qualquer falha de mercado, busca o Estado regular tal nicho econômico.
Sobre a temática há uma divisão clara a depender do sistema político de cada nação entre
autorregulação e heterorregulação ou também denominada de regulação pública.
Na autorregulação temos o próprio mercado garantindo o respeito aos princípios estipulados no
texto constitucional, mais especificamente sobre o capítulo que trata da ordem econômica. Nessa
situação, toda a condução de cada nicho econômico é independente e se dá pelo uso de
mecanismos de mercado praticados pelos próprios agentes econômicos. Não há aqui qualquer
intervenção estatal já que o mercado é autônomo. Ok, Professor! Mas, que tal um exemplo?
Um exemplo sobre autorregulação é justamente o mercado de competições esportivas em que a
regulação se dá pelos próprios agentes de mercado. Veja, por exemplo, no futebol. Para que uma
competição aconteça, há alguma interferência estatal? Via de regra a resposta é negativa. Tá bom
professor. Gostei do exemplo. Mas em nenhum momento o Estado atuaria?
Nesse tipo de regulação a atuação do Estado só se dá na análise das práticas de mercado que
efetivamente tragam prejuízo à coletividade, como, por exemplo, atos que limitam a concorrência.
Concernente à heterorregulação ou regulação pública temos a situação da efetiva atuação do
Estado no campo econômico, garantindo os postulados constitucionais da ordem econômica.
Aqui, no caso brasileiro, a regulação se dá por Agências Reguladoras, autarquias em regime
especial, com poderes específicos para regular o mercado.
A opção por agências reguladoras se deu em razão da técnica que deve ser observada nos nichos
econômicos, considerando que a depender da matéria se torna impossível o legislador deter tal
expertise, motivo pelo qual trabalhamos hoje com um poder normativo técnico oriundo do
princípio da deslegalização, ou seja, confere-se a tais pessoas o poder de edição de normativas
técnicas acerca de determinada matéria, considerando o nicho econômico em que regulam.
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Resumindo
Instrumentos de regulação que são divididos nas funções prestadas pelo Estado,
sendo divididos em a) atos normativos para supervisão e regulamentação da
atividade econômica; b) Mediação entre os interesses dos setores públicos e
privados, através de instrumentos jurídicos transnacionais de composição
extrajudicial de conflitos c) exercício de poder de polícia sobre a atividade
econômica, com a expedição de regulamentos proibitivos próprios ou por aplicação
de sanções administrativas nas infrações a serem apuradas no caso concreto função
judicante; d) Fomento, estímulo e promoção a determinadas atividades, a fim de se
alcançar os objetivos políticos estabelecidos pelo Poder Público.
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Histórico e conceitos: Estamos falando especificamente de atos de intervenção
regulatória que buscavam reestabelecer a concorrência oriundos dos Estados
Unidos e do Canadá, denominados de Sherman Act e Competition Act. Nessa linha,
a doutrina especializada : “Nos EUA, a regulação como forma de intervenção
indireta implementada via Executivo surgiu em 1887, ante a necessidade de se criar
regras homogêneas para a normatização do comércio interestadual, evitando-se,
assim, a guerra fiscal entre as Unidades da Federação.”
Tais atos de intervenção regulatória são tidos como as primeiras leis antitruste da
economia global. Sobre o vocábulo trust oriundo da língua inglesa temos um acordo
de vontades entre empresas para combinação de estratégias específicas de forma a
prejudicar a livre concorrência. A partir de tais acordos é que surgiram as efetivas
leis antitruste com o objetivo de prevenir eventuais quebras de nichos econômicos,
bem como reprimir condutas abusivas, através de um aparato estatal de defesa da
concorrência.
Seguindo no histórico, tema relevante é sobre o Clayton act, editado em 1914 nos
Estados Unidos como aperfeiçoamento do Sherman Act, passando a proteger, cada
vez mais, as pequenas e médias empresas, coibindo os denominados contratos em
cadeia em que há exclusividade nos fatores de produção.
Lei 9.491/97, a qual revogou a Lei 8.031/90, e instituiu novos procedimentos de
desestatização. Dito isto e visto o histórico da regulação que efetivamente
influenciou o cenário nacional, vamos ao conceito de regulação.
Regulação, temos a atividade estatal que busca justamente garantir os princípios e
fundamentos da ordem econômica, através de ações objetivas por parte do Estado
sobre os agentes econômicos, conjugando o interesse privado com o interesse
coletivo.
Falhas de mercado são: 1) Deficiência na Concorrência; 2) Deficiência na Distribuição
de Bens Essenciais; 3) Externalidades Negativas; 4) Assimetria Informativa; 5)
Poderio e Desequilíbrio de Mercado.
Autorregulação x Heterorregulação
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1. (CEBRASPE – ANA – 2024)
A respeito do processo regulatório no Brasil, julgue o item a seguir.
As agências reguladoras no Brasil regulam a prestação de serviços públicos por
empresas privadas, sendo as atividades das empresas estatais controladas pela
Controladoria-Geral da União.
Certo.
Errado.
Comentários: O item está errado, pois as agências reguladoras regulam tanto a
prestação de serviços públicos por empresas privadas como as atividades das empresas
estatais.
Em outras palavras, não há distinção em relação às empresas prestadoras de serviços
públicos sob a fiscalização das agências reguladoras.
Portanto, questão errada..
Gabarito: ERRADA
2. (CEBRASPE – ANA – 2024)
A respeito do processo regulatório no Brasil, julgue o item a seguir.
As atividades da agência reguladora não incluem o poder de polícia, o qual é exercido
pelo ministério ou pelo órgão ao qual a agência é vinculada.
Certo.
Errado.
Comentários: O item está errado, pois as atividades da agência reguladora incluem o
poder de polícia
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Isso porque as agências reguladoras foram criadas para fiscalizar e regular atividades
sob responsabilidade do poder público. Logo, o poder de polícia está intrinsecamente
ligado à atuação dessas entidades.
Portanto, questão errada.
Gabarito: ERRADA
3. (CEBRASPE – ANA – 2024)
A respeito do processo regulatório no Brasil, julgue o item a seguir.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, por ser uma autarquia sob regime
especial, inclui o poder normativo nas matérias de sua competência.
Certo.
Errado.
Comentários: O item está CERTO, pois as atividades da agência reguladora incluem o
poder normativo.
Isso porque as agências reguladoras foram criadas para regular atividades sob
responsabilidade do poder público, o que nos permite concluir que tais entidades
foram dotadas de poder normativo para disciplinar questões de índole técnica.
Portanto, questão certa.
Gabarito: CERTA
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4. (CEBRASPE – ANAC – 2024)
Acerca da regulação estatal de serviços públicos, julgue o item subsequente.
A atuação das agências reguladoras de serviços públicos se restringe às empresas
privatizadas, uma vez que as empresas estatais já têm agentes estatais em suas equipes.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras são autarquias em regime especial, criadas para
exercer a regulação de atividades econômicas em sentido amplo.
Possui as seguintes características:
1) autonomia normativa: atribuição/poder de editar normas técnicas que vinculam o
setor regulado;
2) autonomia administrativa reforçada: caráter predominantemente técnico às decisões
sobre a regulação dos setores relevantes da economia ou de prestação de serviços
públicos;
3) autonomia financeiro- orçamentária: recebem receitas próprias, tais como as taxas
cobradas dos agentes econômicos do setor regulado e enviam a sua própria proposta
orçamentária ao Ministério ao qual estão vinculadas, que integrará a
proposta ao orçamento da pasta;
4) aplicar o direito ao caso concreto (função judicante): possui competências para
solucionar conflitos no setor regulado,
aplicando o direito ao caso concreto. Todavia, a decisão não possui caráter de
definitividade.
Assim, a atuação das agências reguladoras de serviços públicos NÃO SE RESTRINGE
às empresas privatizadas.
Portanto, o item está ERRADO.
Gabarito: ERRADO
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5. (CEBRASPE – ANAC – 2024)
A respeito do papel regulador do Estado, julgue o item a seguir.
A partir da criação das agências reguladoras no país, buscou-se estabelecer um sistema
eficiente, com regras claras, a fim de reduzir incertezas dos investidores, principalmente
no que se refere à fixação e ao reajuste de tarifas.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras são autarquias em regime especial, criadas para
exercer a regulação de atividades econômicas em sentido amplo.
Possui as seguintes características:
1) autonomia normativa: atribuição/poder de editar normas técnicas que vinculam o
setor regulado;
2) autonomia administrativa reforçada: caráter predominantemente técnico às decisões
sobre a regulação dos setores relevantes da economia ou de prestação de serviços
públicos;
3) autonomia financeiro- orçamentária: recebem receitas próprias, tais como as taxas
cobradas dos agentes econômicos do setor regulado e enviam a sua própria proposta
orçamentária ao Ministério ao qual estão vinculadas, que integrará a
proposta ao orçamento da pasta;
4) aplicar o direito ao caso concreto (função judicante): possui competências para
solucionar conflitos no setor regulado,
aplicando o direito ao caso concreto. Todavia, a decisão não possui caráter de
definitividade.
Portanto, o item está CERTO.
Gabarito: CERTA
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6. (CEBRASPE – PMPA– 2023)
Assinale a opção que indica corretamente as entidades administrativas, instituídas sob
a forma de autarquia, cujo principal marco distintivo, entre elas, é o exercício da função
precípua de controle sobre particulares prestadores de serviços públicos.
a) agências executivas e sociedades de economia mista
b) agências reguladoras e associações públicas
c) agências executivas e agências reguladoras
d) associações públicas e agências executivas
e) agências reguladoras e sociedades de economia mista
Comentários: A questão exige conhecimentos sobre a organização administrativa, que
basicamente consiste no estudo da organização das entidades da administração direta
e indireta.
Faz-se importante conhecermos a definição acerca do tema da renomada autora Maria
Sylvia Zanella Di Pietro:
“Compõem a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro, as autarquias, as
fundações instituídas pelo Poder Público, as sociedades de economia mista, as
empresas públicas, as subsidiárias dessas empresas e os consórcios públicos."
Dito isso, de logo, podemos afastar as alternativas A e E, já que elas trazem a sociedade
de economia mista como sendo uma autarquia, o que, como visto, está incorreto, uma
vez que se tratam de entes administrativos distintos, possuindo particularidades
diversas no que tange as suas atuações, natureza jurídica, etc.
Fazendo um breve aprofundamento, cabe tratarmos das agências reguladoras, que são
consideradas autarquias em regime especial, que possuem a incumbência de regular,
controlar e fiscalizar o desempenho de determinadas atividades econômicas, assim
como a devida prestação de serviço público por determinados entes.
Ex.
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A Petrobras, Sociedade de economia mista, tem com agência reguladora a ANP,
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, sendo considerada uma
autarquia em regime especial.
Seguindo, podemos definir as agências executivas como uma espécie de qualificação
dada às autarquias e às fundações públicas que celebrem contrato de gestão, com o
objetivo de ampliar a sua autonomia mediante a comprovação do atingimento de
metas.
Nas palavras das professora Ana Cláudia Campos, Direito Administrativo facilitado,
"agência executiva é um título atribuído pelo governo federal a autarquias, fundações
públicas e órgãos que celebrem contrato de desempenho para ampliação de sua
autonomia mediante a fixação de metas de desempenho."
Com base no exposto, acerca da agências reguladoras e as agências executivas,
podemos constatar que tais entes são instituídos sob a forma de autarquias e que
possuem como fator diferencial o fato de que as agências reguladoras possuem um
caráter de controle sobre particulares prestadores de serviços públicos, enquanto que
as agências executivas, como já dito, são consideradas uma espécie de qualificação
dada às autarquias, logo, podemos constatar que a alternativa C corrobora
perfeitamente com o exposto no enunciado da questão, sendo, assim, o gabarito da
questão em comento.
Por fim, em relação as associações públicas, esta poderá ser considerada uma autarquia
quando constituir um consórcio público de direito público, afastando-se, dessa forma,
as alternativas B e D, já que nem todas as associações públicas serão consideradas um
consórcio público, logo, também não serão consideradas autarquias, não atendendo,
dessa forma, ao solicitado no enunciado da questão.
Uma associação de municípios não assume automaticamente a forma de consórcio
público por determinação legal, mas é possível sua constituição ou transformação em
consórcio de direito público ou privado. Para tanto, devem ser observadas as condições
e formalidades dispostas na Lei nº 11.107/05, pois passaria a integrar a administração
indireta dos municípios consorciados.
(https://m.tce.pr.gov.br/noticias/noticia.aspx?codigo=9816)
Gabarito: C
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7. (CEBRASPE – MME– 2023)
Julgue o item subsequente, que diz respeito à organização da administração pública,
bem como aos critérios atinentes a dispensa e inexigibilidade de licitação.
Agência reguladora é uma pessoa jurídica de direito público, que, constituída sob a
forma de autarquia com regime especial, compõe a administração indireta.
Certo.
Errado.
Comentários:
De fato, alunos, as agências reguladoras são pessoas jurídicas de direito público, que,
constituídas sob a forma de autarquias em regime especial, compõem a administração
indireta.
Nesse sentido, são consideradas agências reguladoras, nos termos do art. 2º da Lei n.
13.848/19:
"Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da Lei
nº 9.986, de 18 de julho de 2000:
I - a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
II - a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
III - a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
IV - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
V - a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
VI - a Agência Nacional de Águas (ANA);
VII - a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
VIII - a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
IX - a Agência Nacional do Cinema (Ancine);
X - a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
XI - a Agência Nacional de Mineração (ANM).
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Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto
nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências
reguladoras e criadas a partir de sua vigência."
Ante o exposto, o item está certo.
Gabarito: Certa
8. (CEBRASPE – TCPB– 2023)
Julgue o item que se segue, a respeito de temas contemporâneos da gestão pública
brasileira.
Agências reguladoras são exemplos de fundações públicas de direito privado.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras são pessoas jurídicas de direito público,
instituídas como autarquias sob regime especial, integrantes da administração indireta,
com a função de regular um setor específico de atividade econômica ou um
determinado serviço público, ou de intervir em certas relações jurídicas decorrentes
dessas atividades.
Segundo Ricardo Alexandre e João de Deus, a fundação pública é “a pessoa jurídica
de direito público ou privado, integrante da administração indireta, criada mediante a
vinculação de uma parcela do patrimônio público ao exercício, de forma
descentralizada, de atividades sociais sem finalidade lucrativa, encontrando-se
vinculada ao ente político instituidor”. (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito
Administrativo. 4. ed. São Paulo: Método, 2018. P.137.)
Logo, a questão está errada.
Gabarito: Errada
9. (CEBRASPE – PCRO– 2023)
A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que
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não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes, é denominada
a) fundação pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) agência reguladora.
e) empresa pública.
Comentários: O enunciado descreve o conceito legislativo previsto no Decreto-Lei nº
200/1967. Vejamos:
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
[...]
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público,
com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes".
Logo, alternativa está correta.
Gabarito: A
10. (CEBRASPE – SEFAZCE– 2023)
No que se refere às modalidades de intervenção do Estado brasileiro na ordem
econômica, julgue o item a seguir, considerando a legislação pertinente e o
entendimento do Supremo Tribunal Federal.
As agências reguladoras exercem o poder normativo em ampla delegação do Poder
Legislativo, podendo, no exercício dos seus misteres, inovar na ordem jurídica, criando
direitos e obrigações para o setor regulado.
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Certo.
Errado.
Comentários:
A questão trata da organização político administrativa, especificamente sobre as
agências reguladoras.
Caro aluno, para responder a questão, era necessário o conhecimento de que o poder
normativo concedido às agências reguladoras não pode extrapolar os limites da lei.
