0% acharam este documento útil (0 voto)
61 visualizações37 páginas

ESCRAVIDÃO, NEGROS AFRICANOS E SANTO ISIDORO DE Seminárioisnara (Salvo Automaticamente)

O documento analisa como Santo Isidoro de Sevilha usou a geografia, teologia e linguística para justificar a escravidão dos africanos negros. Ele relacionou a cor negra à maldição bíblica de Cam e associou os descendentes de Cam à África, argumentando que isso fundamentava sua escravidão. Suas ideias influenciaram fortemente os discursos medievais que sustentaram a escravidão.

Enviado por

Márcia Barros
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
61 visualizações37 páginas

ESCRAVIDÃO, NEGROS AFRICANOS E SANTO ISIDORO DE Seminárioisnara (Salvo Automaticamente)

O documento analisa como Santo Isidoro de Sevilha usou a geografia, teologia e linguística para justificar a escravidão dos africanos negros. Ele relacionou a cor negra à maldição bíblica de Cam e associou os descendentes de Cam à África, argumentando que isso fundamentava sua escravidão. Suas ideias influenciaram fortemente os discursos medievais que sustentaram a escravidão.

Enviado por

Márcia Barros
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 37

ESCRAVIDÃO, NEGROS

AFRICANOS E SANTO
ISIDORO DE SEVILLA.
ISNARA PEREIRA IVO
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
JOSÉ ROBSON GOMES DE JESUS
Rede Pública de Ensino
Disciplina: Teoria da História
Profº: Isnara Pereira Ivo

Mestrandas:
Cataline Carvalho Mascarenhas.
Graduada em Enfermagem. Licenciada em História.
Mestranda em História;
Cursando pós em História e Arqueologia do Oriente próximo e médio.
Atualmente professora de História e Artes na Escola Adventista de
Jequié.

Márcia Adriana Alves dos Santos Barros. Mestranda em História –


UESB
Especialização em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão – UNEB
Licenciatura em História – UNEB
Professora da Educação Básica

2022
BIOGRAFIA DOS AUTORES

• Doutora em História pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora Titular da


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. [email protected].
• 2. Mestre em Memória: Linguagem e Sociedade. Professor da Rede Pública de Ensino.
[email protected].
SOBRE A OBRA

• ANALISA OS CONTEXTOS DE ATRELAMENTO DA COR NEGRA Á CONDIÇÃO


ESCRAVA.
• RELACIONA A GEOGRAFIA, A TEOLOGIA E A LINGUÍSTICA COMO
INSTRUMENTOS PARA FUNDAMENTAR A ESCRAVIDÃO DOS POVOS
AFRICANOS.
INTRODUÇÃO

• Analisar contextos sócio-histórico-discursivos que atrelou a cor da pele negra à


escravidão, bem como o discurso das monarquias cristãs que justificavam a escravidão
dos africanos negros.
• Entender como o simbolismo mágico-religioso do imaginário judaico-cristão inseriu-se
como uma das justificativas para a escravidão.
A ESCRAVIDÃO, O ISLÃ E
A CRISTANDADE.
• A escravidão como prática contumaz e institucionalizada;

• “A escravidão passou a ser justificada pelos fundamentos do islamismo”.

• “A jihad contribuía, assim, para purificar o mundo, eliminando fisicamente o infiel ou


arrancando-lhe, pela escravidão, a existência legal e moral.
• Segundo o alcorão:

“A virtude não consistir só em que orientais levante vossos rostos até ao levante ou ao
poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos,
no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens em caridade por amor a Deus, entre
parente, órfãos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos (escravos).
Aqueles que observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos,
são pacientes na miséria e na diversidade, ou durante os combates, esses são os verazes, e
esses são os tementes (a Deus)”. Alcorão (Al Baqara (The cow) 90)

Mercado de escravos árabe no Iémem (gravura


do século XIII)
A ESCRAVIDÃO, O ISLÃ E A CRISTANDADE.
• No final do século XX, inicia-se um movimento de estudos que visa entender as dinâmicas da escravidão e
das mestiçagens.
• Nas ideias apresentadas por Torquemada, encontramos as duas teorias que serão mantidas na literatura, nas
crônicas e nas obras de história política: por um lado, aquelas que aludem ao clima e, por outro, as que
fazem referência à maldição de Noé.
• Juan de torquemada conclui que a cor negra é resultado da maldição de Noé sobre seu filho Cam.
• As sistematização discursiva do catolicismo medieval é fundamentado no pensamento de santo Isidoro de
Sevilla.
SANTO ISIDORO DE SEVILHA, OS
CRISTÃOS E A ESCRAVIDÃO.

