0% acharam este documento útil (0 voto)
18 visualizações82 páginas

Anexo 5 Plano de Manejo Apa Engenho Pequeno

O Plano de Manejo Integrado da APA do Engenho Pequeno e Morro do Castro e do Parque Natural Municipal de São Gonçalo visa proteger e restaurar remanescentes de Mata Atlântica, oferecendo diretrizes para a gestão dessas áreas. O documento, aprovado por autoridades locais, propõe um planejamento inovador e integrado, abordando aspectos de zoneamento, uso público e conservação da biodiversidade. A iniciativa busca melhorar a interação social e maximizar a conservação ambiental em um contexto de urbanização crescente.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
18 visualizações82 páginas

Anexo 5 Plano de Manejo Apa Engenho Pequeno

O Plano de Manejo Integrado da APA do Engenho Pequeno e Morro do Castro e do Parque Natural Municipal de São Gonçalo visa proteger e restaurar remanescentes de Mata Atlântica, oferecendo diretrizes para a gestão dessas áreas. O documento, aprovado por autoridades locais, propõe um planejamento inovador e integrado, abordando aspectos de zoneamento, uso público e conservação da biodiversidade. A iniciativa busca melhorar a interação social e maximizar a conservação ambiental em um contexto de urbanização crescente.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 82

P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Prefeitura Municipal de São Gonçalo - Secretaria de Meio Ambiente

PLANO DE MANEJO INTEGRADO

APA DO ENGENHO PEQUENO E MORRO DO CASTRO


PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO

Janeiro de 2019

1
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Plano de Manejo Integrado:


APA do Engenho Pequeno e Morro do Castro e
Parque Natural Municipal de São Gonçalo

Aprovado por:

______________________________________
José Luiz Nanci
Prefeito de São Gonçalo

______________________________________
José Rafael de Abreu Magalhães
Secretário Municipal do Ambiente
Prefeitura de São Gonçalo

______________________________________
Gláucio Teixeira Brandão
Subsecretário de Áreas Verdes;

_______________________________________
Drª Renata Neme
Promotora de Meio Ambiente / Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

Equipe da Secretaria Municipal do Ambiente - SMA

Estatutários:
Fernando de Souza Medeiros - Coordenador de Gestão Ambiental e Áreas Verdes - Técnico de
Apoio Especializado/Saneamento e Meio Ambiente;
Alan Medeiros Pessôa - Coordenador de Gestão Ambiental e Áreas Verdes - Técnico de Apoio
Especializado/Saneamento e Meio Ambiente;
Victor Diniz Licurci de Mello - Fiscal de Meio Ambiente
Paulo Manoel de Souza Martins - Coordenador Jurídico - Analista Processual

Comissionado:
Luciane Silva Marinho dos Santos - Assessor I

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE SÃO GONÇALO


Endereço Rua Feliciano Sodré, 100 - Centro, São Gonçalo RJ, Brasil 24.440-440
Telefone/Fax (21) 2199-6511 / 2199-6549
Website http://www.pmsg.rj.gov.br/
E-mail [email protected]

2
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

PLANO DE MANEJO INTEGRADO DA


APA DO ENGENHO PEQUENO E MORRO DO CASTRO E DO PARQUE
NATURAL MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO
Coordenador geral

João Ramalho, Diretor Técnico da Eco Gestão Ambiental

[email protected]

Coordenador técnico para o plano de manejo (consultor)

Adriano Melo, Eng. Florestal, Mestre em Ciências Ambientais e Florestais, especialista em


planejamento e manejo de unidades de conservação.

[email protected]

Equipes temáticas – consultores

FLORA | Jailton Paes (Técnico)

FAUNA | Bruno Jorge e Marcelo Vieira e Fernando Matias (Biólogos)

USO PÚBLICO | Heitor Lopes (Biólogo) e Jhonatan Ferrarez (Técnico Ambiental)

GEOINFORMAÇÃO | Maria Isabel (Geógrafa)

DIMENSÃO SOCIAL | Alexandre Campos (Comunicador Social)

Documento viabilizado através de recursos de Termo de Ajuste de Conduta –


processo administrativo PMSG/SEMMA 0000041813/16.

3
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Apresentação

É com grande satisfação que a Secretaria de Meio Ambiente do município de São Gonçalo
apresenta o presente plano de manejo. Trata-se de um dia histórico, esperado desde 1991,
quando da criação da APA do Engenho Pequeno, e portanto, um divisor de águas no que tange
o planejamento do processo de gestão dessas unidades de conservação da natureza, que
salvaguadam relevantes remanescentes de Mata Atlântica do município de São Gonçalo.

Em um contexto de alta urbanização, unidades de conservação assumem ainda mais significado,


pois protegem o que sobrou dos ecossistemas naturais que ofertam à população local serviços
ambientas essenciais ao seu bem-estar, como amenização climática, proteção de encostas,
provimento de água em qualidade e absorção de carbono e oportunidades para contemplação,
interpretação e recreação da natureza,

O plano de manejo é previsto na lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da


Natureza (Lei Federal n o 9.985/00) como instrumento de planejamento territorial que, alinhado
as demais políticas ambientais do município, estado e federação, concentra um conjunto de
diretrizes e ações para a manutenção dessa riqueza ambiental por pelo menos 5 anos.
Ressalta-se que o plano de manejo é um documento construído com observância aos preceitos
da gestão adaptativa, onde novos conhecimentos e diretrizes podem ser incorporados ao
plano e processo de planejamento na medida que exista a real necessidade.

O presente plano de manejo traz


um escopo inovador. Primeiro,
porque é integrado, isto é, em um
único documento são
apresentadas informações e
orientações tanto para a APA
quanto para o parque. No caso de
UCs municiais, acreditamos que
esse é o escopo mais adequado, e
tínhamos precedentes parar isso,
logo aqui ao lado, no município de
Maricá, onde um plano só orienta 5 unidades de conservação. Segundo, porque é um plano
mais enxuto, intuitivo e prático para uso no dia a dia de gestão, fugindo os tradicionais planos
que trazem centenas de páginas com informações de diagnóstico. Neste caso, o escopo foi
inspirado - e adaptado - da metodologia desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente, que
se inspirou em uma metodologia de planos de gestão de áreas protegidas dos Estados Unidos.
O MMA tem atuado junto aos órgãos ambientais estaduais para uso desse método, caso do
próprio Inea, e agora, em primeira mão, o município de São Gonçalo lança um dos primeiros
planos do Brasil com essa abordagem inovadora (ressalta-se que foram feitas adaptações,
consideradas pertinentes para atender a especificidade de um caso municipal, como incluir
mais informações diagnóstico do que o previsto e inserir uma matriz de planejamento ao fim do
plano).

Em linhas gerais, o plano de manejo traz análises em âmbito de “diagnóstico” e de


“planejamento”, com destaque para o arranjo espacial do zoneamento, seus usos permitidos e
as restrições em cada setor das UCs, e planos temáticos de desenvolvimento, que apresentam
ações estratégicas para a gestão das UCs.

4
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Estrutura do plano de manejo: Embora os elementos estejam demonstrados como compartimentos


separados, é importante perceber que o desenvolvimento de um plano de manejo é um processo
integrado e todos os elementos estão interligados ICMBio (2017).

A equipe da ECO dedicou muitos dias em campo estudando, percebendo e conversando com
atores sociais locais sobre a realidade e necessidade dessas unidades de conservação.

O estudo da flora, por exemplo, possibilitou a identificação de 168 espécies, distribuídas em 41


famílias botânicas. Estudos da fauna não são animadores, todavia, pois apontam para o fato que
a floresta está “vazia” e que ações de manejo do ecossistema são necessárias para favorecer a
resiliência e possibilitar a reintrodução de fauna. Os estudos de uso público recreativo
identificaram cerca de 8 km de trilhas que levam à diversos mirantes naturais com vistas
incríveis da mata atlântica local, baia de Guanabara e Serra do Mar. A APA tem ainda um grande
potencial para circuitos de montainbike, uso este já existente há mais de uma década no local.
Além disso, a UC tem potencial para rapel, parapente, aeromodelismo, drones e, em especial,
piquenique para famílias. Naturalmente, o nível de consolidação das UCs precisaria ser elevado
exponencialmente para maximizar resultados de conservação e interação social.

A redelimitação de ambas as UCs, parque e APA, é no plano de manejo fortemente


recomendada. Acima de tudo porque o desenho do parque na maneira que está hoje não se
justifica e não cumpre as funções de uma UC dessa categoria (não há área de visitação no
mesmo). O parque tem o potencial de triplicar a sua área, o que seria muito estratégico, por
diversas questões: daria status de proteção integral a diversas áreas núcleo do maciço florestal
que protegem nascentes; abarcaria a principal área de visitação que hoje está somente na APA;
adicionaria uma nova e emblemática categoria ao que futuramente pode vir a ser o “Sistema
Municipal de Unidades de Conservação de São Gonçalo – SMUC-SG”; daria um incremento na
receita do município com o ICMS Verde. Já no que tange a APA, a questão é diminuir em alguns
setores, onde há sobreposição com aglomerados suburbanos consolidados (Morro do Castro,
Novo México, Nova Grécia, por exemplo), e aumentar em outros, contemplando fragmentos
florestais no entorno, hoje desprotegidos. A APA seria, portanto, a zona de amortecimento do

5
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

parque, praxe em diversas realidades Brasil afora. Mas, naturalmente, esses novos limites
propostos ainda serão melhor estudados e discutidos com a devida participação social.

Ao fim do plano de manejo, será possível acessar diversos mapas temáticos, e toda a base de
geodados que deu origem aos mesmos estará disponível na SMA.

Esperamos que esse plano de manejo possa inspirar outros municípios do Brasil, sobretudo,
pelo custo benefício de ser integrado e mais enxuto, embora não menos analítico e propositivo.

Missão da Secretaria de Meio Ambiente da


Prefeitura Municipal de São Gonçalo

Proteger o patrimônio natural e promover o


desenvolvimento socioambiental do município
de São Gonçalo para o bem-estar de seus
moradores e visitantes.

6
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

SUMÁRIO

Parte 1: Componentes fundamentais

 Breve descrição da APA e Parque


 Declaração de propósito
 Declaração de significância
 Temas Interpretativos
 Recursos e valores fundamentais

Parte 2: Componentes dinâmicos

 Panorama do estado atual da APA e parque


 Sistema de Informações Geográficas
 Avaliação da necessidade de planejamento e dados (análise dos recursos e valores
fundamentais, identificação de questões chave e prioridades para o planejamento)

Parte 3: Zoneamento e normas

 Zonas de Manejo
 Atos Legais e Administrativos
 Normas

Parte 4: Planos de desenvolvimento

 Plano de Administração e Operacionalização


 Plano de Pesquisa, Manejo da Biodiversidade e Monitoramento
 Plano de Proteção e Fiscalização
 Plano de Visitação, Educação Ambiental e Relação com o entorno
 Plano de Expansão e Consolidação das UCs
 Plano de Cooperação Institucional

7
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Parte 1: Componentes fundamentais

Breve descrição do município de São Gonçalo, APA e Parque

Com uma área total de 248,4 km² (correspondentes a 5% da área da Região Metropolitana do
Rio de Janeiro), e uma população de 999.728 habitantes, São Gonçalo encontra-se no lado
oriental da Baía de Guanabara – chamado também de leste Guanabarino – e é atravessado por
três grandes vias de acesso: RJ-106 (estrada litorânea – direção Região dos Lagos Fluminenses),
RJ-104 (indo até Magé em direção as cidades serranas) e BR-101.

Limita-se ao Norte, com Itaboraí e a Baía da Guanabara. Ao Sul, com Maricá e Niterói. A Leste,
com Itaboraí e Maricá a Oeste, com a Baía de Guanabara e Niterói. A cidade de São Gonçalo é
dividida por cinco distritos, são eles: 1º Distrito: São Gonçalo (sede); 2º Distrito: Ipiíba; 3º
Distrito: Monjolos; 4º Distrito: Neves; 5º Distrito: Sete Pontes.

A Área de Proteção Ambiental do


Engenho Pequeno e Morro do
Castro – APAEPMC foi criada em
1991 pelo Decreto n o 054/91 e o
Parque Natural Municipal de São
Gonçalo – PNMSG foi criado em
2001 pelo Decreto n o 038/2001.
Tratam-se de unidades de
conservação criadas pela Prefeitura
Municipal de São Gonçalo no
âmbito do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da
Natureza (Lei Federal no 9.985/00).

A APAEPMC (1004,79 ha) e o PNMSG (88,94 ha) estão sobrepostos e juntos protegem uma
importante porção de cobertura florestal de Mata Atlântica em estágios inicial e médio de
sucessão ecológica, maior do município de São Gonçalo, envolto a uma matriz da paisagem
predominantemente urbana, e é nesse contexto que sofre diferentes tipos e níveis de pressões.

A APA abrange 10 bairros do município, quais sejam: Colubandê, Engenho Pequeno, Zumbi,
Pita, Covanca, Venda da Cruz, Tenente Jardim, Morro do Castro, Novo México e Tribobó. Já o
parque, abrange apenas o bairro do Engenho Pequeno e Zumbi.

A APA e o parque são administrados de forma integrada pela SMMA, portanto, compartilham
infraestrutura de apoio, logística, equipe, normas e procedimentos institucionais.

O complexo administrativo e de visitação dessas UCs está situado no Bairro do Engenho


Pequeno, sendo o acesso feito através da Rua Gustavo Cruz, em seguida pela Rua Rogério
Fabricio até a Rua Acácio Raposo.

8
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Declaração de propósito

A Área de Proteção Ambiental do Engenho Pequeno e Morro do Castro – APAEPMC (categoria


de uso sustentável) e o Parque Natural Municipal de São Gonçalo – PNMSG (categoria de
proteção integral) foram criados com o objetivo de preservar e restaurar as últimas reservas de
matas existentes das áreas urbanas mais densamente habitadas de São Gonçalo, considerando
a necessidade da Cidade em dispor de área verde recreacional compatível com sua população.

Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000):

O objetivo básico de uma unidade de conservação


de uso sustentável é compatibilizar a conservação
da natureza com o uso sustentável de parcela dos
seus recursos naturais.

A Área de Proteção Ambiental é uma área em


geral extensa, com um certo grau de ocupação
humana, dotada de atributos abióticos, bióticos,
estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, e tem como objetivos
básicos proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

O objetivo básico de uma unidade de conservação


de proteção integral é preservar a natureza,
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais, com exceção dos casos
previstos nesta Lei.

O Parque tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande


relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico.

9
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Declaração de significância

1. Os ecossistemas naturais protegidos pela APA e pelo parque desempenham


importantes serviços ambientais, tais como: estética da paisagem, amenização
climática, oportunidades de recreação, proteção do solo, conservação da
biodiversidade, serviços esses que contribuem decisivamente para o bem-estar dos
moradores da região em um contexto de grande adensamento urbano;
2. A APA oferta uma das poucas oportunidades dos moradores de São Gonçalo para
recreação e interpretação em contato com a natureza, com destaque para trilhas para
caminhadas e montainbike localizadas no setor Engenho Pequeno;
3. A APA foi criada por demanda popular diante de uma ameaça específica na década de
1990 (aterro sanitário), que mudaria completamente a paisagem, cultura e
biodiversidade local;
4. A APA e o parque protegem juntos aproximadamente 200 espécies botânicas e em
potencial cerca de 127 espécies da fauna.

10
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Recursos e valores fundamentais

Os recursos e valores fundamentais são aquelas características que durante os processos de


planejamento e manejo são essenciais para atingir o propósito da UC e manter sua significância.

