UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DE GORONGOSA
A Qualidade de Ensino de História nas Escolas Básicas no Distrito de Gorongosa.
Estudo do caso Escola Básica de Maruro. Distrito de Gorongosa na província de Sofala
(2022-2024)
Kolen Lazaro Francisco Nota Cassenga-708212218
Gorongosa, Fevereiro de 2025
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DE GORONGOSA
A Qualidade de Ensino de História nas Escolas Básicas no Distrito de
Gorongosa. Estudo do caso Escola Básica de Maruro. Distrito de Gorongosa
na província de Sofala (2022-2024)
Kolen Lazaro Francisco Nota Cassenga-708212218
Monografia submetida ao Centro de
Ensino à Distância - Universidade
Católica de Moçambique, como
Requisitos para a obtenção do grau
académico de licenciatura Em Ensino
de História.
Supervisor: Msc. Sergia Sumbane Williamo
Gorongosa, Fevereiro de 2025
Índice
Conteúdo Página
Declaração de Honra...................................................................................................................v
Agradecimento...........................................................................................................................vi
Lista de Abreviaturas...............................................................................................................viii
Lista de Apêndices.....................................................................................................................ix
Resumo........................................................................................................................................x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO................................................................................................12
1.1. Contextualização........................................................................................................12
1.2. Delimitação do Estudo...............................................................................................13
1.3. Relevância de estudo..................................................................................................13
1.4. Problematização.........................................................................................................14
1.5. Pergunta de Partida.....................................................................................................16
1.6. Objectivos...................................................................................................................16
1.6.1. Objectivo Geral:..................................................................................................16
1.6.2. Objectivos específicos:.......................................................................................16
1.7. Justificativa.................................................................................................................17
1.8. Hipóteses....................................................................................................................18
1.8.1. Hipótese principal...............................................................................................18
1.8.2. Hipóteses Secundárias........................................................................................18
1.9. Considerações éticas..................................................................................................18
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA........................................................................19
2.1. Qualidade de ensino...................................................................................................19
2.2. O ensino de história no contexto escolar....................................................................22
2.3. Mecanismo para melhoria no ensino de historia........................................................24
CAPÍTULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS.................................................................26
3.1. Método Hipotético Dedutivo......................................................................................26
3.2. Pesquisa Bibliográfica................................................................................................26
3.3. Observação directa.....................................................................................................27
3.4. Observação Participante.............................................................................................27
3.5. Método histórico........................................................................................................27
3.6. Técnica de entrevista..................................................................................................28
3.7. Método Estatístico......................................................................................................28
3.8. População e Amostra..................................................................................................28
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS............29
4.1. Análise e discussão dos resultados.............................................................................29
CAPÍTULO V - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..............................................................33
5.1. Sobre a Política Educational em Moçambique..........................................................34
5.2. A questão da qualidade de ensino..............................................................................34
5.3. Falta de corpo docente................................................................................................34
5.4. Fraco domínio da língua portuguesa..........................................................................35
5.5. O modelo de formação dos professores.....................................................................36
5.6. Superlotação das salas de aulas..................................................................................37
5.7. As condições de trabalho dos professores..................................................................37
5.8. Os desafios da gestão.................................................................................................38
5.9. Condições de Infra-estrutura......................................................................................38
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E SUGESTÕES..................................................................42
6.1. Conclusões.................................................................................................................42
6.2. Sugestões....................................................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................45
APÊNDICES.............................................................................................................................46
v
Declaração de Honra
Declaro por minha honra que este trabalho Monografia nunca foi apresentado, na sua essência,
em nenhuma instituição para a obtenção de qualquer grau académico. Ele resulta da minha
pesquisa pessoal e das orientações do Supervisor. O conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto e nas referências bibliográficas.
Gorongosa_____ de _______________ de 2025
____________________________________________
(Kolen Lazaro Francisco Nota Cassenga)
vi
Agradecimento
Gostaria, em primeiro lugar, de endereçar o meu especial agradecimento a minha Supervisora,
que de forma enérgica e incansável dedicou o seu tempo na supervisão desta pesquisa. Os
meus agradecimentos estendem-se a todos os Docentes do curso de Historia da UCM
programa da Gorongosa, bem como colegas da turma pelo acompanhamento, pela força, pela
disponibilidade e pelas contribuições que me deram em algumas fases desta pesquisa.
Agradeço, em segundo lugar, à Direcção da Estudo do caso Escola Básica de Maruro, que
autorizou a recolha de dados, sem os quais não teria sido possível a realização desta pesquisa.
Os meus agradecimentos são extensivos a todos os professores desta escola, em particular os
entrevistados.
Os meus agradecimentos são extensivos aos meus pais e aos meus irmãos, que sempre me
apoiaram incondicionalmente durante os meus estudos. Agradeço igualmente a Deus por ter
me trazido ao mundo ao vosso lado e que tem iluminado o meu caminho.
vii
Dedicatória
Dedico este trabalho a toda Família Cassenga, aos meus irmãos e, em particular, aos meus
pais por terem me mostrado o caminho da Escola.
Aos meus pais, minha esposa e meus filhos pela compreensão, força e pelo carinho que me
proporcionou durante os meus estudos.
viii
Lista de Abreviaturas
DT Director de Turma
ESG Ensino Secundário Geral
GM Governo de Moçambique
IMAP Instituto de Magistério Primário
MINEC Ministério de Educação e Cultura
PEA Processo de Ensino e Aprendizagem
PNE Política Nacional de Educação
SNE Sistema Nacional de Educação
TPC Trabalho de Casa
UCM Universidade Católica de Moçambique
ix
Lista de Apêndices
Conteúdo Página
Apêndice 1: Guião de entrevista semiestruturada para os professores...........................47
Apêndice 2: Guião de entrevista semiestruturada para Pais e encarregado de educação49
Apêndice 3: Guião de entrevista para Director dos serviços distrital da educação, juventude e
tecnologia........................................................................................................................51
Apêndice 4: O candidato no bloco principal da Escola Básica de Maruro.....................53
Apêndice 5: O candidato na entrada da direção da Escola Básica de Maruro................53
Apêndice 6: O candidato na sala de aula da Escola Básica de Maruro..........................54
x
Resumo
Admite-se que a forma de ensinar relacionada ao comprometimento ideológico dos professores e da escola são
de fundamental importância para a contextualização do cenário sócio-político e educacional atual em
Mocambique. Compreender os factores que influenciam na qualidade de ensino de História na escola Básica de
Maruro, onde nela vamos: Descrever o processo de lecionação de disciplina da História, Analisar as razões
subjacentes às dificuldades encontradas no processo de lecionação e na compreensão de disciplina e por fim
Avaliar o processo de aprendizagem e aproveitamento pedagógico dos alunos na disciplina da
História.Assumindo como objeto de estudo o ensino e a aprendizagem de História. Oferecer e garantir educação
a todos são deveres dos governos, há legislações vigentes que se adequam conforme a demanda necessidades
para que se promova ensino de qualidade a todos, independentemente da classe social, localidade, cultura,
história, economia ou política. A educação infantil de qualidade é fundamental para transmitir conhecimentos de
maneira adequada a sua compreensão, ela promove a reflexão, senso crítico e a curiosidade do aluno,
despertando interesses participativos. O professor tem função fundamental nesse processo, pois o mesmo deve
transmitir o conteúdo utilizando ações do cotidiano dos alunos para melhor aprendizado, instigando o mesmo a
reflexão e a querer participar das ações de sua localidade, adquirindo experiência e fazendo parte da história
local. O aluno do Ensino fundamental está na fase de formação e desenvolvimento de sua mente, o que promove
a ampliação de suas características pessoais que poderão ser observadas ainda na vida adulta, pois formações de
cidadania, que muitas vezes se inicia em convívio familiar, também são transmitidas ao aluno na escola. A
disciplina de história é fundamental na formação do aluno, isso porque, conhecendo o passado pode se entender
o presente e desenvolver melhor o futuro, essa disciplina pode proporcionar o entendimento de várias ações de
gerações diferentes. A história transmitida ao aluno de maneira adequada, utilizando comparações com o
cotidiano dos mesmos, é mais bem absorvida despertando curiosidades e interesses em também fazer parte dela,
mesmo que inicialmente em sua localidade e quem sabe futuramente fazer parte de uma parcela maior da
história.
Palavras-chave: educação fundamental, aluno, professor, história, ensino.
xi
Abstract
It is admitted that the teaching method related to the ideological commitment of teachers and the school is of
fundamental importance for contextualizing the current socio-political and educational scenario in Mozambique.
Understanding the factors that influence the quality of History teaching at Maruro Primary School, the study
aims to: Describe the process of teaching the History subject;Analyze the underlying reasons for the difficulties
encountered in the teaching process and in understanding the subject;Assess the learning process and the
students' pedagogical performance in the History subject. The study focuses on the teaching and learning of
History. Providing and guaranteeing education for all is the duty of governments, with existing legislation
adapted to meet the needs and demands for promoting quality education for all, regardless of social class,
locality, culture, history, economy, or politics. Quality early childhood education is essential to convey
knowledge in a way that promotes understanding, reflection, critical thinking, and curiosity in students,
awakening participatory interests. The teacher plays a key role in this process by transmitting content through
students' daily actions to improve learning, instilling reflection and the desire to participate in actions in their
locality, thereby learning and making part of local history. The student in Primary Education is in the formative
phase, developing their mind, expanding their characteristics of observation and social interaction. In adulthood,
these life experiences contribute to family and community growth, which are also transmitted to students through
oral narratives of their ancestors. Understanding history helps students interpret their present, envision their
future, and establish the connection between different generations. History is better absorbed when associated
with students' daily lives, awakening curiosity and interest in becoming part of it, initially in their locality and,
perhaps, later in a larger portion of history.
Keywords: primary education, student, teacher, history, teaching.
12
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A educação é de extrema importância para a formação do cidadão, e durante a vida escolar, as
atividades e disciplinas do ensino fundamental são uma das primeiras fases desse processo,
auxiliando no desenvolvimento físico e psicológico do aluno. É nessa fase que o aluno estará
desenvolvendo suas características pessoais, atividades e disciplinas desempenhadas na escola
devem formar e desenvolver, além do conhecimento intelectual, o desenvolvimento de
características pessoais que serão observadas ainda na vida adulta.
Quando se fala da qualidade de ensino em Moçambique levantam-se muitas questões á volta do
assunto, pois não se sabe se a má qualidade de ensino deriva da má formação dos professores,
turmas numerosas, a carga horária que se presume ser pouco, visto que os alunos não tem muito
tempo na escola, mas sim passam a maior parte do tempo em casa, principalmente no ensino
primário, onde temos três turnos lectivos, a falta de equipamentos escolares, a falta de interesse
dos alunos, a falta da motivação dos professores.
No que concerne a História, o estudo discute a necessidade de repensar o ensino no contexto
escolar e na sociedade contemporânea. A escola, juntamente com os professores/educadores, pais
e a comunidade escolar em geral, podem e devem ser capazes, de analisar, refletir e compreender
verdadeiramente, que o ensino de História vai além de pequenos conhecimentos retirados dos
livros didáticos, que muitas vezes, os docentes ou a própria instituição de ensino oferece aos
estudantes.
