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Inicial - Revisão - Conversão de Aposentadoria Por Tempo de Contribuição em Aposentadoria Especial (Médico)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA

___ VARA FEDERAL DA COMARCA DE CIDADE/ESTADO

NOME DA PARTE, nacionalidade, estado civil, regularmente


inscrito(a) no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador(a) de RG nº
XX.XXX.XXX, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX,
CEP nº XX.XXX-XXX, na comarca de Cidade/Estado, com endereço eletrônico
XXXX, vem, por meio de seus advogados infra assinados, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, propor:

REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

em face de NOME DA PARTE, nacionalidade, estado civil,


regularmente inscrito(a) no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador(a) de RG
nº XX.XXX.XXX, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX,
CEP nº XX.XXX-XXX, na comarca de Cidade/Estado, pelos fatos e
fundamentos jurídicos seguir apresentados.

I. DA SÍNTESE FÁTICA

A parte autora requereu a concessão do benefício previdenciário de


aposentadoria junto ao INSS, em XX/XX/XXXX, conforme demonstra a cópia
do processo administrativo (NB 42/XXX.XXX.XXX-X) devidamente anexada
aos autos.

Entretanto, a autarquia previdenciária deferiu parcialmente o pedido


administrativo apresentado pelo segurado, reconhecendo que na data da DER
o segurado contava com XX anos X meses e XX dias de tempo de serviço e
fazia jus a concessão do benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição com aplicação do fator previdenciário de X,X, conforme carta
de concessão anexa.

Contudo, ainda que o segurado tenha obtido êxito na concessão do


benefício pleiteado, verifica-se que o INSS equivocadamente não considerou
no momento da elaboração da contagem de tempo de contribuição do autor:

● A especialidade, com aplicação do fator 1.4, do período de

XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, no qual o autor desenvolveu suas


atividades laborais na função de médico.
De fato, o autor já somava XX anos, X meses e XX dias como tempo
de contribuição, tendo, portanto, o direito à concessão do benefício
previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, com a aplicação do
fator previdenciário de X,X.

Além disso, considerando o tempo serviço especial verifica-se que o


autor, no momento da DER em XX/XX/XXXX, já somava XX anos, X meses e
X dias como tempo de atividade especial, tendo, portanto, o direito à
concessão do benefício previdenciário de aposentadoria especial.

Desta forma, o autor propõe a presente demanda, com o objetivo de


ver seu lídimo direito reconhecido em sede judicial, para que seja reconhecida
a especialidade do período pleiteado com a consequente revisão do benefício
de aposentadoria por tempo de contribuição que lhe fora concedido, sendo
garantida a revisão em sua forma mais vantajosa ao autor e o pagamento das
diferenças devidas desde a DER em XX/XX/XXXX.

II. DO TEMPO DE SERVIÇO CONTROVERTIDO

Data vênia, não deve prosperar a análise realizada pelo INSS, na via
administrativa, que deixou de reconhecer a especialidade dos períodos de
XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, pelas razões de fato e de direito que seguem
expostas:
II. 1 Do Tempo De Serviço Laborado Em Condições Especiais de
XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX

Durante os períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX o autor estava


exercendo a função de médico, conforme faz prova os documentos em anexo:

A) COLAR IMAGEM

O exercício da profissão de médico enseja o reconhecimento da


atividade como especial em razão do enquadramento por categoria profissional
pelos códigos 1.3.2 do Quadro Anexo do Decreto nº 53.831/64 e 1.3.4 do
Anexo I do Decreto nº 83.080/79.

Portanto, os períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX devem ser


reconhecidos como especiais por categoria profissional pelos códigos 1.3.2 do
Quadro Anexo do Decreto nº 53.831/64 e 1.3.4 do Anexo I do Decreto nº
83.080/79.

De forma sucessiva, caso a especialidade dos períodos pleiteados não


seja reconhecida, requer a designação de audiência de instrução e julgamento
a fim de que sejam ouvidas testemunhas que comprovem a atividade do autor.

