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Resolução - 23 QUESTÕES

O texto discute a possibilidade de uma pedagogia marxiana, desafiando a ideia de que Marx não formulou teorias pedagógicas. Ele destaca a união entre ensino e trabalho produtivo como fundamental na proposta educacional de Marx e Engels, visando a formação integral do indivíduo. O autor também aponta lacunas na discussão sobre formação intelectual nas obras de Marx, especialmente em O Capital.

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Resolução - 23 QUESTÕES

O texto discute a possibilidade de uma pedagogia marxiana, desafiando a ideia de que Marx não formulou teorias pedagógicas. Ele destaca a união entre ensino e trabalho produtivo como fundamental na proposta educacional de Marx e Engels, visando a formação integral do indivíduo. O autor também aponta lacunas na discussão sobre formação intelectual nas obras de Marx, especialmente em O Capital.

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DISCIPLINA: DIDÁTICA DO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

PROFESSORA: CLEIDE BARROSO


DUPLA: ARNALDO DIAS FERREIRA
ANTONIO MARCOS JUSTINO MATIAS

LIVRO: MARX E A PEDAGOGIA MODERNA / MARIO ALIGHIERO


MANACORDA
P. 33 A 56- PARTE 1
1. Qual é a questão central discutida no início do texto?
Trata da existência ou pelo menos a possibilidade de uma pedagogia Marxiana,
ainda que de certa forma, contradiz a ideia da filosofia difundida por Marx.

2. Por que alguns autores negam a existência de uma pedagogia marxiana?

Porque ele não desenvolveu nenhuma teoria pedagógica formal, e concentrou suas
discussões no modelo de economia capitalista e na luta de classes.

3. O que O. Iu. Schmidt afirmou sobre a pedagogia em Marx?

Schmidt afirmou que Marx mencionou a necessidade de substituir a instrução


profissional pela politécnica, considerado um erro, mas esse tema seria secundário
dentro da grandeza de sua obra.
“Sim, em Marx se encontra uma frase segundo a qual a instrução
profissional deve ceder lugar à instrução politécnica, mas, mesmo supondo
que, neste problema para ele secundário, Marx tenha cometido um erro,
nem por isso diminuirá a sua celebridade ou a nossa admiração por ele
(apud Rudnev, 1961, p. 256)” (Manacorda, 2007, p. 33).

4. Como o texto rebate a crítica de Schmidt?


O autor apresenta outros pontos de vista que refutam a ideia inicial de Schimidt em
relação a uma análise de apenas uma frase de Marx, pois considera um erro reduzir
a análise da pedagogia em Marx a uma única frase. A obra marxiana contém
centenas de páginas com justificativas explícitas e implícitas sobre questões
pedagógicas.
“[...] reduzir essa temática em Marx a uma frase e analisar esta frase como
um erro acidental é, na realidade, apenas um equívoco de Schmidt...
bastariam as centenas de páginas nas quais aquela tese pedagógica,
explícita ou implicitamente, se justifica” (Manacorda, 2007, p. 34).
5. Qual é a relação entre marxismo e filosofia abstrata segundo o texto?
Segundo o texto, a relação entre marxismo e filosofia abstrata é de oposição e
crítica. O marxismo é apresentado como uma destruição de toda filosofia abstrata,
não podendo ser reduzido a mais uma filosofia desse tipo.
“Apresentando-se o marxismo em geral como destruição de toda filosofia,
não pode, com certeza, ser reduzido a uma filosofia abstrata, pois isso
significaria degradá-lo a uma ideologia... como atitude mental que surge
numa sociedade dividida em classes [...]” (Manacorda, 2007, p. 34).

6. O que Marx entendia por comunismo?


Ele entendia o comunismo não como um ideal abstrato, mas como “o movimento
real que subverte o atual estado das coisas” ou seja, um processo concreto de
transformação da sociedade. Isso o afasta de toda filosofia especulativa e abstrata,
focando na análise material da realidade e suas contradições.