É de referir que os trabalhos que o governo faz são ainda abismais para se atingir a qualidade
desejada, porque o problema da má qualidade de ensino não se pode resolver actuando em uma
única dimensão, a que ver este problema como uma conjuntura, portanto para resolver a qualidade
de ensino sugere se a formação mais profissional dos docentes, oferecendo melhores condições de
trabalho e adianta se também a aposta nas infra-estruturas escolares melhoradas, e que não só se
restringem nas zonas urbanas, mais sim em todo o país.
A apropriação do aprendizado de História permite ao aluno, portanto cidadão, o desenvolvimento
social, cultural, crítico, científico, tornando os sujeitos de hoje, ainda crianças, futuros homens
preparados para enfrentar os meios socioculturais, prontos a assumir suas ambições e
responsabilidades como adultos. Para isso faz-se necessário uma metodologia capaz de promover
o educando afirmando-o como ser sócio histórico e torná-lo agente de suas práticas.
13
1.2. Delimitação do Estudo
1.2.1. Delimitação Espacial
O presente estudo realizou-se na Escola Basica de Maruro, localizado no Posto Administrativo de
Canda, localidade de Cudzo a 17 Km da vila sede do Distrito de Gorongosa. Gorongosa como
limites tem a Norte o Distrito de Maringue, a Sul o Distrito de Nhamatanda, a Este os distritos de
Cheringoma e Muanza ao longo do rio Urema, e a Oeste os distritos de Macossa e Gondola
(Provincia de Manica), tendo como limite natural o rio Pungue e na parte Sul.
1.2.2. Delimitação Temporal
O estudo teve um horizonte temporal de 2 anos, com dados retirados desde 2022 a 2024
1.3. Relevância de estudo
1.3.1. Relevância Pessoal
Esse trabalho científico é importante porque contribui de certa forma para instrumentalizar
uma reflexão crítica do processo de ensino/aprendizagem de História, uma vez que possibilita
a professores e alunos, dos ensinos públicos e particulares, uma auto-avaliação em suas
práticas pedagógicas, vinculadas a posicionamentos ideológicos que explicam e orientam a
vida social, controlando as ações do homem e, ao mesmo tempo, determinando o que ele deve
e não deve fazer na sociedade.
Em suma considerando esses objetivos, o ensino de História poderá contribuir para a
formação e a constituição da cidadania, principalmente para a reflexão sobre a ação individual
do homem como sujeito responsável desse processo histórico, e das relações sociais do grupo,
em convívio na sociedade.
1.3.2. Relevância Social
Esta pesquisa poderá constituir uma modesta contribuição válida para o país, na medida em
que poderá ajudar a identificar algumas questões e fatores que motivam a fraca qualidade no
Ensino de História, o que poderá contribuir para a análise e avaliação das políticas públicas na
educação.
Diante dessa realidade educacional Moçambicana relativa ao ensino/aprendizagem de
História, questionou-se, também, até que ponto os conteúdos dados obedecendo aos
Parâmetros Curriculares Nacionais e que como o mesmo pode contribuem para a formação,
14
educação, conquista da cidadania dos alunos, pois tudo isso perpassa pela questão do
conhecimento de fatores fundamentais à formação de cidadãos.
1.3.3. Relevância cientifíca
As razões que levaram a realização desse trabalho científico estão ligadas a uma série de
fatores entre eles a de investigar até que ponto os alunos da 8ª classe estariam preparados em
relação ao conteúdo de tal disciplina. Bem como o interesse pela realização deste estudo
ancora-se, em primeiro lugar, no fato de o autor ser profissional do sector de educação, como
professor do ensino primário, como docente a mais de 10 anos. Este convívio com a questão
educacional, de pouco mais de uma década, motivou o autor desta pesquisa a procurar
entender, através de uma pesquisa empírica, os elementos que condicionam a qualidade do
ensino primário em Moçambique.
1.4. Problematização
A disciplina de história é fundamental na formação do aluno, isso porque, conhecendo o
passado pode se entender o presente e desenvolver melhor o futuro, essa disciplina pode
proporcionar o entendimento de várias ações de gerações diferentes. A história transmitida ao
aluno de maneira adequada, utilizando comparações com o cotidiano dos mesmos, é mais bem
absorvida despertando curiosidades e interesses em também fazer parte dela, mesmo que
inicialmente em sua localidade e quem sabe futuramente fazer parte de uma parcela maior da
história.
O ensino de história impacta na formação dos estudantes, influenciando o desenvolvimento
da identidade individual e coletiva na formação de cidadãos para exercer a cidadania e no
desenvolvimento do pensamento crítico. O objetivo do presente artigo é analisar a
importância da história na formação da identidade, que começa a ser constituída a partir do
contato do indivíduo com o meio social e cultural ao qual está inserido; o impacto na
formação para o exercício da cidadania e no desenvolvimento do pensamento crítico,
formando o aluno para ser capaz de analisar contextos históricos e realizar reflexões e
elaborando conclusões.
O contexto moçambicano na área da educação, concretamente no Ensino Primário é
caracterizado por escassez ou insuficiência de recursos didáticos e material, falta de sala de
aulas, carteiras, livros, meios tecnológicos e outros. Os pais e encarregados de educação
estão preocupados porque os alunos nas escolas revelam muitas limitações, escrevem com
muitos erros, não conseguem explicar ou interpretar conceitos e conteúdos básicos da classe
15
que frequentam, as notas que conseguem em testes e exames finais não encorajam, a situação
da aprendizagem deles não permite confiança, muitos deles não mostram dedicação nem
preocupação pelos estudos.
Uma das maiores dificuldades que os professores de História enfrentam é estimular o
interesse do aluno por conteúdos que não parecem ter utilidade imediata na vida do aluno. O
aluno estuda por estudar, para ser aprovado no fim do ano letivo, fica desestimulado, sem
criatividade. Para desenvolver seus conhecimentos e capacidades que lhe darão maior
liberdade de escolha e satisfação em sua vida, é necessário que o educador use a imaginação
e evidencie a aplicabilidade do conteúdo de forma imediata e simples no ambiente em sala de
aula, utilizando para isso materiais e métodos que despertem o interesse dos alunos em
aprender.
Segundo Proença (1999), o ensino de História pode contribuir para o desenvolvimento
pessoal e social do indivíduo não apenas pelo conteúdo formativo do saber histórico, mas
também pela metodologia adotada. Práticas educativas apoiadas em metodologias
implicativas que apelem à participação ativa do aluno como sujeito que aprende, tais como o
ensino pela descoberta a partir da análise e crítica de fontes, o trabalho de projeto centrado
em problemas, o estudo independente e outras práticas autor reguladoras de aprendizagem
contribuem para o desenvolvimento do raciocínio crítico e da autonomia pessoal do aluno,
que são componentes essenciais da educação cívica.
Face a este cenário, a questão de fundo: Os alunos não dominam a língua portuguesa, que é
oficial e de unidade nacional. Eles não conseguem interpretar alguma ideia expressa num
extracto ou texto, ou numa frase, não conseguem ler e nem escrever. Como consequência
dessa realidade, os alunos não conseguem entender as ideias expressas noutras disciplinas
curriculares. Esta situação parte do ensino primário, passa pelo ensino secundário e estende-
se até ao ensino superior.
A História faz-se tão importante quanto o Ensino de Língua Portuguesa, de Matemática, de
Geografia entre outras disciplinas. Cabe aos professores buscarem possíveis abordagens
didáticas para se trabalhar, propiciando uma aprendizagem significativa. Esses também
devem mostrar o real valor da importância do ensino de História, pois estudar História não é
só ver o que já aconteceu, mas sim mostrar o que está ocorrendo hoje, frutos de atos e decisões
tomadas há tempos atrás.
16
A ausência de interesse à participação no ensino de História inviabiliza a capacidade de o aluno
compreender como o mundo veio a ser o que é hoje, e como a humanidade pode avançar para um
futuro melhor. Assmann e Sung evidenciam que “às vezes é saudável perguntar-se até que ponto
se mantém viva em nós a coragem de sonhar um mundo solidário” (2000, p. 27). Neste sentido,
pressupõe-se que a educação é responsável por saber o modo de aprender o conhecimento, tarefa
que compete também aos profissionais em educação. O ensino de História muitas vezes é visto
com menos importância do que outras disciplinas, inviabilizando o interesse de despertar o senso
crítico dos alunos.
Sendo assim: Quais são as causas que levam a fraca qualidade de ensino de História nas
Escolas Primaria completam publicam em Moçambique, especialmente na Escola Básica de
Maruro no Distrito de Gorongosa?
1.5. Pergunta de Partida
Esse trabalho científico é importante porque contribui de certa forma para instrumentalizar
uma reflexão crítica do processo de ensino/aprendizagem de História, uma vez que possibilita
a professores e alunos, dos ensinos públicos e particulares, um auto avaliação em suas práticas
pedagógicas, vinculadas a posicionamentos ideológicos que explicam e orientam a vida
social, controlando as ações do homem e, ao mesmo tempo, determinando o que ele deve e
não deve fazer na sociedade. Para melhor aclarar o objeto proposto desta investigação, isto é,
o problema, coloca-se a pergunta nos seguintes termos:
1) Que conteúdo de história está relacionado à realidade social da vida do aluno?
2) Será que o professor de História incentiva os alunos, por meio do processo de ensino
aprendizagem, a questionar os “porquês” ideológicos nos conteúdos aplicados no livro
didático?
3) Até que ponto o professor de História desperta o senso crítico do aluno nos
encaminhamentos pedagógicos?
1.6. Objectivos
Em vista dos propósitos da pesquisa, tendo em atenção o problema, o objeto de estudo e a
temática escolhida, identificam-se os seguintes objetivos:
17
1.6.1. Objectivo Geral:
Em vista dos propósitos da pesquisa, tendo em atenção o problema, o objeto de estudo
e a temática escolhida, identificam-se os seguintes objetivos:
1.6.2. Objectivos específicos:
Descrever o processo de lecionação de disciplina da História na escola Básica de
Maruro;
Analisar as razões subjacentes às dificuldades encontradas no processo de lecionação e
na compreensão de disciplina da História na escola Básica de Maruro;
Avaliar o processo de aprendizagem e aproveitamento pedagógico dos alunos na
disciplina da História.
1.7. Justificativa
A escolha do tema proposto resultou de pesquisa, análise e entrosamento pelo assunto
apresentado, assim como, de leitura, e compreensão de ideias de diversos estudiosos, que se
dedicaram aos estudos no ensino de História, na busca de verificar quais soluções e
conhecimentos os professores/educadores podem adquirir para desenvolver uma consciência
histórica construtiva e um ensino de História sólido no contexto escolar. O primeiro, é
consequência da minha função docente e da observação dos acontecimentos que se desenrolam
dia após dia na Escola onde tenho vindo a trabalhar há mais de oito anos. O segundo prende-se
com os maus resultados verificados durante o ano lectivo de 2022 e 2024, bem como a
preocupação do governo moçambicano em melhorar a qualidade de ensino.
