Processamento de Materiais
Cerâmicos
SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DE
MATÉRIAS PRIMAS
Objetivos do Trabalho
Histórico
Massas Cerâmicas
As Matérias-Primas
Seleção e Preparação
Moagem
Equipamentos de moagem
Separação Granulométrica
Preparação da Massa Cerâmica
Atomização
Histórico
A descoberta do fogo pelo homem foi fundamental
para o surgimento da cerâmica.
Ele descobriu que o barro secava e endurecia após
ficar exposto ao calor do fogo.
Suprir necessidades de condicionar alimentos, água
e sementes, o homem começou a moldar o barro com
água e a queimar a peça no calor do fogo.
A palavra é de origem grega, "keramos", que
significa "terra queimada" ou “argila queimada”.
Histórico
O aparecimento dos produtos cerâmicos se fez, na
antiguidade, em países que haviam abundância de
argila;
Os tijolos eram feitos a base de uma pasta de argila,
secada ao sol;
Na estrutura da massa entravam proporções
elevadas de areia e palha;
Histórico
Os Egípcios se distinguiram na elaboração de tijolos
nas formas e aspectos mais variados;
Os Romanos estabeleceram a fabricação de tijolos
como atividade industrial;
Os Mulçumanos foram os grandes propagadores da
arquitetura do tijolo;
Atualmente está presente no nosso cotidiano.
Massas Cerâmicas
Materiais argilosos e não-argilosos;
Fundentes e refratários;
Aditivos (orgânicos e inorgânicos);
São Classificadas em:
Massa Simples ou natural;
Massa Composta ou artificial;
As Matérias-Primas
O que é Matéria-Prima ?
sf. A substância bruta principal e essencial com que se faz
alguma coisa. (Aurélio versão 2002)
Podem ser naturais ou sintéticas;
Jazida Natural Laboratório
As Matérias-Primas
Matérias-Primas naturais
Obtidas de fontes naturais; compostos por minerais extraídos
de rochas e sedimentos formados há tempos passados e que
sofreram influências de fatores externos.
Matérias-Primas Sintéticas
Obtidas em laboratórios com o intuito de se aperfeiçoar uma
característica não encontrada nas matérias-primas naturais.
As Matérias-Primas
Podem ser plásticas ou não-plásticas;
Plasticidade
Capacidade do material se deformar sem romper e manter a
forma depois de retirada a carga, sempre na presença de água.
Seleção e Preparação
“O desempenho de um produto cerâmico final vai
depender da escolha das matérias-primas e do
processamento do material.”
Seleção e Preparação
Depois de determinadas as características desejadas
do produto final é feita uma caracterização da
matéria-prima.
Existem alguns ensaios de caracterização que
auxiliam na escolha da matéria-prima para o
produto final.
Seleção e Preparação
Difração de Raio X
Identificação do tipo de argila.
Microscopia Eletrônica
Identificação por meio da morfologia observada.
Análise Térmica diferencial
Registra os picos de transformações endotérmicas e
exotérmicas.
Seleção e Preparação
A matéria-prima geralmente é extraída da natureza e
não está pronta para o uso;
É feita uma preparação através de
moagem;
separação granulométrica;
atomização;
Moagem
O que é Moagem?
Processo de trituramento e esmerilhamento
Utilizado para reduzir o tamanho de partícula do material.
Na moagem ocorrem:
Liberação de impurezas
Redução de porosidade
Dispersão de aglomerado e agregado
Aumento de partículas coloidais
Homogeneização da suspensão
Equipamentos de moagem
A granulometria desejada é obtida em um ou mais
estágios, denominados britagem primária, britagem
ou moagem secundária e moagem terciária ou fina;
Os equipamentos de britagem produzem um
material pouco fino e equipamentos de moagem fina
requerem uma matéria prima com granulometria
inicial já reduzida.
Equipamentos de moagem
Britagem primária - Britadores, desintegradores,
moinhos de impacto.
Britagem ou moagem secundária – desintegradores,
moinhos de impacto, moinho de martelos,
laminadores e moinhos de anéis.
Moagem fina ou terciária – laminadores rápidos e
articulados, moinhos de martelos, moinhos
pendulares e moinhos de bolas.
Equipamentos de moagem
Moinho de Bolas
Moinho de Martelos
Separação Granulométrica
Peneiramento é o processo de separação de um
material granular em duas ou mais diferentes
classes de tamanho de partículas, mediante uma ou
mais superfícies vazadas com aberturas de
dimensões definidas;
Existem várias formas de separação
granulométrica através de peneiramento;
O material retido na tela da peneira é denominado
oversize e o passante, undersize.