Para o professor Matheus Carvalho (Carvalho, Matheus. Manual de direito
administrativo. 3. ed. Salvador. Juspodivm, 2016. p. 181):
“Ressalta-se que o poder normativo concedido a estas entidades para a execução de
sua função de controle e regulação não poderá extrapolar os limites da lei, substituindo-
se ao texto legal, devendo ater-se a orientações de natureza técnica e providencias
inferiores e obedientes à lei, por meio de resoluções.”
Corroborando com tal entendimento, o doutrinador Rafael Oliveira (Oliveira, Rafael
Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo. 6. ed. São Paulo. Método. 2018.
p.184):
“Por óbvio, as agências não exercem propriamente a função executiva ou jurisdicional,
uma vez que a edição de normas primarias, gerais, abstratas permanece como tarefa
precípua do Legislativo, salvo exceções constitucionais expressas (medidas provisórias
e leis delegadas), bem como a resolução de conflitos com força definitiva é tarefa
exclusiva do Judiciário.”
Assim, depreende-se que a questão está errada, uma vez que as agências reguladoras
exercem o poder normativo, mas não podem, no exercício dos seus misteres, inovar na
ordem jurídica, criando direitos e obrigações para o setor regulado.
Gabarito: Errada
11. (CEBRASPE – CGECE– 2019)
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No Brasil, as agências reguladoras desenvolvem, entre outras, a atividade de impor
limitações administrativas previstas em lei, além de fiscalizar e, se necessário,
repreender atividades que sejam consideradas incompatíveis com o bem-estar social.
Tais atribuições das agências reguladoras são exemplos de
a) fomento a atividades privadas.
b) uso do poder de polícia.
c) fiscalização de atividades econômicas.
d) normatização para exercício de atividade.
e) concessão de serviços públicos.
Comentários:
A doutrina defende que as agências reguladoras são instituições cada vez mais
relevantes no Direito brasileiro e um eficiente mecanismo de atuação do Estado nos
diversos setores econômicos e sociais, realizando a normatização, a fiscalização, o
fomento, a sanção, dentre outras atividades.
Possuindo natureza jurídica de autarquia especial, a doutrina destaca algumas
atribuições das agências reguladoras (sem prejuízo de outras previstas na lei), a saber:
a) Edição de normas;
b) Implementação concreta das referidas normas;
c) Fiscalização do cumprimento das normas;
d) Aplicação de sanções;
e) Solução de conflitos.
Nesses termos, o trecho trazido no enunciado, qual seja: "atividade de impor limitações
administrativas previstas em lei, além de fiscalizar e, se necessário, repreender
atividades que sejam consideradas incompatíveis com o bem-estar social." refere-se as
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atribuições de fiscalização e aplicação de sanções, atribuições estas decorrentes do uso
do poder de polícia.
As alternativas "A", "C", "D" e "E" estão incorretas, pois embora as agências
reguladoras também possuam as atribuições de fomentar de atividades privadas,
fiscalizar as atividades econômicas e normatizar o exercício de determinada atividade,
como concessões de serviços públicos, o enunciado foi enfático ao trazer um conceito
que se amolda unicamente à definição do poder de polícia.
Gabarito: B
12. (CEBRASPE – SEFAZRS– 2019)
As agências reguladoras possuem
a) poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos
regulamentares, desde que não criem obrigação nova.
b) autonomia decisória, com a possibilidade de recursos hierárquicos próprios e
impróprios.
c) independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial.
d) responsabilidade civil subjetiva com culpa presumida.
e) regime especial de autarquias, mas também podem constituir-se em fundações de
direito público.
Comentários:
Afirma a alternativa: "independência administrativa, mas são submetidas a supervisão
ministerial".
A supervisão ministerial ocorre entre a Administração Direta e as respectivas entidades
da Administração Indireta, de maneira a garantir que estas atuem dentro dos limites da
lei.
Logo, assim como todas as entidades, as agências reguladoras possuem autonomia
administrativa, mas estão sujeitas à supervisão ministerial.
Gabarito: C
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13. (CEBRASPE – SEFAZRS– 2019)
As agências reguladoras, pessoas jurídicas de direito público interno cuja finalidade é
regular e fiscalizar a atividade de determinado setor da economia do país, são criadas
a partir do processo de
a) concessão.
b) descentralização.
c) desconcentração.
d) autorização.
e) permissão.
Comentários:
Primeiramente, importante salientar que, para a doutrina majoritária, as agências
reguladoras são espécies de AUTARQUIAS criadas em regime especial, possuindo
maior independência e autonomia, principalmente técnica e administrativa em relação
aos demais entes da Administração direta e indireta.
Nesse ínterim, considerando que as agências reguladoras possuem a natureza jurídica
de autarquias, é correto afirmar que a sua criação ocorre através do processo de
descentralização administrativa, assim como ocorre com a instituição dos entes da
Administração indireta (fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas
públicas.
Em relação aos demais institutos trazidos pela questão, vejamos um breve conceito:
A concessão e permissão, citadas pelas alternativas "A" e "E", ocorrem quando o
Estado transfere a execução de serviços públicos, mediante delegação a particulares.
Por outro lado, a desconcentração é a distribuição interna de competências que ocorre
na mesma pessoa jurídica, seja da Administração Pública direta, seja indireta.
Por fim, a autorização é um ato administrativo negocial, por meio do qual a
administração possibilita a realização de atividade de interesse privado ou de uso de
bem público pelo particular interessado.
Gabarito: B
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14. (CEBRASPE – TCEPE– 2019)
Acerca das agências reguladoras e da construção de agendas de políticas públicas,
julgue o item a seguir.
Para que as agências reguladoras atuem de maneira eficiente e efetiva, de modo a
atender interesses e direitos dos usuários, é fundamental a sua independência.
Certo.
Errado.
Comentários:
Efetivamente se faz necessário que as agências reguladoras possuam autonomia e
independência para que seja viável atender interesses e direitos dos usuários.
Gabarito: CERTA
15. (CEBRASPE – TRTCE– 2019)
As características das agências reguladoras incluem
a) relações de trabalho regulamentadas pela CLT.
b) personalidade jurídica de direito privado.
c) discricionariedade técnica no exercício do poder normativo.
d) livre exoneração de seus dirigentes.
Comentários:
As Agências Reguladoras são autarquias criadas sob regime especial, que tem como
finalidade disciplinar, controlar, bem como fiscalizar as atividades do setor público e do
privado relacionadas à prestação de serviços públicos, de fomento, e de exploração de
atividades econômicas de interesse coletivo. Como exemplo dos diversos tipos de
Agências Reguladoras podemos citar: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) -
regula a prestação de serviço público; ANCINE (Agência Nacional de Cinema) - fiscaliza
atividades de fomento; ANP (Agência Nacional do Petróleo) - controla a exploração de
atividade econômica; ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - regulamenta
serviço de utilidade pública;
A doutrina aponta as seguintes características inerentes às Agências Reguladoras:
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- Têm personalidade jurídica de direito público, em razão de ser autarquia criado sob
regime especial.
- O regime de pessoal aplicável é o estatutário.
- Os dirigentes são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado
Federal, para cumprir mandato certo, razão pela qual não podem ser exonerados
livremente.
- Gozam de poder normativo, tendo discricionariedade técnica para regulamentar e
normatizar as atividades de interesse social com objetivo de criar normas para que a
prestação de serviços esteja em conformidade com o interesse público.
Deste modo, das alternativas apresentadas pela questão apenas a letra C apresenta
uma característica das Agências Reguladoras.
Gabarito: C
16. (CEBRASPE – TREPE– 2019)
As entidades autônomas integrantes da administração indireta que atuam em setores
estratégicos da atividade econômica, zelando pelo desempenho das pessoas jurídicas
e por sua consonância com os fins almejados pelo interesse público e pelo governo são
denominadas
a) agências autárquicas executivas.
b) serviços sociais autônomos.
c) agências autárquicas reguladoras.
d) empresas públicas.
e) sociedades de economia mista.
Comentários: Visto que elas fazem parte das autarquias especiais, conforme José dos
Santos Carvalho Filho, ou seja, possuindo prerrogativas diferenciadas quando
comparadas com as autarquias comuns, além de possuir o objetivo de regular matéria
que lhe foi atribuída por lei.
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Portanto, atuam justamente em setores estratégicos da economia, zelando pelo
desempenho das pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados pelo
interesse público e pelo governo, de acordo com o mencionado pela assertiva.
Gabarito: C
17. (CEBRASPE – MIN PLANEJAMENTO– 2016)
A organização administrativa do Estado é de fundamental importância à capacidade do
poder público de responder às demandas da sociedade de maneira eficiente. No que
diz respeito à administração, julgue os itens subsecutivos.
Situação hipotética: Necessidades operacionais fizeram que o governo encaminhasse
ao Congresso Nacional um projeto de lei específico que autorizasse a criação de uma
nova agência reguladora, sob a forma de autarquia. Assertiva: Nessa situação, após a
aprovação, o Poder Executivo deverá realocar temporariamente servidores de outros
órgãos para que possa, por meio de decreto, criar, então, a autarquia em questão.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras são consideradas, de acordo com o parágrafo
único do art. 2º da Lei Federal nº 13.848/19, autarquias especiais:
Art. 2º, Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o
disposto nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como
agências reguladoras e criadas a partir de sua vigência.
Sendo espécies de autarquias, as agências reguladoras somente podem ser criadas por
meio de uma lei específica, nos termos do art. 37, inciso XIX, da CF/88:
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
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Dessa forma, não se cria uma agência reguladora por meio de decreto do Poder
Executivo..
Gabarito: Errado
18. (CEBRASPE – TREMS – 2015)
À luz das normas que tratam da organização da administração pública, assinale a opção
correta.
a) Os órgãos e entidades da administração pública, direta ou indireta, estão sujeitos à
supervisão do ministro de Estado competente, salvo as agências reguladoras, que
dispõem de disciplina especial.
b) A administração pública indireta abrange as autarquias, fundações públicas,
empresas públicas, sociedades de economia mista e organizações sociais.
c) O capital social das sociedades de economia mista deve ser integralmente público,
e a participação do Estado no capital social das empresas públicas deve ser majoritária.
d) As agências reguladoras integram a administração direta.
e) Os ministérios, órgãos integrantes da administração direta, não possuem
personalidade jurídica própria.
Comentários: A alternativa está correta, pois os ministérios são órgãos integrantes da
administração direta, desprovidos de personalidade jurídica própria.
Gabarito: E
19. (CEBRASPE – FUB– 2014)
No que diz respeito à administração pública federal, sua estrutura, características e
descrição, julgue o próximo item.
As agências reguladoras, por estarem subordinadas aos ministérios, pertencem à
administração direta.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras pertencem à Administração Indireta. Além disso,
não estão subordinadas aos Ministérios, possuindo com estes apenas controle
finalístico, de tutela ou supervisão.
Gabarito: ERRADO
20. (CEBRASPE – ANTAQ– 2014)
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Julgue o próximo item, acerca das agências reguladoras e das teorias da regulação.
A criação das agências reguladoras advém da política econômica adotada no Brasil na
década de 90 do século XX, quando ocorreram privatizações decorrentes do Plano
Nacional de Desestatização.
Certo.
Errado.
Comentários: A questão cobra o conhecimento da origem das agências reguladores e
dos motivos que as tornaram necessárias. Na década de 90, devido o Plano de Nacional
de Desestatização, surgiu a necessidade da criação de diversas agências reguladores
para regular e controlar a prestação de diversos serviços públicos e também a
exploração de bens públicos em regime de concessão.
Conforme ensinamentos dos professores Antonio Daud e Paulo Guimarães do
Estratégia Concursos:
"Este grupo representa a grande novidade no direito brasileiro, fazendo parte do
grande modelo estatal de delegação de serviços públicos associada à regulação dos
setores econômicos por meio de entidades criadas especificamente para tal atividade.
Nesse sentido, é por meio das agências que o Estado fortalece seu papel como agente
regulador do mercado, intervindo de modo indireto nas atividades econômicas."
Gabarito: CERTO
21. (CEBRASPE – ANAC– 2024)
Com relação às modalidades de intervenção do Estado na atividade econômica, julgue
o item seguinte.
A CF prescreve que o Estado, como agente normativo e regulador da atividade
econômica, deve estabelecer política de incentivo e fomento às empresas de pequeno
porte que compõem o mercado interno brasileiro.
Certo.
Errado.
Comentários:
A alternativa está errada, pois em desacordo com as disposições constitucionais:
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Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento
nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e
regionais de desenvolvimento.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas,
levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos
garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na
autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais
garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art.
21, XXV, na forma da lei.
Gabarito: Errada
22. (CEBRASPE – ANAC– 2024)
Com relação às modalidades de intervenção do Estado na atividade econômica, julgue
o item seguinte.
Em sua atividade planificadora, o Estado deve estabelecer, por meio de lei, as diretrizes
e bases para um desenvolvimento nacional equilibrado, compatibilizando planos
regionais e nacionais de desenvolvimento.
Certo.
Errado.
Comentários:
A alternativa está certa, pois está em consonância com o texto constitucional:
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Art. 174. § 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos
nacionais e regionais de desenvolvimento.
Portanto, questão certa.
Gabarito: Certa
23. (CEBRASPE – ANTT– 2013)
Julgue o próximo item, relativo à intervenção do Estado no domínio econômico.
A regulação constitui intervenção indireta sobre o domínio econômico por meio de
normas diretivas ou de normas indutivas referentes ao setor privado.
Certo.
Errado.
Comentários:
A questão exigiu conhecimento do art. 174 da CF/88. A Constituição Federal de 1988,
prevê a intervenção indireta do Estado na ordem econômica, ou seja, para a doutrina
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, por parte do Estado são formas
de intervenção indireta.
Segundo o doutrinador Leonardo Figueiredo, na intervenção indireta do Estado, o
Estado atua monitorando a exploração das atividades geradoras de riquezas pelos
particulares, intervindo quando se fizer necessário para normatizar, regular e corrigir as
falhas de seu mercado interno.
Gabarito: Certo
24. (CEBRASPE – TCU– 2013)
Julgue o item a seguir, acerca das disposições constitucionais relativas à ordem
econômica e financeira.
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Como agente regulador da atividade econômica, o Estado exerce atividades
fiscalizatórias e de incentivo para o setor público, mas, em atenção ao princípio da livre
concorrência, está impedido de executar funções de caráter normativo ou de
planejamento que interfiram na atividade econômica.
Certo.
Errado.
Comentários: O enunciado não está de acordo com o que preconiza a Constituição:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Como se vê, há previsão de o Estado exercer funções de planejamento na ordem
econômica. O planejamento contém ressalva para distingui-lo entre determinante
(setor público) ou indicativo (setor privado). Porém, as funções fiscalizatórias e de
incentivo valem para ambos os setores.
Gabarito: Errada
25. (CEBRASPE – ANAC– 2012)
Consoante a Estado regulador e defesa da livre concorrência, julgue o item a seguir.
A intervenção do Estado na vida econômica é um redutor de riscos tanto para os
indivíduos como para as empresas.
Certo.
Errado.
Comentários:
CERTO.
Apesar de haver muitas divergências doutrinárias sobre o assunto, grande parte da
doutrina entende que a intervenção do estado na vida econômica é benéfica para os
indivíduos e empresas.
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No entanto, uma parcela considerável da doutrina acredita que o estado não deveria
interferir nas relações econômicas, deixando a lei da oferta e demanda vigorar, haja
vista que a partir dela haveria uma estabilização econômica natural do mercado. Mas,
a banca considerou o item como certo, indo no diapasão da escola austríaca.
Gabarito: CERTA
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LEI Nº 10.871/2004
Noções Introdutórias
A lei de nº 10.871/2024 criou diversas carreiras e inovou na organização de cargos efetivos das
autarquias especiais denominadas Agências Reguladoras.
