PORTARIA No 992, DE 13 DE MAIO DE 2009
Institui a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os
incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a diretriz do Governo Federal de reduzir as iniquidades por meio da execução
de políticas de inclusão social;
Considerando os compromissos sanitários prioritários nos Pactos pela Vida, em Defesa do
SUS e de Gestão, pactuados entre as esferas de governo na consolidação do SUS, visando qualificar
a gestão e as ações e serviços do sistema de saúde;
Considerando o caráter transversal das ações de saúde da população negra e o processo de
articulação entre as Secretarias e órgãos vinculados ao Ministério da Saúde e as instâncias do
Sistema Único de Saúde - SUS, com vistas à promoção de equidade;
Considerando que esta Política foi aprovada no Conselho Nacional de Saúde - CNS e
pactuada na Reunião da Comissão Intergestores Tripartite – CIT;
Considerando a instituição do Comitê Técnico de Saúde da População Negra pelo Ministério
da Saúde, por meio da Portaria n° 1.678/GM, de 13 de agosto de 2004, que tem a finalidade de pro-
mover a equidade e igualdade racial voltada ao acesso e à qualidade nos serviços de saúde, à
redução da morbimortalidade, à produção de conhecimento e ao fortalecimento da consciência
sanitária e da participação da população negra nas instâncias de controle social no SUS; e
Considerando o Decreto n° 4.887, de 20 de novembro de 2003, que cria o Programa Brasil
Quilombola, com o objetivo de garantir o desenvolvimento social, político, econômico e cultural
dessas comunidades, e conforme preconizado nos arts. 215 e 216 da Constituição, no art. 68 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT e na Convenção 169 da Organização
Internacional do Trabalho - OIT, resolve:
Art. 1. Instituir a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
Art. 2. A Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa SGEP articulará no âmbito do
Ministério Saúde, junto às suas Secretarias e seus órgãos vinculados, a elaboração de instrumentos
com orientações específicas, que se fizerem necessários à implementação desta Política.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA
CAPITULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
1. Princípios Gerais
A Constituição de 1988 assumiu o caráter de Constituição Cidadã, em virtude de seu
compromisso com a criação de uma nova ordem social. Essa nova ordem tem a seguridade social
como "um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social" (BRASIL,
1988, art. 194).
Esta Política está embasada nos princípios constitucionais de cidadania e dignidade da
pessoa humana (BRASIL, 1988, art. 1o, inc. II e III), do repúdio ao racismo (BRASIL, 1988, art.
4o, inc. VIII), e da igualdade (BRASIL, art. 5o, caput). É igualmente coerente com o objetivo
fundamental da República Federativa do Brasil de "promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação" (BRASIL, 1988, art. 3o,
inc. IV).
Reafirma os princípios do Sistema Único de Saúde - SUS, constantes da Lei no 8.080, de 19
de setembro de 1990, a saber: a) a universalidade do acesso, compreendido como o "acesso
garantido aos serviços de saúde para toda população, em todos os níveis de assistência, sem
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie"; b) a integralidade da atenção, "entendida como
um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigido para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema"; c) a igualdade
da atenção à saúde; e d) a descentralização político-administrativa, com direção única em cada
esfera de governo (BRASIL, 1990a,art. 7o, inc. I, II, IV IX).
A esses vêm juntar-se os da participação popular e do controle social, instrumentos
fundamentais para a formulação, execução, avaliação e eventuais redirecionamentos das políticas
públicas de saúde. Constituem desdobramentos do princípio da "participação da comunidade"
(BRASIL, 1990a, art. 7o, inciso VIII) e principal objeto da Lei no 8.142, de 28 de dezembro de
1990, que instituiu as conferências e conselhos de saúde como órgãos colegiados de gestão do SUS,
com garantia de participação da comunidade (BRASIL, 1990b).
Igualmente importante é o princípio da equidade. A iniquidade racial, como fenômeno social
amplo, vem sendo combatida pelas políticas de promoção da igualdade racial, regidas pela Lei no
10.678/03, que criou a SEPPIR. Coerente com isso, o princípio da igualdade, associado ao objetivo
fundamental de conquistar uma sociedade livre de preconceitos na qual a diversidade seja um valor,
deve desdobrar-se no princípio da equidade, como aquele que embasa a promoção da igualdade a
partir do reconhecimento das desigualdades e da ação estratégica para superá-las. Em saúde, a
atenção deve ser entendida como ações e serviços priorizados em razão de situações de risco e
condições devida e saúde de determinados indivíduos e grupos de população.
