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(CANGA) RESUMO - APOSTILA CFSD 2024 de IED (Versaì - o - 1)

A apostila de Introdução ao Estudo do Direito oferece um panorama sobre a natureza do Direito, suas definições e classificações, além de sua relação com a ética e a moral. O Direito é apresentado como um fato social e histórico, com características que incluem a coercibilidade e a prescrição de condutas. O material serve como apoio ao aprendizado, enfatizando a importância da leitura da apostila oficial e da elaboração de anotações pessoais.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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(CANGA) RESUMO - APOSTILA CFSD 2024 de IED (Versaì - o - 1)

A apostila de Introdução ao Estudo do Direito oferece um panorama sobre a natureza do Direito, suas definições e classificações, além de sua relação com a ética e a moral. O Direito é apresentado como um fato social e histórico, com características que incluem a coercibilidade e a prescrição de condutas. O material serve como apoio ao aprendizado, enfatizando a importância da leitura da apostila oficial e da elaboração de anotações pessoais.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

Resumo da Apostila – Versão 1.0

ATENÇÃO

Este resumo é um material de apoio que não substitui a leitura e o estudo detalhado da apostila oficial.
É fundamental que o aluno leia a apostila e verifique se o conteúdo do resumo corresponde ao que foi lido e
compreendido.

⚠️ O objetivo deste resumo é auxiliar no aprendizado; porém, sua eficácia depende da dedicação do aluno
em realizar suas próprias anotações, glosas ou notas de rodapé ao estudar o material.

O cenário ideal seria que cada aluno elaborasse o próprio resumo. Contudo, devido à carga horária intensa
do curso de formação, este resumo busca otimizar o aprendizado, seguindo as orientações mencionadas.

Lembre-se: ler, refletir e complementar o material são passos essenciais para um estudo eficaz e
aprofundado.

Nota de versão:
1. A versão 1 foi publicada às 21h22 de 09.02.2025

☑️CAPÍTULO 1: O QUE É O DIREITO?


🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ O termo “Direito” pode ser compreendido de maneiras distintas, não se limitando apenas à ideia de “lei”.
●​ Etimologicamente, “Direito” advém do latim directum, que significa “aquilo que é reto, sem desvios”.
●​ Desde a Antiguidade, busca-se definir Direito e estabelecer seus limites, relacionando-o à justiça, à
proporcionalidade e à liberdade.
●​ O Direito surge naturalmente quando pessoas passam a conviver em sociedade, ainda que não existam leis
escritas ou um Estado formalizado.
●​ O Direito é um fato social, histórico e cultural, constituindo resultado das forças de poder em um determinado
momento.
●​ A formação do Estado Moderno fortaleceu o uso da coação estatal para garantir o cumprimento das normas
jurídicas.
●​ A característica central do Direito está na possibilidade de impor sanções àqueles que violam as regras,
garantindo segurança jurídica.
●​ O Direito organiza expectativas sociais, pois cada indivíduo compreende o que pode esperar dos demais e o
que se espera dele.
●​ O Direito é:
○​ Fato social: emerge das relações humanas.
○​ Fato histórico: varia conforme o tempo e o espaço.
○​ Construção da cultura: resulta dos projetos humanos de transformação do mundo.

1.1 ALGUMAS ACEPÇÕES / DEFINIÇÕES DE DIREITO

●​ Direito-Ciência (Ciência Jurídica ou Dogmática Jurídica)​


Estudo científico do Direito, voltado a investigar e sistematizar conhecimentos jurídicos.
●​ Direito-Norma (Direito Objetivo)​
Conjunto de regras de conduta obrigatórias, impostas pelo Estado, que garantem a convivência em
sociedade por meio da coerção pública.
Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
Importante: Este material visa apenas auxiliar no aprendizado. O aluno deve complementar o estudo com a leitura integral da apostila oficial e suas próprias anotações.

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●​ Direito-Faculdade (Direito Subjetivo)​
Faculdade de agir, usar, possuir ou exigir algo, protegida pelas normas jurídicas (ex.: direito de propriedade,
de indenização, de legislar).
●​ Direito-Justo (Ideal de Justiça)​
Aquilo que é devido por justiça, o que é correto. Conecta-se ao valor de justiça buscado pela sociedade.
●​ Direito Fato-Social (Fenômeno Histórico-Social)​
Fenômeno histórico e sociocultural, constituindo um setor da vida social que se forma ao longo do tempo e
em contextos específicos.
1.2 DIREITO E ESTADO
●​ Embora o Direito exista onde quer que haja sociedade, é com o Estado Moderno que surge o modelo de
Direito baseado na ideia de lei escrita.
●​ Teoria do Contrato Social (Hobbes, Locke): o Estado emerge quando as pessoas renunciam a parte de sua
liberdade em troca de segurança.
●​ O Estado detém o uso legítimo da força para punir descumprimentos do pacto social.
●​ Confere-se ao Estado o poder de impor sanções (multas, prisão, indenizações), distinguindo o Direito de
outras regras sociais pela coercibilidade.
1.2.1 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO
●​ Estabelece o dever ser:​
As normas jurídicas projetam condutas desejáveis, criando padrões de comportamento e pretendendo
modificar a realidade (ex.: artigos da Constituição que fixam objetivos sociais).
●​ Finalístico:​
O Direito é construído em busca do bem comum e da justiça.
●​ Dinâmico:​
O Direito positivo altera-se ao longo do tempo, refletindo a evolução das necessidades e valores de cada

🔑 sociedade.
TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição no Texto Observações

Direito como Lei Identificação imediata com normas jurídicas escritas. Não esgota o conceito de Direito.

Fato Social O Direito surge do convívio humano, impondo-se por sua própria força cultural Relaciona-se à máxima “Onde há
e histórica. sociedade, há Direito”.