Nessa linha, para cada agência reguladora foi criado um cargo de nível superior de Especialista
em Regulação com atribuições de regulação, inspeção, fiscalização e controle da prestação dos
serviços pelos agentes econômicos.
Além disso, foram criados cargos de nível intermediário de Técnico com a finalidade de suporte e
apoio técnico especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle.
Ainda assim, foram criados cargos de Analista Administrativo, cargos de nível superior de Analista
Administrativo, com atribuições voltadas para o exercício de atividades administrativas e logísticas
relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo das autarquias especiais
denominadas Agências Reguladoras.
Então, perceba o seguinte: para cada agência reguladora federal foram criadas as carreiras e
previstos cargos relativos a Especialista, Técnico e Analista Administrativo com suas devidas
atribuições.
Vejamos o art. 1º:
Art. 1º Ficam criados, para exercício exclusivo nas autarquias especiais denominadas
Agências Reguladoras, referidas no Anexo I desta Lei, e observados os respectivos
quantitativos, os cargos que compõem as carreiras de:
I - Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos de Telecomunicações, composta de
cargos de nível superior de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de
Telecomunicações, com atribuições voltadas às atividades especializadas de regulação,
inspeção, fiscalização e controle da prestação de serviços públicos e de exploração de
mercados nas áreas de telecomunicações, bem como à implementação de políticas e à
realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
II - Regulação e Fiscalização da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, composta de
cargos de nível superior de Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e
Audiovisual, com atribuições voltadas às atividades especializadas de fomento,
regulação, inspeção, fiscalização e controle da legislação relativa à indústria
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cinematográfica e videofonográfica, bem como à implementação de políticas e à
realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
III - Regulação e Fiscalização de Recursos Energéticos, composta de cargos de nível
superior de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia, com atribuições
voltadas às atividades especializadas de regulação, inspeção, fiscalização e controle da
prestação de serviços públicos e de exploração da energia elétrica, bem como à
implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
atividades;
IV - Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural, composta de
cargos de nível superior de Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás
Natural, com atribuições voltadas a atividades de nível superior inerentes à identificação
e prospecção de jazidas de petróleo e gás natural, envolvendo planejamento,
coordenação, fiscalização e assistência técnica às atividades geológicas de superfície e
subsuperfície e outros correlatos; acompanhamento geológico de poços; pesquisas,
estudos, mapeamentos e interpretações geológicas, visando à exploração de jazidas de
petróleo e gás natural, e à elaboração de estudos de impacto ambiental e de segurança
em projetos de obras e operações de exploração de petróleo e gás natural;
V - Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural,
composta de cargos de nível superior de Especialista em Regulação de Petróleo e
Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural, com atribuições voltadas às atividades
especializadas de regulação, inspeção, fiscalização e controle da prospecção
petrolífera, da exploração, da comercialização e do uso de petróleo e derivados, álcool
combustível e gás natural, e da prestação de serviços públicos e produção de
combustíveis e de derivados do petróleo, álcool combustível e gás natural, bem como
à implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
atividades;
VI - Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar, composta de cargos de nível
superior de Especialista em Regulação de Saúde Suplementar, com atribuições voltadas
às atividades especializadas de regulação, inspeção, fiscalização e controle da
assistência suplementar à Saúde, bem como à implementação de políticas e à realização
de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
VII - Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Aquaviários, composta de
cargos de nível superior de Especialista em Regulação de Serviços de Transportes
Aquaviários, com atribuições voltadas às atividades especializadas de regulação,
inspeção, fiscalização e controle da prestação de serviços públicos de transportes
aquaviários e portuários, inclusive infra-estrutura, bem como à implementação de
políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
VIII - Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Terrestres, composta de
cargos de nível superior de Especialista em Regulação de Serviços de Transportes
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Terrestres, com atribuições voltadas às atividades especializadas de regulação,
inspeção, fiscalização e controle da prestação de serviços públicos de transportes
terrestres, inclusive infra-estrutura, bem como à implementação de políticas e à
realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
IX - Regulação e Fiscalização de Locais, Produtos e Serviços sob Vigilância Sanitária,
composta de cargos de nível superior de Especialista em Regulação e Vigilância
Sanitária, com atribuições voltadas às atividades especializadas de regulação, inspeção,
fiscalização e controle das instalações físicas da produção e da comercialização de
alimentos, medicamentos e insumos sanitários, bem como à implementação de políticas
e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
X - Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos de Telecomunicações,
composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação de Serviços
Públicos de Telecomunicações, com atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico
especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle da prestação
de serviços públicos e de exploração de mercados nas áreas de telecomunicações, bem
como à implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a
essas atividades;
XI - Suporte à Regulação e Fiscalização da Atividade Cinematográfica e Audiovisual,
composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação da Atividade
Cinematográfica e Audiovisual, com atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico
especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle da legislação
relativa à indústria cinematográfica e videofonográfica, bem como à implementação de
políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades;
XII - Suporte à Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e
Gás Natural, composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação de
Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural, com atribuições voltadas ao
suporte e ao apoio técnico especializado às atividades de regulação, inspeção,
fiscalização e controle da prospecção petrolífera, da exploração, da comercialização e
do uso de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural, e da prestação de
serviços públicos e produção de combustíveis e de derivados do petróleo e gás natural,
bem como à implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas
respectivos a essas atividades;
XIII - Suporte à Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar, composta de cargos
de nível intermediário de Técnico em Regulação de Saúde Suplementar, com
atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico especializado às atividades de
regulação, inspeção, fiscalização e controle da assistência suplementar à Saúde, bem
como à implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a
essas atividades;
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XIV - Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Aquaviários,
composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação de Serviços de
Transportes Aquaviários, com atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico
especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle da prestação
de serviços públicos de transportes aquaviários e portuários, inclusive infra-estrutura,
bem como à implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas
respectivos a essas atividades;
XV - Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Terrestres,
composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação de Serviços de
Transportes Terrestres, com atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico
especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle da prestação
de serviços públicos de transportes terrestres, inclusive infra-estrutura, bem como à
implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
atividades;
XVI - Suporte à Regulação e Fiscalização de Locais, Produtos e Serviços sob Vigilância
Sanitária, composta de cargos de nível intermediário de Técnico em Regulação e
Vigilância Sanitária, com atribuições voltadas ao suporte e ao apoio técnico
especializado às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle das
instalações físicas, da produção e da comercialização de alimentos, medicamentos e
insumos sanitários, bem como à implementação de políticas e à realização de estudos
e pesquisas respectivos a essas atividades;
XVII - Analista Administrativo, composta de cargos de nível superior de Analista
Administrativo, com atribuições voltadas para o exercício de atividades administrativas
e logísticas relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo das
autarquias especiais denominadas Agências Reguladoras referidas no Anexo I desta Lei,
fazendo uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas
atividades;
XVIII - Técnico Administrativo, composta de cargos de nível intermediário de Técnico
Administrativo, com atribuições voltadas para o exercício de atividades administrativas
e logísticas de nível intermediário relativas ao exercício das competências
constitucionais e legais a cargo das autarquias especiais denominadas Agências
Reguladoras referidas no Anexo I desta Lei, fazendo uso de todos os equipamentos e
recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
XIX - Regulação e Fiscalização de Aviação Civil, composta de cargos de nível superior
de Especialista em Regulação de Aviação Civil, com atribuições voltadas às atividades
especializadas de regulação, inspeção, fiscalização e controle da aviação civil, dos
serviços aéreos, dos serviços auxiliares, da infra-estrutura aeroportuária civil e dos
demais sistemas que compõem a infra-estrutura aeronáutica, bem como à
implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
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atividades; e (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005) (Incluído pela Lei nº 11.292, de
2006)
XX - Suporte à Regulação e Fiscalização de Aviação Civil, composta de cargos de nível
intermediário de Técnico em Regulação de Aviação Civil, com atribuições voltadas ao
suporte e ao apoio técnico especializado às atividades de regulação, inspeção,
fiscalização e controle da aviação civil, dos serviços aéreos, dos serviços auxiliares, da
infra-estrutura aeroportuária civil e dos demais sistemas que compõem a infra-estrutura
aeronáutica, bem como à implementação de políticas e à realização de estudos e
pesquisas respectivos a essas atividades. (Vide Medida Provisória nº 269, de
2005) (Incluído pela Lei nº 11.292, de 2006)
Dito isso, surge a seguinte dúvida: qual atribuição dos especialistas, dos analistas administrativos
e quais as atribuições dos técnicos?
Em relação aos especialistas, temos: 1) formulação e avaliação de planos, programas e projetos
relativos às atividades de regulação; 2) elaboração de normas para regulação do mercado; 3)
planejamento e coordenação de ações de fiscalização de alta complexidade; 4) gerenciamento,
coordenação e orientação de equipes de pesquisa e de planejamento de cenários estratégicos; 5)
gestão de informações de mercado de caráter sigiloso; e 6) execução de outras atividades
finalísticas inerentes ao exercício da competência das autarquias especiais denominadas Agências
Reguladoras.
Seguindo, são atribuições comuns aos cargos de especialistas e técnicos: 1) fiscalização do
cumprimento das regras pelos agentes do mercado regulado; 2) orientação aos agentes do
mercado regulado e ao público em geral; e 3) execução de outras atividades finalísticas inerentes
ao exercício da competência das autarquias especiais denominadas Agências Reguladoras.
E quais são atividades comuns a todos? 1) fiscalização do cumprimento das regras pelos agentes
do mercado regulado; 2) orientação aos agentes do mercado regulado e ao público em geral; e
3) execução de outras atividades finalísticas inerentes ao exercício da competência das Agências
Reguladoras.
Prosseguindo, trouxe a lei a necessidade de cada agência reguladora estar representada por um
corpo jurídico, no caso, pela advocacia geral da união, através de seu órgão vinculado qual seja
Procuradoria Geral Federal.
Nessa linha, o Procurador-Geral Federal definirá a distribuição de cargos de Procurador Federal
nas Procuradorias das Agências Reguladoras.
Ponto de suma importância é o seguinte: qual o regime jurídico dos servidores das agências
reguladoras?
O regime jurídico dos cargos e carreiras dos servidores das agências reguladoras é o instituído
na Lei de nº 8.112/91.
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Ponto importante foi a definição de carreira, classe e padrão:
Art. 7º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - Carreira, o conjunto de classes de cargos de mesma profissão, natureza do trabalho
ou atividade, escalonadas segundo a responsabilidade e complexidade inerentes a suas
atribuições;
II - Classe, a divisão básica da carreira integrada por cargos de idêntica denominação,
atribuições, grau de complexidade, nível de responsabilidade, requisitos de capacitação
e experiência para o desempenho das atribuições; e
III - Padrão, a posição do servidor na escala de vencimentos da carreira.
Art. 12. É de 40 (quarenta) horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes dos
cargos a que se refere esta Lei.
O ingresso nos cargos efetivos das agências reguladoras se dá mediante concurso público de
provas ou de provas e títulos, exigindo-se curso de graduação em nível superior ou certificado de
conclusão de ensino médio, conforme o nível do cargo.
Vamos agora tratar sobre a análise de impacto regulatório.
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ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO
Iniciando, temos uma inovação que é justamente a análise de impacto regulatório sendo essa uma
condição para alteração de atos normativos que tratem sobre o interesse geral de agentes
econômicos ou de usuários de serviços prestados.
A origem de tal concepção se deu com o efetivo surgimento da expressão custo regulatório, ou
seja, determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação incisiva, passariam a se tornar
efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo a continuidade. Logo, a cada intervenção
regulatória, caberia uma análise aprofundada sobre o real custo da edição de novos atos
normativos técnicos.
Frise-se que na outra ponta há a chamada revisão qualitativa de regulação que busca manter os
esforços do Estado Regulador, de forma a editar novos atos normativos substituindo algo que já
estaria superado.
Nesse sentido, o que importa para fins de prova é que houve a implementação, a partir de
recomendação da OCDE, do instituto da análise de impacto regulatório no cenário nacional. Em
tese são 03 leis que preveem de forma expressa o instituto: 1) Decreto Lei de nº 4.657/42 (LINDB);
2) Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agências reguladoras; 3) Lei de nº 13.874/2019 (Lei de
Liberdade Econômica). Vejamos os dispositivos:
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas
da decisão.
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos
agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos
termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório
(AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo.
(Regulamento)
§ 1º Regulamento disporá sobre o conteúdo e a metodologia da AIR, sobre os quesitos
mínimos a serem objeto de exame, bem como sobre os casos em que será obrigatória
sua realização e aqueles em que poderá ser dispensada.
§ 2º O regimento interno de cada agência disporá sobre a operacionalização da AIR em
seu âmbito.
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§ 3º O conselho diretor ou a diretoria colegiada manifestar-se-á, em relação ao relatório
de AIR, sobre a adequação da proposta de ato normativo aos objetivos pretendidos,
indicando se os impactos estimados recomendam sua adoção, e, quando for o caso,
quais os complementos necessários.
§ 4º A manifestação de que trata o § 3º integrará, juntamente com o relatório de AIR, a
documentação a ser disponibilizada aos interessados para a realização de consulta ou
de audiência pública, caso o conselho diretor ou a diretoria colegiada decida pela
continuidade do procedimento administrativo.
§ 5º Nos casos em que não for realizada a AIR, deverá ser disponibilizada, no mínimo,
nota técnica ou documento equivalente que tenha fundamentado a proposta de
decisão.
Art. 5º As propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de
agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, editadas por órgão ou
entidade da administração pública federal, incluídas as autarquias e as fundações
públicas, serão precedidas da realização de análise de impacto regulatório, que conterá
informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo para verificar a
razoabilidade do seu impacto econômico. (Regulamento)
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a data de início da exigência de que trata
o caput deste artigo e sobre o conteúdo, a metodologia da análise de impacto
regulatório, os quesitos mínimos a serem objeto de exame, as hipóteses em que será
obrigatória sua realização e as hipóteses em que poderá ser dispensada.
Logo, o objetivo da análise de impacto regulatório é justamente verificar as consequências
jurídicas e econômicas dos atos de regulação emanados, por exemplo, de agências reguladoras.
Perceba que os dispositivos da Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agências reguladoras e
da Lei de nº 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica), falam na disposição por regulamento.
Para tanto, foi expedido o Decreto de nº 10.411/2020, a qual regulamenta ambas as leis nesse
ponto. Vamos então ao Decreto!
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DECRETO Nº 10.411/2020
Inicialmente, destaca-se, mais uma vez, que o decreto cuidou de regulamentar os dispositivos da
Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agências reguladoras e da Lei de nº 13.874/2019 (Lei de
Liberdade Econômica). Vejamos:
Art. 1º Este Decreto regulamenta a análise de impacto regulatório, de que tratam o art.
5º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e o art. 6º da Lei nº 13.848, de 25 de
junho de 2019, e dispõe sobre o seu conteúdo, os quesitos mínimos a serem objeto de
exame, as hipóteses em que será obrigatória e as hipóteses em que poderá ser
dispensada.
§ 1º O disposto neste Decreto se aplica aos órgãos e às entidades da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional, quando da proposição de atos
normativos de interesse geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços
prestados, no âmbito de suas competências.
§ 2º O disposto neste Decreto aplica-se às propostas de atos normativos formuladas
por colegiados por meio do órgão ou da entidade encarregado de lhe prestar apoio
administrativo.
§ 3º O disposto neste Decreto não se aplica às propostas de edição de decreto ou aos
atos normativos a serem submetidos ao Congresso Nacional..
Inicialmente, pelo primeiro dispositivo, há situações que a análise de impacto regulatório é
obrigatória e outras que é dispensada. Grave isso! Em relação a aplicabilidade, trata-se de instituto
aplicável a administração direta e indireta (autarquias e fundações públicas) desde que os efeitos
do ato normativo ditado sejam de interesse geral dos agentes econômicos ou dos usuários de
serviços públicos.