 Diversidade de espécies com potencial para restauração da Mata Atlântica : embora


tenha sido historicamente perturbada e degradada por usos inadequados, e hoje se
encontre em condições ambientais de fraqueza ecossistêmica, diante da
predominância da fisionomia vegetal em estágio inicial e médio de sucessão e baixa
ocorrência de fauna, tanto a APA quanto o parque assumem importância local
fundamental para a região como banco de germoplasma para restauração,
recuperação e/ou reabilitação de áreas de Mata Atlântica em seu interior e
adjacentes. Em ANEXO é apresentada uma lista de espécie da flora com ocorrência
para a APA e o parque, consolidada a partir dos estudos primários conduzidos no
âmbito do presente plano de manejo e estudos secundários realizados através de
buscas na internet e rede de parceiros;

 Laboratório vivo que proporciona oportunidades singulares para educação e pesquisa


de recursos socioambientais: a APA e o parque tem funcionado como laboratório de
campo para estudos do meio realizados por instituições de ensino e pesquisa,
sobretudo, locais, que buscam o contexto socioambiental que se inserem tais UCs
para desenvolverem seus planos de estudo;

 Trilhas e cenários panorâmicos: as oportunidades de acesso aos mirantes naturais


através das inúmeras trilhas do setor Engenho Pequeno tornam a experiência junto
à natureza da APA especial. Os mirantes revelam vistas de diversos ângulos da Baia
de Guanabara, Serra dos Órgãos, da Mata Atlântica local, dos bairros da cidade,
revelam ainda as montanhas de Maricá e Niterói. E um grande diferencial é a
presença histórica da atividade de montainbike nesse setor, que atrai muitos
adeptos e potenciais parceiros para a conservação ambiental local, voluntários que
por sua vez ajudam e podem ajudar ainda mais a preservar à UCs. Em ANEXO
apresenta-se um estudo realizado no âmbito do presente plano de manejo sobre as
oportunidades de recreação nas UCs.

 Controle de processos de expansão urbana sobre as áreas verdes : inserida em um


contexto de extrema urbanização, em sua maior parte desordenado, a APA, mesmo
que ainda não tenha a capacidade operacional adequada para sua efetiva proteção,
tem assegurado de certa forma a franca expansão de aglomerados subnormais em
alguns setores, isso porque as autorizações para instalação de eletricidade em
residências (“nada opor”) só são dadas ao contribuinte (é uma exigência da
empresa de energia) mediante consulta à Secretaria Municipal de Meio Ambiente -
SMMA.

11
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Temas interpretativos

Os temas interpretativos associados a APA e ao Parque são descritos abaixo para que possam
ser trabalhados pelas equipes das UCs e comunicados ao público como percepções -chave ou
conceitos sobre as UCs. Os temas derivam e refletem o propósito da UC, a sua significância, os
seus recursos e valores fundamentais. Portanto, esse conjunto de temas interpretativos fornece
a estrutura necessária para que os servidores da UC desenvolvam oportunidades para o público
explorar a UC e se conectar às suas declarações de significância e aos seus recursos e valores
fundamentais.

 Convívio cidade-áreas verdes: a densa urbanização da cidade de São Gonçalo contrasta com as
áreas verdes das unidades de conservação, essa fronteira verde provoca discussões sobre a
relação homem natureza, os usos diversos que ocorrem na APA e no parque, religioso,
educacional, esportivo, contemplativo e até mesmo depredativo;

 Serviços ambientais : estética da paisagem, amenização climática, oportunidades de recreação,


conservação da biodiversidade e proteção do solo, entre outros serviços ambientais providos
pelas UCs, geram bem estar aos moradores da cidade em um contexto de grande adensamento
urbano, mas ao mesmo tempo tais aspectos não são reconhecidos e valorizados. Atualmente,
as nascentes estão praticamente todas secas, isto é, o serviço ambiental “produção de água em
quantidade e qualidade” está extremamente prejudicado. Além disso, a APA tem um histórico
de deslizamentos que podem ser abordados no contexto da importância dos ecossistemas
protegidos e sadios para a qualidade de vida da população;

 Floresta v azia: o histórico de uso e ocupação do solo da APA e parque perturbou e degradou
seriamente seus ecossistemas, o que tem relação de causa e efeito direta com a baixíssima
diversidade biológica atual de fauna, em todos os seus níveis, conforme estudos realizados
antes e durante a elaboração do presente plano de manejo (vide lista faunística em ANEXO);

 Sucessão ecológica: aspectos da sucessão ecológica podem ser abordados a partir dos
reflorestamentos realizados dentro da APA e do parque e discutidos no âmbito do estado atual
das diferentes fisionomias existentes na UC (vide mapa de uso e cobertura vegetal em ANEXO);

 História e cultura: nomes como “Engenho Pequeno”, “Zumbi” e a história da “Fazenda


Colubandê”, por exemplo, provocam discussões sobre a histórica e cultural de diferentes
épocas do território da APA e seu entorno.

12
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Parte 2: Componentes dinâmicos

Panorama do estado atual da APA e Parque

Qualidade dos ecossistemas

Foram realizadas diversas incursões em campo para


estudos de Inventário Rápido Faunístico (IRF) e
Florístico (método de caminhamento com coletas, no
caso, com foco em árvores e arbustos apenas), entre
os meses de abril e junho de 2018. As informações
foram organizadas por grupos zoológicos e florísticos,
considerando os aspectos ecológicos que se
mostraram relevantes na avaliação ambiental.
Ressalta-se que em muitas áreas que dão acesso à
Mata as equipes não conseguiram entrar por conta
do tráfico de drogas e da milícia. Os acessos se deram
pelo Engenho Pequeno, avançando até a região
central da APA, e em algumas bordas de mata na
região de Tribobó. Todavia, pelo contexto da
paisagem, de baixa heterogeneidade, os resultados
foram satisfatórios.

Para a fauna, foram registrados um total de um total


de 127 vertebrados com potencial ocorrência para a
área avaliada, sendo 21 mamíferos (4 espécies voadoras e 17 espécies não voadoras), 79 aves,
20 répteis e 7 anfíbios (informações detalhadas estão no ANEXO).

Para a flora foram observadas 168 espécies distribuídas em 41 Famílias. Foi possível também
determinar 20 formas e combinações de síndrome de dispersão das espécies. Desse total de
168 espécies encontradas, 95,3% foram classificadas quanto ao grupo ecológico, sendo 53,2%
como secundárias iniciais (SI), 23,9% como pioneiras (PI), 14,9% como secundárias tardias (ST),
4,7% como não determinadas(N/D) e 2,9% como clímax(C). A Família de maior diversidade foi
Fabaceae, com 43 espécies, das quais 1 Arbustiva, 2 Arbustivas/lianas e 39 Arbóreas. Há 2
espécies de Fabaceae contempladas da Portaria MMA nº443/2014. Myrtaceae foi a 2ª Família
de maior diversidade: 11 espécies, das quais 10 Arbóreas e 1 Arbórea/arbustiva. Em seguida,
com 7 espécies cada, há Arecaceae - 2 espécies na Portaria MMA nº443/2014 - e Rubiaceae,
sem espécies protegidas.
A APAEP possui pouca heterogeneidade de habitas quando comparada a outras áreas naturais
na Mata Atlântica e unidades de conservação existentes na mesma região como o Parque
Estadual da Serra da Tiririca e o Parque Natural de Niterói. Embora a área da APAEP seja
relativamente extensa, alguns habitats característicos da Mata Atlântica como: ambientes
rupícolas, rios ou córregos, brejos, mangue, lagoas e restinga, são inexistentes ou encontram-se
insuficientes para subsidiar a sobrevivência de grupos específicos, caso da fauna em especial,
sobretudo, diante do intenso histórico uso e ocupação do solo.

No entanto, cabe destacar que a estratificação florestal existente apresenta estrutura capaz de
propiciar o deslocamento e distribuição da fauna em potencial. Pode-se considerar que a
configuração dos habitats da APAEP é homogênea, composta de florestas em estágios inicial e
médio de regeneração.

13
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

A intensa pressão urbana é a principal ameaça existente. As ações antrópicas de maior impacto
são: os incêndios florestais que acometem as várias vertentes das UCs e a presença de espécies
exóticas invasoras. Destaca-se como grande ameaça à fauna, os constantes ataques promovidos
por cães e gatos domésticos. A APA do Engenho Pequeno apresenta baixa conectividade com
outros fragmentos existentes na mesma região. A malha urbana representa a maior barreira
física estabelecida entre as áreas de floresta, sendo esta uma das maiores responsáveis pela
erosão genética das espécies da flora e fauna nas UCs estudadas.

Por outro lado, acredita-se que a área das UCs tenha suportado às pressões diversas e mantido
sua capacidade de resiliência ao longo dos anos. Este fato pode ser observado na composição e
estrutura da vegetação presentes nos fragmentos de mata, os quais apresentam a existência de
exemplares da flora possivelmente oriundos do banco de sementes do solo ou de dispersoras
capazes de fornecer alimentos a indivíduos da fauna. Alguns indicadores como a presença de
mamíferos de pequeno e médio porte comprovam a capacidade de resiliência das
UCs. Considerando essas características, sugere-se que estratégias para a conservação da fauna
como a reintrodução e suplementação de espécies e sejam desenvolvidas com o objetivo de
apoiar a restauração ecossistêmica destas unidades de conservação, principalmente para
impulsionar o repovoamento por espécies originárias de seus ecossistemas.

Uma lista florística, concebida com os dados de coletas de campo e também dados secundários,
de estudos encontrados nas pesquisas, é apresentada em ANEXO. Tal lista deve ser considerada
na escola de espécies para reflorestamento.

3%
Uso e Cobertura Vegetal
2% 0% 0%
2%
Vegetação Pioneira
Ocupação Antropica
Floresta Inicial
23%
44%
Pasto Abandonado
Afloramento Rochoso
Floresta Média
Mineração
26%
Reflorestamento

Distribuição do uso e cobertura vegetal no território das UCs. O perfil “Reflorestamento” e


“Mineração” constam como 0%, mas são, respectivamente, 0,13% e 0,14%. Mapa em ANEXO.

14
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Administração e operação

A APA e o parque possuem estruturas concentradas no bairro Engenho Pequeno (Rua Acácio
Raposo s/no). Trata-se de um complexo administrativo com três benfeitorias: Sede
administrativa (inclui sala laboratório para pesquisadores), centro de visitantes (desativado
como tal, pois não há material informativo e exposição interpretativa), centro de convivência
(construído em 2019), base-guarita do Grupamento da Guarda Municipal Ambiental – GPAM.
Possui ainda, viveiro de mudas e um bicicletário (construído em 2019).

No que tange aos recursos humanos, a APA possui dois funcionários comissionados lotados em
campo. Não há veículo institucional operativo, equipamentos e orçamento para o desempenho
das atividades (combate de incêndios, manutenção e manejo de trilha, relação com o entorno,
entre outros).

Não há rotina de fluxos administrativos formais entre a administração das UCs e a SMA.

O patrulhamento é realizado pelo GEPAM (Secretaria de Segurança), que possui um total de 16


pessoas trabalhado em escala, o que foi avaliado como insuficiente para atender os diversos
setores da UC, todos os dias, dia e noite.

O sistema de sinalização das UCs é precário, praticamente inexistente, nas áreas de visitação,
acesso, entorno e limites (em ANEXO apresenta-se um mapa temático com as demandas de
placas).

Complexo administrativo e de visitação da APAEP e PNMSG. Coordenadas do quadrante: (UTM WGS 84):
Ponto superior esquerdo: 23 K 696320 E 7472624 S. Ponto inferior direito: 23 K 703284 E 7469784 S

15
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Visitação e relação com o entorno

A área de visitação das UCs concentra-se no bairro do Engenho Pequeno. Ademais, não há
potencial pelo contexto de uso e ocupação dos acessos.

Esse setor tem um histórico (sem registros) de visitação cujo perfil é de moradores do entorno,
alunos e professores da rede de ensino de São Gonçalo, grupos de caminhantes, montainbikers
e adeptos de práticas religiosas, muito comum no interior da UC. Quanto a atividade de
montainbike, especial atenção deve ser dada a essa atividade e sua relação cos os caminhantes.
É uma atividade historicamente realizada no local, atrai muitos parceiros e voluntários, deve ser
mantida, mas requer ordenamento de seu percurso para evitar acidentes, o que foi também
alvo desse plano.

Existem cerca de 8 km de trilhas disponíveis que dão acesso a cerca de 9 mirantes naturais, com
vistas panorâmicas da Mata Atlântica local, boa parte da cidade, Baía de Guanabara, Serra do
Órgãos e montanhas de Niterói e Maricá.

Todavia, a maior parte das trilhas encontra-se com o estado do seu leito ruim e possuem níveis
diferentes de dificuldades (ver tabela ANEXO), com a necessidade de manejo em alguns pontos,
e com necessidade de intervenções para fechamento de atalhos e outros locais com a
prioridade de interdição de trajeto. As trilhas possibilitam ao acesso dos atrativos da APAEP (ver
quadros em ANEXO).

16
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Escola do entorno visitando a APAEP

Apreciação do pôr do sol Pratica de montainbike

Trilhas
Interpretação ambiental nas trilhas

17
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Avaliação da necessidade de planejamento e dados

Diante da identificação realizada do propósito, das declarações de significância e dos recursos


fundamentais das UCs, descritos acima, são avaliadas abaixo as questões-chave das UCs, as suas
necessidades de dados, de planejamento e ações de manejo.

Primeiramente, avaliou-se as condições, as tendências e as ameaças aos recursos e valores


fundamentais, bem como oportunidades e planejamento de ações de manejo necessárias.

A segunda parte dessa avaliação envolveu a identificação de questões-chave e determinação de


necessidades de dados, planejamentos, oportunidades e ações de manejo que abordem essas
questões-chave.
A terceira e última parte é a uma análise de necessidade de priorização de ações de manejo.

Todas as etapas acima foram concebidas a fim de proteger os recursos e valores fundamentais,
a importância e a finalidade das UCs, de maneira orientar a dinâmica para cumprir os objetivos
pelos quais foram criadas.

Análise de Recursos e Valores Fundamentais

A análise de recursos e valores fundamentais e a identificação de problemas-chave auxiliam na


priorização de coleta de dados e planejamentos de ações de manejo.
A análise de recursos e valores fundamentais inclui:
 condição atual e tendências;
 ameaças e oportunidades;
 as necessidades de planejamento e dados/SIG que darão base as ações de manejo e
proteção dos recursos e valores fundamentais.