O SUS, como um sistema em constante processo de aperfeiçoamento, na implantação e
implementação do Pacto pela Saúde, instituído por meio da Portaria no 399, de 22 de fevereiro de
2006, compromete-se com o combate às iniquidades de ordem sócio-econômica e cultural que
atingem a população negra brasileira (BRASIL, 2006).
Cabe ainda destacar o fato de que esta Política apresenta como princípio organizativo a
transversalidade,caracterizada pela complementaridade, confluência e reforço recíproco de
diferentes políticas de saúde. Assim,contempla um conjunto de estratégias que resgatam a visão
integral do sujeito, considerando a sua participação no processo de construção das respostas para as
suas necessidades, bem como apresenta fundamentos nos quais estão incluídas as várias fases do
ciclo de vida, as demandas de gênero e as questões relativas à orientação sexual, à vida com
patologia e ao porte de deficiência temporária ou permanente.
2. Marca
Reconhecimento do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional
como determinantes sociais das condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES GERAIS E OBJETIVOS
1. Diretrizes Gerais:
• I - inclusão dos temas Racismo e Saúde da População Negra nos processos de formação
e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na
saúde;
• II - ampliação e fortalecimento da participação do Movimento Social Negro nas
instâncias de controle social das políticas de saúde, em consonância com os princípios da
gestão participativa do SUS, adotados no Pacto pela Saúde;
• III - incentivo à produção do conhecimento científico e tecnológico em saúde da
população negra;
• IV - promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo
aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas;
• V - implementação do processo de monitoramento e avaliação das ações pertinentes ao
combate ao racismo e à redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde nas
distintas esferas de governo; e
• VI -desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação, que
desconstruam estigmas e preconceitos, fortaleçam uma identidade negra positiva e
contribuam para a redução das vulnerabilidades.
2. Objetivo Geral:
Promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das
desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços
do SUS.
3. Objetivos Específicos:
• I - garantir e ampliar o acesso da população negra residente em áreas urbanas, em
particular nas regiões periféricas dos grandes centros, às ações e aos serviços de saúde;
• II - garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta, em
particular as populações quilombolas, às ações e aos serviços de saúde;
• III - incluir o tema Combate às Discriminações de Gênero e Orientação Sexual, com
destaque para as interseções com a saúde da população negra, nos processos de formação e
educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social;
• IV - identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e violência, incluindo
assédio moral, no ambiente de trabalho;
• V - aprimorar a qualidade dos sistemas de informação em saúde, por meio da inclusão
do quesito cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelos serviços
públicos, os conveniados ou contratados com o SUS;
• VI -melhorar a qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à coleta,
processamento e análise dos dados desagregados por raça, cor e etnia;
• VII - identificar as necessidades de saúde da população negra do campo e da floresta e
das áreas urbanas e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades;
• VIII -definir e pactuar, junto às três esferas de governo, indicadores e metas para a
promoção da equidade étnico-racial na saúde;
• IX - monitorar e avaliar os indicadores e as metas pactuados para a promoção da saúde
da população negra visando reduzir as iniquidades macrorregionais, regionais, estaduais e
municipais;
• X - incluir as demandas específicas da população negra nos processos de regulação do
sistema de saúde suplementar;
• XI - monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando à garantia dos
princípios anti-racistas e não- discriminatório; e
• XII -fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população
negra.