Perceba, também, que as propostas de atos formuladas por colegiados também deverá passar
pelo instituto e que não se aplica o decreto as propostas de edição de decreto ou aos atos
normativos a serem submetidos ao Congresso Nacional.
Prosseguindo, por análise de impacto regulatório temos um procedimento, a partir da definição
de problema regulatório, de avaliação prévia à edição dos atos normativos, que conterá
informações e dados sobre os seus prováveis efeitos, para verificar a razoabilidade do impacto e
subsidiar a tomada de decisão.
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O decreto trata das situações de ato normativo de baixo impacto, sendo elas as que: 1) não
provoquem aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para os usuários dos
serviços prestados; 2) não provoque aumento expressivo de despesa orçamentária ou financeira;
3) não repercuta de forma substancial nas políticas públicas de saúde, de segurança, ambientais,
econômicas ou sociais.
Ponto importante é que a análise de impacto regulatório é um procedimento. Somado a tal
procedimento temos alguns outros institutos: 1) Avaliação de Resultado Regulatório; 2) Custos
Regulatórios; 3) Relatório de Análise de Impacto Regulatório; 4) Atualização do estoque
regulatório. Vejamos a definição legal:
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
III - avaliação de resultado regulatório - ARR - verificação dos efeitos decorrentes da
edição de ato normativo, considerados o alcance dos objetivos originalmente
pretendidos e os demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em
decorrência de sua implementação;
IV - custos regulatórios - estimativa dos custos, diretos e indiretos, identificados com o
emprego da metodologia específica escolhida para o caso concreto, que possam vir a
ser incorridos pelos agentes econômicos, pelos usuários dos serviços prestados e, se
for o caso, por outros órgãos ou entidades públicos, para estar em conformidade com
as novas exigências e obrigações a serem estabelecidas pelo órgão ou pela entidade
competente, além dos custos que devam ser incorridos pelo órgão ou pela entidade
competente para monitorar e fiscalizar o cumprimento dessas novas exigências e
obrigações por parte dos agentes econômicos e dos usuários dos serviços prestados;
V - Relatório de AIR - ato de encerramento da AIR, que conterá os elementos que
subsidiaram a escolha da alternativa mais adequada ao enfrentamento do problema
regulatório identificado e, se for o caso, a minuta do ato normativo a ser editado; e
VI - Atualização do estoque regulatório - exame periódico dos atos normativos de
responsabilidade do órgão ou da entidade competente, com vistas a averiguar a
pertinência de sua manutenção ou a necessidade de sua alteração ou revogação.
Ponto importante é que a edição, a alteração ou a revogação de atos normativos de interesse
geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, por órgãos e entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional será precedida de análise de
impacto regulatório reforçando o caráter preventivo. Vale dizer que na seara tributária o decreto
se aplica apenas a instituição ou modificação das obrigações acessórias.
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A análise de impacto regulatório não se aplica aos atos normativos: 1) de natureza administrativa,
cujos efeitos sejam restritos ao âmbito interno do órgão ou da entidade; 2) de efeitos concretos,
destinados a disciplinar situação específica, cujos destinatários sejam individualizados; 3) que
disponham sobre execução orçamentária e financeira; 4) que disponham estritamente sobre
política cambial e monetária; 5) que disponham sobre segurança nacional; e 5) que visem a
consolidar outras normas sobre matérias específicas, sem alteração de mérito.
Trata-se de pontos em que não é aplicável o instituto. Por outro lado, há situações que a análise
de impacto regulatório é dispensada. Frise-se, hipóteses de dispensa:
Art. 4º A AIR poderá ser dispensada, desde que haja decisão fundamentada do órgão
ou da entidade competente, nas hipóteses de:
I - urgência;
II - ato normativo destinado a disciplinar direitos ou obrigações definidos em norma
hierarquicamente superior que não permita, técnica ou juridicamente, diferentes
alternativas regulatórias;
III - ato normativo considerado de baixo impacto;
IV - ato normativo que vise à atualização ou à revogação de normas consideradas
obsoletas, sem alteração de mérito;
V - ato normativo que vise a preservar liquidez, solvência ou higidez:
a) dos mercados de seguro, de resseguro, de capitalização e de previdência
complementar;
b) dos mercados financeiros, de capitais e de câmbio; ou
c) dos sistemas de pagamentos;
VI - ato normativo que vise a manter a convergência a padrões internacionais;
VII - ato normativo que reduza exigências, obrigações, restrições, requerimentos ou
especificações com o objetivo de diminuir os custos regulatórios; e
VIII - ato normativo que revise normas desatualizadas para adequá-las ao
desenvolvimento tecnológico consolidado internacionalmente, nos termos do disposto
no Decreto nº 10.229, de 5 de fevereiro de 2020.
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§ 1º Nas hipóteses de dispensa de AIR, será elaborada nota técnica ou documento
equivalente que fundamente a proposta de edição ou de alteração do ato normativo.
§ 2º Na hipótese de dispensa de AIR em razão de urgência, a nota técnica ou o
documento equivalente de que trata o § 1º deverá, obrigatoriamente, identificar o
problema regulatório que se pretende solucionar e os objetivos que se pretende
alcançar, de modo a subsidiar a elaboração da ARR, observado o disposto no art. 12.
§ 3º Ressalvadas informações com restrição de acesso, nos termos do disposto na Lei
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, a nota técnica ou o documento equivalente de
que tratam o § 1º e o § 2º serão disponibilizados no sítio eletrônico do órgão ou da
entidade competente, conforme definido nas normas próprias..
Ponto importante é que na hipótese de dispensa em razão de urgência, cabe a elaboração de
análise de resultado regulatório – ARR. Ainda assim, vale dizer que os atos normativos cuja AIR
tenha sido dispensada em razão de urgência serão objeto de ARR no prazo de três anos, contado
da data de sua entrada em vigor.
SENADO FEDERA FGV 2023 Nos termos da Lei 13.874, de 20/09/2019, e do Decreto
10.411, de 30/06/2020, a análise de impacto regulatório seria indispensável no seguinte
caso:
a) Restrição ao tráfego de caminhões em rodovias federais.
b) Decisão de investimento na construção de hospital público.
c) Reajuste contratual das tarifas de energia elétrica.
d) Liberalização do comércio de armas e munições.
e) Mudança do sistema eleitoral.
Resposta: A
Prosseguindo, a análise de impacto regulatório será iniciada após a avaliação pelo órgão ou pela
entidade competente quanto à obrigatoriedade ou à conveniência e à oportunidade para a
resolução do problema regulatório identificado. Após todo o trâmite, a análise de impacto
regulatório será concluída com relatório que contenha o seguinte: 1) sumário executivo objetivo e
conciso, que deverá empregar linguagem simples e acessível ao público em geral; 2) identificação
do problema regulatório que se pretende solucionar, com a apresentação de suas causas e sua
extensão; 3) identificação dos agentes econômicos, dos usuários dos serviços prestados e dos
demais afetados pelo problema regulatório identificado; 4) identificação da fundamentação legal
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que ampara a ação do órgão ou da entidade quanto ao problema regulatório identificado; 5)
definição dos objetivos a serem alcançados; 6) descrição das alternativas possíveis ao
enfrentamento do problema regulatório identificado, consideradas as opções de não ação, de
soluções normativas e de, sempre que possível, soluções não normativas; 7) exposição dos
possíveis impactos das alternativas identificadas, inclusive quanto aos seus custos regulatórios; 8)
os impactos sobre as microempresas e as empresas de pequeno porte; 9) considerações referentes
às informações e às manifestações recebidas para a AIR em eventuais processos de participação
social ou de outros processos de recebimento de subsídios de interessados na matéria em análise;
10) mapeamento da experiência internacional quanto às medidas adotadas para a resolução do
problema regulatório identificado; 11) identificação e definição dos efeitos e riscos decorrentes
da edição, da alteração ou da revogação do ato normativo; 12) comparação das alternativas
consideradas para a resolução do problema regulatório identificado, acompanhada de análise
fundamentada que contenha a metodologia específica escolhida para o caso concreto e a
alternativa ou a combinação de alternativas sugerida, considerada mais adequada à resolução do
problema regulatório e ao alcance dos objetivos pretendidos; e 13) descrição da estratégia para
implementação da alternativa sugerida, acompanhada das formas de monitoramento e de
avaliação a serem adotadas e, quando couber, avaliação quanto à necessidade de alteração ou de
revogação de normas vigentes.
O conteúdo do relatório de AIR deverá ser detalhado e complementado com elementos adicionais
específicos do caso concreto, de acordo com o seu grau de complexidade, a abrangência e a
repercussão da matéria em análise. O relatório de AIR incluirá a análise dos impactos sobre as
microempresas e as empresas de pequeno porte e preverá as medidas que poderão ser adotadas
para minimizar esses impactos.
Ponto importante são as metodologias a serem utilizadas na análise de impacto regulatório.
Vejamos:
Art. 7º Na elaboração da AIR, será adotada uma das seguintes metodologias
específicas para aferição da razoabilidade do impacto econômico, de que trata o art. 5º
da Lei nº 13.874, de 2019:
I - análise multicritério;
II - análise de custo-benefício;
III - análise de custo-efetividade;
IV - análise de custo;
V - análise de risco; ou
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VI - análise risco-risco.
§ 1º A escolha da metodologia específica de que trata o caput deverá ser justificada e
apresentar o comparativo entre as alternativas sugeridas.
§ 2º O órgão ou a entidade competente poderá escolher outra metodologia além
daquelas mencionadas no caput, desde que justifique tratar-se da metodologia mais
adequada para a resolução do caso concreto.
Seguindo, o relatório de análise de impacto regulatório pode conter participação social que
influencie a uma melhor alternativa para enfrentar o problema regulatório identificado e antes da
elaboração de eventual minuta de ato normativo a ser editado. Veja que se trata de participação
anterior a decisão a ser tomada.
Ainda sobre a participação popular o decreto fez previsão sobre consultas e audiências públicas
como forma de complementar a análise de impacto regulatório. Vejamos os dispositivos:
Art. 9º Na hipótese de o órgão ou a entidade competente optar, após a conclusão da
AIR, pela edição, alteração ou revogação de ato normativo para enfrentamento do
problema regulatório identificado, o texto preliminar da proposta de ato normativo
poderá ser objeto de consulta pública ou de consulta aos segmentos sociais
diretamente afetados pela norma. (Vide Decreto nº 11.243, de 2022) Vigência
(Vide Decreto nº 11.259, de 2022) Vigência
Parágrafo único. A realização de consulta pública será obrigatória na hipótese do art.
9º da Lei nº 13.848, de 2019. (Vide Decreto nº 11.243, de 2022) Vigência
Art. 10. O órgão ou a entidade competente poderá utilizar os meios e os canais que
considerar adequados para realizar os procedimentos de participação social e de
consulta pública de que tratam os art. 8º e 9º.
Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput garantirão prazo para
manifestação pública proporcional à complexidade do tema.
Art. 11. A disponibilização do texto preliminar da proposta de ato normativo objeto de
consulta pública ou de consulta aos segmentos sociais diretamente afetados não obriga
a sua publicação ou condiciona o órgão ou a entidade a adotar os posicionamentos
predominantes.
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Sobre a análise de resultado regulatório – ARR, os órgãos e as entidades implementarão
estratégias para integrar a ARR à atividade de elaboração normativa com vistas a, de forma isolada
ou em conjunto, proceder à verificação dos efeitos obtidos pelos atos normativos de interesse
geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados. A ARR poderá ter caráter
temático e ser realizada apenas quanto a partes específicas de um ou mais atos normativos.
Ademais, os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, com competência para edição de atos normativos sujeitos à elaboração de AIR,
deverão instituir agenda de ARR e nela incluirão, no mínimo, um ato normativo de interesse geral
de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados de seu estoque regulatório. Logo,
há a necessidade de instituição de uma agenda de resultados regulatórios que devem observar na
escolha dos atos normativos, os seguintes critérios: 1) ampla repercussão na economia ou no País;
2) existência de problemas decorrentes da aplicação do referido ato normativo; 3) impacto
significativo em organizações ou grupos específicos; 4) tratamento de matéria relevante para a
agenda estratégica do órgão; ou 4) vigência há, no mínimo, cinco anos.
Ainda sobre a agenda de resultado regulatório, os órgãos e as entidades divulgarão, no primeiro
ano de cada mandato presidencial, em seu sítio eletrônico, a agenda de ARR, que deverá ser
concluída até o último ano daquele mandato e conter a relação de atos normativos submetidos à
ARR, a justificativa para sua escolha e o seu cronograma para elaboração da ARR.
Percebam que os atos normativos assim editados, agora, passam por uma análise de impacto
regulatório de forma prévia e uma análise de resultado regulatório posterior, gerando um
ambiente de segurança jurídica sobre o procedimento.
O relatório constitui a peça final da análise de impacto regulatório, cabendo a autoridade
competente prestar as informações sobre qual decisão foi tomada. Assim dispõe os arts. 14 e 15,
do Decreto 10411/2020:
Art. 14. Na hipótese de o órgão ou a entidade competente optar pela edição ou pela
alteração de ato normativo como a alternativa mais adequada disponível ao
enfrentamento do problema regulatório identificado, será registrado no relatório de
AIR ou, na hipótese de que trata o § 1º do art. 4º, na nota técnica ou no documento
equivalente, o prazo máximo para a sua verificação quanto à necessidade de atualização
do estoque regulatório.
Art. 15. A autoridade competente do órgão ou da entidade responsável pela
elaboração do relatório de AIR deverá se manifestar quanto à sua adequação formal e
aos objetivos pretendidos, de modo a demonstrar se a adoção das alternativas
sugeridas, considerados os seus impactos estimados, é a mais adequada ao
enfrentamento do problema regulatório identificado.
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§ 1º O relatório de AIR tem o objetivo de subsidiar a tomada de decisão pela
autoridade competente do órgão ou da entidade que o elabore.
§ 2º O relatório de AIR não vincula a tomada de decisão de que trata o § 1º e é facultado
à autoridade competente do órgão ou da entidade decidir:
I - pela adoção da alternativa ou da combinação de alternativas sugerida no relatório
da AIR;
II - pela necessidade de complementação da AIR; ou
III - pela adoção de alternativa contrária àquela sugerida no relatório, inclusive quanto
às opções de não ação ou de soluções não normativas.
§ 3º As decisões contrárias às alternativas sugeridas no relatório de AIR deverão ser
fundamentadas pela autoridade competente do órgão ou da entidade.
§ 4º Concluído o procedimento de que trata este artigo ou, se for o caso, publicado o
ato normativo de caráter geral, o relatório de AIR será publicado no sítio eletrônico do
órgão ou da entidade competente, ressalvadas as informações com restrição de acesso
nos termos da Lei nº 12.527, de 2011..
Dando sequência, obrigou a norma a publicidade pelas entidades a que estão sujeitas a divulgação
em sítio eletrônico sobre os relatórios de análise de impacto regulatório, assim como a análise das
informações e as manifestações recebidas no processo de consulta pública após a decisão final
sobre a matéria. Vejamos os dispositivos:
Art. 18. Os órgãos e as entidades manterão os seus relatórios de AIR disponíveis para
consulta em seu sítio eletrônico e garantirão acesso fácil a sua localização e identificação
de seu conteúdo ao público em geral, ressalvados aqueles com restrição de acesso nos
termos do disposto na Lei nº 12.527, de 2011.
Art. 19. O órgão ou a entidade disponibilizará em sítio eletrônico a análise das
informações e as manifestações recebidas no processo de consulta pública após a
decisão final sobre a matéria.
