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Estagio de Fisica 2017 Job

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Resumo
Este Relatório Final tem como base o processo de Estágio Pedagógico desenvolvido no ano
lectivo de 2017, o qual se insere na Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações
em ensino de Física, para a leccionação nos ensinos básicos e Secundários. Esta actividade
teve como referência o Guia de Estágio Pedagógico de 2017, o qual integra, de forma explícita,
objectivos gerais e específicos relativamente à apenas uma área de intervenção, Organização e
Gestão do Ensino e da Aprendizagem.
Durante o estágio pedagógico, a leccionação esteve ligada a disciplina de Física a uma turma
da 8a classe curso nocturno, onde a experiência adquirida foi bastante rica numa perspectivas
de formação profissional, pela variedade de situações imponderáveis que ocorreram e pelas
aprendizagens, porque me permitiram melhorar, através da aquisição de algumas competências
e reformulação de outras. Embora fundamental, o conhecimento científico, por si só, não é
suficiente no processo de ensino e aprendizagem, pois é importante também considerar o
desenvolvimento cognitivo dos estudantes e a partir dela relacionar o quotidiano, com aquilo
que aprende para que essa aprendizagem seja significativa. Deste modo a experiência do
estágio é de suma importância, não só por unir a teoria e a prática, mas também por propiciar
uma reflexão sobre a realidade do ensino. Neste sentido este relatório teve como objectivo
relatar factos de processo de ensino e aprendizagem vivenciados durante o estágio no ensino
secundário concretamente na escola Secundária de Muchatazina, na cidade da Beira. Esta
prática foi realizada de Setembro a Novembro de 2017. Portanto, a partir das actividades
decorrentes em sala de aulas, pude perceber que, a interação entre o aluno e o professor é uma
interacção de cooperação para a construção do conhecimento científico significativo, tendo os
alunos como participantes activos e o professor apenas mediador do processo.
Ao longo do relatório são referidas as capacidades adquiridas, as tarefas realizadas e as
estratégias aplicadas, evidenciando a constante preocupação na evolução e sucesso dos alunos.
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CAPITULO I

1.0.Introdução
O presente relatório de práticas pedagógicas irá abordar questões relacionadas com estágio
pedagógico que decorreram na Escola Secundária de Muchatazina. Deste modo, é de referir
que as Práticas pedagógicas são actividades curriculares, articuladoras da teoria e da prática
que garantem o contacto experimental com situações psicopedagógicas e didácticas concretas
e que contribuem para preparar de forma gradual, o estudante para futura vida profissional. O
estágio pedagógico é uma importante componente na formação de futuros professores. Este
trabalho é constituído por uma linguagem simples, de fácil compreensão, que permitirá uma
rápida assimilação dos conceitos aqui abordados,
É importante salientar que as práticas pedagógicas proporciona aos estudantes experiencias a
nível da prática educacional, orientada pela universidade pedagógica, durante o decorrer do
curso pelos respectivos supervisores. No entanto, este trabalho é uma das formas de resumo de
todas as actividades realizadas no campo, partindo da assistência das aulas até ao exercício de
docência na escola acima referenciada.
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1.1.Conceito de Estágio Pedagógico


Segundo o regulamento Académico da Up, (2010:25, artigo 69), o estágio
pedagógico é uma actividade curricular obrigatória desenvolvida por
estudantes do 4o ano que proporciona aprendizagem e prática
especificamente direccionada para o exercício da actividade educativa e
facilita a inserção do futuro licenciado no local de trabalho.

1.2. Objectivos do Relatório do Estagio Pedagógicos

1.3. Geral
 Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais pedagógicas e
profissionais gerais como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio do
processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica

1.4. Especifico
 Observar e analisar o Programa de Ensino da 8a classe e o seu cumprimento na Escola
Secundária de Muchatazina;
 Reconhecer perfeitamente os conteúdos da 8a classe com a realidade vivenciada pelos
estudantes;
 Ordenar as metodologias usadas numa aula e suas fases de aplicação;
 Contribuir para a melhoria do projecto pedagógico da educação na Escola Secundária
de Muchatazina
 Leccionar as aulas aplicando todos os processos didácticos e metodológicos e, avaliar
os conteúdos abordados ao longo do processo de leccionação de aulas.

1.5. Metodologia de Trabalho


Para a obtenção de dados nas escolas usou-se vários métodos e técnicas adequadas as
exigências do trabalho tendo em conta os objectivos.
Segundo (LIBANEO:150), Método “é o caminho para se atingir um objectivo” neste contexto,
para a realização do presente relatório o proponente usou os seguintes métodos e técnicas:
observação directa e pesquisa bibliográfica.
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CAPITULO II

1.6.Formação do Grupo
A Universidade Pedagógica é uma instituição de ensino superior virada para a formação de
quadros superior para a área da educação. No mês de Setembro do ano lectivo de 2017 a
instituição programou as práticas pedagógicas em estágio de Física, uma actividade que visa a
implementação dos conhecimentos de docência adquirido a cada ano de formação, de modo
que a acção decora em coincidência com o início do terceiro trimestre do calendário do ensino
secundário geral.