A minha experiência pessoal associada e confrontada com a situação que actualmente se vive
levara-nos a reflectir sobre a necessidade de pesquisar de forma rigorosa e sistemática sobre
as razões subjacentes a influência dos pais ou encarregados de educação no desempenho
escolar dos alunos na referida instituição de ensino. Esse tema estudado é relevante devido à
necessidade que a sociedade contemporânea está passando, percebe-se os apelos que uma boa
parte da sociedade faz para as autoridades e a comunidades, numa tentativa de resgatar a
família e seus valores. Participação familiar é uma necessidade contemporânea e almejada por
todos que fazem parte do contexto escolar. Daí a importância voltada para identificar essa
possível falta de participação da família no contexto escolar.
18
O ensino de História fornece pilares construtivos para a formação cidadã dos educandos, tanto
no desenvolvimento crítico, cultural, reflexivo, ético, moral, quanto para o desenvolvimento
social e o respeito para com a diversidade. Para Pellegrini et al (2009, p. 03): Ao estudarmos
História, percebemos a importância do respeito à diversidade cultural e o direito de cada um
ser o que é, e entendemos como esse respeito é indispensável para o exercício da cidadania e
para construirmos um mundo melhor.
Este trabalho busca compreender a qualidade e ensino em Moçambique no geral e na
disciplina de História na escola Básica de Maruro em Particular, pois tem sido um aspecto
muito discutido entre os profissionais da área da educação e dentro do ambiente escolar. A
compreensão desta relação é substancial para iniciar uma argumentação com o propósito de
melhorar o ambiente escolar e seus sujeitos. O propósito deste trabalho, portanto, é levantar
dados sobre o processo de ensino- Aprendizagem de História. Importa frisar que o ensino da
história para as crianças vai além de simplesmente transmitir conhecimento, tem objetivo,
também, de incentivar o aluno a reflexão, além de desenvolver o senso crítico, e o professor é
um grande auxiliar nesse processo.
1.8. Hipóteses
1.8.1. Hipótese principal
Desenvolver mecanismo que possa despertar o interesse do aluno pela disciplina de
história o professor pode fazer comparativos do passado com o presente, em outras
palavras, com o cotidiano dos alunos.
1.8.2. Hipóteses Secundárias
Criação de políticas solidas para a motivação dos docente e dos alunos para o bom
andamento do processo de ensino e aprendizagem;
Superlotação das salas de aulas e as condições de trabalho dos professores
influenciam na aprendizagem dos alunos;
Mudança de mentalidade e comportamentos da classe docente, porque muitos
professores optam pelo ramo da educação como oportunidade de emprego e não uma
tarefa de vocação, disponibilidade e humanismo para ensinar os outros e Muitos das
vezes não se preocupam com a assiduidade e planificação das aulas.
19
1.9. Considerações éticas
A realização deste estudo de caso respeita princípios éticos fundamentais, como a
privacidade e o anonimato dos participantes. Todos os alunos envolvidos foram informados
sobre os objetivos da pesquisa e tiveram sua participação garantida por meio de
consentimento livre e esclarecido. Além disso, a pesquisa seguiu diretrizes que asseguram a
não exposição de dados sensíveis e o uso das informações exclusivamente para fins
acadêmicos e pedagógicos.
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Qualidade de ensino
"A questão da qualidade de ensino tem sido objeto de abordagem, discussão e análise
desde a antiguidade. Por isso, o seu significado deve ser devidamente contextualizado,
tendo em conta os processos de desenvolvimento social, econômico, cultural, político, etc.,
não existindo um entendimento comum acerca do que é a qualidade de educação"
(DUARTE, et ali, 2012, p.18).
O conceito de “qualidade” aplicado à educação em geral, e ao ensino em particular, é desde
algum tempo uma preocupação mundial, que se transformou numa questão de debate a partir
de 1940, quando surgiram oportunidades para a expansão da escolarização da população
(HOBSBAWM, 1995).
Na visão GUSMÃO (2010:56) "afirma também que a crescente incidência da questão da
qualidade nas discussões e políticas públicas educacionais é um fenómeno de escala
mundial. O problema da qualidade de ensino ocorreu também no Reino Unido, na França e
outras nações desenvolvidas". Evidentemente, as sociedades politicas menos desenvolvidas
contam com maiores problemas sobre a qualidade de ensino. Não há uma definição universal
de qualidade, mas existem alguns actores considera escola de qualidade é aquela em que os
alunos aprendem o que precisam aprender e saem da escola no tempo certo.
Na óptica de JULIATTO (2005:20), "também defende a mesma posição afirmando que a
preocupação com a qualidade da educação não é um assunto isolado de um único país. Ela
existe como crescente desafio mundia"l. O assunto vem recebendo bem mais atenção em
todos os sistemas 30 educacionais, e se tornando tema frequente e objeto de recomendações
dos organismos internacionais voltadas para a educação. De uma forma simplificada, o
20
interesse pela qualidade na educação pode ser considerado como um movimento natural de
reação às reformas do ensino dos anos 80 do século XXç
Segundo JULIATTO (2005:25), "a qualidade da educação é um conceito complexo e muitas
vezes obscuro, que inclui algumas inelutáveis conotações subjetivas. Pesquisadores e
observadores recomendam que a questão deva ser abordada de modo multidimensional e
eclético, visto que o conceito de qualidade escapa a uma definição singela e sucinta" . A
literatura sobre a qualidade do ensino geralmente abrange amplas dimensões, dentre elas os
conteúdos e os métodos de ensino e a administração do sistema educacional.
A qualidade da educação dependerá em boa medida do acesso universal à educação e da
conclusão dos estudos:
“O acesso é um primeiro passo no direito à educação, mas seu pleno exercício exige que
seja de qualidade promovendo o pleno desenvolvimento das múltiplas potencialidades de
cada pessoa com aprendizagens socialmente relevantes e experiências educacionais
pertinentes às necessidades e características dos indivíduos e dos contextos nos quais se
desenvolvem” (UNESCO, 2008, p.32)
O sucesso educacional pode ser definido a partir da realização do direito à educação, previsto
constitucionalmente. A realização desse direito compreende o acesso à educação de
qualidade, que permite o desenvolvimento de habilidades e competências para a vida plena
em sociedade (aprendizagem – desempenho), a partir da progressão nas sucessivas etapas da
escolarização (fluxo – rendimento) conforme observado por RIBEIRO, et. al. (2014:78). No
informe de monitoramento da Educação para Todos no Mundo (UNESCO, 2016),
mencionou-se que uma educação de qualidade deveria abarcar três dimensões fundamentais: o
respeito aos direitos humanos, a eqüidade e a pertinência. A essas dimensões haveria que 31
acrescentar a relevância, assim como duas de caráter operativo: eficácia e eficiência.
(UNESCO, 2016).
A qualidade de ensino pressupõe um julgamento de mérito que se atribui tanto ao processo
quanto aos produtos decorrentes das ações desenvolvidas, o que, de certa maneira, implica um
juízo de valor.
A qualidade de ensino tem que ser entendida como satisfazendo critérios bem definidos que
expressam:
21
1) Definição de critérios pedagógicos e sociais;
2) Explicação de indicadores;
3) Planificação e execução de estratégias de avaliação mais amplas para validação ou não
da qualidade desejada.
A introdução do currículo para o ensino básico em Moçambique em 2015, que incorporou
como “grande política educativa” as passageassem-automáticas (PSA), atiçou ainda mais o
debate sobre a qualidade de ensino em Moçambique, porque as crianças passaram a ser
deixadas avançar para a classe seguinte sem habilidades e competências na leitura, escrita e
cálculos, o que teria chamado atenção dos pais e encarregados de educação a nível nacional.
Foi a partir dessa constatação que passou se a fazer um debate acirrado na televisão, rádio, e
outros órgão de informação.
Para melhoria da qualidade da educação em Moçambique, deve–se orientar por estratégias
que estabeleçam metas de desempenho, diminuição de número de alunos nos estágios muito
críticos de aprendizagem, alcance de medidas mínimas satisfatórias na avaliação externa e
regularização de fluxo escolar, diminuindo a evasão, a distorção idade / série e o abandono.
Por outo lado, a melhoria da qualidade da educação passa por melhorar a gestão, isto é, por
intervenção pública estruturada, orientada para resultados claros, longe do voluntarismo
pedagógico que pouco tem contribuído para solucionar os principais dilemas da educação
(ARAUJO & LUZIO, 2006:69).
Este problema também tem estado a ser objeto de pesquisa pelos acadêmicos e outros
interessados, em forma de relatórios, livros, mas de forma ainda tímida. Isso porque
Moçambique não dispõe de uma instituição crível, a nível do Estado ou independente como
nos países da OCDE e da América Latina, para avaliação do seu sistema de ensino e que
pudesse oferecer aos pesquisadores resultados divulgados em bancos de dados e disponíveis
para todos. O relatório intitulado Educação para Todos em 2016 na Cidade Maputo, indica
que: “Em todos os níveis de ensino, a qualidade de ensino é afetada pelo crescimento
acelerado dos efetivos escolares que está desfasado dos efetivos escolares e da formação e
constatação dos professores em quantidade e qualidade para o sistema” (E.P.T, 2015:13).
Daí as elevadas taxas aluno/professor e aluno/turma que existem em Moçambique.
22
As rápidas mudanças do mundo moderno não permitem definições definitivas. Por isso
mesmo, a qualidade de ensino é uma matéria de grande complexidade e sua discussão envolve
amplo elenco de questões. O conceito de qualidade na área educacional, de maneira geral,
abarca as estruturas, os processos e os resultados educacionais. A qualidade da educação
depende também do país e mais ainda de quem financia e dirige as instituições. Estudos
realizados pelos autores.
OLIVEIRA &ARAUJO (2005:34) "mostram que a política pública da educação adotada por
alguns países subdesenvolvidos na expansão da rede escolar, ao longo dos últimos trinta
anos, não tem acompanhado a demanda dos professores, ou seja, a demanda pela ampliação
quantitativa das escolas não permitiu que houvesse uma reflexão mais profunda sobre a
forma que deveria assumir o processo educativo visando a promoção de um ensino de
qualidade".
Concluindo, a qualidade de ensino é reconhecida quando os alunos demostram habilidades e
competências naquilo que aprenderam no sistema educativo de um país. Por outro lado, é
identificada quando o Estado cria as condições condignas de ensino e aprendizagem para seus
alunos, investe no seu sistema de ensino, pauta a equidade educacional, toma providências
para que o currículo se ajuste à realidade do pais e a componentes internacionais, cria os
indicadores de qualidade de ensino para todos os subsistemas, avalia constantemente o seu
sistema de ensino de forma padronizada, faz trabalhos de monitoria e avaliação nas políticas
educacionais implementadas, apresenta resultados dessas avaliações para delinear novas
estratégias e punir os culpados ou os envolvidos em fracassos, forma os seus professores com
qualidade, se submete às atuais formas de gestão democrática e participativa, procura deixar
de ser um sistema excludente e centralizador. Enfim, a qualidade do ensino existe quando o
sistema de ensino do país e a sua população caminham juntos e satisfeitos pelas atividades
educacionais e quando a educação contribui para a mudança e o desenvolvimento econômico
e social.
