14/05/12
Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal Observatrio da Gesto Pblica
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NOV 04 2011
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ObservaMarilia
ObservaMarilia Vc sabia que as polticas pblicas buscam refletir sobre a ao do governo e no do Estado? migre.me/8ZqSH
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Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal 0
Posted In Colunistas,Isadora Gorga,Jos Lucas Bergam asco,Por dentro do Estado
ObservaMarilia Vc sabia q 1 documento para reconsiderar 2 componentes da CPI do asfalto foi entregue Cmara dos vereadores?migre.me/8ZqLf
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A Lei de Res pons abilidade Fis c al (LRF) Lei Complementar n 101 entrou em vigor em 4 de maio de 2000. Ela vem regulamentar a Constituio Federal no que diz respeito Tributa o e Or amento (Ttulo VI) e atender ao artigo 163 da Cons titui o Federal que diz:
ObservaMarilia Vc sabia q houve pagamento a pessoas da agricultura familiar p/ aquisio dos insumos alimentares entre 2006 e 2011? migre.me/8ZqU7
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ObservaMarilia Vc sabia que o relatrio da CPI da Merenda no chegou nem a ser lido na Sesso da Cmara que votou seu arquivamento? migre.me/8ZqU7
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Esta lei prev, portanto, um mecanismo de maior c ontrole nas c ontas pblic as : passa a haver maior rigor para que o governo no contraia emprstimos ou dvidas. um mecanismo de fis c aliza o e trans parnc ia. H alguns instrumentos preconizados pela LRF para o planejamento do gasto pblico, que so: o Plano Plurianual PPA, Lei de Diretrizes Or amentrias LDO e Lei Or ementria Anual LOA. A LRF busca reforar o papel da atividade de planejamento e, mais especificamente, a vinculao entre o planejamento e a execuo do gasto pblico. Um objetivo muito importante desta lei a Res pons abilidade Soc ial. A partir destes objetivos so previstas: A partic ipa o popular na dis c us s o e elabora o dos planos e
or amentos j referidos ; A dis ponibilidade das c ontas dos adminis tradores , durante todo o exerc c io, para c ons ulta e aprec ia o pelos c idados e ins titui es da s oc iedade; A emis s o de relatrios peridic os de ges to fis c al e de exec u o or amentria, igualmente de ac es s o pblic o e ampla divulga o.
No que diz respeito ao equilbrio das c ontas pblic as , o equilbrio que busca a LRF o equilbrio auto-sustentvel, ou seja, aquele que prescinde de operaes de
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crdito e, portanto, sem aumento da dvida pblica. Assim, o intuito que os gastos sejam feitos com o dinheiro de que a prefeitura dispe, para que no s e endivide. A Lei de Responsabilidade Fiscal trabalha em conjunto com a Lei Federal 4320/64 que normatiza as finanas pblicas no pas. Enquanto esta estabelece as normas gerais para a elaborao e o controle dos oramentos e balanos, aquela estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a gesto fiscal, atribui contabilidade pblica novas funes no c ontrole or amentrio e financ eiro, garantindo-lhe um carter mais gerencial. Um conceito importante e necessrio para entender como funciona a lei a Rec eita Corrente Lquida (RCL), uma vez que ela a base para todos os clculos. Ela o somatrio das receitas tributrias, de contribuies patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras receitas tambm correntes. Dela so deduzidos: N a Unio, os valores determina o trans feridos aos Es tados e Munic pios e as c ontribui es por
c ons tituc ional
ou legal,
para a
previdnc ia s oc ial do empregador inc idente s obre pres ta o de s ervi o de terc eiros e a c ontribui o previdnc ia feita pelo trabalhador e tambm as c ontribui es para o PIS (Programa de Integra o Soc ial); N os Es tados , as parc elas entregues aos Munic pios por determina o c ons tituc ional; N a Unio, nos Es tados e nos Munic pios , a c ontribui o dos s ervidores para o c us teio do s eu s is tema de previdnc ia e as s is tnc ia s oc ial e as rec eitas provenientes da c ompens a o financ eira entre diferentes s is temas de previdnc ia.
A verificao da RCL deve ser para o perodo de um ano, mas no necessariamente o ano civil. Ento, para verificar a RCL do ms de abril, por exemplo, de um determinado exerccio financeiro, devemos contar as receitas arrecadadas desde maio do exerccio anterior at o ms de abril em questo. No que diz respeito s despesas, toda e qualquer despesa que no esteja acompanhada pela LOA, pelo PPA e pela LDO e, no caso de despesa obrigatria de carter continuado, de suas medidas compensatrias, considerada no autorizada, irregular e lesiva ao patrimnio pblico. A despesa obrigatria de carter continuado que, nos termos do art. 17, a despesa corrente: Derivada de lei, medida provis ria ou ato adminis trativo normativo; Geradora de obriga o legal de s ua exec u o por um perodo s uperior a dois exerc c ios .
LIMITES DE GASTOS
So definidos em lei os limites mnimos de gastos com Educao e Sade e o limite mximo de gasto com pessoal.
EDUCAO No caso da Educao, o artigo 212 da Constituio Federal diz:
Assim, de acordo com a Constituio Federal, no seu art. 212, o municpio dever destinar Educao, no menos que 25% de s ua arrec ada o. Desses 25%, 60% devem ser destinados ao financiamento do ensino fundamental e os 40% restantes ao financiamento de outros nveis de ensino (ensino infantil, por exemplo).
