04/11/2024
Prof. Wellington Lima
Teoria do Crime
AV2 – 03/12/2024
2ª Chamada – 17/12/2024
Prova final – 31/12/2024
Teoria do Crime 19/11/2024 - Aula Notável mestre
Prof. Wellington Lima Provas com 10 questões objetivas, cada questão valerá 1
ponto.
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Descriminantes putativas Descriminantes putativas
As descriminantes putativas nada mais são que o erro As descriminantes putativas se dividem em: erro de tipo
que comete o indivíduo ao supor que sua ação está permissivo e erro de proibição indireto.
acobertada por alguma excludente de ilicitude, legítima
defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do
dever legal e exercício regular de direito, ou, no caso de
erro de proibição, onde o agente sabe perfeitamente o
que faz e qual a sua conduta, mas acredita estar agindo
licitamente.
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Descriminantes putativas – Erro de tipo Descriminantes putativas – Erro de tipo
Preliminarmente, é necessário entender o significado TIPO – na esfera penal, são os elementos que
das palavras ERRO e TIPO, vejamos: compõem o fato incriminador, de modo que a
ERRO – é um falso ou equivocado sentimento ausência destes elementos implicaria na inexistência
acerca da realidade. do crime.
Exemplo: Se você vai à feira e compra um tomate Exemplo: art. 121. CP. “Matar alguém ”. Os
pensando que está comprando uma maçã, você elementos do tipo são ‘matar’ e ‘alguém’. O ‘alguém’
cometeu um erro, pois você teve um sentimento refere-se à pessoa humana, logo, se eu matar um
equivocado da realidade. animal, eu não pratico o crime previsto neste artigo.
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Descriminantes putativas – Erro de tipo Erro de tipo essencial incriminador
Descriminante é a causa que exclui o crime, retirando o Ocorre quando a pessoa por um equivocado sentimento
caráter ilícito do fato típico praticado por alguém. Essa acerca da realidade, pratica os fatos descritos no
palavra é sinônima, portanto, de causa da exclusão da tipo penal, todavia, se soubesse que estava
ilicitude. executando um ato ilícito, jamais realizaria determinada
conduta.
Putativa provém de parecer, aparentar. É algo
imaginário, erroneamente suposto. É tudo aquilo que O erro de tipo essencial foi dividido em: inevitável
parece, mas não é o que aparenta ser. (escusável) e evitável (inescusável).
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a) Erro de tipo essencial evitável, vencível
(inescusável): ocorre quando pode ser evitado pela
observância de cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo
o resultado por imprudência ou negligência.
Aqui, exclui-se apenas o dolo, respondendo o agente
por crime culposo, se previsto em lei.
Exemplo: caçador que, percebendo movimento atrás de
uma moita, dispara sua arma de fogo sem qualquer
cuidado, não verificando tratar-se de homem ou de um
bicho (animal), matando outro caçador que lá se
encontrava.
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b) Erro de tipo essencial inevitável, invencível
(escusável): quando o agente atua ou se omite, sem ter
consciência da ilicitude do fato em situação na qual não
é possível lhe exigir que tenha esta consciência.
O erro de tipo essencial escusável exclui o dolo e a
culpa do agente.
Exemplo: caçador que, em selva densa, à noite, avista
vulto vindo em sua direção e dispara sua arma em
direção ao que supunha ser um animal bravio, matando
outro caçador que passava pelo local.
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Essencial descriminante
A descriminante significa excludente de antijuridicidade,
ou seja, são aquelas hipóteses previstas no artigo 23
ESSENCIAL DESCRIMINANTE do CP:
a) legítima defesa;
b) estado de necessidade;
c) estrito cumprimento do dever legal e;
d) exercício regular do direito.
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Essencial descriminante
Exemplo:
Dois amigos estão em alto mar e o barco está
afundando. Há apenas uma boia. Um se salva ERRO DE TIPO SOBRE O OBJETO
utilizando a boia enquanto o outro morre afogado.
Neste caso, embora tenha havido uma omissão de
socorro que resultou em morte, quem se apossou da
boia estaria amparado pela excludente de
antijuridicidade (descriminante) estado de necessidade.
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Erro de tipo sobre o objeto Erro de tipo sobre o objeto
Exemplo:
Nessa hipótese, ocorre erro acidental sobre o objeto
O agente que furta um quadro pensando que fosse um valioso
quando o agente supõe que sua conduta recai sobre quadro original, todavia, este quadro era uma réplica cujo valor de
determinada coisa, sendo que na realidade ela incide mercado não ultrapassa R$ 50,00 (cinquenta reais).
sobre outra.
Estamos diante de um erro de tipo acidental sobre o objeto, pois, o
agente, por uma falsa percepção da realidade, acabou furtando coisa
O erro aqui é irrelevante para a imputação do delito diversa da pretendida, tornando assim o erro irrelevante para
cometido, de modo que o agente responde pelo crime aplicação do tipo penal supracitado.
como se não houvesse o erro.
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Erro de tipo sobre a pessoa
No erro acidental sobre a pessoa, há erro de representação
em relação à pessoa a ser atingida pela ação do agente, razão
pela qual o agente atinge outra pessoa supondo tratar-se da
ERRO DE TIPO SOBRE A PESSOA que pretendia de fato ofender.
No presente caso, são as condições ou qualidades da vítima
que o agente pretendia ofender (vítima virtual), e não as
condições ou qualidades da vítima sobre a qual recaiu a
conduta (vítima efetiva).
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Erro de tipo na execução
Aberratio ictus, em Direito penal, significa erro na execução ou
erro por acidente.
ERRO DE TIPO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS) Art. 73 – Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de
execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no
§ 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
art. 70 deste Código.
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Erro de tipo na execução
A literalidade do artigo 73, nos conduz à conclusão de que
existem duas espécies de aberratio ictus: (1) em sentido estrito
e (2) em sentido amplo.
ERRO DE TIPO ACIDENTAL DIVERSO DO PRETENDIDO
Na primeira a pessoa pretendida não é atingida; só se atinge (ABERRATIO CRIMINIS)
um terceiro (ou terceiras pessoas).
Na segunda (em sentido amplo) a pessoa pretendida é atingida
e também se ofende uma terceira ou terceiras pessoas.
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Erro de tipo acidental diverso do pretendido Erro de tipo acidental diverso do pretendido
Prevista no art. 74 do CP, na aberratio criminis, o agente, por Exemplo: o agente pretende atingir o automóvel de seu amigo,
acidente ou erro na execução, pretendendo lesionar um mas, ao lançar uma pedra em direção ao carro, atinge terceiro
determinado bem jurídico, acaba por lesionar outro, de que trafegava pela rua.
espécie diversa, ou a ambos.
O que se altera, aqui, não é a pessoa atingida, como na
aberratio ictus, mas o título do delito, pois o agente realiza um
crime diverso do pretendido.
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