II. 2 Do Tempo De Serviço Laborado Em Condições Especiais de


XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX

Nos períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, o autor, como


contribuinte individual, continuou exercendo a função de médico pediatra,
conforme comprovam os seguintes documentos em anexo:

DOCUMENTO ANO DE REFERÊNCIA

Atestado saúde ocupacional para exercício na XXXX


função de médico pediatra

Demonstrativos de pagamento por convênio XXXX


médico
Relatório de atendimento de pacientes em XXXX
convênio médico

É matéria pacificada pela jurisprudência que é possível o


reconhecimento da atividade especial do contribuinte individual,
independentemente da falta de previsão legal para o recolhimento:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.


ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES QUÍMICOS E
BIOLÓGICOS. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. FONTE DE
CUSTEIO. 1. O reconhecimento da especialidade e o
enquadramento da atividade exercida sob condições
nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em
que efetivamente exercidos, passando a integrar, como
direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. 2.
Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da
especialidade por categoria profissional ou por sujeição a
agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio de prova
(exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não
mais é possível o enquadramento por categoria
profissional, devendo existir comprovação da sujeição a
agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-
1997 e, a partir de então, por meio de formulário
embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia
técnica. 3. O tempo de serviço sujeito a condições nocivas
à saúde, prestado pela parte autora na condição de
contribuinte individual, deve ser reconhecido como
especial, tendo em vista que: (a) a Lei de Benefícios da
Previdência Social, ao instituir, nos artigos 57 e 58, a
aposentadoria especial e a conversão de tempo especial
em comum, não excepcionou o contribuinte individual; (b)
o Regulamento da Previdência Social, ao não
possibilitar o reconhecimento, como especial, do
tempo de serviço prestado pelo segurado contribuinte
individual que não seja cooperado, filiado a
cooperativa de trabalho ou de produção, estabeleceu
diferença não consignada em lei para o exercício de
direito de segurados que se encontram em situações
idênticas, razão pela qual extrapola os limites da lei e
deve ser considerado nulo nesse tocante; (c) para a
concessão de aposentadoria especial, prevista nos
artigos 57 e 58 da Lei de Benefícios, existe específica
indicação legislativa de fonte de custeio (parágrafo 6º
do mesmo art. 57 supracitado, combinado com o art.
22, inc. II, da Lei n. 8.212/91); (d) sequer haveria, no
caso, necessidade de específica indicação legislativa
da fonte de custeio, uma vez que se trata de benefício
previdenciário previsto pela própria Constituição
Federal (art. 201, § 1º c/c art. 15 da EC n. 20/98),
hipótese em que sua concessão independe de
identificação da fonte de custeio, consoante
precedentes do STF. 4. Ainda que o profissional
autônomo tenha o dever de fornecer a si próprio (e
utilizar) os equipamentos de proteção individual, sua não
utilização não elide o fato de que esteve, efetivamente,
exposto aos agentes nocivos, encaixando-se assim na
previsão legal dos parágrafos 3º e 4º do art. 57 da LBPS,
suficiente para fazer jus à contagem diferenciada do
tempo. 5. A exposição a ruídos e agentes químicos,
atestada pela perícia judicial, enseja o reconhecimento do
tempo de serviço como especial. 6. Implementados mais
de 25 anos de tempo de atividade sob condições nocivas
e cumprida a carência mínima, é devida a concessão do
benefício de aposentadoria especial, a contar da data do
requerimento administrativo, nos termos do § 2º do art. 57
c/c art. 49, II, da Lei n. 8.213/91. (TRF4, APELREEX
5000839-12.2011.404.7208, SEXTA TURMA, Relator
para Acórdão MARCELO MALUCELLI, juntado aos autos
em 11/05/2015)