CAPÍTULO III
DAS ESTRATÉGIAS E RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GESTÃO
1. Estratégias de Gestão(*):
• I -implementação das ações de combate ao racismo institucional e redução das
iniquidades raciais, com a definição de metas específicas no Plano Nacional de Saúde e nos
Termos de Compromisso de Gestão;
• II - desenvolvimento de ações específicas para a redução das disparidades étnico-
raciais nas condições de saúde e nos agravos, considerando as necessidades locorregionais,
sobretudo na morbimortalidade materna e infantil e naquela provocada por: causas
violentas; doença falciforme; DST/HIV/aids; tuberculose; hanseníase; câncer de colo uterino
e de mama; transtornos mentais;
• III - fortalecimento da atenção à saúde integral da população negra em todas as fases
do ciclo da vida, considerando as necessidades específicas de jovens, adolescentes e adultos
em conflito com a lei;
• IV - estabelecimento de metas específicas para a melhoria dos indicadores de saúde da
população negra, com especial atenção para as populações quilombolas;
• V -fortalecimento da atenção à saúde mental das crianças, adolescentes, jovens, adultos
e idosos negros, com vistas à qualificação da atenção para o acompanhamento do
crescimento, desenvolvimento e envelhecimento e a prevenção dos agravos decorrentes dos
efeitos da discriminação racial e exclusão social;
• VI - fortalecimento da atenção à saúde mental de mulheres e homens negros, em
especial aqueles com transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
• VII - qualificação e humanização da atenção à saúde da mulher negra, incluindo
assistência ginecológica, obstétrica, no puerpério, no climatério e em situação de
abortamento, nos Estados e Municípios;
• VIII - articulação e fortalecimento das ações de atenção às pessoas com doença
falciforme, incluindo a reorganização, a qualificação e a humanização do processo de
acolhimento, do serviço de dispensação na assistência farmacêutica, contemplando a atenção
diferenciada na internação;
• IX - inclusão do quesito cor nos instrumentos de coleta de dados nos sistemas de
informação do SUS;
• X - incentivo técnico e financeiro à organização de redes integradas de atenção às
mulheres negras em situação de violência sexual, doméstica e intrafamiliar;
• XI - implantação e implementação dos Núcleos de Prevenção à Violência e Promoção
da Saúde, nos Estados e Municípios, conforme a Portaria MS/GM no 936, de 19 de maio de
2004, como meio de reduzir a vulnerabilidade de jovens negros à morte, traumas ou
incapacitação por causas externas (BRASIL, 2004a);
• XII - elaboração de materiais de informação, comunicação e educação sobre o tema
Saúde da População Negra, respeitando os diversos saberes e valores, inclusive os
preservados pelas religiões de matrizes africanas;
• XIII - fomento à realização de estudos e pesquisas sobre o acesso da referida população
aos serviços e ações de saúde;
• XIV - garantia da implementação da Portaria Interministerial MS/SEDH/SEPM no
1.426, de 14 de julho de 2004, que aprovou as diretrizes para a implantação e
implementação da atenção à saúde dos adolescentes em conflito com a lei, em regime de
internação e internação provisória, no que diz respeito à promoção da equidade (BRASIL,
2004b);
• XV - articulação desta Política com o Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário, instituído pela Portaria Interministerial MS/MJ no 1.777, de 9 de setembro
de 2003 (BRASIL, 2003b);
• XVI - articulação desta Política com as demais políticas de saúde, nas questões
pertinentes às condições, características e especificidades da população negra;
• XVII - apoio técnico e financeiro para a implementação desta Política, incluindo as
condições para: realização de seminários, oficinas, fóruns de sensibilização dos gestores
de saúde; implantação e implementação de comitês técnicos de saúde da população negra
ou instâncias similares, nos Estados e Municípios; e formação de lideranças negras para o
exercício do controle social; e
• XVIII - estabelecimento de acordos e processos de cooperação nacional e internacional,
visando à promoção da saúde integral da população negra nos campos da atenção,
educação permanente e pesquisa.
2. Responsabilidades das Esferas de Gestão
2.1. Gestor Federal:
• I - implementação desta Política em âmbito nacional;
• II - definição e gestão dos recursos orçamentários e financeiros para a implementação
desta Política, pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite – CIT;
• III - garantia da inclusão desta Política no Plano Nacional de Saúde e no Plano
Plurianual - PPA setorial;
• IV - coordenação, monitoramento e avaliação da implementação desta Política, em
consonância com o Pacto pela Saúde;
• V - garantia da inclusão do quesito cor nos instrumentos de coleta de dados nos sistemas
de informação do SUS;
• VI - identificação das necessidades de saúde da população negra e cooperação técnica e
financeira com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, para que possam fazer o
mesmo, considerando as oportunidades e os recursos;
• VII - apoio técnico e financeiro para implantação e implementação de instâncias de
promoção de equidade em saúde da população negra no Distrito Federal, nos Estados e nos
Municípios;
• VIII - garantia da inserção dos objetivos desta Política nos processos de formação
profissional e educação permanente de trabalhadores da saúde, em articulação com a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída pela Portaria GM/MS no
1.996, de 20 de agosto de 2007 (BRASIL, 2007);
• IX -adoção do processo de avaliação como parte do planejamento e implementação das
iniciativas de promoção da saúde integral da população negra, garantindo tecnologias
adequadas;
• X - estabelecimento de estruturas e instrumentos de gestão e indicadores para
monitoramento e avaliação do impacto da implementação desta Política;
• XI - fortalecimento da gestão participativa, com incentivo à participação popular e ao
controle social;
• XII -definição de ações intersetoriais e pluri-institucionais de promoção da saúde
integral da população negra, visando à melhoria dos indicadores de saúde dessa população;
• XIII - apoio aos processos de educação popular em saúde pertinentes às ações de
promoção da saúde integral da população negra;
• XIV -elaboração de materiais de divulgação visando à socialização da informação e das
ações de promoção da saúde integral da população negra;
• XV - estabelecimento de parcerias governamentais e não governamentais para
potencializar a implementação das ações de promoção da saúde integral da população negra
no âmbito do SUS;
• XVI - estabelecimento e revisão de normas, processos e procedimentos, visando à
implementação dos princípios da equidade e humanização da atenção e das relações de
trabalho; e
• XVII - instituição de mecanismos de fomento à produção de conhecimentos sobre
racismo e saúde da população negra.