Contrato Social Acordo teórico pelo qual indivíduos renunciam a parte de sua liberdade em Fundamenta a origem do Estado
troca de proteção e segurança providas pelo Estado. Moderno.

Sanção Consequência jurídica imposta pelo Estado a quem infringe uma norma. Elemento distintivo do Direito em
relação a outras regras sociais.

Dever Ser Caráter prescritivo do Direito, que estabelece como a sociedade deve Aparece em normas
organizar-se e agir, ao invés de descrever o que simplesmente é. constitucionais e leis que
projetam finalidades sociais.

🔒BIZU – CAPÍTULO 1: O QUE É O DIREITO?


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Questões sobre a origem etimológica de “Direito” (directum) e sua natureza
histórico-social.
●​ Verifica-se a discussão sobre o Direito não se limitar à lei, sendo também um fato social, histórico e cultural,
além de prever sanções para garantir sua eficácia.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
Importante: Este material visa apenas auxiliar no aprendizado. O aluno deve complementar o estudo com a leitura integral da apostila oficial e suas próprias anotações.

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☑️CAPÍTULO 2: RELAÇÃO ENTRE DIREITO, ÉTICA E MORAL
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ A análise da relação entre Direito, ética e moral envolve a compreensão de juízos de fato (constatação
objetiva) e juízos de valor (interpretação e avaliação).
●​ Moral e ética são conceitos correlatos, mas distintos: a moral refere-se a valores socialmente estabelecidos;
a ética, à reflexão filosófica sobre esses valores.
●​ Tanto o Direito quanto a moral operam como instrumentos de controle social, formulando regras que indicam
condutas desejáveis, baseadas no “dever ser”.
●​ As normas morais podem ser violadas assim como as normas jurídicas, porém apenas o Direito impõe
sanções por meio do poder estatal (coercibilidade).
●​ Várias teorias discutem a relação entre Direito e moral (círculos concêntricos, círculos secantes, teoria pura
de Kelsen, teoria do mínimo ético).

2.1 DIREITO E MORAL

●​ Direito e moral compartilham a função de controle social, estabelecendo padrões de conduta considerados
desejáveis.
●​ Ambos resultam de escolhas diante de alternativas possíveis, revelando o que deve ser (caráter prescritivo),
mas o Direito se difere por ter a coercibilidade do Estado como respaldo.

2.2 CRITÉRIOS DE DIFERENCIAÇÃO

2.2.1 CRITÉRIOS MODERNOS QUANTO A FORMA

De acordo com Paulo Nader, Direito e moral apresentam diferenças quanto à estrutura de suas normas:

●​ Bilateralidade (Direito) x Unilateralidade (Moral)​


O Direito atribui deveres e correlativos direitos subjetivos; a moral impõe deveres sem um sujeito passivo que
possa exigir o cumprimento.
●​ Exterioridade (Direito) x Interioridade (Moral)​
O Direito regula condutas objetivas; a moral envolve a intenção e a consciência do agente.
●​ Heteronomia (Direito) x Autonomia (Moral)​
A norma jurídica é imposta pela coletividade ou pelo Estado; a moral decorre de convicções pessoais e
aceitação espontânea.
●​ Coercibilidade (Direito) x Incoercibilidade (Moral)​
O Direito conta com a possibilidade de coerção estatal; a moral não dispõe de sanção imposta pela força
pública.

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2.2.2 CRITÉRIOS MODERNOS QUANTO AO CONTEÚDO

Também segundo Paulo Nader, o conteúdo das normas distingue Direito e moral:

●​ Ordem (Direito) x Aperfeiçoamento (Moral)​


O Direito fixa a ordem social mínima para convivência; a moral busca o aperfeiçoamento humano.
○​ Teoria dos Círculos Concêntricos​
(Jeremy Bentham) O Direito estaria inteiramente contido na moral. A crítica de Miguel Reale aponta
que existem normas amorais (v.g., regras processuais) e até normas jurídicas contrárias à moral:

○​ Teoria dos Círculos Secantes​


(Pascal) Direito e moral têm pontos comuns e áreas que não se sobrepõem:

○​ Teoria Kelseniana (Teoria Pura do Direito)​


Afasta a moral do conceito de Direito; a validade jurídica depende exclusivamente de critérios formais
(processo legislativo), independentemente de valores morais:

●​ Teoria do Mínimo Ético (Jellineck)​


O Direito deveria abranger o mínimo de preceitos morais essenciais ao bem-estar social. Muitas vezes
apresentada como uma proposta de que o Direito regule apenas o “indispensável” para manter a ordem.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição no Texto Observações
Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
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Juízos de fato Constatações objetivas sobre a realidade (“está frio”) Relacionam-se à natureza, independentes
de valorações.

Juízos de valor Avaliações que interpretam e julgam o que é bom, Decorrem de escolhas culturais e
belo, desejável ou justo (“o frio é bom”) posicionamentos pessoais.

Moral Conjunto de valores sociais que definem bem/mal, Conecta-se ao foro interno (consciência).
justo/injusto, permitido/proibido

Ética Reflexão filosófica sobre os valores morais, Filosofia moral (Chauí).


questionando o seu significado

Teoria do Mínimo Ético Ideia de que o Direito deve conter o mínimo de Associada a Jellineck.
preceitos morais necessários para a vida social
ordenada

🔒BIZU – CAPÍTULO 2: RELAÇÃO ENTRE DIREITO, ÉTICA E MORAL


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Comparação entre Direito e moral como instrumentos de controle social,
diferenciando-se pela exterioridade (Direito) e interioridade (moral).
●​ Destaque para a distinção entre bilateralidade (Direito) e unilateralidade (moral) e para a ética como “filosofia
moral”.