No início do terceiro trimestre do ano lectivo de 2017 os responsáveis das Práticas Pedagógicas
ao nível do curso do ensino de Física, fizeram chegar aos estudantes ao nível do 4o ano, a
informação sobre a execução do estágio pedagógico e exortaram aos mesmos para escolher
onde desejariam estagiar. Na semana seguinte, os estudantes do 4o ano foram reunidos pelo
chefe da turma em coordenação com o coordenador das práticas pedagógicas com finalidade
de confirmar a escola escolhida por cada um e a atribuição do respectivo supervisor. Onde a
escolha do lugar onde estagiar ficou na responsabilidade de cada estudante.

1.7. Apresentação do Grupo a Escola


No início do terceiro trimestre do ano lectivo de 2017, os grupos das Práticas Pedagógicas em
estágio de Física, ao nível do 4o ano foram se apresentar nas respectivas Escolas. Para cada
grupo a apresentação foi realizada de maneiras diferentes, variando de acordo com o combino.
Para o grupo que escolheu a Escola Secundária de Muchatazina como o palco para a realização
das práticas pedagógicas em estágio de Física, onde o regente do presente relatório esteve
presente. A apresentação foi efectuada de forma comum, encabeçados por um credencial que
servia de passaporte para identificação como estudantes enviados pela Universidade
Pedagógica-Delegação da Beira.

Na semana seguinte, a escola responsabilizou-se de encaminhar os estudantes aos responsáveis


pela disciplina de Física com os quais o grupo se reuniu com a finalidade de receber instrução
de como proceder durante o período em que estiver de estágio na escola. A reunião foi presidida
pelo delegado da cadeira ao nível do primeiro ciclo do ensino secundário geral. A reunião
começou com o delegado da disciplina que saudou e desejou boas vindas aos estudantes a
Escola. De seguida falou-se acerca do comportamento do professor na sala de aulas que exigia
o discernimento e maturidade suficiente para mediar e manter ordem durante a aula.
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Foi focado durante a reunião, a participação na planificação quinzenal (para programar o que
será feito durante os quinze dias futuros) assim como a diária (que orienta o professor em cada
aula), para que estas actividades sejam rigorosamente cumpridas. Mais em diante ainda no
desenrolar da reunião procedeu-se a escolha de turnos. No final dentre os estagiários, o colega
Júlio Macaraze António, fez a cobertura da turma B da 9ª classe e o autor, Luís Job Lourenço,
fez a cobertura da turma A da 8ª Classe. Depois da reunião fez se apresentação aos alunos com
quem iam trabalhar ate ao final do processo.

O Estagio decorreu em duas fases, nos quais constituem a primeira fase marcada por
assistência e observação sistemática do processo de Ensino e Aprendizagem de Física e a
segunda fase que consistiu em Leccionar as aulas na disciplina de Física na turma A da 8ª
classe, na Escola Secundaria de Muchatazina, que engloba diferentes etapas, que passa-se a
apresentar com mais detalhe nas próximas secções.

1.8. Primeira fase: Assistência de Aulas do Tutor


Segundo LIBÂNEO (1992), “ o processo de ensino e aprendizagem é uma interacção
recíproca entre o professor e o aluno numa sala de aula, ou durante as aulas onde o professor
se destaca como dirigente”. Conforme com a definição, o processo de ensino e aprendizagem
é dinâmico, ocorrendo entre o professor e o aluno, podendo destacar o papel de cada um dos
participantes. Tomando em consideração que o professor é o dirigente e mediador do processo
de ensino e aprendizagem e que ensinar é criar condições do PEA. A assistência de aulas
possibilitou a recolha de informações sobre as atitudes, comportamentos e postura dos alunos
face às actividades que lhes eram propostas nas aulas teóricas. Para além disso, procurou-se
evidenciar, em parte, aspectos positivos e negativos no PEA, mediante a observação atenciosa
durante a leccionação o método de ensino mais predominante, o papel dos alunos no processo
de construção do conhecimento e a ligação dos conteúdos lecionados com o quotidiano do
aluno.

1.9. Observação Directa


Este método consistiu na verificação dos aspectos técnicos, metodológicos, didácticos ao longo
da assistência e de leccionação das aulas e na colecta de dados para a obtenção das informações.

Segundo MARCONI e LAKATOS (2002:88) “este método não só consiste em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar”. No decurso do estágio
pedagógico, esta técnica foi aplicada durante a assistência de uma aula da primeira unidade
temática do trimestre: “MECÂNICA.”
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2.0. Análise da aula assistida


A aula assistida serviu de base para a compreensão do nível de precepção dos alunos no que é
concernente aos conteúdos programáticos. Contudo, a aula assistida foi marcada pelas
seguintes características gerais:

 Predominância do método de elaboração conjunta, fazendo-se sentir a função didáctica


de consolidação;

 Baixo nível de participação dos alunos, contudo o professor sempre indicava-os;

 O Professor procurava sempre um diálogo, tomando em consideração que já são


conteúdos conhecidos pelos alunos no seu quotidiano

 Contudo pode-se observar dificuldades da distribuição da atenção pelos alunos.

