0% acharam este documento útil (0 voto)
46 visualizações20 páginas

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (1 Pe 2.13 - 5.14)

A Primeira Epístola de Pedro encoraja os cristãos a permanecerem firmes na fé diante do sofrimento, enfatizando a importância da submissão a autoridades e a prática do bem. Pedro destaca que o sofrimento é parte da chamada divina dos crentes e que devem seguir o exemplo de Cristo em suas atitudes. Além disso, ele orienta sobre a submissão no contexto conjugal, ressaltando a importância do amor e respeito mútuo entre marido e esposa.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
46 visualizações20 páginas

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (1 Pe 2.13 - 5.14)

A Primeira Epístola de Pedro encoraja os cristãos a permanecerem firmes na fé diante do sofrimento, enfatizando a importância da submissão a autoridades e a prática do bem. Pedro destaca que o sofrimento é parte da chamada divina dos crentes e que devem seguir o exemplo de Cristo em suas atitudes. Além disso, ele orienta sobre a submissão no contexto conjugal, ressaltando a importância do amor e respeito mútuo entre marido e esposa.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 20

Lição 5

A PRIMEIRA EPÍSTOLA
DE PEDRO
Continuação (1Pe 2.13–5.14)

Na primeira parte de sua epístola, o alvo de Pedro é encorajar


a fé dos cristãos sofredores. Ele alcança o seu objetivo lembrando
aos crentes o preço de sua salvação e o privilégio de sua chamada (1
Pe 2.9). No restante da carta, Pedro aplica duas grandes verdades
à vida cotidiana:
1. Traz à memória dos crentes o fato de Cristo ter-lhes conquis-
tado a salvação, submetendo-Se a Seus atormentadores. Não
importava o grau de angústia e aflição; Ele não procurou
vingar-Se. Da mesma maneira, inclui perseguições de todos
os tipos: leis injustas, mestres e senhores severos, maridos
tiranos, e os antigos amigos do mundo.
2. A segunda verdade que Pedro aplica à vida do santo é
concernente à sua chamada. Como membro da “raça eleita”,
o crente foi separado do mundo e tornou-se “forasteiro”
aqui na terra. Por isso, não deve ficar surpreso quando for
ultrajado e escarnecido. De fato, o sofrimento faz parte da
sua chamada divina.
O Diabo reconhece que os filhos de Deus têm uma vocação
especial, razão pela qual devem, então, permanecer sóbrios e preparados
para os ataques do inimigo. Igualmente, não devem temer as ofensivas
satânicas, pois Cristo pode mantê-los firmes e fortes.

78
Esboço da Lição

1. A Submissão
2. A Submissão (Cont.)
3. A Submissão (Cont.)
4. O Sofrimento
5. O Sofrimento (Cont.)
6. Exortações Gerais

Objetivos da Lição

Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de:


1. Citar as ordenanças referentes à submissão do crente a Deus;
2. Expor o método bíblico para a esposa crente ganhar o
marido incrédulo para Cristo;
3. Explicar o efeito que o relacionamento conjugal, bom ou
mau, tem sobre a oração dos cônjuges;
4. Sintetizar o exemplo dos sofrimentos de Cristo;
5. Explicar por que devemos nos alegrar nos sofrimentos por
Cristo;
6. Conceituar o que seja um bom pastor.

79
TEXTO 1 | A SUBMISSÃO (1 Pe 2.13–3.12)
Reiterando, as instruções bíblicas para a batalha espiritual do crente
apresentadas nesta epístola são:
1. Ocupar a mente com a alegria da salvação (1 Pe 1.13);
2. Não voltar à velha vida pecaminosa (1 Pe 1.14);
3. Ser santo em todo o modo de viver (1 Pe 1.15);
4. Amar as pessoas, de coração (1 Pe 1.22);
5. Abandonar más atitudes para com os irmãos na fé (1 Pe 2.1);
6. Renunciar aos desejos viciosos (1 Pe 2.11);
7. Ser uma boa testemunha de Cristo diante dos gentios (1 Pe 2.12).
Enquanto não obedecermos plenamente a estas instruções prelimi-
nares, não estaremos em condição de seguir os demais ensinos que Pedro
nos dá em sua epístola. O soldado que não terminou o adestramento
militar não tem condições de ir para a frente de batalha. Agora, nosso
Capitão dá novas ordens sobre a batalha espiritual, quais sejam:
a) “Sujeitai-vos a toda instituição humana” – 1 Pe 2.13;
b) “... sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor” (patrão)
– 1 Pe 2.18;
c) “Mulheres, sede submissas a vossos maridos” – 1 Pe 3.1;
d) “Maridos, vós igualmente, vivei a vida comum do lar, com
discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher
... tratai-a com dignidade...” – 1 Pe 3.7;
e) “... sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente
amigos, misericordiosos, humildes” – 1 Pe 3.8;
f) “... igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais
velhos” – 1 Pe 5.5.