Recurso e valor fundamental 1:


Diversidade de espécies com potencial para restauração da Mata Atlântica

- Histórico de intenso e desordenado uso e ocupação do solo


que afetou e afeta diretamente os ecossistemas da APA e
parque (aglomerados subnormais, fogo, caça, extração
vegetal), gerando perda de cobertura florestal, perda de
biodiversidade, perda de serviços ambientais (como seca das
nascentes) e aumento de processos erosivos e susceptibilidade
Condições atuais do solo a deslizamentos;
- Predomina na APA e no parque a fisionomia florestal em
estágio secundário inicial e médio de sucessão;
- Estudos florísticos das UCs estão disponíveis e apontam a
ocorrência de quase 200 espécies, muitas com grande
potencial para uso em reflorestamento;
- Poucas iniciativas para recompor a biodiversidade tem sido
realizadas nas UCs, embora a demanda existente seja alta (Ver
ANEXO mapa de Zoneamento – “Zona de Recuperação”);
- Demanda por aproximadamente 145 hectares de
reflorestamento (14% da área da APA);
- Áreas outrora desmatadas estão regenerando em alguns

18
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

setores das UCs onde os vetores de pressão deixaram de


incidir (fogo, em especial);
- Avanço dos aglomerados subnormais sobre as UCs, diante da
baixa capacidade operacional de comando e controle da
Prefeitura;
Tendências
- Iniciativas de reflorestamento da APA podem surgir derivadas
de compensações ambientais;
- Áreas que hoje encontram-se abandonadas tendem a se
recuperarem por si só, caso os vetores de pressão sejam
cessados;
- Uso de fogo por moradores que vivem dentro e no perímetro
das UCs sobre a vegetação;
- Novas construções irregulares no interior das UCs;
Ameaças
- Tráfico de drogas instalado em comunidades do entorno e
interior da APA, que impedem ações rotineiras em diversos
âmbitos de gestão.
- Implantação de reflorestamentos a partir da identificação das
zonas de recuperação identificadas pelo plano de manejo;
- Criação e implantação de projeto de reflorestamento que
forte interface social, que envolva comunitários locais, nos
moldes do premiado Projeto Mutirão Reflorestamento, da
Oportunidades Prefeitura do Município do Rio de Janeiro;
- Estudos florísticos já existentes, que permitem definir quais
as espécies podem ser utilizadas;
- Zonas de recuperação já definidas pelo presente plano de
manejo;
- Aproveitar a resiliência dos ecossistemas e isolar áreas
perturbadas com vistas a sua recomposição natural.
- Mapeamento dos vetores de pressão específicos a fim de agir
para cessá-los;
- Definição, a partir dos dados acima, de áreas prioritárias para
Necessidades de dados e/ou
reflorestamento, segundo a resiliência dos ecossistemas locais
SIG (Sistema de Informação
e vetores de pressão, de modo a favorecer a consolidação do
Geográfica) e prioridade
processo em longo prazo, evitando a perda de recursos;
inicial
- Estudo com a identificação de comunidades a serem
atendidas prioritariamente por um possível projeto social de
reflorestamento.
- Fortalecimento da capacidade de gestão das UCs;
- Definição de coquetel de espécie a serem utilizadas em
reflorestamentos, a partir dos estudos florísticos existentes
Necessidades de
(ANEXO);
planejamento e prioridade
- Direcionamento de compensações ambientais para ações de
inicial
reflorestamento e fortalecimento da gestão nesse sentido;
- Elaboração de projeto de reflorestamento social com
comunitários.

Recurso e valor fundamental 2:

19
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Laboratório vivo que proporciona oportunidades singulares para educação e pesquisa


de recursos socioambientais
- Escolas e universidades visitam a APA para desenvolver
pesquisas e estudos do meio sobre questões socioambientais;
- As pesquisas não estão catalogadas;
- Não há plano de interpretação concebido e sugerido pela
Condições atuais gestão da UC às escolas e universidades;
- Não existe profissional na UC responsável pelas pesquisas,
embora haja para acompanhamento de escolas;
- O centro de visitantes não é utilizado como tal, haja vista que
não há exposição;
- Não há placas de interpretação e orientação ao visitante;
- Aumento do número de pesquisas e visitas escolares caso
Tendências haja o fortalecimento da gestão das UCs para essa abordagem;
- Maior relacionamento com escolas e universidades do
entorno a partir de ações de sensibilização;
Ameaças - Questões ligadas a segurança prejudicam a visitação em
alguns setores das UCs.
- Execução de amplo e continuado trabalho interpretativo e de
Oportunidades sensibilização com as escolas do entorno, com o viés “a
APA/Parque vai à escola, a escola vai a APA/Parque”;
- Fortalecer a relação com o entorno.
Necessidades de dados e/ou - Identificação e mapeamento de escolas do entorno das UCs;
SIG (Sistema de Informação - Mapeamento dos pontos estratégicos de interpretação
Geográfica) e prioridade ambiental nas trilhas e atrativos;
inicial
Necessidades de - Elaboração de plano de interpretação das UCs;
planejamento e prioridade - Designação e treinamento de técnico para conduzir ações
inicial junto às escolas a partir do plano de interpretação da UC;
- Formação de condutores de visitantes comunitários;
- Desenho do programa de voluntariado;
- Elaboração da exposição cenográfica do centro de visitantes.

20
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Recurso e valor fundamental 3:


Trilhas e cenários panorâmicos
- Existência, concentrada no setor Engenho Pequeno, de um
conjunto de trilhas em condições de uso que já tem sido
utilizado pela população local historicamente, tanto para
caminhadas quanto para montainbike (ver mapa em ANEXO);
- A visitação ocorre sobretudo por grupos de interesse
(academias, escolas, escoteiros, bikers, outros);
Condições atuais - As trilhas e demais atrativos requerem manejo, sinalização e
estruturas de apoio;
- As trilhas são patrulhadas pela Guarda Municipal Ambiental
com certa frequência;
- Intenso uso religioso no setor Engenho Pequeno;
- Ausência de visitação e potencial para tal em outros setores
das UCs, ora porque não há potencial, ora porque existiriam
fortes ameaças à segurança do visitante;
- Melhorar a gestão do uso público nas UCs a partir da
aprovação e implantação do plano de manejo;
- Aumento da visitação e interação com o entorno;
- Retorno e aumento do uso das trilhas pelos montainbikers
Tendências com o novo planejamento de circuitos;
- Ampliação do sistema de trilhas;
- Estruturação dos atrativos a partir do uso de medidas
compensatórias;
- Aumento da proteção da UC com o aumento da visitação e
engajamento dos visitantes através de ações de sensibilização.
- Maior degradação das trilhas e atrativos pelo não manejo
Ameaças adequado dos mesmos;
- Aumento da insegurança do setor Engenho Pequeno da APA,
gerando prejuízos à visitação da UC;
- Existe um potencial grande para ampliação do sistema de
trilhas;
- Existe um grande potencial para consolidação de um “bike
park”, a partir de circuitos existentes e já desenhados no
Oportunidades âmbito do presente plano de manejo (ver ANEXO);
- Ampliar o Parque Natural Municipal de São Gonçalo, para
englobar também esse setor de maior visitação;
- Implantação de um programa de voluntariado;
Necessidades de dados e/ou - Monitoramento do número e perfil de visitantes;
SIG (Sistema de Informação - Monitoramento do impacto da visitação;
Geográfica) e prioridade - Mapeamento dos locais exatos a serem alocadas placas de
inicial orientação ao visitante, bem como de acesso à UC (setor
recreativo Engenho Pequeno);
- Ordenamento da visitação nas trilhas e atrativos;
- Ampliação do Parque Natural Municipal de São Gonçalo, para
Necessidades de incluir a área de visitação (setor recreativo Engenho Pequeno);
planejamento e prioridade - Nomeação de gestor técnico para a UC e criação de função
inicial associada ao tema uso público (coordenador de uso público);
- Elaboração do Projeto conceitual e executivo do bike park;
- Elaboração e implementação do manual e plano de
sinalização para UCs do município;

21
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Recurso e valor fundamental 4:


Controle de processos de expansão urbana sobre as áreas verdes
- A APA se apresenta como barreira geográfica para a
expansão urbana, embora em alguns setores tenha sofrido
extremo alto adensamento de aglomerados subnormais, em
especial, o Morro do Castro, o Novo México, a Nova Grécia e o
Zumbi.
- Não há condições de comando e controle desse avanço, a
Condições atuais não ser pelas negativas para instalação de luz dadas pela
SMMA aos moradores e empresa de energia;
- Alguns setores da UC precisarão ser retirados de seus limites,
isto é, a APA precisará ser redelimitada e as áreas retiradas
incorpodadas ao planejamento urbano convencional
(submetidas as diretrizes do Plano Diretor) – Ver mapa com
proposição de configuração futura das UCs em ANEXO.
- Avanço da expansão urbana diante da ausência de
Tendências capacidade operacional de comando e controle efetiva da
Prefeitura;
- Perda de habitat, biodiversidade, exposição do solo e avanço
Ameaças de processos erosivos na APA.

- Redelimitar a APA para que se aproxime de seu objetivo


Oportunidades primário, incorporando as áreas altamente adensadas, citadas
acima, às normativas do Plano Diretor Municipal.
Necessidades de dados e/ou - Análise temporal do processo de avanço dos aglomerados
SIG (Sistema de Informação subnormais sobre a APA.
Geográfica) e prioridade
inicial

- Redelimitação da APA;
Necessidades de - Instalação de placas de limite em áreas críticas – ver mapa
planejamento e prioridade em ANEXO;
inicial - Elaboração de plano de ação para conter o avanço das
construções irregulares sobre a APA, sob alinhamento com a
empresa de energia, Secretaria de Urbanismo, Associações de
Moradores, entre outros setores do município.

22
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

23
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Análise de questões chave

Questão-chave Necessidade de dados e planejamento

Questão chave 1: Expansão de áreas urbanas Nec essidade de dados e/ou SIG e prioridade inic ial
sobre os ecossistemas protegidos pela APA e (alta, média ou baixa)
parque - Análise minuciosa temporal do avanço da
expansão das comunidades sobre a APA (alta);
- Existem diversos aglomerados sub-normais
localizados no interior da APA, que vem Nec essidade de planejamento e prioridade inicial (alta,
crescendo desde a instituição da UC em média ou baixa)
1991;
- Vetores e pressão como corte de árvores, - Plano de ação socioambiental integrado para
fogo e extração vegetal seletiva ameaçam e controle da expansão das comunidades sobre as
geram impactos negativos; áreas protegidas (alta), concebido entre as
- Existem áreas em que não se pode entrar, Secretarias de Meio Ambiente, Urbanismo,
diante da insegurança de acesso às Segurança Pública e Polícia Militar e (CPAm).
comunidades localizadas no interior da APA
causada pelo tráfico de drogas ou milícia,
inibindo ações de comando e controle;
Nec essidade de dados e/ou SIG e prioridade inic ial
(alta, média ou baixa)
- Definição de organograma funcional para a
Questão chave 2: baixo nível de consolidação gestão das UCs (alta);
das UCs. - Detalhamento de algumas das demais ações
- A APA e o parque possuem apenas dois prioritárias previstas no presente plano de
funcionários (comissionados) e três guardas manejo (alta).
municipais/dia (concursados); Nec essidade de planejamento e prioridade inicial (alta,
- Inexiste planejamento sistêmico para média ou baixa)
gestão das UCs (plano de ação etc.). - Prosseguimento das orientações previstas no
presente plano de manejo, em especial, aquelas
relacionadas a contratação e recursos humanos
necessários a boa gestão das unidades de
conservação (programa de administração) - alta.
Nec essidade de dados e/ou SIG e prioridade inic ial
(alta, média ou baixa)
- Análise florística e faunística mais detalhadas,
Questão chave 3: fraqueza dos ecossistemas bem como dos recursos hídricos e demais
protegidos pela APA e parque. serviços ambientais providos pelas unidades de
- Baixíssima ocorrência e diversidade de conservação (média).
fauna nas unidades de conservação. Nec essidade de planejamento e prioridade inicial (alta,
média ou baixa)
- Planos de reintrodução da fauna nas UCs
(média);
- Plano de enriquecimento florístico das UCs
(média);
- Plano de Prevenção e Combate Incêndios
Florestais (alta).

24
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Sistema de Informações Geográficas

Foram compiladas e analisadas informações geográficas estratégicas e, a partir disso,


produzidos diversos mapas temáticos (ver ANEXO), com intuito de direcionar o planejamento e
tomada de decisões. Os temas são:

1. Mapa “Estado atual” ou mapa básico: todos os aspectos básicos da cartografia


relacionados ao estado atual da APA e do parque e seu entorno são aqui
apresentados (curvas de nível, rios, rodovias, limites as UCs, estruturas, atrações e
atividades, acessos, entre outros);
2. Trilhas e atrativos: todas as trilhas e atrativos e as estruturas de apoio ao visitante;
3. Uso do Solo e Cobertura Vegetal: afloramentos rochosos, os diferentes estágios
sucessionais da floresta (inicial e médio), vegetação pioneira, pasto abandonado,
reflorestamento, mineração e ocupação antrópica).
4. Geomorfologia: Planícies de Inundação (várzeas), Rampas de alúvio-colúvio, Rampas de
Colúvio/Depósito de Tálus, Planícies fluviomarinhas (brejos), Colinas, Morros baixos,
Morrotes, Morros altos.
5. Susceptibilidade à movimentos de massa: classes alta, média e alta.
6. Susceptibilidade à inundação: classes alta, média e alta.
7. Bacias hidrográficas: 22 sub-bacias hidrográficas são apresentadas para o território
da APA;
8. Altitude: modelo de elevação do território (MDE).
9. Solos: predominantemente Argissolo vermelho e amarelo.
10. Contexto de UCs: todas as UCs de São Gonçalo e municípios vizinhos.
11. Zoneamento e desenvolvimento futuro: Zonas de manejo: preservação,
conservação, visitação, ocupação controlada e uso conflitante. Apresenta-se ainda
aspectos para o desenvolvimento futuro das UCs, tais como estruturas de apoio ao
visitante, atrativos e atividades.
12. Configuração futura das UCs: sugestão de novos limites para a APA e o parque,
diante da necessidade de adequação ao estado atual de uso e ocupação do solo das
UCs e proteção dos ecossistemas do território. Propõe-se a ampliação do parque e
a reconfiguração da APA para retirar áreas densamente ocupadas (Morro do Castro,
Novo México, Nova Grécia e outras localidades menores) e adicionar áreas do e
entorno importantes que não estavam sob proteção legal.
13. Alocação de placas: mapa de localização e tabela com coordenadas de diferentes perfis
de placas, no interior, limites e entorno das UCs.

Exemplo do layout de mapa elaborado


(ANEXO)

25
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Parte 3: Zoneamento e normas

De acordo com a Lei do SNUC (Lei n° 9985/2000), o zoneamento é definido como


“os setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas
específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os
objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz”
A zona é uma parte no terreno que determina o manejo a fim de garantir que as ações
tomadas sejam compatíveis com o propósito da UC e levem à proteção de seus recursos e
valores fundamentais.

Como se trata de um plano de manejo integrado, apresenta-se abaixo o zoneamento para as


duas unidades de conservação: APA e parque.

 Zonas de Manejo

Zona de Preservação (ZP): É aquela onde os habitats estão em melhor estado de conservação,
com ênfase nas partes mais elevadas e íngremes dos maciços. O objetivo é garantir a proteção
de um testemunho da paisagem, dos habitats e do desempenho de serviços ecossistêmicos, isto
é, o mais próximo do original. Destaca-se a proteção das microbacias de cabeceira e a flora e
fauna peculiar, que ofertam oportunidades para pesquisa científica e apreciação de baixo
impacto, através de caminhadas para apreciação da paisagem.

A ZP da APA (19%) envolve a região central e alta da UC, onde estão as principais nascentes da
UC e onde se tem uma condição de baixo uso e ocupação do solo, área com floresta em estágio
inicial e, em especial, médio de sucessão ecológica. Nessa mesma área estão também as partes
mais altas do Parque Natural Municipal de São Gonçalo.

Zona de Conservação (ZC): Destinada à conservação dos ecossistemas remanescentes. Possui


potencial para recuperação ou regeneração futura, admitindo uso direto – especialmente
aquele voltado a fins turísticos, educacionais e recreativos –, assim como atividades de baixo
impacto ambiental, como produção de mudas. Funciona principalmente como transição entre a
Zona de Preservação e as zonas que permitem o uso mais intensivo dos recursos naturais.

A ZC predomina em quase toda a APA (40%) e funciona como uma “proteção” a Zona de
Preservação. A ZC no caso do parque ocupa uma área central do mesmo, onde desempenha
também essa função de “proteger” a ZP da UC.