7. Em quais momentos históricos Marx e Engels elaboraram textos com


propostas pedagógicas explícitas?

O texto aponta três momentos que foram durante a redação de três programas
políticos: Manifesto do Partido Comunista, Primeira Associação Internacional dos
Trabalhadores e Primeiro Partido Operário Unitário da Alemanha.

8. O que propõe o parágrafo 18 dos "Princípios do Comunismo" de Engels?

É um parágrafo que propõe “Instrução a todas as crianças, assim que possam


prescindir dos cuidados maternos, em institutos nacionais e a expensas da nação.
Instrução e trabalho de fábrica [Fabrikation] vinculados” (Manacorda, 2007, p. 36).
Desse modo, a educação pública para todas as crianças, associando ensino e
trabalho produtivo, introduz um caráter socialista à proposta educativa.

9. Qual é a especificidade socialista da proposta de Engels sobre educação?

A Especificidade proposta por Engels está na união da instrução com o trabalho


produtivo, o que diferencia essa proposta das concepções liberais tradicionais,
apontada no seguinte trecho:
“[...] tipicamente socialista é, aqui, aquela união da instrução e do trabalho
de fábrica [...] que Engels, aliás, não inventa, mas acha já proclamada e
praticada pelos utópicos, em especial por Robert Owen” (Manacorda, 2007,
p. 36).
10. O que se busca evitar com a união de ensino e trabalho produtivo?
Busca-se evitar a unilateralidade imposta pela divisão do trabalho, promovendo o
desenvolvimento onilateralidade do indivíduo, ou seja, múltiplas capacidades e
aptidões que possam ser aplicadas de forma alternada segundo as necessidades da
sociedade e as inclinações pessoais
“O ensino [...] procurará alcançar o fim educativo de evitar nos jovens toda
unilateralidade e de estimular-lhes a onilateralidade, com o resultado prático
de torná-los disponíveis para alternar a sua atividade [...]” (Manacorda,
2007, p. 38).

11. Como Marx critica o ensino industrial burguês em "Trabalho assalariado e


capital"?
Ele critica o ensino industrial burguês por seu caráter filantrópico e utilitarista, ou
seja, ele argumenta que esse tipo de instrução visa apenas adaptar o trabalhador às
necessidades impostas pelo capital, tornando-o multifuncional para resistir às
flutuações do mercado e das inovações tecnológicas, sem questionar a estrutura de
exploração existente. Assim, Marx denuncia o caráter adaptativo do ensino industrial
burguês, que visa apenas tornar o trabalhador funcional diante das mudanças do
mercado:
“O verdadeiro significado que o ensino recebeu entre os economistas
filantrópicos é este: treinar cada operário no maior número possível de
ramos de trabalho, de modo que, se por introdução de novas máquinas ou
por mudanças na divisão do trabalho, ele vier a ser expulso de um ofício,
possa mais facilmente achar colocação em outro” (Manacorda, 2007, p. 38)

12. O que Marx propõe no Manifesto do Partido Comunista sobre educação?

Ele propõe um “Ensino público e gratuito a todas as crianças. Abolição do trabalho


das crianças nas fábricas em sua forma atual. Unificação do ensino com a produção
material [mit der materiellen Produktion]” (Manacorda, 2007, p. 38), reforçando o
vínculo entre educação e transformação da realidade social.

13. Qual é a diferença entre as formulações de Engels e Marx sobre educação?

Enquanto Engels detalha a estrutura da educação integrada ao trabalho, já Marx


acrescenta um ponto fundamental, a abolição do trabalho infantil nas fábricas,
ausente na versão de Engels. Assim, Marx amplia a crítica à exploração capitalista,
articulando a defesa da educação pública com a proteção da infância.

14. Qual é o objetivo pedagógico maior, segundo a perspectiva marxiana?

É a formação do homem onilateral, ou seja, um ser humano desenvolvido em todas


as suas potencialidades, superando a unilateralidade provocada pela divisão
capitalista do trabalho.
15. O texto conclui que existe uma pedagogia marxiana? Explique.