Submissão às autoridades (1 Pe 2.13-17)

Por causa do seu orgulho, o ser humano não gosta da palavra


submissão. Geralmente, cada um de nós quer ser a autoridade a ser
obedecida, e não o sujeito à autoridade (v. 13).

80 Epístolas Gerais
Entretanto, somos chamados, por amor a Deus, a submetermo-nos a
toda instituição humana. Nesta categoria estão as autoridades seculares,
como o presidente da República, os governadores, os prefeitos, a polícia
rodoviária, as instituições legais e governamentais etc. Se violarmos as
leis, seremos punidos, mas, se agirmos condignamente, seremos louvados.
Pedro lembra-nos que é da vontade de Deus que, pela prática do bem,
façamos com que os indoutos e descrentes não zombem do Evangelho,
nem falem mal de nós.
Devemos tratar com respeito todas as pessoas. Quem não respeita
a autoridade, não respeita a Deus. As atitudes perante os semelhantes
refletem nossa atitude perante Deus.
Geralmente, o crente acha que ama a Deus com todo respeito e
reverência, mas, se não respeita as autoridades humanas, está dando
a entender que realmente não se submete completamente à suprema
autoridade, o próprio Deus, que ordena sejam elas respeitadas.
O apóstolo Paulo diz-nos na Epístola aos Romanos 13.1,2: “Todo
homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade
que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele insti-
tuídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação
de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.”.
Pedro encerra seus comentários acerca da submissão às autoridades,
dizendo: “Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai
o rei.” (1 Pe 2.17).
Para nos sujeitarmos às autoridades, precisamos despojar-nos
do orgulho que diz “tenho razão, sou superior aos demais. Em caso
de dúvida, a minha opinião é que está certa e eu não me submeto a
ninguém”. Submissão implica em humildade, isto é, o sepultamento da
vontade própria.
É preciso aniquilarmos a vaidade através da ação do Espírito Santo.
Foi a vaidade que causou a queda de Satanás, ao recusar submeter-se
à suprema autoridade de Deus, pois que era seu desejo assentar-se no
trono do Todo-Poderoso. Aquele que não está disposto a submeter-se
aos outros é arrogante.

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 81


EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.

___5.01 Os ensinamentos que temos de Pedro, no capítulo 1, versí-


culos 13, 14, 15 e 22 e no capítulo 2, versículos 11 e 12,
devem ser considerados quanto à nossa maneira de viver.
___5.02 É de grande importância o nosso testemunho de vida em
Cristo perante os não salvos, conforme ressalta Pedro no
capítulo 2.12.
___5.03 É de fundamental importância ao crente submeter-se às
autoridades governamentais constituídas, conforme apren-
demos com o apóstolo Pedro.
___5.04 O fato de nos sujeitarmos às autoridades dá-nos o direito de
nos sentirmos superiores às demais pessoas, pois alcançamos
posição de destaque.

TEXTO 2 | A SUBMISSÃO (Cont.) (1 Pe 2.13–3.12)

Submissão aos senhores (1 Pe 2.18-25)

Pedro dirige-se agora aos servos e escravos, incluindo-se aqui todo


colaborador contratado, não importa o regime trabalhista. Devemos
obedecer aos nossos superiores, sejam eles bondosos e simpáticos, ou
severos. Às vezes, somos castigados por nossos erros, mas Pedro diz que
quem sofre injustamente por fazer o bem tem a aprovação de Deus.
Pedro chega mesmo a dizer que somos chamados a sofrer por praticarmos
o bem e a suportar pacientemente a aflição.
Temos como nosso modelo e exemplo o Senhor Jesus Cristo, pois:
1. Ele não pecou.
2. Ele foi ultrajado.
3. Ele foi maltratado.
4. Ele entregou-se ao Justo Juiz.
5. Ele não ameaçou.
6. Ele não revidou.

82 Epístolas Gerais
Devemos ter certeza de não estarmos trazendo castigo sobre nós
mesmos por causa dos próprios erros. Jesus não cometeu pecado e,
portanto, não houve motivo para atos de castigo ou vingança contra
Ele. Mesmo assim, foi aviltado e até crucificado.
Se formos insultados, não reajamos. Se nos causarem sofrimentos,
não respondamos com ameaças. Devemos, sim, entregar a nossa causa
nas mãos de Deus, que julga com absoluta justiça. Às vezes, só Deus
conhece de fato a nossa posição, enquanto todos os outros nos julgam
erroneamente. Lembremo-nos de que todo julgamento feito aqui na terra
é simplesmente provisório.