Parágrafo único. O órgão ou entidade não está obrigado a comentar ou considerar
individualmente as informações e manifestações recebidas e poderá agrupá-las por
conexão ou eliminar as repetitivas e as de conteúdo não conexo ou irrelevante para a
matéria em análise.
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Por último, duas regras devem ser observadas: 1) A inobservância do disposto no Decreto não
constitui escusa válida para o descumprimento da norma editada e nem acarreta a invalidade da
norma editada; 2) A obrigatoriedade de elaboração de AIR não se aplica às propostas de ato
normativo que, na data de produção de efeitos do Decreto, já tenham sido submetidas à consulta
pública ou a outro mecanismo de participação social.
O que se está a dizer é que o ato normativo oriundo da administração direta e indireta deve ser
cumprido, ainda que não observada a situação de análise de impacto regulatório, bem como que
os atos normativos já publicados antes do decreto publicado permanecem válidos e devem ser
cumpridos.
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✔ Resumindo
Análise de Impacto Regulatório: condição para alteração de atos normativos que tratem
sobre o interesse geral de agentes econômicos ou de usuários de serviços prestados.
A origem de tal concepção se deu com o efetivo surgimento da expressão custo
regulatório, ou seja, determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação
incisiva, passariam a se tornar efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo
a continuidade. Logo, a cada intervenção regulatória, caberia uma análise aprofundada
sobre o real custo da edição de novos atos normativos técnicos.
Custo Regulatório: Determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação
incisiva, passariam a se tornar efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo
a continuidade. Logo, a cada intervenção regulatória, caberia uma análise aprofundada
sobre o real custo da edição de novos atos normativos técnicos.
Revisão Qualitativa Regulatória: Frise-se que na outra ponta há a chamada revisão
qualitativa de regulação que busca manter os esforços do Estado Regulador, de forma
a editar novos atos normativos substituindo algo que já estaria superado.
Legislações: Decreto Lei de nº 4.657/42 (LINDB); 2) Lei de nº 13.848/2019 que trata
sobre as agências reguladoras; 3) Lei de nº 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica).
Decreto 10.411/2020
Aplicabilidade: órgãos e às entidades da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, quando da proposição de atos normativos de interesse geral
de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, no âmbito de suas
competências.
Propostas de atos formuladas por colegiados também deverá passar pelo instituto e
que não se aplica o decreto as propostas de edição de decreto ou aos atos normativos
a serem submetidos ao Congresso Nacional.
Prosseguindo, por análise de impacto regulatório temos um procedimento, a partir da
definição de problema regulatório, de avaliação prévia à edição dos atos normativos,
que conterá informações e dados sobre os seus prováveis efeitos, para verificar a
razoabilidade do impacto e subsidiar a tomada de decisão.
O decreto trata das situações de ato normativo de baixo impacto, sendo elas as que:
1) não provoquem aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para
os usuários dos serviços prestados; 2) não provoque aumento expressivo de despesa
orçamentária ou financeira; 3) não repercuta de forma substancial nas políticas públicas
de saúde, de segurança, ambientais, econômicas ou sociais.
Ponto importante é que a análise de impacto regulatório é um procedimento e como
tal possui elementos que os compõe: 1) Avaliação de Resultado Regulatório; 2) Custos
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Regulatórios; 3) Relatório de Análise de Impacto Regulatório; 4) Atualização do estoque
regulatório.
Gravar as situações de dispensa!
Por último, duas regras devem ser observadas: 1) A inobservância do disposto no
Decreto não constitui escusa válida para o descumprimento da norma editada e nem
acarreta a invalidade da norma editada; 2) A obrigatoriedade de elaboração de AIR não
se aplica às propostas de ato normativo que, na data de produção de efeitos do
Decreto, já tenham sido submetidas à consulta pública ou a outro mecanismo de
participação social.
O que se está a dizer é que o ato normativo oriundo da administração direta e indireta
deve ser cumprido, ainda que não observada a situação de análise de impacto
regulatório, bem como que os atos normativos já publicados antes do decreto
publicado permanecem válidos e devem ser cumpridos
1. FGV – EPE – 2024
A regulação econômica consiste na atuação indireta do Estado na economia, por meio
de atos jurídico‐públicos, traduzida na supervisão, orientação e fiscalização dos agentes
econômicos dos setores público, privado e cooperativo, de modo a garantir o equilíbrio
do mercado e evitar impactos socialmente negativos na coletividade.
Sobre as agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir
I. As agências reguladoras surgiram com o propósito de monitorar as atividades do
setor privado no exercício de serviços públicos, sendo órgãos imprescindíveis no
processo de descentralização patrocinado pelo Estado.
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II. As agências reguladoras produzem regras e normas que imputam custos às unidades
reguladas, atraindo, complementando ou contrariando interesses privados e públicos.
III. A agência reguladora é uma autarquia de regime especial criada por lei, com
estrutura colegiada, caracterizada pelo poder de normatização dos serviços públicos
apresentando uma maior independência técnica. A agência reguladora é subordinada
hierarquicamente ao ente estatal que a criou, o qual exerce controle legal de correção
finalística.
Está correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Comentários:
Vamos analisar as afirmativas:
I. Correta. As agências reguladoras realmente surgiram para monitorar e regular as
atividades do setor privado em relação aos serviços públicos, especialmente no
contexto da descentralização do Estado.
II. Correta. As agências reguladoras, de fato, criam regras e normas que podem gerar
custos para as unidades reguladas e, portanto, podem afetar tanto interesses privados
quanto públicos.
III. Incorreta. Embora as agências reguladoras sejam autarquias de regime especial e
possuam uma certa independência técnica, a afirmação de que são "subordinadas
hierarquicamente ao ente estatal que a criou" não é completamente precisa. As
agências possuem uma autonomia em relação ao ente que as criou, embora existam
mecanismos de controle e supervisão.
Com isso, a análise fica assim:
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I: Correta
II: Correta
III: Incorreta
Portanto, a resposta correta é B) I e II, apenas.
Gabarito: B
2. FGV – CAMARA DE FORTALEZA – 2024
As agências reguladoras são estruturas criadas pela Administração Pública destinadas
a fiscalizar a execução de setores estratégicos e serviços públicos transferidos para a
iniciativa privada.
Com relação às agências reguladoras, é correto afirmar que
A) seus dirigentes devem possuir estabilidade no cargo, dependendo de aprovação
legislativa prévia para a sua investidura.
B) seus funcionários devem seguir o regime de trabalho celetista, ainda que sejam
contratados por meio de concurso público.
C) devido ao vínculo de subordinação ao ministério instituidor, não gozam de
autonomia administrativa ou financeira.
D) devem ser previamente qualificadas pelo chefe do Poder Executivo, por meio de
contrato de gestão, podendo, a qualquer tempo, perder a qualificação por
irregularidades.
E) são criadas por decreto presidencial, sendo regidas por normas do direito privado,
em função possuírem personalidade jurídica própria.
Comentários:
A questão exige conhecimento sobre a denominada autonomia administrativa. No
caso, a assertiva correta é a letra A que informa sobre a estabilidade com aprovação,
por exemplo, do Senado Federal.
Gabarito: A
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3. FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024
Em matéria de organização administrativa da administração pública federal, considere
as informações abaixo:
A pessoa jurídica Alfa desenvolve atividade típica de estado, foi criada por lei, lhe sendo
conferidos poderes normativos, seus dirigentes possuem mandato certo, possui
privilégios processuais e fiscais;
A pessoa jurídica Beta é sociedade limitada, teve sua criação autorizada por lei, possui
capital unicamente público e explora atividade econômica, em regime não
concorrencial.
A pessoa jurídica Gama, sociedade anônima, teve sua criação autorizada por lei, possui
capital misto, com a maioria do capital votante nas mãos do poder público e presta
serviço público mediante delegação estatal.
A pessoa jurídica Delta foi criada por lei e celebrou contrato de gestão com o Ministério
supervisor, adquirindo vantagens especiais e, em troca, se comprometendo a cumprir
plano de reestruturação definido no próprio contrato de gestão para se tornar mais
eficiente.
Nesse sentido, é possível dizer que as pessoas jurídicas acima mencionadas são
respectivamente:
A) agência reguladora, empresa pública, sociedade de economia mista e agência
executiva;
B) empresa pública, agência reguladora, agência executiva e sociedade de economia
mista;
C) sociedade de economia mista, agência executiva, empresa púbica e agência
reguladora;
D) agência reguladora, agência executiva, sociedade de economia mista e empresa
pública;
E) organização da sociedade civil, autarquia profissional, empresa pública e sociedade
de economia mista.
Comentários:
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GABARITO: ALTERNATIVA "A".
Visando o aprendizado do aluno, vamos à análise pormenorizada de cada uma das
assertivas:
(i) A pessoa jurídica Alfa desenvolve atividade típica de estado, foi criada por lei, lhe
sendo conferidos poderes normativos, seus dirigentes possuem mandato certo, possui
privilégios processuais e fiscais;
Pois bem, alunos, a primeira assertiva citou as características das agências
reguladoras que, conforme dispõe o art. 3º da Lei n. 13.848/19, são autarquias criadas
sob o regime especial "caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e
pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos [...]".
Em regra, as agências reguladoras possuem as seguintes funções: a) edição de
normas; b) implementação concreta das referidas normas; c) fiscalização do
cumprimento das normas; d) Aplicação de sanções; e e) Solução de conflitos.
_______________________________________________________________
(ii) A pessoa jurídica Beta é sociedade limitada, teve sua criação autorizada por lei,
possui capital unicamente público e explora atividade econômica, em regime não
concorrencial.
As informações trazidas pela assertiva nos remete ao conceito de empresa pública que,
segundo dispõe o art. 3º da Lei n. 13.303/2016 pode ser definida como sendo "a
entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada
por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios."
_______________________________________________________________
(iii) A pessoa jurídica Gama, sociedade anônima, teve sua criação autorizada por lei,
possui capital misto, com a maioria do capital votante nas mãos do poder público e
presta serviço público mediante delegação estatal.
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Por sua vez, a pessoa jurídica Gama é uma sociedade de economia mista, que
possui definição legal prevista no art. 4º da Lei n. 13.303/16, veja:
"Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica
de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos
Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta."
_______________________________________________________________
(iv) A pessoa jurídica Delta foi criada por lei e celebrou contrato de gestão com o
Ministério supervisor, adquirindo vantagens especiais e, em troca, se comprometendo
a cumprir plano de reestruturação definido no próprio contrato de gestão para se tornar
mais eficiente.
Por fim, a assertiva IV trouxe as características das agências executivas, que, assim
como as agências reguladoras, não são uma nova espécie de entidade pública, mas,
sim, espécies de autarquia ou fundação pública sob regime especial.
Conforme assinalou a alternativa, o objetivo da qualificação jurídica das autarquias e
fundações públicas como agência executiva é conferir maior autonomia gerencial,
orçamentária e financeira a essas entidades. Em contrapartida, as
entidades qualificadas se submetem a um regime de controle sobre metas de
desempenho e prazos.
Assim, podemos concluir que está correta a alternativa que prevê as entidades na
seguinte ordem: (i) agências reguladoras; (ii) empresas públicas; (iii) sociedades de
economia mista; e (iv) agências executivas.
Ante o exposto, o gabarito é "A".
Gabarito: A
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4. FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024
A Nova Lei das Agências Reguladoras e a Lei da Liberdade Econômica preveem que as
propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes
econômicos, consumidores ou usuários de serviços prestados devem ser precedidas da
realização de
A) AIR.
B) EIA.
C) RIMA.
D) EIA/RIMA
E) EVTE.
Comentários:
GABARITO: ALTERNATIVA A.
Nos termos da Lei 13.848/19, quanto ao processo decisório das agências reguladoras:
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos
agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos
termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório
(AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo.
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
Gabarito: A
5. FGV – SENADO FEDERAL – 2024
Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi cooptada pelo setor empresarial
regulado, diante do forte poderio econômico das empresas atuantes no mercado.
Assim, a Agência Alfa acabou por abandonar a atuação imparcial e técnica que deveria
ter e passou a operar em benefício dos próprios regulados, servindo de instrumento
para proteção e benefício de interesses setoriais que deveriam ser fiscalizados.
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Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria
A) dos motivos determinantes
B) do risco administrativo.
C) da captura.
D) da aparência.
E) do fato consumado.
Comentários:
A teoria da captura é a captura da regulação pelos regulados, com a satisfação dos
interesses dos grupos econômicos regulados em detrimento dos consumidores.
Vejamos:
“A forte autonomia e a concentração de poderes nas agências reguladoras colocam em
risco a sua legitimidade democrática e a sua compatibilidade com o princípio da
separação de poderes. Há o risco potencial de captura dos interesses (teoria da captura)
pelos grupos economicamente mais fortes e politicamente mais influentes, em
detrimento de consumidores e usuários de serviços públicos regulados”. (OLIVEIRA,
Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. Rio de Janeiro:
Método, 2021. P. 223)
Logo, a alternativa está correta.
Gabarito: C
6. FGV – CAMARA DE TAUBATE – 2024
Suponha que determinado município sofra com problemas no fornecimento de água,
seja por problemas de qualidade ou por interrupções recorrentes, e avalie como
necessária a existência de uma entidade reguladora para fiscalizar esse serviço público
no âmbito municipal.
Com base no exposto, assinale a opção que apresenta corretamente as informações
sobre essa intenção do município.
A) É possível que o Poder Executivo qualifique agência executiva municipal como
agência reguladora.
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B) Apenas com decreto da União poderá ser autorizada a criação de Agência
Reguladora Federal para essa função.
C) Não é viável a criação de agência reguladora além das previstas na Constituição
Federal de 1988.
D) A criação ou manutenção da existência de qualquer agência reguladora é vedado,
pois violaria o princípio supremacia do interesse público .
E) O próprio município pode criar agência reguladora por meio de lei específica.
Comentários:
GABARITO: ALTERNATIVA E.
A questão pede o conhecimento sobre agência reguladora.
Agência reguladora "é entidade da Administração Indireta, em regra autarquia de
regime especial, com a função de regular a matéria que se insere em sua esfera de
competência, outorgada por lei".
Analisando as alternativas, temos que:
A alternativa a está errada, porque as agências reguladoras são criadas por lei, não
podendo haver qualificação.
A alternativa b está errada, as agências reguladoras nos âmbitos federal, estadual e
municipal são criadas por lei e não por decreto.
A alternativa c está errada, pois restringiu a criação da agências reguladora, e é sabido
que existindo lei pode ser criada agência reguladora para executar atividades típicas
da Administração Pública, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira.
A alternativa d está errada, a criação ou manutenção de agência reguladora não é
vedado e não viola o princípio da supremacia do interesse público, até porque ela tem
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como função fiscalizar, reprimir, aplicar sanções e impor outras
limitações administrativas à empresas privadas que prestam serviços públicos.
A alternativa e está certa, a agência reguladora é criada por lei. Agência reguladora "é
entidade da Administração Indireta, em regra autarquia de regime especial, com a
função de regular a matéria que se insere em sua esfera de competência, outorgada
por lei".
Logo, gabarito alternativa e.
Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo. Aula 01. TSE - Concurso Unificado
(Técnico Judiciário - Área Administrativa) Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital).
Gabarito: E
7. FGV – TJGO – 2024
No processo de modernização da Administração Pública brasileira, marcado pela
adoção de uma concepção neoliberal de política econômica voltada à redução do
aparato estatal, a crescente transferência à iniciativa privada de atividades até então
exercidas pelo Estado fez surgir a necessidade de fiscalização e controle das pessoas
privadas que assumiam a incumbência da prestação de serviços públicos, em regra sob
a forma de concessão ou permissão. Com inspiração no modelo norte-americano de
regulação econômica e social, atribuiu-se às chamadas agências reguladoras o papel
precípuo de controle da prestação de serviços públicos e do exercício de
atividades econômicas, de modo a adequar a atuação desses atores privados aos fins
colimados pela Administração, notadamente a proteção do consumidor.