2.2. O ensino de história no contexto escolar
É possível voltar no tempo, ou nos acontecimentos históricos, e constatar com base em
documentos oficiais, o quanto o ensino de História foi e contínua sendo influente na sociedade
século após século. Portanto, nota-se contemporaneamente, que a História enquanto disciplina
escolar, não é considerada relevante por algumas instituições de ensino. Mesmo diante dessa
23
triste realidade, não podemos deixar de lembrar, que a História sempre foi parte essencial do
currículo escolar da educação básica.
De acordo com Brandão (1984), o ensino de História deve ter como objetivo formar cidadãos
em sua plenitude, o que só ocorrerá com a harmonização dos múltiplos ambientes de ensino.
Em sintonia com o pensamento de Brandão, tem-se Robinson, que diz: “Pois é como cidadão
consciente de seus direitos e deveres, que o indivíduo intervém na sociedade, desenvolvendo
sua consciência crítica, como sujeito produtor e transformador que se impõe na realidade. ”
(ROBINSON, 1998, p.8). Desse modo, defender seus direitos de fato, é fazer com que o
indivíduo seja estimulado na construção do seu saber, bem como exercitar sua visão crítica e,
compreendendo esse processo, faz-se com que ele escreva sua história e se perceba enquanto
sujeito histórico.
O ensino de História no contexto escolar auxilia na compreensão dos fatos da sociedade, e
principalmente, na compreensão de quem somos, pois, somos seres sociais e culturais, isto é,
somos pessoas capazes de construirmos nossa própria identidade, seja ela, individual,
coletiva, regional, nacional, etc. Oriá (2006, p. 134), ao descrever a importância da história
para o desenvolvimento e formação do aluno, considera que:
Compreender quem somos, para onde vamos, o que fazemos, mesmo que muitas vezes
pessoalmente não nos identifiquemos com o que esse mesmo bem evoca, ou até não
apreciemos sua forma arquitetônica ou seu valor histórico. (…), pois é revelador e
referencial para a construção de nossa identidade histórico-cultural.
Porém, no âmbito educacional, a História já foi uma disciplina curricular bem mais
valorizada, tanto no espaço formal, como também, no espaço não formal.
O ensino de História fornece pilares construtivos para a formação cidadã dos educandos, tanto
no desenvolvimento crítico, cultural, reflexivo, ético, moral, quanto para o desenvolvimento
social e o respeito para com a diversidade. Para Pellegrini et al (2009, p. 03): Ao estudarmos
História, percebemos a importância do respeito à diversidade cultural e o direito de cada um
ser o que é, e entendemos como esse respeito é indispensável para o exercício da cidadania e
para construirmos um mundo melhor.
O ensino de História tem que ser valorizado e preservado no contexto escolar, onde o
professor de História deve saber trabalhar eticamente, com base em pesquisas, e referências
24
metodológicas, sabendo fazer bom uso de fontes históricas em sala de aula, e deixando um
pouco de lado o “quadro preto”, ou seja, a aprendizagem em “quatro paredes”. Obviamente, o
uso de materiais concretos e distintos no ambiente educacional, favorece o entendimento dos
alunos sobre o ensino de História, onde o docente pode fazer uso, por exemplo, de registros
escritos iconográficos, sonoros, imagens, podendo também, trabalhar em grupos com os
estudantes no espaço não formal, promovendo debate e reflexão em torno das atividades de
História.
O ensino de História deve estar voltado a valores fundamentais para a vida em sociedade, e
para o conhecimento construtivo dos aprendizes. É necessário, valorizar a memória de cada
sujeito histórico, que certamente, uma vez com luta ou não, construiu uma história, ou deixou
marcas na época em que viveu, seja as marcas boas ou não, é preciso que saibamos respeitar,
pois cada pessoa é livre para escolher seu caminho, para viver sua vida, e construir sua
história. A aprendizagem de História deve ter como principal pressuposto, formar os discentes
para que possam ser cidadãos autônomos, críticos, questionadores das diversas realidades
existentes, e atuantes na sociedade na qual estão inseridos.
Segundo Bergamaschi (2003), aprendemos a ser professores para ensinar História e não para
compreender a escola como um espaço educativo, por isto o professor ao final da jornada,
apresenta-se como se tivesse enfrentado uma batalha e não mediado um processo de
aprendizagem inserido num espaço educativo. A autora destaca que a escola, está acostumada
a lidar e produzir a homogeneidade, expurgando o diferente, vê-se repleta de estranhos. Dessa
forma, não cumpre seu papel social, que é trabalhar e valorizar a heterogeneidade e buscar o
conhecimento das diversas identidades envolvidas no processo de aprendizagem.
Assim a História passa a ser uma disciplina fundamental para a compreensão do mundo e seu
processo de transformação. Nas escolas, os professores poderiam propor aos seus alunos a
capacidade de pensarem sua realidade de forma crítica. Sendo isso, é impossível se organizar
para uma ação maior e conjunta, e o interessante é que, sendo formadas novas consciências
críticas sobre a realidade, aquilo que parecia impossível de ser imaginado sobre algumas
mudanças, a partir das ações populares, pode passar a ser uma realidade.
2.3. Mecanismo para melhoria no ensino de historia
O processo de ensino e aprendizagem em história deve ter em conta o nível de desenvolvimento
dos alunos, a idade e o meio em que a escola está inserida. Para tal o professor é obrigado a traçar
25
estratégias que vão de acordo com a realidade dos alunos. O ensino deve estar adaptado aos
interesses dos alunos que simultaneamente lhes permita desenvolver as suas capacidades, de
preferência deve se ensina-lo a pensar. Tal posição conduz ao ensino de uma história inteligível,
conceptual em que o aluno manipula dados, compara, aprecia, formula hipóteses e procura
conclusões.
A preocupação do professor de história não pode apenas limitar com conhecimentos científicos e
da técnica de ensino, mas também, não se deve descurar da visão humanista, política e sócio
cultural. A Didáctica de história é multidimensional na medida em que engloba na sua acção
educativa as vertentes técnicas, cientifica, politica, sócio-cultural e humanista, donde se reflecte a
globalização das acções humanas que a história procura constantemente explicar.
O professor de história tem um grande compromisso social com a sociedade na medida que é
responsabilidade de dotar aos cidadãos de conhecimento científico, político, humanístico é
sócio – cultural, com intuito de mudar os comportamentos e atitudes de todo o tipo de alunos.
Outro compromisso que o professor de história tem é de exercer sobre as gerações jovens
orientações de por meio da transmissão de conjuntos de conhecimentos, normas, valores,
crenças, uso e costumes aceites pelo grupo social.
Para que o professor realiza uma boa actuação docente deve pautar pela participação directa
nos diferentes níveis de planejamento do PEA, que podem passar pela elaboração e
organização dos seus planos. A grande parte de eficácia do seu ensino depende da
organicidade, coerência e flexibilidade do seu plano. Isso proporciona crescimento
profissional, ajustamento as mudanças, exercício de auto disciplina, responsabilidade e união
a nível de decisões conjunta quando elaborado ou compartilhado com vários professores. O
compromisso ético do professor de história passa por seguir modus de vivend aceites pela
sociedade, tornando – se modelo de virtudes, seguir um código deontológica cumprindo os
seus deveres, obrigações, práticas e responsabilidades que surgem no exercício da profissão,
manter e velar pela ocupação dos padrões estabelecidos entre seus membros e, não obstante
pôr as suas competências em acção.
No que concerne Metodologia em História o professor de história na sua prática lectiva é lhe
submetido a uma interrogação acerca dos fundamentos científicos da História, psicológico e
pedagógico. O professor deverá ter em conta a combinação de método e técnicas e associados
aos determinados conceitos de história e de educação. A utilização de uma metodologia de
ensino adequada permite atingir mais facilmente a consecução dos objectivos pretendidos. As
26
integrações de métodos inovadores no ensino de História têm como missão facilitar o
aprendizado, empregando princípios como o empoderamento do aluno nesse processo. Em
vez de simplesmente cumprir suas tarefas, crianças, adolescentes e adultos são estimulados a
propor soluções para problemas, pesquisar, debater e fazer experimentos.
Esse é um dos métodos de ensino-aprendizagem mais eficaz para engajar e incentivar os
alunos em sala de aula. O estudante se esforça para encontrar soluções dentro de um contexto
— usando tanto a tecnologia, que é inerente aos métodos de ensino atuais, como outros
meios. No caso da História, a tecnologia facilita o trabalho da interpretação de fontes, quando
é interessante fazer um trabalho coletivo. Em meio a toda essa informação é possível extrair
elementos que se associem ao ensino de História em sala de aula.
CAPÍTULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS
De acordo com Oliveira (2003, p. 135): “Método é o caminho a ser percorrido para atingir
o objetivo proposto”. As metodologias utilizadas para realizar este trabalho foram
bibliográficas e a qualitativa. Considerando os objetivos investigados, optou-se pelas formas
de abordagens qualitativas e quantitativas do problema. No entanto, priorizou-se a pesquisa
qualitativa, por se constituir encaminhamento adequado para entender a natureza de um
fenômeno social. Teixeira (2003) enfatizou a importância da pesquisa qualitativa no contexto
social, pois este “é visto como um mundo de significados passíveis de investigação; e a
linguagem dos autores sociais e suas práticas, as matérias primas dessa abordagem”
(p.129). Seus ingredientes são o nível de significados, motivos, aspirações, atitudes, crença e
valores que se expressam pela linguagem comum na vida cotidiana.
3.1. Método Hipotético Dedutivo
Consiste na adopção da seguinte linha de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis
sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge o
problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema são formuladas
conjuntura de hipóteses. Das hipóteses formuladas deduzem-se para o particular. Isto é:
"Consiste na abordagem generalizada dos conceitos e outros factos que se vive no país, na
27
sociedade, e por fim particularizar os factos, partindo do geral para o particular”
(GIL,1999:30).
O presente trabalho de carácter pedagógico consistirá numa abordagem hipotética dedutivo,
isto é, partindo da generalidade do problema; pois o problema de qualidade de ensino na
disciplina de História não afeita somente a escola em estudo, mas, afeita muitas escolas deste
vasto território Moçambicano. Com base deste método faremos uma dedução saber as causas
do fraco qualidade de ensino na escola em estudo, e por fim, faremos uma dedução para
outros locais.
3.2. Pesquisa Bibliográfica
De acordo com LAKATOS (1992:106), "estes métodos coloca o autor em contacto directo
com o que foi escrito a disposição deste". Este método servira para fornecer bases teóricas
sobre diversos elementos que directamente ou indirectamente estão ligados a problemática da
fraca qualidade do ensino primário nas zonas rurais. Não se deve descartar que muitos outros
autores, em muitas obras que já tentaram dar o seu contributo face a este fenómeno. Nesta
ordem de ideia, recorreu-se as ideias, opiniões de outros autores que vêm referenciado nas
citações e na página bibliográfica, as quais serviram de espelho para a realização do trabalho.
