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OBJECTO DO DIREITO DE URBANISMO FINAL-sergio12

O documento aborda o objeto do Direito do Urbanismo, que regula a organização e uso do espaço urbano para garantir um desenvolvimento sustentável. Destaca a importância de normas que equilibrem interesses públicos e privados, enfrentando desafios como a especulação imobiliária e a segregação socioespacial. O estudo enfatiza a necessidade de um marco normativo que promova cidades justas e inclusivas, assegurando direitos fundamentais como moradia digna e preservação ambiental.
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OBJECTO DO DIREITO DE URBANISMO FINAL-sergio12

O documento aborda o objeto do Direito do Urbanismo, que regula a organização e uso do espaço urbano para garantir um desenvolvimento sustentável. Destaca a importância de normas que equilibrem interesses públicos e privados, enfrentando desafios como a especulação imobiliária e a segregação socioespacial. O estudo enfatiza a necessidade de um marco normativo que promova cidades justas e inclusivas, assegurando direitos fundamentais como moradia digna e preservação ambiental.
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UNIVERSIDADE PUNGUÉ

Faculdade de Direito

Curso de Licenciatura em Direito

Disciplina:

Direito do Urbanismo

Tema: Objecto do Direito do Urbanismo

Estudantes:
Antonia Santos
Jutilaudia Benilde Macoco
Maugente Mateus
Manuel Feliciano
Momed Mamudo
Paulo Joba
Sérgio Domingos Alberto
Docente: Benilde

Chimoi, Março de 2025


4º Grupo

Antonia Santos

Jutilaudia Benilde Macoco

Maugente Mateus

Manuel Feliciano

Momed Mamudo

Paulo Joba

Sérgio Domingos Alberto

Tema: Objecto do Direito do Urbanismo

Trabalho de pesquisa a ser


entregue na Faculdade de
Direito da Unipungué sob
orientação da Docente da
disciplina do Direito do
Urbanismo, 3º nivel. dr
Benilde

Chimoio, Março de 2025


Índice
Capitulo I .......................................................................................................................... 1

1.1 Introdução ................................................................................................................... 1

1.2 Objectivo Geral: ......................................................................................................... 1

1.3 Objectivos Específicos: .............................................................................................. 1

1.4 Metodologia: ............................................................................................................... 1

1.5 Problematização.......................................................................................................... 2

1.6 Justificativa. ................................................................................................................ 2

Capítulo II ......................................................................................................................... 3

2.1 Conceito ...................................................................................................................... 3

Direito do urbanismo ........................................................................................................ 3

2.2 O Direito Urbano tendo por objecto a organização dos espaços habitáveis ............... 4

Capitulo III ....................................................................................................................... 7

3.1 Conclusão ................................................................................................................... 7

Capitulo IV. ...................................................................................................................... 8

4.1 Referências Bibliográficas .......................................................................................... 8


Capitulo I

1.1 Introdução

O Direito do Urbanismo é o ramo jurídico que regula a organização, o uso e a ocupação


do espaço urbano, com o objectivo de garantir um desenvolvimento sustentável e
equilibrado das cidades. Seu objecto envolve a normalização do planeamento urbano, a
função social da propriedade, a preservação ambiental e a promoção do direito à cidade.

No entanto, apesar de sua importância na estruturação da vida urbana, sua aplicação


enfrenta desafios como a especulação imobiliária, a segregação socioespacial e os
impactos ambientais do crescimento desordenado. A relação entre o Direito do
Urbanismo e a dinâmica urbana revela tensões entre interesses públicos e privados,
demonstrando que a simples existência de normas não garante sua efectividade.

Como destaca Lefebvre (2001), o espaço urbano é um reflexo das relações sociais, e sua
regulamentação deve ir além da técnica jurídica, considerando factores económicos e
políticos. Assim, o estudo do objecto do Direito do Urbanismo exige uma análise crítica
sobre a capacidade desse ramo jurídico de intervir na realidade urbana e garantir cidades
mais justas e sustentáveis.

1.2 Objectivo Geral:

 Estudar o objecto do Direito do Urbanismo. Explorando suas dimensões


normativas, sociais e práticas.

1.3 Objectivos Específicos:

 Conceptualizar o Direito do Urbanismo;


 Explicar o papel do governo a quando do Objecto do Direito do Urbanismo.

1.4 Metodologia:

O trabalho aborda um tipo de pesquisa qualitativa e exploratória, com o objectivo de


aprofundar o entendimento sobre o objecto do Direito do Urbanismo e identificar suas

1
implicações e desafios na prática. Com isso, para o desenvolvimento do mesmo recorreu-
se a revisões bibliográficas.

1.5 Problematização.

O Direito do Urbanismo, enquanto ramo jurídico que regulamenta a ocupação e uso do


solo urbano, enfrenta desafios e paradoxos que reflectem a complexidade da organização
das cidades contemporâneas. A sua aplicação envolve tensões entre interesses públicos e
privados, desafios na implementação de políticas urbanas e a necessidade de equilibrar
crescimento económico, sustentabilidade ambiental e justiça social no âmbito da divisão
da terra, permitindo algumas vezes a ocupação de terras proibidas.