Para SANT 'ANNA e MENEGOLLA (2000:122), a comunicação implica um diálogo


recíproco. Neste contexto, da aula assistida conclui-se que nelas houve comunicação, pese
embora em alguns casos os alunos não pudessem intervir, contudo o professor sempre buscou
articulações com vista a faze-los activos na aula. É importante salientar que não se pode falar
de comunicação pedagógica onde a preocupação é “despejar” os conhecimentos sem nenhuma
preocupação em despertar o pensamento, quando se toma os alunos como “recipientes” vazios
e carentes de conhecimento. Segundo a Concepção construtivista, a aprendizagem deve estar
centrada no aluno e não no professor, como acontece nas nossas práticas educativas. Segundo
esta Concepção, deve se valorizar a acção do aluno como construtor de seu conhecimento e
tirar o professor da posição de detentor soberano do saber. O conhecimento deve ser construído
na base das experiências individuais dos alunos e seus conhecimentos prévios.

Segundo COLL et. al (1999:7) apud BIONDO e CALSA (2009), conhecimentos prévios são
aqueles que os alunos já possuem sobre os conteúdos concretos que se dispõe a aprender.
Segundo o autor, a Concepção construtivista assume a existência dos conhecimentos prévios
como elemento principal na explicação de alguns processos de aprendizagem na sala de aula.

Neste contexto, o professor procurou partir daquilo que o aluno já sabia sobre os conteúdos
fomentar o diálogo e o envolvimento do aluno no processo de construção do conhecimento,
pois partilha-se as ideias e as experiências dos alunos, relaciona-se o conhecimento com o
antigo e remedia-se o conhecimento do senso comum ou equivocado
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2.1. Segunda Fase: Leccionação das aulas pelo estagiário.


Segundo LIBANEO (1992:17), “a aula é um conjunto de meios e condições pelos quais o
professor dirige e estimula o processo de ensino em função de actividade própria do aluno e no
processo da aprendizagem escolar”.
Segundo o mesmo autor (1992:179), entre varias obrigações, as aulas devem cumprir as
seguintes experiências:
 Aplicação do nível cultural e cientifico do aluno, assegurando profundidade e solidez
aos conhecimentos assimilados;
 Selecção e organização das actividades dos alunos que possibilitem desenvolverem a
sua independência de pensamento, a criatividade e o gosto pelo estudo dando um
empenho permanente na formação de métodos e hábitos de estudos.

2.2. Elaboração de um plano de aula


Para elaborar um plano de aula deve-se
 Indicar o tema central da aula;
 Estabelecer os objectivos da aula;
 Indicar o conteúdo que será o objecto de estudo;
 Estabelecer os procedimentos e os recursos de ensino, isto é, estabelecem-se as formas
de utilizar os conteúdos seleccionado para atingir objectivos propostos.
Neste contexto, durante a realização do estágio pedagógico na Escola Secundária de
Muchatazina, o professor estagiário teve a oportunidade de assistir uma aula dada pelo
respectivo tutor e leccionou um total de 12 aulas.

2.3. Pesquisa Bibliográfica


Este método consiste no uso de fontes Secundários, ou todas as bibliografias já tornadas
públicas em relação ao tema em estudo, revistas livros, monografias até meios de comunicação
como rádio.
Segundo LAKATOS (1999:73) “ a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias abrange
toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde a publicação avulsa
em boletins, jornais, revistas, etc.
Segundo MARCONI e LAKATOS (2002:71) “ o método bibliográfico tem como finalidade
colocar o pesquisador em contacto directo com o material escrito.” Este método foi aplicado
durante a leitura de obras, em particular o programa de ensino da 8a classe.
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CAPITULO III

2.4.Historial da Escola
Antecedentes

O surgimento da Escola esta directamente relacionada com o projecto denominado “Mulheres


zonas verdes” que dentre varias actividades, tinha um grupo de senhoras que pertencia ao
centro de alfabetização e educação de adultos (AEA). Este grupo de senhoras, tinha as suas
aulas misturadas no Macurungo, numas instalações que estavam sob tutela do Conselho
Municipal da Beira (C.M.B), na altura designado por Conselho executivo da Beira.

Dada altura, em 1991 o conselho Municipal cedeu as instalações aos comerciantes, o que levou
a que o centro de alfabetização e educação de adultos do projecto mulheres zonas verdes,
procurasse outras instalações para o seu funcionamento. Este processo levou a várias
movimentações, tendo funcionado inicialmente nas instalações da Escola industrial da Beira.

Três meses depois, passou a funcionar na garagem da Igreja Católica, Matacuane, no actual
Padre Cirilo, onde se concluiu o ano lectivo de 1991.

