Revisão Da Monitoria NP1
Revisão Da Monitoria NP1
- A Constitucionalização do Direito é o dever de todas as normas, tanto o CC - Somente a Lei e os Costumes são fontes diretas
como os microssistemas (estatutos e leis especiais) se submeterem a (Ser fonte direta é ser capaz de criar por si só o Direito)
Constituição, pois lá está definida as proposições norteadoras do direito (Tanto a Lei quando os Costumes são capazes de criar regras de conduta que
privado. as pessoas consideram como obrigatória)
- As fontes são subdividas em: - Fontes formais são aquelas que estão presentes no art. 4º da LINDB
1. Principal ou Subsidiária 1. Lei
2. Direta ou Indireta 2. Analogia
3. Formal ou Informal 3. Costumes
4. Princípios Gerais do Direito
DICA: PDF
- Fontes informais são aquelas que não estão presentes no art. 4º da LINDB
5. Doutrina
6. Jurisprudência
7. Equidade
♦ LEIS Classificação das Leis
1. Quanto à amplitude/alcance:
- Segundo Silvio de Salvo Venosa, a Lei é:
“Regra geral de direito, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela - Gerais: Regula um número ilimitado de matérias para um número ilimitado de
vontade de autoridade competente, de cunho obrigatório e forma escrita”. pessoas (Teor normativo amplo)
- Especiais: Regulam matérias com critérios mais específicos (Especialização)
- Excepcionais: Contrariam a legislação geral.
A Lei tem como características: Os únicos exemplos que se tem são os Atos Institucionais do Regime Militar
Brasileiro de 1964.
1. Generalidade: dirigida a um número indeterminado de indivíduos. - Singulares: São normas estabelecidas para um único momento.
2. Abstração: tem caráter prospectivo de geração de efeitos, ou seja, em regra Ex: Decreto de nomeação de servidor público.
é criada para situações futuras, porém, em alguns casos retroage.
3. Permanência: os efeitos da lei são permanentes para as situações jurídicas
ocorridas na sua vigência (está relacionado ao seu caráter imperativo). 2. Quanto à força obrigatória (imperatividade):
4. Existência de sanção: consequências previstas para descumprimento das
normas jurídicas. - Cogente/Impositivas: São normas de observância obrigatória.
5. Obrigatória: reconhecimento da imperatividade da lei, é a sua imposição Ex: Da obrigatoriedade de regime de separação de bens para algumas pessoas,
6. Emana de autoridade competente: aquela que é criada por ato legislativo e como os maiores de 70 anos (Ex: 1.641, inciso II, CC)
elaborada em conformidade com o processo legislativo previsto na CF.
7. Forma escrita: permite maior estabilidade nas relações jurídicas e divulgação
por meio de publicações oficiais.
- A lei é fonte:
1. Principal
2. Direta
3. Formal
- Dispositivas: São normas aplicáveis na ausência de manifestação em sentido
contrário das partes (Ex: Art. 1.40, CC)
(Norma supletiva, complementar)
3. Quanto à duração:
- Imperfeitas: Prescrevem uma conduta, mas não geram nulidade e nem sanção.
Ou seja, não tem consequência jurídicas.
- Menos que perfeitas: São normas cuja violação não gera nulidade, porém
permite aplicação de sanção ao violador.
Ex: Viúvo que casa novamente, tendo filhos do casamento anterior, sem antes
realizar o inventário do cônjuge falecido.
♦ DOUTRINA
- A equidade é fonte:
- O termo doutrina se refere a um conjunto de obras, como livros e artigos, 1. Subsidiária
produzidos por diversos autores que propõem soluções e inovações ao 2. Indireta
ordenamento jurídico. 3. Informal
- A doutrina é fonte:
1. Subsidiária
2. Indireta
3. Informal
♦ LINDB ♦ CORREÇÕES NA LEI
- Se uma lei tem vigência temporária, sua vigência tem fim pré-determinado
(Quando esgotado esse prazo, a lei caduca)
- Se não tem vigência temporária, somente outra lei pode dá fim a vigência
- Lei só se revoga por outra lei, que deve ser de mesmo nível ou superior que a
lei a ser revogada
- Ex:
Publicação → 01/08/11 - A revogação pode ser:
Vacatio Legis → 15 dias (Quanto a extensão)
Entrada em vigor da Lei → 16/08/11
1. Total (Ab-rogação): Quando uma lei revoga outra lei totalmente
2. Parcial (Derrogação): Quando uma lei revoga outra lei de forma parcial,
- Quando o prazo for contado em anos, o entendimento do STJ é que a apenas uma parte
contagem se dá de ano a ano e não de dia a dia, não em 365 dias.