26
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Zona de Visitação (ZV): Trata-se de áreas específicas destinadas ao uso público intensivo e
encontros sociais, contando com infraestrutura e serviços adequados de apoio ao visitante,
operado pelo setor público ou empresas privadas, quando cabível, neste último caso, através de
autorizações, permissões ou concessões.

A ZV da APA (3%) ocupa a sua parte


leste, no setor da UC que pode-se
chamar de “Engenho Pequeno”, pois
está totalmente inserido neste bairro.
Nesse setor estão todos os 8 km de
trilhas, distribuídos em 8 trilhas (com
grau de dificuldade de fácil a
moderado), que levam ais 10 mirantes
da UC. As trilhas servem tanto para os
visitantes caminhantes (todos os
perfis) quanto os adeptos do
montainbike (modalidade XCO),
atividade essa realizada historicamente
no local. Na ZV estão o Centro de
Visitantes, o auditório, a sede administrativa, um pequeno viveiro de mudas, uma guarita do
Grupamento de Proteção Ambiental da Prefeitura (GPAm).

O Parque, pelas suas características de localização, tamanho, uso e ocupação do solo e


inexistência de atrativos, não possui Zona de Visitação, e também por esse motivo sugere-se a
sua futura ampliação para englobar o que é hoje a ZV da APA, fortalecendo-o como a categoria
de UC que tem o maior objetivo de promover a recreação em contato com a natureza.

Zona de Recuperação (Z R): É aquela que contêm áreas perturbadas e/ou degradadas,
sobretudo, as pastagens em morros, ativas ou não. Contempla ainda as áreas onde a
regeneração espontânea ou induzida já está ocorrendo. Não se admite usos em Áreas de
Preservação Permanente – APP, que deverão ser recuperadas, assim como a Reserva Legal das
propriedades rurais dentro da UC. Essas áreas deverão ser recategorizadas para ZP tão logo a
recuperação se dê. As espécies exóticas introduzidas deverão ser removidas e a restauração
deverá ser espontânea ou induzida, a partir de técnicas consagradas que tenham como
premissa a sucessão ecológica e sua diversidade associada. É também considerada como uma
zona de aproveitamento tradicional dos recursos naturais, a qual é admitida a manutenção de
pastagens agrícolas ou atividades humanas similares, admitido uso sustentável dos recursos
naturais, a partir de boas práticas de uso e ocupação do solo, de mínimo impacto. Esta zona
permite também uso público para fins de pesquisa, educação e recreação compatíveis com os
objetivos na mesma.

As ZR na APA (14%) distribuíssem-se por quase toda a APA, mas se concentram, sobretudo, nas
encostas norte da parte norte da UC, onde há pastos abandonados dominados por capim
colonião, vegetação pioneira e afloramentos rochosos, ambientes esse de baixíssima resiliência,
dado o histórico de intenso uso do solo e incidência de fogo. A ZR do parque ocupa uma a
região central da UC, em especial a montante do Rio Imbuaçu.

27
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Zona de Uso Conflitante (ZUC)

Aplica-se a espaços cujos usos e finalidades não são coerentes com a conservação da natureza e
demandam especial atenção, como áreas com atividades industriais que não apresentem
grande extensão, áreas com ocupação irregular ou aquelas onde ocorram conflitos legais pelo
uso do solo. Também podem ser consideradas Áreas de Uso Conflitante aquelas onde ocorrem
atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental de difícil mitigação.

As ZUCs ocupam 19% da APA e estão associadas, sobretudo, ao avanço dos aglomerados sub -
normais, áreas de grande adensamento urbano com baixo nível de consolidação: bairros do
Morro do Castro, Novo México, Nova Grécia e Zumbi. Não há ZUC no parque. Recomenda-se
que a tal zona seja retirada dos limites da APA por ocasião da reconfiguração dos limites da
mesma, dado o seu nível de consolidação urbano.

Zona de Ocupação Controlada (ZOC)

Aplica-se aos núcleos urbanos consolidados dentro de APAs. Os limites, as atividades permitidas
e a taxa de ocupação previstos para esta zona terão como principal guia o Plano Diretor
municipal que incidir sobre ela.

Para o caso da APA, a ZOC (4%) ocupa as áreas onde há ocupações as margens da UC ou então
em fundos de vale. Caracterizam-se por ocupações diferentes daqueles “aglomerados sub-
normais” com padrão de alta adensamento de casas (caso do Morro do Castro, Novo México e
Nova Grécia, por exemplo). No caso do parque, a ZOC abrange as ocupações as margens do Rio
Imbuaçu.

28
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Zona de Amortecimento (ZA)

APA não requer zona de amortecimento. Já o parque sim, e é a própria APA aquela que
desempenha essa função para o mesmo.

Zonas de manejo da APA


32,83 ha
3,27 % 32,82 ha
3,27 %
Zona de Conservação
143,13 ha
14,25 %
Zona de Preservação

194,86 ha Zona de Uso Conflitante


19,4 %
Zona de Recuperação
403,52 ha
40,17 % Zona de Ocupação
197,46 ha Controlada
19,65 % Zona de Visitação

Proporção da extensão das zonas de manejo da APA do Engenho Pequeno e Morro do Castro.
Mapa em tamanho A1 (como o abaixo) em A N EXO .

29
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

 Normas

As normas para cada zona de manejo são apresentadas abaixo:

Zona de Manejo Diretrizes e Normas


-Remoção de espécies exóticas, reintrodução de espécies nativas;
-Pesquisa científica de baixo impacto;
-Monitoramento da biodiversidade;
-Patrulhamento e fiscalização;
-Combate à incêndios florestais;
-Coleta de espécimes da flora e fauna de modo muito restrito,
exclusivamente para pesquisa dos processos de regeneração dos
Zona de ecossistemas ou para produção de mudas visando recuperar áreas
P reservação degradadas na própria UC;
-Instalação de sinalização indicativa e de pequenas bases
permanentes ou provisórias de apoio à fiscalização e pesquisa
cientifica,
-Filmagem e fotografias;
-Atividades de uso público de baixo impacto, em espacial de
interpretação;
-Dar ênfase aos trabalhos de recuperação da flora nativa em regiões
específicas, usando para isso técnicas consagradas de restauração
florestal;
-Promover a formação de corredores da vida silvestre que possam
conectar áreas remanescentes de vegetação permitindo o fluxo
genético das populações;
Zona de
Conservação
-Promover a recuperação dos solos perturbados/degradados;
-Promover campanhas para a manutenção da integridade física da
UC, com destaque para o esclarecimento sobre as consequências
sobre o uso irracional e/ou criminoso do fogo e boas práticas de uso
do solo;
-Alocar instalação de infraestrutura somente para fins de apoio ao
visitante, proteção e administração da UC;
-Impedir o corte das matas existentes, diante do que reza o Código
Florestal e a Lei da Mata Atlântica;
-Promover a pesquisa cientifica e o monitoramento da
biodiversidade;
-Apenas reformas das casas existentes;
-Novas construções não devem ser autorizadas;
- A instalação de novos pontos de energia não deve ser mais
autorizado;
-Intensificar o monitoramento do uso e ocupação destas áreas,
registrando as ocorrências com fotos e relatórios;
Zona de Uso
Conflitante -Estreitar parceria e ações com a Polícia Militar Ambiental (UPAm),
Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Secretaria de Urbanismo e
Ministério Público Estadual;
- Instalar placas de regulamentação, com usos permitidos e
proibidos, em áreas críticas, como nas divisas entre casas e florestas,
rios, comunidades e beira de estradas com alta visibilidade.
-Manter atualizado o cadastro e mapeamento de ocupantes,
benfeitorias e atividades;
-Promover as ações necessárias à remoção e/ou reassentamento em

30
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

caso de avanço ilegal sobre as UCs.


- Quaisquer novas construções devem ser analisadas pela SMA;
- A instalação de nova infraestrutura de interesse social deverá ser
objeto de licenciamento, ouvida a SMA (dutos, antenas, linhas de
transmissão, duplicação de estradas e rodovias, emissário, entre
outros possíveis);
- A instalação de novos pontos de energia não deve ser mais
Zona de Ocupação
Controlada
autorizado;
-Deverão ser supervisionados os serviços de manutenção das
infraestruturas já existentes (linha de transmissão, estradas,
antenas);
-As empresas proprietárias desses equipamentos deverão avisar com
antecedência a UC, em tempo hábil para manifestação, bem como
enviar plano de trabalho dos serviços e relatório após a realização da
manutenção;
-As não conformidades deverão ser autuadas pela SMA e sanadas
pelo empreendedor, com observância aos preceitos legais.

-Qualificar as propriedades e mapear as APP das mesmas,


distinguindo aquelas que estejam perturbadas/degradadas;
-Promover o fomento para que tais APP sejam recuperadas com base
em projetos de restauração de longo prazo (garantia de manutenção
do plantio);
-Evitar a utilização de mudas originárias de outras regiões, mesmo se
tratando de espécies nativas, cabendo a decisão do gestor da UC,
com base em laudo de especialista;
-A execução dos trabalhos de recuperação deverá, sempre que
possível, ser realizada por intermédio de mutirão com a comunidade;
-É proibida a utilização de espécies exóticas a Mata Atlântica;
Zona de -As espécies exóticas introduzidas deverão ser removidas e a
Rec uperação restauração deverá ser espontânea ou induzida;
-Populações tradicionais nestas zonas deverão ter seus direitos
garantidos, naturalmente, com observância aos demais aspectos da
legislação ambiental;
-Uma vez recuperadas, as áreas desta zona deverão ser incorporadas
a uma das zonas permanentes;
-A recuperação da área deverá fazer parte dos temas interpretativos
abordados no programa de uso público, incluindo visitas ao viveiro e
plantios;
-Todos as propriedades do entorno deverão ser notificadas
oficialmente sobre a existência do plantio e as precauções para com
o mesmo.
-Presença rotativa e contínua de representantes da SMA,
identificados e capacitados para receber e orientar os visitantes;
-Estas áreas deverão fazer parte de um programa de monitoramento
dos impactos causados pela visitação, que não se restrinja somente
ao estudo da capacidade de carga;
Zona de Visitação
-Esta zona deve ser sistematicamente patrulhada em função da
segurança do usuário e dos recursos protegidos;
-Deverão ser observadas as normas gerais de uso público baixadas
pela secretaria com validade para todas as UC;
-Manutenção dos acessos e trilhas, de maneira que essas ofereçam

31
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

boa trafegabilidade e segurança aos usuários;


-Implantação de infraestrutura necessária ao desenvolvimento das
atividades de uso público, interpretação, proteção e monitoramento,
de acordo com projeto executivo detalhado, que deverá prezar por
técnicas de construções sustentáveis (madeira plástica,
aproveitamento de vento e luz solar, uso de vidros, arejamento,
reaproveitamento de água, entre outras).
-Abertura de novas trilhas e/ou picadas, com o mínimo impacto ao
meio natural, com finalidades interpretativas de uso público;
-Paisagismo com espécies vegetais nativas.

 Atos Legais e Administrativos

Além das normativas para cada zona de manejo, os seguintes atos legais e administrativos
deverão ser considerados na gestão do território da APA e do parque:

Nível Federal

- Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92);
- Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB);
- Constituição Federal (art. 225);
- Lei Federal 9.985/2000 e Decreto Federal 4.340/2002 (Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza - SNUC);
- Lei Federal 11.428/2006 (Lei da Mata Atlântica), que proibe a derrubada de
remanescentes florestais em estágios avançados e médio;
- Lei Federal 12.651/2012 (Novo Código Florestal Brasileiro)
- Lei Federal n° 5.197/1967 (Lei de Proteção a Fauna);
- Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas – PNAP (Decreto 5.758/2006);
- Política Nacional de Biodiversidade (Decreto 4.339/2002);
- Programa Nacional da Diversidade Biológica - Pronabio (Decreto 4.703/ 2003);
- Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da
Biodiversidade Brasileira (Portaria MMA 09/2007);

Nível Estadual

- Constituição do Estado do Rio de Janeiro (diversos artigos);


- Lei nº 3.325/1999 - Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Estadual de
Educação Ambiental, cria o Programa Estadual de Educação Ambiental e complementa a Lei
Federal nº 9.795/99, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro;
- Lei nº 6572/2013 - Dispõe sobre a compensação devida pelo empreendedor responsável
por atividade de significativo impacto ambiental no Estado do Rio de Janeiro, institui a
contribuição por serviços ecossistêmicos nos termos da Lei Federal nº 9.985/00 e dá Outras
Providências;
- Decreto nº 43946/2012 - Regulamenta a contribuição financeira devida pelos serviços
ecossistêmicos proporcionados por unidades de conservação estaduais e dá outras
providências;
- Lei nº 6442/2013. Dispõe sobre a incorporação nos planos diretores dos municípios
fluminenses dos documentos do Estado do Rio de Janeiro sobre estudos e mapeamentos de
áreas de risco;

Nível Municipal

32
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

- Lei Municipal nº 054/91 de 19 de julho de 1991.


- Decreto Municipal nº 038/2001 de 17 de março de 2001.
- Lei Complementar no 07/10 – Dispõe sobre o Uso e a Ocupação do Solo Urbano do
Município de São Gonçalo
- Lei Complementar n o 01/09 – Aprova a revisão do Plano Diretor do Município de São
Gonçalo e dá outras providências.
- Diário Oficial do Município de São Gonçalo – 9 de abril de 2016 - Edital de convocação
para eleição dos membros do Conselho Gestor da Área De Proteção Ambiental do Engenho
Pequeno – município de São Gonçalo/RJ - biênio de 2016/2018.

33
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Parte 4: Planos de desenvolvimento

A estrutura de módulo do planejamento do Plano de Manejo Integrado da APA do Engenho


Pequeno e Morro do Castro e Parque Natural Municipal de São Gonçalo segue uma abordagem
mais estratégica do que operativa. Os aspectos operacionais devem ser elaborados em
alinhamento com o dia a dia da UC, mas considerando, naturalmente, essa as diretrizes do
presente plano. No entanto, são apresentadas também algumas ações estruturantes que
objetivam orientar a implantação das UCs em um horizonte de 5 anos, considerando que o nível
de consolidação das mesmas ainda é baixo.

A premissa é que o planejamento e a gestão sejam adaptativos, isto é, a SMA poderá atualizar o
plano rotineiramente, sempre que necessário, a partir dos erros e acertos cotidianos da gestão,
e claro, das contribuições da rede de parceiros e conselho consultivo das UCs.

Procurou-se selecionar temas e respectivas ações estruturantes que fossem consideradas


prioritárias, identificadas em acordo com as diversas etapas de planejamento participativo
realizada ao longo do processo de elaboração do plano. São elas:

 Análise dos estudos diagnósticos realizados no âmbito do plano (flora, fauna, uso
público e dimensão social);
 Contribuições registradas durante a Oficina de Diagnóstico Participativo e Avaliação
Estratégica;
 Contribuições registradas durante as reuniões com a SMA;
 Muitas andanças, percepções e conversas formais e informais com atores estratégicos
do território das UCs;

As ações estruturantes tem o objetivo de fortalecer a capacidade de conservação das UCs para
maximizar seus resultados de conservação, através da consolidação de um conjunto de
elementos humanos, institucionais, financeiros, legais, políticos, de participação e parcerias, nos
seguintes temas.

 Plano de Administração e Operacionalização


 Plano de Pesquisa e Monitoramento
 Plano de Proteção e Fiscalização
 Plano de Visitação e Educação Ambiental
 Plano de Expansão e Consolidação das UCs
 Plano de Cooperação Institucional

Abaixo segue a matriz com as ações estruturantes distribuídas nos temas supracitados.