2.2 Gestor Estadual:
• I - apoio à implementação desta Política em âmbito nacional;
• II - definição e gestão dos recursos orçamentários e financeiros para a implementação
desta Política, pactuadas na Comissão Intergestores Bipartite – CIB;
• III - coordenação, monitoramento e avaliação da implementação desta Política, em
consonância com o Pacto pela Saúde, em âmbito estadual;
• IV - garantia da inclusão desta Política no Plano Estadual de Saúde e no PPA setorial
estadual, em consonância com as realidades locais e regionais;
• V - identificação das necessidades de saúde da população negra no âmbito estadual e
cooperação técnica e financeira com os Municípios, para que possam fazer o mesmo,
considerando as oportunidades e recursos;
• VI - implantação e implementação de instância estadual de promoção da equidade em
saúde da população negra;
• VII - apoio à implantação e implementação de instâncias municipais de promoção da
equidade em saúde da população negra;
• VIII - garantia da inserção dos objetivos desta Política nos processos de formação
profissional e educação permanente de trabalhadores da saúde, em articulação com a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída pela Portaria GM/MS no
1.996, de 20 de agosto de 2007
• IX - estabelecimento de estruturas e instrumentos de gestão e indicadores para
monitoramento e avaliação do impacto da implementação desta Política;
• X - elaboração de materiais de divulgação visando à socialização da informação e das
ações de promoção da saúde integral da população negra;
• XI -apoio aos processos de educação popular em saúde, referentes às ações de promoção
da saúde integral da população negra;
• XII - fortalecimento da gestão participativa, com incentivo à participação popular e ao
controle social;
• XIII -articulação intersetorial, incluindo parcerias com instituições governamentais e
não-governamentais, com vistas a contribuir no processo de efetivação desta Política; e
• XIV - instituição de mecanismos de fomento à produção de conhecimentos sobre
racismo e saúde da população negra.
2.3 Gestor Municipal
• I - implementação desta Política em âmbito municipal;
• II - definição e gestão dos recursos orçamentários e financeiros para a implementação
desta Política, pactuadas na Comissão Intergestores Bipartite – CIB;
• III - coordenação, monitoramento e avaliação da implementação desta Política, em
consonância com o Pacto pela Saúde;
• IV - garantia da inclusão desta Política no Plano Municipal de Saúde e no PPA setorial,
em consonância com as realidades e necessidades locais;
• V - identificação das necessidades de saúde da população negra no âmbito municipal,
considerando as oportunidades e recursos;
• VI - implantação e implementação de instância municipal de promoção da equidade em
saúde da população negra;
• VII - estabelecimento de estruturas e instrumentos de gestão e indicadores para
monitoramento e avaliação do impacto da implementação desta Política;
• VIII - garantia da inserção dos objetivos desta Política nos processos de formação
profissional e educação permanente de trabalhadores da saúde, em articulação com a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída pela Portaria GM/MS No
1.996, de 20 de agosto de 2007
• IX - articulação intersetorial, incluindo parcerias com instituições governamentais e
não-governamentais, com vistas a contribuir no processo de implementação desta Política;
• X - fortalecimento da gestão participativa, com incentivo à participação popular e ao
controle social;
• XI - elaboração de materiais de divulgação visando à socialização da informação e das
ações de promoção da saúde integral da população negra;
• XII - apoio aos processos de educação popular em saúde pertinentes às ações de
promoção da saúde integral da população negra; e
• XIII - instituição de mecanismos de fomento à produção de conhecimentos sobre
racismo e saúde da população negra.