Relatório de Oscilação de um Sistema Massa-Mola
Turma: PS8A
Componentes: Pedro Henrique Xavier Costa, Vinícius Silva Santos e William
Dhomini Miranda Martins
Introdução
A oscilação de um sistema massa-mola é um dos exemplos clássicos de movimento
harmônico simples, amplamente estudado na física. Quando uma mola é alongada
ou comprimida, a força restauradora elástica que atua sobre o sistema segue a Lei
de Hooke (𝐹 = −𝑘𝑥), onde 𝑘 é a constante elástica da mola. Esse comportamento
dá origem a oscilações periódicas quando a massa associada ao sistema é deslocada
da posição de equilíbrio e solta.
O período de oscilação (𝑇 ) do sistema depende da massa acoplada à mola (𝑚 ) e da
constante elástica 𝑘 . Essa relação pode ser descrita pela equação:
𝑚
𝑇 = 2𝜋√
𝑘
Elevando ambos os lados ao quadrado, tem-se:
4𝜋 2
𝑇2 = 𝑚
𝑘
Essa linearização revela que 𝑇 2 é diretamente proporcional à massa 𝑚 . Assim, é
possível determinar 𝑘 a partir da inclinação do gráfico 𝑇 2 x 𝑚 .
O estudo do sistema massa-mola é fundamental em diversas áreas da ciência e
tecnologia, como engenharia, vibrações mecânicas e sistemas de amortecimento.
Neste experimento, foi investigada essa relação experimentalmente e determinado o
valor da constante elástica 𝑘 , utilizando métodos de análise linear. Além disso, foram
abordadas as incertezas experimentais para avaliar a precisão e confiabilidade dos
resultados obtidos.
Objetivo
O objetivo principal deste experimento é determinar a constante elástica 𝑘 de uma
mola por meio da análise experimental da relação entre o período de oscilação ao
quadrado (𝑇 2) e a massa (𝑚 ) de corpos suspensos.
Além disso, o experimento visa:
• Verificar a validade da equação teórica 𝑇 2 ∝ 𝑚, conforme descrita pelo
modelo do movimento harmônico simples.
• Avaliar as incertezas associadas às medições e analisar sua influência nos
resultados.
• Demonstrar, de forma prática, a aplicabilidade da Lei de Hooke e os
fundamentos da oscilação harmônica.
Materiais e Métodos
Materiais:
• Mola de massa desprezível.
• Cronômetro.
• Suporte para a mola: m = (26.6 ± 0,1) g.
• Conjunto de massas conhecidas: m = (50,0 ± 0,1) g.
Procedimento:
1. Fixar a mola ao suporte e pendurar diferentes massas conhecidas.
2. Medir o período de oscilação (𝑇 ) para cada massa.
3. Calcular o período ao quadrado (𝑇 2) a partir dos tempos medidos.
4. Construir um gráfico 𝑇 2(𝑠 2 ) x 𝑚 (𝑘𝑔 ).
5. Ajustar uma reta aos dados experimentais e calcular a constante elástica 𝑘.
Resultados
Para cada massa adicionada, foi medido o período do pêndulo 10 vezes, e realizada
uma média aritmética entre estes valores, com intuito de minimizar possíveis erros
humanos durante a medição do tempo pelo cronômetro, estas medições, juntamente
com a média, estão calculadas na tabela abaixo:
É importante observar que as medições acima possuem uma incerteza, que será
calculada por meio do desvio padrão entre as 10 medições para cada análise feita,
para este cálculo, será utilizada a função de Desvio Padrão do próprio software Excel,
a tabela de médias com estas respectivas incertezas estão explicitadas abaixo:
Como citado anteriormente, para plotar o gráfico, será utilizada a equação linearizada,
que tem novos valores para o eixo y, os valores experimentais obtidos para massa
(𝑚 ) e período ao quadrado (𝑇 2) estão na tabela abaixo:
Massa (m) [kg] Período ao quadrado (𝑇 2) [𝑠 2 ]
0.0766 0.174
0.1266 0.281
0.1766 0.396
0.2266 0.502
0.2766 0.621
0.3266 0.721
0.3766 0.834
0.4266 0.935
0.4766 1.040
0.5266 1.148
Gráfico 𝑇 2 𝑥 𝑚
Análise dos Dados:
O gráfico ajustado utilizando a regressão linear fornecida pelo software Scidavis
fornece a seguinte equação da reta:
𝑇 2 = 𝐴𝑥 + 𝐵
Onde, avaliando a equação linearizada:
4𝜋 2
𝐴 =
𝑘
𝐵 = 0,012
X=m
Logo:
𝑇 2 = 2,16𝑚 + 0.012
A partir do coeficiente angular (𝑎 = 2,16𝑠 2 /𝑘𝑔) a constante elástica foi determinada
como:
4𝜋 2
𝑘= = 18.27𝑁/𝑚
𝑎
Este cálculo possui uma incerteza, que será calculada a partir da equação:
∆𝑎
∆𝑘 = 𝑘 ⋅ √
𝑎
∆𝑘 = 0,08 𝑁 /𝑚
Ao analisar o coeficiente de determinação(𝑅 2 = 0.9998), que é dado ao utilizar o
comando “Quick Fit” no Scidavis, indica que os dados seguem um modelo linear com
alta precisão.
Discussão
Os resultados experimentais confirmam a relação teórica 𝑇 2 ∝ 𝑚.
A constante elástica𝑘 = (18.27 ± 0.08)𝑁/𝑚 foi determinada com alta precisão, como
evidenciado pelo valor do coeficiente de determinação 𝑅2 .
No entanto, algumas possíveis fontes de erro incluem:
• Incertezas associadas à medição manual do tempo (𝑇) devido ao atraso
humano ao usar o cronômetro.
• Pequenas influências externas, como resistência do ar ou vibrações do suporte
da mola.
• Hipótese de massa desprezível da mola, que pode não ser completamente
verdadeira.
Apesar disso, a concordância dos dados com o modelo teórico valida os métodos
empregados.
Conclusão
O experimento realizado possibilitou a determinação da constante elástica da mola
como 𝑘 = (18.27 ± 0.08)𝑁/𝑚 .
O ajuste linear apresentou excelente concordância com o modelo teórico
(𝑅 2 = 0.9998), demonstrando que o período de oscilação ao quadrado(𝑇 2)é
diretamente proporcional à massa (𝑚) do sistema.
A análise experimental ilustra a aplicabilidade da Lei de Hooke e da teoria do
movimento harmônico simples para sistemas massa-mola, sendo consistente com os
valores esperados para sistemas ideais. Este experimento destaca a importância de
métodos experimentais para validar modelos teóricos, contribuindo para a
compreensão de fenômenos oscilatórios.