1.6 Justificativa.

A justificativa para o estudo e a aplicação do objecto do Direito do Urbanismo repousa


sobre a crescente complexidade das cidades contemporâneas, que, por sua natureza
dinâmica e multifacetada, exigem uma regulamentação que concilie o desenvolvimento
económico com a justiça social e a sustentabilidade ambiental. As cidades, enquanto
centros de concentração populacional e produtiva, são os espaços onde se dão as mais
intensas interacções entre direitos individuais e colectivos, interesses públicos e privados.
Nesse contexto, o Direito do Urbanismo torna-se imprescindível para assegurar o
ordenamento territorial, o uso equilibrado do solo e a promoção de uma cidade que atenda
aos direitos fundamentais de todos os cidadãos, especialmente o direito à moradia digna,
à mobilidade, ao acesso a serviços públicos e à preservação do meio ambiente.

Além disso, a urbanização descontrolada e a especulação imobiliária têm gerado


problemas sérios, como a segregação socioespacial, o aumento da desigualdade, a
precarização da habitação e a degradação ambiental. O Direito do Urbanismo, ao regular
o uso e a ocupação do solo, surge como ferramenta essencial para mitigar essas
disparidades, buscando equilibrar os interesses privados e os interesses colectivos, para
garantir que o desenvolvimento urbano seja inclusivo, sustentável e respeite a função
social da propriedade.

A presença de normas urbanísticas, como o controle do parcelamento do solo, a


preservação de áreas verdes e a implementação de políticas de mobilidade urbana, reflecte

2
a necessidade de um marco normativo capaz de guiar o crescimento das cidades,
respondendo às demandas da população e respeitando as características do território.
Portanto, o objecto do Direito do Urbanismo não é apenas a regulação do espaço urbano,
mas também a criação de um ambiente em que a qualidade de vida seja preservada, os
direitos sejam efectivamente garantidos e o equilíbrio entre desenvolvimento económico
e sustentabilidade seja alcançado.

Capítulo II

2.1 Conceito

Direito do urbanismo
Segundo (Federico Spantigati), o conceito de Direito do Urbanismo deve ser estudado
utilizando-se dois critérios: um material, de acordo com o objecto regulado, e outro,
substancial, obedecendo à unidade de princípios que constituem uma instituição.

Esclarece, ainda, que a noção do Direito do Urbanismo se limitou durante muito tempo
ao aspecto material, ou seja, individualizava as normas que regulavam o desenvolvimento
e a sistematização da cidade. Mas, na atualidade, pelo contrário, a doutrina persegue uma
unificação substancial das normas que regulam o urbanismo, por tanto segundo o autor o
direito do urbanismo sera parte do direito administrativo, que compreende um complexo
de normas que regulam a planificação e a utilização do território ou do solo.

Segundo (AMARAL, 1994, p. 11-22.) o direito do urbanismo pode ser visto como uma
actividade administrativa que tem por objecto obter, no quadro de uma dada orientação
em matéria de ordenamento do território, a melhor organização e expansão dos
aglomerados populacionais.

O Direito do Urbanismo pode ser definido como o ramo jurídico que disciplina a
ocupação e uso do solo urbano, estabelecendo normas que regulam o planeamento
territorial, a função social da propriedade e a gestão das cidades. Segundo José Afonso
da Silva, trata-se de um “conjunto de princípios e normas jurídicas que disciplinam a
actividade urbanística do Estado, visando ao ordenamento territorial e ao
desenvolvimento das cidades” (SILVA, 2015, p. 23).

O objecto do Direito do Urbanismo abrange diversos aspectos, tais como:


3
 O ordenamento territorial e o planeamento urbano;
 A regulação do uso e ocupação do solo;
 A função social da propriedade urbana;
 A preservação do meio ambiente urbano;

Por tanto, o direito do urbanismo será um conjunto de normas e de institutos respeitantes


à ocupação, uso e transformação do solo, isto é, ao complexo das intervenções e das
formas de utilizações deste bem (para fins de urbanização e de construção, agrícolas e
florestais, de valorização e protecção da natureza, de recuperação de centros históricos

2.2 Espaços Habitáveis

Como precedente para o estudo ou aprendizado do espaços habitáveis é crucial entender-


mos o Espaco. Para Harvey (2012) o espaço é uma palavra chave e complexa, cujo
significado e conceito devem ser analisados cuidadosamente. Segundo ele, o espaço pode
ser avaliado a partir de uma divisão tripartite: espaço absoluto, espaço relativo e espaço
relacional.

O espaço absoluto é fixo, é onde são registrados ou planejados os eventos. Refere-se ao


espaço do mapeamento cadastral, tridimensional, de localização e de posicionamento de
determinado elemento, como um edifício, um centro histórico, uma cidade.

O espaço relativo se apresenta em dois sentidos: há múltiplas localizações que podem


ser escolhidas, e o quadro espacial depende do que está sendo relativizado e por quem.
Por essa razão o espaço relativo oferece uma multiplicidade de localizações, permitindo
a elaboração de mapas completamente diferentes de localizações relativas a, por exemplo,
custo, tempo, modo de transporte etc. É o espaço da circulação, dos usos e dos fluxos, das
cartas temáticas, do movimento, da mobilidade, da aceleração e da compressão do espaço-
tempo.