34
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

ANO P ARA
AÇÃO ESTRUTURANTE O BSERVAÇÃO P RIORIDADE IMP LANTAÇÃO
(1 a 5 )
P lano de Administraç ão e O perac ionalizaç ão
Contratação e treinamento de quadro técnico de recursos humanos para desempenho Nomeação de servidor concursado para chefia da UC e
das funções vitais de gestão das UCs nomeação/contração de: coordenador de proteção (GPAm), EA 1
coord. de uso público, coord. de adm. e manutenção, coord.de
pesquisa e manejo, coord. de relação com o entorno.
Elaboração de fluxos de procedimentos operacionais internos e externos para a gestão Fluxos internos das UCs entre as diversas áreas de gestão e A 1
das UCs relação com a SMA e outros órgãos, conselho e parceiros.
Aquisição de equipamentos vitais para operacionalização das UCs Considerando todas áreas de gestão citados na primeira linha: EA 1
uso público, administração, pesquisa e monitoramento,
comunicação com o entorno, proteção, combate à incêndios
florestais etc.
Dotar a Unidade de materiais de consumo necessários para o desenvolvimento de suas Considerando todas áreas de gestão citados na primeira linha: A 1
atividades uso público, administração, pesquisa e monitoramento,
comunicação com o entorno, proteção etc.
Realizar a manutenção preventiva e corretiva das instalações das UCs Atividade anual A 1
Contratar empresa para implementação da limpeza predial Atividade permanente A 1
P lano de P esquisa, Manejo da biodiversidade e Monitoramento
Fomento a pesquisas prioritárias e estratégicas em diversas áreas do conhecimento Independentemente da consolidação da coordenadoria de M 2
pesquisa, manejo da biodiversidade e monitoramento da UC
Criar e manter banco de dados atualizado contendo as pesquisas já consolidadas e em Como subsídio direto a gestão da UC M 3
andamento na área do Parque e na sua ZA separadas por tema
Realização de encontros técnico-científicos anuais como subsídio a gestão das UCs Com parceiros técnico-científicos da UC M 3
Restauração ecológica de áreas perturbadas/degradadas Considerar a zona de recuperação, com prioridade para as M 2
áreas do setor Engenho Pequeno, próximas a sede, pois assim
se tem mais garantias de proteção da ação de manejo
Criação e implementação de projeto social de reflorestamento com comunitários Inspirado no Projeto Mutirão Reflorestamento da Prefeitura do M 4
Rio de Janeiro
Erradicação de espécies exóticas invasoras Prioridade para as áreas contíguas a Zona de Preservação B 4
Reintrodução e soltura de animais silvestres A partir de protocolos para reintrodução, translocação, soltura B 3
e monitoramento de espécies silvestres nativas

35
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

para soltura e monitoramento de espécimes de origem


comprovada na UC
Articulação para a instituição e consolidação do “Corredor Ecológico” com a Serra da A partir de ações para proteção de fragmentos florestais entre M 3
Tiririca e APA Guapimirim essas área
Consolidação da infraestrutura e operacionalização do viveiro No contexto do projeto de reflorestamento social com M 3
comunitário e para fins de educação ambiental
Monitorar a frequência e o perfil do usuário das UCs A partir de rotina de recepção e orientação ao visitante EA 1
Monitoramento dos reflorestamentos realizados Através da instalação de parcelas permanentes para A 1
acompanhar a sucessão vegetal e análise dos planos de
trabalho das empresas executoras

Monitorar a ocorrência de incêndios florestais nas UCs e entorno e demais impactos Em parceria com comunitários e GPAm EA 2
Realizar um levantamento e monitoramento permanente das áreas suscetíveis à erosão Em parceria com a Defesa Civil Municipal EA 2
nas UCs
P lano de P roteç ão e Fisc alizaç ão
Criação de “sala de inteligência de proteção e monitoramento” Utilizando todos os mapas temáticos do presente plano de A 2
manejo, software livre de registro de dados espaciais
(TrackMaker, por exemplo) e formulários de registros de
ocorrência em campo pelos técnicos da UCs e GPAm
Ampliação da capacidade de patrulhamento Idealmente duas equipes por dia com três pessoas patrulhando EA 1
o perímetro e interior das UCs, estradas, trilhas e atrativos
Parcerias com órgãos de governo de comando e controle para o fortalecimento da Parceria com o CEPAm, Inea, Ibama, Polícia Civil, demais EA 1
fiscalização e do combate à incêndios florestais secretarias municipais e Ministério Público para ações nas UCs
Implantação de sistema de sinalização regulamentar em áreas críticas Plano de sinalização para áreas críticas informando as EA 1
restrições impostas por unidades de conservação, ver mapa em
ANEXO de alocação de placas.
Demarcação física das UCs Contratação de empresa especializada A 3
Elaboração de Plano de Prevenção e Combate à Incêndios Florestais Considerar uma parceria com o Inea A 2
Demarcação das áreas de comunidades inseridas no interior da UC (segurança jurídica Estudo específico sobre a situação fundiária das UCs em EA 1
territorial) parceria com a Secretaria de Urbanismo
Organizar rotinas de fiscalização na UC mensalmente, considerando pessoal envolvido e Realizar e manter cadastro de ocorrências, dando base ao EA 1
locais a serem visitados planejamento da fiscalização. Buscar o apoio da comunidade
do entorno imediato nas denúncias de ilícitos ambientais na UC
através de telefone que deverá ser divulgado em placas e em

36
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

adesivos em carros pertencentes ao Parque.


Garantir a proteção efetiva do patrimônio através de Plano de Vigilância 24h por dia, GPAm ou empresa de segurança EA 1
incluindo o rodízio de seguranças

P lano de Visitaç ão, Educ aç ão Ambiental e Relaç ão c om o entorno


Implantação de Área Recreativa para receber diferentes públicos Área ao lado do complexo administrativo, acessado pela
estrada, logo após o portal da guarita do GPAm, onde
encontra-se uma grande área descampada, com visão 360
graus para a Mata Atlântica local, ideal para instalar um gazebo
de sapê, deque, mesas de pique-nique, entre outras estruturas
de apoio ao visitante (ver foto abaixo). O conceito de “área
recreativa” é muito usual nos parques americanos.
Implantação do centro de visitantes Eexposição cenográfica e demais estruturas e serviços para EA 1
recepção e controle adequado do visitante. Deverá ser o ponto
de recepção e partida dos visitantes para qualquer atrativo no
Parque
Contratação e qualificação de condutores de visitantes comunitários Tendo como inspiração os programas adotados pelo Inea e M 3
ICMBio nas UCs
Elaboração do caderno de identidade visual das UCs municipais Deve contemplar identidade visual para o sistema de A 2
sinalização, aplicação de logo, site, rede sociais, impressos,
boletins digitais, convites, veículos, uniformes, brindes e outros
Elaboração do Manual de interpretação ambiental Planejar roteiros interpretativos de visitação orientada para as A 2
escolas, com monitores ambientais capacitados para as
trilhas de interpretação ambiental
Elaboração de manual de sinalização das UCs municipais Prevendo os tipos, tamanhos e conteúdo das placas a serem EA 1
utilizadas nas UCs (áreas de visitação, áreas críticas, zona de
amortecimento, limites das UCs...)
Implantação do programa “Vizinhos do Parque” Programa com visitas guiadas agendadas para escolas, A 2
universidades, comunitários e demais grupos de interesse
Elaboração do plano de comunicação e marketing das UCs municipais Para levantamento de informações nesse contexto e definição M 3
de estratégias de comunicação a serem utilizadas visando o
engajamento social pela valorização das UCs e Mata Atlântica
Dinamização do conselho consultivo das UCs Garantindo a representatividade social local, através da EA 1
renovação do conselho e criação de grupos de trabalho com

37
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

planos de ação associados como suporte a gestão das UCs


Implantação de infraestrutura rústica nas “Áreas Recreativas” Mesas de pique-nique, gazebos de madeira e telhado de sapê, EA 1
passarelas para cadeirantes, deques para contemplação da
natureza e prática de atividades inspiracionais, entre outros,
caso a caso. Se aplica a área ao lado do complexo
administrativo das UCs.
Manejo da visitação (informação, controle, manejo e monitoramento de impactos) Monitoramento do impacto da visitação a partir de indicadores A 3
físicos, biológicos e sociais associados a visitação
Realização de cursos e eventos de treinamento para conselheiros e comunitários do Temas a serem definidos pelo próprio conselho da UC EA 2
entorno
Realizar campanhas com a comunidade sobre como proceder em casos de acidentes Em parceria com universidades e corpo de bombeiros M 3
com animais peçonhentos e em casos de necessidade de salvamento da fauna
Reestruturar e recuperar trechos de trilhas que oferecem riscos físicos, ou implantar Realizar a instalação e manutenção periódica de todos os EA 2
traçado alternativo, quando necessário percursos com degraus, guarda-corpos, cordas de apoio, entre
outros
Contratar elaboração e implementação de projeto para adaptação da Trilha de acesso à Área Recreativa ao lado do complexo administrativo das UCs, A 3
Área Recreativa para portadores de necessidades especiais no Engenho Pequeno.
Elaborar um periódico digital para publicação de informações gerais realizadas na Informações gerais sobre as UCs para os parceiros, conselho B 2
Unidade das UCs e dentro da própria gestão municipal
Implantar e consolidar ações participativas de fortalecimento à educação ambiental com Ações nas escolas, espaços públicos do entorno, festas e A 3
a sociedade civil do entorno do Parque (escolas, moradores e produtores rurais), através festivais locais, entre outros
de campanhas e ações presenciais

Implantação de estruturas para o bikepark Em parceria com adeptos da atividade que historicamente A 1
fequentam e conhecem bem a APA
P lano de Expansão e Consolidaç ão das UCs
Consolidação de estudos para reconfiguração das UCs A partir das propostas apresentadas no presente plano de EA 1
manejo
Realizar levantamento fundiário da área ampliada do parque utilizando como método o Inspirado nos procedimentos utilizados pelo Inea e ICMBio EA 1
relatório de identificação fundiária
Regularização fundiária das áreas que compõem o parque municipal, se for o caso. Possibilidade de uso de recursos da Câmara de Compensação EA 4
Ambiental do Estado do Rio de Janeiro
P lano de Cooperaç ão Instituc ional
Fortalecer os meios de integração com instituições que tenham interface direta com a CEPAm/Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Inea, EA 1

38
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

gestão das UCs. Prefeituras de Niterói, Itaboraí e Maricá, Comitê de Bacias.


Submeter projeto de fortalecimento das UCs à Câmara de Compensação do ERJ (Fundo Articulação município-estado previamente A 2
da Mata Atlântica)
Articular repasse de recursos do ICMS Ecológico para as UCs Instrumento legal municipal regulamentando o repasse EA 2

39
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Área potencial para


instalação de estruturas
para o Bikepark. Declividade
adequada para um zique-
zague de trilha com
estruturas de madeira
parabólicas nas curvas.
Emboara no local haja um
reflorestamento, seria
compatível a instalação do
bikepark, porque o trajeto é
como uma trilha normal (ver
fotos na página seguinte).
Voluntários que usam
historicamente a área já se
prontificaram a colaborar e
manter, o que é um grande
ativo para a gestão. A
equipe do plano visitou o
Zoom Bike Park em Campos
do Jordão para troca de
conhecimentos.

Local para instalação de “área recreativa”. Área ao lado do complexo administrativo, acessado pela estrada, logo após o portal da guarita do GPAm, onde se tem uma
visão 360 graus para a Mata Atlântica local, ideal para instalar um gazebo de sapê, deque, mesas de pique-nique, entre outras estruturas de apoio ao visitante (ver foto
abaixo). O conceito de “área recreativa” é muito usual nos parques americanos.

40
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Exemplo de estruturas para “Áreas Recreativas” – nos EUA conhecidas como “Day Use Areas”, acessíveis a todos os tipos de visitantes, inclusive
portadores de necessidades especiais.

41
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

42
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Modelo de sinalização de UCs do Inea,


que pode ser utilizado como referência
para as UCs do município, até que o
manual de sinalização e identidade visual
do próprio seja elaborado.

43
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Bibliografia consultada
ALVES, Maria Alice S.; PACHECO, J. Fernando; GONZAGA, Luís A. P.; CAVALCANTI, Roberto B.;
RAPOSO, M. A.; YAMASHITA, Carlos; MACIEL, M. C. M. e CASTANHEIRA, M. Aves. IN: BERGALLO,
Helena G.; ROCHA, Carlos F. D.; ALVES, Maria A. S. e VAN SLUYS, Monique (orgs.). A fauna
ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2000. 166p. p. 113-
124.

CAETANO, A. F. P. Entre a Sombra e o Sol – A revolta da cachaça, A freguesia de São Gonçalo de


Amarante e a Crise politica fluminense. 2003. Dissertação de Pós-graduação (Mestrado em
Historia Social) – Universidade Federal Fluminense, Niterói.

FARIA, D.M. DE. 1995. Os morcegos da Santa Genébra, p. 100-106. In: P.L.C. MORELLATO & H.F.
LEITÃO-FILHO (Eds). Ecologia e Preservação de uma floresta tropical urbana. Campinas,
Universidade Estadual de Campinas, 136p.

FERREZ, Lila. Observando Aves no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janei ro: Líttera Maciel,
1992.112 p. Ações integradas no gerenciamento de resíduos e recuperação ambiental na
Faculdade de Formação de Professores da UERJ, São Gonçalo, RJ

FLEMING, T.H. 1986. Opportunism versus specialization: evolution of feeding strategies in


frugivorous bats, p. 105-118. In: A. ESTRADA & T.H. FLEMING (EDs). Frugivores and seed
dispersal. Dordrecht, W. Junk Puplisher, XIII+392p.

FILQUEIRAS, T.S.; BROCHADO, A.L.; NOGUEIRA, P.E.; GUALLA II, G.F. Caminhamento – Um
método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. In: Caderno Geociência IBGE, 1994,
p. 39-43.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do


Brasil. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, vol. 2, 2ª ed., 2002.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do


Brasil. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, vol. 1, 5ª ed., 2008.

GALETTI, M. & L.P.C. MORELLATO. 1994. Diet of the large fruit-eating bat Artibeus lituratus in a
forest fragment in Brazil. Mammalia, Paris, 58 (4): 661-665.
MARINHO-FILHO, J. 1992. Mamíferos da Serra do Japi, p. 264-286. In: L.P.C. MORELLATO
(Ed.). História natural da Serra do Japi. Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 321p.

MMA (Ministério do Meio Ambiente). Diagnóstico da visitação em parques nacionais e


estaduais. Brasília, Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2005.
OLIVEIRA, R. R.; ZAÚ, A. S.; LIMA, M. B. R.; VIANNA, M.C.; SODRÉ, D. O.; SAMPAIO, P. D..
Significado ecológico da orientação de encostas no Maciço da Tijuca, Rio de Janeiro. Oecologia
Brasiliensis, 1: p. 523 – 541, 1995.

PEREIRA, José Felipe Monteiro. Aves e pássaros comuns do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Technical Books. Editora, 2008. 164 p

PIMENTEL, Douglas. Programa de Recuperação Ambiental do Entorno da Faculdade de Formação


de Professores, UERJ/ São Gonçalo, RJ. Interagir: Pensando a Extensão, Rio de Janeiro, n. 1, p.
25-28, 2001.

