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Racionalismo e Iluminismo

O Racionalismo, surgido no século I a.C., enfatiza a razão como a principal via de acesso ao conhecimento, privilegiando a dedução sobre a experiência sensível. O Iluminismo, movimento do século XVIII, promoveu a razão, a ciência e a crítica às tradições, defendendo a liberdade e a tolerância. Ambos os movimentos foram fundamentais para moldar o pensamento moderno, destacando a importância do conhecimento racional e empírico.

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Racionalismo e Iluminismo

O Racionalismo, surgido no século I a.C., enfatiza a razão como a principal via de acesso ao conhecimento, privilegiando a dedução sobre a experiência sensível. O Iluminismo, movimento do século XVIII, promoveu a razão, a ciência e a crítica às tradições, defendendo a liberdade e a tolerância. Ambos os movimentos foram fundamentais para moldar o pensamento moderno, destacando a importância do conhecimento racional e empírico.

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Racionalismo

Essa corrente filosófica surgiu como doutrina no século I antes de Cristo para enfatizar que tudo
que existe é decorrente de uma causa. Já na Idade Moderna, os filósofos racionalistas adotaram
a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a explicação da realidade. Essa
doutrina que assegura que tudo existente em nosso redor tem alguma causa inteligível, mesmo
que não possa ser demonstrado de fato como a origem do universo.

Privilegia a razão como via de acesso ao conhecimento em detrimento da experiência do mundo


sensível. Considera a dedução como método superior de investigação filosófica tendo como a
única autoridade: a razão. O pioneiro do racionalismo foi René Descartes que contra argumentos
da fé medieval a filosofia moderna recupera o conceito de razão, exaltando a à supremacia da
apreensão do mundo, os pensadores modernos expressavam atitudes anti-religiosa, anticlerical,
e é inaugurado o que se evidencia em um mito da modernidade.

A partir da Idade Moderna, o Racionalismo obteve grande crescimento como corrente filosófica e
não se pode desvincular essas ideias das aplicações matemáticas. Tradicionalmente, o
Racionalismo era definido pelo raciocínio como operação mental, discursiva e lógica para extrair
conclusões. As inovações humanas apresentadas com o advento do Renascimento
consolidaram o Racionalismo com o acréscimo de elaborações e verificações matemáticas. Para
o Racionalismo, tudo tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrada
empiricamente. O Racionalismo foi importante elemento do mundo Moderno para superar o
mundo Medieval, pois privilegia a razão em detrimento das experiências do mundo sensível, ou
seja, o método mítico como se tinha acesso ao conhecimento durante a Idade Média. Assim, o
Racionalismo é baseado na busca da certeza e da demonstração.

Método científico

Uma teoria filosófica que da prioridade a razão como faculdade do conhecimento relativamente
aos sentidos. O racionalismo pode ser dividido em diferentes partes: a parte da metafísica, que
se encontra um caráter racional na realidade e indica que o mundo que está ordenado de forma
lógica e sujeito a leis; a parte epistemológica ou gnosiológica, que contempla a razão como fonte
de todo o conhecimento verdadeiro, sendo independente da experiência; e a parte ética, que
acentua a relevância da racionalidade, respetivamente, à ação moral.

No entanto, a partir do século XVI, os cientistas começaram a pensar elaboração de um


conhecimento que estivesse embasado em maiores garantias. A busca pelas causas absolutas
ou pela natureza íntima das coisas deixou de ser a prioridade do cientista; ao contrário, procura-
se agora compreender as relações entre as coisas, a explicação dos acontecimentos, utilizando
a observação científica ligada ao raciocínio.

Iluminismo

Definição: O Iluminismo foi um movimento intelectual do século XVIII que defendia o uso da
razão como a melhor maneira de compreender e reformar a sociedade. Este movimento
valorizava a ciência, o progresso, a liberdade e a crítica às tradições e superstições.
Principais Características:

Valorização da Razão:

Enfatiza o uso da razão e do pensamento crítico para desafiar dogmas e promover o


conhecimento.

Ciência e Progresso:

Acredita no progresso humano através da ciência e da tecnologia.

Liberdade e Tolerância:

Defende os direitos individuais, a liberdade de pensamento, expressão e religião, e a tolerância


como valores fundamentais.

Crítica ao Absolutismo e à Religião:

Opõe-se ao poder absoluto dos reis e à influência excessiva da religião sobre a vida pública e
privada.

Principais Filósofos: Immanuel Kant:

Defendia que o Iluminismo era "a saída do homem de sua menoridade autoimposta" e enfatizava
o uso da razão para alcançar a autonomia intelectual.

Voltaire: Crítico do dogmatismo religioso e defensor da liberdade de expressão e da separação


entre Igreja e Estado.

John Locke: Contribuiu com ideias sobre a liberdade individual, o governo representativo e a
propriedade privada, influenciando profundamente o liberalismo político.