Submissão ao marido (1 Pe 3.1,2)

Pedro dirige a seção em estudo às mulheres crentes, falando-lhes do


dever da obediência ao marido. Quanto ao marido incrédulo, ele diz que
a esposa crente terá mais possibilidade de ganhá-lo para Cristo se lhe for
fielmente submissa e revelar uma vida de pureza, reverência e mansidão.
Algumas mulheres, ao converterem-se a Jesus, pensam que devem
tratar com indiferença o marido incrédulo, ou que, agora, devem ficar
todo o tempo condenando-o ao inferno. Até se retraem quanto ao amor
e carinho para com o esposo, achando que, agora, são mais “santas”.
Esposas com esse tipo de procedimento estão desobedecendo aos princí-
pios bíblicos! O marido incrédulo, tratado desta forma pela mulher que
se diz “crente”, endurecerá cada vez mais o coração contra ela e, mais
grave ainda, contra o Evangelho de Cristo. Para ele, o Evangelho não
passará de uma religião que tornou sua esposa insensível e sem afeto.
O método bíblico de se ganhar o marido para Cristo é mostrar-se
uma fiel discípula do Mestre, cheia de amor para com o próximo. O ser
humano mais “próximo” da esposa é o marido. Salomão diz que “... o
amor é forte como a morte...” (Ct 8.6). Ora, a morte vence todo ser que
nasce neste mundo. Podemos, assim, concluir que o amor é igualmente
forte e capaz de desarmar e vencer o indivíduo inflexível.

A mulher formosa, segundo a Bíblia (1 Pe 3.2-6)

O autor mostra, aqui, que a real beleza feminina não é a do exterior


– formas, roupas elegantes, joias e penteados – mas, a de um espírito
manso e tranquilo.

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 83


Na época em que Pedro escreveu esta carta, era comum as mulheres
passarem muitas horas diante do espelho, cuidando da beleza, pois quase
não tinham outra coisa a fazer. Ainda hoje, muitas mulheres preocu-
pam-se excessivamente com o aspecto exterior, esquecendo-se da verda-
deira vida e beleza que resplandecem de dentro para fora.
A beleza externa muda e passa com a idade. A beleza interior,
porém, nunca desaparece. É esta beleza que exige bem mais cuidado e
esmero. A mulher santa, crente em Jesus Cristo, deve estudar a Palavra
de Deus e praticar os seus ensinamentos. Desta forma, ela se tornará
cada vez mais formosa com o decorrer do tempo!
Porém, não pensemos que a mulher desleixada seja santa só porque não
se preocupa com o seu aspecto exterior; a mulher crente deve cuidar bem
de si, evitando os excessos, para mais ou para menos. A mulher crente não
deve cair em nenhum dos dois extremos: o desleixo e o adorno extravagante.
Pedro, aqui, toma Sara como exemplo para as esposas crentes, por
causa da sua submissão voluntária a Abraão (1 Pe 3.6). Leiamos em
Provérbios 31.10-31 a descrição de uma mulher realmente formosa, tanto
no seu aspecto físico como no interior.
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a
mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.”
(Pv 31.30)

EXERCÍCIOS
Assinale com “x” a alternativa correta.
5.05 No capítulo 2, versículos 18-25, de sua 1ª epístola, Pedro chama
a atenção dos crentes quanto à necessidade de nossa submissão
___a) aos patrões. ___b) às esposas.
___c) à Igreja. ___d) às autoridades constituídas.

5.06 Um exemplo que, sem dúvida, encoraja-nos ante injustiças


sofridas é Jesus, pois Ele
___a) não pecou e foi ultrajado.
___b) foi maltratado e entregou-Se ao Justo Juiz.
___c) jamais revidou ou ameaçou.
___d) Todas as alternativas estão corretas.

84 Epístolas Gerais
5.07 No capítulo 3 de 1 Pedro, encontramos o conselho às mulheres
para que sejam
___a) submissas aos maridos, mesmo aos não crentes.
___b) submissas aos maridos, somente se forem crentes.
___c) bastante ocupadas na igreja, relegando o marido a um
segundo plano.
___d) cuidadosas apenas em relação a seus filhos.

5.08 Quanto aos cuidados e à beleza da mulher, aprendemos com o


apóstolo Pedro que
___a) é mais importante cuidar da parte exterior.
___b) zelar da parte exterior é pecado.
___c) importa mais zelar pela beleza interior, que permanece
com o passar dos anos.
___d) ela não é tão importante.

TEXTO 3 | A SUBMISSÃO
(Cont.) (1 Pe 2.13–3.12) O VERDADEIRO SENTIDO
DA PALAVRA SUBMISSÃO
Exortação aos maridos (1 Pe 3.7) O prezado aluno percebeu que a Lição
5 ocupou três ricos textos para tratar da
Pedro demonstra também, em sua carta, submissão, demonstrando, com isso, a
que o marido tem uma grande responsabilidade importância do tema. No capítulo 2 da
conjugal. As frases “com discernimento” e “tendo primeira carta de Pedro, o escritor sa-
consideração para com a vossa mulher como parte grado contextualiza as suas instruções,
mais frágil” sugerem muito cuidado da parte do chamando a atenção dos irmãos sobre o
marido para discernir como viver com a esposa, viver honestamente “entre os gentios” (v.
12). O verbo sujeitar-se (v. 13) é a tradução
tendo consideração para com ela como a parte
do grego hypotasso, que significa subor-
mais frágil do relacionamento, seja fisicamente ou dinar-se e que implica ser sensível e obe-
noutros aspectos. diente. Algumas coisas são significativas
na lista de Pedro. Em primeiro lugar, nela
O marido deve sempre tratar a esposa com
não se encontra a reciprocidade cons-
a devida dignidade, seja na igreja, em lugares tante das instruções similares nas cartas
públicos, em casa de outros, em sua própria casa, de Paulo. Tanto em Colossenses 2.18-4.1,
junto à família ou em particular. O marido que como em Efésios 5.21-6.9, o mandamento
assim procede reconhece que a sua esposa é co-her- da submissão do hierarquicamente in-
deira com ele da salvação eterna. Se ele assim não