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA


ESPECIAL. MÉDICO. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL.
AGENTES BIOLÓGICOS. REQUISITOS PREENCHIDOS.
1. O reconhecimento da especialidade por categoria
profissional ou por sujeição a agentes nocivos é
admissível até 28/04/1995, aceitando-se qualquer meio de
prova (exceto para ruído); a partir de 29/04/1995 não mais
é possível o enquadramento por categoria profissional,
devendo existir comprovação da sujeição a agentes
nocivos por qualquer meio de prova até 05/03/1997 e, a
partir de então, por meio de formulário embasado em
laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 2. A falta
de previsão legal para o autônomo recolher um valor
correspondente à aposentadoria especial não pode
obstar-lhe o reconhecimento da especialidade, o que
se constituiria em ato discriminatório, se ele exerceu
a atividade sujeita a agentes nocivos previstos na
legislação de regência. 3. Considera-se especial a
atividade onde o segurado esteja exposto a agentes
biológicos, com previsão nos Códigos 1.3.2 e 2.1.3 do
Quadro Anexo ao Decreto nº 53.831/64; Códigos 1.3.4 do
Anexo I e 2.1.3 do Anexo II do Decreto nº 83.080/79;
Código 3.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 2.172/97 e
Código 3.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99. 4. A
exposição a agentes biológicos não precisa ser
permanente para caracterizar a insalubridade do labor,
sendo possível o cômputo do tempo de serviço especial
diante do risco de contágio sempre presente. Não se
reclama exposição às condições insalubres durante todos
os momentos da prática laboral. 5. Os equipamentos de
proteção individual não são suficientes para
descaracterizar a especialidade da atividade exercida,
porquanto não comprovada a sua real efetividade por
meio de perícia técnica especializada e não demonstrado
o uso permanente pelo empregado durante a jornada de
trabalho. (TRF4 5017746-67.2012.404.7001, QUINTA
TURMA, Relator (AUXILIO FAVRETO) ANA CARINE
BUSATO DAROS, juntado aos autos em 16/12/2016)

É também o entendimento pacificado do STJ:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.


SEGURADO INDIVIDUAL. TEMPO DE SERVIÇO
PRESTADO EM CONDIÇÕES PREJUDICIAIS À SAÚDE
OU INTEGRIDADE FÍSICA. POSSIBILIDADE.
1. O art. 57 da Lei n. 8.213/91, que regula a
aposentadoria especial, não faz distinção entre os
segurados, abrangendo também o segurado individual
(antigo autônomo), estabelecendo como requisito para a
concessão do benefício o exercício de atividade sujeita a
condições que prejudiquem a saúde ou a integridade
física do trabalhador.
2. Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
os benefícios criados diretamente pela própria
Constituição, como é o caso da aposentadoria especial
(art. 201, § 1º, CF/88), não se submetem ao comando do
art. 195, § 5º, da CF/88, que veda a criação, majoração
ou extensão de benefício sem a correspondente fonte de
custeio. Precedente: RE 151.106 AgR, Relator: Min.
CELSO DE MELLO, Primeira Turma, julgado em
28/09/1993, DJ 26-11-1993 PP-25516 EMENTVOL-
01727-04 PP-00722.
3. O segurado individual faz jus ao reconhecimento de
tempo de serviço prestado em condições especiais, desde
que seja capaz de comprovar o exercício de atividades
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física,
nos moldes previstos à época em realizado o serviço - até
a vigência da Lei n. 9.032/95 por enquadramento nos
Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979 e, a partir da
inovação legislativa, com a comprovação de que a
exposição aos agentes insalubres se deu de forma
habitual e permanente.
4. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1.473.155/RS, Relator o Ministro SÉRGIO
KUKINA, DJU 3/11/2015)

Ademais, para os períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, em que o


autor continuou exercendo as atividades como médico pediatra, a
especialidade é caracterizada pela exposição a agentes biológicos, conforme
entendimento jurisprudencial do TRF4:

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL.