44
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

QUINTANILHA, L.; VALLEJO, L. Uso Publico em Áreas Protegidas: Um roteiro de atividades para
fortalecimento de vivências e conscientização através da educação ambiental, in I ENCONTRO
FLUMINENSE DE USO PÚBLICO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: GESTÃ O E
RESPONSABILIDADES, n° 2, 2014, Anais Uso Público em Unidades de Conservação...
Departamento de Geografia e Programa de Pós Graduação em Geografia (PosGeo) da
Universidade Federal Fluminense (UFF)

RODRIGUES, H. C. Composição florística e fitossociológica de um trecho de Mata Atlântica na


Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Dissertação de mestrado. Museu
Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996,

PASSOS, F. & GRACIOLLI, G. Observações da dieta de Artibeus lituratus(Olfers) (Chiroptera,


Phyllostomidae) em duas áreas do sul do Brasil Rev. Bras. Zool. vol.21 no.3 Curitiba Sept. 2004

SANTOS, M.G. & PINTO, L.J.S. Riqueza biológica da Área de Proteção Ambiental do Engenho
Pequeno, São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. In: Interagir: pensando a extensão, Rio de
Janeiro, n. 9, p. 39-44, jan./jul. 2006.

RODRIGUES, H. C. Composição florística e fitossociológica de um trecho de Mata Atlântica na


Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Dissertação de mestrado. Museu
Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996,

SAZIMA, I.; W.A. FISCHER; M. SAZIMA & E.A. FISCHER. 1994. The fruit bat Artibeus lituratus as a
forest and city dweller. Ciência e Cultura, São Paulo, 46 (3): 164-168.

TABARELLI, M.; MANTOVANI, W. A riqueza de espécies arbóreas na floresta atlântica no sudeste


do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 22(2): p. 217 – 223, 1999.

ZORTÉA, M. & A.G. CHIARELLO. 1994. Observations on the big fruit-eating bat, Artibeus
lituratus, in an Urban Reserve of South-east Brazil. Mammalia, Paris, 58 (4): 665-670.

ZORTÉA, M. & S.L. MENDES. 1993. Folivory in the big fruit eating bat, Artibeus
lituratus (Chiroptera: Phyllostomidae) in eastern Brazil. Journal of Tropical Ecology ,
Cambridge, 9: 117-120.

45
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Anexos

o VISITAÇÃO: Quadro de trilhas e atrativos da APA e Parque


o FAUNA: Listas de espécies da fauna da APA e Parque
o FLORA: Lista integrada de espécies da flora da APA e Parque
o MAPAS TEMÁTICOS (tamanho entre parênteses):
1. Mapa básico (A1)
2. Trilhas e atrativos (A3)
3. Uso e Cobertura Vegetal (A1)
4. Geomorfologia (A3)
5. Bacias hidrográficas (A3)
6. Altitude (A3)
7. Solos (A3)
8. Suscetibilidade a inundações (A3)
9. Suscetibilidade à deslizamentos (A3)
10. Contexto de UCs (A3)
11. Zoneamento e desenvolvimento futuro (A1)
12. Configuração futura das UCs (A1)
13. Alocação de placas

46
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

ANEXOS

47
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

VISITAÇÃO
O uso público em áreas protegidas aproxima a sociedade destas áreas, despertando seu
interesse sobre a sua conservação e serve de oportunidade para desenvolver o aprendizado em
contato com a natureza (MMA, 2007). Seus objetivos são diversos e vão desde recreativo e
esportivo até científico, de interpretação ambiental e educativa (MMA, 2005).

“Conectar as pessoas à sua natureza, conhecer para conservar, porque precisamos da


natureza para prosperar”.

48
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Tabela: Critérios para Avaliaç ão do Grau de Dific uldade


Intensidade Q uanto ao terreno e distânc ia do Q uanto ao nível téc nic o Grau de
perc urso dific uldade
A – Apresenta poucas subidas I – Fácil, sendo necessária apenas boa saúde
1 – Fácil B – Trechos entre 100 a 1.000 metros GRAU 01
C – Apresenta terreno acidentado e II - Requer atividade física como caminhada
2 – Moderada subidas médias de 3 a 7 horas ao dia GRAU 02
D – Trechos entre 1.000 a 4.000 metros III - Caminhadas equivalentes a B, só que
requer alguma vivência em trilhas
E – Trechos entre 3.000 a 6.000 metros.
3 – Difícil F – Apresenta terreno acidentado e IV - Grande condicionamento físico, com GRAU 3
subidas longas experiência básica em trilhas
G – Trechos entre 5.000 a 10.000 metros
4 – Extrema H – Apresenta terreno acidentado com V - É necessária comprovada experiência de GRAU 04
subidas íngremes pelo menos três anos no tipo de expedição
Fonte: INEA - Administração do Parque Estadual da Serra da Tiririca, 2016

Q uadro: Caminhos e Trilhas P rinc ipais


Compri- Temp Grau de Estado
Trilha/Caminho Código Ponto Ponto Final mento o Dificuldade do Leito Atrações
Inicial (m) Médio
(ida)
Trilha Rala TRB Sede da Circuito 399 20 Moderado Ruim Florestas, formações
Bunda APA Mirante da min rochosas.
Guanabara
Circuito da CMG Caminho Rua Rogerio 2355 50 Moderado Médio Mirante da Guanabara,
Guanabara APA Fabricio min florestas, formações
rochosas, Baia da
Guanabara e UCs
vizinhas.
Trilha da Pedra TPS Rua Pedra Santa 160 10 Fácil Médio Florestas, afloramentos
Santa Rogerio min rochosos, matacões.
Fabricio
Trilha Pedra TPC Bike Pedra 1038 30 Moderado Médio Floresta, Córregos
Casada Park Casada min sazonais, formação
rochosas, Mirante
Cambucá
Bike Park BP Rua Rua Rogerio 2744 60 Moderado Médio Florestas, Mirantes,
Rogerio Fabricio min formações rochosas
Fabricio
Trilha Tamoios TT Centro Rua Rogerio 154 10 Fácil Médio Florestas, Centro de
de Fabricio min Visitantes e Mirante dos
Visitante Tamoios
s
Trilha do Platô TP Sede da Platô 176 10 Fácil Bom Área de piquenique,
APA min Mirante dos Jesuítas.
Caminho APA CAPA Rua Rua Rogerio 1278 30 Moderado Médio Sede Administrativa,
Rogerio Fabricio min Centro de visitantes,
Fabricio Circuito da Guanabara,
Trilha do Platô, Trilha da
Pedra Santa e Bike Park.

49
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Q uadro: P rinc ipais Mirantes da AP A Engenho P equeno


Mirante Altitude (m) Localização e Características Vista
Baia de Guanabara, Maciço da
Mirante da Guanabara Final do Circuito da
170 Serra dos Órgãos, região norte
norte Guanabara
de São Gonçalo.
Monumento Natural da Pedra
de Inoã, Parque Estadual da
Final do Circuito da
Mirante da Guanabara sul 170 Serra da Tiririca, Refugio da
Guanabara
Vida Silvestre de Maricá,
Região sul de São Gonçalo.
Floresta, vale, Parque Natural
Mirante dos Tamoios 82 Ao lado Centro de visitantes
do Engenho Pequeno.
Pedra Casada, Baia de
Mirante Cambucá 153 Trilha da Pedra Casada Guanabara, Maciço da Serra
dos Órgãos , Sede da APA.
Parque Natural Engenho
Mirante Pedra Casada 132 Final trilha Pedra Casada Pequeno, Bacia hidrográfica do
Rio Imboassu, Florestas.
Floresta, Região Leste de São
Mirante dos Jesuítas 87 Final Trilha do Platô
Gonçalo.
Monumento Natural da Pedra
de Inoã, Parque Estadual da
Mirante 2 153 Trilha Bike Park Serra da Tiririca, Refugio da
Vida Silvestre de Maricá,
Região sul de São Gonçalo.
Monumento Natural da Pedra
de Inoã, Parque Estadual da
Mirante 3 154 Trilha Bike Park Serra da Tiririca, Refugio da
Vida Silvestre de Maricá,
Região sul de São Gonçalo.
Baia de Guanabara, sede APA,
Região Norte de São Gonçalo,
Mirante da Conquista 146 Trilha Bike Park
Maciço da Serra dos Órgãos,
Florestas.
Baia de Guanabara, Região
Mirante dos Palmares 161 Rua Monsenhor José Silveira Lesta de São Gonçalo, Maciço
da Serra dos Órgãos.

50
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

O Inventário Rápido Faunístico realizado durante a execução do Plano de Manejo da APA do


Engenho Pequeno e do Parque Natural de São Gonçalo subsidiaram satisfatoriamente a
interpretação da biocenose constituinte da área em que se inserem as UCs que, apesar de
estarem sob ameaças eminentes, os resultados obtidos para a fauna na área estudada
permitem concluir que elas apresentam grande potencial para o reestabelecimento do seu
potencial ecológico, desde que ações efetivas sejam desencadeadas para minimizar os impactos
hoje existentes e maximizar as estratégias de conservação da biodiversidade local e potencial.

FAUNA
Sob a ótica da conservação da diversidade biológica é fortemente recomendado a
inserção dos temas: Reintrodução e Revigoramento no desenvolvimento de programas
de gestão das UCs estudadas. Vale ressaltar que tais ações devem ser precedidas de
estudos específicos capaz de subsidiar tecnicamente as ações de gestão. Neste sentido
recomenda-se que o reestabelecimento de espécies da fauna seja encarado como
instrumento importante para a conservação do habitat das UCs e a disseminação da
consciência ecológica dos moradores do seu entorno.
Recomenda-se também a inserção da fauna nos programas de restauração florestal, por
meio da utilização de técnicas de atração da fauna como puleiros e abrigos.
Recomenda-se também que as espécies de árvores nativas atrativas para a fauna sejam
priorizadas nos programas de restauração florestal.

51
Mamíferos com provável ocorrência na APAEP e PNMSG

TAX O N O CO RRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO TIP O DE


REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Canidae Cerdocyon thous cachorro- do-mato LC AP.II --- PE S3 / S 5


Procyon cancrivorus Mão-pelada LC --- --- PE S1 / S 5
Procyonidae
Nasua nasua Quati LC AP.III --- PE S5
Didelphis aurita Gambá LC --- --- --- P/ S1 / S2 / S5
Didelphidae
Philander frenatus Cuíca-de-quatro-olhos LC --- --- --- S
Felidae Puma yagouaroundi Jaguarundi LC AP.I / AP.II --- --- S5

Dasypodidae Dasypus novemcinctus Tatu- galinha LC --- --- --- P/ E


Callithrix penicilata Sagui de tufo branco --- AP.II --- --- P/ S5
Callitrichidae Callithrix jacux Sagui de tufo preto --- S4
Nectomys squamipes Rato-d’água LC --- --- --- S5
Cuniculidae Cuniculus paca Paca LC AP.III --- VU S5
Erethizontidae Coendou sp Ouriço-cacheiro --- --- EN --- S5
Leporidae Silvilagus brasiliensis Tapeti --- --- --- --- S1
Lontra longicaudis Lontra NT AP.I --- --- S5
Mustelidae
Galictis cuja Furão LC --- --- --- S5
Cavia aperea Preá LC --- --- --- P/ S1 / S4 / S5
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris Capivara LC --- --- --- P/ S5
Artibeus lituratus Morcego LC --- --- --- P/ S1 / S4
Phyllostomidae
Glossophaga soricina Morcego LC --- --- --- P/ S1 / S4
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TAX O N O CO RRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO TIP O DE


REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Molossus molossus Morcego LC --- --- --- P/ S1 / S4


Molossidade
Nyctynomops macrotis Morcego da cauda livre --- --- --- --- S1 /S4
Legenda:
P = Dados Primários de Campo Ap. II = Espécies não necessariamente ameaçada de extinção, mas cujo comércio
S = Dados Secundários * deve ser controlado a fim de evitar usos incompatíveis com sua sobrevivência
E = Dados oriundos de Entrevistas Semiestruturadas segundo o CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da
LC = Fora, ou baixa preocupação Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.
PE = População Estável

Fontes de pesquisas para o IRF APAEP dados secundários - mamíferos

2
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TRABALHO S CO NSULTADO S P ARA AS P ESQ UISAS RELACIO NADAS


LEGENDA AUTO R P ERÍO DO Nº ESP ÉCIES
AO LEVANTAMENTO DO S MAMÍFERO S
(4 ) voadores
Biodiversidade e Conservação dos Recursos Naturais da área de Proteção 2004
(S1 ) Santos et al.,2005
Ambiental do Engenho Pequeno, São Gonçalo, RJ. (5 ) não voadores

A Nec essidade de Inventários Biológic os nos remanesc entes de Mata


(S2 ) Santos et al.,2 0 0 5 2005 (4 ) voadores
Atlântic a do Munic ípio de São Gonç alo, RJ.

2
Aves com provável ocorrência na APAEP e PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre-vermelho LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Thamnophilus caerulescens Choca-da-mata LC --- VU PE S1


Thamnophilidae
Thamnophilus palliatus Choca-listrada LC --- --- PE S1 /S3

Ardea Alba Garça-branca-grande LC --- --- PE S1


Ardeidae
Egretta thula Garça-branca-pequena LC --- --- PE S1

Urubu-de-cabeça-
Cathartes aura LC --- --- PE S1
vermelha
Cathartidae
Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta LC --- --- PE S1, S3

Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Tyrannus melancholicus Suiriri LC --- --- PE S1

Camptostoma obsoletum Risadinha LC --- --- PE S3

Pitangus sulphuratus Bentevi LC --- --- PE S1 / S2 /S3


Tyrannidae
Megarynchus pitangua Neinei LC --- --- PE S3

Myiophobus fasciatus Filipe LC --- --- PE S3

Cnemotriccus fuscatus Guaracavuçu LC --- --- PE S3

Myiarchus ferox Maria-cavaleira LC --- --- PE S3


P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Elaenia flavogaster Maria-já-é-dia LC --- --- PE S1 /S3

Machetornis rixosa Bem-te-vi-do-gado LC --- --- PE S2

Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno LC --- --- PE S2

Myiozetetes similis Bentevizinho LC --- --- PE S1 /S3

Todirostrum cinereum Reloginho LC --- --- PE S1

Rhynchocyclidae Todirostrum poliocephalum Teque-teque LC --- --- PE S3

Tolmomyias flaviventris Bico-chato-amarelo LC --- --- PE S3

Mimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo LC --- --- PE S3

Milvago chimachima Gavião-carrapateiro LC AP. II --- PE S1

Falconidae Caracara plancus Carcará LC AP. II --- PE S3

Falco sparverius Quiriquiri LC AP. II --- PE S1

Columbina talpacoti Rolinha-roxa LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Geotrygon montana Pariri LC --- --- PE S3


Columbidae
Columba livia Pombo-doméstico LC --- --- PE S2

Leptotila verreauxi Juriti LC --- --- PE S1

Cuculidae Guira guira Anu-branco LC --- --- PE S1

2
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Tapera naevia Saci LC --- --- PE S3

Crotophaga ani Anu-preto LC --- --- PE S3

Beija-flor-de-garganta-
Amazilia fimbriata LC Ap. II --- PE S1
verde

Phaethornis ruber Rabo-branco-rubro LC --- --- PE S3

Besourinho-de-bico-
Trochilidae Chlorostilbon lucidus LC Ap. II --- PE S3
vermelho

Beija-flor-de-orelha-
Colibri serrirostris LC --- --- PE S2
violeta

Eupetomena macroura Beija-flor-tesourão LC Ap. II --- PE S1

Colaptes campestris Pica-pau-do-campo LC --- --- PE S1 / S 2

Melanerpes candidus Pica-pau-branco LC --- --- PE S2

Picapauzinho-de-testa-
Veniliornis maculifrons LC --- --- PE S3
pintada
Picidae
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo LC --- --- PE S3

Pica-pau-de-cabeça-
Celeus flavescens LC --- --- PE S3
amarela

Picumnus cirratus Pica-pau-anão LC --- --- PE S1 /S3

Hirundinidae Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora LC --- --- PE S1

3
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Andorinha-doméstica-
Progne chalybea LC --- --- PE S2
grande