Separação Granulométrica
Equipamentos divididos em 3 tipos:
Grelhas : barras metálicas paralelas com espaçamento regular
entre si;
Crivos : chapas metálicas planas ou curvas, com sistema de
furos de várias formas e dimensões determinadas;
Telas : fios metálicos trançados em duas direções ortogonais,
formando entre si “aberturas” ou “malhas” de dimensões
determinadas;
Esses equipamentos são ainda divididos em fixos ou
móveis, de acordo com o movimento de trabalho dos
equipamentos;
Separação Granulométrica
Esteira de Peneiramento
Representação esquemática de
uma grelha fixa
Tela
Separação Granulométrica
Peneira Vibratória Circular
Câmara de Decantação
Separação Granulométrica
Célula de Flotação Callow
Preparação da Massa
Fabricada a partir da composição de duas ou mais
matérias-primas, além de aditivos e água.
As massas podem ser classificadas em:
Suspensão , também chamada barbotina, para obtenção
de peças em moldes de gesso ou resinas porosas;
Massas secas ou semi-secas , na forma granulada,
para obtenção de peças por prensagem;
Massas plásticas , para obtenção de peças por extrusão,
seguida ou não de torneamento ou prensagem.
Atomização
Evaporação parcial da água da barbotina;
Formação de aglomerados esféricos (pó atomizado);
Características e propriedades adequadas como
tamanho e formato;
Preparando assim o material para o processo de
alimentação da prensa e prensagem;
Atomização
Atomizador
Processo de Atomização
Processo de secagem que consiste na pulverização de
um produto líquido ou semi-sólido dentro de uma
câmara que é submetida a aplicação de corrente
controlada de ar quente (> 130ºc) e assim consegue-
se uma evaporação eficiente dos solventes presentes,
tendo como produto uma separação rápida de
sólidos e solventes contidos com uma deterioração
mínima do produto, o processo tem como produtos
finais o inicial em pó.
Processo de Atomização
Atomizadores (“Spray-drier”)
Câmara de secagem;
Pressão injetada da barbotina para dentro da
câmara, pelos diâmetros bicos pulverizadores;
Densidade e viscosidade da barbotina se determina
a granulometria dos aglomerados;
As gotículas formadas apresentam um movimento
ascendente em fluxo de ar quente em forma de
espira.
Atomização
Atomização
Ilustração precisa da evolução da
atomização de um grão cerâmico:
1 - formação da gota logo à saída do bico
de pulverização,
2 - evaporação do líquido e inchamento
(formação de um “balão” interno), nesta
fase existe ainda movimentação das
partículas sólidas,
3 - explosão provocada pela elevada
pressão internada fase vapor,
4 - formação da partícula sólida.
Defeitos Relacionados a Atomização
A variação na umidade do pó atomizado pode gerar
defeitos :
Nas características mecânicas a cru das peças
prensadas e trincas na etapa de secagem.
Determinação do teor de umidade dos pós deve ser
realizada com frequência dentro da indústria;
Determinação da resistência a cru;
Controlar os equipamentos de distribuição da água,
a temperatura do ar dentro da câmara;
Defeitos Relacionados a Atomização
O excesso de umidade pode gerar baixo
escorrimento dos grãos, sujeira nos estampos das
prensas e o aparecimento de “coração negro” .
Deixar o pó atomizado (úmido) em “descanso” nos
silos de estocagem por alguns dias, a fim de
uniformizar a umidade.
Defeitos Relacionados a Atomização
“Coração negro” consiste em uma região escura
(geralmente cinza) que se estende, paralelamente à
face e próxima a meia altura da espessura, ao longo
da peça. A sua origem está relacionada à presença de
compostos de carbono (matéria orgânica), óxido de
ferro nas argilas e excesso de umidade no pó
atomizado.
Referências
ABCERAM, Associação Brasileira de Cerâmica. Processos
de Fabricação. Disponível em:
<http://www.abceram.org.br/site/?area=4&submenu=50>
LABRINCHA, J.A.; RIBEIRO, M.J.; VENTURA, J.M. A
atomização como processo de obtenção de pós cerâmicos
para indústria cerâmica. Disponível
em:<http://www.ceramicaindustrial.org.br/pdf/v06n05/v
6n5_5.pdf>
UFPR, Dissertação. Disponível em:
http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/dissertacao/075.p
df
NETCERAMICS, Processo de Fabricação. Disponível
em:http://www.netceramics.com/Informa
%C3%A7%C3%B5esT
%C3%A9cnicas/ProcessodeFabrica
%C3%A7%C3%A3o/tabid/394/language/pt-
BR/Default.aspx
CARRISSO, R. C. C.; CORREIRA, J.C.G.
Classificação e Peneiramento. Disponível em:
<http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004
-183-00.pdf>.
Agradecimento
Obrigado à todos pela atenção!
Ana Carolina Massonetto Santos 9300022
Renan de Souza Felix 93ooo44