3.3. Observação directa
De acordo com GIL (1999:112), “é uma técnica que utiliza os sentidos na observação
determinados aspectos de realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em
examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar”. E na óptica de LAKATOS
(1992:107), "técnica de Observação Directa consiste no levantamento de dados no próprio
local onde o fenómeno ocorre". Segundo MARCONI (1992:37), "este método ajuda o
pesquisador a viver a realidade dos factos, obrigando-o a se deslocar para onde pretende
realizar a sua pesquisa". Com este método de abordagem fez-se a observação de muitos de
muitos aspectos ligados a fraca qualidade do ensino primário nas zonas rurais. Tal como:
controlo nos trabalhos de casa, participação nas reuniões e o envolvimento dos pais e
encarregados de educação em actividades entras curriculares.
3.4. Observação Participante
Segundo LAKATO e MARCONI (1996: 111), “ A observação participante é uma tentativa
de colocar o observador e observado do mesmo lado, tornando-se um observador um
28
membro do grupo de modo a vivenciar o trabalho dentro do mesmo sistema referenciado"
com base desde método faremos uma observação das condições sócias e económicos dos pais
e encarregado de educação. De salientar que foi com base nestes métodos que foi possível
verificar o problema do tema m estudo.
3.5. Método histórico
Segundo LAKATO e MARCONI (1996:115), “é parte do princípio de que as actuais formas
de vida e de agir na vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, por
isso é importante pesquisar as suas raízes para compreender a sua natureza e função". Com
base neste medo faremos um estudo da população alva, no concernente o seu passado, a vida
social, cultural, política, económica e averiguar o seu impacto na sociedade actual e fazer uma
analogia com actual cenário de fraca qualidade do ensino primário nas zonas rurais.
3.6. Técnica de entrevista
Segundo GIL (2002:129) a “entrevista é uma ciência em que o investigador se apresenta ao
investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam a
investigação”. Essa técnica de colecta de dados será usado para obter informações com a
população alvo, alunos (Universo de 12), professoras (6), encarregados (6), conselho da
escola (2)e outros intervenientes do processo educativo, para além disso, também fizemos
entrevista de educação , directores da turmas, pedagógicos e director da Escola.
3.7. Método Estatístico
De acordo com LAKATOS (1992:106)," permite a qualificação de dados escolhidos no
inquérito com as autoridades locais, residentes beneficiários e os membros da instituição
para facilitar a sua análise e interpretação". A utilização deste método permitirá comprovar
as relações dos fenómenos entre si e, tirar lições sobre a sua natureza, ocorrência ou
significado. É com base neste método que firemos análise quantitativa dos dados referente o
número de alunos os alunos das escolas públicas das zonas urbanas, alunos das escolas
privadas em termos de aproveitamento pedagógico, sucesso escolar e desenvolvimento
Humano e comparar os resultados e aproveitamento pedagógico.
29
3.8. População e Amostra
Para efectivação do trabalho será usada o tipo de amostra simples onde tive a oportunidade de
entrevistar sobre a melhoria da qualidade de Ensino de História Seis (6) encarregados de
Educação, seis (6) professores da Escola Básica de Maruro., (1) Directora e dez (10) membros
da comunidade, 12 alunos de ambos os sexos. Na visão de LAKATOS (op cit.:42) “consiste
na escolha de um indivíduo, entre a população e ao acaso (aleatória) quando cada membro
da população tem a mesma probabilidade de ser escolhido. ” Escolheu-se no Distrito de
Gorongosa, na Escola Básica de Maruro. Sendo que os intervenientes – os membros da
comunidade – terão as mesmas oportunidades de participar fornecendo os dados, mas realce-
se que estes serão escolhidos por acaso e só podendo entrar uma vez para à amostra. Nesta
pesquisa propunha-nos obter informações sobre a influência que o apoio proporcionado pelos
pais ou encarregados exercia no desempenho escolar dos educandos Escola Básica de Maruro
no Distrito de Gorongosa.
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Análise e discussão dos resultados
Analisar a educação em Moçambique pressupõe compreender seus antecedentes, desde a
época da educação tradicional até os tempos de hoje. A educação tradicional possibilitava que
os indivíduos recolhessem todas as influências do meio em que habitavam, para então
introduzir no seu modo de pensar comportar e agir, abrindo espaço para uma participação
activa nas actividades e na vida do grupo a que pertencia, transformando-o num modelo
padrão que era expresso na maneira de viver, pensar e de ser do próprio membro do grupo
(GOLIAS, 1993:123)"A educação estava aberta à colectividade, todos os membros da
colectividade tinham o direito de educar as crianças, sendo passada de geração em geração
e transmitindo a identidade cultural".Entretanto, faziam parte da pedagogia tradicional, a
ligação íntima de educação com a realidade da vida quotidiana, carácter polivalente,
pragmatismos dos métodos e a educação sexual.
Em relação aos mecanismos ou atributos de qualidade, as respostas dos directores apresentam
um grande nível de concordância e semelhanças entre si, levando a crer que existe um
alinhamento entre os directores das três instituições pesquisadas em relação à busca de
melhoria de qualidade de ensino para atingir os objectivos traçados ao nível do governo
central para melhoria de qualidade do processo de ensino aprendizagem. Os mecanismos ou
30
atributos de melhoria de qualidade nas instituições de ensino primário, mediante as respostas
dos directores, incidem sobre vários factores organizacionais, sociais e pessoais, factores estes
que auxiliam os principais objectivos traçados ao nível do Plano Estratégico da Educação e
Cultura.
De acordo com o Plano Estratégico da Educação e Cultura (PEEC 2018: 56), "a melhoria
de qualidade incide sobre a inclusão e equidade no acesso e retenção na escola,
privilegiando a universalização do ensino de 7ªclasse, com foco na aprendizagem,
desenvolvimento de competências básicas (leitura, escrita e cálculos) e na garantia de um
bom governo do sistema educativo".
Como forma de avaliar o processo de melhoria de qualidade nas instituições, verificar e
controlar o rendimento escolar e, consequentemente, melhorar o ensino aprendizagem dos
alunos do ensino básico, as instituições de ensino utilizam vários procedimentos e
instrumentos de mensuração previstos nos vários documentos normativos de conduta da
escola (provas, exercícios teóricos e práticos, tarefas de casa). "Essas são acções estratégicas
rumo à qualidade de educação, na medida em que faz parte de todo um conjunto de decisões
e acções com os objectivos de garantir a consistência interna e externa da organização,
movimentando todos os recursos (ESTEVÃO, 1998:64)".
"Contudo, para uma boa gestão e melhoria na qualidade da educação, associam-se factores
sociais e comunitários, chamando e incluindo a comunidade na gestão participativa e
direcção colectiva das escolas, uma vez que com a gestão participativa é concedida à
comunidade a oportunidade de participar na gestão da escola através dos Conselhos de
Escola"(LÜCK, 2009:47).
Com a inclusão da comunidade na gestão e administração da escola, o governo procura buscar
uma forte parceria entre a escola e a comunidade/sociedade, estimulando iniciativas de
aproveitamento de recursos para ultrapassar as dificuldades encontradas nas escolas. "Essa
inclusão pode ser realizada de forma informal e esporádica, mas deve-se ter atenção aos
procedimentos sistemáticos e organizacionais promovidos por meio de parcerias na
educação, de modo que se obtenham os resultados almejados" (LÜCK, 2009:48).
A relação entre escola e comunidade poderá influenciar em uma boa gestão, mas se fará
presente a partir do momento em que os directores escolares concederem um espaço e
reconhecerem o significado digestão participativa. Como já referenciado, o direito à educação
não é apenas responsabilidade e ou obrigação do Estado, mas sim de todos (pais e
31
encarregados de educação, família, comunidade, organizações não-governamentais e
parceiros internacionais). Cada um possui um papel a desempenhar, na oferta e procura de
serviços educativos dentro das suas capacidades e meios em função das necessidades, porém
fazendo valer a igualdade e condição de acesso à educação.
"Nessa perspectiva, a escola não deve ser vista como uma instituição isolada, mas sim
integrada numa comunidade que interage com a vida social mais ampla. As actuais
formas de interacção entre a escola e a comunidade exigem cada vez mais a participação
dos pais na organização e gestão da escola, criando práticas de descentralização,
autonomia, co-responsabilização e interculturalismo" (LIBÂNEO, 2013:78).
As constatações da pesquisa, em geral, mostram que a busca pela melhoria da qualidade na
educação básica nas escolas moçambicanas é complexa. Por um lado, o governo está
comprometido em empreender esforças e continuar a assegurar uma educação universal de
sete classes para todas as crianças em idade escolar e com qualidade, pois, acredita na
educação como chave para o futuro desenvolvimento e sucesso do país, e esperam
desempenhar seu papel.
Por outro lado, as escolas não têm os meios e as condições necessárias para cumprir o seu
papel, sendo apontado pelos membros de direcção das instituições pesquisadas um número
considerável de factores que seinter-relacionam (organizacionais, sociais e pessoais) e que
devem ser levados em conta, visto que de alguma forma impedem a aplicação das suas
habilidades para um bom desempenho das suas funções. Um dos factores importantes
apontados pelos directores baseia-se na falta de material didáctico, considerado uma difícil
missão no momento de ensinar os alunos.
"A qualidade de ensino é afectada por recursos infra-estruturas não adequadas, fazendo com
que os alunos não consigam progredir como deveriam, além de aumentar a desmotivação e a
falta de auto-estima dos professores, deixando-os preocupados em não realizarem o seu
trabalho como gostariam, por falta de meios e condições de trabalho. Estas questões
enfatizamos apontam que o gerenciamento dos aspectos envolvidos como motivação
intrínseca e extrínseca dos profissionais de educação, bem com as dimensões extra-escolares
eintra-escolar (DOURADO e OLIVEIRA, 2009:27)".
A qualidade na educação básica também depende do factor formação, desempenho do corpo
docente, satisfação pessoal e profissional, e é considerado como uma base para aumentar a
autoconfiança e competência na sala de aula. Entretanto, sente-se um grande esforço
32
empreendido ao nível do governo para tentar solucionar os problemas, verificando-se um
plano de formação que tende a enquadrar todo o docente e não docente para a continuação dos
seus estudos como uma das formas para melhorar a qualidade de ensino.
"Através do programa de apoio directo às escolas, com vista a criar condições necessárias
para um ambiente escolar saudável e propício para a aprendizagem dos alunos, são
disponibilizados a cada ano professores, livros e recursos financeiros às escolas. Como
também definidas estratégias integradas deformação e capacitação dos professores, inicial
e em serviço, de acordo com o novo paradigma “formação baseada em competências”
(MINED, 2017:47).
A questão da supervisão pedagógica e políticas de orientação ao aluno também fazem da
escola um diferencial. Todavia, toda e qualquer actividade escolar necessitam de um
acompanhamento com vista a atingidos objectivos pretendidos. A supervisão traz uma maior
interacção e parceria dos envolvidos no Processo de ensino Aprendizagem (PEA), orientando
e organizando o trabalho pedagógico desenvolvido na escola.
De acordo com Libâneo (2013:42), "há algum tempo muitos dirigentes escolares já foram
alvo de críticas, devido às práticas excessivas de burocracia, conservadoras, autoritárias e
centralizadoras, embora existam ainda casos parecidos de profissionais com o mesmo perfil,
hoje já se dissemina a prática de liderança participativa." A figura do director da escola
pressupõe a maior responsabilidade pela escola, porém deve ter uma visão de conjunto, isto é,
articulação e integração de vários sectores.