No ano seguinte,1992, houve outras movimentações, desta feita para o instituto industrial e
comercial da Beira, para os terceiros anos e o primeiro e segundo anos para o Centro Africano

2.5.Surgimento da escola
Neste processo de movimentação por falta de instalações e por outro lado por falta de
professores por outro lado, duas figuras importante, estiveram em frente, indicados pela
Direcção de Educação da cidade da Beira, para fazer face e ultrapassar a situação. Trata-se dos
senhores professores Gonçalves Chiposse, na altura o coordenador do núcleo pedagógico de
base no 1 (NPB no 1) e dr. Eduardo Sanga Franque, na altura Adjunto coordenador do núcleo
pedagógico de base no 1 (NPB no 1), o coordenador das salas anexas da Escola Samora Moisés
Machel, na Muchatazina.

Sendo assim estas figuras desempenharam um projecto de construção de instalações próprias


para o funcionamento pleno de Centro de alfabetização e Educação de adultos. Este foi
submetido ao projecto “Mulheres zonas verdes” ao qual o centro pretendia para angariação de
patrocínios. Na altura o principal patrocinador do projecto era a UNICEF, que prontamente
acolheu o financiamento.

Aceite o projecto, a preocupação era de encontrar o terreno, os mesmos contactaram a Direcção


Executiva dos CFM que na altura estava a construir as suas casas no actual Bairro dos CFM,
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Muchatazina, que também acolheu favoravelmente cedendo o espaço o actual espaço da


Escola. O projecto era a construção de 4 blocos constituídos por 8 salas na totalidade; entretanto
construiu-se dois blocos de 4 salas, isto em 1992 e tendo terminado em Abril de 1993.

A Escola foi inaugurada aos, 19 de Abril de 1993, como Centro de alfabetização e educação
de adultos sendo indicado como director o dr. Eduardo Sanga Franque e João António Nobre
como Adjunto pedagógico

A partir de 18 de Fevereiro de 2009, quando o centro já funcionava com 12 turmas, e


aproximadamente 600 alunos assistidos por doze Professores deixa de ser Centro de
alfabetização educação de adultos para dar lugar cerca de 750 Alunos da 8a classe, equivalente
a oito turmas provenientes da Escola Secundaria Samora Moisés Machel sendo assim as
instalações do centro passaram a se designar salas anexas da Escola Secundária Samora Machel
dirigido pelo dr. Eduardo Sanga Franque que era director de centro de alfabetização e educação
dos adultos. Dizer que o coordenador, dr. Eduardo Sanga Franque é o fundador da Escola que
cresceu, hoje Escola Secundaria.

Nos últimos anos, devido as obras de construção financiados pela empresa de telefonia móvel
“Vodacom”, os alunos que estudavam ai e pertencente a Samora Machel na altura que a Escola
funcionou como salas anexas, foram movidas para estudar nas salas da UP nos CFM – pousada,
terminado as obras de construções, os alunos voltaram a estudar no local e a inauguração das
obras ocorreu no dia 10 de Outubro do ano findo pelo Excia. Ministro da Educação Augusto
Jone Luís, ano que ficou Baptizado pelo nome Escola Secundaria de Mucahtazina (ESM).

2.6.Funcionamento da Escola
A Escola Secundária de Muchatazina localiza - se na zona de Muchatazina concretamente no
bairro conhecido vulgarmente por CFM devido a abundancia das casas do CFM.

Actualmente a Escola conta com 14 salas de aulas, um laboratório, uma biblioteca; uma sala
dos professores; uma secretaria; um posto medico que ainda não entrou em funcionamento;
uma papelaria; uma reprografia; gabinete do director adjunto pedagógico; gabinete do director;
uma sala de reuniões; uma cantina; conta ainda com um ginásio e um campo multifuncional
(andebol; futsal e basquetebol).

Segundo os dados fornecidos pelo coordenador da Escola, foram matriculados no presente ano
1527 alunos, sendo 785 raparigas e 736 rapazes, assistidos por 43 professores, dos quais 16 são
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mulheres e 27 homens. Feita a distribuição pelas classes, 8ª tem 582 alunos; 9ª 332 alunos e
10ª conta com um total de 613 alunos.

2.7. Caracterização da Turma


A turma A da 8a Classe, dirigida pelo autor, é composta por 65 alunos, dos quais 35 são do sexo
masculino e 30 do sexo feminino. A turma é estruturada da seguinte maneira: chefe de turma
que é um homem, adjunto chefe de turma é uma mulher, chefe de higiene, chefe de desporto,
chefe de informação e chefe dos grupos, visto que, a turma é constituída por onze (11) grupos
sendo a cada grupo constituído por 5 a 6 elementos. Tendo como docente da disciplina de Física
o professor Raul Mucuada, o meu tutor, que permitiu a execução das actividades de estágio
pedagógico na turma em referência.

2.7. Planificação das Aulas


Antes de realizar uma aula, assim como qualquer outra actividade é necessário que haja uma
planificação de modo que ela possa ser efectuada de maneira adequada, isto é,
sistematicamente, com conteúdos científicos bem apurados e que alcancem resultados
desejados ou previstos.

Segundo PILLETI, Planificar é programação ou previsão de qualquer actividade. Durante as


aulas das práticas pedagógicas aprendeu-se que a planificação das aulas pode ser realizada
individualmente ou em grupo tendo em conta que a aprendizagem é realizada de modo
sistemático. Foi com base neste conhecimento no que concerne a planificação, que o grupo de
Práticas Pedagógicas em estágio de Física optou em realizar os planos em harmonia para
permitir boa assimilação dos conteúdos na sala de aulas.