- A revogação pode ser:
- Ex: (Quanto a forma de execução)
Publicação → 02/09/2011
Vacatio Legis → 3 anos
Entrada em vigor da Lei → 02/09/2014
(Faz mesma contagem, começa com 2011, 2012, 2013, terminou, entra no
próximo ano)
- É possível a coexistência de lei geral e lei especial - A ordem para resolução das antinomias é:
1. Critério Hierárquico
Ex: Uma nova lei pode disciplinar com regras gerais uma situação prevista em 2. Critério da Especialidade
uma lei especial (mais específica) 3. Critério Cronológico
Ex: Uma nova lei pode disciplinar regras especiais (mais específicas) de uma
situação prevista em uma lei geral.
- Conflito de 1º grau: envolve apenas um dos critérios (ex: norma anterior x
norma posterior)
- Conflito de 2º grau: Envolve dois critérios ou mais (ex: norma superior anterior
x norma inferior posterior)
- Em regra, a revogação de uma lei revogadora, não traz a lei revogada. ♦ PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI
- Salvo se a lei que a revoga trouxer essa disposição (permissão) expressa.
- Ex:
→ Lei X está em vigor
→ Lei Y revoga lei X
→ Lei Z revoga lei Y
- Se a repristinação automática fosse permitida, a Lei X voltaria a ter vigência (Escusar = apresentar desculpas)
automaticamente.
- Mas como em regra não é permitido, para que Lei X tivesse novamente - Uma vez em vigor, a lei se torna obrigatória para todos.
vigência, era necessário a Lei Z trazer disposição expressa permitindo isso.
♦ CONFLITO DE LEIS NO TEMPO
2. Irretroatividade das normas: Em regra, a lei não retroage, nem para beneficiar
ao réu. Sendo assim, ela só é aplicada somente aos casos pendentes e futuros.
- Como a lei deve ter efeito imediato e geral, quer dizer que, em regra, só deve
ser aplicada aos fatos pendentes e futuros.
- No entanto, se na própria lei houver previsão dizendo o contrário, a previsão
prevalece.
- No entanto, há 3 casos que são de irretroatividade absoluta, ou seja, mesmo
que haja previsão legal não há retroação, pois devem ser respeitados, são eles:
1. Ato jurídico perfeito: Perfeito é quando o ato já está consumado, não há nada
que invalide, logo, ele está consolidado.
Ex: Contrato válido
3. Coisa julgada: Decisão judicial que não cabe mais recurso (Que transitou em
julgado).
♦ PESSOA NATURAL ♦ CAPACIDADE E INCAPACIDADES
♦ PERSONALIDADE JURÍDICA
1. Teoria Natalista diz que o nascituro não tem direitos, somente expectativa
deles, pois é necessário nascer com vida para ter direitos. - Capacidade Civil Plena = Capacidade de Direito + Capacidade de Fato
3. Teoria Concepcionista diz que o nascituro tem personalidade jurídica desde 2. Capacidade de fato ou Capacidade de exercício é a possibilidade de exercer
a concepção, e, portanto, é detentor de todos os direitos, exceto os pessoalmente (em nome próprio) os atos da vida civil, ou seja, de assumir
patrimoniais decorrentes de herança, legado ou doação, que continuam responsabilidades diante dos seus atos. É um critério de validade de atos e
condicionados ao nascimento com vida. negócios jurídicos.
Ex: Só pode comprar no seu nome se puder ter o dever de pagar.
- INFORMAÇÕES EXTRAS A TÍTULO DE CURIOSIDADE - É justamente essa capacidade que permite gradação, mais ou menos capaz
- Há jurisprudência reconhecendo dano moral ao nascituro, pela morte de seu - A capacidade de fato tem como objetivo proteger as partes dentro de uma
pai ocorrida antes de seu nascimento. relação jurídica.
- Há jurisprudência que reconhece tratamento igual do nascituro em relação
aos demais filhos já nascidos, em um caso envolvendo acidente de trabalho
que vitimou o seu pai.
(São decisões influenciadas pela teoria concepcionista)
- Pessoas INCAPAZES são aquelas que não possuem capacidade de fato ou - ATENÇÃO
possuem ela limitada.
- É importante destacar que o Estatuto da Pessoa com Deficiência alterou o
- A incapacidade se divide em: Código Civil, e, com isso, afirmou que:
1. Incapacidade absoluta: Acarreta a proibição total do exercício do direito. - Toda pessoa, com deficiência ou não, é capaz igualmente.
- É necessário um representante que tome as decisões em nome do incapaz, - Deficiência não é causa de incapacidade civil, mesmo sendo mental ou
que, em regra, são os pais. intelectual.
2. Incapacidade relativa: Permite que o incapaz pratique os atos da vida civil, - Antes uma PcD era incapaz e não poderia fazer qualquer ato da vida civil
desde que assistido, sob pena de anulabilidade. sozinho.
- Assim, é necessário um assistente, pois as decisões são tomadas em - Porém, hoje, ele não necessita nem de representante e nem de assistente.
conjunto.
ATENÇÃO: Pessoa com deficiência é CAPAZ.
- Representação x Assistência
- São eles, os institutos de: 1. Testamentária: O tutor é nomeado por ato de vontade de quem detém o poder
familiar.