A noção relacional de espaço, por sua vez, implica a ideia de relações internas, segundo
a qual um evento não pode ser compreendido a partir de um único ponto, mas dependerá
de tudo o que ocorre ao seu redor. Nessa formulação, assim como no caso do espaço
relativo, é impossível separar espaço e tempo. Para analisar o patrimônio como espaço, o
conceito de espaço relacional é fundamental, pois implica no estabelecimento de um valor

4
simbólico atribuído a esse elemento, o que confere a ele um sentido completamente
diferente ao de sua localização cartográfica ou tridimensional.

Espaços Habitáveis ou Habitacionais

Os Espaços Habitáveis ou Habitacionais podem ser visto como ambientes projectados ou


adoptados para oferecer as condições adequadas para a vida humana, ou seja é a porção
da superfície terrestre que abriga as sociedades, envolvendo as relações humanas e suas
produções materiais, como os edifícios, as áreas de exploração agrícola e as cidades.

2.3 O Direito do Urbanismo tendo por objecto a organização dos espaços


habitáveis
O Direito do Urbanísmo constitui a disciplina jurídica do urbanismo e, por isso possui
objecto amplo. Abrange normas jurídicas que regulam a actividade urbanística
(planeamento urbano, uso e ocupação do solo urbano) e a ordenação da actividade edílica
(zoneamento, licenças urbanísticas), a ordenação das cidades, embora também incida nas
áreas rurais com relação às condições da vida humana, em todos os núcleos populacionais,
da cidade e do campo. Dessa forma, há que se superar, como objecto do Direito
Urbanístico, as dicotomias “urbano X rural” e “cidade X campo”. Com efeito, tudo que é
relativo à fixação do homem em espaços habitáveis e que está ligado à geografia.

À planificação e à construção das e nas cidades deve ser estudado pelo Direito do
urbanismo. Esta visão integrada da cidade é acolhida pelo Estatuto da Cidade, que
determina que o plano director deverá englobar o território do Município como um todo,
tendo em vista a integração e a complementaridade entre as actividades urbanas e rurais.
Isso significa que o Direito do Urbanismo não é alheio ao meio rural.

Pois cabe a ele a disciplina:

 A passagem de uma área da zona rural para a zona urbana, pois cabe ao plano
director municipal fixar a ‘política de expansão urbana).
 Da protecção dos recursos naturais necessários ao desenvolvimento da cidade
como um todo (como as águas e o ar), independentemente da zona em que
situados.

5
 Das relações em geral entre o meio rural e o meio urbano.
 Das questões espaciais do meio rural, naquilo que não esteja directamente
vinculado à política agrária.

Há que se acrescentar ainda que até mesmo os espaços não habitáveis podem ser objecto
de disciplina urbanística, como as áreas de preservação permanente, parques ecológicos,
reservas ambientais etc., “pois é necessário definir como o homem deve se portar sobre
elas, ordenando e limitando as formas de ocupação e intervenção humana em todos os
espaços do planeta.

6
Capitulo III

3.1 Conclusão

O Objecto do Direito do Urbanismo, é uma área do direito que desempenha um papel


essencial na construção de cidades mais justas, acessíveis e ambientalmente sustentáveis.
Por meio de normas e instrumentos jurídicos específicos, o Direito do Urbanismo visa
assegurar a função social da propriedade e o direito à cidade, prevenindo problemas como
crescimento desordenado. Portanto, o estudo e a aplicação desse ramo jurídico são
fundamentais para garantir qualidade de vida à população urbana e fomentar políticas
públicas eficazes para um desenvolvimento urbano equilibrado e inclusivo.

Em Moçambique, o Direito do Urbanismo é sustentado por uma série de instrumentos


jurídicos e normativos que visam garantir um desenvolvimento urbano ordenado, justo e
sustentável. Através da Constituição da República, da Lei de Planeamento Territorial, do
Código de Obras e Edificações, e de outros instrumentos como o Plano de Ordenamento
Urbano (POU). O país busca enfrentar os desafios urbanos impostos pela crescente
urbanização e promover cidades mais inclusivas e com melhor qualidade de vida para
seus habitantes.

O direito do urbanismo tem como o principal objecto de estudo, os espaços habitáveis ou


habitacionais que, por sua vez são as porções da superfície terrestre que abriga as
sociedades, envolvendo as relações humanas e suas produções materiais, como os
edifícios, as áreas de exploração agrícola e as cidades.

7
Capitulo IV.

4.1 Referências Bibliográficas

HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo:
Martins Fontes, 2013.

LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Editora Centauro, 2001.

SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. 7. ed. São Paulo: Malheiros,
2015.

AMARAL, Diogo Freitas do. Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente:


objecto, autonomia e distinções. Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente. Coimbra:
Almedina, n. 1, 1994, p. 11-22.

HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2006.
O espaço como palavra-chave. Revista GEOgraphia. Rio de Janeiro: UFF, v. 14, n. 28,
p. 8-39, 2012.

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