REFERÊNCIA​
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

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☑️CAPÍTULO 3: CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ O Direito pode ser classificado de diferentes formas: Natural x Positivo, Objetivo x Subjetivo, Público x
Privado.
●​ O Direito Natural decorre da própria natureza social do homem e pode ter fundamento na razão ou na
vontade divina; já o Direito Positivo é composto pelas normas (escritas ou costumeiras) estabelecidas pelo
poder político em determinada sociedade.
●​ No Direito Objetivo (normas) há a prescrição de condutas e possíveis sanções; no Direito Subjetivo
(faculdades) há poderes conferidos ao indivíduo pela ordem jurídica.
●​ A distinção entre Direito Público e Direito Privado baseia-se na predominância do interesse (público ou
particular) ou na presença do Estado como sujeito na relação jurídica.
●​ Há múltiplos ramos, distribuídos tradicionalmente entre Direito Público Interno/Externo e Direito Privado, além
dos chamados ramos “mistos” que contêm tanto elementos públicos quanto privados.

3.1 DIREITO NATURAL x DIREITO POSITIVO

●​ Direito Natural:
○​ Baseado em princípios universais (ex.: vida, liberdade), sustentados por fundamentos filosóficos ou
religiosos.
○​ Influencia o legislador, apontando diretrizes éticas que orientam normas escritas.
●​ Direito Positivo:
○​ Formado por leis escritas ou costumes reconhecidos, produzidos conforme o poder político vigente.
○​ Sofre alterações de acordo com o tempo e a cultura, refletindo demandas sociais específicas.

3.2 DIREITO OBJETIVO x DIREITO SUBJETIVO

●​ Direito Objetivo (Norma Agendi):


○​ Regras impostas que regulam condutas, prevendo sanções em caso de descumprimento.
○​ Exemplo: Artigos do Código Civil ou Penal delimitando o que é permitido ou proibido.
●​ Direito Subjetivo (Facultas Agendi):
○​ Poder de exigir ou praticar algo, baseado na norma objetiva incidente.
○​ Surge em situações concretas (ex.: direito de indenizar em caso de dano moral).

3.3 DIREITO PÚBLICO x DIREITO PRIVADO

●​ Direito Público:
○​ Foca no interesse da coletividade; envolve a atuação estatal (relação vertical).
○​ Inclui Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Tributário, Processual, Eleitoral, entre outros.
●​ Direito Privado:
○​ Rege interesses particulares em igualdade de condições.
○​ Exemplo: Direito Civil (relações pessoais e patrimoniais), Direito Empresarial (atividades comerciais).
●​ Ramos Mistos:
○​ Há áreas que contêm tanto elementos públicos como privados (ex.: Direito do Trabalho, Direito do
Consumidor), evidenciando a complexidade da vida social.

3.4 RAMOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
Importante: Este material visa apenas auxiliar no aprendizado. O aluno deve complementar o estudo com a leitura integral da apostila oficial e suas próprias anotações.

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●​ Público Interno: normas que organizam questões internas do Estado e suas relações com indivíduos (ex.:
Direito Penal, Processual, Administrativo).
●​ Público Externo: regula relações entre países e organizações internacionais (ex.: Direito Internacional
Público).
●​ Privado: trata de acordos e interesses entre particulares (ex.: compra e venda, locação, herança, sociedades
empresariais).
●​ Importância: essa divisão facilita o estudo e aplicação das normas, mas não deve ser absolutizada, pois o
Direito forma um sistema único e harmônico.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Direito Natural Conjunto de princípios de caráter universal, eterno e imutável, Não depende de lei escrita; pode ter base na
inerentes à natureza social do homem. razão ou na vontade divina.

Direito Positivo Normas estabelecidas pelo poder político, seja por lei escrita ou Válido em determinado tempo e lugar;
consuetudinária, que regulam a vida social. institucionaliza a mudança social.

Direito Objetivo (Norma Conjunto de normas jurídicas que regulam condutas e preveem É a regra de ação, voltada a reger o
Agendi) sanção em caso de violação. comportamento social abstratamente.

Direito Subjetivo Permissões ou poderes de agir que o ordenamento confere ao Surge quando o direito objetivo incide sobre
(Facultas Agendi) indivíduo, podendo ou não ser exercidos conforme a vontade. uma situação fática específica.

Direito Público x Direito Classificação baseada na natureza do interesse predominante Divide-se em diversos ramos (penal, civil,
Privado ou no envolvimento do Estado na relação jurídica. administrativo, empresarial etc.), e há áreas
“mistas” ou híbridas.

🔒BIZU – CAPÍTULO 3: CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Oposição entre Direito Natural (princípios imutáveis) e Direito Positivo (leis
criadas pelo Estado), além de Direito Objetivo (normas) x Direito Subjetivo (faculdades).
●​ Costuma-se abordar a divisão em Público x Privado e a relevância do envolvimento estatal ou do interesse
coletivo/particular.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
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☑️CAPÍTULO 4: NORMA JURÍDICA
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ A norma jurídica se distingue da norma moral por seu caráter bilateral: de um lado, impõe-se um dever; de
outro, autoriza-se a exigência desse dever.
●​ Todas as normas são imperativas, mas a norma jurídica acrescenta o elemento autorizante, que legitima a
exigência em caso de violação.
●​ A estrutura lógica clássica da norma jurídica (Kelsen) é uma proposição hipotética: “Se F é, deve ser C” (se
ocorre determinado fato, deve ocorrer determinada consequência).
●​ As características básicas da norma jurídica são: bilateralidade, generalidade, abstratividade,
imperatividadee coercibilidade.
●​ Há debate sobre a essencialidade da coação na norma jurídica; uma vertente sustenta que a essência está
na atributividade, não na coerção em si.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Bilateralidade A norma jurídica vincula dois sujeitos, atribuindo direito Diferencia o Direito das normas
subjetivo a um (sujeito ativo) e dever jurídico ao outro exclusivamente morais, que são unilaterais.
(sujeito passivo).