Segundo LIBANEO (1992), Plano de aula é um detalhe muito importante para o ensino, as
subunidades que foram propostos em linhas gerais que são agrupados, sistematizados por uma
situação didáctica real.

Durante as aulas leccionadas pelo autor, o plano de aula foi um elemento indispensável e
necessário dentro do tempo lectivo, visto que, este facilita ao professor no período de
leccionação e também serve de guião no decorrer das aulas, os planos eram bem estruturados
e bem seguidos na altura da leccionação.

Tendo em conta o que se aprendeu em didáctica de Física que ao planificar é necessário


começar por colocar o nome da Escola, turma, número do plano e o nome do estagiário, isto
no cabeçalho.
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CAPITULO IV

2. 8. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG


O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre
uma componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição
de competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do
país.
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências
do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao
domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de
problemas, entre outros desafios.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
Saber Ser que é preparar o homem Moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de
modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus
próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiverem de tomar em
diversas circunstâncias da sua vida;
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos
científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas
também às tendências de transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduzem a dimensão ética do Homem, isto é, saber
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas
culturas, religiões, raças, entre outros
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2.9.Os desafios da Escola


A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-
se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar
os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto
é, conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza
para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana.
Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas,
pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de
combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores.
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também
à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta
a realidade do país.
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só
as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura
e escrita, Física e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas
como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar,
nomeadamente:
 Comunicação nas línguas Moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;
 Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem
e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;
 Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização
e apresentação dos trabalhos;
 Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica
social do país e do mundo
 Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
 Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
 Desenvolvimento do civismo e cidadania responsavam;
 Adopção de comportamentos responsava com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
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 Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;


 Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
 Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou
em grupo;
 Adopção de atitudes positiva em relação aos portadores de deficiências, idosos
e crianças. Importa destacar que estas competências encerram valores a serem
desenvolvidos na prática educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa
perspectiva de aprender a fazer fazendo.
O aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações em
que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver
limpa e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de
comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade
escolar de forma coerente e sistemática. (PCESG: 27).
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade,
justiça, solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o
amor à pátria, o amor-próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo
e pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos
os momentos da vida da escola.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG
esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos
níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar
se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais
Novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas
na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade
de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

3.0. O Papel do Professor


O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis
na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
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O ensino-aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido
se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que
este consiga:

Organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,


habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;

Encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de


competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um problema
que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de outras áreas do
saber;

 Acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-


los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
 Criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o
mundo e transformá-lo;
 Avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas,
numa perspectiva formativa.
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber,
à profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste
programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as
disciplinas.
Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida,
de interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns
ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou
da história local poderá envolver diferentes disciplinas.
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em
equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para
o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para
o desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não
é mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria
para reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações
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e conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e


pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade.
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos
e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor
da heterogeneidade vivencial dos alunos.
As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber
e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse
pela integração social e vocação profissional

3.1. Objectivos Gerais do Ensino da Física na 8ª Classe


Ao terminar o terceiro trimestre, o aluno deve possuir conhecimentos sobre:
 O movimento e sua descrição
 Forca e movimento
 Leis fundamentais da dinâmica

3.2. Actualização do Programa de Ensino


A actualização do programa de ensino é realizado através da dosificarão Anual, trimestral,
quinzenal feita pela escola, envolvendo o grupo de professores de cada disciplina com seus
respectivos delegados, compreendendo a redistribuição dos conteúdos e respectivas cargas
horárias, número de semanas, ou anual, obedecendo os seguintes critérios.
 Fases de cada trimestre, semestre ou ano;
 Fase da realização das avaliações;
 Feriados nacionais, internacionais ou dias comemorativos que afectam o PEA;
 Fins de semanas;
 Realidade dos alunos;
 Realidade da escola.

3.3. Planificação das aulas


Segundo LIBANEO (1992:241) “a preparação da aula é uma tarefa indispensável e assim,
como o plano de ensino deve resultar um documento escrito que servirá não só para orientar as
acções do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramento de
ano para ano”.
Segundo PILETTI (1993:72-76), planificação de aula é a sequência de tudo que vai ser
desenvolvido em um dia lectivo, sendo a especificação dos comportamentos esperados de
18

alunos, dos meios e conteúdos, procedimentos e recursos que serão utilizados para a sua
realização. Assim a planificação de aula vigora na sistematização de todas as actividades que
se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica
de ensino e aprendizagem.
Foi nesta perspectiva que logo após a apresentação dos formandos na escola foram convidados
pelo sector pedagógico a fazer parte, na reunião da planificação quinzenal, que resultou na
organização e sequência lógica dos conteúdos, objectivos e metodologias.

