Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais CAPACITA
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais CAPACITA
Mediadores Judiciais
Os métodos de solução consensual de conflitos
deverão ser estimulados por todos os operadores do
direito, “ inclusive no curso do processo judicial”.
Art. 165 CPC
Os tribunais criarão centros judiciários de
solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e
audiências de conciliação e mediação e
pelo desenvolvimento de programas
destinados a auxiliar, orientar e estimular
a autocomposição.
§ 1o A composição e a organização
dos centros serão definidas pelo
respectivo tribunal, observadas as
normas do Conselho Nacional de
Justiça.
QUEM É CONCILIADOR E QUEM É
MEDIADOR: DEPENDE DO VÍNCULO COM
AS PARTES
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente
nos casos em que não houver vínculo anterior
entre as partes, poderá sugerir soluções para o
litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo
de constrangimento ou intimidação para que as
partes conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente
nos casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender
as questões e os interesses em conflito, de modo
que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
PRINCÍPIOS DA CONCILIAÇÃO E
DA MEDIAÇÃO
Art. 166. A conciliação e a mediação
são informadas pelos princípios da
independência, da imparcialidade, da
autonomia da vontade, da
confidencialidade, da oralidade, da
informalidade e da decisão .
SIGILO E ÉTICA NA CONCILIAÇÃO
E NA MEDIAÇÃO
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas
as informações produzidas no curso do
procedimento, cujo teor não poderá ser
utilizado para fim diverso daquele previsto
por expressa deliberação das partes.
§ 2o Em razão do dever de sigilo, inerente
às suas funções, o conciliador e o mediador,
assim como os membros de suas equipes,
não poderão divulgar ou depor acerca de
fatos ou elementos oriundos da conciliação
ou da mediação.
TÉCNICAS NEGOCIAIS
§ 3o Admite-se a aplicação de técnicas
negociais, com o objetivo de proporcionar
ambiente favorável à autocomposição.
§ 4o A mediação e a conciliação serão
regidas conforme a livre autonomia dos
interessados, inclusive no que diz respeito
à definição das regras procedimentais.
CADASTROS DE CONCILIADORES E
MEDIADORES
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras
privadas de conciliação e mediação serão inscritos em
cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de
tribunal regional federal, que manterá registro de
profissionais habilitados, com indicação de sua área
profissional.
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por
meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme
parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de
Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o
conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado,
poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no
cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional
federal
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser
precedido de concurso público, o tribunal
remeterá ao diretor do foro da comarca,
seção ou subseção judiciária onde atuará
o conciliador ou o mediador os dados
necessários para que seu nome passe a
constar da respectiva lista, a ser
observada na distribuição alternada e
aleatória, respeitado o princípio da
igualdade dentro da mesma área de
atuação profissional.
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro
de conciliadores e mediadores constarão todos os
dados relevantes para a sua atuação, tais como o
número de processos de que participou, o sucesso ou
insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou
a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal
julgar relevantes.
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão
classificados sistematicamente pelo tribunal, que os
publicará, ao menos anualmente, para conhecimento
da população e para fins estatísticos e de avaliação
da conciliação, da mediação, das câmaras privadas
de conciliação e de mediação, dos conciliadores e
dos mediadores.
CADASTROS DE CONCILIADORES E
MEDIADORES IMPEDIMENTO AO EXERCÍCIO DA
ADVOCACIA NOS JUÍZOS EM QUE ATUAM
§ 5o Os conciliadores e mediadores
judiciais cadastrados na forma do
caput, se advogados, estarão
impedidos de exercer a advocacia nos
juízos em que desempenhem suas
funções
CADASTROS DE CONCILIADORES E
MEDIADORES ESCOLHA PELAS PARTES,
ATÉ FORA DO CADASTRO
Art. 168. As partes podem escolher, de comum
acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara
privada de conciliação e de mediação.
§ 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas
partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
§ 2o Inexistindo acordo quanto à escolha do
mediador ou conciliador, haverá distribuição entre
aqueles cadastrados no registro do tribunal,
observada a respectiva formação.
§ 3o Sempre que recomendável, haverá a
designação de mais de um mediador ou conciliador
CADASTROS DE CONCILIADORES E
MEDIADORES NOS TRIBUNAIS