• Responsável pela construção discursiva de justificação da escravidão africana.


• Natural de cartagena, tutor de monarcas, autor da obra etymologiae .Herdou o
cargo de bispo de Sevilha de seu irmão mais velho, Leandro de Sevilha.;
• Etimologiae torna-se a expressão da visão medieval;
• O discurso baseava-se principalmente na etimologia hebraica dos nomes dos
filhos de Noé, na localização geográfica em que habitavam os descendentes de
Cam e na associação do povo de pele negra ao mal do imaginário judaico-
cristão.
A base do argumento: a escravidão e os descendentes camitas.

• Deus como razão das empreitadas além-mar e Cristo como Justificativa.


• justificativa religiosa como o foco central para o verdadeiro pano de fundo que era a
ampliação político-econômica do reino português
• Elaboração de passagens bíblicas, utilizadas para embasar uma supremacia religiosa
cristã.
• Trechos bíblicos utilizados para fundamentar superioridade europeia sobre africanos e
não-cristãos.
Texto bíblico, utililizado para justificar a escravidão de
negros.
• E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado
de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros,
e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de
maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que
seu filho menor lhe fizera.
E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.

Gênesis 9:22-25
Hermenêutica do texto bíblico.

•  Segundo o pastor Esdras Bentho a maldição foi especificamente para Canaã e


seus descendentes, isto é, os cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute, que
provavelmente se tornaram os ancestrais dos etíopes e dos povos negros da
África. O cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400
a.C.) e também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos
persas. Por fim, não se trata de uma maldição dirigida aos negros africanos
como costuma afirmar certos intérpretes. Os canaanitas foram totalmente
extintos segundo a posição de vários biblistas e historiadores.
Hermenêutica do
texto bíblico
• Vídeo do Dr Rodrigo Silva possui graduação em Teologia pelo
Instituto Adventista de Ensino do Nordeste (1992), graduação em
Filosofia pelo Centro Universitário Assunção (1999), mestrado em
Teologia Histórica pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia
de Jesus - atual Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE
(1996). Especialização em arqueologia pela Universidade Hebraica de
Jerusalém (1998). Doutorado em Teologia Bíblica pela Pontifícia
Faculdade de Teologia N. S. Assunção - atualmente vinculada à PUC
SP (2001). Estudos pós doutorais com concentração em arqueologia
bíblica pela Andrews University, EUA (2008). Doutor em arqueologia
clássica pela USP. É professor de Teologia e Arqueologia do Centro
Universitário Adventista de São Paulo - Campus Engenheiro Coelho,
SP (UNASP-ec), curador do Museu Paulo Bork de Arqueologia do
Oriente Médio e apresentador do documentário semanal "Evidências",
transmitido pela TV Novo Tempo.

Fonte extra
Considerações finais

• Como disse Jenkins: “ ao fim, a história é teoria, e a teoria, ideologia e a ideologia é pura e simplesmente
interesse material.”
• Todo empenho em justificar a escravidão se utilizando do texto bíblico, revela a visão de mundo de Santo
Isidoro de Sevilha e dos seus contemporâneos.
• Segundo Santos, “A ciência do paradigma emergente é mais contemplativa do que activa. A qualidade do
conhecimento afere-se menos pelo que ele controla ou faz funcionar no mundo exterior do que pela satisfação
pessoal que dá a quem a ele acede e o partilha”.
• Os autores não buscam soluções práticas e efetivas, mas promovem a reflexão crítico-teórica de condições que
emergem na modernidade, mas que ainda são atuais, reelaborando conceitos e ampliando visões de mundo.
Globo, Cosmos e
Orbe

O argumento
O mundo de Servilha
geográfico: África
ÁSIA – O locus do império do Leste, fundado por uma mulher,
Oriente;

