0% acharam este documento útil (0 voto)
15 visualizações1 página

Estrato de Senhores - Rayanne Valentim Provietti Nogueira

O documento analisa a designação dos Comandantes da Guarda Nacional do Espírito Santo entre 1852 e 1880, destacando a influência da elite local na escolha desses líderes. Nomes como José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim e Manuel Ribeiro Coutinho Mascarenhas são mencionados como figuras proeminentes, com suas atuações políticas refletindo as disputas entre Liberais e Conservadores. A análise revela que o poder estava concentrado em uma elite selecionada, que utilizava suas conexões familiares e políticas para manter sua influência.

Enviado por

Rayanne Nogueira
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
15 visualizações1 página

Estrato de Senhores - Rayanne Valentim Provietti Nogueira

O documento analisa a designação dos Comandantes da Guarda Nacional do Espírito Santo entre 1852 e 1880, destacando a influência da elite local na escolha desses líderes. Nomes como José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim e Manuel Ribeiro Coutinho Mascarenhas são mencionados como figuras proeminentes, com suas atuações políticas refletindo as disputas entre Liberais e Conservadores. A análise revela que o poder estava concentrado em uma elite selecionada, que utilizava suas conexões familiares e políticas para manter sua influência.

Enviado por

Rayanne Nogueira
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 1

O texto em análise faz um estudo de análise sobre os Comandantes da Guarda Nacional do Espírito

Santo e como eram designados para esses postos, no período de 1852 a 1880, como por exemplo em
escrutínio secreto, com maioria absoluta de votos e presidido pelo juiz de paz. Devido a insuficiência
de dados mais completos, a análise foi baseada em apenas alguns nomes mais renomados da época.
Foram destacados onde comandantes superiores, divididos entre Centro, Norte e Sul e mostra quem
eram os nomes que detinham um maior controle sobre as coisas.
Depois de 1850 essa escolha passou a ser feita pelos presidentes das províncias e como eles tinham esse
poder de escolha, esses nomes ficavam sempre concentrados em pessoas selecionadas da elite, como
menciona Uricoechea (1978), quando afirma que um estrato de senhores locais comandava a milícia,
arcando com as despesas que o Estado não podia assumir.
O primeiro nome mencionado, foi o de José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, que teve
grande representação política na história do Espírito Santo, considerado como uma das mais expressivas
lideranças da Guarda Nacional. Afirma-se que ele foi um dos coronéis mais respeitados do estado e por
ser muito influente e atuante na política, também ganhou muitos inimigos o que o levou a sofrer com a
oposição de um grupo formado na província.
Compunha o Partido Capichaba e teve muitas críticas propagadas no periódico A Liga, inclusive
periódico este muito importante à época, retratado também no estudo do resumo anterior. O coronel
falecido em 1884, ainda deixou seu legado em família, podendo-se mencionar a atuação de seu filho,
conhecido como Barão de Monjardim, que seguiu os passos do pai e também teve grande presença,
participação e influência na política do Espírito Santo.
Outro nome de grande relevância, foi Manuel Ribeiro Coutinho Mascarenhas, que também esteve no
comando da Guarda Nacional. Se tornou chefe do Partido Conservador, em 1872, depois do partido se
encontrar dividido, onde optaram pela troca de seu líder. Em posição de poder, foi acusado de se utilizar
de sua posição para pressionar e demitir funcionários públicos, bem como interferir nas eleições.
A passagem do Coronel Mascarenhas revelou muitas características negativas sobre a atuação da Guarda
Nacional. Ele foi suspenso para responder o Conselho de Disciplina em determinado momento, afastado
inclusive por Francisco Monjardim, de partido oposição ao de Mascarenhas, o que nos leva a pensar
sobre o real motivo desse afastamento, devido ao cenário político da província ser de grande disputa
entre Liberais e Conservadores.
Apesar de não muito documentado na história, é visível observar que outro nome importante, o de
Coronel Paiva, teve grandes participações e influências na política, principalmente pelos cargos que
ocupou e porque também esteve à frente da Guarda Nacional em determinado período. Dentre outros
nomes relevantes mencionados na história, podemos ainda citar, no Norte, o de Antonio Rodrigues da
Cunha, o Barão de Aimorés, que fazia parte da “nobreza do café”; Olindo Gomes dos Santos Paiva, o
Barão de Timbuí; e José Bernardo de Souza, o Barão de Guandu. Todos eles nomes de grande influência
no Espírito Santo e de grande relevância na política, estiveram também presentes na Guarda Nacional.
Ao Sul, também retratamos de importantes figuras, como João Nepomuceno Gomes Bittencourt, um
rico fazendeiro, cujo informações sobre sua vida são escassas, mas que esteve presente em muitos
momentos importantes da política capixaba. Diante disso, nada mais natural que ele também fosse um
dos nomes que esteve à frente da Guarda Nacional.
Diante disso, é notável que a Guarda Nacional teve a participação de nomes extremamente relevantes,
componentes de uma elite selecionada do Espírito Santo. O poder estava sempre concentrado nas mãos
de uma elite selecionada, com grande participação política e status econômico, além de também usarem
esses benefícios em seu favor com as relações de parentesco e uniões matrimoniais estratégicas que
beneficiavam famílias e mantinham o poder concentrado nas mãos de poucos, na elite.

Rayanne Valentim Provietti Nogueira

Você também pode gostar