AUTÔNOMO/CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. MÉDICO.
AGENTES BIOLÓGICOS. APOSENTADORIA ESPECIAL.
ART. 57, § 8º, DA LEI DE BENEFÍCIOS.
INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA.
REQUISITOS CUMPRIDOS. CORREÇÃO MONETÁRIA
E JUROS DE MORA. FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. DIFERIMENTO. TUTELA ESPECÍFICA DO
ART. 497 DO CPC/2015. 1. Comprovada a exposição do
segurado a agente nocivo, na forma exigida pela
legislação previdenciária aplicável à espécie, possível
reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele
exercida. 2. Em se tratando de agentes biológicos, para
caracterização da especialidade do labor, a exposição
não precisa ocorrer durante toda a jornada de trabalho,
uma vez que basta o contato de forma eventual para que
haja risco de contração de doenças. Outrossim, ainda que
ocorra a utilização de EPI, eles não são capazes de elidir,
de forma absoluta, o risco proveniente do exercício da
atividade com exposição a agentes de natureza infecto-
contagiosa. 3. Implementados os requisitos para a
concessão da aposentadoria especial, é devida a
concessão do benefício. 4. Reconhecida a
inconstitucionalidade do § 8º do art. 57 da LBPS pela
Corte Especial deste Tribunal (Incidente de Arguição de
Inconstitucionalidade n. 5001401-77.2012.404.0000, Rel.
Des. Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, julgado
em 24-05-2012), que determina o afastamento do trabalho
após a concessão de aposentadoria especial, resta
assegurada à parte autora a possibilidade de continuar
exercendo atividades laborais sujeitas a condições
nocivas após a implantação do benefício, sendo este
devido a contar da data do requerimento administrativo,
nos termos do § 2º do art. 57 c/c art. 49, II, da Lei n.
8.213/91. 5. Deliberação sobre índices de correção
monetária e taxas de juros diferida para a fase de
cumprimento de sentença, a iniciar-se com a observância
dos critérios da Lei 11.960/2009, de modo a racionalizar o
andamento do processo, permitindo-se a expedição de
precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente,
no Supremo Tribunal Federal, decisão sobre o tema com
caráter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF
da 4ª Região. 6. Determina-se o cumprimento imediato do
acórdão naquilo que se refere à obrigação de implementar
o benefício, por se tratar de decisão de eficácia
mandamental que deverá ser efetivada mediante as
atividades de cumprimento da sentença stricto sensu
previstas no art. 497 do CPC/2015, sem a necessidade de
um processo executivo autônomo (sine intervallo). (TRF4
5003376-61.2014.404.7115, SEXTA TURMA, Relator
GABRIELA PIETSCH SERAFIN, juntado aos autos em
24/02/2017)
Ante o exposto, requer seja reconhecida a especialidade, com
aplicação do fator 1,40, dos períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, em
razão da exposição a agentes nocivos biológicos.

De forma sucessiva, caso a especialidade dos períodos pleiteados não


seja reconhecida, requer a designação de audiência de instrução e julgamento
a fim de que sejam ouvidas testemunhas que comprovam a atividade do autor,
bem como a realização de perícia indireta/direta nos locais de trabalho do autor
ou empresas similares, devendo ser oportunizada a parte autora a
apresentação de quesitos e nomeação de assistente técnico.

III. DA REVISÃO DO BENEFÍCIO

Conforme faz prova o conjunto de prova material apresentado ao feito


deixou de ser computado na contagem de tempo de serviço do autor a
especialidade dos períodos de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, com aplicação do
fator 1,4.

Em razão disso fora concedido ao autor na via judicial aposentadoria


por tempo de contribuição integral com aplicação do fator previdenciário de
X,X, conforme deflui-se da carta de concessão que segue em anexo.

Contudo, o segurado faz jus à concessão de benefício previdenciário


em sua forma mais vantajosa, e para tanto deverá ser reconhecida a
especialidade do período pleiteado como especial e o cômputo diferenciado do
mesmo, com aplicação do fator 1,4 em sua contagem do tempo de
contribuição.

De fato, o autor já somava XX anos, X meses e XX dias como tempo


de contribuição, tendo, portanto, o direito à concessão do benefício
previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, com a aplicação do
fator previdenciário de X,X.

Além disso, considerando o tempo serviço especial verifica-se que o


autor, no momento da DER em XX/XX/XXXX, já somava XX anos, X meses e
XX dias como tempo de atividade especial, tendo, portanto, o direito à
concessão do benefício previdenciário de aposentadoria especial.