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Dentre as peculiaridades das agências reguladoras, a doutrina especializada costuma
destacar a natureza jurídica de:
A) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de
mandatos fixos que asseguram certa independência em relação ao governo, além do
poder normativo, consistente na edição de normas técnicas que ostentam status legal;
B) empresa pública sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos
efetivos que asseguram certa independência em relação ao governo, além do
poder normativo, consistente na competência para regulamentar as leis que
disciplinam o respectivo setor;
C) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos efetivos
que asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo,
consistente na competência para regulamentar as leis que disciplinam o respectivo
setor;
D) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de
mandatos fixos que asseguram certa independência em relação ao governo, além do
poder normativo, consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a
legislação aplicável ao setor, sem criar ou extinguir direitos e obrigações;
E) órgão público sob regime especial e a gestão por dirigentes exercentes de funções
de confiança que garantem o alinhamento às diretrizes do Poder Executivo, além do
poder normativo, consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a
legislação aplicável ao setor, sem criar ou extinguir direitos e obrigações.
Comentários:
Trata-se do conceito de agência reguladora, ou seja, autarquia sob regime especial e a
gestão por dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos que asseguram
certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, consistente na
edição de normas técnicas capazes de integrar a legislação aplicável ao setor, sem criar
ou extinguir direitos e obrigações
Gabarito: D
8. FGV – SEFAZBA – 2022
As agências reguladoras têm como características a autonomia funcional, decisória,
financeira e administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas devem seguir
algumas regras específicas.
Assinale a opção que indica uma dessas regras.
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A) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes
decorrentes da subordinação hierárquica perante o ministério supervisor.
B) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada
arguição pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por
condenação judicial transitada em julgado.
C) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração
de programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção.
D) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato
vinculado, desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a
melhoria da gestão.
E) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária,
constituído por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração.
Comentários:
De acordo com a Lei nº 13.848/2019, as agências reguladoras deverão adotar práticas
de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração de programa de
integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. Vejamos:
“Art. 2º. § 3º As agências reguladoras devem adotar práticas de gestão de riscos e de
controle interno e elaborar e divulgar programa de integridade, com o objetivo de
promover a adoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à
detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção”.
Logo, a alternativa está correta.
Gabarito: C
9. FGV – CGU – 2021
Pedro é presidente de associação nacional representativa de interesses trabalhistas
ligados às atividades reguladas pela agência reguladora federal Alfa. Em razão de seu
positivo destaque na defesa da categoria que representa, surgiu a possibilidade de
Pedro ser indicado para a Diretoria Colegiada da agência reguladora federal Alfa.
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
é:
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A) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal,
que é constitucional e visa prestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada
da Diretoria Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador
destinados à impessoalidade da gestão;
B) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental
do livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, implicando discriminação
flagrantemente inconstitucional;
C) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental
no sentido de que é plena a liberdade de associação para fins lícitos, implicando
discriminação flagrantemente inconstitucional;
D) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar a garantia fundamental
do servidor público civil ao direito à livre associação sindical, implicando discriminação
flagrantemente inconstitucional;
E) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por analogia ao impedimento
dos membros da Diretoria Colegiada de exercerem atividade ou de prestarem qualquer
serviço no setor regulado pela respectiva agência, por período de 12 meses, contados
da exoneração ou do término de seus mandatos.
Comentários:
GABARITO: LETRA A.
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
é vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal,
que é constitucional e visa prestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada
da Diretoria Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador
destinados à impessoalidade da gestão:
Lei 9.986/00
Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada:
(Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência (...)
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; (Incluído pela Lei nº 13.848,
de 2019) Vigência (...).
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Sobre o tema, entende o STF:
A regulação tem como objetivo promover o interesse público, atingindo seu objetivo
quando veicula um processo político eficiente acompanhado de atuação de agências
reguladoras também eficientes. A atuação independente e tecnicamente justificada
deve ser realizada por um Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada imparcial, sendo os
impedimentos previstos pelo legislador destinados à impessoalidade da gestão. A
exigência de preenchimento de certos requisitos para a ocupação de cargos públicos,
quando devidamente justificada e por meio legal, não implica discriminação
inconstitucional. No caso, há a justificativa racional de preservar a atuação técnica e
impessoal das agências.
[ADI 6.276, rel. min. Edson Fachin, j. 20-9-2021, P, DJE de 27-9-2021.]
Portanto, correta a alternativa A.
Gabarito: A
10. FGV – TCU – 2021
As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de
Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos
transferidos à iniciativa privada, na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e
buscar maior eficiência na execução de tais atividades.
Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que,
por ser uma agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria
de organização administrativa, se classifica como:
A) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e
financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os
mandatos, sendo certo que seu controle externo é exercido pelo Congresso Nacional,
com auxílio do Tribunal de Contas da União;
B) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem
como pela vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo
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certo que seu controle externo é exercido por meio de supervisão ministerial, com
auxílio do Tribunal de Contas da União;
C) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa,
pela vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que
seu controle externo é exercido por meio
de supervisão ministerial, com auxílio da Controladoria Geral da União;
D) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito
privado e executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e
subordinação hierárquica, autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo
que seu controle externo é exercido por meio do Ministério Público Federal, mediante
o velamento de fundações;
E) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa
atividades regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de
subordinação hierárquica, possuindo autonomia funcional, decisória e administrativa,
sendo certo que seu controle externo é feito diretamente pelos usuários do serviço e
pela sociedade civil, mediante o controle social, exercido com auxílio da Defensoria
Pública da União.
Comentários:
GABARITO: LETRA A.
A questão aborda a natureza jurídica das Agências Reguladoras, em especial a Lei
Federal nº 13.848/2019.
Primeiramente, diz o parágrafo único do artigo 2º da Lei:
Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da Lei
nº 9.986, de 18 de julho de 2000:
(...)
Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto
nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências
reguladoras e criadas a partir de sua vigência.
A Lei continua no seu artigo 3º:
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Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada
pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional,
decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e
estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes
desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação.
Por fim, destaca-se o artigo 14:
Art. 14. O controle externo das agências reguladoras será exercido pelo Congresso
Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União.
Nota-se que a banca basicamente juntou os três trechos da lei, parafraseando-os na
alternativa A, que, por isso, é o gabarito!
Gabarito: A
11. FGV – CAMARA ARACAJU – 2021
Com relação às agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir.
I. Atuam com independência do Poder Executivo.
II. São autarquias com regime jurídico especial.
III. Exercem funções de regulação, fiscalização e controle.
Está correto somente o que se afirma em:
A) I;
B) III;
C) I e II;
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D) I e III;
E) II e III.
Comentários:
Trata-se das características das autarquias em regime especial, no caso as agências
reguladoras regidas pela Lei 13.848/2019.
A alternativa correta, segundo a Banca Examinadora é a D. A alternativa III foi
considerada incorreta em razão da função de controle.
Gabarito: D
12. FGV – PREF BA – 2019
No que concerne às Agências Reguladoras, importantes entidades criadas para
fiscalizar e regular serviços de determinados setores econômicos, assinale a afirmativa
incorreta.
A) As agências devem ter necessariamente personalidade jurídica de direito público,
dotadas de independência administrativa e autonomia financeira.
B) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a
possibilidade de exoneração ad nutum.
C) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de
gestão com o Poder Público.
D) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo
Judiciário, devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades específicas.
E) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal,
desde que criadas por lei.
Comentários:
Alternativa C.
Segundo o art. 51 da Lei Federal nº 9.649/98, autarquias e fundações que celebraram
contrato de gestão com o Poder Público são as agências executivas, e não reguladoras:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou
fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
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I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em
andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
Gabarito: C
13. FGV – PREF NITEROI – 2021
No processo de reestruturação do Estado, ocorrido no século passado, alguns serviços
que eram exercidos pela administração pública foram transferidos para o setor privado.
Com o intuito de regular essas atividades, objetivando garantir um padrão de
qualidade, foram criadas as agências reguladoras para essa função.
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta.
A) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder
normativo.
B) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância com
suas orientações.
C) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação caso
ajam em desacordo com as normas previstas.
D) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências
executivas.
E) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo.
Comentários:
A questão abordará o tema das Agências Reguladoras.
Tema importantíssimo no estudo de Organização da Administração Pública.
Antes de analisarmos cada assertiva, vamos fazer uma breve revisão de introdução
sobre este tema.
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O histórico de surgimento das Agências Reguladoras é do final da década de 90 com
o Plano Nacional de Desestatização. Trata-se de tipo de Autarquia de Regime
Especial. Gozam de algumas prerrogativas especiais que as autarquias comuns não
possuem, como caso do poder de normatizar e regulamentar setores econômicos das
atividades que irão regular.
As Agências Reguladoras podem ser criadas por lei por QUALQUER ente federativo.
Alguns Estados e Municípios podem ter suas Agências Reguladoras para regulamentar
serviços locais que foram delegados para os particulares, como transporte e
telecomunicações.
Gabarito: E
14. FGV – PREF NITEROI – 2021
Leia a notícia a seguir.
“As empresas aéreas já podem cobrar uma taxa extra aos passageiros que quiserem
despachar suas bagagens. Após uma polêmica intensa na Justiça, no dia 29 de abril, a
10ª Vara da Justiça Federal do Ceará derrubou a liminar que impedia a cobrança. Com
a nova resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em vigor, além de outras
alterações, as companhias poderão cobrar uma taxa extra dos passageiros que
quiserem despachar suas bagagens.”
Esse tipo de ação realizada pela ANAC, é resultado do modelo de Estado regulador,
atualmente vigente no pais. A atuação da ANAC no caso acima, é um exemplo de
A) ação liberalizante.
B) intervenção indireta.
C) avocação funcional.
D) ação centralizadora.
E) avocação subjetiva.
Comentários:
GABARITO: ALTERNATIVA "B".
A questão requer do aluno o conhecimento acerca da atuação do Estado no domínio
econômico e atuação das agências reguladoras.
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Nesse sentido, dispõe os arts. 173 e 174, ambos da CRFB:
"Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica,
o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado."
Com efeito, infere-se dos dispositivos supra que o Estado, ora atua como Estado
executor (art. 173) e, nesse caso, trata-se de INTERVENÇÃO DIRETA na ordem
econômica, pois o Estado vai explorar diretamente a atividades econômicas em regime
de livre concorrência, ora atua como Estado regulador (art. 174), INTERFERINDO
INDIRETAMENTE no mercado, mediante ações fiscalizadoras, reguladoras, mediante a
criação de normas de atuação, repressão do abuso de poder econômico, dentre outras
funções.
É nesse contexto que surgem as agências reguladoras, atuando ao lado do Estado em
sua função regulatória, como forma de intervenção indireta no domínio econômico.
Sobre os demais instrumentos citados, vejamos um breve conceito:
Uma ação liberalizante nos remete ao Estado Liberal de Direito ou Estado
Abstencionista, que prevaleceu a partir do final do século XVIII. Ao Estado não caberia
a interferência nem a regulação da economia, limitando-se, em sua atividade, à função
de observador da organização processada pelos indivíduos.
Já a avocação funcional e subjetiva, no âmbito administrativo, está prevista no art. 15
da Lei n. 9.784/99 (Lei do processo administrativo federal) que dispõe que: "será
permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados,
a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior."
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Por fim, a ação centralizadora ou centralização administrativa consiste na execução das
tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos integrantes
da Administração direta.
Ante o exposto, o gabarito é "B".
Gabarito: B
15. FGV – ALERO – 2018
As agências reguladoras são entidades criadas pelo Estado com a finalidade de regular
determinados setores da economia, visando assegurar o interesse público.
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento
de que
A) são servidores efetivos em cargo de confiança.
B) devem ser escolhidos pelo Presidente da República.
C) são indicados pelo colegiado de servidores do órgão.
D) podem ser exonerados ad nutun por ministros.
E) adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício.
Comentários:
Trata-se de uma das características das agências reguladoras em que a escolha dos
dirigentes se dá pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal
Gabarito: B
16. (CEBRASPE – TREPE– 2019 ID: 59718741)
As entidades autônomas integrantes da administração indireta que atuam em setores
estratégicos da atividade econômica, zelando pelo desempenho das pessoas jurídicas
e por sua consonância com os fins almejados pelo interesse público e pelo governo são
denominadas
a) agências autárquicas executivas.
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b) serviços sociais autônomos.
c) agências autárquicas reguladoras.
d) empresas públicas.
e) sociedades de economia mista.
Comentários: Visto que elas fazem parte das autarquias especiais, conforme José dos
Santos Carvalho Filho, ou seja, possuindo prerrogativas diferenciadas quando
comparadas com as autarquias comuns, além de possuir o objetivo de regular matéria
que lhe foi atribuída por lei.
Portanto, atuam justamente em setores estratégicos da economia, zelando pelo
desempenho das pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados pelo
interesse público e pelo governo, de acordo com o mencionado pela assertiva.
Gabarito: C
17. (CEBRASPE – MIN PLANEJAMENTO– 2016)
A organização administrativa do Estado é de fundamental importância à capacidade do
poder público de responder às demandas da sociedade de maneira eficiente. No que
diz respeito à administração, julgue os itens subsecutivos.
Situação hipotética: Necessidades operacionais fizeram que o governo encaminhasse
ao Congresso Nacional um projeto de lei específico que autorizasse a criação de uma
nova agência reguladora, sob a forma de autarquia. Assertiva: Nessa situação, após a
aprovação, o Poder Executivo deverá realocar temporariamente servidores de outros
órgãos para que possa, por meio de decreto, criar, então, a autarquia em questão.
Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras são consideradas, de acordo com o parágrafo
único do art. 2º da Lei Federal nº 13.848/19, autarquias especiais:
Art. 2º, Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o
disposto nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como
agências reguladoras e criadas a partir de sua vigência.
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Sendo espécies de autarquias, as agências reguladoras somente podem ser criadas por
meio de uma lei específica, nos termos do art. 37, inciso XIX, da CF/88:
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Dessa forma, não se cria uma agência reguladora por meio de decreto do Poder
Executivo..
Gabarito: Errado
18. (CEBRASPE – TREMS – 2015)
À luz das normas que tratam da organização da administração pública, assinale a opção
correta.
a) Os órgãos e entidades da administração pública, direta ou indireta, estão sujeitos à
supervisão do ministro de Estado competente, salvo as agências reguladoras, que
dispõem de disciplina especial.
b) A administração pública indireta abrange as autarquias, fundações públicas,
empresas públicas, sociedades de economia mista e organizações sociais.
c) O capital social das sociedades de economia mista deve ser integralmente público,
e a participação do Estado no capital social das empresas públicas deve ser majoritária.
d) As agências reguladoras integram a administração direta.
e) Os ministérios, órgãos integrantes da administração direta, não possuem
personalidade jurídica própria.
Comentários: A alternativa está correta, pois os ministérios são órgãos integrantes da
administração direta, desprovidos de personalidade jurídica própria.
Gabarito: E
19. (CEBRASPE – FUB– 2014)
No que diz respeito à administração pública federal, sua estrutura, características e
descrição, julgue o próximo item.
As agências reguladoras, por estarem subordinadas aos ministérios, pertencem à
administração direta.
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Certo.
Errado.
Comentários: As agências reguladoras pertencem à Administração Indireta. Além disso,
não estão subordinadas aos Ministérios, possuindo com estes apenas controle
finalístico, de tutela ou supervisão.
Gabarito: ERRADO
20. (CEBRASPE – ANTAQ– 2014)
Julgue o próximo item, acerca das agências reguladoras e das teorias da regulação.