3.4. Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem


Segundo o programa de ensino da 8a classe (2010:26), a avaliação é uma tarefa didáctica
necessária, contínua e sistemática do trabalho do professor, em todo o processo de ensino e
aprendizagem na escola.
É através desta que se pode acompanhar passo a passo o domínio das matérias pelos educandos
e obter resultados que vão surgindo no decorrer do trabalho interactivo professor aluno e vice-
versa.
Avaliação é uma tarefa muito complexa que não pode ser entendida e nem resumida
simplesmente com provas e atribuição de nota ao aluno.
A avaliação deve ser orientada para o ensino centrado no aluno e deve ser uma componente
essencial e sistemática, tendo como finalidade avaliar o grau de assimilação da matéria pelos
alunos através de perguntas orais, realização de experiências, testes escritos (sistemáticos
ou finais).
A avaliação deve ser realizada de forma tal que evite estimular o estudo memorizado, deve-se
estimular conhecimentos sistemáticos, essenciais, transcendentes bem como desenvolvimento
de competências. Para desenvolver competências é preciso propor tarefas e desafios que
incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos, habilidades e valores. A realização de
projectos deve ser uma das formas para avaliação dos alunos.
Recomenda-se que a ênfase da avaliação seja sobre os indicadores de desempenho definidos
ao longo do programa, tendo mais em conta os aspectos qualitativos e fenomenológicos do que
os aspectos quantitativos.
Quando se realizam avaliações deve-se garantir que os alunos estejam conscientes da validade
da classificação obtida.
Segundo QUIST (2007:27), antes de teste começar é necessário, sempre que possível dar
instruções verbais bem claras, para notar que alguns alunos não compreendem aquilo o que
lhes é pedido. É fundamental perguntar se todos compreenderam e explicar de novo se for
19

necessário. No dia de entrega, antes deve ser efectuada uma correcção, fazendo comentário
sobre o teste para indicar onde é que os alunos perderam valores. Estas e outras constatações
foram observadas cautelosamente.
Sendo assim, analisando os resultados obtidos nos testes realizados, bem como o grau de
compreensão da matéria por parte dos alunos, pode se considerar que o processo de ensino e
aprendizagem durante o período das práticas pedagógicas na 8a classe, turma A, na Escola
Secundária de Muchatazina foi positivo.
20

CAPITULO V

3.5. Aspectos Positivos


Durante a assistência as aulas, o tutor serviu de um grande metodólogo e pedagogo, teceu
algumas informações no que devia ser melhorado, e fortificou os pontos que achou que estavam
bons.
Nos encontros bilaterais, isto é, depois da aula o tutor dava o seu parecer em forma de resumo
do que deveria ser melhorado. Um dos aspectos que o tutor não deixava de frisar era a
elaboração de plano de aula. Neste contexto, o professor estagiário teve uma avaliação positiva.
Deste modo pode se afirmar que a atenção do tutor foi muito importante.
Nessa linhagem de pensamento, as guias de correcção dos testes não ficaram distantes da
exigência do tutor uma vez que no fim da realização de cada teste o tutor exigia a respectiva
guia de correcção.
Apesar de tudo, não podia deixar de falar um pouco da limpeza das salas de aulas e louvar a
organização do recinto escolar, o corredor, a organização do sector pedagógico desde as pastas
por disciplinas, os horários, os cartazes, mapas, material de desenho, o local onde se iça a
bandeira incluindo o próprio mastro, dão uma visão elucidativa de uma escola exemplar.

3.6. Aspectos Negativos


Um dos aspectos que pode ser considerado como negativo é relacionado com barrulhos nos
corredores no tempo de leccionação visto que os alunos passam sempre nos corredores sem
necessidades, onde em algum momento distrai a atenção dos alunos em sala de aulas. Este
aspecto, poderia estar a prejudicar de certa forma, sendo que quase em todos corredores o
fenómeno ocorria de forma viciosa os alunos participantes no processo de ensino de
aprendizagem na sala de aulas muitas vezes ficavam distraídas isso sempre que acontecesse
precisava a intervenção do professor paralisando as aulas por alguns minutos. E nos últimos
tempos muitos alunos gazetavam alegando que vivem longe e que poderiam correr riscos de
assaltos tomando em consideração que estes tempos os transportes tem sido difícil. Em
consequência disso o proponente nos dias posteriores sempre era obrigado a dar uma
consolidação da aula anterior numa média de 20 a 30 minutos para permitir uma aprendizagem
significativa e deste modo poderia em algum momento comprometer o planificado.
21

3.7. Horário do Professor


Segundo LIBANEO ( 1992:47). “O trabalho docente constitui o exercício profissional do
professor e este, é o seu primeiro compromisso com a sociedade. Sua responsabilidade é
preparar os alunos para se tornarem cidadãos activos e participantes na família, no trabalho,
nas associações de classe, na vida cultural e cientifica do povo.”