1. Tutela
2. Curatela
3. Tomada de decisão apoiada
- TUTELA
(A tutela acontece somente para os menores de 18 anos) 2. Legítima: Acontece por lei, quando não há manifestação da vontade dos pais.
- OBS: A curatela não abrange todos os atos da vida civil (por exemplo, não
pode impedir de ela casar), limita-se aos atos negociais e patrimoniais.
- No art. 1.783-A do CC/2002 que estabelece, em seus 11 parágrafos, a - São direitos subjetivos que têm por objetivo os bens e valores essenciais da
chamada “tomada de decisão apoiada”, que é “o processo pelo qual a pessoa pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual
com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais
mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na - O art. 5º da Constituição Federal diz em seu inciso X que:
tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e
informações necessários para que possa exercer sua capacidade”.
- O intuito desse instituto é viabilizar o protagonismo da pessoa com deficiência
na tomada de suas decisões.
- Aplica-se aos casos em que a pessoa possua algum tipo de deficiência, mas
é capaz de exprimir vontade.
- Ao requerer a tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os
apoiadores devem apresentar termo em que conste os limites do apoio a ser - Além disso, o Código Civil diz que:
oferecido e o compromisso dos apoiadores.
- Há prazo de vigência do acordo
- Mesmo com esse prazo, a pessoa apoiada pode a qualquer momento solicitar
o término do acordo
- O apoiador só se desliga solicitando ao juiz e aguardando a resposta dele
- A decisão apoiada é com pelo menos 2 pessoas idôneas com as quais se tem
vínculo e gozem de confiança
- Tem prestação de contas mensal
- Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode
solicitar que os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo,
especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado
(contra-assinar = assinatura adicional)
- É importante destacar que a tomada de decisão é um instituto menos invasivo
que a curatela, o objetivo é assegurar autonomia do PcD, dando mais
segurança em determinados atos da vida civil constantes nos limites do termo.
- Até o quarto grau
- Indenização por dano moral ou material
- DIREITO AO PRÓPRIO CORPO - Havendo silêncio do portador, a retirada de órgãos depende de autorização
do cônjuge ou parente, maior de idade, reta ou colateral, até segundo grau.
- O direito à integridade física compreende o direito à vida, ao próprio corpo,
vivo ou morto, inclusive as partes susceptíveis a separação, e, ainda, o direito
de se submeter ou não a exame ou a tratamento médico
- Se:
1. não houver tempo hábil para ouvir paciente ou para tomar as providências,
- Defeso = proibido 2. e se tratar de emergência que exija pronta intervenção médica
- O profissional terá a obrigação de realizar o tratamento
- DIREITO AO NOME - Pseudônimo é um nome artístico
- Não pode dispor (vender ou negociar) o pseudônimo em contrato, porque
também é um direito de personalidade
- Não existe pseudônimo em duplicidade (só existe uma pessoa com aquele
pseudônimo) – Só existe uma Anitta, por exemplo
- Pode incorporar o pseudônimo ao nome, como o Lula fez
- Sobrenome:
- Também chamado de patronímico ou apelido familiar, é característico da
família, sendo transmissível por sucessão
- É obrigatório ter o sobrenome dos 2 pais
(Porém, tem um provimento específico da Corregedoria de SP que permite ter
o sobrenome de apenas um dos pais, caso da Vihtube)
- O sobrenome pode ser dos pais ou dos ascendentes
- Não importa a ordem dos nomes, pode ser do pai antes ou da mãe antes
- Poder ser feito uma vez por via extrajudicial, apenas indo ao cartório.
- Não é necessário motivar (dizer o porquê de querer alterar).
- Depois disso, se quiser desconstituição (por causa de arrependimento) ou
alguma outra alteração, só por via judicial.
- Poder ser feito mais de uma vez por via extrajudicial, apenas indo ao cartório.
- É necessário que seja uma das hipóteses de inclusão ou exclusão previstas
na lei (ou seja, previstas nos incisos I, II, III e IV)
OBS:
- Antes era obrigatório adotar o nome do marido, mas hoje é opcional
- Mesmo casado pode tirar o sobrenome do cônjuge
- Mesmo separado pode manter o sobrenome do cônjuge
- EM RESUMO: - DOMICÍLIO
- OBS: Servidor pode demandar ação tanto no domicílio necessário (em que
exerce suas funções), quanto no voluntário (onde estabeleceu sua residência
com ânimo definitivo).
1. Voluntário:
a. Geral ou comum: Depende da vontade exclusiva do interessado (art. 70).
- Quando ele decide por vontade própria o local que será seu domicílio, que é
aquele onde estabelece residência com ânimo definitivo.
b. Especial: Decorre de força do contrato ou foro de eleição (art. 78).
- No contrato de adesão não há negociação é imposto.
- Foro de eleição é quando as partes elegem um local para dirimir possíveis
conflitos que venham a surgir.
- OBS: Domicílio da PJ é domicílio especial, livremente escolhido nos seus atos
constitutivos.
- Domicílio da Pessoa Jurídica