A criação das agências reguladoras advém da política econômica adotada no Brasil na
década de 90 do século XX, quando ocorreram privatizações decorrentes do Plano
Nacional de Desestatização.
Certo.
Errado.
Comentários: A questão cobra o conhecimento da origem das agências reguladores e
dos motivos que as tornaram necessárias. Na década de 90, devido o Plano de Nacional
de Desestatização, surgiu a necessidade da criação de diversas agências reguladores
para regular e controlar a prestação de diversos serviços públicos e também a
exploração de bens públicos em regime de concessão.
Conforme ensinamentos dos professores Antonio Daud e Paulo Guimarães do
Estratégia Concursos:
"Este grupo representa a grande novidade no direito brasileiro, fazendo parte do
grande modelo estatal de delegação de serviços públicos associada à regulação dos
setores econômicos por meio de entidades criadas especificamente para tal atividade.
Nesse sentido, é por meio das agências que o Estado fortalece seu papel como agente
regulador do mercado, intervindo de modo indireto nas atividades econômicas."
Gabarito: CERTO
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21. FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS– 2023
João, servidor público, ocupante de cargo no âmbito da Agência Reguladora XYZ,
recebe um convite para lecionar aos alunos do Curso de Direito da Universidade
Federal Fluminense sobre as Ouvidorias no contexto destas autarquias especiais.
Muito embora soubesse da existência das Ouvidorias no âmbito das Agências
Reguladoras, João desconhecia por completo as normas a elas aplicáveis. Com efeito,
o agente público passa a estudar as nuances o assunto.
Nesse cenário, considerando as disposições da Lei nº 13.848/2019, João poderá ensinar
aos alunos que
A) o processo administrativo contra o ouvidor somente poderá ser instaurado pelo
titular do ministério ao qual a agência está vinculada, por iniciativa de seu ministro ou
do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, em decorrência de
representação promovida pelo conselho diretor ou pela diretoria colegiada da
respectiva agência.
B) o ouvidor terá mandato de dois anos, vedada a recondução, no curso do qual
somente perderá o cargo em caso de renúncia, condenação judicial transitada em
julgado ou condenação em processo administrativo disciplinar.
C) o ouvidor será escolhido pelo conselho diretor da agência reguladora e por ele
nomeado, desde que disponha de notório conhecimento em administração pública ou
em regulação de setores econômicos.
D) ocorrendo vacância no cargo de ouvidor no curso do mandato, este será completado
por sucessor investido, que exercerá o cargo pelo prazo remanescente, vedada a
recondução.
E) os relatórios do ouvidor deverão ser encaminhados ao conselho diretor ou à diretoria
colegiada da agência reguladora, que poderá se manifestar no prazo de quinze dias
úteis.
Comentários:
Trata-se de literalidade da lei 13.848/2019 a qual trouxe a figura do ouvidor:
Art. 22. Haverá, em cada agência reguladora, 1 (um) ouvidor, que atuará sem
subordinação hierárquica e exercerá suas atribuições sem acumulação com outras
funções.
§ 1º São atribuições do ouvidor:
I - zelar pela qualidade e pela tempestividade dos serviços prestados pela agência;
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II - acompanhar o processo interno de apuração de denúncias e reclamações dos
interessados contra a atuação da agência;
III - elaborar relatório anual de ouvidoria sobre as atividades da agência.
§ 2º O ouvidor terá acesso a todos os processos da agência reguladora.
§ 3º O ouvidor deverá manter em sigilo as informações que tenham caráter reservado
ou confidencial.
§ 4º Os relatórios do ouvidor deverão ser encaminhados ao conselho diretor ou à
diretoria colegiada da agência reguladora, que poderá se manifestar no prazo de 20
(vinte) dias úteis.
§ 5º Os relatórios do ouvidor não terão caráter impositivo, cabendo ao conselho diretor
ou à diretoria colegiada deliberar, em última instância, a respeito dos temas
relacionados ao setor de atuação da agência reguladora.
§ 6º Transcorrido o prazo para manifestação do conselho diretor ou da diretoria
colegiada, o ouvidor deverá encaminhar o relatório e, se houver, a respectiva
manifestação ao titular do ministério a que a agência estiver vinculada, à Câmara dos
Deputados, ao Senado Federal e ao Tribunal de Contas da União, bem como divulgá-
los no sítio da agência na internet.
Art. 23. O ouvidor será escolhido pelo Presidente da República e por ele nomeado,
após prévia aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art.
52 da Constituição Federal, devendo não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade
previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de
1990, e ter notório conhecimento em administração pública ou em regulação de setores
econômicos, ou no campo específico de atuação da agência reguladora.
§ 1º O ouvidor terá mandato de 3 (três) anos, vedada a recondução, no curso do qual
somente perderá o cargo em caso de renúncia, condenação judicial transitada em
julgado ou condenação em processo administrativo disciplinar.
§ 2º É vedado ao ouvidor ter participação, direta ou indireta, em empresa sob regulação
da respectiva agência reguladora.
§ 3º O processo administrativo contra o ouvidor somente poderá ser instaurado pelo
titular do ministério ao qual a agência está vinculada, por iniciativa de seu ministro ou
do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, em decorrência de
representação promovida pelo conselho diretor ou pela diretoria colegiada da
respectiva agência.
§ 4º Ocorrendo vacância no cargo de ouvidor no curso do mandato, este será
completado por sucessor investido na forma prevista no caput, que exercerá o cargo
pelo prazo remanescente, admitida a recondução se tal prazo for igual ou inferior a 2
(dois) anos.
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Art. 24. O ouvidor contará com estrutura administrativa compatível com suas
atribuições e com espaço em canal de comunicação e divulgação institucional da
agência.
Gabarito: A
22. FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS– 2023
A Nova Lei das Agências Reguladoras e a Lei da Liberdade Econômica preveem que as
propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes
econômicos, consumidores ou usuários de serviços prestados devem ser precedidas da
realização de
A) AIR.
B) EIA.
C) RIMA.
D) EIA/RIMA.
E) EVTE.
Comentários:
GABARITO: ALTERNATIVA A.
Nos termos da Lei 13.848/19, quanto ao processo decisório das agências reguladoras:
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos
agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos
termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório
(AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo.
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
Gabarito: A
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23. FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS– 2023
Acerca do delineamento realizado pela Constituição Federal de 1988 em relação ao
controle externo exercido pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União
sobre os atos do Poder Executivo, assinale a afirmativa correta.
A) Cabe ao Tribunal de Contas da União promover o julgamento anual das Contas do
Presidente da República.
B) Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Presidente da
República que exorbitem o Poder Regulamentar.
C) Compete ao Congresso Nacional rever as decisões do Tribunal de Contas da União
que promovem o registro da admissão de pessoal da Administração Pública, em sede
de recurso administrativo.
D) Cabe à Câmara dos Deputados sustar diretamente os contratos administrativos,
considerados inválidos pelo Tribunal de Contas da União, comunicando ao Presidente
da República para a adoção de medidas cabíveis.
E) Compete à Câmara dos Deputados aprovar, previamente, após arguição pública, a
escolha de dirigentes de Agências reguladoras, nos termos da lei, após a indicação pelo
Presidente da República.
Comentários:
CERTO.
De fato, compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Presidente da
República que exorbitem o Poder Regulamentar. É o que diz o Art. 49, V da CF/88:
"Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
[...]
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa";
Logo, o Congresso Nacional detém a competência para sustar os atos normativos do
Presidente da República que exorbitem o Poder Regulamentar.
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Ante o exposto, o item está certo.
Gabarito: B
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DECRETO Nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE
2024
Inicialmente, vale questionar o seguinte: seria o tema melhoria regulatória objeto de lei ou
decreto? Melhorando a pergunta: É possível dispor sobre questões atinentes a regulação,
mediante decreto?
A resposta é positiva e encontra respaldo no art. 84, VI, a, da CF/88:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração
federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma
da lei;
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
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X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências
que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais
e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los
para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 1999)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral
da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da
União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-
Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas,
e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
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XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública
de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral
da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas
respectivas delegações.
Nessa linha, foi editado o decreto de nº 12.150/2024 com o objetivo de instituir a Estratégia
Nacional de Melhoria Regulatória – Estratégia Regula Melhor, no âmbito do Programa de
Fortalecimento da Capacidade Institucional para Gestão em Regulação – PRO-REG.
Dito isso, a finalidade da Estratégia Regula Melhor é a de estabelecer e difundir boas práticas
regulatórias, com foco no cidadão, de modo a promover a evolução contínua do processo
regulatório, aprimorar o ambiente de negócios e assegurar os interesses da sociedade.
A Estratégia Regula Melhor estabelece diretrizes e objetivos a serem atingidos no prazo de dez
anos, contado da data de publicação do Decreto, com vistas a obter um ambiente regulatório
mais seguro, previsível e confiável.
Perceba o seguinte: o ambiente regulatório nacional carece muita das vezes da segurança jurídica
necessária para implementação de atos regulatórios sem que haja o devido questionamento
judicial.
Nessa linha, a Lei 13.848/2019 teve por objetivo justamente sanar esse ponto trazendo diversos
critérios e institutos que viabilizem atos regulatórios concretos a longo prazo. Em complementação
a legislação, fora editado o aludido decreto para fins de melhoria do ambiente de regulação.
Vejamos uma notícia:
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REGULA MELHOR
Governo federal lança a Estratégia Nacional de Melhoria Regulatória
Dividida em sete objetivos, a Estratégia Regula Melhor traz macroações e atividades
para simplificar e desburocratizar o setor regulatório do Brasil
Uma estratégia para melhorar o processo regulatório de ponta a ponta: do treinamento
e capacitação dos reguladores e revisão de normas atuais, passando pela aplicação de
uma linguagem simples, com normas mais claras e compreensíveis, e redução da
burocracia. Estas são algumas das ações estabelecidas pela Regula Melhor - Estratégia
Nacional de Melhoria Regulatória, lançada pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira (21), durante o 2º Encontro de
Reguladores, na CNI, Em Brasília.
A Estratégia Regula Melhor foi instituída pelo Decreto 12.150, assinado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado nesta quarta-feira, no Diário Oficial da
União (DOU). O objetivo é tornar mais eficiente a elaboração, a implementação, o
monitoramento e a revisão de regulamentações brasileiras, além de promover a
transparência e a participação da sociedade no processo regulatório.
Acesse aqui e-book sobre a estratégia: REGULA MELHOR
A estratégia é parte do Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para
Gestão em Regulação (PRO-REG), relançado em outubro do ano passado, e representa
um passo importante para a desburocratização de toda a regulação brasileira, trazendo
benefícios para a atuação do poder público, que contará com servidores públicos mais
qualificados; para a sociedade, que conseguirá encontrar as regulações e as consultas
públicas disponíveis de forma mais fácil; e para o setor produtivo, que contará com um
arcabouço regulatório mais efetivo, contribuindo para a melhoria da competitividade e
do ambiente de negócios nacional.
A Regula Melhor prevê ações para os próximos dez anos. Entre elas, estão o lançamento
do Portal Único da Regulação, que irá reunir informações sobre boas práticas
regulatórias e sobre política regulatória, facilitando o acesso e dando transparência ao
tema para os setores público e privado; o lançamento da calculadora de custos
regulatórios, que possibilitará o cálculo do custo administrativo de regulamentos para
a sociedade, e a implementação de trilhas de aprendizagem, para capacitar reguladores
e setor produtivo sobre o tema, entre outros.
“Essa estratégia tem o objetivo de garantir a eficiência da ação governamental, com
medidas que irão ampliar os benefícios para a sociedade com a utilização de menos
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recursos”, aponta a secretária de Competitividade e Política Regulatória do MDIC,
Andrea Macera. “Além disso, a partir da melhoria regulatória, buscamos aumentar a
competitividade do Brasil no mercado global, trazendo mais segurança jurídica para os
investidores.”
Com objetivos, ações, indicadores e metas estabelecidos no texto, a Estratégia foi
construída em parceria com diversos órgãos, entidades da administração pública
federal e representantes da sociedade civil.
A assimetria na adoção das boas práticas regulatórias por todos os reguladores é alvo
da estratégia. Atualmente, o Brasil conta com mais de 200 órgãos reguladores na esfera
federal (incluindo secretarias, comitês, entre outros colegiados) com diferentes níveis
de maturidade. Para que todos as regulações sigam a mesma coerência, linguagem e
processo regulatório, a Regula Melhor traz ações que irão auxiliar os reguladores, como
a criação de espaços para compartilhamento de processos bem-sucedidos,
disponibilização de banco de especialistas em regulação e um modelo para governança
de melhoria regulatória nas instituições, entre outros.
As atividades estabelecidas têm como meta alcançar 7 objetivos específicos. São eles:
1) Comunicar, sensibilizar, e promover o engajamento dos diversos atores envolvidos
na atividade regulatória para uma adoção consistente, ampla e efetiva de boas práticas;
2) estimular a criação, o compartilhamento e o uso do conhecimento; 3) incentivar a
cooperação entre os reguladores das esferas federativas e outros atores relevantes no
processo regulatório em âmbito local, nacional e internacional; 4) desenvolver
capacidades institucionais necessárias para a atividade de regulação; 5) promover a
revisão periódica do estoque regulatório, a simplificação da regulação e a adoção de
medidas regulatórias para reduzir a burocracia e os custos regulatórios e para incentivar
a inovação.
O sexto objetivo trata de ampliar a transparência e a participação social efetiva, inclusiva
e contínua e o último dispõe sobre atuar de forma articulada para promover maior
coerência regulatória, concorrência nos mercados e apoiar decisões com base em
evidências.
DIRETRIZES
A Estratégia Regula Melhor foi construída com base em 7 diretrizes: governo
aberto (modelo que promove a colaboração entre governo e a sociedade); atividade
regulatória com base em evidências (baseada em dados e informações confiáveis);
eficácia alocativa e efetividade (tempo e recursos devem ser investidos conforme
impacto estimado da regulação e com foco em soluções que atendam as demandas da
sociedade); simplicidade (utilização de linguagem simples); accountability
(responsabilização, integridade e obrigação de prestação de contas pelas ações que
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foram ou não praticadas); justiça e bem-estar social; incentivo à concorrência e
inovação.
Prosseguindo, o decreto estabelece a obrigatoriedade de observância da Estratégia Regula
Melhor pelos órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional observarão as diretrizes e os objetivos da Estratégia Regula Melhor em seus
planejamentos e em suas ações operacionais relacionadas com o processo regulatório.
E quais são as diretrizes? Assim estabelece o art. 3º:
Art. 3º São diretrizes da Estratégia Regula Melhor:
I - governo aberto - modelo de governança que promove a colaboração entre o
Governo e a sociedade, por meio da transparência, da participação social, da
responsabilidade e da responsividade;
II - atividade regulatória baseada em evidências - a atividade regulatória deve ser
baseada em dados e informações confiáveis, a fim de mitigar erros e de gerar o maior
benefício possível à sociedade;
III - eficiência alocativa e efetividade - o tempo e os recursos investidos no processo
regulatório devem ser alocados conforme o impacto regulatório estimado e a
efetividade das medidas e com foco em soluções que atendam às demandas da
sociedade;
IV - uso de linguagem simples - utilização de linguagem simples, clara e concisa, para
que as regulações sejam acessíveis e as partes interessadas possam facilmente
compreender seus direitos e suas obrigações;
V - accountability - responsabilização, integridade, obrigação de prestação de contas e
necessidade de justificar as ações que foram ou deixaram de ser praticadas;
VI - justiça e bem-estar social - consideração dos efeitos da atividade regulatória no
bem-estar social, especialmente os efeitos redistributivos, como parte da busca pelo
desenvolvimento econômico e sustentável do País;
VII - incentivo à concorrência - a atividade regulatória deve promover maior
concorrência no mercado com vistas à eficiência e à melhor qualidade de produtos e
serviços para a sociedade; e
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VIII - inovação - a atividade regulatória deve viabilizar um ambiente propício à inovação,
favorável ao desenvolvimento, atrativo aos investimentos e comprometido com o
interesse público.