A pertinência dos aspectos colocados no parágrafo anterior fundamentam-se porque o horário


é uma das bases do sucesso do trabalho do professor. É a partir do cumprimento do horário que
o professor irá atingir os objectivos preconizados pela sua carreira. Através dele se guia, se
controla, verifica o tempo antes do início do exercício das suas funções, durante o decurso das
suas actividades. O horário possibilita o professor a planificar as suas aulas, manter a
assiduidade, a boa apresentação, pontualidade na escola e evita “confrontos” com colegas de
outras disciplinas. Sendo assim houve a necessidade de ter um horário pelo qual possibilitou
as actividades de leccionação e com isso é de referir que o a Classificação do estagiário pelo
tutor e pela Direcção da Escola, horário, teste, Guião de correcção do teste assim como algumas
planificações leccionadas pelo estagiário se encontra no apêndice.

3.8. Recomendações ou Sugestões

Para que as dificuldades mencionadas sejam ultrapassadas é necessário que a abordagem das
aulas de Física sejam feitas a partir de factos concretos começando sempre por apresentar o
significado e posteriormente se explore os conceitos abstractos.

Para que certifique que os alunos estão efectivamente aprendendo é necessário que os alunos
estejam concentrados e prestem atenção a aula.

Para que os alunos manifestem interesse pala disciplina é necessário que o estímulo esteja em
quase todo o processo de ensino e aprendizagem.

Criar mecanismos que permitem estimular atenção dos alunos pelo interesse a Física e o
significado dela no desenrolar do seu quotidiano.

Sempre que possível procurar relacionar a física com outras cadeiras como a matemática,
Biologia, Geografia, Historia assim como outras que estejam relacionado com o processo de
ensino e aprendizagem sem esquecer o seu significado no quotidiano do aluno para uma
aprendizagem significativa.
22

3.9. Conclusão

O Estagio Pedagógico é uma actividade curricular obrigatória desenvolvida por estudantes de


4º ano que proporciona a aprendizagem e prática especificamente direccionada para o exercício
da actividade educativa e facilita a inserção do futuro licenciado no mercado de trabalho. Pela
experiências vividas durante o processo de estágio pedagógico, é de concluir que a interacção
entre o aluno e o professor deve ser cooperação para a construção de conhecimentos científicos
tendo os alunos como participantes activos neste processo e o professor como o mediador, isto
é, fazer com que os próprios alunos construam por si mesmos, o conhecimento científico
propiciando assim a aprendizagem significativa. Portanto isto exige por parte do professor uma
grande capacidade de criar situações que propiciem a aprendizagem significativa no seio dos
seus educando no processo de ensino e aprendizagem. Também o propoente pode perceber que
ser professor não é só simplesmente transmitir os conteúdos do ensino mas também é saber
socializar se com os seus educandos para que aprendizagem ocorra significativamente. Deste
modo, o professor para além de ensinar ele também aprende dos alunos. A assistência das aulas
foi muito importante para o estudante praticante, na medida que foi possível ter uma ideia de
aspectos comportamentais da turma e ver como vinha sendo leccionadas naquele
estabelecimento de ensino com vista a não fugir tanto dos seus parâmetros. O estudante pôde
constatar que as aulas estão sendo leccionadas de uma boa forma apesar de alguns
constrangimentos verificados durante o percurso do processo de ensino e aprendizagem, os
métodos e meios de ensino estão sendo aplicados apesar de não se realizarem aula
experimentais, os conteúdos transmitidos vão de acordo com os programas de ensino. A
leccionação de aulas possibilitou ao autor a ter uma ideia mais concreta no que concerne ao
Processo de Ensino e Aprendizagem de Física. Foi possível criar um estímulo mais acentuado
nos alunos, com vista a tornar as aulas mais interactivas, tendo-se para tal sempre deixar-se a
tarefa deles procurarem conteúdos de aulas seguintes, o que veio a possibilitar a criação de
espírito pesquisa nos alunos. Um dos aspectos positivo nesta fase foi o acompanhamento
contínuo do estudante praticante pelo tutor, com vista a fazer uma observação mais exaustiva
das aulas leccionadas por este e conduzi-lo a melhorar cada vez mais a sua prática.
23

4.0. Referencia Bibliográfica

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade, Metodologia d investigação


cientifica, 2edicao, São Paulo, Atlas, 1999.

PILETTI Claudino-Didáctica geral, 23a edição, São Paulo, editora Ática, 2002.

LIBANEO, José Carlos-Didáctica, São Paulo, editora Cortez, 1992.

QUIST, Dawn, método do ensino primário-manual do professor, editora nacional de


Moçambique, Maputo, 2007. 6. TAVARES, José Alarcão; Isabel, Psicologia de
Desenvolvimento, Coimbra, Editora Amedina, 2002.

INDE/MINED-Moçambique, Física, Programa da 8a Classe, 2010.

REGULAMENTO ACADEMICO PARA OS CURSOS DE GRADUCAO E MESTRADO,


Maputo, 2010.

SANT 'ANNA, L.M. e MENEGOLLA, M. Didáctica: Aprender a Ensinar. 6ª Edição, São


Paulo, Edições Loyola, 2000.