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FUN DEB Para o FUNDEB (Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao), criado pela Emenda Constitucional n. 53/2006 em substituio ao FUNDEF que durou de 1998 a 2006, tambm so definidas regras de como o recurso dever ser usado. Desta forma, 60% dos rec urs os do FUN DEB devem ser destinados exclusivamente para o pagamento dos profissionais do magistrio da educao bsica. O mnimo a s er gas to dos recursos do FUNDEB de 95% , sendo que os 5% restantes podem ser gastos no primeiro trimestre seguinte e com a abertura de crdito adicional. E, ainda, fixado um valor mnimo a s er gas to anualmente por aluno (R$ 1.722,05 em 2011). O FUNDEB ter vigncia at 2020 e definido pelo artigo 60 da Constituio Federal:
O FUNDEB regulamentado pela lei n 11.494/2007 e pelo Decreto n 6.253/2007 (Saiba mais em: http://www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-apresentacao) Os recursos aportados ao Fundo sero distribudos, de acordo com o nmero de matrc ulas efetivadas nas redes estadual e municipal, multiplicadas pelo valor nico por aluno estabelecido. Se os valores por aluno forem mais elevados na rede estadual em relao municipal, haver uma redistribuio de recursos da primeira para a segunda. Se o valor por aluno, em cada Estado, no alcanar o mnimo definido nacionalmente, a destinao de recursos do Governo Federal para Estados e Municpios ser feita automaticamente, considerando o nmero de matrculas efetivadas nas redes do ensino fundamental.
SADE J na Sade, a porcentagem mnima que dever ser aplicada de 15% arrec ada o municipal definida no inciso III do artigo 77 da Constituio Federal: da
GASTOS COM PESSOAL Os gastos com a folha de pagamento de pessoal representam o principal item de despesas de todo o setor pblico brasileiro. De acordo com a LRF, entende-se como despesas de pessoal: Somatrio dos gas tos do ente da Federa o c om os ativos ; Des pes as c om inativos e pens ionis tas ; Mandatos eletivos , c argos , fun es ou empregos c ivis , militares e de membros de Poder, c om quais quer es pc ies remuneratrias ; V enc imentos e vantagens , fixas e variveis ; Subs dios , proventos de apos entadoria; Reformas e pens es ; Adic ionais de qualquer natureza; Gratific a es , horas extras e vantagens pes s oais ; Enc argos s oc iais ; Contribui es rec olhidas pelo Ente s entidades de previdnc ia.
A LRF determina dois limites distintos para os gastos com pessoal no setor pblico: 50% da RCL para a Unio;
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60% da RCL para Es tados e Munic pios .
Sendo que dentro da Esfera Federal o limite de: 40,9% para o Exec utivo; 6% para o Judic irio; 2,5% para o Legis lativo; 0,6% para o Minis trio Pblic o.
Na Esfera Estadual: 2% para o Minis trio Pblic o; 3% para o Legis lativo, inc luindo o Tribunal de Contas do Es tado; 6% para o Judic irio; 49% para o Exec utivo.
E na Esfera Municipal: 6% para o Legis lativo, inc luindo o Tribunal de Contas do Munic pio, quando houver; 54% para o Exec utivo.
DV IDA PBLICA Em relao Dvida Pblica, definido em lei o mximo de endividamento para Estados e municpios. Houve a necessidade de impor limites ao endividamento pblic o devido ao crescimento da Dvida no perodo 1994-2000 como consequncia do aumento da despesa pblica. A Dvida Pblica no dever ultrapassar o limite mximo de duas vezes a Receita Corrente Lquida e para os Estados e 1,2 vezes para os Municpios. Os municpios tm at 15 anos para corrigirem o excesso de endividamento, caso haja.
TRAN SPARN CIA Para controle dos recursos e efetiva fiscalizao do cumprimento da lei, so instrumentos da Transparncia para efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal: Os planos , os or amentos e as leis de diretrizes or amentrias ; Pres ta o de Contas ; RREO Relatrio Res umido da Exec u o Or amentria e s ua vers o s implific ada; RGF Relatrio da Ges to Fis c al e s ua vers o s implific ada.
RELATRIO RESUMIDO DE EXECUO ORAMEN TRIA E RELATRIO DA GESTO FISCAL Por meio destes relatrios possvel verific ar o c umprimento da LRF. O RREO Relatrio Res umido de Exec u o Or amentria um balano oramentrio mais detalhado publicado bimes tralmente. J havia sido solicitado pela Constituio no artigo 165 3, mas carecia de definies. O RREO alcana a movimentao oramentria de todos os Poderes e entidades de um mesmo nvel de governo. Os municpios com mais de 50 mil habitantes devem publicar seus RREO em at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre com seus respectivos demonstrativos. J o RGF Relatrio da Ges to Fis c al setorial, elaborado por Poder. Ele no contm os nmeros de todo o ente estatal, encontrados, todavia, no Relatrio Oramentrio. Ele demonstra a execuo de variveis sujeitas a limite (pessoal, dvida consolidada, ARO, operaes de crdito, garantias). O Relatrio Fiscal ser publicado at 30 dias aps o quadrimestre. Municpios com menos de 50 mil habitantes podero divulgar esse documento em intervalos semestrais.
Portanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal ins trumento fundamental para a fis c aliza o do oramento pblico municipal. Atravs dela h um rigor maior no que se refere aos gastos pblicos refletindo um c ontrole maior do oramento.
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Alm disso, h a exigncia de um melhor planejamento do dinheiro pblico que deve refletir em polticas pblicas mais eficientes para o municpio.
Isadora Gorga Jos Lucas Bergamasco
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