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Introdução

O número de pessoas em situação de rua em São Paulo aumentou 1000% nos últimos dez anos, ultrapassando 90 mil em 2024. A arquitetura pode desempenhar um papel crucial na inclusão social, projetando soluções que promovam dignidade e pertencimento. A questão da moradia é complexa e requer a colaboração entre governo, arquitetos e urbanistas, além de uma análise sociológica para abordar a desigualdade e a precarização do trabalho.

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O número de pessoas em situação de rua em São Paulo aumentou 1000% nos últimos dez anos, ultrapassando 90 mil em 2024. A arquitetura pode desempenhar um papel crucial na inclusão social, projetando soluções que promovam dignidade e pertencimento. A questão da moradia é complexa e requer a colaboração entre governo, arquitetos e urbanistas, além de uma análise sociológica para abordar a desigualdade e a precarização do trabalho.

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Introdução

Nos últimos dez anos, o número de pessoas em situação de rua em São Paulo, aumentou
aproximadamente 1000% e, de acordo com dados Observatório Brasileiro de Políticas
Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de
Minas Gerais (UMFG) e com base em informações do Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, a capital paulista ultrapassa em 90 mil pessoas em situação de
rua, de novembro de 2024. Para efeito de comparação, em 2023, o número era de cerca
de 25 mil pessoas. A arquitetura, como expressão do espaço coletivo, carrega o
potencial de transformar a cidade e criar novas realidades sociais. Com isso,
torna-se urgente repensar o papel do arquiteto como agente de inclusão. A ideia de
projetar se torna simples próxima da possibilidade de projetar dignidade, que nesse
contexto, pode criar soluções que acolham, que protejam do frio e da violência e
que devolvam a sensação de pertencimento à cidade. É a possibilidade de tornar o
morar acessível.

Trata-se de um tema contemporâneo, ligado a problemas antigos que seguem se


agravando. A falta de moradia digna, embora não seja recente, tem se intensificado
com a desigualdade e a precarização do trabalho. Nos grandes centros urbanos como
São Paulo, Rio, Nova York e Los Angeles, o problema é ainda mais evidente, com
parte da população vivendo em condições precárias e invisíveis sob viadutos, praças
e áreas degradadas. No entanto, o papel do governo é fundamental para que um
complexo habitacional funcione, visto que desencadeará ações com arquitetos e
urbanistas, pesquisadores e até educadores, chegando a uma possível parceria com
investidores, devido ao seu impacto na malha urbana. A questão da moradia não é um
problema isolado, mas resultado de um modelo de urbanização excludente e da falta
de políticas públicas estruturadas. Nabil Bonduki, arquiteto e urbanista, traz
reflexões importantes sobre políticas habitacionais e o contexto urbano atual há
décadas. Em seu livro "Origens da habitação social no Brasil", temos uma análise
histórica da cidade e possíveis soluções para a população em situação de rua, como
programas de locação social. Para isso, é preciso ir além da arquitetura e entender
questões sociológicas. José de Souza Martins, escritor e sociólogo, discute como a
vida nas calçadas e espaços públicos é uma forma de resistência para quem não tem
moradia fixa. Essa análise é essencial diante das pesquisas de Carlos Nelson
Ferreira dos Santos, arquiteto e urbanista que, assim como Bonduki, propõe
alternativas de moradia popular alinhadas à realidade brasileira. Ele contribuiu
para o livro de Arno Vogel "Quando a rua vira casa", que sintetiza reflexões
presentes nas visões de Carlos Nelson. Por fim, Flávio Villaça complementa essas
análises com a ideia de que o espaço urbano não é um dado de natureza, mas um
produto do trabalho humano.

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