Imperatividade + Autorizante A norma impõe uma conduta (imperatividade) e autoriza Exemplo clássico: o dever de pagar a tarifa
aquele que se sentir lesado a exigir a conduta ou a do transporte e o direito de cobrá-la.
reparação.

Proposição Hipotética Estrutura “Se F é, deve ser C” (Kelsen). Uma hipótese Permite prever fatos (F) e suas
gera determinada consequência normativa. consequências (C) num enunciado jurídico.

Generalidade A norma abrange todos os indivíduos ou situações que Garante a isonomia e evita casuísmo.
se encaixem em sua hipótese de incidência.

Coercibilidade Possibilidade de se valer da força estatal para impor a Debate-se se é essencial ou apenas
obediência ou punir a desobediência. acessória à essência do Direito.

🔒BIZU – CAPÍTULO 4: NORMA JURÍDICA


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: As cinco características principais da norma jurídica (bilateralidade,
generalidade, abstratividade, imperatividade e coercibilidade) aparecem em questões objetivas.
●​ A distinção entre “norma moral” e “norma jurídica” ressalta a coercibilidade como ponto-chave para garantir a
ordem social.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

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☑️CAPÍTULO 5: REGRAS E PRINCÍPIOS
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ Norma é gênero do qual princípios e regras são espécies.
●​ Princípios são “verdades fundantes de um sistema” (Miguel Reale), normativas de valor genérico, que
indicam diretrizes e expressam valores do ordenamento.
●​ Regras são normas de aplicação direta, que especificam hipóteses concretas e operam na lógica do “tudo ou
nada” (ou se aplicam ou não).
●​ Em caso de colisão entre princípios, faz-se a ponderação para verificar qual deve prevalecer na situação
concreta; princípios não se excluem mutuamente.
●​ Já em conflito entre regras, uma regra necessariamente se afasta quando a outra é aplicada.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Norma Gênero do qual princípios e regras são espécies. Impõe um “dever ser”; podem ser
princípios (mais gerais) ou regras (mais
específicas).

Princípios Enunciações normativas de valor genérico, que traduzem os valores Servem de diretrizes gerais e podem
fundamentais do ordenamento. colidir, sem se excluir mutuamente;
resolvem-se por ponderação.

Regras Normas prescritivas que incidem em hipóteses concretas, definindo Operam na lógica do “tudo ou nada”; se
consequências específicas. há conflito entre duas regras, apenas
uma delas pode ser aplicada.

Colisão (entre princípios) Quando dois ou mais princípios entram em choque, sem que se Exemplo: colisão entre proteção da vida
anulem mutuamente, devendo ser feita uma ponderação para do nascituro e autonomia da mulher em
definir prevalência. casos de aborto legal.

Valores Conceitos abstratos que servem de base para a formação dos São expressos pelos princípios,
princípios, como justiça, dignidade, liberdade, etc. revelando a dimensão axiológica do
ordenamento jurídico.

🔒BIZU – CAPÍTULO 5: REGRAS E PRINCÍPIOS


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Diferença entre colisão de princípios (ponderação) e conflito de regras
(lógica do tudo ou nada).
●​ Questões costumam citar “princípios” como “verdades fundantes” (Miguel Reale) e a ideia de que os
princípios são mais gerais e podem incidir simultaneamente.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
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☑️CAPÍTULO 6: VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ O estudo da norma jurídica envolve compreender vigência, efetividade e eficácia, bem como a noção de
legitimidade.
●​ Vigência corresponde à validade formal da norma no tempo, indicando o período em que a regra pode ser
aplicada e exigida.
●​ Efetividade diz respeito ao cumprimento real da norma por seus destinatários e pelos aplicadores do Direito,
podendo ocorrer variação de grau (desuso ou esquecimento).
●​ Eficácia relaciona-se à capacidade de a norma alcançar efetivamente os resultados sociais pretendidos.
Requer efetividade, mas também o sucesso prático das medidas propostas.
●​ A perda de vigência (revogação) não anula os efeitos jurídicos produzidos durante o período em que a norma
estava em vigor (direitos adquiridos).
6.1 VIGÊNCIA
●​ É a validade formal da norma, cumprindo os requisitos legais para produzir efeitos.
●​ Exige o devido processo de elaboração, conforme previsto no ordenamento (ex.: tramitação legislativa
regular).
●​ A vacatio legis é o período entre a publicação e o início de vigência, destinado ao conhecimento público da
norma.
6.2 EFETIVIDADE
●​ É o cumprimento de fato da norma, tanto pelos destinatários quanto pelas autoridades competentes.
●​ A norma pode perder a efetividade se cair em desuso (desuetude), ficando sem aplicação ou sendo ignorada
na prática.
6.3 EFICÁCIA
●​ Refere-se aos resultados sociais que a norma pretende atingir, isto é, se ela cumpre o objetivo para o qual
foi criada.
●​ Pressupõe efetividade; se a lei não é cumprida ou não gera resultados, ela não é considerada eficaz.
●​ Em regra, a norma que deixa de vigorar não interfere nos efeitos jurídicos produzidos enquanto estava
vigente (direitos adquiridos).

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Vigência Validade formal da norma no tempo, após a publicação e A norma não pode ser aplicada antes de entrar em vigor.
possível vacatio legis.

Efetividade Grau de cumprimento real da norma pelos destinatários e Pode variar: desuso ou aplicação plena.
aplicadores do Direito.

Eficácia Capacidade de a norma produzir os efeitos sociais Pressupõe efetividade, mas também eficiência prática dos
pretendidos. resultados.