Finalizando, aspectos como a ética no trabalho, a capacidade de saber ouvir, de aprender a
agir com respeito, solidariedade, justiça, o diálogo em todas e diferentes situações, são valores
e atitudes que se deve aprender e desenvolver nas escolas e serem repassados aos alunos. A
escola é um meio de interacção social, com isso, devem se criar meios de incorporar a ética e
a cidadania no quotidiano das salas de aula e na vida dos alunos, com vista à formação de
atitudes éticas e morais de todos os membros que nela actuam. Para isso a conduta do
professor deve servir de espelho e por isso deve ser assíduo, pontual, comprometido com a
actividade que realiza e dedicado, como aponta e complementa o director Adjunto Pedagógico
e o director da escola M.
Na percepção dos directores e professores, a incessante busca pela melhoria da qualidade no
ensino básico reflecte-se na boa liderança e gestão participativa de todos os envolvidos no
processo de ensino aprendizagem, condições de trabalho, formação e qualificação docente,
33
supervisão pedagógica, ética no trabalho, satisfação profissional e política de orientação ao
aluno, também são aspectos que complementam, segundo Dias (200156).
׃
CAPÍTULO V - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O Ministério de Educação reconheceu publicamente, nos finais de Abril de 2015, o fracasso
do cumprimento dos objectivos de desenvolvimento do milénio, assumidos em Dakar
(Senegal)no ano 2015. Segundo o director de planificação e cooperação do MINEDH, Manuel
Rego,“ apesar de terem sido registadas melhorias durante o período em referência,
principalmente no que diz respeito ao número de crianças que frequentam a escola em todo o
país, as metas ainda não foram atingidas e há muito trabalho pela frente”.Por seu turno, o
Ministro da educação, Jorge Ferrão, considerou os dados legítimos, concordando que ainda há
um percurso pela frente.
A pesquisa constatou também que a maior parte dos directores por nós entrevistados não
possuía o plano de melhoria da escola, ou seja, plano para a melhoria da qualidade de ensino.
Entende-se por plano de melhoria da escola um conjunto de procedimentos e estratégias
organizados e implementados com o objectivo de promover a melhoria dos processos
educativos e aumentar a eficácia dos mesmos. Um Plano de Melhoria da Escola é um
processo contínuo de:
a) Identificação das necessidades e dificuldades dos alunos, dos professores e da comunidade
educativa;
b) Implementação de estratégias que visam aumentara eficácia da escola; e
c) Avaliação das estratégias e dos sucessos alcançados.
34
Por outras palavras, um Plano de Melhoria da Escola diz respeito a um conjunto de
objectivos(formulados com base nas evidências da investigação), concretizados em estratégias
(operacionalizadas em termos dos alvos a que se destinam: os agentes envolvidos, os recursos
necessários, o tempo em que ocorrem) e cujo impacto em vários indicadores (incluindo o
desempenho académico dos alunos) é periodicamente avaliado.
O Plano de Melhoria da Escola é um instrumento fundamental para potenciar o desempenho
académico dos alunos e a qualidade dos seus resultados. Um Plano de Melhoria da Escola é
um instrumento organizador de objectivos e estratégias de melhoria, agregador de motivações
do envolvimento dos agentes envolvidos e potenciador de níveis superiores de eficácia.
5.1. Sobre a Política Educational em Moçambique
A política educacional centrada na expansão do acesso vem sendo implementada desde que
Moçambique aceitou e aderiu aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em 2000, na
defesa da meta de “Educação Para Todos”. Conforme nossas entrevistas: “ Uma das grandes
políticas até diríamos de sucesso foi a de acesso de ensino. O que aconteceu é que nos
últimos tempos, as nossas crianças tiveram maior acesso à escola. Para acompanharmos
esse acesso, fomos construindo muitas escolas sobretudos do ensino primário. ”
(QUINCARDETE, 2015:90) Apesar disso, muitas crianças ainda continuam sem acesso à
escola.
5.2. A questão da qualidade de ensino
"Quanto à percepção dos gestores sobre a qualidade do ensino em Moçambique, estes
defendem que é polissémica e relativa ou seja, depende das condições históricas, económicas
e culturais de cada país como sabe, a questão de qualidade de ensino é relativa, mesmo os
países que apresentam altos padrões educacionais, alguns apresentam certos problemas.
Nenhum país do mundo já ficou satisfeito com a sua qualidade de ensino”
(QUINCARDETE, 2015:78).
No entanto, reconhecem o problema que o sector enfrenta de melhorar a qualidade do seu
ensino: verdade que temos a questão da qualidade de ensino, este continua a ser o nosso
grande calcanhar de Aquiles” (QUINCARDETE, 2015:78). A passagem automática no
Ensino Primário do 1º grau é vista pelos professores como causa do baixo aproveitamento
escolar dos alunos e consequente prática de absentismo e abandono escolar em casos
específicos. Com a referida passagem automática é de prever que os resultados escolares não
35
sejam dos melhores. A propósito, alguns autores arrolam uma série de factores que
influenciam os resultados escolares, para além da questão mencionada pelos professores
entrevistados BENAVENTE, (1990:67), lembra que “as políticas educativas, formação de
professores, modelos pedagógicos, análises curriculares, dificuldades de aprendizagem,
desenvolvimento cognitivo” são alguns dos factores que influenciam os resultados escolares.
5.3. Falta de corpo docente
A falta dos professores para responder a demanda é um dos grandes problemas que o sector
de educação em Moçambique enfrenta nos últimos tempos. Esta é uma das razões que tem
estado a contribuir para a fraca qualidade do ensino em Moçambique porque, na falta dos
professores, os professores são obrigados a leccionarem 2 turmas com cerca de 60 a 70 alunos
por turma, num turno das 7h até as 12,30h, ou das13h da tarde até 17h e 30. Caminha-se para
uma década que já não fazem as contratações para os professores, sobretudo para o Ensino
primário, alegando a falta de orçamento. As turmas sem professores nas escolas, por motivos
de abandono ou outros, costumam ser entregues a outros professores para fazerem as horas
extras, sobrecarregando ainda mais o professor que já tem duas turmas. Isso traz problemas
para a gestão: “Reconhecemos também as nossas fragilidades por parte do incumprimento
dos nossos gestores a nível micro (directores), que deixam professores a darem as aulas
numa área pela qual não conhece. Esse é o grande problema, no acto de implementação de
uma política ou adenda educacional” (QUINCARDETE,2015:73).
Constatou-se que dentre vários factores relativos à melhoria na qualidade de educação, as
questões de gestão/liderança, ética no trabalho, participação da comunidade, gestão
democrático, participativa, condições materiais de trabalho, satisfação profissional,
formação, orientação para os alunos e supervisão pedagógica são aquelas que apresentaram
um maior destaque. Dessa forma, requer uma estratégia e busca de soluções para melhorar
cada um dos factores estudados, levando a direcção escolar, junto ao governo e à
comunidade, a desenvolver um trabalho de mobilização e sensibilização sem medir esforços
para investimento e planeamento, formação e sistemas melhorados em todos os níveis, assim
como recursos.
5.4. Fraco domínio da língua portuguesa
O estudo constatou que a baixa qualidade de ensino na Escola Básica de Maruro no Distrito
de Gorongosa em particular está relacionado com:
36
1. Fraco domínio da língua portuguesa, factor determinante nos resultados das provas e
exames a nível do ensino secundário e nos exames de admissão para o ensino superior, assim
como para a inserção profissional. A aprendizagem dos alunos do ensino secundário geral é
baseada, fundamentalmente, na memorização de conceitos, fórmulas e mecanização de
procedimentos;
2. Fraca articulação horizontal e vertical entre os programas e disciplinas do ensino
Secundário Geral, por falta de definição clara de objectivos específicos e de metas comuns
entre as várias disciplinas.
3. Ensino altamente teórico sem, no entanto, privilegiar as habilidades práticas e competências
produtivas que possam permitir uma fácil inserção do graduado no mercado do trabalho
O nosso estudo aponta ao Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano os desafios de
manutenção da infra-estrutura, de envolvimento dos professores na política educacional e de
melhorias na gestão e na qualidade do ensino. A política de expansão da rede escolar e dos
novos ingressos deve ser acompanhada pelas condições das infra-estruturas escolares e a
formação dos professores. Não basta estar a expandir as escolas sem carteiras e sem
professores qualificados.
De acordo com FONSECA(2009:67),"a ampliação da escola, por outro lado, estimula a
procura por níveis subsequentes de ensino e produz novos desafios para o sistema, entre eles,
a superação do aprendizado insuficiente e dos altos índices de reprovação e de abandono
escolar". Desafio ainda maior que deverá merecer atenção dos gestores é o problema de não
utilização dos manuais escolares nas salas de aulas. O ministério deveria encontrar um meio-
termo para conversar com as editoras de modo a reduzirem os preços para que os alunos
possam comprar manuais. Caso contrário, o ministério deveria providenciar os manuais
escolares em quantidade suficiente a nível nacional. Não é possível, por exemplo, dar aulas de
português assim como de outras disciplinas sem que os alunos tenham os manuais para o
acompanhamento das aulas. A maioria dos professores inqueridos nesta pesquisa colocou isso
como grande entrave para o processo de ensino e aprendizagem.
5.5. O modelo de formação dos professores
Moçambique tem vários modelos de formação de professores desde a independência. A
fraqueza do sistema de ensino pode ser atribuída em parte à falta de uma política coerente de
37
formação de professores. Uma vez que os decisores não levam em consideração os resultados
da investigação no domínio da formação dos professores, as novas políticas e os programas
tendem a replicar os problemas inerentes a políticas e programas anteriores” ( PASSOS, 2009,
p.36).
Os actuais cursos de formação dos professores com curta duração devem ser eliminados.
Novos cursos, de maior duração, que procurem passar aos professores as competências
necessárias para ensinar adequadamente, devem ser introduzidos. Também o Executivo deve
criar a política de formação continuada dos professores. As estratégias de formação de
professores devem estar articuladas a uma política pública de educação profissional que
contenha um projecto de formação de professores nessa área. Caso contrário, continuar-se-á a
realizar acções pontuais, de pouco alcance e com pouca capacidade de gerar efeitos sobre o
ser humano, o que caracteriza uma educação formal e não um acontecimento pedagógico.
5.6. Superlotação das salas de aulas
Um outro problema que a pesquisa identificou como grave, através dos questionários
distribuídos aos professores, está relacionado com a taxa aluno/professor. 70% dos
professores têm turmas entre 40 e 50 alunos, 28% têm turmas entre 50 e 70 alunos e apenas
2% têm turmas de 35 alunos. Estas taxas elevadas constituem o grande entrave que os
professores enfrentam no seu dia-a-dia nas salas de aulas. O número elevado de alunos nas
turmas dificulta o processo de ensino e aprendizagem. A maioria dos entrevistados apontou
esta taxa como um dos problemas principais que têm estado a contribuir para a baixa
qualidade de ensino em Moçambique. A Fraca participação dos pais e encarregado educação
no processo de ensino e aprendizagem
A comunidade escolar deve estar preparada para participar de forma activa e criativa nessas
mudanças.