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 85


fizer, terá suas orações interrompidas. Notemos que
ferior é equilibrado por um mandamen- o versículo é dirigido exclusivamente aos maridos.
to ao hierarquicamente superior, desta
forma: “Mulheres, estai sujeitas” versus
“Maridos, amai”; “Filhos, obedecei” ver-
A vida harmoniosa (1 Pe 3.8-12)
sus “Pais, não irriteis”; “Servos, obede-
Nesta carta temos as instruções acerca do nosso
cei” versus “Senhores, tratai com justiça”.
Na carta de Pedro, entretanto, a lista de
comportamento com relação ao governo (submissão
responsabilidades é dirigida apenas aos às autoridades); com relação aos empregadores e
hierarquicamente inferiores. Além disso, superiores no trabalho (submissão aos senhores);
ele supõe que os superiores poderão ser e com o cônjuge no lar (submissão da esposa ao
maus ou injustos, mas que, mesmo assim, marido, recebendo, então, da parte dele, em recipro-
os subordinados se lhes deveriam sujeitar cidade, o máximo de respeito e consideração).
(v. 18). A segunda diferença explica a pri-
meira. Paulo está falando sobre relaciona- Agora, o apóstolo Pedro passa a falar do nosso
mento entre cristãos, isto é, entre os que relacionamento com os demais – nossos irmãos na
têm em comum a fé em Cristo. A questão,
fé e membros conosco do corpo de Cristo. “... sede
naturalmente, é que apesar de os gentios
não terem nenhum dever recíproco para todos de igual ânimo...” (1 Pe 3.8). Poderíamos
com os cristãos, os cristãos ainda assim perguntar: “Como vamos conseguir uma vida em
têm um dever para com os gentios que conjunto tão harmoniosa? Será isto possível?”. As
são os seus superiores hierarquicamente. respostas a estas perguntas encontram-se nos versí-
Em terceiro lugar, Pedro diz que eles culos 8 e 9 do capítulo 3:
devem sujeitar-se “por amor do Senhor”
(v. 13). A expressão dia ton kyrion (grego) a) sermos compadecidos;
significa, literalmente, por causa do Se-
nhor. O exemplo do cristão, de sujeitar-
b) amarmo-nos fraternalmente uns aos
-se aos seus superiores, é a prova de sua outros;
identidade celestial. É um ato de amor a
Deus e a prova de que nos sujeitamos a
c) sermos misericordiosos e humildes;
Ele na medida em que somos capazes de
d) não pagarmos mal por mal, ou injúria
nos sujeitar aos que estão numa posição
hierárquica superior à nossa. (RICHARDS,
por injúria, mas sermos bendizentes, pois
Lawrence O. Comentário Histórico-Cul- para isto é que fomos chamados.
tural do Novo Testamento. Rio de Janei-
ro: CPAD, 2007).
Após falar bastante do relacionamento
humano, Pedro diz que, se realmente amamos a
vida e queremos ver dias felizes, temos a receita
bíblica para tal felicidade. Ela consiste nestas recomendações, encon-
tradas nos versículos 10 a 12 do capítulo 3:
1. “... refreie a língua do mal, e evite que os seus lábios falem
dolosamente”;
2. “aparte-se do mal, pratique o que é bom...”;

86 Epístolas Gerais
3. “... busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”.
Quem assim fizer verá, por experiência própria, que:
a) “... os olhos do Senhor repousam sobre os justos...”;
b) “... os Seus ouvidos estão abertos às suas súplicas...”;
c) “... o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam
males...”.

EXERCÍCIOS
Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”.

Coluna “A”
___5.09 Conforme 1 Pedro 3, o marido deve à esposa respeito e
cuidado, pois ela é co-herdeira com ele deste aspecto da vida
cristã.
___5.10 Para mantermos vida harmoniosa com os nossos irmãos
importa, entre outras coisas, assim sermos e agirmos.
___5.11 Se realmente queremos ver dias felizes, importa a refrearmos
do mal, praticando o que é bom e buscando a paz.
___5.12 O crente atento às exortações de Pedro verá que os olhos do
Senhor estão sobre os justos, os Seus ouvidos atentos às suas
súplicas, e, quanto aos que praticam males, têm-no contra eles.

Coluna “B”
A. Misericordiosos e humildes.
B. O rosto do Senhor.
C. A língua.
D. Salvação eterna.