Províncias:
Jardim, Índia e
Egito

A leste da Ásia ficava o nascente do sol


Oeste, o mar mediterrâneo
Norte, o lago Mereotis e rio Tanis
Paraíso: Giom, Pisom,
Tigre e Eufrates
• Isidoro identifica o Giom como o
Nilo;
• O Pisom como o Ganges – local
onde possui homens de cor –
Hindus e arianos.
• A origem da Europa é explicada pela filha de Agenor,
rei da Líbia, que, de acordo com o mito foi capturada
por Júpiter e levada para a Ilha de Creta. O limite
oriental é o rio Tanais, também chamado rio Don,
localizado já em terras da Rússia.
• A Norte e Oeste localiza-se o Oceano e, ao Sul, o mar
Mediterrâneo. A Sudeste o contorno da Europa se define
pelo Mar Negro.
• O bispo sevilhano descreve as províncias, os lugares
(loca) que compõem a parte deste orbe, assim como
Representação impressa do mapa T- O por descreve as riquezas minerais e naturais.
GüntherZainer, Augsburgo, 1472,
ilustrando a primeira página do capítulo XIV das
Etimologias de Isidoro de Sevilha.
• Livro XIV, parte V das Etimologias de Isidoro de Sevilha.
• Chamara a África de Líbia, pode originar-se ou derivar do vento Libs
(vento quente, austral) ou do nome Líbia, filha de Épafo e Cassiopeia e neta
de Júpiter, na mitologia greco-romana.
• Latim aprica que significa exposto ao sol, ou ainda, ser explicada pela
palavra After, descendentes de Abraão (SEVILLA, 2004, Livro XIV).
• A Líbia de Santo Isidoro de Sevilla é formada por nove províncias.
• Mauritânia: Isidoro define pela cor dos que ali habitam. Os gregos
pelos termo maûron para negros e Gália para brancos.
• Etiópia: aqueles que tem a pele escura por causa do sol, já que o
verão nessa região é contínuo devido a posição geográfica.
• Jerusalém como axis mundi – visão cristrocêntrica adotada na
Representação impressa do mapa T- O por
GüntherZainer, Augsburgo, 1472, idade média
ilustrando a primeira página do capítulo XIV das
Etimologias de Isidoro de Sevilha.
Representação impressa do mapa T- O por GüntherZainer, Augsburgo, 1472,
ilustrando a primeira página do capítulo XIV das Etimologias de Isidoro de Sevilha.
Às três musas – Europa, Ásia e África sobre a ótica de Sandoval
• O jesuíta Alonso de Sandoval acrescenta a América e subdivide a África em:

Etiopia Occidental, o interior Ethipoia Oriental, sobre o Egito


• Às três musas – Europa, Ásia e África.
• O jesuíta Alonso de Sandoval acrescenta a América e subdivide a África em:

Peruana
Mexicana

Meggalanica
• Em Cartagena, dá notícias de maioria de negros, ainda que ali se encontram pessoas brancas.
• A Ásia, Sandoval recorre aos escritos de Heródoto e também aos relatos bíblicos para descrever a
natureza e as pessoas. Para as Moluscas e Filipinas, descreve seus habitantes como negros e índios.
• A Europa como cabeça da Cristandade por abrigar Roma, herdeira dos domínios das grandes
monarquias gregas e romanas, terras de nobres hábeis para o exercício da política.
• O continente africano é explicado como resultante de quatro nações que foram naturais do lugar.
 Norte, Fenícios e gregos que também instalaram-se por ali.
 Sul, Os etíopes com uma pluralidade de costumes e formas de organização política e social.
 Etiópia Ocidental, considerada por ele como a parte interiorana cuja diversidade da natureza e
fertilidades das terras contrasta com as distintas práticas e costumes.

Sandoval prefere destacar aspectos considerados negativos no modo de ser e de viver daqueles que vivem
na África. Aplica o Mito de Cam aos etíopes da Guiné.
O argumento linguístico:
etimologia hebraica
• Na Idade Média, o conhecimento da etimologia das palavras foi frequentemente utilizado para a
interpretação do sentido dos textos bíblicos.
• Buscava-se justificar grande parte dos argumentos utilizando a origem dos vocábulos empregados.
• Santo Isidoro de Sevilla, acreditava que, sabendo de onde se originou o nome, a análise de qualquer
assunto ficaria mais fácil.
• Servilha, atribuiu os nomes dos filhos de Noé e seus signficados– Sem, Cam e Jafé –, para sustentar a
ideia de que os povos negros africanos eram inferiores.
• Os significados literais para Sem, primogênito de Noé: “nomeado” ou “fama”.
• Geneologia segundo Gênesis: “Pai das raças semitas”.
• De Sem veio os semitas e, aqueles que falam as línguas semíticas. Ele figurou a descendência dos povos
que ocuparam as terras da Pérsia, Assíria, Caldeia, Lídia e Síria.
• Descendentes:

 Elam, ou seja, “eternidade”, pai de: Shushan, Machul e Harmon que deram origem aos Elamites e persas.