Desuetude Desuso de determinada lei, que deixa de ser Fato gerador de inefetividade da norma.
efetivamente aplicada, ainda que não revogada.

🔒BIZU – CAPÍTULO 6: VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: “Vigência” é a validade formal da norma no tempo, enquanto “efetividade” é
o cumprimento real e “eficácia” é a produção de efeitos almejados.
●​ Também se explora a perda de efetividade por desuso e a questão de direitos adquiridos quando uma lei é
revogada.

REFERÊNCIA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.
Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
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☑️CAPÍTULO 7: COAÇÃO E COERÇÃO
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ Coagir significa obrigar alguém, contra a vontade, por violência ou ameaça (coação em sentido amplo).
●​ Coerção implica repressão ou “poder legal das autoridades do Estado” para fazer valer a lei; relaciona-se ao
uso legítimo da força na imposição das normas jurídicas.
●​ O monopólio do uso da força cabe ao Estado, que pode, caso necessário, impor sanções ou constranger o
infrator ao cumprimento de deveres.
●​ O particular não pode fazer “justiça com as próprias mãos” (exercício arbitrário das próprias razões – art. 345
do CP), devendo recorrer ao Judiciário em caso de lesão a direito.
●​ A possibilidade de infração é da natureza do Direito; quando a infração coloca em risco valores fundamentais,
o Poder Público reage com sanções, inclusive penais.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Coação Violência física ou psíquica contra alguém, usada para Pode anular atos jurídicos se contrária ao
obrigar ou impedir determinada conduta. Direito.

Coerção Ato ou efeito de reprimir; poder legal do Estado de fazer Compreende o elemento psicológico
valer o Direito, inclusive por força ou sanção. (intimidação) e o material (força real).

Monopólio do uso da força Apenas o Estado pode empregar a força de maneira Fundamentado em valores republicanos e na
legítima para fazer cumprir a lei ou punir sua violação. proibição de exercício arbitrário das próprias
razões.

Exercício arbitrário das Crime previsto no art. 345 do CP, em que o indivíduo busca Inadmissível no ordenamento brasileiro, pois
próprias razões satisfazer pretensão legítima por meios violentos, sem fere o princípio de que só o Estado pode
recorrer ao Judiciário. impor sanções legalmente.

Sanções penais Resposta do Poder Público a infrações consideradas Miguel Reale ressalta que a possibilidade de
graves, que atentam contra valores essenciais à ordem infração é inerente ao Direito, exigindo reação
social. do Estado.

🔒BIZU – CAPÍTULO 7: COAÇÃO E COERÇÃO


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: A distinção entre coação (violência) e coerção (poder estatal) e o monopólio
do uso da força pelo Estado.
●​ O particular não pode “fazer justiça pelas próprias mãos”; essa conduta é vedada e pode caracterizar
exercício arbitrário das próprias razões.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
Importante: Este material visa apenas auxiliar no aprendizado. O aluno deve complementar o estudo com a leitura integral da apostila oficial e suas próprias anotações.

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☑️
🚨CAPÍTULO 8: FONTES DO DIREITO​
PONTOS PRINCIPAIS

●​ Conceito e Etimologia: O termo “fonte” está ligado à ideia de “nascente” ou “origem”. Em sentido jurídico,
remete ao lugar de onde o Direito provém ou de onde pode ser extraído ou fundamentado.
●​ Classificação Tradicional: A doutrina majoritária distingue fontes materiais (aspectos relacionados à
gênese, conteúdo e causas reais do Direito) e fontes formais (mecanismos de expressão, pelas quais as
normas jurídicas se manifestam).
●​ Controvérsias Doutrinárias: Há autores que subdividem as fontes em três tipos (históricas, materiais e
formais) ou utilizam outras abordagens, como a “teoria egológica” de Carlos Cossio, que relativiza a distinção
entre material e formal.
●​ Fontes Materiais ou Reais: Envolvem os fatores sociais, culturais, políticos, históricos, religiosos,
econômicos e morais que condicionam a criação das normas jurídicas, refletindo as necessidades e valores
de determinada sociedade.
●​ Fontes Formais: São os instrumentos que dão forma ou expressão ao Direito. Podem ser escritas (leis,
decretos, jurisprudência, doutrina etc.) ou não escritas (costumes, princípios gerais do direito). Em algumas
classificações, separam-se em fontes estatais (como legislação) e não estatais (costumes, vontade
particular).

8.1 CONCEITO DE FONTE: ETIMOLOGIA

●​ Em sentido comum, “fonte” remete à “nascente de rio, manancial, origem”. No Direito, “fontes” são as origens
ou fundamentos de onde decorre o ordenamento jurídico.
●​ Desde a perspectiva técnica, estudar fontes do Direito implica compreender como e de onde as normas
surgem e onde o operador do Direito pode encontrá-las.

8.2 FONTES DO DIREITO: OBSERVAÇÕES GERAIS

●​ Para Bobbio, fontes do Direito são “fatos” e “atos” dos quais o ordenamento faz depender a produção das
normas.
●​ A “teoria tradicional das fontes” distingue, em geral, fontes materiais e fontes formais. Eduardo Bittar aponta
que essa distinção se reproduz na maior parte da doutrina, embora não seja unânime.
●​ Outros autores, como Maria Helena Diniz, citam a “teoria egológica” de Carlos Cossio, segundo a qual não há
separação absoluta entre aspectos materiais e formais, pois todo ato que cria uma norma carrega valorações
(fatores sociais, culturais).