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 87


TEXTO 4 | O SOFRIMENTO (1 Pe 3.13–4.19)
A DICOTOMIA ENTRE A FÉ E A AFLIÇÃO
A batalha não foi fácil até aqui, mas, com
Parece um contrassenso, mas o cristão
verdadeiro, que vive em novidade de vida
a ajuda do Espírito Santo, conseguimos vencer.
(2 Co 5.17), desfrutando da alegria da sal- Amarmo-nos uns aos outros de coração é um
vação, não está isento das aflições. Não desafio ainda maior; temos muitas coisas a aprender
sejamos ingênuos em pensar que esta- nesta área. O Capitão que nos conduz à batalha
ríamos imunes aos sofrimentos, uma vez da submissão indica-nos, agora, outro campo de
que ainda vivemos num mundo corrom-
pido por causa do pecado. Jesus advertiu:
batalha – de todos, o mais árduo. Será que estamos
“no mundo tereis aflições” (Jo 16.33). prontos, vigilantes e dispostos para a luta?
Mesmo tendo fé em Deus e confiando
nas promessas de Sua proteção, os cristãos
Sofrimento por causa da justiça (1 Pe 3.13-16)
fazem de tudo para evitar, ou minimizar, as
Pedro não está falando de uma batalha física,
lutas desta vida. Às vezes, o cristão padece
porque não vigia e acaba semeando o que mas dos acontecimentos mínimos da nossa vida
não deve (Gl 6.7). Mas o que geralmente cotidiana no lar, no trabalho, na escola. É o sofri-
nos deixa intrigados é o fato de que, mes- mento de padecermos injustamente por havermos
mo fazendo o bem, sofremos. E o apósto- praticado o bem.
lo Pedro desafia-nos ao afirmar que Deus
tem prazer em que sejamos afligidos pra- Sofrimento – uma palavra triste. Indica dor,
ticando o bem. Vejamos como Pedro trata angústia física ou mental (ambas igualmente penosas).
o tema: “Porque, que glória será essa, se,
Ninguém, ao acordar pela manhã, pensa alegre-
pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas
se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, mente: “Bem, espero sofrer bastante hoje!”. Em geral,
isso é agradável a Deus” (1 Pe 2.20). tentamos, a todo custo, evitar o sofrimento. Desde
Sem dúvida Jesus é o nosso maior exemplo
Adão até o momento presente, ninguém escapou
de submissão e fidelidade a Deus. Mesmo totalmente ao padecimento de algum tipo de dor.
tendo sofrido as maiores atrocidades, não
revidou, nem murmurou. Assim, Pedro acres-
O apóstolo pergunta: “... quem é que vos há de
centa que somos bem-aventurados por ser- maltratar, se fordes zelosos do que é bom?” (3.13).
mos participantes das aflições de Cristo (1 Pe Em termos gerais, todo mundo admira o indivíduo
4.13). Considero muito oportuno lembrar a vi- bondoso e compassivo; mas, de vez em quando,
sibilidade que Paulo dá à esperança da glória este sofre por causa da sua justiça. Neste caso, diz
que aguarda os salvos que souberam enfren-
tar as tribulações. Ele diz: “Porque para mim
Pedro, ele pode considerar-se um “bem-aventurado”.
tenho por certo que as aflições deste tempo Vejamos as instruções bíblicas neste sentido, em 1
presente não são para comparar com a glória Pedro 3.15:
que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). É
por esta razão que os salvos por Cristo pas- 1. “... santificai a Cristo, como Senhor,
sam pelas provas crendo não somente que em vosso coração”;
Deus está no controle de tudo, mas também
que, um dia, saberá recompensar aqueles que 2. “... sempre preparados para responder
forem fiéis até o fim (Ap 22.12). a todo aquele que vos pedir a razão da
esperança que há em vós”.

88 Epístolas Gerais
Haverá inevitavelmente, da parte de muitos, certa curiosidade com
relação ao indivíduo cuja vida segue o padrão bíblico: submissão a Deus,
às autoridades, aos superiores, aos familiares e irmãos na fé, e que sofre
sem querer vingar-se. Aí está uma excelente oportunidade para uma
palavra de testemunho, proferida com mansidão e sabedoria, acerca da
sua esperança em Jesus.

Cristo, nosso Exemplo (1 Pe 3.17-22)

Não é fácil sofrer por haver praticado o bem; não é fácil manter
silêncio, deixar de se queixar, ou não procurar vingar-se daquele que causou
o sofrimento. Quem é que exige de nós um comportamento tão rigoroso?
Nosso Capitão, Jesus Cristo, que, em 33 anos de vida terrena, só praticou
o bem e muito sofreu. Ele é o nosso Exemplo, o nosso Modelo.
“... também, Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo
pelos injustos ... morto, sim, na carne, mas, vivificado no espírito, no
qual, também, foi e pregou aos espíritos em prisão.” (1 Pe 3.18,19). Este
trecho parece paradoxal, mas significa que, enquanto o corpo de Jesus
Cristo jazia morto no sepulcro após a crucificação, o Seu espírito, livre
da carne, desceu à região dos mortos para proclamar-lhes a Sua vitória e
autoridade sobre todas as coisas do passado, presente e futuro.
A palavra “pregar”, aqui usada, não significa “evangelizar”, mas,
simplesmente informar ou anunciar. Jesus não desceu à região dos mortos
para evangelizar os pecadores que lá jaziam, mas para anunciar a consu-
mação da Sua perfeita vitória sobre todas as coisas, inclusive a morte.