BIONDO, F.P. e CALSA, G.C. A influência dos conhecimentos prévios na conceituação de


Gênero Gramatical.
24

Apêndice
 Fica de Classificação do Estagiário
 Horário das Aulas
 Teste Escrito (A.P)
 Guião de Correcção de teste (A.P)
 Planificação
 Credencial da Up
25

Índice
Resumo ...................................................................................................................................... 3

CAPITULO I ............................................................................................................................. 4

1.Introdução ............................................................................................................................... 4

1.1.Conceito de Estágio Pedagógico .......................................................................................... 5

1.2. Objectivos do Relatório do Estagio Pedagógicos ............................................................... 5

1.3. Geral .................................................................................................................................... 5

1.4. Especifico ............................................................................................................................ 5

1.5. Metodologia de Trabalho .................................................................................................... 5

CAPITULO II ............................................................................................................................ 6

1.6.Formação do Grupo ............................................................................................................. 6

1.7. Apresentação do Grupo a Escola ........................................................................................ 6

1.8. Primeira fase: Assistência de Aulas do Tutor ..................................................................... 7

1.9. Observação Directa ............................................................................................................. 7

2.0. Análise da aula assistida ..................................................................................................... 8

2.1. Segunda Fase: Leccionação das aulas pelo estagiário. ....................................................... 9

2.2. Elaboração de um plano de aula ......................................................................................... 9

2.3. Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................................ 9

CAPITULO III ......................................................................................................................... 10

2.4.Historial da Escola ............................................................................................................. 10

2.5.Surgimento da escola ......................................................................................................... 10

2.6.Funcionamento da Escola .................................................................................................. 11

2.7. Caracterização da Turma .................................................................................................. 12

2.7. Planificação Das Aulas ..................................................................................................... 12

CAPITULO IV......................................................................................................................... 13
26

2. 8. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG ...................................................................... 13

2.9. Os Desafios da Escola ....................................................................................................... 13

3.0. O Papel do Professor ......................................................................................................... 15

3.1. Objectivos Gerais do Ensino da Física na 8ª Classe ......................................................... 17

3.2. Actualização do Programa de Ensino ............................................................................... 17

3.3. Planificação das aulas ....................................................................................................... 17

3.4. Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem .......................................................... 18

CAPITULO V .......................................................................................................................... 20

3.5. Aspectos Positivos ............................................................................................................ 20

3.6. Aspectos Negativos ........................................................................................................... 20

3.7. Horário do Professor ......................................................................................................... 21

3.8. Recomendações ou Sugestões........................................................................................... 21

3.9. Conclusão.......................................................................................................................... 22

4.0. Referencia Bibliográfica ................................................................................................... 23

Apêndice .................................................................................................................................. 24
27

Luis job Lourenço

Cadeira: Estagio Pedagógico


Licenciatura em ensino de Matemática com habilitações em ensino de Física 4º ano

Relatório de Estágio Pedagógico de Física

Universidade pedagógica
Beira
2017
28

Luis job Lourenço

Cadeira: Estagio Pedagógica


Licenciatura em ensino de Matemática com habilitações em ensino de Física 4º ano
Relatório de Estágio Pedagógico de Física

Relatório de estágio pedagógico de Física


apresentado ao departamento de ciências naturais
e Matemática para fins avaliativos na cadeira de
Estagio Pedagógico

Supervisor: Mestre: Rayce

Universidade Pedagógica
Beira
2017
29

HORÁRIO
HORAS TEMPO 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
18:5-18:50 1º
18:50-19:35 2º
19:35-20:20 3º
20:20-21:25 4º
21:25-22:25 5º 8ª Classe Turma.
A
22:5-22:50 6º 8ª Classe Turma
A
30

Declaração
Declaro que este Relatório de Práticas Pedagógicas é resultado da minha investigação pessoal
e o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no
texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico ou outra finalidade.

Beira, aos 08 de Novembro 2017

-----------------------------------------------------------------
(Luis Job Lourenço)
31

Dedicatória
Quero desde já, dedicar a todos aqueles que directa ou indirectamente, tem me ajudado bastante
na conciliação dos meus estudos e na minha felicidade, especialmente a minha família,
sobrinhos, amigos, colegas, docentes entre outros. A estes endereço um forte abraço.
32

Agradecimento
Agradeço desde já, ao professor Raúl, meu tutor, aos alunos da 8a classe, turma A, pela sua
paciência, disponibilidade, ensinamentos e pelas sábias indicações e críticas construtivas que
fizeram de mim um melhor professor. À Direcção da Escola Secundária de Muchatazina, que
amavelmente aceitou a realização deste estágio.
Aos meus colegas de Estágio, que me motivaram quando as forças eram mais fracas e que com
a partilha de ideias fomos construindo os nossos saberes.
À minha Família, pelos seus exemplos de dedicação à profissão, pelos seus saberes, que me
cativaram desde sempre, e apoiaram ao longo desta etapa.
Aos meus Amigos, aos bibliotecários, ao encadernador, o vosso apoio serviu como porto de
abrigo e todos aqueles que me apoiaram e tornaram possível este trabalho, especialmente ao
meu supervisor, por reunir todas as suas forças e me conduzir para a busca deste precioso
material-Relatório de Estágio Pedagógico 2017. E para finalizar agradeço, toda colaboração
construtiva que permite melhorar este trabalho.

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