Andorinha-pequena-de-
Pygochelidon cyanoleuca LC --- --- PE S1 / S2 /S3
casa

Passeridae Passer domesticus Pardal LC --- --- PE S1 / S 2

Troglodytidae Troglodytes musculus Cambaxirra LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Myiothlypis leucoblephara Pula-pula-assobiador LC --- --- PE S1


Parulidae
Setophaga pitiayumi Mariquita LC --- --- PE S3

Dacnis cayana Saí-azul LC --- --- PE S1

Coereba flaveola Caga-cebo LC --- --- PE S1 / S 2

Tangara sayaca Sanhaço-cinza LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Tangara palmarum Sanhaço-de-coqueiro LC --- --- PE S1 / S2 /S3

Figuinha-de-rabo-
Thraupidae Conirostrum speciosum LC --- --- PE S3
castanho

Ramphocelus bresilius Tiê-sangue LC --- --- PE S3

Saltator similis Trinca-ferro LC --- --- PE S1

Saltator maximus Tempera-viola LC --- --- PE S3

Volatinia jacarina Tiziu LC --- --- PE S1 / S 2

4
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Sporophila bouvreuil Caboclinho LC --- --- PE S1

Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira LC --- --- PE S2

Turtidae Turdus leucomelas Sabiá-branco LC --- --- PE S3

Turdus amaurochalinus Sabiá-poca LC --- --- PE S3

Tinamidae Crypturellus tataupa Inhambu-chintã LC --- --- PE S3

Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero LC --- --- PE S3

Strigidae Glaucidium brasilianum Caburé LC --- --- PE S3

Cariamidae Cariama cristata Seriema LC --- --- PE S3

Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo LC --- --- PE S3

Accipitridae Rupornis magnirostris Gavião-carijó LC --- --- PE S3

Parabuteo unicinctus Gavião-asa-de-telha LC --- --- PE S3

Furnarius rufus João-de-barro LC --- --- PE S3


Furnariidae
Certhiaxis cinnamomeus Curutié LC --- --- PE S3

Pipridae Manacus manacus Rendeira LC --- --- PE S3

Tiryridae Pachyramphus polychopterus Caneleiro-preto LC --- --- PE S3

Vireonidae Hylophilus thoracicus Vite-vite LC --- --- PE S3

5
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

TÁX O N O CRRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO


TIP O DE
REGISTRO
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Vireo olivaceus Juruviara-boreal LC --- --- PE S3

Fringillidae Euphonia chlorotica Fim-fim LC --- --- PE S3

Legenda:
P = Dados Primários de Campo
S = Dados Secundários
E = Dados oriundos de Entrevistas Semi-estruturadas
LC = Fora, ou baixa preocupação
PE = População Estável
Ap. II = Espécies não necessariamente ameaçada de extinção, mas cujo comércio deve ser controlado a fim de evitar usos incompatíveis c om sua sobrevivência segundo o
CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.

Fontes de pesquisas para o IRF APAEP dados secundários – aves

TRABALHO S CO NSULTADO S P ARA AS P ESQ UISAS RELACIO NADAS


AUTO R P ERÍO DO Nº ESP ÉCIMES
LEGENDA AO LEVANTAMENTO DAS AVES

Biodiversidade e Conservação dos Recursos Naturais da área de Proteção Ambiental do Engenho


(S1 ) Santos et al.,2005 2004 34
Pequeno, São Gonçalo, RJ.
As Aves do Campus da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (São Gonçalo, RJ) e sua
(S2 ) Silveira et al., 2008 2003 19
percepção pela Comunidade. Revista Vozes em Diálogo (CEH/UERJ) - nº2, Jul-Dez/2008

Aves da Fazenda Engenho Novo, em Monjolos, São Gonçalo, RJ.


Camacho et al., 2015 2015 51
(S3 ) https://www.taxeus.com.br/impressaolista/6095?o=eodefmeesesaiucn

6
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Répteis com provável ocorrência na APAEP e PNMSG.

P O TENCIAIS ESP ÉCIES DE RÉP TEIS O CO RRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO
REG
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Amphisbaenidae Leposternon microcephalum Cobra-cega --- --- --- --- S1 / S 2

Scincidae Mabuya agilis Lagarto --- --- --- --- S1 / S 2

Ameiva ameiva Calango-verde --- --- --- --- P / S1 / S2


Teiidae
Salvator merianae Teiú LC AP.II --- --- S1 / S 2 / E

Tropiduridae Tropidurus torquatus Calango LC --- --- --- S1 / S 2 / E

Anguidae Ophiodes striatus Cobra-de-vidro --- --- --- --- S1 / S 2

Oxybelis aeneus Bicuda --- --- --- --- S1 / S 2

Oxyrhopus petola digitalis Falsa-coral --- --- --- --- S1 / S 2

Philodryas patagonensis Palheira/ Limpa-campo --- --- --- --- S1 / S 2

Chironius sp. Cobra-cipó --- --- --- --- S1 / S 2

Colubridae Chironius exoletus Cobra-cipó --- --- --- --- PO/ E

Erythrolamprus sp Falsa-coral --- --- --- --- S1 / E

Spilotes pullatus Caninana --- --- --- --- PO

Sibynomorphus sp. Dormideira --- --- --- --- PO

Micrurus sp. Coral- verdadeira --- --- --- --- PO

1
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

P O TENCIAIS ESP ÉCIES DE RÉP TEIS O CO RRENTE NA ÁREA DE ESTUDO STATUS DE CO NSERVAÇÃO
REG
Família Espéc ies Nome vulgar IUCN CITES MMA RJ

Boidae Boa constrictor Jibóia P / S1 / E

Bothrops jararaca Jararaca --- --- --- --- P / S1 / S2

Viperidae Bothrops alternatus Urutu-cruzeiro --- --- --- --- PO

Bothrops jararacussu Jararacuçu LC --- --- --- PO

Gekkonidae Hemidactylus mabouia Lagartixa-de- parede P

Legenda:
P = Dados Primários de Campo
S = Dados Secundários *
E = Dados oriundos de Entrevistas Semi-estruturadas
PO = Potencial Ocorrência
LC = Fora, ou baixa preocupação
PE = População Estável
Ap. II = Espécies não necessariamente ameaçada de extinção, mas cujo comércio
deve ser controlado a fim de evitar usos incompatíveis com sua sobrevivência
segundo o CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da
Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção

2
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Fontes de pesquisas para o IRF APAEP dados secundários – répteis

TRABALHO S CO NSULTADO S P ARA AS P ESQ UISAS RELACIO NADAS


LEGENDA AUTO R P ERÍO DO
AO LEVANTAMENTO DO S MAMÍFERO S

Biodiversidade e Conservação dos Recursos Naturais da área de Proteção Ambiental do Engenho


(S1 ) Santos et al.,2005 2004
Pequeno, São Gonçalo, RJ.

A Necessidade de Inventários Biológicos nos remanescentes de Mata Atlântica do Município de São


(S2 ) Santos et al.,2005 2005
Gonçalo, RJ.

2
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Principais ameaças à fauna da PAEP e PNMSG.

Ameaç as à Fauna da P AEP e P NMSG

No âmbito das espécies exóticas invasoras, os saguis de tufo-branco (Callithrix


P resença de Espécies jacchus), de tufo-preto (C. penicillata) e populações híbridas entre as duas
Exótic as invasoras espécies estão entre as espécies que causam maior prejuízo à fauna das UCs,
sobretudo, sobre as espécies de aves por meio da predação de ninhos e filhotes.

Destaca-se a grande presença de animais domésticos como ameaça à fauna


nativa das UCs. Em especial, os cães (Canis familiaris) e gatos (Felis catus)
domésticos transpõem as áreas periurbanas e acessam o interior das unidades de
Espécies doméstic as
conservação, vivendo em contato direto com a fauna no interior das áreas de
mata. Cães e gatos representam grande impacto sobre a fauna silvestre das UCs
devido ao seu potencial para a caça e perseguição aos silvestres. Outras
atividades como urina, fezes e latidos afugentam indivíduos da fauna.

Durante as incursões de campo foi possível constatar grandes áreas acometidas


por incêndios florestais no entorno e no interior dos fragmentos de mata das
unidades de conservação. Os incêndios que acometem estas UCs podem ter
origem nas áreas periurbanas limítrofes às UCs por meio da perda de controle na
Inc êndios Florestais
queima de lixo residencial ou resto de poda e capina. Foi identificado também o
uso de fogo realizado por populares como forma de eliminar o capim no entorno
de residências. Esta prática representa grande ameaça às áreas naturais das UCs
estudadas. Outra ameaça significativa é a soltura de balões. Em uma das
incursões a equipe de fauna localizou um balão em área de mata.
A caça ou “apanha” também configura ameaça significativa à fauna nas UCs
avaliadas. Acredita-se que a caça esteja em declínio na área das UCs, uma vez
que as espécies cinegéticas já não são mais encontradas com abundância na
região. Sobretudo, identificamos uma armadilha para animal de pequeno porte
Caç a ou “apanha”
no interior de um fragmento de mata da APEP, além dos restos de um jirau,
ambos desativados. O grupo das aves sofre grande pressão devido a prática
centenária de captura. É comum presenciar aves aprisionadas e petrechos de
captura no entorno das UCs.

3
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Registro de área atingida por fogo em Balão encontrado no interior da mata.


ambiente de mata.

Petrecho de caça encontrada no interior de


Registro de antigo jirau de caça em um fragmento da APAEG.
ambiente de mata.

4
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

FLORA

5
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

FLO RA DA AP A DO ENGENHO P EQ UENO

Dados
GRAU
NO ME AMEA FO RMA ESTÁGIO SECUNDÁR
N° FAMÍLIA NO ME CIÊNTÍFICO CO MUM ÇA DE VIDA O RIGEM SÍNDRO ME DE DISP ERÇÃO SUCESSIO NAL IO S

Schinus terebinthifolia
1 Anacardiaceae Raddi Aroeira Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica PI

Astronium graveolens Gonçalo-


2 Anacardiaceae Jacq. alves Árvore Nativa Anemocórica SI

Tapirira guianensis Peito-de-


3 Anacardiaceae Aubl. pombo Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica PI

Spondias venulosa
4 Anacardiaceae (Engl.) Engl. Caja-mirim Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica SI

Nativa/Introd
5 Anacardiaceae Spondias mombin L. Caja-mirim Árvore uzida Barocórica/Quiropterocórica SI

Guatteria australis Pindaiba-


6 Annonaceae A.St.-Hil. preta Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica/Quiropterocórica ST

Nativa/Introd Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q
7 Annonaceae Annona mucosa Jacq. Beribá Árvore uzida uiropterocórica SI

Annona sylvatica Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q


8 Annonaceae A.St.-Hil. Araticum Árvore Nativa uiropterocórica SI

Aspidosperma
9 Apocynaceae parvifolium A.DC. Guatambú Árvore Nativa Autocórica/Anemocórica SI

Astrocaryum
10 Arecaceae Iri Erva Nativa ST
aculeatissimum Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri

6
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

(Schott) Burret ca

Syagrus
romanzoffiana Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q
11 Arecaceae (Cham.) Glassman Gerivá Erva Nativa uiropterocórica SI

Acrocomia aculeata Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri


12 Arecaceae (Jacq.) Lodd. ex Mart. Macauba Erva Nativa ca PI

Syagrus picrophylla Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri


13 Arecaceae Barb.Rodr. VU Erva Nativa ca ST

14 Arecaceae Attalea humilis Mart. Pindoba Erva Nativa Barocórica/Mamaliocórica PI

Nativa/Introd
15 Arecaceae Euterpe edulis Mart. Juçara VU Erva uzida Ornitocórica/Barocórica/Quiropterocórica C

Bactris caryotifolia Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri


16 Arecaceae Mart. Tucum Erva Nativa ca SI

Moquiniastrum
polymorphum (Less.)
17 Asteraceae G. Sancho Cambará Árvore Nativa Anemocórica PI

Sparattosperma
leucanthum (Vell.)
18 Bignoniaceae K.Schum. Ipê-5-chagas Árvore Nativa Anemocórica SI

Handroanthus
chrysotrichus (Mart.
19 Bignoniaceae ex DC.) Mattos Ipê-amarelo Árvore Nativa Anemocórica SI

Jacaranda jasminoides
20 Bignoniaceae (Thunb.) Sandwith Carobinha Árvore Nativa Anemocórica SI

7
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Jacaranda micrantha
21 Bignoniaceae Cham. Caroba Árvore Nativa Anemocórica SI

Zeyheria tuberculosa
22 Bignoniaceae (Vell.) Bureau ex Verl. Ipê-felpudo VU Árvore Nativa Anemocórica SI

Handroanthus aff.
umbellatus
23 Bignoniaceae (Sond.)Mattos Ipê Árvore Nativa Anemocórica SI x

Cordia trichotoma
24 Boraginaceae (Vell.) Arráb. ex Steud. Louro-pardo Árvore Nativa Anemocórica SI

Cordia taguahyensis Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q


25 Boraginaceae Vell. Arbusto Nativa uiropterocórica SI

Louro- Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q
26 Boraginaceae Cordia trichoclada DC. tabaco Árvore Nativa uiropterocórica SI x

Brasiliopuntia
brasiliensis (Willd.) Ficus-da- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc
27 Cactaceae A.Berger india Árvore Nativa orica N/D

Pereskia grandifolia
28 Cactaceae Haw. Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica/Quiropterocórica SI

Kielmeyera
29 Calophyllaceae membranacea Casar. Pau-santo Árvore Nativa Anemocórica SI

Trema micrantha (L.)


30 Cannabaceae Blume Pau-pólvora Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica PI

Celtis iguanaea (Jacq.)


31 Cannabaceae Sarg. grão-de-galo Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica/Quiropterocórica PI

8
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Monilicarpa brasiliana
(Banks ex DC.)
32 Capparaceae Cornejo & Iltis Arbusto Nativa Barocórica/Mamaliocórica SI

Chrysobalanace Couepia venosa


33 ae Prance Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica SI

Licania cf.octandra
Chrysobalanace (Hoffmanns. ex Roem.
34 ae & Schult.) Kuntze Farinha-seca Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica SI

Chrysobalanace
35 ae Licania riedelii Prance Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica PI x

Garcinia gardneriana
(Planch. & Triana)
36 Clusiaceae Zappi Bacuparí Árvore Nativa Barocórica/Mamaliocórica SI

Sloanea hirsuta
(Schott) Planch. ex
37 Elaeocarpaceae Benth. Sapopemba Árvore Nativa Autocórica ST

Sloanea guianensis
38 Elaeocarpaceae (Aubl.) Benth. Sapopemba Árvore Nativa Autocórica ST

Erythroxylum Arco-de-
39 Erythroxylaceae pulchrum A.St.-Hil. pipa Árvore Nativa Ornitocórica/Mirmecórica SI

Erythroxylum
frangulifolium A.St.-
40 Erythroxylaceae Hil. Milho cozido Arbusto Nativa Ornitocórica/Mirmecórica ST

41 Erythroxylaceae Erythroxylum sp. Árvore Nativa Ornitocórica/Mirmecórica N/D

42 Euphorbiaceae Árvore Nativa Autocórica SI


Actinostemon Laranjeira-

9
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

concolor (Spreng.) do-mato


Müll. Arg.

