O Exerccio da Enfermagem Frente aos Aspectos tico-Legais do Segredo Profissional
Organizadores:
Humberto Nascimento dos Santos;
e Outros.
Sumrio
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Conceito de Segredo Profissional; Histrico do Segredo Profissional; O Segredo Profissional e as Leis Ptrias; O Segredo e o Cdigo de tica de Enfermagem; O segredo profissional e a equipe multiprofissional; O Segredo Profissional absoluto?; Autonomia do Paciente; e Carta de Direitos dos Usurios da Sade
Conceito de Segredo Profissional
Segundo o dicionrio Aurlio segredo sinnimo de sigilo e refere-se ao sigilo profissional como sendo o dever tico que impede a revelao de assuntos confidenciais ligados profisso.
Histrico do Segredo Profissional
As origens do segredo profissional remonta ao sculo 9-7 a.C, em Israel, com o rei Salomo: (...) no descubras o segredo de outro, para que no te desonre o que o ouvir, no se apartando de ti a infmia. (Pv 25.10) Tambm protagonizado por Hipcrates, sculo 5 a.C, na Grcia:
No relatar o que no exerccio do meu mister ou fora dele no convvio social eu veja ou oua e que no deva ser divulgado, mas considerar tais coisas como segredos sagrados.
O Segredo Profissional e as Leis Ptrias
No sculo XX, no Brasil, ganha status constitucional na Carta Magna de 1988: Art. 5: X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao; XIV assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional.
O Segredo Profissional e as Leis Ptrias
CDIGO PENAL BRASILEIRO
Violao do segredo profissional
Art. 154 - Revelar algum, sem justa causa, segredo, de que tem cincia em razo de funo, ministrio, ofcio ou profisso, e cuja revelao possa produzir dano a outrem: Pena - deteno, de trs meses a um ano, ou multa.
O Segredo Profissional e as Leis Ptrias
CDIGO CIVIL DE 2002 Art. 229. Ningum pode ser obrigado a depor sobre fato: I - a cujo respeito, por estado ou profisso, deva guardar segredo;
O Segredo e o Cdigo de tica de Enfermagem
RESOLUO COFEN N. 311/2007 (aprova a reformulao do Cdigo de tica dos Profissionais de Enfermagem)
O Segredo e o Cdigo de tica de Enfermagem
Art. 81 Abster-se de revelar informaes confidenciais de que tenha conhecimento em razo de seu exerccio profissional a pessoas ou entidades que no estejam obrigadas ao sigilo.
O Segredo Profissional e a Equipe Multidisciplinar
CDIGO DE TICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Art. 82 2 - Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poder ser revelado quando necessrio prestao da assistncia.
O Segredo Profissional e a Equipe Multidisciplinar
O trabalho multiprofissional no significa que todos os membros da equipe de sade necessitem e devam ter acesso a todas as informaes sobre os pacientes. A troca de informaes entre a equipe de sade necessria, mas deve ser limitada quelas informaes que cada profissional precisa para realizar suas atividades em benefcio do cliente.
O Segredo Profissional absoluto?
H casos em que o profissional de sade liberado do dever de segredo profissional: Justa causa; Casos previstos em lei; Ordem judicial; ou Com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal.
O Segredo Profissional absoluto?
Sobre isto nos diz a Lei das Contravenes Penais - Lei n3.688/1941, CONTRAVENES REFERENTES ADMINISTRAO PBLICA, in verbis: Omisso de comunicao de crime Art. 66. Deixar de comunicar autoridade competente: II crime de ao pblica, de que teve
conhecimento no exerccio da medicina ou de outra profisso sanitria, desde que a ao penal no dependa de representao e a comunicao no exponha o cliente a procedimento criminal.
O Segredo Profissional absoluto?
Colaborao com a Justia nos casos previstos em lei; Cometimentos de crimes de ao pblica; Notificao de Doenas Compulsrias; Grave risco sade pblica ou ao do paciente; Em casos de Transplantes;
Autonomia do Paciente
A autonomia do paciente considerada como o respeito sua vontade, ao seu respeito de autogovernar-se e participao ativa no seu processo teraputico .
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
Portaria MS n 675, de 30 de maro de 2006
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
1 Princpio: Todo cidado tem direito a ser atendido com ordem e organizao.
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
2 Princpio: Todo cidado tem direito a ter um atendimento com qualidade
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
3 Princpio: Todo cidado tem direito a um tratamento humanizado e sem nenhuma discriminao
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
4 Princpio: Todo cidado deve ter respeitados os seus direitos de paciente
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
5 Princpio: Todo cidado tambm tem deveres na hora de buscar atendimento de sade
Carta dos Direitos dos Usurios da Sade
6 Princpio: Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usurios da sade
Concluso
Portanto, conclumos o presente trabalho com o escopo que hajamos alcanado o perfil de contribuirmos para o aprendizado da categoria de enfermagem, no tocante ao aspecto ticolegal no exerccio de sua atividade. Agradecemos a nossa orientadora e aos colegas que ora so o objeto alvo do nosso esforo. MUITO OBRIGADO!!!!
A EQUIPE!
Referncias:
http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.as p?ArticleID=7323§ionID=37 http://www.portalmedico.org.br/revista/bio2v1/r econheci.html SOUZA, Neri Tadeu Camara. Erro mdico e sigilo profissional . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 636, 5 abr. 2005. Disponvel em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6 529>. Acesso em: 10 ago. 2009. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/a presentacao_carta_direitos_usuarios_saude.pdf