Redação e
aprovação
do PMPI
Olá!
Sejam bem-vindos/as a nossa aula sobre
Redação e Aprovação do PMPI.
Para começar, vamos apresentar uma
proposta de redação dividida em três grandes
áreas:
● Princípios e diretrizes
● Objetivos finalísticos
● Áreas e ações estratégicas
Assista a este vídeo; nele Vital
Didonet nos dá algumas dicas
sobre a redação do PMPI.
Clique aqui para ver o vídeo
Parte geral: Dos princípios e diretrizes
Os princípios são as concepções, o arcabouço teórico que configura a política
em prol da Primeira Infância.
As diretrizes são as definições e operações, ou seja, como o Município, por
meio de suas diferentes secretarias e instituições, trabalhará no atendimento
aos direitos das crianças
Uma das propostas mais originais e
fundantes do Marco Legal da Primeira
Infância é a concepção holística da
criança. E a concepção holística supõe
uma visão da infância que inclui todos os
seus aspectos – físico, psíquico,
ambiental – e requer uma política
integrada para promover seu pleno
atendimento.
Sugere-se que antes de começar a
redação, a comissão puxe uma roda de
conversa com todos os setores e
instituições sobre a concepção que
cada um tem de criança e infância.
O objetivo é reunir as diferentes visões
para entender a criança em sua
totalidade, inteireza, indivisibilidade,
unicidade enquanto pessoa e, como
cidadã, detentora de direitos.
Assim como os direitos são indivisíveis
e se complementam, também a criança
é um ser único, que deve ser vista não
como um conjunto de pedaços
independentes de um quebra-cabeças,
fragmentado por setores de serviços,
mas em sua inteireza pessoal.
A forma mais comum de os governos
atenderem aos direitos sociais é dividi-
los em setores: educação, saúde,
assistência, proteção a direitos
específicos, cultura, meio ambiente,
segurança etc.
Isso faz com que esses setores
cheguem à criança de forma
desarticulada, cada um por si, sem
combinar ações que tem de interagir,
que devem ser complementares, uma
dependendo da outra.
A fragmentação deve ser superada
pela visão da integralidade e
interdependência.
O que se está propondo, no mundo
todo, é a visão de totalidade e a ação
articulada dos setores para a promoção
de um atendimento integral e
integrado. Partindo dessa visão, o
PMPI será um instrumento técnico e
político para diminuir a segmentação
dos serviços prestados à criança.
É importante que todos os integrantes
da comissão conheçam cada um dos
princípios e diretrizes do Marco Legal
da Primeira Infância (art. 4º), para que
consigam trazer esses conceitos para a
realidade do Município.
Parte específica: Objetivos finalísticos
De posse do diagnóstico situacional
das crianças no município, é hora de
decidir o conteúdo do Plano
Municipal. Nesse momento, a
comissão deverá decidir quais os
objetivos finalísticos do Plano
Nacional serão contemplados no
Plano Municipal e qual a prioridade
de cada um.
Após definir os objetivos finalísticos
que constarão no PMPI, a comissão
deve comunicar sua escolha a/ao
Prefeita/o, para que ela ou ele os
confirme.
Vale lembrar que, dependendo da
conjuntura, podem haver outros
objetivos e medidas urgentes a
tomar.
Uma vez batido o martelo sobre os
objetivos finalísticos, a comissão
pode subdividir-se em grupos,
segundo cada objetivo.
Depois de estabelecidos os objetivos
e metas, a comissão definirá as
ações necessárias para cumprí-los.
Serão estas ações e os objetivos
que possibilitarão avaliar os avanços
e sucessos do Plano.
Áreas e ações estratégicas: Aprovação do PMPI no
âmbito da sociedade civil e dos poderes legislativo e
executivo
Depois de pronto, em
quais instâncias o PMPI
deve ser aprovado? E
qual a importância em
ser submetido para
aprovação em cada
uma delas?
Assista ao vídeo para ente
nder!
Uma primeira aprovação se dá na
própria Comissão Municipal,
quando os grupos que atuaram em
temas específicos se encontram
para conhecer a aprovar o conjunto.
O ideal é que o texto seja aprovado
por consenso. A experiência diz
que, para isso, talvez sejam
necessários pacientes debates.
Caso não haja consenso sobre
determinado item, ele deve ser
posto em votação.
Depois que o Plano está pronto, ele
é submetido à aprovação da
sociedade. Uma assembleia ou
seminário, com convite em nome de
todos os que participaram de sua
elaboração, pode ser dirigido ao
conjunto da sociedade, que é a
instância que permite que seja
conhecido, aprovado e assumido
por todos.
Porém, a instância mais legítima
para aprovar o PMPI é o Conselho
Municipal de Direitos da Criança e
do Adolescente (CMDCA), que tem
o papel de fiscalizar e aprovar as
políticas públicas voltadas para este
público. Em última análise, as
questões que ficaram pendentes
são submetidas à decisão da/o
Prefeita/a.
Uma das características de um Plano de
Estado é que ele deve ser aprovado pelo
Poder Legislativo. Sendo aprovado por lei,
sua execução é obrigatória e tem garantia
de continuidade. O fato de ser
encaminhado pela/o Prefeita/o significa
que há a disposição de colocá-lo em
prática. O fato de ter sido aprovado pela
população e acompanhado por ela
aumenta as chances de que o Plano terá
continuidade.
Quando o Prefeito ou a Prefeita
encaminha um Projeto de Lei à Câmara
de Vereadores para aprovação do Plano,
a Câmara faz audiências públicas para
conhecer melhor a opinião e análise dos
especialistas e dirigentes dos setores
envolvidos. Pode ainda fazer emendas
para aperfeiçoar o Plano, se for o caso.
Aprovado, a Câmara encaminha a lei ao
Poder Executivo, para a sanção final.
Estamos chegando ao final da
viagem, mas antes de
desembarcar, assista ao vídeo
em que Vital Didonet fala
sobre o próximo passo após a
aprovação do plano.
Clique aqui para assistir o vídeo.