8.3 FONTES MATERIAIS DO DIREITO

●​ Elementos que conduzem à criação do Direito: Incluem necessidades e valores de uma sociedade,
fenômenos históricos, econômicos, políticos, religiosos e morais que orientam o legislador.
●​ Caráter sociológico: São objetos de interesse não só do Direito, mas também de disciplinas como
Sociologia, Ciência Política e História, pois esclarecem por que certas normas nascem em um dado contexto.
●​ Contribuição à legislação: O legislador se serve dos fatos sociais e da vontade popular para dar conteúdo
às leis; a própria CF/88 assegura que “todo poder emana do povo”.
●​ Exemplos: Processos revolucionários, fatores religiosos (como noções de pecado ou conduta moral),
circunstâncias econômicas de uma nação, situação demográfica, movimentos sociais, etc.

8.4 FONTES FORMAIS DO DIREITO

●​ São as formas de manifestação do Direito, isto é, o modo como as normas jurídicas ganham visibilidade e
podem ser aplicadas.
●​ Classificações possíveis:
○​ Estatais (escritas): leis, regulamentos, decretos, medidas provisórias.
○​ Não estatais (não escritas): costumes, princípios gerais, vontade privada (contratos).
Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
Importante: Este material visa apenas auxiliar no aprendizado. O aluno deve complementar o estudo com a leitura integral da apostila oficial e suas próprias anotações.

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○​ Intermediárias: jurisprudência e doutrina, cuja autoridade advém de decisões judiciais ou da produção
científica de estudiosos.

Fontes Formais Escritas

1.​ Leis (em sentido amplo ou material)


○​ Abrange todos os atos normativos escritos elaborados segundo procedimentos constitucionais.
○​ São normas gerais e abstratas, criadas para regulamentar comportamentos na sociedade.
○​ Dividem-se em:
■​ Leis em sentido estrito ou formal: dependem de aprovação no Poder Legislativo, como leis
ordinárias, complementares e delegadas.
■​ Demais espécies normativas: abrange Constituição, emendas constitucionais, decretos,
regulamentos, tratados internacionais, medidas provisórias, resoluções, portarias etc.
2.​ Constituição (Lei Suprema)
○​ É a fonte primeira e superior de todo o ordenamento.
○​ Organiza o Estado, estabelece direitos e garantias fundamentais, determina competências, fixa
princípios básicos da política estatal.
○​ Toda norma infraconstitucional deve se submeter aos princípios constitucionais.
3.​ Emenda à Constituição
○​ Normas que alteram a Constituição, seguindo rito especial (art. 60 da CF/88), com quórum qualificado
e restrições temáticas (cláusulas pétreas).
4.​ Decreto e Regulamento
○​ Atos administrativos emanados pelo Chefe do Executivo para dar fiel execução às leis. Amparados
pela CF/88 (art. 84, IV).
5.​ Tratados Internacionais
○​ Acordos firmados entre Estados soberanos, criando obrigações e direitos. Integram o ordenamento
quando incorporados conforme procedimento específico (apreciação pelo Congresso e ratificação
pelo Executivo).
6.​ Medida Provisória
○​ Ato normativo do Presidente da República, com força de lei, adotado em situações de relevância e
urgência.
○​ Depende de aprovação do Congresso para conversão em lei. Se não aprovada em prazo
constitucional, perde eficácia.
7.​ Jurisprudência
○​ Conjunto de decisões uniformes e reiteradas dos tribunais, aplicando normas a casos análogos.
○​ Pode adquirir força vinculante (como nas súmulas vinculantes do STF), sendo observada
obrigatoriamente pelos demais órgãos jurisdicionais.
8.​ Doutrina
○​ Produção intelectual de estudiosos, pensadores, juristas e professores, resultando em livros, artigos,
pareceres e tratados jurídicos.
○​ Embora não seja lei, influencia fortemente a interpretação e aplicação do Direito, iluminando soluções
para lacunas e controvérsias.

Fontes Formais Não Escritas

1.​ Costumes
○​ Forma mais antiga de produção normativa; surgem do uso reiterado de práticas sociais consideradas
obrigatórias pela coletividade.
○​ O costume jurídico exige, além da habitualidade, a convicção de obrigatoriedade (opinio juris).
○​ No Brasil, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (art. 4º) autoriza o juiz a recorrer aos
costumes na ausência de lei.
2.​ Princípios Gerais do Direito
○​ Normas de valor genérico, que fundamentam todo o sistema jurídico.
○​ Servem como critério de interpretação, suprindo omissões e garantindo coerência do ordenamento.
○​ Podem colidir entre si sem se invalidar; resolve-se por ponderação de princípios.
Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
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3.​ Vontade de Particulares
○​ Manifestada em contratos, acordos e convenções, goza de proteção jurídica dentro dos limites
estabelecidos pela lei.
○​ Conhecida como “normação privada” ou “poder negocial”, gera obrigações e direitos exigíveis
judicialmente.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Fontes Materiais Fatores e circunstâncias sociais, econômicas, culturais e Envolvem a análise sociológica do Direito,
históricas que motivam a criação de normas jurídicas. pois indicam por que uma lei surge em dado
momento histórico.

Fontes Formais Meios pelos quais o Direito se expressa e se torna Podem ser estatais (leis escritas) ou não
acessível (leis, decretos, jurisprudência, doutrina, estatais (costumes), sempre regidas por
costumes etc.). procedimentos de validação.

Lei (em sentido amplo) Abrange normas escritas gerais e abstratas, promulgadas Fundamento das ordens jurídicas modernas;
segundo processo legislativo (leis ordinárias, deve respeitar a hierarquia constitucional.
complementares, etc.).

Constituição Lei fundamental e suprema de um Estado; organiza o Fonte primária de validade; nenhuma norma
poder e assegura direitos individuais, coletivos e pode contrariá-la sob pena de
políticos. inconstitucionalidade.

Costumes (direito Uso reiterado e aceito pela coletividade como É fonte mais antiga do Direito; ainda
consuetudinário) juridicamente vinculante (opinio juris et necessitatis). relevante na ausência de lei escrita.