 Asshur, que significa “um passo” ou “forte”, teria gerado Mirus e Mokil que seriam os pais dos povos assírios e norte iraquianos.

 Lud, que quer dizer “contenda”, cujos filhos são Pethor e Bizayon, explica a formação dos Ludim, Líbios, Ludians, Ludsu, Lídios, outros grupos relacionados, na
Ásia.

 Aram, sinônimo de “exaltado”, gerou Uz, Chul, Reúna e Mash, que são os pais dos arameus, sírios, libaneses e outros grupos relacionados.

 Arfaxade, que significa a expressão “eu vou falhar”, gerou – Shelach, Anar e Ashcol – que deram origem aos caldeus, iraquianos do sul, hebreus, israelenses,
judeus, árabes, beduínos, moabitas, jordanianos e outros grupos relacionados.
• Os significados literais para Jafé, chamado de Rifate ou Yephet : “aberto”, “ampliado”, “loiro” ou “luz”
• Geneologia: pai dos Caucasoides Indo-Europeus, indo-germânicos e Indo-arianos”.
• Ele figurou a descendência dos povos que ocuparam as terras dos: celtas, gálatas, ostrogodos, visigodos, godos,
escandinavos, jutos, francos, armênios, alemães, belgas, holandeses, luxemburgueses, austríacos, suíços, saxões,
britânicos, ingleses, irlandeses, galeses, estonianos, siberianos, iugoslavos, croatas, bósnios, montenegrinos,
sérvios, eslovenos, eslovacos, búlgaros, polacos e checos
• Descendentes:

 Magogue;

 Javã;

 Tubal;

 Tiras
• Os significados literais para Cam, Ham ou Kham significa, literalmente, “quente, queimado ou trevas”.
• Geneologia: “progenitor dos Mongóis e dos negros”
• De Cam figurou a descendência dos povos que também ocuparam as terras da tribos em outras partes da
África, Arábia e Ásia, como os grupos aborígines na Austrália, nativos das ilhas do Pacífico, índios
americanos e esquimós
• Descendentes:
Canaã quer dizer “embaixo” e gerou os: mongóis, chineses, japoneses, asiáticos, ameríndios, esquimós, polinésios e outros grupos
relacionados.
Cush, sinônimo de “preto”, teria em si a explicação para a origem dos etíopes, sudaneses, ganenses, pigmeus, aborígines australianos,
Nova Guiné.
Mizraim, também compreendido como “estreitos duplos”, seria responsável pela existência dos egípcios e dos coptas.
Finalmente Phut, que quer dizer “uma curva”, gerou líbios, tunisianos, berberes, somalis, norte-africanos e outros grupos relacionados
A associação do povo
africano negro ao mal: o
argumento exegético
 A maldição de Noé sobre Cam. Se,
etimologicamente, Jafé significa “claro, loiro ou
luz” e Cam, “negro ou trevas”, subjaz daí a
consubstanciação da maldição de Noé.

 Deus como “luz” e pai das “luzes” e, por


conseguinte, pai dos europeus. E, trechos da
Bíblia nos quais aparece a palavra “trevas” foram
vinculados a Cam, o mal.

 Tratados, bulas darão força a ideia da escravidão.

 Tratado Horto do Esposo afirma: África


limitava-se ao calor excessivo e à possível
localização do inferno.

 Cam também significa “quente”, fizeram então


associação entre o clima da África com o
inferno.
 Padre Antonio Vieira sermões XI e XXVII,
afirmara que: A África é o inferno de onde
Deus se designa a retirar os condenados para,
pelo purgatório da escravidão nas Américas,
finalmente alcançarem o paraíso. [...] é
melhor ser escravo no Brasil e salvar sua
alma do que viver livre na África e perdê-la
(VIEIRA, 1988, p. 278 apud IVO; JESUS,
2019. p. 54)
 Os negros eram privilegiados por serem
tirados da África, terra do demônio, e serem
trazidos para novas terras de Deus e da Igreja.
Ficando lá, estariam destinados ao inferno e
cristão seriam beneficiados pela garantia de
salvação.

 A alma era considerada liberta pelo batismo.

 Libertação da alma não era sinônimo da


libertação do corpo do cativeiro.

 Negros do diabos, brancos eram de Deus.

 Até meados do século XIV, a cor negra era


considerada a cor do demônio.
 Os negros eram descritos como bestiais.

 Na descrição que se fazia deles sempre


misturavam traços humanos quadrúpedes e
anfíbios.