Vejamos cada uma.
Em relação ao governo aberto temos uma abordagem administrativa e política que busca
promover a transparência, a participação cidadã e a colaboração entre os governos e a sociedade.
Seu objetivo principal é tornar as atividades do governo mais acessíveis, compreensíveis e
responsivas às necessidades dos cidadãos, com a utilização de tecnologias digitais para facilitar o
acesso às informações e a comunicação entre governo e população.
Quanto à atividade regulatória baseada em evidências temos um conceito que se refere à prática
de tomar decisões regulatórias e políticas públicas fundamentadas em dados, análises objetivas e
evidências científicas, em vez de se basear em suposições ou pressões políticas. Esse tipo de
abordagem busca aumentar a eficácia e a eficiência das regulamentações, garantindo que elas
atendam às necessidades reais da sociedade, sem causar impactos negativos desnecessários.
Prosseguindo, em relação a eficiência alocativa esta ocorre quando os recursos disponíveis são
distribuídos de maneira a maximizar o bem-estar social. Em outras palavras, é o ponto em que a
alocação de recursos é tal que não é possível melhorar a situação de uma pessoa sem prejudicar
outra, isto é, onde a produção e o consumo de bens e serviços estão alinhados com as preferências
da sociedade. Em termos econômicos, isso significa que os recursos são alocados de forma a
igualar os benefícios marginais entre as diferentes opções ou atividades.
A efetividade se refere ao grau de sucesso de uma ação, política ou intervenção na obtenção dos
resultados ou objetivos desejados. A efetividade mede até que ponto uma ação alcançou seus
objetivos principais, independentemente de sua eficiência no uso de recursos. Portanto, um
programa ou política pode ser eficaz em atingir seus objetivos, mas não necessariamente ser
eficiente se os recursos forem mal empregados durante o processo.
Quanto à linguagem simples, temos uma forma de aumentar os efeitos das normas regulatórias
perante as partes interessadas.
Accountability refere-se à obrigação de indivíduos, organizações ou instituições de prestarem
contas sobre suas ações, decisões e o uso de recursos. Esse conceito é fundamental em contextos
governamentais, corporativos e de gestão pública, pois está diretamente relacionado à
transparência, à confiança pública e à boa governança.
No campo da regulação, accountability envolve a prestação de contas dos governantes para a
sociedade, garantindo que eles sejam responsáveis por suas ações, decisões e pela forma como
gerenciam os recursos públicos. Esse conceito é importante para assegurar que as autoridades
ajam de maneira ética, eficaz e de acordo com as expectativas da população.
Por último, em relação aos demais temos verdadeiras políticas de incentivos aos objetos ali
narrados.
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E quais são os objetivos da Estratégia Regula Melhor? Aqui há uma divisão, ou seja, objetivos
gerais e objetivos específicos.
O objetivo geral da Estratégia Regula Melhor é aprimorar a qualidade regulatória, observada a
necessidade de reduzir assimetrias na adoção de boas práticas entre agentes reguladores.
E os específicos?
Art. 5º São objetivos específicos da Estratégia Regula Melhor:
I - comunicar, sensibilizar e promover o engajamento dos diversos atores envolvidos na
atividade regulatória, com vistas à adoção consistente, ampla e efetiva de boas práticas;
II - estimular a criação, o compartilhamento e o uso do conhecimento;
III - incentivar a cooperação entre os reguladores das esferas federativas e outros atores
relevantes no processo regulatório em âmbito local, nacional e internacional;
IV - desenvolver capacidades institucionais necessárias às atividades de regulação;
V - promover a revisão periódica do estoque regulatório, a simplificação da regulação
e a adoção de medidas regulatórias para reduzir a burocracia e os custos regulatórios
e para incentivar a inovação;
VI - ampliar a transparência e a participação social efetiva, inclusiva e contínua; e
VII - articular-se com os órgãos e as entidades da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, com vistas a promover a coerência regulatória e a
concorrência nos mercados e apoiar as decisões com base em evidências.
Houve também a criação de um comitê gestor com as seguintes atribuições: as ações a serem
executadas no âmbito da Estratégia Regula Melhor; e a coordenação, o monitoramento e a
avaliação das atividades necessárias à implementação da Estratégia Regula Melhor.
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1. CESGRANRIO – EPE– 2017
Acerca das Agências Reguladoras Federais, é correto afirmar que:
I – integram a Administração Pública Direta;
II – seus dirigentes possuem mandato fixo;
III – não possuem autonomia financeira;
IV – têm poder normativo.
Estão corretas as afirmativas:
a) II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Comentários:
I- ERRADO - Integram a Administração Indireta
II- CORRETO - Mandato fixo de 5 anos ( Lei 9.986/00 art. 6º)
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III- ERRADO - Possuem autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira
IV- CORRETO - Têm como finalidade regular e fiscalizar as atividades de prestação de
serviço público, sendo que a elas foi atribuída por lei, competência para estabelecer
regras com o fim de disciplinar seus respectivos setores de atuação, sendo dotada,
portanto, de poder normativo.
Gabarito: B
2. CESGRANRIO – EPE– 2014
São atividades típicas das Agências Reguladoras:
a) proteção do direito dos consumidores e coibição do abuso de poder econômico
b) prestação de serviço público uti universi e concessão de subsídios a setores da
economia
c) coibição do abuso de poder econômico e prestação de serviço público uti singuli
d) concessão de subsídios a setores da economia e prestação de serviço público uti
singuli
e) concessão de subsídios a setores da economia e coibição do abuso de poder
econômico
Comentários:
As agências reguladoras são Autarquias sob Regime Especial conforme o regime
previsto no inciso I do art. 5º do Decreto-Lei 200/1967, de acordo com alguns autores
as autarquias sob regime especial receberiam de suas leis instituidoras as características
próprias.
As atividades de proteção do direito dos consumidores e coibição do abuso de poder
econômico são atividades típicas das Agências Reguladoras.
Gabarito: A
3. CESGRANRIO – EPE– 2010
A respeito do regime jurídico aplicável às agências reguladoras, considere as assertivas
abaixo.
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I - As agências reguladoras federais são criadas por meio de decreto autônomo do
Presidente da República, observada a necessária autonomia administrativa e financeira
que confere a elas independência frente ao Poder Executivo respectivo.
II - Os dirigentes das agências reguladoras federais, no Brasil, são nomeados para
exercício de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração pelo Presidente da
República.
III - Nos limites da deslegalização operada pelas leis específicas que criam agências
reguladoras, tais entidades exercem poder normativo e emitem normas genéricas e
abstratas a serem observadas no âmbito do segmento objeto da regulação.
É correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
Comentários:
O enunciado demanda do candidato conhecimento sobre o regime jurídico das
agências reguladoras. Nesse sentido, a alternativa "C" é o gabarito, pois somente o
item III está correto, na medida que os dirigentes das agências reguladoras não são de
livre nomeação e exoneração por parte do Presidente da República, pois estão sujeitos
a aprovação pelo Senado Federal (art. 52, inciso III, alínea "f", CF), e também porque
as agências reguladoras são autarquias em regime especial e como tal só podem ser
criadas por lei específica (art. 37, inciso XIX, CF).
Gabarito: C
4. CESGRANRIO – PETROBRÁS– 2006
Analise as assertivas abaixo.
I - As empresas públicas e as sociedades de economia mista federais são pessoas
jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta da União.
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II - Os consórcios públicos somente podem ser constituídos sob a forma de associação
pública, dotada de personalidade jurídica de direito público e integrante da
administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
III - As agências reguladoras são órgãos públicos criados por lei e sob a forma
autárquica, dotados de regime jurídico especial que lhes assegura independência
política.
IV- As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei e integrantes
da Administração Pública Indireta do respectivo ente federativo.
São corretas APENAS as assertivas:
a) I e III
b) I e IV
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
Comentários:
Correta a assertiva I. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são as
chamadas empresas estatais, com personalidade jurídica de direito privado, sendo
regidas pela Lei 13.303/16. Quando constituídas pela União, serão integrantes da
Administração Pública Indireta federal.
Incorreta a assertiva II. Os consórcios públicos poderão ter personalidade jurídica de
direito privado ou de direito público. Somente nesta última hipótese terão a forma de
associação pública e integrarão a Administração Pública Indireta de cada ente
consorciado.
Incorreta a assertiva III. As agências reguladoras, consideradas autarquias especiais, são
pessoas jurídicas de direito público, e não órgãos.
Correta a assertiva IV. Segundo o decreto Decreto-Lei nº 200, de 1967, autarquia é o
"serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada."
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Gabarito: B
5. CESGRANRIO – INEARJ– 2006
Os entes administrativos criados por lei específica, com personalidade jurídica de
Direito Público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais específicas são os(as):
a) órgãos públicos da Administração direta.
b) sociedades de economia mista.
c) fundações públicas.
d) empresas públicas.
e) autarquias.
Comentários:
A questão aborda a definição de uma das entidades da Administração Indireta, a
autarquia , a qual é uma entidade de regime de direito público, criada diretamente por
lei, possui autonomia administrativa e realiza atividades típicas de Estado.
Gabarito: E
6. CESGRANRIO – PETROBRÁS– 2018
De acordo com a Constituição Federal como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este, para o setor público,
a) determinante
b) preferencial
c) cumulativo
d) indicativo
e) eletivo
Comentários:
A questão cobrou o conhecimento da Constituição Federal, art. 174:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
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Gabarito: A
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
A Estratégia Regula Melhor estabelece diretrizes e objetivos a serem atingidos no prazo de dez
anos, contado da data de publicação deste Decreto, com vistas a obter um ambiente regulatório
mais seguro, previsível e confiável
Certa
Errada
Comentários:
Trata-se exatamente do art. 1º, do respectivo decreto:
Art. 1º Fica instituída a Estratégia Nacional de Melhoria Regulatória – Estratégia Regula Melhor,
no âmbito do Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para Gestão em Regulação
– PRO-REG.
§ 1º A Estratégia Regula Melhor tem por finalidade estabelecer e difundir boas práticas
regulatórias, com foco no cidadão, de modo a promover a evolução contínua do processo
regulatório, aprimorar o ambiente de negócios e assegurar os interesses da sociedade.
§ 2º A Estratégia Regula Melhor estabelece diretrizes e objetivos a serem atingidos no prazo de
dez anos, contado da data de publicação deste Decreto, com vistas a obter um ambiente
regulatório mais seguro, previsível e confiável.
Gabarito: Certa
2. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
observarão as diretrizes e os objetivos da Estratégia Regula Melhor em seus planejamentos e em
suas ações operacionais relacionadas com o processo regulatório
Comentários:
Trata-se exatamente do art. 2º:
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Art. 2º Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
observarão as diretrizes e os objetivos da Estratégia Regula Melhor em seus planejamentos e em
suas ações operacionais relacionadas com o processo regulatório.
Gabarito: Certa
3. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Governo aberto é o modelo de governança que promove a colaboração entre o Governo e a
sociedade, por meio da transparência, da participação social, da responsabilidade e da
responsividade
Comentários:
Trata-se do art. 3º:
Art. 3º São diretrizes da Estratégia Regula Melhor:
I - governo aberto - modelo de governança que promove a colaboração entre o Governo e a
sociedade, por meio da transparência, da participação social, da responsabilidade e da
responsividade;
II - atividade regulatória baseada em evidências - a atividade regulatória deve ser baseada em
dados e informações confiáveis, a fim de mitigar erros e de gerar o maior benefício possível à
sociedade;
III - eficiência alocativa e efetividade - o tempo e os recursos investidos no processo regulatório
devem ser alocados conforme o impacto regulatório estimado e a efetividade das medidas e com
foco em soluções que atendam às demandas da sociedade;
IV - uso de linguagem simples - utilização de linguagem simples, clara e concisa, para que as
regulações sejam acessíveis e as partes interessadas possam facilmente compreender seus direitos
e suas obrigações;
V - accountability - responsabilização, integridade, obrigação de prestação de contas e
necessidade de justificar as ações que foram ou deixaram de ser praticadas;
VI - justiça e bem-estar social - consideração dos efeitos da atividade regulatória no bem-estar
social, especialmente os efeitos redistributivos, como parte da busca pelo desenvolvimento
econômico e sustentável do País;
VII - incentivo à concorrência - a atividade regulatória deve promover maior concorrência no
mercado com vistas à eficiência e à melhor qualidade de produtos e serviços para a sociedade; e
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VIII - inovação - a atividade regulatória deve viabilizar um ambiente propício à inovação, favorável
ao desenvolvimento, atrativo aos investimentos e comprometido com o interesse público.
Gabarito: Certa
4. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Atividade regulatória baseada em evidências é a atividade regulatória deve ser baseada em dados
e informações confiáveis, a fim de mitigar erros e de gerar o maior benefício possível à sociedade
Comentários:
Trata-se do art. 3º:
==15cf6a==
Art. 3º São diretrizes da Estratégia Regula Melhor:
II - atividade regulatória baseada em evidências - a atividade regulatória deve ser baseada em
dados e informações confiáveis, a fim de mitigar erros e de gerar o maior benefício possível à
sociedade;
Gabarito: Certa
5. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Eficiência alocativa e efetividade é o tempo e os recursos investidos no processo regulatório
devem ser alocados conforme o impacto regulatório estimado e a efetividade das medidas e com
foco em soluções que atendam às demandas da sociedade.
Comentários:
Trata-se do art. 3º:
Art. 3º São diretrizes da Estratégia Regula Melhor:
III - eficiência alocativa e efetividade - o tempo e os recursos investidos no processo regulatório
devem ser alocados conforme o impacto regulatório estimado e a efetividade das medidas e com
foco em soluções que atendam às demandas da sociedade;
Gabarito: Certa
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LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
A Estratégia Regula Melhor estabelece diretrizes e objetivos a serem atingidos no prazo de dez
anos, contado da data de publicação deste Decreto, com vistas a obter um ambiente regulatório
mais seguro, previsível e confiável
Certa
Errada
2. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
observarão as diretrizes e os objetivos da Estratégia Regula Melhor em seus planejamentos e em
suas ações operacionais relacionadas com o processo regulatório
3. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Governo aberto é o modelo de governança que promove a colaboração entre o Governo e a
sociedade, por meio da transparência, da participação social, da responsabilidade e da
responsividade
4. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
Atividade regulatória baseada em evidências é a atividade regulatória deve ser baseada em dados
e informações confiáveis, a fim de mitigar erros e de gerar o maior benefício possível à sociedade
5. (Questão Inédita) Em se tratando do Decreto de nº 12.150, DE 20 DE AGOSTO DE 2024,
assinale a assertiva abaixo.
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Eficiência alocativa e efetividade é o tempo e os recursos investidos no processo regulatório
devem ser alocados conforme o impacto regulatório estimado e a efetividade das medidas e com
foco em soluções que atendam às demandas da sociedade.
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GABARITO
1. CERTA
2. CERTA
3. CERTA
4. CERTA
5. CERTA
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REFERÊNCIAS
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 34ª Ed. São Paulo: Atlas:
2020
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Direito Econômico. 11. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021.
KEYNES, John Maynard. Teoria Geral do emprego, juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 12ª. ED. Rio de Janeiro:
Forense, 2022
SMITH, ADAM. A riqueza das nações, investigação sobre sua natureza e causas. São Paulo: Abril,
1983
SOUTO, Marcos Juruena Vilela. Desestatização, privatização, concessões, permissões,
terceirizações e regulação. 4.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001
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