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Cáp - Iii-O Ano Da Morte de Ricardo Reis

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O Ano da Morte

de Ricardo Reis
Capítulo III
índice
01 02
Introdução Contextualização
Histórica

03 04
Resumo dos Intertextualidade
Acontecimentos

05
Conclusão
01
Introdução
02
Contextualização
Histórica
Contextualização Histórica

Portugal vive os primeiros anos do Estado Novo (1933-


1974), um período de Ditadura dirigido por Salazar. Esta
é também a época de ascensão dos regimes nacionalistas
espanhol, alemão e italiano. Em Portugal, a máquina do
regime de Salazar divulga uma imagem idealizada e
enganadora das realidades portuguesa e europeia
03
Resumo dos
Acontecimentos
Resumo do Episódio

01 02 03

Último dia de 1935 Segundo encontro com Deambulação por


Lídia Lisboa
Ricardo Reis finge estar a ler Estátua de Eça de Queiroz e
um livro Camões
Resumo do Episódio

04 05 06

Visão de uma cidade O bodo do Século Deambulação por


vigiada, oprimida e em Lisboa
Crítica à situação da época
ruína Degradação social e
autoridade policial
Resumo do Episódio

07 08 09

Festejos do Ano Novo Ricardo Reis regressa ao Primeiro encontro com


Hotel Bragança Fernando Pessoa
Ricardo Reis assiste na rua
Ao jantar, pensa em Marcenda
O bodo do Século

• O bodo é uma festa realizada para distribuir


comida ou esmolas aos pobres.

• Episódio relatado “defronte da entrada do


grande prédio do jornal O Século”

• Evento onde foram distribuídos 10 escudos,


agasalhos, brinquedos e livros ao pobres
—Cáp. III – O ano da morte de Ricardo Reis

O bodo do Século

[…] À entrada estão dois polícias, aqui perto outros dois que disciplinam o acesso, a um deles vai
Ricardo Reis perguntar, Que ajuntamento é este, senhor guarda, e o agente de autoridade responde com
deferência, vê-se logo que o perguntador está aqui por um acaso, É o bodo do Século, Mas é uma
multidão, Saiba vossa senhoria que se calculam em mais de mil os contemplados, Tudo gente pobre, Sim
senhor, tudo gente pobre, dos pátios e barracas, Tantos, E não estão aqui todos,
—Cáp. III – O ano da morte de Ricardo Reis

O bodo do Século

[…] Claro, mas assim todos juntos, ao bodo, faz impressão, A mim não, já estou habituado, E o que é
que recebem, A cada pobre calha dez escudos, Dez escudos, É verdade, dez escudos, e os garotos levam
agasalhos, e brinquedos, e livros de leitura, Por causa da instrução, Sim senhor, por causa da instrução,
Dez escudos não dá para muito, Sempre é melhor que nada, Lá isso é verdade, Há quem esteja o ano
inteiro à espera do bodo, deste e dos outros, olhe que não falta quem passe o tempo a correr de bodo
para bodo, à colheita, o piar é quando aparecem em sítios onde não são conhecidos, outros bairros,
outras paróquias, outras beneficências, os pobres de lá nem os deixam chegar-se, cada pobre é fiscal
doutro pobre, Caso triste, Triste será, mas é bem feito, para aprenderem a não ser aproveitadores, Muito
obrigado pelas suas informações, senhor guarda, Às ordens de vossa senhoria, passe vossa senhoria por
aqui, e, tendo dito, o polícia avançou três passos, de braços abertos, como quem enxota galinhas para a
capoeira, Vamos lá, quietos, não queiram que trabalhe o sabre. […]
—Cáp. III – O ano da morte de Ricardo Reis

O bodo do Século

[…] queira Deus que nunca se extinga a caridade para que não venha a acabar-se a pobreza, […] E há
febres por aí, tosses, umas garrafinhas de aguardente que ajudam a passar o tempo e espairecem do frio.
Se volta a chover, apanham-na toda, daqui ninguém arreda. […]
O bodo do Século

• Denuncia a forma como o governo se impõe,


hipocritamente, como um defensor do povo.
Narrador

• O narrador é interventivo, tecendo inúmeras


críticas ao longo do capítulo

• Ao mesmo tempo é irónico ao colocar-se ao


lado dos oprimidos, «terra riquíssima em
pobres, queira Deus que nunca se extinga a
caridade para que não venha a acabar-se a
pobreza»
Primeiro encontro com Fernando Pessoa

• Ricardo Reis volta para jantar no hotel

• No jantar pensa em Marcenda

“Ricardo Reis olhou a mesa onde vira, dois dias antes, o doutor Sampaio e a filha Marcenda, sentiu que
o tomava uma nuvem cinzenta, se ali estivessem hoje poderiam conversar”
Primeiro encontro com Fernando Pessoa

• Ricardo Reis volta para jantar no hotel

• No jantar pensa em Marcenda

• Volta para o quarto e logo a seguir sai em direção ao Rossio para celebrar o ano novo
—Cáp. III – O ano da morte de Ricardo Reis

Primeiro Encontro com Fernando Pessoa

[…] Olham-se ambos com simpatia, vê-se que estão contentes por se terem reencontrado depois da longa
ausência, e é Fernando Pessoa quem primeiro fala, Soube que me foi visitar, eu não estava, mas
disseram-me quando cheguei, e Ricardo Reis respondeu assim, Pensei que estivesse, pensei que nunca de
lá saísse, Por enquanto saio, ainda tenho uns oito meses para circular à vontade, explicou Fernando
Pessoa […]
Primeiro encontro com Fernando Pessoa

• Fernando Pessoa informa Ricardo Reis que tem 8 meses de para circular à vontade no
mundo dos vivos

• Despede-se com a promessa de encontros futuros


04

Intertextualidade
Intertextualidade

Paródias Citações Alusões

“[…] Para não cair mais na tentação de repetir, ainda que muito a propósito, As armas e
os barões assinalados, perdoadas nos sejam as repitições[…]”
Intertextualidade

Lusíadas Eça de Queiroz The God of the Bíblia


Labyrinth
Albert Quaint (Quem?)

Ideia de que Ricardo Reis


andavam num labirinto
CONCLUSÃO
FIM

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