O batismo (1 Pe 3.21)

O versículo 21 ensina-nos que o batismo em águas não remove a


imundícia da carne ou o pecado. Pedro mesmo explica que o batismo
é uma demonstração, apelando a uma boa consciência para com Deus,
referente ao nosso passado pecaminoso.

EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.

___5.13 No capítulo 3 de sua 1ª epístola, Pedro fala do sofrimento de


se padecer injustamente por causa da prática do bem.

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 89


___5.14 É o apóstolo Pedro quem pergunta: “... quem é que vos há de
maltratar, se mostrardes a vossa força?”.
___5.15 Se o indivíduo bondoso e compassivo sofre por causa de sua
justiça, ele encontrará alento nestas palavras de Pedro (3.15):
“... santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração...”.
___5.16 Conforme 1 Pedro 3.21, o batismo não garante ao cristão a
sua purificação.

TEXTO 5 | O SOFRIMENTO (Cont.) (1 Pe 3.13–4.19)

Dar conta a Deus (1 Pe 4.1-6)

Este trecho fala do sofrimento que está reservado a todos nós, os crentes.
Devemos estar preparados mentalmente para sofrer escárnio e ultrajes de
ordem física, provenientes dos nossos antigos companheiros de pecado (4.3).
Assim como Cristo sofreu em Seu corpo, nós também devemos estar prontos
a enfrentar perseguições sem perdermos a fé (4.1). Devemos lembrar que
todos os perseguidores terão de “... prestar contas...” a Deus (4.5).
O último versículo deste trecho ensina que não se prega o Evangelho
aos mortos. O sentido pleno torna-se claro pelo estudo minucioso do
versículo e de seu contexto. Leiamo-lo atentamente e, então, comparemos
com a explicação que se segue.
“pois, para este fim, foi o evangelho pregado,
também, a mortos, para que, mesmo julgados
na carne segundo os homens, vivam no espírito
segundo Deus.” (1 Pe 4.6)

Não quer isto se referir a um trabalho missionário no inferno.


Depois da morte virá o julgamento e não haverá outra oportunidade
para salvação (Hb 9.27).
Podemos observar que a pregação foi feita no passado (“... foi o
evangelho pregado...”); ele não está sendo pregado, nem tampouco será
pregado. As pessoas que agora estão mortas ouviram o Evangelho antes
de sua morte. Podemos entender que elas receberam as boas novas e
creram, para que “...vivam no espírito segundo Deus”.

90 Epístolas Gerais
Verificando cuidadosamente o contexto, vemos que este versículo
serve de conclusão aos versos de 1 a 5. Pedro afirmara que eles seriam
perseguidos, e acrescenta que não importa o que os homens façam ao
crente, “na carne”, pois o Evangelho possibilita que ele viva “no espírito”.

Vigilância e autodomínio (1 Pe 4.7-11)

“... o fim de todas as coisas está próximo...”, diz Pedro no versí-


culo 7. É interessante verificarmos que os apóstolos começaram a pregar
sobre a Segunda Vinda de Cristo logo após Sua ascensão aos céus. A
vinda de Jesus tem sido pregada desde então. Alguns críticos afirmam
que isto significa que os apóstolos não tinham sabedoria espiritual ou
discernimento, pois mais de dois mil anos já se passaram e Jesus ainda
não retornou.
De acordo com os ensinamentos e parábolas de Jesus referentes à
sua Segunda Vinda, é evidente que os crentes estavam sempre vigilantes
e na expectativa do aparecimento do Filho de Deus. Jesus ensinou sobre
isto, dizendo: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o
vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora
viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por
isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais,
o Filho do homem virá.” (Mt 24.42-44.)

Alegria em meio ao sofrimento (1 Pe 4.12-19)

Como e por que podemos nos alegrar no sofrimento? Pedro ensina


que não devemos nos surpreender com as terríveis provações que nos
sobrevêm, como se fossem algo estranho. Elas fazem parte da vida cristã.
Havemos de nos alegrar, pois somos coparticipantes do sofrimento de
Cristo e, por essa razão, participaremos também de Sua glória.
Nos versículos 17 e 18, lemos que o julgamento começa pela casa
de Deus e, se o julgamento é tão rigoroso a ponto de por ela começar,
qual será o fim daqueles que são desobedientes ao Evangelho?
O crente passa por períodos de sofrimentos e provações, o que, em
decorrência, contribui para a sua purificação. Ele desfruta de algo que o
incrédulo não consegue: entregar-se aos cuidados de Deus em confiança
plena. Por sua vez, Pedro lembra o sofrimento e a perseguição reservados
ao incrédulo. A severidade do juízo divino para com os incrédulos é