Alchornea glandulosa
43 Euphorbiaceae Poepp. & Endl. Tapiá Árvore Nativa Ornitocórica SI

Joannesia princeps
44 Euphorbiaceae Vell. Cutieira Árvore Nativa Autocórica/Mamaliocórica SI

Actinostemon
45 Euphorbiaceae klotzschii (Didr.) Pax Arbusto Nativa Autocórica SI

Sapium glandulosum Burra-


46 Euphorbiaceae (L.) Morong leiteira Árvore Nativa Autocórica PI

Piptadenia paniculata Monjolo-de-


47 Fabaceae Benth. espinho Árvore Nativa Autocórica PI

Apuleia leiocarpa
48 Fabaceae (Vogel) J.F.Macbr. Garapa VU Árvore Nativa Anemocórica C

Piptadenia
gonoacantha (Mart.)
49 Fabaceae J.F.Macbr. Pau-jacaré Árvore Nativa Autocórica PI

Pterocarpus rohrii
50 Fabaceae Vahl Aldrago Árvore Nativa Anemocórica SI

Mimosa bimucronata
51 Fabaceae (DC.) Kuntze Maricá Árvore Nativa Autocórica PI

Machaerium hirtum
52 Fabaceae (Vell.) Stellfeld Borrachudo Árvore Nativa Autocórica PI

Senna pendula
53 Fabaceae Fedegoso Arbusto Autocórica PI
(Humb.& Bonpl.ex Nativa/Introd

10
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Willd.) H.S.Irwin & uzida


Barneby

Exostyles venusta Guaxingaba


54 Fabaceae Schott açu Árvore Nativa Anemocórica C

Andira fraxinifolia
55 Fabaceae Benth. Angelim Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica PI

Inga laurina (Sw.) Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri


56 Fabaceae Willd. Ingá-branco Árvore Nativa ca PI

Peltophorum dubium
57 Fabaceae (Spreng.) Taub. Tamboríl Árvore Nativa Anemocórica PI

Abarema
cochliacarpos
(Gomes) Barneby &
58 Fabaceae J.W.Grimes Ingá-negro Árvore Nativa Autocórica SI

Swartzia flaemingii Pacová-de-


59 Fabaceae Raddi macaco Árvore Nativa Autocórica/Mamaliocórica SI

Libidibia ferrea (Mart. Nativa/Introd


60 Fabaceae ex Tul.) L.P.Queiroz Pau-ferro Árvore uzida Barocórica SI

Machaerium nyctitans Bico-de-


61 Fabaceae (Vell.) Benth. pato Árvore Nativa Anemocórica SI

Machaerium
cantarellianum
62 Fabaceae Hoehne Jacarandá Árvore Nativa Anemocórica SI

Dalbergia foliolosa
63 Fabaceae Benth. Jacarandá Árvore Nativa Anemocórica SI

11
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Anadenanthera
colubrina (Vell.)
64 Fabaceae Brenan Angico Árvore Nativa Autocórica PI

Machaerium
65 Fabaceae incorruptibile Allemão Árvore Nativa Anemocórica SI

Pseudopiptadenia
contorta (DC.)
66 Fabaceae G.P.Lewis & M.P.Lima Angico-torto Árvore Nativa Autocórica SI

Ingá-4- Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri
67 Fabaceae Inga vera Willd. quinas Árvore Nativa ca PI

Poincianella pluviosa Nativa/Introd


68 Fabaceae (DC.) L.P.Queiroz Sibipiruna Árvore uzida Autocórica SI

Dalbergia frutescens Rabo de Arbusto/Li


69 Fabaceae (Vell.) Britton bugio ana Nativa Anemocórica SI

Machaerium
lanceolatum (Vell.) Arbusto/Li
70 Fabaceae J.F.Macbr. ana Nativa Anemocórica PI

Chamaecrista
ensiformis (Vell.)
71 Fabaceae H.S.Irwin & Barneby Jaúna Árvore Nativa Autocórica ST

Swartzia apetala
72 Fabaceae Raddi var. apetala Árvore Nativa Autocórica SI

Nativa/Introd
73 Fabaceae Hymenaea courbaril L. Jatobá Árvore uzida Barocórica/Mamaliocórica ST

74 Fabaceae Araribá Árvore Nativa Anemocórica PI


Centrolobium

12
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

tomentosum Guillem.
ex Benth.

75 Fabaceae Machaerium sp. Árvore Nativa Anemocórica N/D

Machaerium firmum
76 Fabaceae (Vell.) Benth. Jacarandá Árvore Nativa Anemocórica SI

Machaerium
77 Fabaceae leucopterum Vogel Jacarandá Árvore Nativa Anemocórica SI

Senna macranthera
(DC. ex Collad.)
78 Fabaceae H.S.Irwin & Barneby Fedegoso Árvore Nativa Autocórica SI

Paubrasilia echinata
(Lam.) Gagnon, Nativa/Introd
79 Fabaceae H.C.Lima & G.P.Lewis Pau-brasil VU Árvore uzida Autocórica ST

Plathymenia reticulata
80 Fabaceae Benth. Vinhático Árvore Nativa Autocórica C

Senna multijuga
(Rich.) H.S.Irwin &
81 Fabaceae Barneby Aleluia Árvore Nativa Autocórica SI

Andira ormosioides Angelim-


82 Fabaceae Benth. miudo Árvore Nativa Barocórica/Quiropterocórica ST

Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri
83 Fabaceae Ingá sp. Ingá Árvore Nativa ca N/D

Muellera virgilioides
(Vogel) M.J. Silva & Embira-de-
84 Fabaceae A.M.G. Azevedo sapo Árvore Nativa Anemocórica SI x

13
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Machaerium
85 Fabaceae brasiliense Vogel Jacarandá Árvore Nativa Anemocórica SI x

Machaerium
ovalifolium Glaz. ex
86 Fabaceae Rudd Árvore Nativa Anemocórica SI x

Myrocarpus
87 Fabaceae cf.frondosus Allemão Cabriuva Árvore Nativa Anemocórica ST x

Myrocarpus
88 Fabaceae fastigiatus Allemão Cabriuva Árvore Nativa Anemocórica ST x

Senegalia bahiensis
(Benth.) Seigler &
89 Fabaceae Ebinger Árvore Nativa Autocórica PI x

90 Lamiaceae Vitex polygama Cham. Tarumã Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica SI

Nectandra Canela-
91 Lauraceae oppositifolia Nees ferrugem Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica SI

92 Lauraceae Ocotea sp Canela Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica N/D

93 Lauraceae Ocotea elegans Mez Canela Árvore Nativa Ornitocórica/Barocórica ST x

Eschweilera
compressa (Vell.) Sapucainha-
94 Lecythidaceae Miers mirim EN Árvore Nativa Barocórica/Mamaliocórica SI

Cariniana legalis Jequitibá-


95 Lecythidaceae (Mart.) Kuntze rosa EN Árvore Nativa Anemocórica C

Couratari pyramidata Canudo-de-


96 Lecythidaceae (Vell.) Kunth pito EN Árvore Nativa Anemocórica ST

14
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Lecythis pisonis Nativa/Introd


97 Lecythidaceae Cambess. Sapucaia Árvore uzida Barocórica/Mamaliocórica ST

Pseudobombax
grandiflorum (Cav.)
98 Malvaceae A.Robyns Imbiruçu Árvore Nativa Anemocórica SI

Luehea grandiflora Açoita-


99 Malvaceae Mart. & Zucc. cavalo Árvore Nativa Anemocórica SI

10 Ceiba erianthos (Cav.) Paineira-de-


0 Malvaceae K.Schum. pedra Árvore Nativa Anemocórica SI

10 Ceiba speciosa (A.St.- Paineira-


1 Malvaceae Hil.) Ravenna rosa Árvore Nativa Anemocórica SI

10 Melastomatace Miconia prasina (Sw.)


2 ae DC. Pixirica Árvore Nativa Ornitocórica SI

Miconia
10 Melastomatace cinnamomifolia (DC.)
3 ae Naudin Jacatirão Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica PI

10 Melastomatace Tibouchina granulosa Quaresmeir


4 ae (Desr.) Cogn. a Árvore Nativa Anemocórica PI

10 Melastomatace Miconia albicans (Sw.) Canela-de-


5 ae Triana velho Arbusto Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica PI

10 Melastomatace
6 ae Miconia sp. Arbusto Nativa Ornitocórica N/D

10 Guarea guidonia (L.)


7 Meliaceae Sleumer Carrapeta Árvore Nativa Barocórica SI

15
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

Trichilia
10 pseudostipularis
8 Meliaceae (A.Juss.) C.DC. Arbusto Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica SI

10 Allophylus edulis (A.


9 Meliaceae St. Hil.) Radlk. Chal-Chal Árvore Nativa Ornitocórica SI

11
0 Meliaceae Trichilia hirta L. Catiguá Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica SI

11 Trichilia elegans
1 Meliaceae A.Juss. Catiguá Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica SI

Mama-
11 Brosimum guianense cadela- Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q
2 Moraceae (Aubl.) Huber vermelha Árvore Nativa uiropterocórica ST

11
3 Moraceae Ficus sp.1 Figueira Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica N/D

11
4 Moraceae Ficus arpazusa Casar. Figueira Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica ST

11 Sorocea hilarii Folha-de-


5 Moraceae Gaudich. serra Arbusto Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica SI

11 Myrcia splendens Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q


6 Myrtaceae (Sw.) DC. Guamirim Árvore Nativa uiropterocórica PI

11 Pitanga Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica/Q
7 Myrtaceae Eugenia florida DC. preta Árvore Nativa uiropterocórica SI

11 Psidium guineense Nativa/Introd


8 Myrtaceae Sw. Araça Arbusto uzida Ornitocórica/Mamaliocórica/Barocórica PI

16
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

11 Eugenia candolleana Cambuí-


9 Myrtaceae DC. roxo Árvore Nativa Ornitocórica SI

12 Árvore/Ar
0 Myrtaceae Eugenia uniflora L. Pitanga busto Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica SI

12 Eugenia brasiliensis
1 Myrtaceae Lam. Grumixama Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica SI

12 Plinia cauliflora Nativa/Introd


2 Myrtaceae (Mart.) Kausel Jaboticaba Árvore uzida Ornitocórica/Mamaliocórica ST

Myrciaria floribunda
12 (H.West ex Willd.) Cambuí-
3 Myrtaceae O.Berg vermelho Árvore Nativa Ornitocórica ST

12
4 Myrtaceae Eugenia sp. Árvore Nativa Ornitocórica N/D

Myrciaria glazioviana
12 (Kiaersk.) G.M.Barroso Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri
5 Myrtaceae ex Sobral Cabeludinha Árvore Nativa ca SI

12 Barocórica/Mamaliocórica/Quiropterocóri
6 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiaba Árvore Naturalizada ca PI

12 Guapira opposita
7 Nyctaginaceae (Vell.) Reitz João-mole Árvore Nativa Ornitocórica SI

12 Guapira hirsuta Árvore/Ar


8 Nyctaginaceae (Choisy) Lundell João-mole busto Nativa Ornitocórica SI

Heisteria
12 perianthomega (Vell.) Estrela-
9 Olacaceae Sleumer vermelha Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica ST

17
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

13 Pera heteranthera
0 Peraceae (Schrank) I.M.Johnst. Tobocuva Árvore Nativa Ornitocórica SI

13 Pera glabrata (Schott) Tamanqueir


1 Peraceae Poepp. ex Baill. a Árvore Nativa Ornitocórica SI

13 Chaetocarpus Arranha- Árvore/Ar


2 Peraceae myrsinites Baill. gato busto Nativa Indeterminado SI x

13 Gallesia integrifolia
3 Phytolaccaceae (Spreng.) Harms Pau-d'alho Árvore Nativa Anemocórica PI

13 Pimenta-de- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc
4 Piperaceae Piper arboreum Aubl. morcego Arbusto Nativa órica SI

Myrsine coriacea
13 (Sw.) R.Br. ex Roem. &
5 Primulaceae Schult. Capororoca Árvore Nativa Ornitocórica PI

13 Roupala Carne-de-
6 Proteaceae montana Aubl. vaca Árvore Nativa Anemocórica ST

13 Coutarea hexandra
7 Rubiaceae (Jacq.) K.Schum. Quina Árvore Nativa Anemocórica SI

13 Guettarda viburnoides Veludo- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


8 Rubiaceae Cham. & Schltdl. branco Árvore Nativa órica SI

13
9 Rubiaceae Genipa americana L. Genipapo Árvore Nativa Barocórica/Mamaliocórica SI

Genipa
14 infundibuliformis
0 Rubiaceae Zappi & Semir Árvore Nativa Barocórica/Mamaliocórica SI

18
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

14 Posoqueria latifolia Baga-de-


1 Rubiaceae (Rudge) Schult. macaco Árvore Nativa Mamaliocórica/Quiropterocórica ST

14 Amaioua pilosa
2 Rubiaceae K.Schum. Árvore Nativa Barocórica/Ornitocórica SI

14 Psychotria nitidula
3 Rubiaceae Cham. & Schltdl. Arbusto Nativa Barocórica/Ornitocórica SI

14 Chomelia pubescens
4 Rubiaceae Cham. & Schltdl. Árvore Nativa Ornitocórica/Quiropterocórica SI

14 Zanthoxylum Mamica-d- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


5 Rutaceae rhoifolium Lam. porca Árvore Nativa órica SI

14 Dictyoloma
6 Rutaceae vandellianum A.Juss. Tinguí-preto Árvore Nativa Anemocórica ST

Casearia
14 commersoniana Guaçatonga
7 Salicaceae Cambess. de cheiro Arbusto Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

14 Casearia obliqua Gauaçatung


8 Salicaceae Spreng. a Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

14
9 Salicaceae Casearia sylvestris Sw. Pau-espeto Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica PI

15 Casearia decandra
0 Salicaceae Jacq. Guaçatonga Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

15 Cupania racemosa Camboatá-


1 Sapindaceae (Vell.) Radlk. vermelho Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

Sapindaceae Camboatá Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI


15 Cupania oblongifolia

19
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

2 Mart.

15 Cupania vernalis
3 Sapindaceae Cambess. Camboatá Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

15 Tripterodendron
4 Sapindaceae filicifolium Radlk. Árvore Nativa Anemocórica ST

15 Matayba guianensis
5 Sapindaceae Aubl. Mataíba Árvore Nativa Ornitocórica/Mamaliocórica SI

15 Pouteria caimito (Ruiz Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


6 Sapotaceae & Pav.) Radlk. Abíu Árvore Nativa órica SI

15 Chrysophyllum Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc
7 Sapotaceae flexuosum Mart. Aguaí Árvore Nativa órica ST

15 Aureliana fasciculata
8 Solanaceae (Vell.) Sendtn. Courana Arbusto Nativa Mamaliocórica/Quiropterocórica PI

Solanum
15 swartzianum Roem. &
9 Solanaceae Schult. Erva-prata Árvore Nativa Mamaliocórica/Quiropterocórica PI

16 Solanum pseudoquina Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


0 Solanaceae A.St.-Hil. Joá Árvore Nativa órica PI

16 Solanum Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc
1 Solanaceae mauritianum Scop. Fumo-bravo Arbusto Nativa órica PI

16 Solanum asperum Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


2 Solanaceae Rich. Jurubeba Arbusto Nativa órica PI

16 Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc
3 Solanaceae Cestrum axillare Vell. Coerana Arbusto Nativa órica PI

20
P LA NO DE MANEJO INTEGRADO APAEPMC E PNMSG

16 Cecropia glaziovii Embaúba- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


4 Urticaceae Snethl. vermelha Árvore Nativa órica PI

16 Cecropia Embaúba- Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


5 Urticaceae pachystachya Trécul branca Árvore Nativa órica PI

16 Urera baccifera (L.) Ornitocórica/Mamaliocórica/Quiropteroc


6 Urticaceae Gaudich. ex Wedd. Urtigão Arbusto Nativa órica PI

16 Aegiphila sellowiana
7 Verbenaceae Cham. Papagaio Árvore Nativa Ornitocórica PI

16 Rinorea aff.guianensis
8 Violaceae Aubl. Árvore Nativa Autocórica SI x

21

Você também pode gostar