 Sempre visto como seres excêntricos, sendo


colocados em circos e festas para exploração
alheia ao lado de outros animais.
As consequências:
• A associação física do negro com o diabo, levará rapidamente a compreensão de
que os cultos religiosos de matriz africana será realizado em adoração a Satanás.
Trazendo não só a escravidão mas também à:
 Inquisição – acusados de feitiçaria, pactos com o diabo e heresia.
 Preconceito
 Criação no imaginário das pessoas de que, todo negro é: embriagados, desonestos
e agressivos, sem razão, causadores de escândalos “e possuidores de uma
inclinação natural para delitos públicos. As negras passaram a personificar a
inversão da moralidade cristã – associando-as ao sexo e prazer. Gerando:
 Estereótipos e estigmatizações.
Conclusão
• O fim de quase quatro séculos de tráfico não finaliza as memórias criadas, ao longo de séculos, sobre os negros
africanos e seus descendentes.
• Mesmo após 1888, período de abolição da escravidão em terras brasílicas, tais memórias, apesar de modificadas e
ressignificadas pelos novos contextos, romperam as zonas limítrofes da cronologia.
• Os autores deixam claro que a maldição de Noé foi proferida contra Canaã, filho de Cam e não contra Cam.
• Ivo e Jesus declaram que a maldição de Cam não assinala a escravidão afirmando que levou-o a se tornar negro.
Segundo eles é ler no texto sagrado o que não está ali escrito, além de ser uma tentativa de encontrar na Bíblia um
texto que sirva de prova para a instituição da escravatura. Na verdade, os mais diferentes grupos humanos e
indivíduos já foram escravizados no passado mais distante, e a escravidão negra em terras cristãs é um fenômeno
relativamente recente. (CHAMPLIN, 2004, p. 418 apud IVO; JESUS, 2019. p. 52).
Referências
n° do slide Descrição link do site onde se conseguiu a informação Data do Acesso

       
TODOS Escravidão, negros africanos e Santo Isidoro de Servilha https://periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/28316/20176 24/04/2022

TODOS Bernardo Lewis. Raça e escravidão no Oriente Médio https://sourcebooks.fordham.edu/med/lewis1.asp 24/04/2022

02 Símbolo da UESB https://vestibulares2021.com/vestibular-uesb-2022/ 24/04/2022

06 Mercado de escravos árabe no Iémem (gravura do século XIII) https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravismo_e_Isl%C3%A3#:~:text 24/04/2022


=Escravid%C3%A3o%20na%20Ar%C3%A1bia%20isl%C3%A2mica,-Mercado%20de%20escravos&
text=De%20acordo%20com%20o%20Isl%C3%A3o,por%20captura%2C%20compra%20ou%20tri
buto
.
08 Livro Etimologiae https://www.amazon.com.br/Etimolog%C3%ADas-San-Isidoro-Sevilla/dp/8479147261 24/04/2022

12 Currículo https://www.escavador.com/sobre/8206720/rodrigo-pereira-da-silva 24/04/2022

12 Vídeo de Rodrigo Silva https://www.youtube.com/watch?v=OvIvir3ti7I 24/04/2022

14,15 Planeta terra https://www.todamateria.com.br/planeta-terra/ 24/04/2022

16 Jardim do Édem https://segredosdomundo.r7.com/jardim-do-eden/ 24/04/2022


Referências
n° do slide Descrição link do site onde se conseguiu a informação Data do Acesso

       
17,18 e 19 Mapa mundi segundo Isidoro de Servilha http://www.encontro2016.rj.anpuh.org/resources/anais/42/1466796164_A 24/04/2022
RQUIVO_textoCintiaJallesAnpuh2016.pdf
24 Língua hebraica https://talkandchalk.com.br/origens-do-idioma-hebraico/ 24/04/2022

29 Diabo preto https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/como-diferent 24/04/2022


es-religioes-lidam-com-figura-do-diabo.phtml
30 e 31 Satanás X Cristo https://blogdomartinho.wordpress.com/2012/01/31/pode-o-diabo-fazer-mi 24/04/2022
lagres/

32 Escravos https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/escravidao-no-brasil 24/04/2022

33 Povos africanos https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros/denominacoes-etnica 24/04/2022


s.html

34 Candomblé https://www.dw.com/pt-002/qual-ser%C3%A1-o-motivo-da-persegui%C3%A7%C3%A3 24/04/2022


o-do-candombl%C3%A9-no-brasil/a-19263438
24/04/2022

Você também pode gostar