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 91


indescritível. O apóstolo prenuncia: “E, se é com dificuldade que o
justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?” (1 Pe
4.18). As instruções que encontramos neste texto para a batalha espiri-
tual do crente são:
1. Não estranhe as provações difíceis que surgem (1 Pe 4.12).
2. Alegre-se no fato de serdes coparticipantes do sofrimento de
Cristo (1 Pe 4.13).
3. Não sofra como criminoso, mas como o que faz o bem (1
Pe 4.15).
4. Não se envergonhe do sofrimento pelo nome de Cristo (1
Pe 4.16).
5. No sofrimento, entregue-se aos cuidados de seu fiel Criador
(1 Pe 4.17,18).
6. Faça sempre o bem (1 Pe 4.19).

EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.

___5.17 Em 1 Pedro 4.1-6 lemos sobre o sofrimento reservado aos


crentes em Cristo Jesus, razão por que estes deverão estar
preparados para ultraje e escárnio de toda sorte.
___5.18 Logo após a ascensão de Jesus Cristo aos céus, os
apóstolos passaram a pregar a Sua Segunda Vinda, e
assim ainda se sucede, pois que ninguém sabe quando
esse fato ocorrerá.
___5.19 As provações pelas quais nós, crentes, passamos não devem
nos desanimar, pois fazem parte da vida cristã; havemos de
nos alegrar, porquanto somos coparticipantes do sofrimento
de Cristo e participaremos também de Sua glória.
___5.20 O sofrimento e a perseguição pelos quais os incrédulos
passarão serão muito mais dolorosos do que aquele pelo
qual o crente passa, pois, “... onde vai comparecer o ímpio,
sim, o pecador?”.

92 Epístolas Gerais
TEXTO 6 | EXORTAÇÕES GERAIS
(1 Pe 5.1–14) APELO AOS APASCENTADORES

Pedro finaliza a sua primeira epístola


Pastores do rebanho de Deus (1 Pe 5.1-5) universal com algumas instruções aos
anciãos da igreja. A propósito, os deve-
Nas palavras finais da sua primeira epístola, res listados pelo escritor sagrado estão
Pedro fala sobre os presbíteros, os pastores e suas em consonância com as recomendações
atitudes ao cuidarem do rebanho de Deus. Muitos paulinas a Timóteo e a Tito quanto à or-
abusam da autoridade, mesmo quando dada por denação ministerial. Cremos na divina
inspiração do Texto Sagrado (2 Tm 3.16), e
Deus. Existem aqueles que chegam até a pensar ser
por esta razão entendemos perfeitamen-
alguém muito especial e mais importante do que o te que a carta de Pedro tem valor atual,
rebanho a que está servindo. ou seja, aplica-se à igreja dos nossos dias.
Assim, a liderança da igreja precisa ficar
Vejamos o que é extraído do capítulo 5, versí- muito atenta aos critérios divinos exigi-
culos 2 e 3, descrevendo as atitudes erradas de dos para o corpo de obreiros, e também
alguns pastores, e mostrando as atitudes corretas. às instruções bíblicas de como devem se
O pastor deve servir ao rebanho de Deus: portar os trabalhadores da Seara do Mes-
tre. Afinal, haverá um dia em que o Sumo
1. N ã o p o r n e c e s s i d a d e . . . m a s , Pastor pedirá contas de tudo o que fize-
espontaneamente. mos neste mundo (1 Pe 4.5).

Vivemos um tempo em que as ovelhas


2. Não por ganância... mas, de boa vontade.
do rebanho do Senhor estão cada vez
3. Não como um ditador... mas, servindo de mais atentas aos movimentos e barulhos
em seu redil. Não se pode ignorar que hoje
modelo ao rebanho.
existem líderes destoando dos padrões bí-
Aqueles que são líderes precisam tomar cuidado blicos no exercício do seu ministério. Mas
nada disso deveria ser motivo de surpresa,
com estas três atitudes destrutivas e erradas, ao servir
pois o apóstolo Paulo já havia desenhado
o rebanho de Deus. Vejamos a maravilhosa promessa a Timóteo o cenário dos últimos tempos (2
que aguarda os que servem corretamente: Tm 3.1-5). À igreja de Cristo compete orar
para que o Senhor conceda homens se-
“Ora, logo que o Supremo Pastor se
gundo o Seu coração para apascentarem
manifestar, recebereis imarcescível o rebanho do Senhor (1 Pe 5.2), seguindo
coroa da glória.” (1 Pe 5.4) o modelo do Sumo Pastor: “Eu sou o bom
Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas
A recomendação aos jovens é que sejam ovelhas” (Jo 10.11). Como João conhecia
submissos aos mais velhos, cingindo-se de humil- bem o seu Mestre, também mencionou:
dade uns para com os outros, porque Deus resiste “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a
aos soberbos, mas, aos humildes, concede a Sua sua vida por nós, e nós devemos dar a vida
graça. Se todos nos cingirmos de humildade, elimi- pelos irmãos” (1 Jo 3.16).
naremos a inveja e a vanglória, as quais causam Talvez não seja exagero afirmar que,
divisão no corpo de Cristo, tanto entre os jovens e atualmente, a igreja carece de verdadeiros
os idosos, como entre os demais (5.5).