Princípios Gerais do Direito Enunciações normativas de alto grau de abstração, Operam como fundamento e critério de
representando os valores fundamentais do sistema e integração em casos de lacuna legislativa.
orientando sua interpretação.

Vontade de Particulares Exercício da autonomia privada em contratos e atos Exige que tais atos não contrariem a lei ou
negociais, gerando obrigações e direitos exigíveis princípios fundamentais.
judicialmente.

🔒BIZU – CAPÍTULO 8: FONTES DO DIREITO


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Diferença entre fontes materiais (fatores reais de criação do Direito) e fontes
formais (formas de expressão do Direito).
●​ Exemplo recorrente: classificar leis, decretos, jurisprudência, doutrina e costumes como fontes formais
escritas ou não escritas.

REFERÊNCIA

ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
2024.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
deste resumo com a apostila oficial.
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☑️CAPÍTULO 9: RELAÇÃO JURÍDICA E SUJEITOS DE DIREITO
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ Relação Jurídica: é uma espécie de relação social, mas revestida de caráter jurídico, em que dois ou mais
sujeitos estão vinculados por direitos e obrigações.
●​ Sujeitos de Direito: quem pode figurar nas relações jurídicas, ou seja, pessoas naturais (físicas) e pessoas
jurídicas, todas contempladas pelo ordenamento (ex.: Código Civil Brasileiro).
●​ Origem e Fonte das Obrigações: o vínculo jurídico pode surgir tanto por força de lei (como deveres
impostos pela legislação) quanto por acordo de vontades (como contratos).
●​ Pessoa Natural: começa sua personalidade com o nascimento com vida e termina com a morte. A lei,
contudo, tutela direitos do nascituro, ainda que não haja personalidade civil plena.
●​ Pessoa Jurídica: construção jurídica para organizar grupos de pessoas ou patrimônio com fins específicos,
reconhecendo-lhes direitos e deveres. Podem ser de direito público ou privado.

9.1 RELAÇÕES JURÍDICAS

●​ Conceito:​
Uma relação jurídica ocorre quando duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) se vinculam na forma prevista
pelo ordenamento, gerando direitos e obrigações recíprocos.
●​ Relação Social x Relação Jurídica:​
Nem toda relação social é jurídica. Para ser jurídica, o vínculo deve estar amparado por normas de direito,
atribuindo previsão normativa para a conduta dos sujeitos.
●​ Fonte do Vínculo:
1.​ Lei (ex.: imposto devido ao Estado, dever de indenizar previsto no Código Civil).
2.​ Pacto/Acordo de Vontades (ex.: contrato de compra e venda, locação, parceria).
●​ Objeto da Relação:​
Aquilo em torno do qual se estabelecem as obrigações e direitos (por exemplo, uma coisa a ser comprada,
um serviço a ser prestado, ou um direito fundamental a ser respeitado).

9.2 SUJEITOS DE DIREITO

9.2.1 ASPECTOS GERAIS

●​ Definição:​
Sujeito de direito (ou titular) é aquele que figura numa relação jurídica como detentor de direitos e/ou
obrigações.
●​ Pluralidade de Sujeitos:​
Em uma relação jurídica, podem existir vários sujeitos, mas sempre haverá pelo menos um sujeito ativo
(quem exerce o direito ou o poder de exigir) e um sujeito passivo (quem cumpre o dever).
●​ Portador de Direitos e Deveres:​
Todos os seres humanos (pessoas naturais) e as pessoas jurídicas são reconhecidos pelo ordenamento
como capazes de ser titulares de situações jurídicas ativas (direitos) e passivas (obrigações).

9.2.2 PESSOAS NATURAIS

●​ Definição e Regulamentação:
○​ São os seres humanos, com capacidade de direito desde o nascimento com vida até a morte.
○​ Regulamentadas principalmente pelo Código Civil (art. 1º ao art. 6º).
●​ Início e Término da Personalidade:
○​ Personalidade civil inicia com o nascimento com vida (art. 2º, CC).
○​ Há proteção ao nascituro (desde a concepção, garantem-se certos direitos, ex.: herança).
○​ A existência termina com a morte. Em casos de ausência, aplica-se a presunção de morte, nos
termos legais.
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●​ Capacidade:
○​ Toda pessoa humana tem capacidade de direito (ou de gozo).
○​ Algumas pessoas podem ter capacidade de fato restringida (menores de idade, por exemplo), sendo
assistidas ou representadas.
9.2.3 PESSOAS JURÍDICAS
●​ Conceito e Finalidade:
○​ Criação jurídica para agrupamentos de pessoas (ou de bens) que buscam fins específicos, como
associações, sociedades empresariais, fundações, entes públicos, etc.
○​ Têm personalidade jurídica própria, distinta dos indivíduos que as compõem.
●​ Classificação:
○​ Direito Público: União, Estados, Municípios, autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
sociedades de economia mista, organizações internacionais, entre outros.
○​ Direito Privado: sociedades empresárias (limitadas, anônimas), associações, fundações privadas
etc.
●​ Início de Existência Legal:
○​ Em geral, a pessoa jurídica de direito privado surge com o registro do seu ato constitutivo no órgão
competente, conforme art. 45 do Código Civil.
●​ Representação:
○​ É sempre exercida por pessoas naturais (ex.: diretores, gestores, representantes legais), que
respondem em nome da pessoa jurídica.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Relação Jurídica Vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito, fundado em Exige um suporte fático (fato gerador) e
norma jurídica, gerando obrigações e direitos para as partes norma aplicável (prevendo direitos e
envolvidas. deveres).

Sujeito de Direito Pessoa (física ou jurídica) que participa de uma relação jurídica, Também chamado de “titular da relação
podendo exigir direitos ou cumprir deveres. jurídica”.