A partir da leitura, conclui-se que sim, o texto afirma que é possível identificar uma
pedagogia marxiana, embora não sistematizada nos moldes tradicionais. Trata-se de
uma perspectiva pedagógica que emerge da crítica marxista à sociedade capitalista
e que propõe a transformação do indivíduo por meio da união entre trabalho e
educação.

16. Qual é a “grande ideia fundamental” da pedagogia marxista destacada no


texto?
​​
De acordo com o texto, é a união do ensino com o trabalho produtivo. Essa proposta
é considerada por Lênin como um dos pilares da pedagogia marxista, sendo
reafirmada ao longo das intervenções políticas de Marx, como no Manifesto e nas
Instruções aos Delegados.

17. Como Marx propõe dividir as crianças e adolescentes para fins de trabalho
nas “Instruções aos Delegados”?
Essa proposta, segundo Marx, consiste em dividir as crianças e adolescentes em
três grupos etários: de 9 a 12 anos (2 horas diárias de trabalho), de 13 a 15 anos (4
horas) e de 16 a 17 anos (6 horas). Essa organização visa garantir a formação
integral sem exploração infantil. Fazemos uma crítica a permanência do trabalho
infantil.

18. Quais são os três elementos do ensino definidos por Marx nas Instruções?
Ele acreditava que esses elementos: ensino intelectual, educação física (inclusive
com exercícios militares) e adestramento tecnológico (fundamentos teóricos e
práticos dos processos produtivos) poderiam ser vistos como complementares e
necessários para a formação plena do indivíduo.
19. Para quem Marx considera válido esse modelo de ensino-trabalho?
Marx declara expressamente que o ensino deve ser destinado a “toda criança, sem
distinção”, qualquer que seja a sua classe social. Logo, o modelo de ensino
articulado ao trabalho não se limita à classe operária.
20. Como Marx avalia a legislação inglesa sobre ensino nas fábricas,
mencionada em O Capital?
Marx considera que a legislação inglesa, ao prever o ensino elementar obrigatório
nas fábricas, demonstrou a possibilidade de vincular ensino, trabalho manual e
educação física. Uma espécie de embrião do ensino do futuro, não como
instrumento de aumento da produção, mas como meio de formação de “homens
plenamente desenvolvidos”. (Manacorda, 2007, p. 45).
21. Qual é a diferença entre ensino “politécnico” e “tecnológico” segundo o
texto?
O autor explica que o termo “politécnico” enfatiza a preparação polivalente do
trabalhador para diferentes atividades, enquanto o ensino “tecnológico” destaca a
unidade entre teoria e prática, superando a dicotomia entre trabalho manual e
intelectual. Ambos se opõem à fragmentação imposta pela divisão capitalista do
trabalho, conforme o texto “o politecnicismo sublinha o tema da disponibilidade para
os vários trabalhos ou para as variações dos trabalhos, enquanto a tecnologia
sublinha, com sua unidade de teoria e prática” (Manacorda, 2007, p. 48)
22. Qual é o papel do poder político, segundo Marx, para implementar a escola
do futuro?
Marx aponta que a transformação do ensino só pode ocorrer com a conquista do
poder político pelo proletariado. Ele defende que apenas por meio de “leis impostas
com a força do Estado” será possível implantar a escola do futuro, vinculada ao
trabalho produtivo.
23. O texto aponta alguma lacuna ou questão em aberto na proposta de Marx
sobre educação?
Sim, uma das lacunas indicadas por Manacorda diz respeito à ausência de uma
discussão mais elaborada sobre a formação intelectual nas obras tardias de Marx,
especialmente em O Capital. Ele aponta que embora essa formação apareça nas
Instruções aos Delegados, ela não foi sistematizada posteriormente, o que gera uma
tensão entre diferentes momentos da obra marxiana, Manacorda aponta que “No
entanto, não se fala da formação intelectual enquanto tal, enquanto parte do
processo geral de ensino, em O Capital” (Manacorda, 2007, p. 49).

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