1.
9 Relé de Tempo
1.9.1 Definição
Os relés de tempo são dispositivos empregados nos circuitos de
comandos elétricos, com o objetivo de fazer a temporização de manobras, em
circuitos auxiliares de comandos, circuitos de proteção, etc.
1.9.2 Simbologia
Figura 1.68: Simbologia de temporizadores.
1.9.3 Tipos de relés de tempo quanto à ação dos contatos
Instantâneo a Energização
Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo e
simultaneamente os contatos serão ativados. Após o tempo programado, os
contatos serão desativados. Interrompendo-se a alimentação durante o
processo de contagem do tempo, o mesmo é anulado e os contatos serão
desativados.
Figura 1.69: Temporização instantânea.
Com Retardo a Energização
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Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo.
Transcorrido o tempo programado, os contatos serão ativados e só serão
desativados quando a alimentação for desligada. Interrompendo-se a
alimentação durante a contagem do tempo, o mesmo será anulado (Figura
1.70).
Figura1.70: Temporização com retardo à energização.
Com Retardo a Desenergização
Alimentando-se o dispositivo, os contatos serão ativados
instantaneamente (haverá a comutação dos contatos). Ao desenergizarmos o
dispositivo, inicia-se a contagem do tempo. Após o tempo programado, os
contatos serão desativados (Figura 1.71).
Figura 1.71: Temporização com retardo à desenergização.
1.9.4 Tipos de relés de tempo quanto ao princípio de funcionamento e às
características físicas e construtivas
Os temporizadores podem ser classificados quanto ao princípio de
funcionamento e características construtivas, em:
Eletrônico (Analógico e Digital); Pneumático; Eletromecânico; Térmico.
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Daremos ênfase ao estudo dos temporizadores eletrônicos e
pneumáticos, por serem dispositivos que apresentam uma série de vantagens
sobre os demais, como: Maior precisão, menor desgaste, ocupam menor
espaço físico, etc.
Temporizadores eletrônicos
São dispositivos usados nos circuitos elétricos com o objetivo de
processar a temporização de manobras. (Figura 1.72).
Figura 1.72: Temporizador.
Fonte: <http://www.jaguareletrica.com.br/produtos> Acesso em: 23 maio 2007.
Fonte: <http://www.tron-ce.com.br/produtos/produtos_tempo> Acesso em: 23 maio 2007.
¾ Constituição
É constituído de um circuito eletrônico de temporização, que atua sobre
um relé magnético, o circuito está alojado em uma caixa de material isolante,.
Na parte frontal dessa caixa são colocados: um seletor de tempo (que gira
sobre uma escala numerada, representando o tempo em segundos) e os
bornes para ligação dos condutores.
¾ Funcionamento
Quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem energizados, o circuito
eletrônico entrará em operação, realizando a temporização pré-selecionada
através do botão seletor. Uma vez vencido este tempo, é feito o acionamento
do relé magnético, que comutará os seus contatos (abrirá 15 - 16 e fechará 15 -
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18). Os contatos do relé magnético voltarão à posição de repouso quando os
bornes A1 e A2 (a e b) forem desenergizados.
Obs: Retardo na energização
¾ Características elétricas
Suas principais características elétricas são:
x Tensão de Acionamento: normalmente 24V, 127V ou 220V;
x Tensão Máxima de Serviço: normalmente de 250V;
x Corrente Nominal: corrente dos contatos do relé (normalmente 10A);
x Faixa de Ajuste: é a faixa de tempo a ser ajustada no seletor externo.
Temporizadores pneumáticos
É um dispositivo de temporização com características
eletropneumáticas, cujo funcionamento está baseado na ação de um eletroímã
que aciona uma válvula pneumática, dando temporização definida e regulável
(Figura 1.73).
Figura 1.73: Temporizador pneumático.
Fonte: SENAI. Dispositivo de proteção e controle, 1999. P. 99.
¾ Constituição
A Figura 1.74 apresenta os componentes do relé pneumático, em vista
explodida.
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Figura 1.74: Vista explodida de relé pneumático
Fonte: SENAI. Dispositivo de proteção e controle. P. 100.
1 - Alavanca de armamento do temporizador, que liga a sanfona ao bloco de
contatos elétricos.
2- Balancim.
3 - Mola Superior.
4 - Válvula.
5 - Sanfona (resistente aos óleos e envelhecimento).
6 - Contatos abridores e fechadores.
7 - Dispositivo de acionamento da regulagem do temporizador.
¾ Funcionamento
Temporizador Pneumático ao Trabalho: estando o temporizador
pneumático acoplado ao contator e sendo este alimentado, o núcleo atrairá o
balancim, que libera a sanfona, que irá encher-se de ar, deslocando-se em
direção ao balancim.
Terminado o tempo, regulado previamente, a sanfona estará cheia de ar
e pressionará uma pequena alavanca, que liberará o balancim. O seu
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deslocamento provocará a abertura do contato NF e o fechamento do contato
NA, que permanecerão assim enquanto o contator estiver alimentado.
Quando seccionarmos a alimentação do contator, o seu núcleo
deslocará o balancim em direção à sanfona, expulsando o ar nela contido. Com
isto, os contatos voltarão à posição original de repouso, deixando o
temporizador pneumático apto para um novo ciclo de operação.
Temporizador Pneumático ao Repouso: estando o temporizador pneumático
acoplado ao contator, os contatos NA e NF do temporizador estão em repouso.
Quando o contator for alimentado, o núcleo forçará o deslocamento do
balancim em direção à sanfona, pressionando-a para que expulse o ar nela
contido. Também ocorrerá a abertura do contato NF e o fechamento do contato
NA.
Quando seccionarmos a alimentação do contator, o balancim voltará à
posição original, liberando a sanfona para que se encha de ar novamente.
Quando terminar o tempo programado, a sanfona estará cheia de ar e
pressionará uma pequena alavanca (disparador), que acionará o sistema de
sustentação dos contatos, fazendo com que estes voltem à posição de
repouso, isto é, o contato NF fechará e o contato NA abrirá.
Para iniciar um novo ciclo de operação, devemos acionar novamente o
temporizador pneumático.
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