"Em Moçambique as políticas educacionais mudam constantemente devido à importação de
modelos, o que não dá espaço para a devida avaliação do modelo anterior imposto. Nas
reformas educacionais de vários países os professores aparecem como agentes inovadores nos
processos pedagógicos, curriculares e organizacionais. Já não são considerados apenas
profissionais que actuam em uma sala de aula, mas também membros integrantes de uma
equipe docente, realizando tarefas com responsabilidade ampliada no conjunto das actividades
escolares" (LIBANEO, 2014:47).
38
5.7. As condições de trabalho dos professores
"Face às condições de trabalho precárias percebidas pelos professores, a Unesco recomenda
que “o Estado e a sociedade devem garantir aos docentes as melhores condições de trabalho
e estes devem mostrar o mais alto desempenho traduzido em aprendizagens efectivas dos
estudantes” (UNESCO, 2008:15). Para a garantia de padrões de qualidade, incluindo a
igualdade ao acesso e à permanência na escola, é necessário oferecer condições escolares que
são fundamentais para a construção de uma educação de qualidade. Pois uma educação de
qualidade é resultado das condições objectivas ofertadas aos sujeitos envolvidos na acção
pedagógica do processo educativo. Portanto, a educação escolar se concretiza mediante as
condições objectivas de todos os sujeitos que dela participam (BIASI, 2009:33). O docente só
poderá realmente assumir sua função e seu papel, de acordo com aquilo que é posto pelas
políticas públicas no campo educacional, quando forem criadas condições para que ele possa
dedicar-se à solução dos problemas educacionais.
5.8. Os desafios da gestão
Os gestores a nível central do Ministério de Educação em Moçambique foram unânime em
afirmar que há problemas de gestão escolar nas escolas do Ensino primárias. Os directores
não podem ficar com os braços cruzado com muitas situações que ocorre na escola sobre sua
gestão, professores que estão muito tempo em conversas ao telefone deixando por trás a sua
tarefa de leccionar. É problema dos directores das escolas que esperam que o Ministério faça
tudo que se precisa ou se estraga numa escola. Os pequenos problemas dentro de uma escola
podem ser resolvidos localmente.
O próprio director não tem rotina de trabalho, quando chega na sua escola não procura ver o
que esta acontecer a nível da sua escola. Muita das vezes nem se faz presente na escola a
tempo e hora, aparece na hora; quando chega na escola passa 90 % do seu tempo a falar ao
telefone, a ler jornal, não tem o espírito de sentar com os pedagógicos e professores pelo
menos mensalmente para resolverem alguns problemas pontuais que até às vezes não seria
necessário o Ministério intervir. Uma outra questão: os directores das escolas, não têm a
formação específica da área que dirigem, e pouco se interessam pela melhoria da qualidade
dos alunos, apenas se preocupam com as estatísticas ou percentagens dos alunos fabricadas
pelos professores no fim de cada trimestre ou ano lectivo, sem no entanto fazer um trabalho
de raiz sobre o desempenho dos alunos.
39
5.9. Condições de Infra-estrutura
Os gestores de educação reconhecem as péssimas condições das infra-estruturas e a falta dos
recursos educacionais. O que está a acontecer em Moçambique com as más condições das
infra-estruturas é o problema de má gestão das infra-estruturas. Não existe a cultura de
preservações dobem público. As condições em que se encontra o edifício da Estudo do caso
Escola Básica de Maruro bem como a falta de carteiras não favorecem uma boa
aprendizagem, o que influencia para baixa qualidade de ensino
Moçambique não dispõe de uma política de formação continuada dos professores, como
evidenciam nossas entrevistas.“Na educação em Moçambique, a nível dos professores e
funcionários do sector, não vai estudar quem quer, tem que reunir uma serie de
documentações. Existe uma política [de capacitação] sim, só que a sua implementação não
é transparente”(GRACHANE, 2015).“A (...) preguiça intelectual dos professores. (...) Os
professores e a sociedade no geral só reclamam e em nenhum dia já nos escreveram a sugerir
as melhorias, os professores não são avaliados constantemente (..). A forma como os
professores são avaliados não é transparente. Os directores pedagógicos das escolas é que
costumam distribuir em folhas de classificação aos professores para se autoavaliarem.
5.10. Mecamismo para melhoria a qualidade de ensino de Historia
O processo de ensino e aprendizagem em história deve ter em conta o nível de
desenvolvimento dos alunos, a idade e o meio em que a escola está inserida. Para tal o
professor é obrigado a traçar estratégias que vão de acordo com a realidade dos alunos. O
ensino deve estar adaptado aos interesses dos alunos que simultaneamente lhes permita
desenvolver as suas capacidades, de preferência deve se ensina-lo a pensar. Tal posição
conduz ao ensino de uma história inteligível, conceptual em que o aluno manipula dados,
compara, aprecia, formula hipóteses e procura conclusões.
A preocupação do professor de história não pode apenas limitar com conhecimentos
científicos e da técnica de ensino, mas também, não se deve descurar da visão humanista,
política e sócio cultural. A Didáctica de história é multidimensional na medida em que
engloba na sua acção educativa as vertentes técnica, cientifica, politica, sócio-cultural e
humanista, donde se reflecte a globalização das acções humanas que a história procura
constantemente explicar.
40
O professor de história tem um grande compromisso social com a sociedade na medida que é
responsabilidade de dotar aos cidadãos de conhecimento científico, político, humanístico é
sócio – cultural, com intuito de mudar os comportamentos e atitudes de todo o tipo de alunos.
Outro compromisso que o professor de história tem é de exercer sobre as gerações jovens
orientações de conduta por meio da transmissão de conjuntos de conhecimentos, normas,
valores, crenças, uso e costumes aceites pelo grupo social.
Para que o professor realiza uma boa actuação docente deve pautar pela participação directa
nos diferentes níveis de planejamento do PEA, que podem passar pela elaboração e
organização dos seus planos. A grande parte de eficácia do seu ensino depende da
organicidade, coerência e flexibilidade do seu plano. Isso proporciona crescimento
profissional, ajustamento as mudanças, exercício de auto disciplina, responsabilidade e união
a nível de decisões conjunta quando elaborado ou compartilhado com vários professores.
O compromisso ético do professor de história passa por seguir modus de vivend aceites pela
sociedade, tornando – se modelo de virtudes, seguir um código deontológica cumprindo os
seus deveres, obrigações, práticas e responsabilidades que surgem no exercício da profissão,
manter e velar pela ocupação dos padrões estabelecidos entre seus membros e não obstante
pôr as suas competências em acção.
No que concerne Metodologia em Historia o professor de história na sua prática lectiva é lhe
submetido a uma interrogação a cerca dos fundamentos científicos da historia, psicológico e
pedagógico. O professor deverá ter em conta a combinação de método e técnicas e
associados aos determinados conceitos de história e de educação. A utilização de uma
metodologia de ensino adequada permite atingir mais facilmente a consecução dos objectivos
pretendidos.
5.11. Uso dos métodos activos e das TICS
Actualmente os Docentes podem contar com uso de tecnologias e objetos para despertar o
interesse dos alunos, a motivação como parte essencial para uma aula produtiva, e transformar
uma metodologia tradicional como as aulas expositivas em algo realmente interessante e
prazeroso, aliar às práticas de ensino tradicional a elementos que promovam o
desenvolvimento do pensamento crítico reflexivo dos alunos, permitindo através de uma visão
real do mundo, detectar os problemas que o assolam e ao mesmo tempo, dotá-los de
ferramentas capazes de compreender a realidade histórico-social. As integrações de métodos
41
inovadores no ensino de História têm como missão facilitar o aprendizado, empregando
princípios como o empoderamento do aluno nesse processo. Em vez de simplesmente cumprir
suas tarefas, crianças, adolescentes e adultos são estimulados a propor soluções para
problemas, pesquisar, debater e fazer experimentos. Esse é um dos métodos de ensino-
aprendizagem mais eficaz para engajar e incentivar os alunos em sala de aula. O estudante se
esforça para encontrar soluções dentro de um contexto — usando tanto a tecnologia, que é
inerente aos métodos de ensino atuais, como outros meios. No caso da História, a tecnologia
facilita o trabalho da interpretação de fontes, quando é interessante fazer um trabalho coletivo.
Em meio a toda essa informação é possível extrair elementos que se associem ao ensino de
História em sala de aula.
No que concerne ao passado, integração das tecnologias de informação e comunicação tem
desempenhado um papel importante na comunicação coletiva, pois através dessa ferramenta a
comunicação flui sem que aja barreiras na nova maneiras de pensar, conviver, promove e
habilidades. estão sendo elaboradas no mundo da informática. Técnicas como tomografia
computadorizada, análises de DNA e softwares de reconstituição facial são empregadas no
estudo do passado. Cientistas afirmam, contudo, que os métodos são apenas mais uma
ferramenta e não substituem fontes documentais.
A integração da tecnologia de informação e comunicação na escola favorece em muito a
aprendizagem do aluno e a aproximação de professores e alunos, pois através deste meio
tecnológico ambos tem a possibilidade de construírem conhecimento através da escrita,
reescrita, troca de ideias e experiências, o computador se tornou um grande aliado na busca do
conhecimento, pois se trata de uma ferramenta que auxilia na resolução de problemas e até
mesmo no desenvolvimento de projetos.
Usar atividades baseadas na metodologia inovadore pode ajudar o professor a aumentar o
engajamento na aula e desenvolver várias habilidades como criatividade e raciocínio crítico.
Além disso, a sala de aula se torna um ambiente mais acessível onde os alunos podem se
sentir mais à vontade para expressar o que sabem e o que querem saber mais. Portanto, a
aprendizagem ativa foca mais em ouvir o aluno, não em ter-lo apenas ouvindo. Eles têm a
oportunidade de se comunicar e compartilhar suas ideias, seu ponto de vista e seu
conhecimento. Eles são incentivados em interagir o tempo todo, a tirar as suas dúvidas, a
trabalhar juntos e a ouvirem uns aos outros. Até participar no planejamento de algumas
atividades os alunos são incentivados. Em contraste com as metodologias ativas, os modelos
42
convencionais costumam colocar o professor no centro do ensino. O docente tem o papel de
passar o conteúdo enquanto os alunos absorvem. Por outro lado, nas metodologias ativas, os
estudantes tomam a frente e o professor adquire um papel de mediador.
Resumindo, a metodologia inovadores está em contraste com o método tradicional de ensino,
principalmente pela mudança de papel do aluno. Na tradicional, os alunos são agentes
passivos de conhecimento dos professores, e na ativa, os alunos participam da construção do
conhecimento, com o apoio dos professores que agem como mediadores.
As TICs quando articuladas a uma prática formativa que leva em conta os saberes trazidos
pelo aluno, associando aos conhecimentos escolares se tornam essenciais para a construção
dos saberes. Além disso, favorece aprendizagens e desenvolvimentos, além de proporcionar
melhor domínio na área da comunicação, pois ressalta as redes de computadores permitem as
pessoas construírem e partilharem conhecimentos, tornando-os seres democráticos que
aprendem a valorizar a competências individuais.