Pessoa Natural Todo ser humano dotado de personalidade (capacidade de Também conhecida como pessoa física;
gozo), adquirida ao nascer com vida e extinta com a morte. tutelada pelo Código Civil.

Pessoa Jurídica Entidade reconhecida pelo Direito como sujeito autônomo de Pode ser de direito público (União, Estado,
direitos e obrigações, formada pela reunião de pessoas ou de Município, autarquia) ou privado (sociedade,
bens, visando um fim específico. fundação, associação, etc.).

Personalidade Civil Aptidão geral para ser sujeito de direitos e deveres na esfera Compreende tanto a capacidade de direito
civil, iniciada com o nascimento com vida e encerrada com a (ou de gozo) quanto a capacidade de fato (ou
morte. de exercício), sujeita a restrições legais.

🔒BIZU – CAPÍTULO 9: RELAÇÃO JURÍDICA E SUJEITOS DE DIREITO


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: Uma relação jurídica vincula pelo menos dois sujeitos, gerando direitos e
deveres. Pode ser criada por lei ou por vontade das partes (contratos).
●​ Pessoas jurídicas também são sujeitos de direito, assim como as pessoas naturais, ambas podendo figurar
em relações jurídicas.


REFERÊNCIA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar do Espírito Santo.
Apostila de Introdução ao Estudo do Direito: Polícia Militar do Espírito Santo/Espírito Santo. 3. ed. Vitória: PMES,
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☑️CAPÍTULO 10: ESTADO, DIREITO E CONSTITUIÇÃO
🚨PONTOS PRINCIPAIS
●​ A Constituição Federal de 1988 é a lei fundamental que organiza a sociedade e o Estado brasileiro,
devendo ser respeitada por todas as demais normas.
●​ O Estado Democrático de Direito pressupõe a legitimidade das ações estatais, que se fundamentam em
valores constitucionais (dignidade da pessoa humana, cidadania etc.).
●​ O sistema de Direito tem a função de conferir força e vinculação às normas constitucionais, garantindo a
regulação da vida em sociedade conforme os preceitos da Carta Magna.
●​ A Teoria do Ordenamento Jurídico vê o Direito como um conjunto ordenado de normas, escalonadas
hierarquicamente, de modo a assegurar a unidade, coerência e completude do sistema.

10.1 ORDENAMENTO JURÍDICO: UNIDADE, COERÊNCIA E COMPLETUDE

Unidade

●​ O Direito deve ser encarado como um todo unitário, composto por normas em diferentes níveis.
●​ A hierarquização normativa orienta que as normas inferiores se fundamentem nas normas superiores, até o
ápice, que é a Constituição Federal.
●​ Toda norma deve compatibilizar seu conteúdo e forma com a norma superior. Se houver incompatibilidade,
há invalidade (inconstitucionalidade ou ilegalidade).

Coerência

●​ Não pode haver contradições internas dentro do mesmo ordenamento. Caso duas normas aparentem
conflito, o próprio sistema oferece mecanismos de solução (por exemplo, revogação, anulação,
interpretação sistemática).
●​ A coerência remete à ideia de sistema jurídico: as normas dialogam entre si de forma harmônica, em todos
os ramos do Direito, seja civil, penal, administrativo, constitucional, etc.

Completude

●​ Pressupõe que o ordenamento jurídico seja capaz de fornecer resposta a todos os problemas que lhe são
apresentados, evitando “vazios normativos”.
●​ Não se exige que haja uma lei para cada hipótese imaginável, mas que o sistema contenha métodos de
integração(analogia, costumes, princípios gerais do Direito) para suprir lacunas.
●​ Assim, há a pretensão de não haver casos sem solução jurídica, pois o sistema deve assegurar meios para
decidir mesmo nas hipóteses não previstas expressamente na lei.

🔑TABELA DE EXPRESSÕES-CHAVE
Expressão-Chave Definição Observações

Estado Democrático de Direito Modelo de organização social e política que submete o poder A CF/88 estabelece seus fundamentos (art. 1º),
estatal às normas jurídicas, com base na legitimidade assegurando soberania popular e primazia dos
democrática e na proteção de direitos fundamentais. direitos humanos.

Supremacia Constitucional A Constituição está no topo da hierarquia normativa, servindo de Violações constitucionais resultam em
parâmetro para a validade de todas as demais leis e atos. inconstitucionalidade e invalidade da norma ou ato
inferior.

Teoria do Ordenamento Jurídico Conceito de Direito como conjunto estruturado (sistemático), com Desenvolvida, entre outros, por Norberto Bobbio.
normas escalonadas hierarquicamente, visando unidade,
coerência e completude.

Nota: Este material foi produzido considerando exclusivamente o conteúdo da apostila oficial. Leia atentamente as orientações da primeira página. Este conteúdo não é organizacional e tem o único objetivo de apoiar os estudos dos alunos. É obrigação do discente cotejar o conteúdo
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Hierarquia Normativa Relação entre normas superiores e inferiores, em que as No Brasil, a CF/88 está no topo; abaixo vêm leis
primeiras fundamentam e limitam a elaboração e aplicação das complementares, leis ordinárias, decretos, etc.
segundas.

Coerência e Completude A coerência evita contradições internas no sistema; a completude Se houver conflito aparente, o sistema oferece
garante solução para toda controvérsia. técnicas de resolução; em caso de lacuna, usam-se
métodos de integração.

🔒BIZU – CAPÍTULO 10: ESTADO, DIREITO E CONSTITUIÇÃO


●​ ⚠️ Atenção: Já caiu em prova: O ordenamento jurídico deve observar unidade, coerência e completude,
garantindo que as normas sejam compatíveis com a Constituição.
●​ A supremacia constitucional enfatiza que toda norma inferior deve se adequar à Constituição, sob pena de
invalidade.

REFERÊNCIA

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