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 93


Conselhos (1 Pe 5.6-11)
líderes chamados por Deus para pastorear
as ovelhas de Cristo. Ele mesmo asseverou Ao estudarmos 1 Pedro, verificamos que
que a Seara é grande, e que os trabalha- estamos em batalha espiritual desde o momento em
dores são poucos (Lc 10.2). Alguém pode que passamos a seguir a Cristo. O campo de batalha
dizer: “Mas existem milhares de pastores, é o nosso próprio coração. Precisamos aprender a nos
obreiros e missionários! Será que ainda há
submetermos a Deus e aos outros, e a alegrar-nos no
falta de obreiros?” Nesse universo, muitos
não têm chamada divina, e exercem o mi-
sofrimento pela causa de Cristo. Temos, finalmente,
nistério por “torpe ganância”, cuidando as últimas instruções do apóstolo, mostrando como
dos próprios interesses, e deixando de ser- vencer na batalha (5.6-9):
vir de exemplo ao rebanho (1 Pe 5.3). Que
Deus, na sua infinita misericórdia, levante 1. “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa
nesta geração homens tementes a Ele, co- mão de Deus, para que ele, em tempo
nhecedores profundos da Palavra e que a oportuno, vos exalte,
pratiquem, servindo de referência para a
igreja de Cristo. 2. ... lançando sobre ele toda a vossa ansie-
dade, porque ele tem cuidado de vós.
3. Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em
derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.
4. ... resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos
estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo”.
Observemos o valor de cada uma destas instruções. Primeiramente,
precisamos reconhecer a fonte da nossa força, que é Deus. Devemos
humilhar-nos diante Dele. Em segundo lugar, precisamos livrar-nos de
toda a preocupação e ansiedade. Somente então, poderemos cumprir o
item 3: “Sede sóbrios e vigilantes...”. Se nossas mentes se preocupam é
porque não estamos alertas; podemos, por isso, até perder o controle. Em
quarto lugar, temos de resistir ao Diabo, permanecendo firmes. Nisto
temos a promessa de que ele fugirá de nós, se assim o fizermos.

EXERCÍCIOS
Assinale com “x” a alternativa correta.
5.21 Feliz o pastor que servindo ao rebanho de Deus o faz
___a) espontaneamente.
___b) de boa vontade.
___c) servindo de modelo de humildade.
___d) Todas as alternativas estão corretas.

94 Epístolas Gerais
5.22 Ao pastor zeloso dos seus deveres frente ao rebanho que lhe foi
confiado, o Supremo Pastor promete a incorruptível
___a) espada da salvação.
___b) coroa da glória.
___c) credencial de pastor.
___d) Todas as alternativas estão corretas.

5.23 Estamos em batalha espiritual desde o momento que passamos


a seguir a Cristo e o campo de batalha é
___a) o nosso próprio coração.
___b) o nosso próximo.
___c) aquele onde semeamos a Palavra.
___d) Todas as alternativas estão corretas.

5.24 Ao cristão autêntico compete humilhar-se sob a poderosa mão


de Deus; então, no devido tempo, será exaltado. Ele deve ainda
___a) lançar sobre Deus toda a sua ansiedade.
___b) manter-se sóbrio e vigilante contra o Diabo.
___c) resistir ao Diabo e permanecer firme na fé.
___d) Todas as alternativas estão corretas.

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 95


REVISÃO DA LIÇÃO
Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”.

Coluna “A”
___5.25 Todo homem deve a elas sujeitar-se, pois procedem de Deus.
___5.26 Nosso mais perfeito exemplo de submissão.
___5.27 Refrear a língua, apartar-se do mal, fazer o que é bom, buscar
a paz e segui-la são recomendações que encontramos em seu
capítulo 3.
___5.28 A pessoa bondosa e compassiva, que certas vezes sofre
por causa de sua justiça, conforme Pedro, pode assim se
considerar.
___5.29 Jesus virá à terra outra vez e devemos estar vigilantes, pois
ninguém sabe quando ocorrerá a vinda do Filho do Homem.
___5.30 A maravilhosa promessa aos pastores zelosos pelo rebanho
que lhes foi confiado é que, quando o Senhor Se manifestar,
receberão esta bênção.
Coluna “B”
A. Primeira Epístola de Pedro.
B. Coroa da glória.
C. Ensinamentos de Jesus.
D. Autoridades.
E. Bem-aventurado.
F. Jesus Cristo.

96 Epístolas Gerais
Anotações

___________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

Lição 5 - A Primeira Epístola de Pedro (Continuação) 97

Você também pode gostar