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Phillips

O documento explora a relação inversa entre desemprego e inflação, conhecida como Curva de Phillips, destacando sua fundamentação teórica e implicações de curto e longo prazo. A análise inclui a influência das expectativas de inflação e a política econômica adotada nos EUA na década de 1960, além de dados sobre inflação e desemprego no Brasil entre 2009 e 2015. A obra conclui que, no longo prazo, a taxa de desemprego não se correlaciona com a taxa de inflação, conforme argumentado por Friedman e Phelps.

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O documento explora a relação inversa entre desemprego e inflação, conhecida como Curva de Phillips, destacando sua fundamentação teórica e implicações de curto e longo prazo. A análise inclui a influência das expectativas de inflação e a política econômica adotada nos EUA na década de 1960, além de dados sobre inflação e desemprego no Brasil entre 2009 e 2015. A obra conclui que, no longo prazo, a taxa de desemprego não se correlaciona com a taxa de inflação, conforme argumentado por Friedman e Phelps.

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Relação de curto prazo entre desemprego e

inflação

Roberto Guena de Oliveira

USP
A descoberta da relação desemprego-inflação

Em 1958, Alban Wiliam Housego Phillips publicou um artigo


que mostrava que mostrava uma relação inversa entre as taxas
de desemprego e inflação no Reino Unido.
Em 1960, Paul Samuelson e Robert Solow publicam artigo
mostrando a mesma relação para os Estados Unidos.
Para Samuelson e Solow, os governantes se defrontam com
um trade-off entre o combate à inflação e o combate ao
desemprego, o que pode sugerir que uma taxa de inflação
mais elevada deve ser aceita para que a taxa de desemprego
seja mais baixa.

1
Curva de Phillips

A assim chamada curva de Phillips é a representação gráfica


da relação entre taxa de desemprego (geralmente
representada no eixo horizontal) e a taxa de inflação
(geralmente representada do eixo vertical).

2
Uma curva de Phillips hipotética

Tx. inflação

6% B

2% A
Curva de Phillips
Tx. desemprego
4% 7%

3
Fundamentação teórica da curva de Phillips

No curto prazo, quando há uma expansão da demanda


agregada a economia atinge um novo equilíbrio com nível de
preços mais elevado (portanto, inflação em relação ao período
anterior mais elevada) e produto mais elevado, pois a curva de
oferta agregada de curto prazo é positivamente inclinada.
O produto mais elevado é associado a um nível de emprego
mais baixo.

4
A curva de Phillips de longo prazo

Porém, se a curva de oferta de longo prazo é vertical, no longo


prazo, a demanda agregada apenas afeta o nível geral de
preços e seus deslocamentos apenas afetam a taxa de inflação.
O produto não é alterado em virtude desses deslocamentos.
Assim, no longo prazo, a curva de Phillips, assim como a curva
de oferta agregada, é vertical.

5
Expectativas e a curva de Phillips de curto prazo

A inflação esperada é a taxa à qual as pessoas acreditam que o


nível de preços vai mudar.
Dada a inflação esperada, a única maneira de fazer com que o
desemprego fique aquém da taxa natura de desemprego é
fazer com que a taxa de inflação fique acima da taxa esperada.
Essa relação pode ser expressa como se segue

Taxa de Taxa natural de Inflação Inflação


 
= +a −
desemprego desemprego efetiva esperada

6
Curvas de Phillips de curto e longo prazos

Tx. inflação

Longo prazo

Taxa de
inflação
esperada

Curto prazo
Tx. desemprego

7
Efeito de um aumento na taxa de inflação esperada

Tx. inflação

Longo prazo

4%

A
Tx. desemprego
5,5%

8
Efeito de um aumento na taxa de inflação esperada

Tx. inflação

Longo prazo

6%

4%
B

A
Tx. desemprego
5,5%

8
Efeito de um aumento não esperado, mas continuado na taxa de
inflação (curto prazo)

Tx. inflação

Longo prazo

4%

A
Tx. desemprego
5,5%
9
Efeito de um aumento não esperado, mas continuado na taxa de
inflação (curto prazo)

Tx. inflação

Longo prazo

6%

4%

A
Tx. desemprego
4% 5,5%
9
Efeito de um aumento não esperado, mas continuado na taxa de
inflação (longo prazo)

Tx. inflação

Longo prazo

6%

4%
B

A
Tx. desemprego
5,5%
9
A curva de Phillips e a política econômica

Na década de 1960, o governo americano adotou ativamente


uma política de estímulo à demanda visando a obter menores
taxas de desemprego às custas de maiores taxas de inflação.
Em 1968, Milton Friedman e Edmund Phelps publican artigos
argumentando que não há razão para se crer que, no longo,
prazo a taxa de desemprego seja correlacionada à taxa de
inflação.
Segundo eles, a inflação só tem efeito sobre o desemprego
quando seu nível difere do nível esperado.

10
Inflação e desemprego nos EUA — 1961–1968

Taxa de inflação
(% a. a.)
10

1968
4
1967 1966
2 1965 1962
1964 1961
1963
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Taxa de
desemprego (%)
11
Inflação e desemprego nos EUA — 1961–1973

Taxa de inflação
(% a. a.)
10

6 1973
1971
1969 1970
4 1968 1972
1967 1966
2 1965 1962
1964 1961
1963
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Taxa de
desemprego (%)
12
Inflaçã e desemprego no Brasil — 2009–2015

Tx. inflação
12 %

10 %

8%
2011
2014
6% 2013 2010
2012
4% 2009

2%

Tx. desemprego
2% 4 % 6 % 8 % 10 % 12 %

13
Inflaçã e desemprego no Brasil — 2009–2015

Tx. inflação
12 %
2015
10 %

8%
2011
2014
6% 2013 2010
2012
4% 2009

2%

Tx. desemprego
2% 4 % 6 % 8 % 10 % 12 %

13
Inflação de preços controlados e de preços livres

Inflação

Monitorados

15 %

IPCA
10 %
Livres

5%

0% Ano
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

14

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