Porquanto, o autor requer que a presente demanda seja julgada


totalmente procedente para que seja reconhecida a especialidade do período
pleiteado e o cômputo diferenciado do mesmo, com aplicação do fator 1,4; em
sua contagem de tempo de serviço, com a consequente revisão do benefício
de aposentadoria por tempo de contribuição que lhe fora concedido na via
administrativa, mediante a majoração do fator previdenciário aplicado no
cálculo da RMI do benefício.

Urge destacar que deve ser garantida a revisão em sua forma mais
vantajosa ao autor e o pagamento das diferenças devidas desde a DER.

IV. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, a parte autora requer:

b) A citação do INSS, em razão do exposto no art.° 239 e seguintes


do CPC, na pessoa de seu representante legal para, querendo,
apresentar defesa e acompanhar a presente ação; sob pena dos
efeitos da revelia;

c) A intimação do INSS para que junte aos autos cópia do processo


administrativo (NB 42/XXX.XXX.XXX-X) na íntegra, CNIS
atualizado do segurado e eventuais documentos de que
disponham e que se prestem para o esclarecimento da presente
causa; em conformidade com o § 1. ° do art.° 373 do CPC;

d) A parte autora requer que não seja designada audiência de


conciliação nos termos do art.° 334 do CPC;

e) Ao final, com ou sem contestação, a parte autora requer que a


presente ação seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE e que
a coisa julgada seja feita segundo o resultado da prova, isso é,
secundum eventum probationes, e condenando o INSS:
e.1) A reconhecer os períodos laborados em atividade especial
de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, com aplicação do fator 1,4;
em razão do exercício da função de médico, com
enquadramento pelos códigos 1.3.2 do Quadro Anexo do
Decreto nº 53.831/64 e 1.3.4 do Anexo I do Decreto nº
83.080/79, bem como pela exposição do segurado a agentes
nocivos biológicos;
e.2) De forma sucessiva, caso a especialidade dos períodos
pleiteados não seja reconhecida, requer a designação de
audiência de instrução e julgamento a fim de que sejam
ouvidas testemunhas que comprovam a atividade do autor,
bem como a realização de perícia indireta/direta nos locais de
trabalho do autor ou empresas similares, devendo ser
oportunizada a parte autora a apresentação de quesitos e
nomeação de assistente técnico;

f) Condenar o Réu a proceder a revisão do benefício de


aposentadoria por tempo de contribuição que fora concedido ao
autor na via administrativa, mediante a majoração do fator
previdenciário aplicado no cálculo da RMI do benefício, ou
sucessivamente, a concessão da aposentadoria especial. Urge
destacar que deve ser garantida a revisão em sua forma mais
vantajosa ao autor;

g) Condenar o réu ao pagamento de todas as diferenças devidas


desde a data da DER XX/XX/XXXX, bem como ao pagamento
das parcelas vincendas, devendo todos os valores serem
monetariamente corrigidos, inclusive acrescidos dos juros
moratórios à razão de 1% ao mês a contar da citação, incidentes
até a data do efetivo pagamento, a ocorrer por meio de
RPV/precatório;

h) Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios;
i) Deferir a produção de todas as provas em direito admitidas, em
especial juntada de documentos, produção de prova pericial,
depoimento pessoal do autor e oitiva de testemunhas e o que
mais o deslinde do feito vier a exigir;

j) Que seja concedida a parte autora os benefícios da


GRATUIDADE DA JUSTIÇA, assegurado pela Constituição
Federal, artigo 5º, LXXIV e pelo Código de Processo Civil, nos
termos do artigo 98 e seguintes, por se tratar a parte autora de
pessoa pobre na mais lídima acepção jurídica do termo, não
possuindo meios suficientes para custear eventuais despesas
processuais e/ou verbas de sucumbência sem o imediato prejuízo
do próprio sustento e de seus familiares, vide declaração firmada
pela parte autora que segue em anexo.

Dá-se a causa o valor de R$ XXX para fins processuais.

Nestes termos,

Requer deferimento.

Cidade, data completa.

ADVOGADO

OAB/UF

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