Jean-Jacques Rousseau:

Discutia o contrato social e a soberania popular, defendendo que a legitimidade do governo


deriva do consentimento dos governados.

Conclusão

Racionalismo e Iluminismo são fundamentais para a filosofia e a epistemologia modernas. O


racionalismo enfatiza a capacidade inata da razão humana de conhecer a verdade de forma
independente da experiência sensorial. Já o Iluminismo aplica esse valor à razão para promover
a ciência, a liberdade e a crítica das instituições estabelecidas, buscando o progresso e a
reforma social. Ambos movimentos contribuíram significativamente para moldar o pensamento
moderno e a valorização do conhecimento racional e empírico.

O conhecimento científico é o único que nos permitiria acesso à verdade dos fatos. Os seguintes
passos são fundamentais: experimentação; formulação de hipóteses; repetição exaustiva de
testes das hipóteses, formulação de generalizações e leis.

Postula ele, então, quatro regras básicas, as quais já estudamos em nosso curso de história da
filosofia:
Evidência: não acolher jamais como verdadeira uma ideia ou coisa que não se reconheça como
evidentemente clara e incontestável perante a razão (ou seja, evitar a precipitação e o
preconceito, só aceitando aquilo que se apresente com absoluta clareza ao espírito, de tal modo
que a dúvida seja impossível);

Análise: dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas necessárias para melhor
compreendê-las ou resolvê-las (processo que permite a decomposição do todo em suas partes
constitutivas, indo sempre do mais para o menos complexo);

Síntese: processo que leva à reconstituição do todo, previamente decomposto pela análise (ou
seja, conduzir ordenadamente os pensamentos, principiando com os objetos mais simples e
mais fáceis de conhecer, para ascender, em seguida, pouco a pouco, até o conhecimento dos
objetos não dispostos de forma natural, em sequências de complexidade crescente);

Enumeração: consiste em realizar enumerações tão cuidadosas e revisões tão gerais que se
tenha certeza de nada ter omitido.

O método indutivo ao contrário do método dedutivo tem como objetivo principal a verificação
do particular para formar uma conclusão geral ou universal, somente após a análise das partes.
O método indutivo demonstra as conclusões através da coleta e analise dos dados particulares e
somente através da experiência e da observação se pode constatar um fato real. Após a analise
dos dados a observação dos fenômenos se pode fazer uma comparação das experiências e
formar uma conclusão. Nesse método o conhecimento apriori não é aceito como verdade ou
premissa para se chegar a uma verdade universal ou particular, é a comparação das
constatações particulares que se evidencia uma verdade universal. No século XVI, Galileu
Galilei o questionamento a respeito do procedimento mais apropriado para se atingir
conhecimentos seguros dos fenômenos naturais. Assim, teorizou o método denominado
experimental, o qual interfere leis gerais a partir de observações de casos particulares.

Método matemático – Experimental

Os filósofos racionalistas modernos utilizaram a matemática como instrumento da razão para


explicar a realidade. Com esse objetivo, Descartes elaborou um método baseado na geometria e
baseado em quatro regras - as regras do método científico:

Primeiro método era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não
conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a
prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresente tão clara e tão distintamente
a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.

O segundo método era o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas
parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las.

O terceiro método era o de conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos
mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o
conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se
precedem naturalmente uns aos outros.
O quarto método era o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão
gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.

As ideias de René Descartes influenciaram diversos pensadores, entre os quais se destacam o


holandês Spinoza e o alemão Leibniz. Leibniz , era filósofo, matemático e político. Desenvolveu
o cálculo infinitesimal, utilizado até os dias de hoje. Defendeu o racionalismo, afirmando - tal
como Descartes - que algumas ideias e princípios existem em nós e são percebidos pelos
sentidos, mas não provêm deles. Como exemplos de conhecimentos inatos, ele citava os
conceitos da geometria, da lógica e da aritmética.

Dúvida metódica – Método cartesiano

Para demonstrar a dúvida cartesiana ele analisa os conceitos tradicionais e faz sua crítica a
cada um deles. Em primeiro lugar, critica a experiência sensível defendida principalmente por

Aristóteles. Como sabemos, Descartes defende o racionalismo matemático. Os sentidos podem


nos enganar, não trazendo nenhum tipo de conhecimento verdadeiro; não são ideias claras e
distintas, como supõe o Método Científico.

O racionalismo de Descartes o leva a uma dúvida em relação ao mundo e tudo oque dele faz
parte. Desta forma, se vê comprometido a afastar-se de tudo aquilo que até então fora
estabelecido e dado como certo. O filósofo inicia este caminho a partir dele mesmo, a dúvida, ou
seja, é preciso duvidar para chegar à certeza das coisas.

Partindo deste pressuposto, ele supõe que todas as coisas que vê é falso e persuade-se de que
tudo que até ali se apresentou não existia e, por conseguinte, despreza, ao menos inicialmente,
todos os sentidos, para então recomeçar do zero.

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