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E SUGESTÕES
6.1. Conclusões
O presente trabalho buscou analisar a gestão de qualidade do ensino básico de Moçambique
como forma de contribuir para a melhoria no processo de ensino aprendizagem na Escola
Básica de Maruro. Procurou-sereflectir aspectos que contribuam para avaliação da qualidade
do ensino básico em Moçambique por meio de processos de gestão, como o papel dos
directores, professores e a comunidade em geral na contínua busca de melhoria de qualidade
educacional.
Há que se observar que a gestão da qualidade de educação é um processo no qual se exige a
participação e o envolvimento de todas as pessoas e da sociedade em geral. Os dados
apresentados levam à constatação que a questão da qualidade de educação é um fenómeno
complexo, bem como interdependente entre vários aspectos do ambiente interno e externo da
escola. Os académicos consideram que o actual debate sobe a qualidade de ensino em
Moçambique tem a ver com vários factores, tais como a inexistência de uma política de
formação dos professores e a falta de um organismo coeso e bem estruturado que pudesse
coordenar a formação dos professores em Moçambique. Também apontam como causa da
grande discussão sobre a qualidade de ensino em Moçambique a falta de uma política de
formação continuada dos professores.
43
Outro desafio é que Moçambique deve fazer avaliação do seu sistema de ensino
constantemente com uma instituição crível e responsável, como acontece nos outros países do
segundo nossa pesquisa, os professores defendem que os conteúdos curriculares devem ter
60% dos conteúdos locais e 40% de conteúdos nacionais e internacionais. O governo deve
eliminar imposições contrárias a princípios pedagógico-didáticos, como por exemplo, a
situação de 60 alunos por turma ou mais, a regência do professor em 2 turmas e a exigência de
um aproveitamento pedagógico de 100%. Na elaboração das políticas educacionais, o
Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano deve envolver todos os atores a nível
nacional: funcionários seniores do sector, professores (atores principais do processo), alunos,
pais e encarregados de educação, e a só, Portanto, o Ministério de Educação deve rever a
curto prazo os seus modelos de formação dos professores, criando uma política de formação
continuada dos professores e não uma simples capacitação que não ajuda em nada para a
melhoria da qualidade de ensino. Cabe também mudar o sistema de gestão e de contratação.
Os gestores entrevistados concordam com estes pontos, como mostrado a seguir. Constatamos
que existem problemas, ou seja, professores formados numa área e que estão a dar aulas numa
outra disciplina fora da sua área. Face a estes problemas criamos uma lei para colmatar o
problema. Aqueles formados numa área que não faz parte da educação são enquadrados na
carreira de técnico, e aqueles com formação psico-pedagógica são enquadrados na carreira de
docentes, onde muitos precisam a todo custo.
O sucesso qualitativo do sistema, todavia, depende da interacção harmoniosa de todos os
elementos, no sentido de se completarem, de se apoiarem e de darem a sua contribuição
específica para os objectivos globais do mesmo. A política de progressão por ciclos de
aprendizagem em Moçambique, ou seja, as progressões semi-automáticas, introduzida no
Ensino Básico em 2004, precisa ser ainda fundamentada, pesquisada, enriquecida, divulgada e
discutida. Deixar passar alunos que não sabem ler nem escrever devidamente está afectando
outros subsistemas de ensino, contribuindo desta forma para a grande discussão sobre a
problemática da qualidade de ensino em Moçambique. Não existe qualidade do aprendizado
sem estudantes com hábito de leitura e com competências para entender os textos escritos. Os
alunos devem adquirir as competências e conhecimentos epistemológicos desejados para o
desenvolvimento do país. Que sejam aprovados apenas os alunos que apresentam
competências dos conteúdos.
44
6.2. Sugestões
As instituições de ensino precisam contribuir para o sucesso oferecendo bons recursos
pedagógicos, assim como docentes e gestores com boa qualificação técnica. Como ponto
central para melhoria da qualidade do ensino, os gestores educacionais devem valorizar a
formação inicial e continuada dos professores; tanto em um como no outro caso, deve-
severificar se a formação oferecida está em consonância com as necessidades de aprendizado
dos alunos. Os autores sublinham ainda que é recomendável que as escolas promovam
programas de formação adequadas às suas especificidades, discutindo os problemas da
unidade educacional. Os próximos planos estratégicos do sector da educação deveriam estar
centrados nos problemas que estão a afectar o sector. A preocupação com a melhoria da
qualidade do ensino deveria receber destaque nos planos.
A comunidade escolar deve estar preparada para participar de forma activa e criativa nessas
mudanças. Em Moçambique as políticas educacionais mudam constantemente devido à
importação de modelos, o que não dá espaço para a devida avaliação do modelo anterior
imposto. Nas reformas educacionais de vários países os professores aparecem como agentes
inovadores nos processos pedagógicos, curriculares e organizacionais. Já não são
considerados apenas profissionais que actuam em uma sala de aula, mas também membros
integrantes de uma equipe docente, realizando tarefas com responsabilidade ampliada no
conjunto das actividades escolares
Tornou-se evidente que para se atingir uma boa qualidade de educação aspectos como
estratégia, gestão e formação devem estar presentes e interligados. Nesse sentido, como
recomendação, os aspectos apresentados em seguida resumem os comentários descritos no
decorrer da análise:
Garantir e melhorar as condições de trabalho dos profissionais de educação;
Reforçar a formação inicial e em serviço, numa perspectiva de formação contínua do
pessoal docente e não docente;
Garantir o cumprimento da supervisão pedagógica;
Sensibilizar cada vez mais a participação dos pais e encarregados de educação e a
comunidade em geral na vida da escola e fazer conhecer seus direitos e obrigações;
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2. ANDRÉ, Marli E. D. A. (2010). Formação de professores: a constituição de um campo
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Estudo Piloto sobre A Qualidade de Educação. Editora Publix, Maputo
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46
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11. LIBANEO, et al. (2014). Educação Escolar; Politicas, Estrutura e Organização: Cortez
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Currículo.: Texto Editores, Lda. Maputo
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Ventos, Curitiba.
17. UNESCO. (2008). Educação de qualidade para todos: um assunto de direitos
humanos. 2. Ed:UNESCO, Brasília
APÊNDICES
47
Apêndice 1: Guião de entrevista semiestruturada para os professores
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
PROGRAMA DE GORONGOSA
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA
Guião de entrevista semi-estruturada para os professores
Objectivo da pesquisa:
Compreender os factores que influenciam na qualidade de ensino de História na escola Básica
de Maruro, onde nela vamos : Descrever o processo de lecionação de disciplina da História,
Analisar as razões subjacentes às dificuldades encontradas no processo de lecionação e na
compreensão de disciplina e por fim Avaliar o processo de aprendizagem e aproveitamento
pedagógico dos alunos na disciplina da História.
Estimado colega
1.Como avalia a qualidade de ensino na sua escola e do distrito no Geral?
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2- O que podemos fazer para melhorar a qualidade de ensino de historia na escola e do distrito
de Gorongosa?
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3- Quais são as principais causas da baixa qualidade de ensino de História no Distrito e na sua
escola em particular?
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4 - Na sua opinião há uma forte relação entre a participação dos pais na escola e o
desempenho do aluno?
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5- Na sua opinião, as condições de infra-estrutura e imóveis interferem para a baixa qualidade
de ensino? Por que?
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7. Quais são para você as evidências disso?
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8 - Como professores e directores podem estimular uma maior participação dos pais na escola
para o melhor aproveitamento escolar dos alunos?
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FIM
49
Apêndice 2: Guião de entrevista semiestruturada para Pais e encarregado de educação
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
PROGRAMA DE GORONGOSA
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA
Guião de entrevista semi-estruturada para Pais e encarregado de educação
Objectivo da pesquisa:
Compreender os factores que influenciam na qualidade de ensino de História na escola Básica
de Maruro, onde nela vamos : Descrever o processo de lecionação de disciplina da História,
Analisar as razões subjacentes às dificuldades encontradas no processo de lecionação e na
compreensão de disciplina e por fim Avaliar o processo de aprendizagem e aproveitamento
pedagógico dos alunos na disciplina da História.
Estimado Pais e encarregado de educação
1- Como participa nas actividades escolar do seu filhobna escola?
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2-Quais são os membros da família que participam com mais frequência dessas actividades?
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3-Quais são as actividades que a escola proporciona para maior participação dos Pais e
encarregado de educação?
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4-Qual é a importância da participação da família na escola? E por que?
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5-Como você avalia a relação entre família e escola?
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6-Como deve acontecer essa participação?
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O Candidato : Kolen Lazaro Francisco Nota Cassenga-708212218
51
Apêndice 3: Guião de entrevista para Director dos serviços distrital da educação, juventude e
tecnologia
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
PROGRAMA DE GORONGOSA
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA
Guião de entrevista para Director dos serviços distrital da educação, juventude e
tecnologia
Objectivo da pesquisa: Analisar as políticas educacionais contemporâneas para as escolas
primaria completas nas zonas rurais em Moçambique bem como a qualidade do ensino em
Moçambique através da realização de um estudo de caso sobre a Estudo do caso Escola
Básica de Maruro.
Estimado Director dos serviços distrital da educação, juventude e tecnologia
Sua participação nessa pesquisa, respondendo ao questionário, é essencial para a realização da
nossa pesquisa. Desde já, agradeço a sua disponibilidade e contribuição que farão parte desta
produção científica. Os (as) participantes não serão identificados por meio dos nomes,
garantindo assim o sigilo da sua colaboração. Coloco-me a disposição para apresentar os
resultados da pesquisa.
ROTEIRO DE ENTREVISTA
52
1. Senhor Director, como avalia as actuais políticas educacionais dos últimos dez anos?
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2. Como avaliais a nossa qualidade de ensino em Moçambique?
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3. Quais são os grandes constrangimentos que o sector enfrenta actualmente?
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4. Como avaliais os desempenhos dos directores das escolas do em Gorongosa e em
Moçambique duma forma geral?
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5. As políticas educacionais só têm relevância quando a sociedade de um país reconhece as
competências e habilidades dos seus educandos e provoca mudanças através dos
conhecimentos adquiridos, a nível profissional, económico, social, cultural e político. Quais
foram as políticas de maior sucesso nos últimos dez anos?
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6. Qual é a classe com mais baixo aproveitamento pedagógico?
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7. Quais são os grandes desafios do sector para o melhoramento da qualidade de ensino em
Moçambique?
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8. A existência das infra-estruturas escolares em boas condições, o ambiente escolar, é
também um dos indicadores para a aferição da qualidade de ensino. O que é que está sendo
feito a nível do sector a curto prazo para melhoramento das infra-estruturas escolares: falta
das carteiras, a superlotação das salas de aulas, ou seja, o taxa professor-aluno?
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O Candidato : Kolen Lazaro Francisco Nota Cassenga-708212218
Apendice 4: Imagens Ilustrativas
Figura 1: O candidato no bloco principal da Escola Básica de Maruro.
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Figura 2: O candidato na entrada da direção da Escola Básica de Maruro
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Figura 3: O candidato na sala de aula da Escola Básica de Maruro